Vale a polêmica de ser meio advogado do diabo: não é tão ruim assim não. Claro que tá longe de ser relevante, não merecia indicação a prêmio nenhum e tem um assunto bobo e trivial. Porém, a montagem é sim legalzinha e o curta nem passa perto de esconder que seu escopo é só expiação de culpa do narrador.
Só a suposta (e bota suposta nisso) boa intenção da Naziflix de fazer um curta "inclusivo e empoderado" não dá conta de fazer algo sequer acima da média. Essa abordagem que se acha o supra sumo da relevância só por ter uma pegada identitária, sem nada de elaborado ou minimamente complexo, já encheu o saco faz tempo.
Que temporada fraca de curtas documentários da Naziflix, hein? Nesse aqui deu a impressão que deram a ordem de cima: "filma qualquer coisa no Afeganistão só pra aproveitar que o tema está em voga e vê o que sai na sala de montagem".
Bem bacana, apesar de não ter saído como o diretor queria.
Acho bastante provável que tenha influenciado DIAS E NOITES NA FLORESTA, do Satyajit Ray (que já foi meio que um aprendiz direto do Renoir e trabalhou pra ele).
I'm walking in the air I'm floating in the midnight sky The people far below They greet us as we fly I'm holding very tight I'm floating in a midnight blue I'm finding I can fly so high above with you Far across the world The villages go by like trees The rivers and the hills The forest and the stream Children gaze open mouth Taken by surprise Nobody down below believes their eyes I'm walking in the air I'm floating in a moonlit sky The people far below They greet us as we fly I'm holding very tight I'm floating in a midnight blue I'm finding I can fly so high above with you I'm walking in the air
PQP, Steven Jay Schneider. Com literalmente mais de mil vagas, ficaram de fora gemas da sétima arte de inegável influência artística de longuíssimo prazo, como O GRANDE DITADOR do Chaplin e LE CORBEAU do Clouzot. Sem falar em cineastas geniais que justamente precisam de mais divulgação para ganhar o reconhecimento que merecem, como o japonês Masaki Kobayashi (que dos nipônicos só perde para o Kurosawa - e por um triz) e o catalão Bigas Luna (um Almodóvar hardcore), ambos que eu saiba sem um único representante das respectivas filmografias em quaisquer edições dos 1001 filmes.
Mas na fase dos anos sessenta ele resolveu pesar a mão na seleção de porcariada experimental pedante e auto-indulgente (não só WAVELENGTH, mas outros contemporâneos a ele como DOG STAR MAN e BLONDE COBRA). Resultado: um HARAKIRI não está na lista... mas esse plano único de intermináveis três quartos de hora numa janela está. Só rindo mesmo.
Alfabetizador de massas, nascido há exatos cem anos para ajudar na escolaridade de milhares (se não milhões) de trabalhadores - dentro e fora do Brasil, sendo referência internacional até os dias de hoje. O governo ilegítimo do clã Bolsonaro vai passar. O legado de Freire, persistirá.
Diluir depoimentos reais, tristes e sérios como os daqui num exercício de estilo tongo é até um desrespeito à falecida que dá título ao curta. A direção está certa em procurar inovar na estética do documentário, que não precisa ser só câmera parada no rosto dos entrevistados, só que nesse caso aqui não deu certo de jeito nenhum e o tiro saiu pela culatra, numa overdose de imagens bobas estilo Stan Brackage ou emulações inúteis (que só desviam a atenção dos relatos falados) de imagens rodadas em VHS.
Com mais de mil vagas, O GRANDE DITADOR, um dos longas mais influentes (seja politica, seja artisticamente) da história da sétima arte, ficou de fora de uma certa lista que você provavelmente também conhece se veio até aqui. Mas este curta abobalhado e totalmente dispensável entrou na lista. Come the f*ck on...
