É incrível, quando um diretor de blockbusters possui liberdade criativa, é possível entregar um filme melhor e com mais paixão e após o lançamento dessa nova versão do filme de 2017 chegamos a certeza, que quando um estúdio se intromete demais na ideia do diretor, estraga uma ideia que poderia ser maravilhosa e entrega algo medíocre e esquecível. Essa nova versão tem uma narrativa muito interessante e vai nos apresentando sua trama em forma de capítulos e deixa tudo bastante coeso, é um filme de 4 horas e que são poucas as vezes que se sente o tempo, o filme trás um ótimo desenvolvimento para personagens que no original eram praticamente figurantes s que você nem se importava pelo arco fragmentado do mesmo. O Ciborgue no original é praticamente outro personagem, já aqui o filme desenvolve a sua relação com seus pais, a revolta por tudo o que aconteceu com ele, o desprezo que sente pelo pai. E você acaba se envolvendo com o personagem dele, sinceramente foi um dos personagens que mais curti e daí percebo como o personagem dele foi negligenciado no original. E parte desse desenvolvimento de roteiro e dos personagens explica porque o filme melhorou bastante, os personagens e o roteiro tem mais sentimento, o senso de urgência é maior, o vilão ganha um desenvolvimento e visualmente é muito mais ameaçador, visto que a versão original era risível. As cenas de batalha são épicas, toda a sequência de combate entre as amazonas e o Lobo da Estepe e a cena de batalha contra o Darkseid são lindas demais, era isso que eu queria em filme de herói, cenas de ação que são bem dirigidas, com violência, com morte. E o filme ser pra maiores de 18 influenciou, eu queria até que fosse mais ousado nas mortes e na violência, visto a classificação etária mas o que foi apresentado foi satisfatório. Tecnicamente e visualmente, o filme é impecável também, considerando o orçamento para refazer o filme, os efeitos visuais pra mim foram satisfatórios, a fotografia mesmo com o tom escuro, não me incomodou, assistir a esse filme em HDR foi uma experiência visual inesquecível, um épico de heróis. O filme infelizmente não é perfeito e algumas cenas passam a sensação de lentidão e que pouco estão contribuindo para a narrativa, principalmente as cenas da Lois Lane, chega um momento que você já sabe que ela está triste e mesmo assim, continua a repetição das cenas dela depressiva, outra coisa que me incomodou são diálogos expositivos, mas é algo comum do gênero de filmes de heróis, então não vou bater nesse filme e passar a mão na cabeça do estúdio rival. Não irei criticar as cenas em slowmotion porque respeito a visão criativa do diretor e porque não me incomodam, inclusive destaco a cena de introdução do Flash e quando ele salva a vida de uma personagem, pra mim foi uma cena linda, e aqui adiciono que a trilha sonora do filme é impecável. Sinceramente reclamar sobre Slowmotion nos filmes da DC é tão clichê, os filmes da Marvel são tão padronizados, que o público se acostumou com isso e quando assistem um filme do mesmo gênero mas com uma direção e visual diferentes, falam mal, ao invés de aproveitar e curtir os dois estúdios. O filme tem um terceiro ato muito empolgante, quando a Liga da Justiça entra em ação e estão lutando juntos, cada um tendo seu espaço aproveitado e sendo útil, uma dinâmica de equipe perfeita, com personagens que realmente parecem heróis, que são muito fortes, que são quase deuses (sempre senti falta disso nos filmes da Marvel, que pra mim os heróis são muito nerfados, isso humaniza bastante eles, mas, as vezes eu quero ver isso, heróis poderosos que são quase deuses, o mais perto disso, que tive na Marvel, foi com Wandavision e com Avengers Endgame) em diversos momentos me senti nostálgico, pela essência da cena me lembrar a animação que passava no SBT e isso foi uma ótima experiência pra mim. O filme ainda adiciona personagens queridos e termina de uma forma bastante promissora, é uma pena, porque quem perde é a Warner por ser burra e o público que perde uma saga cheia de potencial e que teria muito a contar ainda.
Um filme maravilhoso sobre evolução, sobre humanidade, tecnologias e renascimento. O filme começa com um prólogo que busca apresentar as dificuldades do ancestral do Homo Sapiens e então após o contato dessa raça com um objeto espacial não identificado, esse objeto torna os seres mais inteligentes e descobrem que podem usar ferramentas aqui no filme que é representado na forma de ossos, para caçar, defender-se de inimigos. Justamente o necessário para prolongar a permanência das criaturas naquele mundo que antes estavam a mercê de vários problemas, o filme evidencia que após o uso da ferramenta, as criaturas tornaram-se o ser dominante daquela região ao derrotar o líder do grupo inimigo e então temos um salto temporal. Temos uma cena lindamente dirigida e produzida, assistimos um balé espacial, acompanhamos uma cena tecnicamente impecável, efeitos visuais que tornaram-se referência e influenciaram diversas sagas famosas de ficção cientifica, todas as cenas espaciais merecem ser elogiadas pelo realismo, o homem nem tinha pisado na lua ainda quando esse filme saiu e as cenas são muito realistas. O filme tem uma direção bastante contemplativa e a estória é toda contada nas entrelinhas. O roteiro foca na dependência humana de tecnologias, na apatia humana em um futuro, nos perigos da tecnologia, no fato de que a violência é uma característica humana, tudo isso de forma sutil, sem condenar ninguém, o roteiro não condena nem a inteligência artificial. 2001 é um filme a frente do seu tempo, muito ousado e enigmático que tem uma direção impecável, um roteiro sutil que permite diversas interpretações e efeitos visuais que impressionam, principalmente quando se pensa, no ano em que o filme foi produzido, um filme histórico essencial pra qualquer fã da sétima arte.
