Bruna Slim

Um filme engraçado, porém, o protagonista é claramente indeciso e não age com a verdade quanto a vontade de colocar fim a relação. É aquele clichê de: o problema não é você, sou eu. Clareza e objetividade passaram longe, além de que demonstra um comportamento tóxico.

Bom, apesar do filme ser de comédia, vale refletir sobre as nossas ações enquanto pessoas que lidam com outras pessoas.

Será que a vulnerabilidade externa torna-se maior do que os nossos desacordos internos mais profundos e dolorosos?

Questionamento inicial do quarto episódio.

O segundo episódio da série Solos é sobre a filha de Tom, que foi o protagonista do primeiro episódio. Foi um episódio que me marcou, assim como o quarto episódio que trouxe as lentes da pandemia com o foco no isolamento, medo e insegurança. O episódio da filha de Tom fala sobre autoestima, autoconhecimento, e sobre a capacidade de se entender como merecedora de admiração e afeto. Além disso, fala sobre a perda da mãe e a dura realidade em ter que lidar com a tensão de conviver todos os dias com a falta que a ausência causa (estou passando por isso).
A série é simplesmente magnífica, porque traz a tona as nossas angústias e desejos mais profundos, dos quais representam as nossas vulnerabilidades enquanto seres humanos.
Indico a série sem dúvidas alguma, porque cada dia que passa tendemos a ser mais isolados, e isso não significa que estarmos rodeados de pessoas, estamos ali, de fato, interagindo e nos conectando verdadeiramente.
A era moderna na perspectiva da tecnologia e da imersão das pessoas dentro de tudo isso, além do próprio aceleramento das responsabilidades e a dinâmica intensa do dia a dia, nos torna cada vez mais distante de se conectar, formar vínculos reais e frutífero; a longo prazo, a tendência é aumentar o egocentrismo, a impaciência e a diminuição da incompreensão individual.