Musical feito para quem não gosta de musicais. Trama ruim, músicas piores e uma necessidade ridícula de tentar transformar batidas em algo sinfônico - sem sucesso.
Não é Wes Anderson, mas é mais Wes Anderson que muitos filmes do Wes Anderson! Enfim, além de ser muito inventivo, Paddington 2 é um chá com bolachinhas em formato de filme.
Cinza, marrom, cinza, marrom, cabelos, papéis, publica, não-publica, cinza-marrom... E esse final piegas? E essa necessidade de imitar o David Fincher pra aparentar dinamismo? Que perda de tempo, Steven Spielberg!
Comparar as duas temporadas de Stranger Things é quase como comparar os dois filmes de Bruxa de Blair: o primeiro foi um relâmpago cult que brincava com a forma, o segundo foi um besteirol enrolado completamente autoconsciente. E aqui estamos: essa segunda temporada foi mal escrita, teve péssimo desenvolvimento e perdeu completamente o senso de diversão que havia na primeira. Mas nada se compara com o descarte total da personagem Eleven, que teve uma jornada pífia cheia de déjà-vus e soluções fáceis, e aquela tentativa patética de spin-off que foi o episódio 7. Stranger Things tá mais perdida no mundo invertido que a Barb!
Primeiro Madame Hector, símbolo da tradição, diz que todo o establishment a representa: "Eu sou esta casa, estes móveis, estes talheres... todos eles têm as iniciais de meu avô!". Muito mais à frente no filme, Liène declara que "a modernidade não é feita apenas de jazz e eletricidade", já resolvida a efetuar as mudanças sociais propostas. Em seguida vamos para o plano geral de uma sala ampla abarrotada de móveis com uma Madame Hector sozinha num canto escuro.
Filme completamente vazio e sem razão de existir. O elenco maravilhoso reunido aqui é a exata definição de jogar pérolas aos porcos. Fica o mistério de como um pretensioso como o Dolan ainda consegue ser levado a sério. C'est vraiment la fin du monde!
Terrence Malick fez uma verdadeira obra-prima que analisava a guerra e a fé em "Além da Linha Vermelha". Mel Gibson, em contrapartida, fez apenas mais um filme. Não é muito sensato pautar julgamentos por comparações, mas "Hacksaw Ridge" é tão genérico, tão déjà fait, que comparar é tudo o que nos resta e ficamos com tudo aquilo que este filme não é. A fé é utilizada como narração plana, sem nenhum questionamento maior, como em "Joana D'Arc". Os soldados são mostrados como brinquedos numa luta contra o diabo, sem nunca levar em consideração os demônios por trás das canetadas da guerra, aquilo que "Un Long Dimanche de Fiançailles" fez tão bem. As cenas de batalha glorificam a violência por ela mesma, algo que Zack Snyder sempre faz, de forma fetichista, mas que Spielberg, quando fez, fez com outros objetivos. "Hacksaw Ridge" nunca se encontra como obra própria, eternamente dependente do que veio antes. Metade do filme é Nicholas Sparks for boys (ou o resgate do romantismo artificial de Pearl Harbor), metade é qualquer filme bélico. Qualquer.
Um filme vazio, sem alma e de pura propaganda bélica. Não preciso dizer mais nada, Pauline Kael já disse tudo o que tinha a ser dito:
"(...) the movie is a shiny homoerotic commercial: the pilots strut around the locker room, towels hanging precariously from their waists. It's as if masculinity had been redefined as how a young man looks with his clothes half off, and as if narcissism is what being a warrior is all about. In between the bare-chested maneuvers, there's footage of ugly snub-nosed jets taking off, whooshing around in the sky, and landing while the sound track calls up Armageddon and the Second Coming--though what we're seeing is training exercises. What is the movie selling? It's just selling, because that's what the producers, Don Simpson and Jerry Bruckheimer, and the director, Tony Scott, know how to do. Selling is what they think moviemaking is about. The result is a new 'art' form: the self-referential commercial"
Não precisa superar Procurando Nemo: esse aqui é um filme independente e de personalidade própria. A Dory é uma das melhores e mais carismáticas personagens da Pixar e continua assim. A cena pós-créditos é uma surpresa a parte.
