"Logan" não é um filme de super-herói, é um drama existencialista que por acaso tem um velho e decadente mutante como protagonista, com a mesma solitária infelicidade que qualquer ser normal pode vivenciar. A despedida de Hugh Jackman - que entre altos e baixos interpreta a arma X por 17 anos - tem o peso dramático, a brutalidade e o fator humano que um filme do Wolverine pede, transcendendo e abrindo uma nova vertente para o gênero de super-heróis.
Fabulosa a maneira como os sentimentos dos personagens ditam a cor do filme (destaque pro vermelho, azul e amarelo), que com uma excepcional direção de arte, ambienta um sensibilíssimo drama dentro de um propício contexto histórico.
"Bleed For This" tem uma fantástica história real a contar, se apoia na intensa performance de Miles Teller e tem alguns momentos de razoável comoção (boa mixagem de som nas cenas de boxe), tinha tudo pra ser um sucesso se não fosse tão apressado, mal montado e repleto de diálogos óbvios.
"John Wick: Chapter 2" tem mais um roteiro banal e várias inconsistências na expansão do seu universo, mas em nenhum momento isso chega a ofuscar a impressionante qualidade de suas sequências de combate, que misturam diversos estilos de luta (lembrando muito os filmes de ação asiáticos) e são otimizadas pela excelente mixagem de som e pelo perfeito trabalho de edição, que permite ao expectador a apreciação de tudo o que acontece nos inúmeros momentos de ação ininterrupta. Ação que poderia flertar com o cansaço se não fosse pelas pontuais e sutis tiradas de humor que trazem o alívio necessário entre as principais etapas do filme.
Filme pra extravasar, sem qualquer tipo de compromisso narrativo, mas com um irresistível senso de entretenimento, ampliando tudo o que o primeiro filme tinha de bom!
Seria apenas mais um típico drama biográfico-esportivo com tratamento Disney, se não fosse pelo seu rico contexto sociocultural e seu elenco acima da média.
"La La Land" tem uma narrativa familiar e bastante evocativa aos clássicos musicais da era de ouro do gênero (décadas de 40 e 50), porém, o filme não se limita a reverenciá-los e consegue construir sua própria identidade, com a construção de um visual vívido e bastante estilizado, a adição de elementos claramente contemporâneos (mídia, tecnologia, etc.) e extraordinárias sequências musicais que resgatam a magia e o otimismo do cinema clássico.
"Loving" é um relevante drama histórico, com boas atuações e mais uma eficiente direção de Jeff Nichols, porém faltam momentos de impacto para compensar o ritmo lento e a limitada sustância narrativa.
"Life, Animated" é um sensível documentário que conta uma linda história de vida e tece um ótimo estudo sobre a importância das artes visuais na construção de linguagens e no desenvolvimento de conceitos ideológicos.
"Hidden Figures" tem um carismático elenco e conta uma história muito importante em termos históricos e representativos, infelizmente o filme tem seu impacto narrativo minimizado por receber um tratamento novelesco e artificial em quase todos os seus aspectos (direção de arte, contexto histórico-social, frases de efeito, trilha sonora, tom...), se tornando convencional demais para ser lembrado por muito tempo.
"Silence" tem um ritmo vagaroso e em alguns momentos flerta com o tédio e a monotonia, porém, a longa duração do filme salienta o imenso martírio dos personagens e alimenta ainda mais o conflituoso debate ideológico proposto pelo filme, trazendo inúmeros questionamentos sobre fé e o seu verdadeiro significado para o ser humano. Muito inteligente a maneira como Scorsese usa o silêncio e a edição esticada para maximizar o calvário das vítimas nas cenas de tortura, é propositalmente incômodo de se assistir.
É uma obra difícil de se indicar, não é agradável, não traz nenhum tipo de resposta ou recompensa moral pra quem assiste, mas faz um estudo íntimo e relevante do tema mais debatido da história da humanidade. Muito provavelmente o filme mais reflexivo da carreira de Martin Scorsese!
PS: Merecia uma indicação ao Óscar de Melhor Filme!
"Moana" não inova em sua estrutura narrativa, mas reinventa e até mesmo faz piada de alguns elementos da conhecida fórmula do escolhido, invertendo papéis (dinâmica Moana/Maui) e fazendo a excepcional escolha de ignorar qualquer tipo de arco romântico (praxe das tradicionais animações da Disney). A animação introduz personagens de forte carisma e ideais sólidos, trabalhando humor e drama com o apoio de suas excelentes canções e de seu visual apaixonante.