É um bom filme, porém tudo aquilo que considerei um problema no segundo aqui é intensificado e adiciona outros problemas que a saga até então não tinha. O filme tenta parecer mais sérios, tentar trazer um senso de urgência, mas isso eles fazem apenas através da fotografia que é um pouco mais escura e é isso. O filme continua cheio de piadas e é intensificado, aqui são criadas situações apenas pra tentar criar uma cena de humor e as cenas são muito artificiais, o que no primeiro filme as cenas de humor eram orgânicas, cheias de humor negro, aqui preferem explorar um humor até meio imbecil com as cenas apenas pra vermos o Johnny Depp replicar todos os seus maneirismos de atuação que ele já fez nos seus filmes do Tim Burton. Além disso o filme é longo, trás muita informação e nunca desenvolve o ponto da narrativa em que está, dava pra ser um filme menor, focar menos em conflitos desnecessários e nas cenas de comédia exageradas, o vilão também é mal desenvolvido e o vilão do segundo filme que era ameaçador no segundo filme, aqui é reduzido a um capanga e o filme não o desenvolve. Tirando os problemas, acerta em todas as outras coisas que sempre foram o destaque da saga, efeitos visuais, direção de arte, cinematografia, maquiagem, o carisma dos personagens e a fantasia que nesse filme aqui, chega a ser até mais explorada que nos anteriores. O filme não é perfeito mas é um bom final pra trilogia e mesmo com os exageros, vale a pena conferir
É uma ótima sequência, expande a mitologia da saga, acrescenta novos personagens e um vilão mais desafiador comparado ao do primeiro filme, aprofunda a personalidade dos personagens já apresentados e dão melhores motivações. A sequência acrescenta muito mais ação e um tom muito mais cômico, as vezes funciona e em outros momentos, as piadas não são tão boas assim por serem bobas. Tecnicamente, não há nada novo, fotografia, edição, trilha sonora, maquiagem, direção de arte e efeitos visuais continuam destaque. O maior destaque vai para os efeitos e o visual dos piratas amaldiçoados é algo muito criativo. A narrativa continua interessante, porém as vezes deixa a sensação de que não esta andando, em algumas cenas, o roteiro prefere focar mais nas cenas de ação e de comédia, do que focar na estória principal e isso compromete as vezes. Porém é um filme divertido e que funciona pelos destaques do primeiro filme, os personagens carismáticos, a criatividade, a fantasia e as cenas de ação que continuam excelentes.
O filme é um excelente blockbuster e na verdade foi uma ideia bem ousada, o roteiro é excelente ao introduzir aquele universo e utilizar da melhor forma possível todos os clichês de piratas, o filme também acerta por adicionar fantasia, o que por si só trás mais identidade ao filme e o torna diferente desse subgênero. O roteiro acerta também ao utilizar um tom cômico, as piadas são sagazes, divertidas e cheias de sarcasmo. Além de tudo isso, os personagens são carismáticos demais, desde os protagonistas, até o vilão e também personagens secundários que são ótimos alívios cômicos. Tecnicamente é muito bem sucedido também, direção de arte, cenografia, fotografia, efeitos visuais, maquiagem, destaco a trilha sonora que criou um dos temas mais memoráveis da sétima arte. Piratas do Caribe brilha por um roteiro inspirado e ousado que trouxe um sopro de vida a um tema que poucas pessoas se interessavam e deu carisma. Fazendo a gente ter interesse por aquele mundo e por ver o inicio de uma saga muito promissora e que virou um marco na cultura pop pelos seus personagens interessantes e muito carismáticos.
É uma linda animação sobre conscientização ambientalista, uma carta de amor ao planeta Terra e a valorização da simplicidade e ao mesmo tempo complexidade da vida, o filme se passa em um futuro distante em que não há mais humanos vivendo no planeta e o mesmo está coberto de lixo. A única vida por assim dizer, é um robôzinho que trabalha empilhando lixo e é dessa exposição diária que o filme vai nos apresentando a rotina, lapidando a personalidade do robô (que tem características bem humanas) e daí criamos um elo e um senso de empatia pelo protagonista, sem ele precisar falar absolutamente nada, pois o que ele faz como trabalhar, ter suas paixões, ter um ser vivo para cuidar (representado pela barata) e ter seus momentos de descanso e entretenimento são peculiaridades da nossa condição de humanos, o roteiro acerta e muito ao fazer esse paralelo conosco. Visualmente o filme também é espetacular, a criação de uma Terra destruída é algo crível e simples, é um planeta abandonado, cheio de lixo, desértico e é isso. Assim como as cenas no espaço que chegam a ser lúdicas e até abstratas porém com muita emoção. E as cenas que se passam dentro da nave também são muito bem sacadas visualmente, um local dependente de máquinas, com tudo automatizado, algo que é bem a cara da gente que o conforto sempre será uma prioridade. Além disso, Wall e referencia musicais de Hollywood e uma referência bem divertida a 2001 Uma Odisseia no Espaço. Wall e é um filme divertido, com um roteiro emocionante e ambientalista, tem uma pequena derrapada pelo primeiro ato longo, mas tem um segundo e terceiro atos muito bem sucedidos e um visual maravilhoso além de um roteiro emocionante que evoca todo o seu amor pelo planeta e pela vida.
É um filme importante, pois popularizou um subgênero do terror que até então as pessoas não conheciam tanto. É um terror que brinca muito com a sugestão e ignora o explícito, se a pessoa espera aparições demoníacas, jumpscares, tudo explicadinho, irá se frustrar bastante. Agora se a pessoa sentir a atmosfera daquela floresta, até porque o filme te coloca lá, você sentirá tensão e nem precisará de algo explícito para te assustar, o filme cria tensão focando se no horror psicológico e esse medo vem de ficar de frente ao desconhecido, de ficar no escuro em um lugar isolado, do medo por se perder e não ter a certeza de que irá conseguir se salvar. Outro fator que ajuda em criar tensão é o realismo das filmagens, o filme de fato engana que é um trabalho amador e isso torna a sugestão do horror muito real, é bem filmado para os padrões de algo amador, além disso os atores são muito bons, o pavor deles é natural, os momentos de desespero e da perda de esperança. A Bruxa de Blair é um filme memorável pelo fato de ter uma ideia criativa, por ter gasto um orçamento minúsculo, ter faturado bastante e por ter se tornado referência e um ícone da cultura pop, o filme apenas peca, pelo segundo ato longo demais.
Animação maravilhosa, tecnicamente impecável, fiquei chocado com a iluminação extremamente realista, o roteiro também é muito bem sucedido, apresenta e desenvolve muito bem a personalidade da protagonista e faz com que tenhamos empatia por ela, afinal quem nunca foi traído por alguém e passou a terra dificuldades em confiar no próximo e temos a personagem da Sisu que aqui, as vezes é colocada como um alivio cômico devido a sua inocência, mas há momentos também que a personagem te põe a refletir sobre confiança, sobre ter otimismo e fé nas pessoas. É uma mensagem forte, ainda mais se você pensar em tantas coisas estúpidas que as pessoas tem feito ultimamente. A direção de arte é impecável, cada povo tem sua imagem representada nos figurinos, na arquitetura, na cenografia, no modo como se expressam. Os personagens secundários aqui estão para ajudar a personagem principal a concluir coisas que estão no roteiro e são ótimos alívios cômicos, aqui pra mim, o que mais se destacou foi o Tuc Tuc. Raya é uma animação excelente, que brilha por não ter música, por ter uma fotografia muito linda, uma construção de mundo e cultura maravilhosas, um desenvolvimento de personagem interessante e trazer uma bela mensagem sobre confiança, perdão, otimismo e esperança na humanidade.
