como se tarkovski não tivesse texto e os diretores de fotografia que tinha, mas abundasse em cabritos. beleza de doer, caso não fosse um filme totalmente vocacionado para ser um curta.
não bastasse esses tempos em que animações perdem a graça por quererem ser "de verdade" demais, agora vem um filme "de verdade" que é quase uma animação. cintilante demais, didático demais, suricatas demais. mas com um belo argumento nas mãos não de todo destruído.
uma belezinha de cinema claro, direção e edição inteligentes, atores sóbrios e exatos. até os cacoetes do dogma vão muito além do enfeite e conseguem fazer um filme histórico não ser apenas história, mas também cinema. coisa rara.
uma árvore na beira de um despenhadeiro de 3000 metros, com todos os heróis pendurados e muita música para que eu não duvide daquele drama. é esse o tom de excesso de cada nó desse painel de clichês rasos e maçantes. e, claro, um gollum - talvez o melhor personagem de toda a história do cinema-montanha-russa pra fazer valer a pena.
herdeiro de john irving e tom robbins, hibridizando almodovar, tim burton e truffaut, mas menor que todos eles. ainda assim, tendo frances mcdormand, é acalanto.
esse tipo de cinema "verdade", mesmo tendo virado o cúmulo do clichê, ainda é uma delícia para esse gênero, pelo que ele naturalmente tem de perturbante e desagradável. mas para isso, pra alcançar essa naturalidade, só com atores e direção que mereçam esse nome. o que não é o caso aqui.
bergman tinha suas revoltas e, portanto, rebeldia. tarkovski, diante do melancólico, se distraía com toda beleza. malick ainda hoje, e cada vez mais, sobrepõe a tristeza com esperanças. mas angelopoulos era apenas triste. e essa obra sua maior tristeza.
sobre como os franceses conseguem pegar um material ultra-poli-clichê, continuar com a obviedade, mas alcançar ao menos dois degraus de qualidade diante do que a hollywood de hoje faria com a mesma proposta. dois degraus a mais em diálogos, em atuações, em boas frustrações, em sutilezas.
coisa bonita da época mais poderosa do cinema norte-americano, quando era possível ver a cara imensa de um país sem as facilidades dos fogos de artifício.
só não é um caso de "mais do mesmo" porque é muito, mas muito, mas muito pior que qualquer coisa anterior. infantil no sentido mais pejorativo da palavra.
Ha Ha Ha
3.3 73quando a ironia não nos informa minimamente de que está sendo irônica, sobra um capítulo de BALACOBACO.
As Quatro Voltas
3.9 35como se tarkovski não tivesse texto e os diretores de fotografia que tinha, mas abundasse em cabritos. beleza de doer, caso não fosse um filme totalmente vocacionado para ser um curta.
As Aventuras de Pi
3.9 4,4Knão bastasse esses tempos em que animações perdem a graça por quererem ser "de verdade" demais, agora vem um filme "de verdade" que é quase uma animação. cintilante demais, didático demais, suricatas demais. mas com um belo argumento nas mãos não de todo destruído.
Não
4.2 472 Assista Agorauma belezinha de cinema claro, direção e edição inteligentes, atores sóbrios e exatos. até os cacoetes do dogma vão muito além do enfeite e conseguem fazer um filme histórico não ser apenas história, mas também cinema. coisa rara.
Holy Motors
3.9 652 Assista Agoratipo quero ser david lynch, mas só conseguindo no que ele tem de mais maçante.
O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
4.1 4,7K Assista Agorauma árvore na beira de um despenhadeiro de 3000 metros, com todos os heróis pendurados e muita música para que eu não duvide daquele drama. é esse o tom de excesso de cada nó desse painel de clichês rasos e maçantes. e, claro, um gollum - talvez o melhor personagem de toda a história do cinema-montanha-russa pra fazer valer a pena.
Amor
4.2 2,2K Assista Agoraelegia didática sobre como sofrer bem sofrida a dor que haneke sempre reserva para nós. em se tratando desse senhor, até o título já dá medo.
Moonrise Kingdom
4.2 2,1K Assista Agoraherdeiro de john irving e tom robbins, hibridizando almodovar, tim burton e truffaut, mas menor que todos eles. ainda assim, tendo frances mcdormand, é acalanto.
Hoje
3.3 92a afetação, o dizer em excesso por todas as linguagens e a falta de rumo típicos do cinema brasileiro dos anos 80 e 90, porém já de muito depois.
O Serviço de Entregas da Kiki
4.3 772 Assista Agoraum miyazaki bem mais fraco que o normal já é carga poética muito, muito acima da média.
Odete
3.0 42aí sim é gente dolorida de tuia. haja luto que não chega!
Parada
3.5 7tati na justa liberdade dos cineastas idosos, ousado como sempre, sem brilho como nunca.
A Isca
2.8 178peixinhos em duplo twist carpado.
Frankenweenie
3.8 1,5K Assista Agoraprimeira metade = tim burton
segunda metade = disney
Pulgasari
3.0 22 Assista Agoragodzilla encontra che guevara.
Atividade Paranormal
2.9 2,7K Assista Agoraesse tipo de cinema "verdade", mesmo tendo virado o cúmulo do clichê, ainda é uma delícia para esse gênero, pelo que ele naturalmente tem de perturbante e desagradável. mas para isso, pra alcançar essa naturalidade, só com atores e direção que mereçam esse nome. o que não é o caso aqui.
Viagem a Citera
4.2 17bergman tinha suas revoltas e, portanto, rebeldia. tarkovski, diante do melancólico, se distraía com toda beleza. malick ainda hoje, e cada vez mais, sobrepõe a tristeza com esperanças. mas angelopoulos era apenas triste. e essa obra sua maior tristeza.
Darling - A Que Amou Demais
3.7 21ingleses moderninhos, mas castigados.
Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge
4.2 6,4K Assista Agoraah esses filmes que são trailers...
Intocáveis
4.4 4,1K Assista Agorasobre como os franceses conseguem pegar um material ultra-poli-clichê, continuar com a obviedade, mas alcançar ao menos dois degraus de qualidade diante do que a hollywood de hoje faria com a mesma proposta. dois degraus a mais em diálogos, em atuações, em boas frustrações, em sutilezas.
Alice Não Mora Mais Aqui
3.8 167 Assista Agoracoisa bonita da época mais poderosa do cinema norte-americano, quando era possível ver a cara imensa de um país sem as facilidades dos fogos de artifício.
Meu Tio
4.1 115o maior dos acalantos audiovisuais. o mais alto som do sorriso.
Aqui é o Meu Lugar
3.6 580 Assista Agoracomo um surto anacrônico de literatura "alternativa" americana dos anos 80.
2012
2.6 3,3K Assista Agorasó não é um caso de "mais do mesmo" porque é muito, mas muito, mas muito pior que qualquer coisa anterior. infantil no sentido mais pejorativo da palavra.