Não tem uma mensagem social tão forte como "Zootopia", mas é mais uma animação que tenta quebrar os paradigmas conceituais da boa e velha fórmula da Disney.
Lion tem alguns momentos de genuína sensibilidade e comoção, com o menino Sunny Pawar carregando o primeiro ato nas costas com um carisma irresistível, porém, a partir do segundo ato o filme vai se tornando cada vez mais incoeso, sem qualquer noção de causa-efeito e com personagens secundários completamento desconexos, anulando grande parte do apelo dramático da história.
Direção é eficiente nos primeiros 40 minutos (explorando o elo de Saroo com sua família sem muitos diálogos e depois transmitindo muito bem a sensação de desespero do menino), mas faltou senso de ritmo pra manter o filme interessante até o fim.
Mesmo com algumas piadas repetitivas e alguns personagens dispersos, The Lego Batman Movie é uma inteligentíssima sátira à história do Homem-Morcego dentro das telonas (as alusões aos outros filmes do herói são perfeitas), subverte os tradicionais conceitos ideológicos do grande herói da DC sem deixar de adicionar plausíveis arcos dramáticos ao personagem, o desenvolvendo de maneira contínua, mas nunca deixando de polir o tom satírico e bem-humorado da história. O conceito visual do universo Lego se mostra mais uma vez impressionante, assim como as inúmeras referências ao mundo nerd (Senhor dos Anéis, Harry Potter, Matrix, etc.) continuam irresistivelmente engraçadas e evocativas.
"Jackie" não é ruim, tem boas atuações e alguns diálogos genuinamente reflexivos, porém não é substancialmente interessante, não é profundo o suficiente para se diferenciar de outros tantos trabalhos que exploram este mesmo tipo de história.
Manchester by the Sea tem uma carga dramática incrivelmente verossímil com a vida real, não parece uma obra fictícia, soa muito mais como a vida de uma pessoa filmada, com personagens reais e dilemas reais sobre culpa, perdão e luto. Incrível trabalho de atuação de todo o elenco, principalmente de Casey Affleck que através de olhares, curtos diálogos e uma depressiva postura corporal, transmite toda a personalidade traumatizada de seu personagem.
Arrival é muito mais que um típico filme de invasão alienígena, é algo muito mais imersivo e difícil de ser rotulado, trata a ficção científica com um preciso e complexo toque humano, não esquecendo de adicionar elementos que façam o público assimilar e se identificar com a história.
Moonlight conta uma história incomum com um improvável protagonista, lida com questões universalmente relevantes - como identidade, sexualidade, auto-aceitação e maternidade - e apresenta uma perfeita coesão narrativa entre seus três atos (em termos de roteiro e atuações). O filme ainda é capaz de fazer um íntimo e sensível estudo de personagem, desafiando todos os tradicionais conceitos de masculinidade, sem nunca parecer óbvio ou moralista, estando ciente da habilidade interpretativa de seu público.
Trazendo toda a aura teatral da poderosa peça de August Wilson (ritmo a base de longos diálogos, espaço limitado, etc.), "Fences" sofre em suas transições temporais e não dá aos seus interessantes coadjuvantes um desenvolvimento próprio, mas com Viola Davis e Denzel Washington injetando tanta verdade, vibração e eloquência em uma história que potencializa temais sociais tão importantes (família, preconceito, paternidade, estima, morte), é difícil não se impressionar com uma obra de tamanho poder artístico.
O filme tem uma incrível atuação de Andrew Garfield e as melhores cenas de guerra desde "O Resgate do Soldado Ryan", porém, não chega a explorar os conflitos morais da história de maneira realmente efetiva, trata seu tema principal de maneira unilateral, nunca colocando os ideais do grande protagonista em risco.
"Animais Fantásticos" consegue criar seu próprio universo sem depender da óbvia nostalgia, usando efeitos especiais criativos e um ótimo design de produção (a reconstrução de Nova York é realmente excelente), porém, mesmo que razoavelmente imaginativo, o roteiro de J.K Rowling nunca alcança o nível de engajamento de qualquer história do Harry Potter, muito disso devido a falta de correlação entre seus personagens e a ausência de maiores riscos nos momentos-chave da história.