Filmaço, o maior destaque é a direção, edição, fotografia e coreografia. É cada cena bem dirigida, as cenas de luta são muito bem feitas e plausíveis, há vários planos longos que deixam o filme muito mais interessante por ser hipnotizante acompanhar as cenas. Além disso a iluminação é outro destaque, o filme abusa de luz neon, o que dá um charme a sua cinematografia, a cena na sala de espelhos é algo maravilhoso, é muito raro, um filme de ação com esse cuidado visual, algo ótimo, pois torna John Wick, uma franquia extremamente interessante de acompanhar, alem de ter personagens enigmáticos e instigantes o que acaba trazendo curiosidade sobre aquele universo, filme excelente, vale muito a pena.
É um filme que tem um trabalho visual impecável, até agora esse foi o melhor filme do Monsterverse. Destaques são o design de produção, efeitos visuais, fotografia e a direção até que é bem competente. O roteiro não é grandioso, mas não é de todo ruim e cumpre sua função, o foco não é desenvolver tanto os personagens, o foco é apresentar aquele universo, fazer uma homenagem a Apocalipse Now, apresentar um King Kong que a gente se importe e trazer uma experiência visual deslumbrante e faz isso maravilhosamente bem. O único ponto negativo que adiciono é um segundo ato um pouco grande, que acaba passando a sensação da trama não andar, deixando esse ato um pouco lento, mas nada que prejudique tanto o filme. Vale a pena assistir e o mesmo entretém.
E aqui se fecha o ciclo da melhor e maior adaptação do gênero de fantasia, O Retorno do Rei é uma obra prima, enquanto o primeiro filme tinha o desafio de apresentar esse mundo, trazer personagens, conflitos e objetivos perfeitamente, após isso, vem o segundo que expande toda a mitologia, desenvolve os personagens que já conhecemos e nos apresenta novos, assim como adiciona mais desafios e conflitos. E o terceiro, potencializa tudo isso, aqui as relações entre os personagens estão muito mais fortes por serem bem explorados, é um filme muito emocionante, sem recorrer ao melodrama, aqui o drama funciona, porque já criamos laços com os personagens, algo que só foi possível, pelo ótimo trabalho de desenvolvimento nos filmes anteriores. Os desafios também são mais intensos, trazendo tensão e um senso de preocupação maior, é impossível assistir esse filme e não temer pela vida dos personagens, o roteiro é excelente por adaptar maravilhosamente o livro de mesmo nome e por trazer mais agilidade a narrativa, pois se compararmos com o primeiro e segundo filme, eles era mais lentos e contemplativos, não que seja um problema pois funciona. Quanto a parte técnica, continua sendo imbatível, a fotografia continua sendo excelente, faz um ótimo uso de iluminação e dá personalidade a cada ambientação, assim, como muda conforme os perigos se aproximam e trás um tom cinzento e escuro a película. A direção de arte também é um destaque, a cenografia, os figurinos que ajudam a expor cada cultura e raça, a maquiagem, em destaque a dos orcs, os pés de hobbit etc. Os efeitos visuais que são muito realistas, o cgi que compõem as criaturas é algo que surpreende até para os padrões atuais, destaque para a Laracna/Shelob (um dos melhores CGI que já assisti), os Olifontes, as águias, Smeagol/Gollum. O trabalho de interação do CGI com atores é muito realista e bem dirigido. A trilha sonora, continua sendo eficiente em criar tensão, em trazer o tom épico em batalhas, em criar momentos dramáticos e emocionantes. E nada disso de positivo que pontuei acima, seria possivel se não fosse um diretor eficiente por trás desse projeto ambicioso. As cenas de ação são muito bem filmadas, ele utiliza ângulos e perspectivas diferentes, além do diretor conseguir seguir o tom de filme que o roteiro pede e traduz muito bem em imagem, as emoções. O Senhor dos Anéis O Retorno do Rei, termina perfeitamente uma saga que viria a ter, uma legião de fãs pós adaptação sendo a adaptação definitiva e um guia de como uma fantasia deve ser filmada e que todo o desafio de filmar foi recompensado ao levar 11 Oscars. A saga que após anos, continua sendo referência e ver aos filmes na nova versão 4K HDR, melhorou muito mais a experiência e trouxe uma revitalização que esse clássico épico de fantasia merecia.
É um filme ótimo, que tem uma premissa interessante demais, a ideia de trocar de corpos é uma fórmula bem batida, porém o roteiro ao invés de focar nos conflitos entre as pessoas que trocaram, o filme segue uma narrativa de um suspense, que aqui funciona e é muito bem sucedido em homenagear o gênero slasher, assim como no roteiro, há comedia também e funciona, sendo o destaque e aonde o filme brilha e deu certo pela atuação do Vince Vaughn. O filme é todo dele, ele é ameaçador quando é o assassino e é bem sucedido em passar toda a insegurança da protagonista feminina. O filme tem bastante humor negro e os assassinatos sempre tem um tom cômico, Freaky é um filme que não se leva a sério, que é bem sucedido em criar suspense e comédia e que cria uma narrativa criativa sobre troca de corpos revitalizando o tema que já estava datado, aqui utilizando muito bem os clichês e entregando um filme muito divertido.
Continuando a jornada em reassistir os filmes, dessa vez na versão estendida em 4K e HDR lançada em dezembro do ano passado, uma das poucas coisas boas de 2020. E aqui a jornada continua, o primeiro filme termina, com elos fortíssimos sendo criados em nome da missão e objetivos dos personagens e continuamos essa jornada épica, o roteiro do segundo filme expande a mitologia daquele mundo e apresenta novos personagens, novas ambientações, novas criaturas e novas missões. E ao mesmo tempo desenvolve os personagens que já conhecemos. O filme visualmente é impecável, tudo graças a sua direção de arte, os novos cenários e os novos povos são muito bem desenvolvidos e possuem suas diferenças, destaque para o povo de Rohan que novamente possuem a assinatura do seu povo no figurino, na cenografia, na personalidade. O trabalho feito com os efeitos visuais e a utilização de maquetes melhoraram e muito em comparação com o primeiro e o uso de maquetes torna o filme e cenários muito mais realista. O filme tem uma boa composição de roteiro e trás humor nos momentos certos, assim como o drama, algo que a trilha sonora ajuda e consequentemente intensifica da melhor maneira. Faz sentido ser um filme triste e emocionante em alguns aspectos porque a guerra é vista aqui como algo ruim e em momento algum as batalhas são glorificadas, algo que trás perigo aos personagens. A direção também é excepcional por conseguir medir bem o tom do seu filme, ainda mais em um roteiro que conta tanta coisa, o diretor também continua usando planos lindos e outros bem ousados, as cenas de batalha tambem são excelentes, o conflito é bem filmado e conseguimos distinguir bem as cenas, além da sensação de perigo sempre estar iminente. O Senhor dos Anéis As Duas Torres, é um filme bem sucedido por nos apresentar novamente os personagens queridos do primeiro filme, expandir naturalmente aquele universo, apresentar novos personagens, continuar sendo tecnicamente memorável e trazer a sensação de intensificação dos perigos e desafios orquestrados pelos antagonistas.
