Um tocante drama disfarçado de suspense, daqueles que te arranca emoções diversas ao longo de suas cenas marcantes e já icônicas para a história do cinema. Com isso não quero dizer que não seja assustador, porque ainda assim cumpre o seu dever nos concedendo pequenos sustos e um clima assombroso que atravessa seus sussurrantes minutos. Entretanto, a carga dramática sobressai à todos os outros elementos comuns aos filmes de suspense psicológico, acentuando a perspicácia de Shyamalan ao dominar tão bem os dois gêneros. Destaques ao final surpreendente, daqueles que te faz repensar e rememorar todo o filme mentalmente afim de procurar alguma brecha e provar a incapacidade do diretor de criar algo do tipo (pelo menos é o que ocorre comigo rs), e ao ator-mirim Haley Joel Osment em sua atuação arrebatadora, uma das poucas crianças que conseguem incorporar um personagem tão denso de maneira tão natural.
Sensacional a forma como o roteiro é conduzido e como a trama toma proporções monstruosas, que, até a primeira meia hora do longa, você julga não ser possível. Trabalha pontos incisivos acerca da Autocracia e de suas motivações, tornando possível, pela própria experiência vivida entre os alunos, o entendimento pleno sobre o assunto. À medida que o tempo passa você vai no balanço da onda juntamente com os personagens do filme, é inevitável, tamanha a conexão entre filme e expectador. Mais intrigante ainda é saber que foi baseado em fatos reais. Quer algo mais assustador que a própria vida?
Um belo drama marcado por diálogos indiscutivelmente bem trabalhados, que consegue descortinar as teias das tramas dos quatro personagens principais de maneira única e espontânea e ainda lança um olhar mais delicado à temática mais evitada por nossa sociedade recatada e conservadora (?): o sexo. Steven Soderbergh confronta realidades díspares, mas não indissociáveis, em torno do sexo (e de suas mentiras), e cada personagem apresenta uma atmosfera singular propícia à micro-análise. O sexo é superestimado, afinal!? Ser voyeur te torna menos sexual que as ditas "experiências normais"? O que de fato é perversão, gravar mulheres se masturbando e falando sobre sexo ou trair sua esposa com a própria irmã? E daí se vai... Destaque especial para o quarteto McDowell, San Giacomo, Gallagher e Spader, que inspira sensualidade mesmo sem pretender tal feito e contribui com o projeto por suas atuações centradas.
Eis aí uma grata surpresa para mim. Enquanto eu esperava uma melosa e piegas história de amor dificultoso, saída de algum livro do universo de Nicholas Sparks, me surpreendo com este filme tão belo e delicado, que, infelizmente, é mais um daqueles sonhos-de-valsa do cinema que fica escondidinho dentro da caixa de bombons e ninguém vê. Mark Romanek consegue construir, de forma eficiente, um universo amargo e melancólico, o universo dos personagens que se vêem dentro do próprio caos sufocante, desejosos em adiar o temido destino. Consegue ir além do desgastado triângulo amoroso, tecendo reflexões sutis sobre humanismo e solidão. Fiquei um tempo pensando sobre a realidade aqui retratada: é possível sim que, um dia, cheguemos ao ponto de a medicina invadir a liberdade individual e arrancar a alma dos menos favorecidos (se é que se tem alma, como diz a ex-professora do internato) afim de subsidiar o conforto e o bem viver de uma elite sanguessuga. Já fizemos isto antes, a História tá aí pra provar! Sem pretensões de fazer o público "tomar partido", o elenco contribui bastante para a execução excelente, mostrando em perspectivas diferentes a realidade dura e cruel. Andrew Garfield provando sua versatilidade, causando simpatia com o expectador sem deixar de lado sua carga dramática; Carey Mulligan, além de linda, de longe demonstra maturidade, e Keira Knightley sendo... bom, Keira! Acoplada à fotografia desgastada e triste e à trilha sonora composta por músicas orquestradas, este filme deixa sua singela contribuição à sétima arte. Ah, e uma dica a quem ainda pretende assistir: Não vá muito além da sinopse, muito menos veja o trailer! Quanto menos de informações você tiver sobre a trama, mais conectado estará.
Terminei a sessão e comecei a refletir: Qual era o objetivo? Assustar, chocar, por medo? Porque, sinceramente, em nada esse filme conseguiu me arrancar qualquer reação. Que o roteiro é fraco, que os personagens são rasos e os atores são extremamente ruins, creio que todos sabem antes mesmo de assistir, mas havia esperanças quanto às cenas de mortes.
Com exceção da morte do primeiro garoto, pela automutilação, e a do pai de Tamara, as outras foram mal executadas ou pateticamente elaboradas.
. Não há clímax, não há envolvimento. A única personagem que, eventualmente, poderia criar algum tipo relação com expectador, é a que se torna o maior motivo de piada rsrs. Mas... Há quem goste, não é!?