"Doutor Estranho" é estruturalmente formulaico e seguindo a fórmula Marvel acaba adicionando outro esquecível vilão ao MCU, no entanto, o filme tem uma excelente performance central de Benedict Cumberbatch (que compensa a subutilização do ótimo elenco de apoio) e faz um balanço efetivo entre o imaginativo material fonte e a vibe bem humorada dos filmes da Marvel; tudo isso com o imprescindível suporte dos seus incríveis conceitos visuais.
Além de contar com uma das melhores performances da história do cinema, The Shining se estabelece como um dos definitivos clássicos do cinema de horror por ser um filme visualmente significativo do primeiro ao último shot.
As parábolas imagéticas de Stanley Kubrick são geniais por conseguir incitar a natureza sobrenatural e psicodélica da história sem em nenhum momento pisar em território óbvio ou incoveniente. Os planos-sequência que seguem o menino Danny nos corredores do Overlook Hotel - intercalados por imagens genuinamente assustadoras - fomentam uma tensão magnética, a otimização do áudio ambiente e o inteligente uso das paredes vermelhas complementam a perfeita construção de um terror minimalista.
Mesmo com um supérfluo estudo histórico-cultural do Oriente Médio e um pouquinho de melodrama, Incendies usa suas excelentes performances e seu visual depressivo para causar um devastador impacto emocional em qualquer um que o assista. Destaque também para o inteligente trabalho de montagem e para a trilha sonora!
Logan
4.3 2,6K Assista Agora"Logan" não é um filme de super-herói, é um drama existencialista que por acaso tem um velho e decadente mutante como protagonista, com a mesma solitária infelicidade que qualquer ser normal pode vivenciar. A despedida de Hugh Jackman - que entre altos e baixos interpreta a arma X por 17 anos - tem o peso dramático, a brutalidade e o fator humano que um filme do Wolverine pede, transcendendo e abrindo uma nova vertente para o gênero de super-heróis.
Direito de Amar
4.0 1,1K Assista AgoraFabulosa a maneira como os sentimentos dos personagens ditam a cor do filme (destaque pro vermelho, azul e amarelo), que com uma excepcional direção de arte, ambienta um sensibilíssimo drama dentro de um propício contexto histórico.
Sangue Pela Glória
3.4 64 Assista Agora"Bleed For This" tem uma fantástica história real a contar, se apoia na intensa performance de Miles Teller e tem alguns momentos de razoável comoção (boa mixagem de som nas cenas de boxe), tinha tudo pra ser um sucesso se não fosse tão apressado, mal montado e repleto de diálogos óbvios.
John Wick: Um Novo Dia Para Matar
3.9 1,1K Assista Agora"John Wick: Chapter 2" tem mais um roteiro banal e várias inconsistências na expansão do seu universo, mas em nenhum momento isso chega a ofuscar a impressionante qualidade de suas sequências de combate, que misturam diversos estilos de luta (lembrando muito os filmes de ação asiáticos) e são otimizadas pela excelente mixagem de som e pelo perfeito trabalho de edição, que permite ao expectador a apreciação de tudo o que acontece nos inúmeros momentos de ação ininterrupta. Ação que poderia flertar com o cansaço se não fosse pelas pontuais e sutis tiradas de humor que trazem o alívio necessário entre as principais etapas do filme.
Filme pra extravasar, sem qualquer tipo de compromisso narrativo, mas com um irresistível senso de entretenimento, ampliando tudo o que o primeiro filme tinha de bom!
Rainha de Katwe
4.2 208 Assista AgoraSeria apenas mais um típico drama biográfico-esportivo com tratamento Disney, se não fosse pelo seu rico contexto sociocultural e seu elenco acima da média.
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista Agora"La La Land" tem uma narrativa familiar e bastante evocativa aos clássicos musicais da era de ouro do gênero (décadas de 40 e 50), porém, o filme não se limita a reverenciá-los e consegue construir sua própria identidade, com a construção de um visual vívido e bastante estilizado, a adição de elementos claramente contemporâneos (mídia, tecnologia, etc.) e extraordinárias sequências musicais que resgatam a magia e o otimismo do cinema clássico.