É maravilhoso, é incrível como esse filme mescla muito bem tons, Midsommar não é um filme de terror convencional de Shopping Center pra comer pipoca, é um filme pra colocar a cabeça pra funcionar e lhe trazer sensações e indagações sobre tudo o que esta acontecendo. O filme é um drama com um leve toque de horror e comedia. Essa que vem de toda a estranheza que sentimos ao ver aquela cultura ser apresentada e que pra gente nada daquele culto faz sentido e que na perspectiva da gente e dos visitantes chega a ser tosco, tais excentricidades. Midsommar é um filme que fala sobre relações dependentes e tóxicas, empatia, saúde mental, diferenças e desrespeito por outras culturas. Porém, ao mesmo tempo que critica como vemos outros povos, o roteiro ainda critica a seita e nos mostra que eles são fanáticos e mesmo tendo muita empatia, pelo menos com quem é de dentro do grupo, alguns de seus valores são bem distorcidos, esses chegando a ser até insidiosos. O filme além de possuir um roteiro competente por mesclar bem gêneros e ter um bom aprofundamento pelo menos no casal protagonista e na seita. O filme também se destaca tecnicamente, a direção é audaciosa, a toda hora o diretor quer deixar sua assinatura excêntrica e vemos isso na sua câmera, há uns planos longos aqui incríveis e ângulos de câmera diferentes, a cena dos personagens dentro do carro indo para o vilarejo e a câmera vira de cabeça pra baixo é algo lindo e que trás confusão ao mesmo tempo. Algo que os personagens irão experienciar na comemoração do culto. Outro destaque é a montagem, tem uns cortes sensacionais aqui, destaque para a cena em que a protagonista esta indo para o banheiro do apartamento, temos então um plongee absoluto, quando ela abre a porta e mudamos de cenário para o banheiro do avião. A fotografia tem seu destaque, por usar muito bem iluminação natural, usando muito bem tons escuros no primeiro ato, claro no segundo e extremamente claro e cheio de luz no terceiro, evocando os sentimentos, o desejo de libertação e desejo de pertencimento da protagonista. E outro destaque que vai para a atuação de Florence Pugh que está incrível, ela apresenta perfeitamente a tristeza da protagonista, toda a sua dor, suas dúvidas de forma muito natural, a cena do primeiro ato, quando ela recebe a noticia da tragédia é arrepiante, é impossível não sentir a dor da personagem, com aquele choro desesperador misturado a tosse que chega a te dar agonia, é uma cena forte que nas mãos de uma atriz não tão capaz entregaria algo que não traria tantas sensações e que a gente nem ia se importar. Midsommar é isso, um filme sobre sobre pertencimento, um horror social que foca em apresentar a "estranheza" de outras culturas, e é nessa tensão sobre as diferenças que reside o horror...
É incrível como esse filme envelheceu bem, dessa vez assisti a versão estendida 4k HDR e o que já era incrível melhorou demais em experiência de entretenimento e visualmente. O roteiro é maravilhoso, foi a melhor ideia, contar parte do universo de Tolkien em um prólogo que nos dá toda a informação necessária, nos coloca dentro da narrativa, apresenta os desafios e já nos primeiros minutos vemos que não é um filme qualquer de fantasia, a construção de mundo, cultura e raça é detalhista, e vemos os detalhes na Arquitetura de cada povo, nas vestes, na personalidade. Os personagens são bem apresentados, ganham um bom desenvolvimento pelo menos a maioria, os relacionamentos não soam superficiais e você, acredita na amizade formada pelo grupo. Porém um ou outro personagem da Sociedade do Anel acaba sendo vitima de ter pouco tempo em tela e tem poucas falas e são úteis apenas nas cenas de ação. Tecnicamente o filme também é cheio de destaque, cenografia, direção de arte, fotografia, efeitos visuais (alguns surpreendem até hoje), maquiagem, trilha sonora, direção (tem cada plano e ângulos ousados, lindo demais nesse filme). A caracterização de personagem também é excelente, cada um tem sua identidade, são memoráveis e muitos tornaram se referência na cultura pop de como deve ser um filme de fantasia, O senhor dos anéis a sociedade do anel teve toda a dificuldade de trazer e apresentar todo aquele universo e faz isso de forma magistral, o que antes era considerado um livro impossível de ser bem adaptado tem aqui nesse filme a prova de que é possível, quando há uma equipe ousada e dedicada em apresentar algo e que o empenho acabou surpreendendo leitores e trazendo muitos novos fãs para aquele mundo novo.
Olha mas que grande bobeira, mal dirigido, mal atuado, roteiro repetitivo. Nenhum personagem se salva e possui carisma. Ver o Nicolas Cage jogando pimball e tomando refrigerante, uau, nossa que radical, caramba que personagem fodão, vamos fingir. As cenas de ação são tremendamente ruins, câmera tremida, cortes demais e edição vergonhosa. Das cenas de luta com os animatrônicos, uma ou outra é interessante, o resto é pouco inspirado e confuso, além disso, as criaturas são fáceis de matar, criando zero tensão. O roteiro não desenvolve personagem e adiciona adolescentes que só tem a burrice como personalidade e estão lá pra morrer e são todos iguais que você nem sabe quem é quem, a narrativa é lenta e enrolada e tem pouca estória e dá pra sentir a lentidão, é um filme com um pouco mais de 1e 30 que parecem duas horas. Além disso o filme é cheio de cenas que só dão vergonha alheia. Uma pena, esperava me divertir e tive pouco disso, só queria que acabasse logo, nem o Nicolas Cage salvou, não que ele seja grande coisa também né
É legal, mas é inferior ao primeiro, o roteiro segue a mesma fórmula datada dos filmes da DreamWorks. A qualidade técnica da animação é ótima e cheia de cor, mas é incrível que tecnicamente e em aparência e textura a do primeiro filme também é superior. O roteiro foca nas diferenças entre as familias e com isso esquece todo o desenvolvimento dos Croods no primeiro filme quanto atitudes e os faz fazer as mesmas coisas que fariam no primeiro filme, principalmente o pai. E o humor basicamente vem dessas diferenças entre as famílias, as vezes funciona, e outras nem tanto, o ritmo também varia, as vezes é acelerado demais com cenas de ação extremamente aceleradas e outras vezes a trama para, pra ficar em conflitos que já haviam sido explorados e solucionados no primeiro, deixa a impressão que faltou ideias. O primeiro filme visualmente foi algo bem criativo, quanto a criação de mundo, aqui o filme se repete e não tem tanto destaque. Porém mesmo com os problemas quanto a narrativa é um filme que diverte e é ótimo revisitar os personagens do primeiro filme.