Mesmo que não tenha tanta força como cinema, "Casa Grande" é, junto com "Que horas ela volta?", uma das melhores representações da luta de classes do Brasil atual.
Muito do estilo desse filme já vinha sendo trabalhado em Mildred Pierce, mas Carol é o melhor trabalho de Todd Haynes. Sutil e elegante, cada quadro é pensado e repensado. Cate Blanchett é, como sempre, a joia da coroa.
A fotografia maravilhosa do Emmanuel Lubezki reina exuberante nesse filme. No mais, impossível ignorar as influências de Terrence Malick, sobretudo no tom contemplativo.
Gosto como os filmes do Benoît Jacquot têm sempre um senso de urgência, de algo debaixo dos panos que está prestes a vir à tona - mesmo quando nada vem à tona.
Não há suspensão de descrença que se sustente com tanta inverossimilhança e a trama é quase tão simplória quanto à de Quantum of Solace. Helicopter é um título mais condizente que Spectre.
Decepcionante de tão superficial! Três episódios não foram suficientes para transmitir a profundidade do livro, que já era muito difícil de adaptar por causa do foco narrativo: como passar para a tela uma narrativa tão onisciente que nos dá acesso até aos pensamentos mais íntimos dos personagens? Sarah Phelps, a roteirista, tinha feito um ótimo trabalho com Grandes Esperanças, mas aqui ela não conseguiu desenrolar decentemente nem mesmo a mais simples das tramas do livro. Culpa dela e culpa do livro (inadaptável?). Indo além de questões de adaptação e roteiro, o elenco é maravilhoso e fez o melhor que pôde com o fiapo de história que tinha em mãos. Mas esse é o único elogio que se pode fazer à série, porque o resto também é uma enorme bagunça. Tecnicamente falando, é uma mistura de filme B com novela barata: tudo é de muito mal gosto, a começar por qualquer cena que tenha crânios e esqueletos.
A mudança no final da história deixa evidente que a Sra. Phelps estava enfeitiçada por uma tal Beatrix Bloxam, "que acreditava que 'Os Contos de Beedle, o Bardo' prejudicavam as crianças por sua mórbida preocupação com assuntos horrendos como morte, doença, derramamento de sangue, magia perversa, personagens perniciosos (...)" e etc.
The Casual Vacancy é uma série a ser evitada não só porque é a pior adaptação que o material poderia ter tido, mas também -e principalmente- porque não se sustenta em si como obra, nunca encontra seu ponto forte ou sua razão de existir. Em momento algum deixa o status de mera adaptação de bestseller. Pois fiquemos com o bestseller, e apenas com ele, se é o caso!
É justamente o filme do Guido: não existe filme! Não existe nada! Nine se resume a músicas e imagens em cima de um nada. Ter esse elenco nesse filme é como jogar pérolas aos porcos!
O Rei Leão
3.8 1,6K Assista AgoraO Rei Sem Expressão
Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo
3.7 613 Assista AgoraCredo, onde eles estavam com a cabeça???
Missão: Impossível - Nação Secreta
3.7 805 Assista AgoraJá existe um filme do 007 com um James Bond mulher e ele se chama "Missão Impossível - Nação Secreta"!
O Rei do Show
3.9 897 Assista AgoraMusical feito para quem não gosta de musicais. Trama ruim, músicas piores e uma necessidade ridícula de tentar transformar batidas em algo sinfônico - sem sucesso.
As Aventuras de Paddington 2
4.0 130Não é Wes Anderson, mas é mais Wes Anderson que muitos filmes do Wes Anderson! Enfim, além de ser muito inventivo, Paddington 2 é um chá com bolachinhas em formato de filme.
Aniquilação
3.4 1,6K Assista AgoraÉ como se "Sob a pele", do Jonathan Glazer, tivesse cruzado com o 2001 do Kubrick! O que tem do lado de lá?