Os paraísos podem ser artificiais, mas os paraísos naturais que aqui aparecem, sem dúvidas, são o verdadeiro espetáculo visual e mágico que só a imagem-movimento do cinema pode proporcionar. O filme tem uma fotografia indiscutivelmente linda e cenas que eu diria até interessantes e bem produzidas, no melhor conceito psicodélico do termo. A história é um tanto trágica e diria até meio que surreal, afinal encontros e desencontros assim são difíceis de se crer, não é? Érika adverte que se deve acreditar mais nas artimanhas no universo, mas olha só:
eles se encontram numa rave no Ceará, dois anos após num banheiro de uma balada em Amsterdã e novamente, anos mais tarde, no Rio de Janeiro. Ou seja, o universo devia estar querendo MUITO juntar o casalzinho, não é? :D
Há muitas cenas que ficarão na minha memória por um bom tempo, e algumas frases de efeito cumprem seu trabalho de marcar o espectador, como "Seus anjos e demônios estão dentro de você" e "A gente é o que a gente sente". Nathalia Dill é o grande destaque: especialmente linda e emocionante por vezes. Devia se dedicar mais ao cinema, poderia ser feliz no ramo. Os demais atores estão de mediano à ruim, mas nada que atrapalhe a obra por completa. De fato, era aquilo que eu esperava: um trabalho diferente e descompromissado.
"Acho estranho glorificar algo que foi tão perturbador para muitas pessoas. É importante desapegar das coisas materiais, mas o que era especial, as coisas pessoais que perdi são difíceis de esquecer". Rachel Bilson.
Vazio e melancolia, eis o que Shame me provocou da primeira cena estática de Fassbender na cama ao desfecho da película. Compartilho da ideia de que faltou algo que explicasse, ou ao menos desse indícios concretos, sobre passado escabroso que os irmãos viveram, que obviamente fora posto ali na trama de forma descuidada mas que, creio eu, seria de fundamental importância para compreender à autodestruição de ambos.
Minhas míseras teorias apontam para uma possível experiência sexual entre os dois na adolescência; experiência esta traumática e conturbada. Mas, como afirmei, não há fortes indícios quanto à isso ou qualquer outro acontecimento marcante. O trecho "Nós não somos pessoas ruins, apenas viemos de um lugar ruim" é bem revelador e instigante, e aponta para tal interpretação (assim como a cena em que a irmã flagra Brandon no banheiro se masturbando)
Aos poucos, o filme se torna incomodo e depressivo, graças ao ritmo leve e à trilha sonora densa. É propício à diversas análises, desde as consequências do vício e o transtorno da personalidade narcisista à crises existenciais. Shame é um prato cheio pra se refletir.
No limite entre o nostálgico e o vergonhoso, Rock of Ages remonta os grandiosos clássicos do rock oitentista de forma ridiculamente divertida e, apesar do exagero nos esteriótipos e da trama nada original (aspectos intencionais, diga-se de passagem), consegue entreter por uns bons minutos e nos fazer imergir na atmosfera excêntrica da década perdida. É tosco e enfadonho por algumas vezes, é um daqueles filmes que, uma semana após tê-lo assistido, você não lembrará de uma só cena, muito menos da história por completa. A sucessão de encontros e desencontros e os inúmeros plots emaranhados contribuem para a má fama que o filme carrega: trama confusa e sem clímax, dando uma ideia de um eterno videoclipe exibido na MTV. Porém, acerta em cheio na escolha das músicas reinterpretadas e nas performances empolgantes, destacando-se a sequência em que Tom Cruise e Malin Ackerman arrancam suspiros durante a balada "I Want to Know What Love Is” e a pirada Catherine Zeta-Jones dança e canta "Hit Me With Your Best Shot" dentro do templo. O casal principal se esforça em atuação, no entanto piedosamente falha e não convence em uma cena sequer, parecendo mais Justin Timberlake e Britney Spears do que rock stars. Pra não desmerecer ao todo, Julianne Hough apresenta cenas de dança sensual que compensam e relembram musicais oitentistas e Diego Boneta até acerta algumas vezes, como em “Don’t Stop Belivin". Em suma, não é um filme desprezível. Se faz de tosco e consegue ser tosco, te faz rir algumas vezes e, de quebra, deixa a soundtrack pairando sua cabeça por um bom tempo.
Like Crazy tem aquele gostinho de filme independente: evoca toda a beleza estética e a leveza nas imagens que filmes semelhantes apresentam. A fotografia trás sim um saldo positivo para o longa. Apesar de sua história ser simples, um tanto mamão-com-açúcar, sua execução é bastante realista e, digamos, poética, conferindo certo tom reflexivo aos percalços do casal. O final ali quase não entregue, escondido nas entrelinhas, foi uma bela sacada:
Pudemos perceber que na vida nem tudo é preto no branco, e que as relações amorosas nem sempre tem suas explicações e razões bem delineadas. O casal sofreu muito para ficar junto, mas quando finalmente tudo deu certo o amor meio que "amornou". Por que? Por que a infelicidade? O amor, mesmo que tardio, se concretizou, há espaços para arrependimentos?
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Uma bela surpresa pra mim, já que eu esperava bem menos.