É um ótimo blockbuster que tecnicamente é incrível e reinventou muito o gênero de aventura, tornando-se um marco na cultura pop, porém ao revisitar fica difícil manter o pensamento saudosista, o filme possui um primeiro ato estendido que se explica demais e demora a engrenar. O filme também possui diversas conveniências e até coisas piores como erros de continuidade no roteiro e de localização, cenas que começam em locais de um jeito e depois o lugar muda, apenas porque foi adicionado no roteiro um problema pra trazer tensão,
aqui falo em específico da cena, onde ficava a cabra e onde o tiranossauro atravessou a cerca e que depois o lugar vira um buraco, pro carro poder cair na árvore e criar a cena de ação do paleontólogo e o menino descendo a árvore e o carro atrás, pra ter uma tensão
Isso não tem sentido, aquele espaço era de um jeito e mudou na cara dura, isso é tirar o espectador de burro e um erro bem besta. Ao menos os efeitos visuais são ótimos e a interação do CGI com objetos físicos é legal também. Os personagens são interessantes, destaco o personagem do Sam Neill, Jeff Goldblum e a Laura Dern essa que esta muito bem e tem uma atuação bem natural e que passa verdade. Já as crianças, é incrível como em todo filme do Spielberg que tem uma criança, faz parte do roteiro elas serem irritantes ou burras, é o clichê dos filmes dele, a personagem da menina, faz burrice, porém ao menos soluciona um problema importante no terceiro ato, agora o menino não acrescenta em nada, é chato, só faz gritar e botar os outros e a si mesmo em problemas e no fim não ajuda em nada, estando no filme só pra correr perigo mesmo. Jurassic Park é um ótimo filme, que entretém com um primeiro ato enorme, visto que os desafios só começam na metade do filme, porém quando o filme engrena, erra poucas vezes e cria bastante tensão e tememos pela vida dos personagens, tornando o filme divertido e muito nostálgico, mas não é isso tudo que dizem, é um filme acima da média e isso já está ótimo.
Que filme complexo, fritou meu cérebro com tantos questionamentos, com os temas que aborda, filmes que tocam no existencialismo possuem um leque de possibilidades para trazer muita reflexão ao espectador e é o caso desse. Esse fala sobre as buscas por resposta que a humanidade possui, sobre os fantasmas do passado, nossos arrependimentos, sentimentos, nossos pensamentos. Ou seja, um filme sobre o ser humano. E o destaque são os monólogos sobre esse tema rico que é a nossa existência e a nossa curiosidade. Não é um filme pra qualquer pessoa, o filme é contado através de reflexões e sensações, uma obra intima, contemplativa, lenta e as vezes até meio experimental. A fotografia a maior parte é normal e em alguns momentos utiliza um filtro que muda a cor pra um azul acinzentado, o que dá uma característica de que aquilo que está acontecendo em cena é irreal, fantasioso e estranho, porém interessante. A direção também é um destaque, por ser sempre ambiciosa e por ter um apuro técnico e argumentativo impecável, a cenografia também é excelente por ser realista, não apelar para o exagero, o que consequentemente não torna o filme datado. Solaris é um filme cheio de filosofia existencial, complicado, com um ritmo bastante lento e longo, caso queira assistir, esteja atento a esses detalhes e vá preparado sem esperar o óbvio, Solaris não é 2001 e muito menos Interestelar, se espera isso, irá se frustrar, o foco aqui é explorar o universo da psique humana e não o Espaço...
Esse filme me tirou cada risada, sério, senti muito vergonha alheia, já nos primeiros minutos, começa a cafonice, as cenas de ação são péssimas, a montagem é pavorosa, são muitos cortes, acho que o diretor acha que isso torna o filme frenético, empolgante e cheio de ação e na verdade, só torna confuso, cafona e mal editado mesmo. Pelo menos o cgi dos monstros foi bom, mas o roteiro é uma bomba, é confuso, não tem desenvolvimento e ainda por cima é incompleto. Porém, mesmo sendo péssimo, até que me divertiu e me fez rir, não foi um tempo perdido
Achei meia estrela melhor um pouco que o primeiro, que não me cativou tanto, esse achei um pouco melhor, mesmo o roteiro continuando genérico e o filme se escorando nos efeitos visuais, esse trouxe um pouco a mais de desenvolvimento para alguns personagens e o personagem Tempo foi bem interessante.
É um filme original da Netflix, acima da média e que o grande destaque é a Rosamund Pike, só assisti por ela e quanto a isso até que valeu a pena, o roteiro tem algumas conveniências, algumas não incomodam tanto, já outras, torna o texto genérico e a duração poderia ser menor, já que há uma barriga no segundo ato. Um bom destaque é a união do suspense com o humor negro e a cinematografia é muito boa, com um ótimo uso de cores. Edit: Pensei algumas coisas sobre o filme e achei sua conclusão covarde, vemos tantos filmes aí, de gente mal caráter vencendo e a direção decidiu ser covarde e moralista, pra mim esse filme foi mais um do clássico, bury your gays, o filme quis "militar" usando uma protagonista lesbica e foi moralista, colocar uma personagem lésbica pra desenvolver sua sexualidade, apenas sexualizando a relação dela não desenvolve a personagem. Um desserviço, que fosse uma personagem heterossexual mesmo.