Loving: Uma História de Amor
3.7 292 Assista Agora"Loving" é um relevante drama histórico, com boas atuações e mais uma eficiente direção de Jeff Nichols, porém faltam momentos de impacto para compensar o ritmo lento e a limitada sustância narrativa.
Vida, Animada
3.9 59"Life, Animated" é um sensível documentário que conta uma linda história de vida e tece um ótimo estudo sobre a importância das artes visuais na construção de linguagens e no desenvolvimento de conceitos ideológicos.
Estrelas Além do Tempo
4.3 1,5K Assista Agora"Hidden Figures" tem um carismático elenco e conta uma história muito importante em termos históricos e representativos, infelizmente o filme tem seu impacto narrativo minimizado por receber um tratamento novelesco e artificial em quase todos os seus aspectos (direção de arte, contexto histórico-social, frases de efeito, trilha sonora, tom...), se tornando convencional demais para ser lembrado por muito tempo.
Silêncio
3.8 576"Silence" tem um ritmo vagaroso e em alguns momentos flerta com o tédio e a monotonia, porém, a longa duração do filme salienta o imenso martírio dos personagens e alimenta ainda mais o conflituoso debate ideológico proposto pelo filme, trazendo inúmeros questionamentos sobre fé e o seu verdadeiro significado para o ser humano. Muito inteligente a maneira como Scorsese usa o silêncio e a edição esticada para maximizar o calvário das vítimas nas cenas de tortura, é propositalmente incômodo de se assistir.
É uma obra difícil de se indicar, não é agradável, não traz nenhum tipo de resposta ou recompensa moral pra quem assiste, mas faz um estudo íntimo e relevante do tema mais debatido da história da humanidade. Muito provavelmente o filme mais reflexivo da carreira de Martin Scorsese!
PS: Merecia uma indicação ao Óscar de Melhor Filme!
Moana: Um Mar de Aventuras
4.1 1,5K"Moana" não inova em sua estrutura narrativa, mas reinventa e até mesmo faz piada de alguns elementos da conhecida fórmula do escolhido, invertendo papéis (dinâmica Moana/Maui) e fazendo a excepcional escolha de ignorar qualquer tipo de arco romântico (praxe das tradicionais animações da Disney). A animação introduz personagens de forte carisma e ideais sólidos, trabalhando humor e drama com o apoio de suas excelentes canções e de seu visual apaixonante.
Não tem uma mensagem social tão forte como "Zootopia", mas é mais uma animação que tenta quebrar os paradigmas conceituais da boa e velha fórmula da Disney.
Lion: Uma Jornada para Casa
4.3 1,9K Assista AgoraLion tem alguns momentos de genuína sensibilidade e comoção, com o menino Sunny Pawar carregando o primeiro ato nas costas com um carisma irresistível, porém, a partir do segundo ato o filme vai se tornando cada vez mais incoeso, sem qualquer noção de causa-efeito e com personagens secundários completamento desconexos, anulando grande parte do apelo dramático da história.
Direção é eficiente nos primeiros 40 minutos (explorando o elo de Saroo com sua família sem muitos diálogos e depois transmitindo muito bem a sensação de desespero do menino), mas faltou senso de ritmo pra manter o filme interessante até o fim.
LEGO Batman: O Filme
3.9 383 Assista AgoraMesmo com algumas piadas repetitivas e alguns personagens dispersos, The Lego Batman Movie é uma inteligentíssima sátira à história do Homem-Morcego dentro das telonas (as alusões aos outros filmes do herói são perfeitas), subverte os tradicionais conceitos ideológicos do grande herói da DC sem deixar de adicionar plausíveis arcos dramáticos ao personagem, o desenvolvendo de maneira contínua, mas nunca deixando de polir o tom satírico e bem-humorado da história. O conceito visual do universo Lego se mostra mais uma vez impressionante, assim como as inúmeras referências ao mundo nerd (Senhor dos Anéis, Harry Potter, Matrix, etc.) continuam irresistivelmente engraçadas e evocativas.
Jackie
3.4 739 Assista Agora"Jackie" não é ruim, tem boas atuações e alguns diálogos genuinamente reflexivos, porém não é substancialmente interessante, não é profundo o suficiente para se diferenciar de outros tantos trabalhos que exploram este mesmo tipo de história.