Leve e divertido, Pitch Perfect usou e abusou dos clichês norte-americanos de comédias, acrescentou certa dose da geração Glee e, de quebra, nos revelou uma bela surpresa: Rachel Wilson. Nossa Fat Amy é o "topos" do filme, perceptível por seus improvisos de comediante e personalidade nonsense. O filme em si não foge ao padrão do gênero, pelo contrário, nem tem essa intenção. Aqui encontramos os mesmos elementos de outras tantas obras: a determinação da protagonista em alcançar algo, um pseudo-amor de verão shakespeariano, os obstáculos durante a jornada e, por fim, um desfecho previsível. Isso é ruim? Não necessariamente. Jason Moore e Kay Cannon souberam preencher a mesmice do roteiro com referências massivas à cultura pop, tanto em musical quanto cinematográfica. Artistas comerciais como Madonna, Rihanna, Miley Cyrus e Brunos Mars, ganham novos aspectos nas vozes dos corais, diria até com mais "personalidade" e qualidade instrumental. Uma delicinha de se ver!
Visualmente chamativo e com uma estilização impecável, Anna Karenina é mais um desses filmes imersos na beleza e no glamour épico e que tem seu ponto máximo na fotografia sofisticada e figurinos impressionantes. Contudo, toda a estética e produção original não sustenta uma narrativa coesa e complexa, não constrói densamente seus personagens e nem dá chances para a história correr livremente. Sim, é belo e cuidadosamente trabalhado, te deixa maravilhado com a ambientação e caracterização, e o experimentalismo salta aos olhos, principalmente a técnica nada convencional de mesclar cinema e teatro (que a priori causa estranhamento). E vale a pena apreciar essa adaptação feita por Joe Wright apenas por esses aspectos.
Num clima permeado pelo apocalíptico e o caótico, bem expressivo da Idade das Trevas, Bergman articula questionamentos sobre a Morte e sobre Deus em seu O Sétimo Selo. No correr dos minutos vemos sua simples história se debruçar sobre reflexões angustiantes, sem deixar de lado um humor sagaz. Como disse a garota aqui embaixo, uma alegoria sobre a busca infinita pelo sentido. Um filme deveras marcante!
Singela história sobre a memória como fator de um processo identitário, que graças aos seus personagens carismáticos e ao roteiro bem amarrado soube passar satisfatoriamente sua mensagem. É um filme riquíssimo, que pode propiciar infinitas análises sobre Patrimônio, história oral e memória coletiva/afetiva, além de entreter o espectador, afinal o cinema, acima de tudo, é diversão.
"Qual estudante de história não viu este filme?" [2]
Tem algo melhor que ver Jim Carrey num belo drama? E ainda mais como este, tão marcante e original, repleto de cenas memoráveis, diálogos profundos e reflexões diversas. Confesso que após a sessão precisei digerir um pouco a ideia e a mensagem que Andrew Niccol quis passar, com críticas ao sistema da sociedade atual e, principalmente, à indústria cultural massificada. Sem deixar de lado toda a confusão psicológica que o espectador acaba por adquirir através do personagem: Afinal, o que é real? A vida falsa de Truman era a única que ele conhecia, o que aconteceria depois da liberdade? Algumas frases ditas pelo diretor do reality show ficaram martelando por horas na minha cabeça, como
Emile Hirsch em mais um surpreendente atuação, provando sua versatilidade, e junto com ele outros tantos rostos conhecidos que abrilhantam esse longa. Nick Cassavetes manteve o compromisso de levar às telas a história real de um dos criminosos mais procurados pelo FBI, Jesse James, e o fez da maneira mais realista e fiel possível. Transportou a atmosfera permissiva e superficial do contexto em questão, carregada de violência e comportamento libertino, e de quebra contou uma história que se apresenta como ficção, porém é mais concreto do que imaginamos. Aqui o dinheiro não é problema, a diversão não cessa e a transgressão é lei, mas as consequências não inevitáveis.
Uma curiosidade é que Jesse James foi encontrado no Rio de Janeiro, enquanto no filme o personagem Truelove foi preso em Assunção, no Paraguai. Outra fato interessante é que aqui ele não ostentava o patrimônio financeiro que possuía, justamente para não levantar suspeitas, e ainda teve um caso amoroso com uma carioca, no qual resultou em um filho. Já no longa, ele aparece em outro país vestido de terno e gravata, caminhando felizmente ao som de The Girl From Ipanema. Vai entender essas mudanças!
Excelente thriller que consegue, como nenhum outro, prender a atenção do espectador e o fazer ficar vidrado diante da narrativa, que só cresce no correr de seus minutos. Minhas expectativas reduziam o filme à uma história ufanista, a típica exaltação do sempre altruísta EUA, porém, felizmente, me enganei. Ben Affleck não abre mão de por o dedo na ferida ao começar "culpando" seu país pela Revolução do Irã, embora romantize (e exagere) um pouco a história real de tensão e medo. Tensão essa que rege todo o longa até chegar o clímax no qual, meu amigo, torça pra que você consiga respirar! Tudo isso acoplado à uma trilha sonora sem igual e uma equipe de peso, principalmente no elenco, Argo se torna indispensável no cinema.