Um filme maravilhoso, já estava sentindo falta dos filmes de horror psicológico da A24, desde O Farol, não tínhamos um relevante. E o que falar dessa obra, é um excelente estudo de personagem, com um roteiro inteligente, que nos coloca dentro da cabeça da protagonista e isso nos dá a mesma percepção dela. O filme brinca muito com o conceito da fé, o sagrado, delírios de grandeza, solidão, o fanatismo, a religião como um escapismo ou vício. E foca também na sexualidade reprimida da personagem,
em todos os momentos que diz sentir Deus, é como se ela tivesse um orgasmo, como se de alguma em seu subconsciente, ela sentisse um desejo sexual pelo divino e
isso fica evidente, nas suas expressões faciais e corporal e nos seus gemidos. O filme também apresenta uma personagem com uma visão oposta e cética, diferente da protagonista e essa relação gera diálogos interessantes e muito bem construídos, o filme quase perdeu meio ponto comigo, por não explorar e desenvolver mais dessa relação que dava pra trazer mais profundidade sobre o tema fé e ceticismo. Entretanto, entendo que o tema não é esse e sim, nos apresentar o íntimo da protagonista, sua vaidade, arrogância e delírios de grandeza. Incrivelmente interpretada pela atriz Morfydd Clark. O filme porém, mesmo assim não deixa de ser impecável, há um ótimo uso da trilha sonora que ajuda a criar todo o clima de tensão, a montagem é muito boa e a cinematografia é incrível e brinca bastante com luz e sombras traçando um paralelo com a protagonista e a direção é uma surpresa quando se descobre que esse é o primeiro longa metragem da diretora, que tem total domínio da câmera, tem personalidade, consegue criar um filme com uma narrativa intrigante e dinâmica, cria toda uma tensão no terceiro ato (que até te assusta a cena em questão) e ainda entrega uma obra tão ambígua e cheia de reflexões com um final corajoso que me fez surtar como a Maud. Rose Glass sem dúvidas é um nome a se prestar muita atenção.
Um filme totalmente visual, tirando a parte técnica, pouco se salva, o roteiro é genérico, enrolado e lento. A protagonista é péssima, não tem carisma, é mal atuada e não cativa, se destacam o Johnny Depp e a Helena Bonham Carter e a direção do Tim Burton é pouco inspirada, tendo bem pouco dos filmes dele. A graça de Alice sempre foi o nonsense e aqui virou um filme genérico de aventura, explorando a jornada do herói e é isso.
Liga da Justiça de Zack Snyder
4.0 1,3KÉ incrível, quando um diretor de blockbusters possui liberdade criativa, é possível entregar um filme melhor e com mais paixão e após o lançamento dessa nova versão do filme de 2017 chegamos a certeza, que quando um estúdio se intromete demais na ideia do diretor, estraga uma ideia que poderia ser maravilhosa e entrega algo medíocre e esquecível.
Essa nova versão tem uma narrativa muito interessante e vai nos apresentando sua trama em forma de capítulos e deixa tudo bastante coeso, é um filme de 4 horas e que são poucas as vezes que se sente o tempo, o filme trás um ótimo desenvolvimento para personagens que no original eram praticamente figurantes s que você nem se importava pelo arco fragmentado do mesmo. O Ciborgue no original é praticamente outro personagem, já aqui o filme desenvolve a sua relação com seus pais, a revolta por tudo o que aconteceu com ele, o desprezo que sente pelo pai. E você acaba se envolvendo com o personagem dele, sinceramente foi um dos personagens que mais curti e daí percebo como o personagem dele foi negligenciado no original. E parte desse desenvolvimento de roteiro e dos personagens explica porque o filme melhorou bastante, os personagens e o roteiro tem mais sentimento, o senso de urgência é maior, o vilão ganha um desenvolvimento e visualmente é muito mais ameaçador, visto que a versão original era risível. As cenas de batalha são épicas, toda a sequência de combate entre as amazonas e o Lobo da Estepe e a cena de batalha contra o Darkseid são lindas demais, era isso que eu queria em filme de herói, cenas de ação que são bem dirigidas, com violência, com morte. E o filme ser pra maiores de 18 influenciou, eu queria até que fosse mais ousado nas mortes e na violência, visto a classificação etária mas o que foi apresentado foi satisfatório. Tecnicamente e visualmente, o filme é impecável também, considerando o orçamento para refazer o filme, os efeitos visuais pra mim foram satisfatórios, a fotografia mesmo com o tom escuro, não me incomodou, assistir a esse filme em HDR foi uma experiência visual inesquecível, um épico de heróis. O filme infelizmente não é perfeito e algumas cenas passam a sensação de lentidão e que pouco estão contribuindo para a narrativa, principalmente as cenas da Lois Lane, chega um momento que você já sabe que ela está triste e mesmo assim, continua a repetição das cenas dela depressiva, outra coisa que me incomodou são diálogos expositivos, mas é algo comum do gênero de filmes de heróis, então não vou bater nesse filme e passar a mão na cabeça do estúdio rival. Não irei criticar as cenas em slowmotion porque respeito a visão criativa do diretor e porque não me incomodam, inclusive destaco a cena de introdução do Flash e quando ele salva a vida de uma personagem, pra mim foi uma cena linda, e aqui adiciono que a trilha sonora do filme é impecável. Sinceramente reclamar sobre Slowmotion nos filmes da DC é tão clichê, os filmes da Marvel são tão padronizados, que o público se acostumou com isso e quando assistem um filme do mesmo gênero mas com uma direção e visual diferentes, falam mal, ao invés de aproveitar e curtir os dois estúdios. O filme tem um terceiro ato muito empolgante, quando a Liga da Justiça entra em ação e estão lutando juntos, cada um tendo seu espaço aproveitado e sendo útil, uma dinâmica de equipe perfeita, com personagens que realmente parecem heróis, que são muito fortes, que são quase deuses (sempre senti falta disso nos filmes da Marvel, que pra mim os heróis são muito nerfados, isso humaniza bastante eles, mas, as vezes eu quero ver isso, heróis poderosos que são quase deuses, o mais perto disso, que tive na Marvel, foi com Wandavision e com Avengers Endgame) em diversos momentos me senti nostálgico, pela essência da cena me lembrar a animação que passava no SBT e isso foi uma ótima experiência pra mim. O filme ainda adiciona personagens queridos e termina de uma forma bastante promissora, é uma pena, porque quem perde é a Warner por ser burra e o público que perde uma saga cheia de potencial e que teria muito a contar ainda.
2001: Uma Odisseia no Espaço
4.2 2,4K Assista AgoraUm filme maravilhoso sobre evolução, sobre humanidade, tecnologias e renascimento.