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraManchester by the Sea tem uma carga dramática incrivelmente verossímil com a vida real, não parece uma obra fictícia, soa muito mais como a vida de uma pessoa filmada, com personagens reais e dilemas reais sobre culpa, perdão e luto. Incrível trabalho de atuação de todo o elenco, principalmente de Casey Affleck que através de olhares, curtos diálogos e uma depressiva postura corporal, transmite toda a personalidade traumatizada de seu personagem.
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraArrival é muito mais que um típico filme de invasão alienígena, é algo muito mais imersivo e difícil de ser rotulado, trata a ficção científica com um preciso e complexo toque humano, não esquecendo de adicionar elementos que façam o público assimilar e se identificar com a história.
Moonlight: Sob a Luz do Luar
4.1 2,4K Assista AgoraMoonlight conta uma história incomum com um improvável protagonista, lida com questões universalmente relevantes - como identidade, sexualidade, auto-aceitação e maternidade - e apresenta uma perfeita coesão narrativa entre seus três atos (em termos de roteiro e atuações). O filme ainda é capaz de fazer um íntimo e sensível estudo de personagem, desafiando todos os tradicionais conceitos de masculinidade, sem nunca parecer óbvio ou moralista, estando ciente da habilidade interpretativa de seu público.
Um Limite Entre Nós
3.8 1,1K Assista AgoraTrazendo toda a aura teatral da poderosa peça de August Wilson (ritmo a base de longos diálogos, espaço limitado, etc.), "Fences" sofre em suas transições temporais e não dá aos seus interessantes coadjuvantes um desenvolvimento próprio, mas com Viola Davis e Denzel Washington injetando tanta verdade, vibração e eloquência em uma história que potencializa temais sociais tão importantes (família, preconceito, paternidade, estima, morte), é difícil não se impressionar com uma obra de tamanho poder artístico.
Até o Último Homem
4.2 2,0K Assista AgoraO filme tem uma incrível atuação de Andrew Garfield e as melhores cenas de guerra desde "O Resgate do Soldado Ryan", porém, não chega a explorar os conflitos morais da história de maneira realmente efetiva, trata seu tema principal de maneira unilateral, nunca colocando os ideais do grande protagonista em risco.
Animais Fantásticos e Onde Habitam
4.0 2,2K Assista Agora"Animais Fantásticos" consegue criar seu próprio universo sem depender da óbvia nostalgia, usando efeitos especiais criativos e um ótimo design de produção (a reconstrução de Nova York é realmente excelente), porém, mesmo que razoavelmente imaginativo, o roteiro de J.K Rowling nunca alcança o nível de engajamento de qualquer história do Harry Potter, muito disso devido a falta de correlação entre seus personagens e a ausência de maiores riscos nos momentos-chave da história.
Doutor Estranho
4.0 2,2K Assista Agora"Doutor Estranho" é estruturalmente formulaico e seguindo a fórmula Marvel acaba adicionando outro esquecível vilão ao MCU, no entanto, o filme tem uma excelente performance central de Benedict Cumberbatch (que compensa a subutilização do ótimo elenco de apoio) e faz um balanço efetivo entre o imaginativo material fonte e a vibe bem humorada dos filmes da Marvel; tudo isso com o imprescindível suporte dos seus incríveis conceitos visuais.
Jack Reacher: Sem Retorno
3.1 329 Assista AgoraUma sequência monótona, dispersa e sem qualquer inspiração.
O Iluminado
4.3 4,0K Assista AgoraAlém de contar com uma das melhores performances da história do cinema, The Shining se estabelece como um dos definitivos clássicos do cinema de horror por ser um filme visualmente significativo do primeiro ao último shot.
As parábolas imagéticas de Stanley Kubrick são geniais por conseguir incitar a natureza sobrenatural e psicodélica da história sem em nenhum momento pisar em território óbvio ou incoveniente. Os planos-sequência que seguem o menino Danny nos corredores do Overlook Hotel - intercalados por imagens genuinamente assustadoras - fomentam uma tensão magnética, a otimização do áudio ambiente e o inteligente uso das paredes vermelhas complementam a perfeita construção de um terror minimalista.
Incêndios
4.5 1,9KMesmo com um supérfluo estudo histórico-cultural do Oriente Médio e um pouquinho de melodrama, Incendies usa suas excelentes performances e seu visual depressivo para causar um devastador impacto emocional em qualquer um que o assista. Destaque também para o inteligente trabalho de montagem e para a trilha sonora!