Mas que confusão é esta trilogia do tio Raimi. Não dá pra definir direito o que cada filme é se comparado com o anterior: nem reboot, nem remake, nem sequência; mas sim uma mistura de tudo. Mas afora isso, este aqui é ridiculamente divertido e que, apesar de ser fruto de uma viagem transcendental , flerta toscamente com a ficção científica e a História, tornando a história um tanto nostálgica e com gostinho de anos 90. Embora não tenha nada a ver com os outros, vale a pena ver o Ash se metendo numa roubada em plena Idade das Trevas.
Que vergonha alheia a cena em que os pequenos Ash saem dos cacos do espelho e começam a atacá-lo hahaha. Isso sem citar o seu rosto transfigurado por conta do Necronomicon.
É interessante como o documentário procura confrontar e entender a relação paradoxal entre homossexualidade e cristianismo, tendo o cuidado de dar voz à ambas as partes envolvidas e suas diversas ramificações (defensores da bíblia literal, reverendos mais esclarecidos, familiares de homossexuais...), embora esteja bem clara, desde o começo, a posição do documentarista. Depois de assistir, tive uma conclusão: é inconcebível a concepção cristã que alguns fieis têm sobre determinados segmentos da sociedade atual. Como vemos no documentário, a bíblia é um texto social e culturalmente localizado, logo não reflete aspectos da estrutura do que vivemos hoje em dia. Seria, no mínimo, ilógico trazer à tona questionamentos como "Homossexualidade é pecado? É algo natural? O que defender, a bíblia ou a ciência?", visto que anos de confrontos ideológicos derrubaram teorias e senso-comuns. E é triste ver certos depoimentos na película. Dentre eles, o da mãe de Anna (a suicida) foi o mais tocante. É revoltante e lamentável perceber que a religião, se mal utilizada, sirva para destronar os laços familiares e afetivos e e impedir a relação social harmoniosa e equilibrada. Em tempos de Joelmas e Marco Felicianos, esse documentário se torna imprescindível para os leigos e ignorantes no assunto, bem como para a população brasileira no geral.
Dentro do conjunto você encontra uma mulher sendo estuprada por uma árvore (confesso que ri do ridículo), uma outra rindo maleficamente e demônios que gritam "we're gonna get you" freneticamente.
Se isto não é o suficiente pra te deixar pasmo, pelo menos a maquiagem tosca e o tom escrachado e exagerado hão de te lembrar o porquê de Evil Dead ser um clássico trash. Não é um dos melhores que já vi, mas com certeza é um dos mais memoráveis!
Ótimo filme! Diablo Cody soube tratar um assunto sério de maneira leve e lúdica, fazendo valer cada minuto do longa. Os personagens, e principalmente a protagonista Juno, são extremamente carismáticos e singulares, isso graças ao elenco de peso que se juntou à obra. O filme ganhou meu carinho principalmente pelo final nada convencional:
Juno poderia ter ficado com a criança, vendo que o casal interessado estava prestes à ruir, ou poderia ter engatado um relacionamento com o Mark. E acontece o inesperado: Juno volta seus olhos para seu amor adolescente, Bleeker.
Aliado à trilha sonora e à fotografia, o longa é excelente no que se propõe a fazer!
Truffaut num suspense saboroso de assistir, trabalhando a vingança por um amor perdido de maneira sucinta e gradativa, no melhor estilo Hitchcock. Jeanne Moreau trás à tona uma vilã fria, cegamente apaixonada e dissimulada, uma femme fatale imperdoável e calculista, no qual a máxima "vingança é um prato que se come frio" ganha vida através seus olhos sedutores e mãos ágeis. Porém, fiquei com dúvidas sobre detalhes não esclarecidos (ou talvez eu não tenha prestado atenção o suficiente).
Um deles é o fato de Julie Kohler tão facilmente descobrir o nome e, inclusive, o paradeiro dos cinco cúmplices no assassinato de seu marido, porque até onde vimos ninguém sequer soube de onde o tiro partiu...
Mas, como disse, são apenas detalhes e em nada interferem na qualidade deste excelente drama francês tão desconhecido porém crucial para o cinema.
O roteiro um tanto confuso, sem propósito e até diferente de minha expectativa. Por um momento fiquei me perguntando onde estava o "Duelo" do título, e os "Bravos" também, porque o que vemos são as peripécias de três ladrões inexperientes, sendo um deles jovem atrapalhado e o outro aventureiro sem um pingo de juízo que nem portar uma arma sabe. Não sei não, a história poderia ter sido melhor desenvolvida.
O Sexto Sentido
4.2 2,4K Assista AgoraUm tocante drama disfarçado de suspense, daqueles que te arranca emoções diversas ao longo de suas cenas marcantes e já icônicas para a história do cinema. Com isso não quero dizer que não seja assustador, porque ainda assim cumpre o seu dever nos concedendo pequenos sustos e um clima assombroso que atravessa seus sussurrantes minutos. Entretanto, a carga dramática sobressai à todos os outros elementos comuns aos filmes de suspense psicológico, acentuando a perspicácia de Shyamalan ao dominar tão bem os dois gêneros.