Três quartos de hora de propaganda de batom, dancinha e pinto murcho sendo sacudido. Come the f*ck on. Deve ter mesmo chocado a plateia na época, mas visto a luz de 2021 não sobra absolutamente nada de perene ou minimamente interessante.
Se Steven Jay Schneider quisesse incluir curtas live action vanguardistas dos anos sessenta na lista (e existem vários bons), podia então ter colocado no lugar desse aqui, pra ficar num exemplo só, THE BIG SHAVE do Scorsese.
Curta-metragem de um dos melhores diretores do século que funciona perfeitamente como metáfora das crises do capitalismo (não por acaso, foi lançado do ano de uma das grandes). Visto hoje, numa sessão dupla com "O Poço", ajuda a compreender pra onde estamos rumando.
Único curta metragem da 'pentalogia' Antoine Doinel, com a dupla François Truffaut (direção) e Jean-Pierre Léaud (ator) à frente.
Achei legalzinho, mesmo não sendo nada demais. É meio mala o garoto carentão querendo seduzir a menina na marra através do contato com os pais, enquanto ela só esnoba o tempo inteiro. Mas diverte em alguns momentos e mostra um carinho palpável pelo início da vida profissional e independência do personagem. Seus 30 minutos passam sem problemas, diferente da sessão aporrinhante de "Atirem no Pianista".
É curioso constatar o fato desse filme ter sido vencedor do Oscar de melhor curta documentário em 2017 para, no ano seguinte, vencer um longa documentário (também da Netflix, que devia mudar logo de nome para OTANFLIX) também voltado a atacar Vladimir Putin, além de ter como um dos indicados na mesma categoria outro filme contra ele ("Os Últimos Homens em Aleppo").
Ou seja, os oscars pra essa xaropada propagandística travestida de 'jornalismo isento' da Netflix estão servindo como termômetro para a escalada de tensão dos países da Europa ocidental e EUA com a Rússia do recém-reeleito Putin, o qual permanece no poder até 2024.
Também no sentido dessa comparação, é interessante constatar como "Capacetes Brancos" é menos direto e mais suave ao tratar da Rússia que "Ícaro" e "Os Últimos Homens em Aleppo", embora ela esteja citada ali, como 'causadora da tragédia'. Há o problema do filme sequer contextualizar a guerra - que parece ter caído do céu e ninguém que for se informar a partir desse curta sequer imaginará as suas motivações. Até porque, se fossem minimamente a fundo nisso, teriam que expor o ISIS (Estado Islâmico) e como seus malucos fundamentalistas são cacifados pelos EUA pra tentar derrubar o governo laico de Assad.
Como filme e narrativa, é banal e genericão, ficando tempo demais no treinamento dos tais capacetes brancos e sempre cobrindo a guerra de modo distanciado e frio, focando mais em entrevistas dos caras do que nos problemas factuais da guerra.
O Presente
4.0 49 Assista AgoraPra quem quiser conhecer um documentário sobre o assunto: https://filmow.com/jenin-jenin-t366012/
Quando Éramos Bullies
2.3 31 Assista AgoraVale a polêmica de ser meio advogado do diabo: não é tão ruim assim não. Claro que tá longe de ser relevante, não merecia indicação a prêmio nenhum e tem um assunto bobo e trivial. Porém, a montagem é sim legalzinha e o curta nem passa perto de esconder que seu escopo é só expiação de culpa do narrador.
Bestia
3.8 66Chile mandando bem nos curtas de animação - e não é a primeira vez.
Audible
3.5 32Só a suposta (e bota suposta nisso) boa intenção da Naziflix de fazer um curta "inclusivo e empoderado" não dá conta de fazer algo sequer acima da média. Essa abordagem que se acha o supra sumo da relevância só por ter uma pegada identitária, sem nada de elaborado ou minimamente complexo, já encheu o saco faz tempo.