The Post: A Guerra Secreta
3.5 607 Assista AgoraCinza, marrom, cinza, marrom, cabelos, papéis, publica, não-publica, cinza-marrom... E esse final piegas? E essa necessidade de imitar o David Fincher pra aparentar dinamismo? Que perda de tempo, Steven Spielberg!
Star Wars, Episódio VIII: Os Últimos Jedi
4.1 1,6K Assista AgoraJá pensou se o filme fosse direto ao ponto ao invés de ficar enrolando tramas rocambolescas? Já pensou???
Stranger Things (2ª Temporada)
4.3 1,6KComparar as duas temporadas de Stranger Things é quase como comparar os dois filmes de Bruxa de Blair: o primeiro foi um relâmpago cult que brincava com a forma, o segundo foi um besteirol enrolado completamente autoconsciente. E aqui estamos: essa segunda temporada foi mal escrita, teve péssimo desenvolvimento e perdeu completamente o senso de diversão que havia na primeira. Mas nada se compara com o descarte total da personagem Eleven, que teve uma jornada pífia cheia de déjà-vus e soluções fáceis, e aquela tentativa patética de spin-off que foi o episódio 7. Stranger Things tá mais perdida no mundo invertido que a Barb!
Landes
3.2 2Dois momentos resumem muito bem o filme:
Primeiro Madame Hector, símbolo da tradição, diz que todo o establishment a representa: "Eu sou esta casa, estes móveis, estes talheres... todos eles têm as iniciais de meu avô!".
Muito mais à frente no filme, Liène declara que "a modernidade não é feita apenas de jazz e eletricidade", já resolvida a efetuar as mudanças sociais propostas. Em seguida vamos para o plano geral de uma sala ampla abarrotada de móveis com uma Madame Hector sozinha num canto escuro.
É Apenas o Fim do Mundo
3.5 302 Assista AgoraFilme completamente vazio e sem razão de existir. O elenco maravilhoso reunido aqui é a exata definição de jogar pérolas aos porcos. Fica o mistério de como um pretensioso como o Dolan ainda consegue ser levado a sério. C'est vraiment la fin du monde!
Até o Último Homem
4.2 2,0K Assista AgoraTerrence Malick fez uma verdadeira obra-prima que analisava a guerra e a fé em "Além da Linha Vermelha". Mel Gibson, em contrapartida, fez apenas mais um filme. Não é muito sensato pautar julgamentos por comparações, mas "Hacksaw Ridge" é tão genérico, tão déjà fait, que comparar é tudo o que nos resta e ficamos com tudo aquilo que este filme não é. A fé é utilizada como narração plana, sem nenhum questionamento maior, como em "Joana D'Arc". Os soldados são mostrados como brinquedos numa luta contra o diabo, sem nunca levar em consideração os demônios por trás das canetadas da guerra, aquilo que "Un Long Dimanche de Fiançailles" fez tão bem. As cenas de batalha glorificam a violência por ela mesma, algo que Zack Snyder sempre faz, de forma fetichista, mas que Spielberg, quando fez, fez com outros objetivos. "Hacksaw Ridge" nunca se encontra como obra própria, eternamente dependente do que veio antes. Metade do filme é Nicholas Sparks for boys (ou o resgate do romantismo artificial de Pearl Harbor), metade é qualquer filme bélico. Qualquer.
Rent - Os Boêmios
4.0 238 Assista AgoraUm exemplo de como não levar musicais para o cinema.
Top Gun: Ases Indomáveis
3.5 922 Assista AgoraUm filme vazio, sem alma e de pura propaganda bélica. Não preciso dizer mais nada, Pauline Kael já disse tudo o que tinha a ser dito:
"(...) the movie is a shiny homoerotic commercial: the pilots strut around the locker room, towels hanging precariously from their waists. It's as if masculinity had been redefined as how a young man looks with his clothes half off, and as if narcissism is what being a warrior is all about. In between the bare-chested maneuvers, there's footage of ugly snub-nosed jets taking off, whooshing around in the sky, and landing while the sound track calls up Armageddon and the Second Coming--though what we're seeing is training exercises. What is the movie selling? It's just selling, because that's what the producers, Don Simpson and Jerry Bruckheimer, and the director, Tony Scott, know how to do. Selling is what they think moviemaking is about. The result is a new 'art' form: the self-referential commercial"
Procurando Dory
4.0 1,8K Assista AgoraNão precisa superar Procurando Nemo: esse aqui é um filme independente e de personalidade própria. A Dory é uma das melhores e mais carismáticas personagens da Pixar e continua assim. A cena pós-créditos é uma surpresa a parte.