Destaques ao final surpreendente, daqueles que te faz repensar e rememorar todo o filme mentalmente afim de procurar alguma brecha e provar a incapacidade do diretor de criar algo do tipo (pelo menos é o que ocorre comigo rs), e ao ator-mirim Haley Joel Osment em sua atuação arrebatadora, uma das poucas crianças que conseguem incorporar um personagem tão denso de maneira tão natural.
A Onda
4.2 1,9KSensacional a forma como o roteiro é conduzido e como a trama toma proporções monstruosas, que, até a primeira meia hora do longa, você julga não ser possível. Trabalha pontos incisivos acerca da Autocracia e de suas motivações, tornando possível, pela própria experiência vivida entre os alunos, o entendimento pleno sobre o assunto. À medida que o tempo passa você vai no balanço da onda juntamente com os personagens do filme, é inevitável, tamanha a conexão entre filme e expectador. Mais intrigante ainda é saber que foi baseado em fatos reais. Quer algo mais assustador que a própria vida?
Sexo, Mentiras e Videotape
3.7 249 Assista AgoraUm belo drama marcado por diálogos indiscutivelmente bem trabalhados, que consegue descortinar as teias das tramas dos quatro personagens principais de maneira única e espontânea e ainda lança um olhar mais delicado à temática mais evitada por nossa sociedade recatada e conservadora (?): o sexo. Steven Soderbergh confronta realidades díspares, mas não indissociáveis, em torno do sexo (e de suas mentiras), e cada personagem apresenta uma atmosfera singular propícia à micro-análise. O sexo é superestimado, afinal!? Ser voyeur te torna menos sexual que as ditas "experiências normais"? O que de fato é perversão, gravar mulheres se masturbando e falando sobre sexo ou trair sua esposa com a própria irmã? E daí se vai...
Destaque especial para o quarteto McDowell, San Giacomo, Gallagher e Spader, que inspira sensualidade mesmo sem pretender tal feito e contribui com o projeto por suas atuações centradas.
Não Me Abandone Jamais
3.8 2,1K Assista AgoraEis aí uma grata surpresa para mim. Enquanto eu esperava uma melosa e piegas história de amor dificultoso, saída de algum livro do universo de Nicholas Sparks, me surpreendo com este filme tão belo e delicado, que, infelizmente, é mais um daqueles sonhos-de-valsa do cinema que fica escondidinho dentro da caixa de bombons e ninguém vê. Mark Romanek consegue construir, de forma eficiente, um universo amargo e melancólico, o universo dos personagens que se vêem dentro do próprio caos sufocante, desejosos em adiar o temido destino. Consegue ir além do desgastado triângulo amoroso, tecendo reflexões sutis sobre humanismo e solidão. Fiquei um tempo pensando sobre a realidade aqui retratada: é possível sim que, um dia, cheguemos ao ponto de a medicina invadir a liberdade individual e arrancar a alma dos menos favorecidos (se é que se tem alma, como diz a ex-professora do internato) afim de subsidiar o conforto e o bem viver de uma elite sanguessuga. Já fizemos isto antes, a História tá aí pra provar!
Sem pretensões de fazer o público "tomar partido", o elenco contribui bastante para a execução excelente, mostrando em perspectivas diferentes a realidade dura e cruel. Andrew Garfield provando sua versatilidade, causando simpatia com o expectador sem deixar de lado sua carga dramática; Carey Mulligan, além de linda, de longe demonstra maturidade, e Keira Knightley sendo... bom, Keira! Acoplada à fotografia desgastada e triste e à trilha sonora composta por músicas orquestradas, este filme deixa sua singela contribuição à sétima arte.
Ah, e uma dica a quem ainda pretende assistir: Não vá muito além da sinopse, muito menos veja o trailer! Quanto menos de informações você tiver sobre a trama, mais conectado estará.
Tamara
2.3 380Terminei a sessão e comecei a refletir: Qual era o objetivo? Assustar, chocar, por medo? Porque, sinceramente, em nada esse filme conseguiu me arrancar qualquer reação. Que o roteiro é fraco, que os personagens são rasos e os atores são extremamente ruins, creio que todos sabem antes mesmo de assistir, mas havia esperanças quanto às cenas de mortes.
Com exceção da morte do primeiro garoto, pela automutilação, e a do pai de Tamara, as outras foram mal executadas ou pateticamente elaboradas.
Paraísos Artificiais
3.2 1,8K Assista AgoraOs paraísos podem ser artificiais, mas os paraísos naturais que aqui aparecem, sem dúvidas, são o verdadeiro espetáculo visual e mágico que só a imagem-movimento do cinema pode proporcionar. O filme tem uma fotografia indiscutivelmente linda e cenas que eu diria até interessantes e bem produzidas, no melhor conceito psicodélico do termo. A história é um tanto trágica e diria até meio que surreal, afinal encontros e desencontros assim são difíceis de se crer, não é? Érika adverte que se deve acreditar mais nas artimanhas no universo, mas olha só:
eles se encontram numa rave no Ceará, dois anos após num banheiro de uma balada em Amsterdã e novamente, anos mais tarde, no Rio de Janeiro. Ou seja, o universo devia estar querendo MUITO juntar o casalzinho, não é? :D
Há muitas cenas que ficarão na minha memória por um bom tempo, e algumas frases de efeito cumprem seu trabalho de marcar o espectador, como "Seus anjos e demônios estão dentro de você" e "A gente é o que a gente sente". Nathalia Dill é o grande destaque: especialmente linda e emocionante por vezes. Devia se dedicar mais ao cinema, poderia ser feliz no ramo. Os demais atores estão de mediano à ruim, mas nada que atrapalhe a obra por completa. De fato, era aquilo que eu esperava: um trabalho diferente e descompromissado.