Três Canções para Benazir
3.2 48 Assista AgoraQue temporada fraca de curtas documentários da Naziflix, hein? Nesse aqui deu a impressão que deram a ordem de cima: "filma qualquer coisa no Afeganistão só pra aproveitar que o tema está em voga e vê o que sai na sala de montagem".
Um Dia no Campo
3.8 23Bem bacana, apesar de não ter saído como o diretor queria.
Acho bastante provável que tenha influenciado DIAS E NOITES NA FLORESTA, do Satyajit Ray (que já foi meio que um aprendiz direto do Renoir e trabalhou pra ele).
O Boneco de Neve
4.2 19I'm walking in the air
I'm floating in the midnight sky
The people far below
They greet us as we fly
I'm holding very tight
I'm floating in a midnight blue
I'm finding I can fly so high above with you
Far across the world
The villages go by like trees
The rivers and the hills
The forest and the stream
Children gaze open mouth
Taken by surprise
Nobody down below believes their eyes
I'm walking in the air
I'm floating in a moonlit sky
The people far below
They greet us as we fly
I'm holding very tight
I'm floating in a midnight blue
I'm finding I can fly so high above with you
I'm walking in the air
Central da Festa
3.8 19 Assista AgoraUm longa de animação tão bacana quanto MONSTROS S.A. merecia ter inspirado curtas melhores que esse aqui e o do carro do Mike.
O Ataque de Zezé
3.9 125 Assista AgoraSó quem tem bebê(s) em casa vai entender na plenitude o que é rir pra não chorar do que faz o Zezé...
Comprimento de Onda
2.8 18Quarenta e cinco minutos de p*rr@ nenhuma.
PQP, Steven Jay Schneider. Com literalmente mais de mil vagas, ficaram de fora gemas da sétima arte de inegável influência artística de longuíssimo prazo, como O GRANDE DITADOR do Chaplin e LE CORBEAU do Clouzot. Sem falar em cineastas geniais que justamente precisam de mais divulgação para ganhar o reconhecimento que merecem, como o japonês Masaki Kobayashi (que dos nipônicos só perde para o Kurosawa - e por um triz) e o catalão Bigas Luna (um Almodóvar hardcore), ambos que eu saiba sem um único representante das respectivas filmografias em quaisquer edições dos 1001 filmes.
Mas na fase dos anos sessenta ele resolveu pesar a mão na seleção de porcariada experimental pedante e auto-indulgente (não só WAVELENGTH, mas outros contemporâneos a ele como DOG STAR MAN e BLONDE COBRA). Resultado: um HARAKIRI não está na lista... mas esse plano único de intermináveis três quartos de hora numa janela está. Só rindo mesmo.
Paulo Freire, 100 anos
4.0 1Alfabetizador de massas, nascido há exatos cem anos para ajudar na escolaridade de milhares (se não milhões) de trabalhadores - dentro e fora do Brasil, sendo referência internacional até os dias de hoje. O governo ilegítimo do clã Bolsonaro vai passar. O legado de Freire, persistirá.
Frankenweenie
4.0 190 Assista AgoraBem melhor que o longa de stop motion. Algumas ideias bobas do outro sequer existem no curta e a queima do moinho é bem mais dramática.
Ilha das Flores
4.5 1,0K Assista AgoraAtemporal. Infelizmente.
White Eye
4.0 49Como eu adoro planos-sequência...
O Presente
4.0 49 Assista AgoraExcelente performance do ator, boa direção e tema pertinente. IsraHell tem que acabar.
Uma Canção para Latasha
3.9 62 Assista AgoraDiluir depoimentos reais, tristes e sérios como os daqui num exercício de estilo tongo é até um desrespeito à falecida que dá título ao curta. A direção está certa em procurar inovar na estética do documentário, que não precisa ser só câmera parada no rosto dos entrevistados, só que nesse caso aqui não deu certo de jeito nenhum e o tiro saiu pela culatra, numa overdose de imagens bobas estilo Stan Brackage ou emulações inúteis (que só desviam a atenção dos relatos falados) de imagens rodadas em VHS.