O filme começa com um prólogo que busca apresentar as dificuldades do ancestral do Homo Sapiens e então após o contato dessa raça com um objeto espacial não identificado, esse objeto torna os seres mais inteligentes e descobrem que podem usar ferramentas aqui no filme que é representado na forma de ossos, para caçar, defender-se de inimigos. Justamente o necessário para prolongar a permanência das criaturas naquele mundo que antes estavam a mercê de vários problemas, o filme evidencia que após o uso da ferramenta, as criaturas tornaram-se o ser dominante daquela região ao derrotar o líder do grupo inimigo e então temos um salto temporal. Temos uma cena lindamente dirigida e produzida, assistimos um balé espacial, acompanhamos uma cena tecnicamente impecável, efeitos visuais que tornaram-se referência e influenciaram diversas sagas famosas de ficção cientifica, todas as cenas espaciais merecem ser elogiadas pelo realismo, o homem nem tinha pisado na lua ainda quando esse filme saiu e as cenas são muito realistas. O filme tem uma direção bastante contemplativa e a estória é toda contada nas entrelinhas. O roteiro foca na dependência humana de tecnologias, na apatia humana em um futuro, nos perigos da tecnologia, no fato de que a violência é uma característica humana, tudo isso de forma sutil, sem condenar ninguém, o roteiro não condena nem a inteligência artificial. 2001 é um filme a frente do seu tempo, muito ousado e enigmático que tem uma direção impecável, um roteiro sutil que permite diversas interpretações e efeitos visuais que impressionam, principalmente quando se pensa, no ano em que o filme foi produzido, um filme histórico essencial pra qualquer fã da sétima arte.
Piratas do Caribe: No Fim do Mundo
3.8 962 Assista AgoraÉ um bom filme, porém tudo aquilo que considerei um problema no segundo aqui é intensificado e adiciona outros problemas que a saga até então não tinha. O filme tenta parecer mais sérios, tentar trazer um senso de urgência, mas isso eles fazem apenas através da fotografia que é um pouco mais escura e é isso. O filme continua cheio de piadas e é intensificado, aqui são criadas situações apenas pra tentar criar uma cena de humor e as cenas são muito artificiais, o que no primeiro filme as cenas de humor eram orgânicas, cheias de humor negro, aqui preferem explorar um humor até meio imbecil com as cenas apenas pra vermos o Johnny Depp replicar todos os seus maneirismos de atuação que ele já fez nos seus filmes do Tim Burton. Além disso o filme é longo, trás muita informação e nunca desenvolve o ponto da narrativa em que está, dava pra ser um filme menor, focar menos em conflitos desnecessários e nas cenas de comédia exageradas, o vilão também é mal desenvolvido e o vilão do segundo filme que era ameaçador no segundo filme, aqui é reduzido a um capanga e o filme não o desenvolve. Tirando os problemas, acerta em todas as outras coisas que sempre foram o destaque da saga, efeitos visuais, direção de arte, cinematografia, maquiagem, o carisma dos personagens e a fantasia que nesse filme aqui, chega a ser até mais explorada que nos anteriores. O filme não é perfeito mas é um bom final pra trilogia e mesmo com os exageros, vale a pena conferir
Piratas do Caribe: O Baú da Morte
3.9 872 Assista AgoraÉ uma ótima sequência, expande a mitologia da saga, acrescenta novos personagens e um vilão mais desafiador comparado ao do primeiro filme, aprofunda a personalidade dos personagens já apresentados e dão melhores motivações. A sequência acrescenta muito mais ação e um tom muito mais cômico, as vezes funciona e em outros momentos, as piadas não são tão boas assim por serem bobas. Tecnicamente, não há nada novo, fotografia, edição, trilha sonora, maquiagem, direção de arte e efeitos visuais continuam destaque. O maior destaque vai para os efeitos e o visual dos piratas amaldiçoados é algo muito criativo. A narrativa continua interessante, porém as vezes deixa a sensação de que não esta andando, em algumas cenas, o roteiro prefere focar mais nas cenas de ação e de comédia, do que focar na estória principal e isso compromete as vezes.
Porém é um filme divertido e que funciona pelos destaques do primeiro filme, os personagens carismáticos, a criatividade, a fantasia e as cenas de ação que continuam excelentes.
Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra
4.1 1,1K Assista AgoraO filme é um excelente blockbuster e na verdade foi uma ideia bem ousada, o roteiro é excelente ao introduzir aquele universo e utilizar da melhor forma possível todos os clichês de piratas, o filme também acerta por adicionar fantasia, o que por si só trás mais identidade ao filme e o torna diferente desse subgênero. O roteiro acerta também ao utilizar um tom cômico, as piadas são sagazes, divertidas e cheias de sarcasmo. Além de tudo isso, os personagens são carismáticos demais, desde os protagonistas, até o vilão e também personagens secundários que são ótimos alívios cômicos. Tecnicamente é muito bem sucedido também, direção de arte, cenografia, fotografia, efeitos visuais, maquiagem, destaco a trilha sonora que criou um dos temas mais memoráveis da sétima arte. Piratas do Caribe brilha por um roteiro inspirado e ousado que trouxe um sopro de vida a um tema que poucas pessoas se interessavam e deu carisma. Fazendo a gente ter interesse por aquele mundo e por ver o inicio de uma saga muito promissora e que virou um marco na cultura pop pelos seus personagens interessantes e muito carismáticos.
WALL·E
4.3 2,8K Assista AgoraÉ uma linda animação sobre conscientização ambientalista, uma carta de amor ao planeta Terra e a valorização da simplicidade e ao mesmo tempo complexidade da vida, o filme se passa em um futuro distante em que não há mais humanos vivendo no planeta e o mesmo está coberto de lixo. A única vida por assim dizer, é um robôzinho que trabalha empilhando lixo e é dessa exposição diária que o filme vai nos apresentando a rotina, lapidando a personalidade do robô (que tem características bem humanas) e daí criamos um elo e um senso de empatia pelo protagonista, sem ele precisar falar absolutamente nada, pois o que ele faz como trabalhar, ter suas paixões, ter um ser vivo para cuidar (representado pela barata) e ter seus momentos de descanso e entretenimento são peculiaridades da nossa condição de humanos, o roteiro acerta e muito ao fazer esse paralelo conosco. Visualmente o filme também é espetacular, a criação de uma Terra destruída é algo crível e simples, é um planeta abandonado, cheio de lixo, desértico e é isso. Assim como as cenas no espaço que chegam a ser lúdicas e até abstratas porém com muita emoção. E as cenas que se passam dentro da nave também são muito bem sacadas visualmente, um local dependente de máquinas, com tudo automatizado, algo que é bem a cara da gente que o conforto sempre será uma prioridade. Além disso, Wall e referencia musicais de Hollywood e uma referência bem divertida a 2001 Uma Odisseia no Espaço. Wall e é um filme divertido, com um roteiro emocionante e ambientalista, tem uma pequena derrapada pelo primeiro ato longo, mas tem um segundo e terceiro atos muito bem sucedidos e um visual maravilhoso além de um roteiro emocionante que evoca todo o seu amor pelo planeta e pela vida.