Bling Ring - A Gangue de Hollywood
3.0 1,7K Assista Agora"Acho estranho glorificar algo que foi tão perturbador para muitas pessoas. É importante desapegar das coisas materiais, mas o que era especial, as coisas pessoais que perdi são difíceis de esquecer". Rachel Bilson.
Shame
3.6 2,0K Assista AgoraVazio e melancolia, eis o que Shame me provocou da primeira cena estática de Fassbender na cama ao desfecho da película. Compartilho da ideia de que faltou algo que explicasse, ou ao menos desse indícios concretos, sobre passado escabroso que os irmãos viveram, que obviamente fora posto ali na trama de forma descuidada mas que, creio eu, seria de fundamental importância para compreender à autodestruição de ambos.
Minhas míseras teorias apontam para uma possível experiência sexual entre os dois na adolescência; experiência esta traumática e conturbada. Mas, como afirmei, não há fortes indícios quanto à isso ou qualquer outro acontecimento marcante. O trecho "Nós não somos pessoas ruins, apenas viemos de um lugar ruim" é bem revelador e instigante, e aponta para tal interpretação (assim como a cena em que a irmã flagra Brandon no banheiro se masturbando)
Aos poucos, o filme se torna incomodo e depressivo, graças ao ritmo leve e à trilha sonora densa. É propício à diversas análises, desde as consequências do vício e o transtorno da personalidade narcisista à crises existenciais. Shame é um prato cheio pra se refletir.
Rock of Ages: O Filme
3.1 1,3K Assista AgoraNo limite entre o nostálgico e o vergonhoso, Rock of Ages remonta os grandiosos clássicos do rock oitentista de forma ridiculamente divertida e, apesar do exagero nos esteriótipos e da trama nada original (aspectos intencionais, diga-se de passagem), consegue entreter por uns bons minutos e nos fazer imergir na atmosfera excêntrica da década perdida. É tosco e enfadonho por algumas vezes, é um daqueles filmes que, uma semana após tê-lo assistido, você não lembrará de uma só cena, muito menos da história por completa.
A sucessão de encontros e desencontros e os inúmeros plots emaranhados contribuem para a má fama que o filme carrega: trama confusa e sem clímax, dando uma ideia de um eterno videoclipe exibido na MTV. Porém, acerta em cheio na escolha das músicas reinterpretadas e nas performances empolgantes, destacando-se a sequência em que Tom Cruise e Malin Ackerman arrancam suspiros durante a balada "I Want to Know What Love Is” e a pirada Catherine Zeta-Jones dança e canta "Hit Me With Your Best Shot" dentro do templo. O casal principal se esforça em atuação, no entanto piedosamente falha e não convence em uma cena sequer, parecendo mais Justin Timberlake e Britney Spears do que rock stars. Pra não desmerecer ao todo, Julianne Hough apresenta cenas de dança sensual que compensam e relembram musicais oitentistas e Diego Boneta até acerta algumas vezes, como em “Don’t Stop Belivin".
Em suma, não é um filme desprezível. Se faz de tosco e consegue ser tosco, te faz rir algumas vezes e, de quebra, deixa a soundtrack pairando sua cabeça por um bom tempo.
Loucamente Apaixonados
3.5 1,2K Assista AgoraLike Crazy tem aquele gostinho de filme independente: evoca toda a beleza estética e a leveza nas imagens que filmes semelhantes apresentam. A fotografia trás sim um saldo positivo para o longa. Apesar de sua história ser simples, um tanto mamão-com-açúcar, sua execução é bastante realista e, digamos, poética, conferindo certo tom reflexivo aos percalços do casal. O final ali quase não entregue, escondido nas entrelinhas, foi uma bela sacada:
Pudemos perceber que na vida nem tudo é preto no branco, e que as relações amorosas nem sempre tem suas explicações e razões bem delineadas. O casal sofreu muito para ficar junto, mas quando finalmente tudo deu certo o amor meio que "amornou". Por que? Por que a infelicidade? O amor, mesmo que tardio, se concretizou, há espaços para arrependimentos?
Uma bela surpresa pra mim, já que eu esperava bem menos.