Blonde Cobra
1.7 11Com mais de mil vagas, O GRANDE DITADOR, um dos longas mais influentes (seja politica, seja artisticamente) da história da sétima arte, ficou de fora de uma certa lista que você provavelmente também conhece se veio até aqui. Mas este curta abobalhado e totalmente dispensável entrou na lista. Come the f*ck on...
Criaturas Flamejantes
2.8 16Três quartos de hora de propaganda de batom, dancinha e pinto murcho sendo sacudido. Come the f*ck on. Deve ter mesmo chocado a plateia na época, mas visto a luz de 2021 não sobra absolutamente nada de perene ou minimamente interessante.
Se Steven Jay Schneider quisesse incluir curtas live action vanguardistas dos anos sessenta na lista (e existem vários bons), podia então ter colocado no lugar desse aqui, pra ficar num exemplo só, THE BIG SHAVE do Scorsese.
Terra Sem Pão
4.0 47Quem disse que não há miséria na Europa?
Umbrella
3.7 46Bonito curta. Aproveitem que por esses dias está disponível no YouTube.
Próximo Piso
4.0 60 Assista AgoraCurta-metragem de um dos melhores diretores do século que funciona perfeitamente como metáfora das crises do capitalismo (não por acaso, foi lançado do ano de uma das grandes). Visto hoje, numa sessão dupla com "O Poço", ajuda a compreender pra onde estamos rumando.
A 13ª Emenda: Oprah Winfrey entrevista Ava DuVernay
4.5 14Tentativa de cooptar a temática do documentário (que é bom e pertinente) para a ala direita do Partido Democrata estadunidense.
Antoine e Colette
4.1 103 Assista AgoraÚnico curta metragem da 'pentalogia' Antoine Doinel, com a dupla François Truffaut (direção) e Jean-Pierre Léaud (ator) à frente.
Achei legalzinho, mesmo não sendo nada demais. É meio mala o garoto carentão querendo seduzir a menina na marra através do contato com os pais, enquanto ela só esnoba o tempo inteiro. Mas diverte em alguns momentos e mostra um carinho palpável pelo início da vida profissional e independência do personagem. Seus 30 minutos passam sem problemas, diferente da sessão aporrinhante de "Atirem no Pianista".
Os Capacetes Brancos
4.1 144 Assista AgoraMUDA DE NOME, NETFLIX!
É curioso constatar o fato desse filme ter sido vencedor do Oscar de melhor curta documentário em 2017 para, no ano seguinte, vencer um longa documentário (também da Netflix, que devia mudar logo de nome para OTANFLIX) também voltado a atacar Vladimir Putin, além de ter como um dos indicados na mesma categoria outro filme contra ele ("Os Últimos Homens em Aleppo").
Ou seja, os oscars pra essa xaropada propagandística travestida de 'jornalismo isento' da Netflix estão servindo como termômetro para a escalada de tensão dos países da Europa ocidental e EUA com a Rússia do recém-reeleito Putin, o qual permanece no poder até 2024.
Também no sentido dessa comparação, é interessante constatar como "Capacetes Brancos" é menos direto e mais suave ao tratar da Rússia que "Ícaro" e "Os Últimos Homens em Aleppo", embora ela esteja citada ali, como 'causadora da tragédia'. Há o problema do filme sequer contextualizar a guerra - que parece ter caído do céu e ninguém que for se informar a partir desse curta sequer imaginará as suas motivações. Até porque, se fossem minimamente a fundo nisso, teriam que expor o ISIS (Estado Islâmico) e como seus malucos fundamentalistas são cacifados pelos EUA pra tentar derrubar o governo laico de Assad.
Como filme e narrativa, é banal e genericão, ficando tempo demais no treinamento dos tais capacetes brancos e sempre cobrindo a guerra de modo distanciado e frio, focando mais em entrevistas dos caras do que nos problemas factuais da guerra.