A Bela e a Fera
3.3 699 Assista AgoraO visual é bonito, mas nada salva a trama sem foco e o romance gélido e artificial dos protagonistas.
Casa Grande
3.5 576 Assista AgoraMesmo que não tenha tanta força como cinema, "Casa Grande" é, junto com "Que horas ela volta?", uma das melhores representações da luta de classes do Brasil atual.
Star Wars, Episódio VII: O Despertar da Força
4.3 3,1K Assista AgoraSinal dos nossos tempos: consegue ser sequência, remake e reboot ao mesmo tempo.
Carol
3.9 1,5K Assista AgoraMuito do estilo desse filme já vinha sendo trabalhado em Mildred Pierce, mas Carol é o melhor trabalho de Todd Haynes. Sutil e elegante, cada quadro é pensado e repensado. Cate Blanchett é, como sempre, a joia da coroa.
O Regresso
4.0 3,5K Assista AgoraA fotografia maravilhosa do Emmanuel Lubezki reina exuberante nesse filme. No mais, impossível ignorar as influências de Terrence Malick, sobretudo no tom contemplativo.
Diário de uma Camareira
2.7 93 Assista AgoraGosto como os filmes do Benoît Jacquot têm sempre um senso de urgência, de algo debaixo dos panos que está prestes a vir à tona - mesmo quando nada vem à tona.
007 Contra Spectre
3.3 1,0K Assista AgoraNão há suspensão de descrença que se sustente com tanta inverossimilhança e a trama é quase tão simplória quanto à de Quantum of Solace. Helicopter é um título mais condizente que Spectre.
Morte Súbita
3.2 110Decepcionante de tão superficial! Três episódios não foram suficientes para transmitir a profundidade do livro, que já era muito difícil de adaptar por causa do foco narrativo: como passar para a tela uma narrativa tão onisciente que nos dá acesso até aos pensamentos mais íntimos dos personagens? Sarah Phelps, a roteirista, tinha feito um ótimo trabalho com Grandes Esperanças, mas aqui ela não conseguiu desenrolar decentemente nem mesmo a mais simples das tramas do livro. Culpa dela e culpa do livro (inadaptável?). Indo além de questões de adaptação e roteiro, o elenco é maravilhoso e fez o melhor que pôde com o fiapo de história que tinha em mãos. Mas esse é o único elogio que se pode fazer à série, porque o resto também é uma enorme bagunça. Tecnicamente falando, é uma mistura de filme B com novela barata: tudo é de muito mal gosto, a começar por qualquer cena que tenha crânios e esqueletos.
A mudança no final da história deixa evidente que a Sra. Phelps estava enfeitiçada por uma tal Beatrix Bloxam, "que acreditava que 'Os Contos de Beedle, o Bardo' prejudicavam as crianças por sua mórbida preocupação com assuntos horrendos como morte, doença, derramamento de sangue, magia perversa, personagens perniciosos (...)" e etc.
The Casual Vacancy é uma série a ser evitada não só porque é a pior adaptação que o material poderia ter tido, mas também -e principalmente- porque não se sustenta em si como obra, nunca encontra seu ponto forte ou sua razão de existir. Em momento algum deixa o status de mera adaptação de bestseller. Pois fiquemos com o bestseller, e apenas com ele, se é o caso!
Nine
3.0 859 Assista AgoraÉ justamente o filme do Guido: não existe filme! Não existe nada! Nine se resume a músicas e imagens em cima de um nada. Ter esse elenco nesse filme é como jogar pérolas aos porcos!