A Escolha Perfeita
3.8 1,6K Assista AgoraLeve e divertido, Pitch Perfect usou e abusou dos clichês norte-americanos de comédias, acrescentou certa dose da geração Glee e, de quebra, nos revelou uma bela surpresa: Rachel Wilson. Nossa Fat Amy é o "topos" do filme, perceptível por seus improvisos de comediante e personalidade nonsense. O filme em si não foge ao padrão do gênero, pelo contrário, nem tem essa intenção. Aqui encontramos os mesmos elementos de outras tantas obras: a determinação da protagonista em alcançar algo, um pseudo-amor de verão shakespeariano, os obstáculos durante a jornada e, por fim, um desfecho previsível. Isso é ruim? Não necessariamente. Jason Moore e Kay Cannon souberam preencher a mesmice do roteiro com referências massivas à cultura pop, tanto em musical quanto cinematográfica. Artistas comerciais como Madonna, Rihanna, Miley Cyrus e Brunos Mars, ganham novos aspectos nas vozes dos corais, diria até com mais "personalidade" e qualidade instrumental. Uma delicinha de se ver!
Showrunners: The Art of Running a TV Show
3.9 5Mark Schwahn, J. J. Abrams, Mike Kelley, Kurt Sutter e Steven S. DeKnight? Ok, aqui é meu novo lar.
Anna Karenina
3.7 1,2K Assista AgoraVisualmente chamativo e com uma estilização impecável, Anna Karenina é mais um desses filmes imersos na beleza e no glamour épico e que tem seu ponto máximo na fotografia sofisticada e figurinos impressionantes. Contudo, toda a estética e produção original não sustenta uma narrativa coesa e complexa, não constrói densamente seus personagens e nem dá chances para a história correr livremente. Sim, é belo e cuidadosamente trabalhado, te deixa maravilhado com a ambientação e caracterização, e o experimentalismo salta aos olhos, principalmente a técnica nada convencional de mesclar cinema e teatro (que a priori causa estranhamento). E vale a pena apreciar essa adaptação feita por Joe Wright apenas por esses aspectos.
O Sétimo Selo
4.4 1,0KNum clima permeado pelo apocalíptico e o caótico, bem expressivo da Idade das Trevas, Bergman articula questionamentos sobre a Morte e sobre Deus em seu O Sétimo Selo. No correr dos minutos vemos sua simples história se debruçar sobre reflexões angustiantes, sem deixar de lado um humor sagaz. Como disse a garota aqui embaixo, uma alegoria sobre a busca infinita pelo sentido. Um filme deveras marcante!
Narradores de Javé
3.9 273Singela história sobre a memória como fator de um processo identitário, que graças aos seus personagens carismáticos e ao roteiro bem amarrado soube passar satisfatoriamente sua mensagem. É um filme riquíssimo, que pode propiciar infinitas análises sobre Patrimônio, história oral e memória coletiva/afetiva, além de entreter o espectador, afinal o cinema, acima de tudo, é diversão.
"Qual estudante de história não viu este filme?" [2]
O Show de Truman
4.2 2,6K Assista AgoraTem algo melhor que ver Jim Carrey num belo drama? E ainda mais como este, tão marcante e original, repleto de cenas memoráveis, diálogos profundos e reflexões diversas. Confesso que após a sessão precisei digerir um pouco a ideia e a mensagem que Andrew Niccol quis passar, com críticas ao sistema da sociedade atual e, principalmente, à indústria cultural massificada. Sem deixar de lado toda a confusão psicológica que o espectador acaba por adquirir através do personagem: Afinal, o que é real? A vida falsa de Truman era a única que ele conhecia, o que aconteceria depois da liberdade? Algumas frases ditas pelo diretor do reality show ficaram martelando por horas na minha cabeça, como
"Aceitamos a realidade do mundo no qual estamos presentes."
"Lá fora, a verdade é igual a do mundo que criei para você. As mesmas mentiras. As mesmas decepções."
Excelente filme, uma daquelas obras essenciais para qualquer ser humano.
Alpha Dog
3.6 461 Assista AgoraEmile Hirsch em mais um surpreendente atuação, provando sua versatilidade, e junto com ele outros tantos rostos conhecidos que abrilhantam esse longa. Nick Cassavetes manteve o compromisso de levar às telas a história real de um dos criminosos mais procurados pelo FBI, Jesse James, e o fez da maneira mais realista e fiel possível. Transportou a atmosfera permissiva e superficial do contexto em questão, carregada de violência e comportamento libertino, e de quebra contou uma história que se apresenta como ficção, porém é mais concreto do que imaginamos. Aqui o dinheiro não é problema, a diversão não cessa e a transgressão é lei, mas as consequências não inevitáveis.
Uma curiosidade é que Jesse James foi encontrado no Rio de Janeiro, enquanto no filme o personagem Truelove foi preso em Assunção, no Paraguai. Outra fato interessante é que aqui ele não ostentava o patrimônio financeiro que possuía, justamente para não levantar suspeitas, e ainda teve um caso amoroso com uma carioca, no qual resultou em um filho. Já no longa, ele aparece em outro país vestido de terno e gravata, caminhando felizmente ao som de The Girl From Ipanema. Vai entender essas mudanças!
Argo
3.9 2,5KExcelente thriller que consegue, como nenhum outro, prender a atenção do espectador e o fazer ficar vidrado diante da narrativa, que só cresce no correr de seus minutos. Minhas expectativas reduziam o filme à uma história ufanista, a típica exaltação do sempre altruísta EUA, porém, felizmente, me enganei. Ben Affleck não abre mão de por o dedo na ferida ao começar "culpando" seu país pela Revolução do Irã, embora romantize (e exagere) um pouco a história real de tensão e medo. Tensão essa que rege todo o longa até chegar o clímax no qual, meu amigo, torça pra que você consiga respirar! Tudo isso acoplado à uma trilha sonora sem igual e uma equipe de peso, principalmente no elenco, Argo se torna indispensável no cinema.
Uma Noite Alucinante 3
3.5 530 Assista AgoraMas que confusão é esta trilogia do tio Raimi. Não dá pra definir direito o que cada filme é se comparado com o anterior: nem reboot, nem remake, nem sequência; mas sim uma mistura de tudo. Mas afora isso, este aqui é ridiculamente divertido e que, apesar de ser fruto de uma viagem transcendental , flerta toscamente com a ficção científica e a História, tornando a história um tanto nostálgica e com gostinho de anos 90. Embora não tenha nada a ver com os outros, vale a pena ver o Ash se metendo numa roubada em plena Idade das Trevas.
Que vergonha alheia a cena em que os pequenos Ash saem dos cacos do espelho e começam a atacá-lo hahaha. Isso sem citar o seu rosto transfigurado por conta do Necronomicon.
Como Diz a Bíblia
4.4 153É interessante como o documentário procura confrontar e entender a relação paradoxal entre homossexualidade e cristianismo, tendo o cuidado de dar voz à ambas as partes envolvidas e suas diversas ramificações (defensores da bíblia literal, reverendos mais esclarecidos, familiares de homossexuais...), embora esteja bem clara, desde o começo, a posição do documentarista. Depois de assistir, tive uma conclusão: é inconcebível a concepção cristã que alguns fieis têm sobre determinados segmentos da sociedade atual. Como vemos no documentário, a bíblia é um texto social e culturalmente localizado, logo não reflete aspectos da estrutura do que vivemos hoje em dia. Seria, no mínimo, ilógico trazer à tona questionamentos como "Homossexualidade é pecado? É algo natural? O que defender, a bíblia ou a ciência?", visto que anos de confrontos ideológicos derrubaram teorias e senso-comuns.
E é triste ver certos depoimentos na película. Dentre eles, o da mãe de Anna (a suicida) foi o mais tocante. É revoltante e lamentável perceber que a religião, se mal utilizada, sirva para destronar os laços familiares e afetivos e e impedir a relação social harmoniosa e equilibrada. Em tempos de Joelmas e Marco Felicianos, esse documentário se torna imprescindível para os leigos e ignorantes no assunto, bem como para a população brasileira no geral.
Uma Noite Alucinante: A Morte do Demônio
3.8 1,4K Assista AgoraExtremamente bizarro e nojento até seus últimos minutos, Sam Raimi aqui se consolida dentro do gênero num filme com cenas chocantes e ousadas.
Dentro do conjunto você encontra uma mulher sendo estuprada por uma árvore (confesso que ri do ridículo), uma outra rindo maleficamente e demônios que gritam "we're gonna get you" freneticamente.
Juno
3.7 2,3K Assista AgoraÓtimo filme! Diablo Cody soube tratar um assunto sério de maneira leve e lúdica, fazendo valer cada minuto do longa. Os personagens, e principalmente a protagonista Juno, são extremamente carismáticos e singulares, isso graças ao elenco de peso que se juntou à obra. O filme ganhou meu carinho principalmente pelo final nada convencional:
Juno poderia ter ficado com a criança, vendo que o casal interessado estava prestes à ruir, ou poderia ter engatado um relacionamento com o Mark. E acontece o inesperado: Juno volta seus olhos para seu amor adolescente, Bleeker.
A Noiva Estava de Preto
3.9 99Truffaut num suspense saboroso de assistir, trabalhando a vingança por um amor perdido de maneira sucinta e gradativa, no melhor estilo Hitchcock. Jeanne Moreau trás à tona uma vilã fria, cegamente apaixonada e dissimulada, uma femme fatale imperdoável e calculista, no qual a máxima "vingança é um prato que se come frio" ganha vida através seus olhos sedutores e mãos ágeis. Porém, fiquei com dúvidas sobre detalhes não esclarecidos (ou talvez eu não tenha prestado atenção o suficiente).
Um deles é o fato de Julie Kohler tão facilmente descobrir o nome e, inclusive, o paradeiro dos cinco cúmplices no assassinato de seu marido, porque até onde vimos ninguém sequer soube de onde o tiro partiu...
Mas, como disse, são apenas detalhes e em nada interferem na qualidade deste excelente drama francês tão desconhecido porém crucial para o cinema.
Duelo de Bravos
2.6 13 Assista AgoraO roteiro um tanto confuso, sem propósito e até diferente de minha expectativa. Por um momento fiquei me perguntando onde estava o "Duelo" do título, e os "Bravos" também, porque o que vemos são as peripécias de três ladrões inexperientes, sendo um deles jovem atrapalhado e o outro aventureiro sem um pingo de juízo que nem portar uma arma sabe. Não sei não, a história poderia ter sido melhor desenvolvida.