A Bruxa de Blair
3.1 1,6KÉ um filme importante, pois popularizou um subgênero do terror que até então as pessoas não conheciam tanto. É um terror que brinca muito com a sugestão e ignora o explícito, se a pessoa espera aparições demoníacas, jumpscares, tudo explicadinho, irá se frustrar bastante. Agora se a pessoa sentir a atmosfera daquela floresta, até porque o filme te coloca lá, você sentirá tensão e nem precisará de algo explícito para te assustar, o filme cria tensão focando se no horror psicológico e esse medo vem de ficar de frente ao desconhecido, de ficar no escuro em um lugar isolado, do medo por se perder e não ter a certeza de que irá conseguir se salvar. Outro fator que ajuda em criar tensão é o realismo das filmagens, o filme de fato engana que é um trabalho amador e isso torna a sugestão do horror muito real, é bem filmado para os padrões de algo amador, além disso os atores são muito bons, o pavor deles é natural, os momentos de desespero e da perda de esperança. A Bruxa de Blair é um filme memorável pelo fato de ter uma ideia criativa, por ter gasto um orçamento minúsculo, ter faturado bastante e por ter se tornado referência e um ícone da cultura pop, o filme apenas peca, pelo segundo ato longo demais.
Raya e o Último Dragão
4.0 647 Assista AgoraAnimação maravilhosa, tecnicamente impecável, fiquei chocado com a iluminação extremamente realista, o roteiro também é muito bem sucedido, apresenta e desenvolve muito bem a personalidade da protagonista e faz com que tenhamos empatia por ela, afinal quem nunca foi traído por alguém e passou a terra dificuldades em confiar no próximo e temos a personagem da Sisu que aqui, as vezes é colocada como um alivio cômico devido a sua inocência, mas há momentos também que a personagem te põe a refletir sobre confiança, sobre ter otimismo e fé nas pessoas. É uma mensagem forte, ainda mais se você pensar em tantas coisas estúpidas que as pessoas tem feito ultimamente.
A direção de arte é impecável, cada povo tem sua imagem representada nos figurinos, na arquitetura, na cenografia, no modo como se expressam. Os personagens secundários aqui estão para ajudar a personagem principal a concluir coisas que estão no roteiro e são ótimos alívios cômicos, aqui pra mim, o que mais se destacou foi o Tuc Tuc. Raya é uma animação excelente, que brilha por não ter música, por ter uma fotografia muito linda, uma construção de mundo e cultura maravilhosas, um desenvolvimento de personagem interessante e trazer uma bela mensagem sobre confiança, perdão, otimismo e esperança na humanidade.
John Wick: Um Novo Dia Para Matar
3.9 1,1K Assista AgoraFilmaço, o maior destaque é a direção, edição, fotografia e coreografia. É cada cena bem dirigida, as cenas de luta são muito bem feitas e plausíveis, há vários planos longos que deixam o filme muito mais interessante por ser hipnotizante acompanhar as cenas. Além disso a iluminação é outro destaque, o filme abusa de luz neon, o que dá um charme a sua cinematografia, a cena na sala de espelhos é algo maravilhoso, é muito raro, um filme de ação com esse cuidado visual, algo ótimo, pois torna John Wick, uma franquia extremamente interessante de acompanhar, alem de ter personagens enigmáticos e instigantes o que acaba trazendo curiosidade sobre aquele universo, filme excelente, vale muito a pena.
Kong: A Ilha da Caveira
3.3 1,2K Assista AgoraÉ um filme que tem um trabalho visual impecável, até agora esse foi o melhor filme do Monsterverse. Destaques são o design de produção, efeitos visuais, fotografia e a direção até que é bem competente. O roteiro não é grandioso, mas não é de todo ruim e cumpre sua função, o foco não é desenvolver tanto os personagens, o foco é apresentar aquele universo, fazer uma homenagem a Apocalipse Now, apresentar um King Kong que a gente se importe e trazer uma experiência visual deslumbrante e faz isso maravilhosamente bem. O único ponto negativo que adiciono é um segundo ato um pouco grande, que acaba passando a sensação da trama não andar, deixando esse ato um pouco lento, mas nada que prejudique tanto o filme. Vale a pena assistir e o mesmo entretém.
O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei
4.5 1,8K Assista AgoraE aqui se fecha o ciclo da melhor e maior adaptação do gênero de fantasia, O Retorno do Rei é uma obra prima, enquanto o primeiro filme tinha o desafio de apresentar esse mundo, trazer personagens, conflitos e objetivos perfeitamente, após isso, vem o segundo que expande toda a mitologia, desenvolve os personagens que já conhecemos e nos apresenta novos, assim como adiciona mais desafios e conflitos. E o terceiro, potencializa tudo isso, aqui as relações entre os personagens estão muito mais fortes por serem bem explorados, é um filme muito emocionante, sem recorrer ao melodrama, aqui o drama funciona, porque já criamos laços com os personagens, algo que só foi possível, pelo ótimo trabalho de desenvolvimento nos filmes anteriores. Os desafios também são mais intensos, trazendo tensão e um senso de preocupação maior, é impossível assistir esse filme e não temer pela vida dos personagens, o roteiro é excelente por adaptar maravilhosamente o livro de mesmo nome e por trazer mais agilidade a narrativa, pois se compararmos com o primeiro e segundo filme, eles era mais lentos e contemplativos, não que seja um problema pois funciona. Quanto a parte técnica, continua sendo imbatível, a fotografia continua sendo excelente, faz um ótimo uso de iluminação e dá personalidade a cada ambientação, assim, como muda conforme os perigos se aproximam e trás um tom cinzento e escuro a película. A direção de arte também é um destaque, a cenografia, os figurinos que ajudam a expor cada cultura e raça, a maquiagem, em destaque a dos orcs, os pés de hobbit etc. Os efeitos visuais que são muito realistas, o cgi que compõem as criaturas é algo que surpreende até para os padrões atuais, destaque para a Laracna/Shelob (um dos melhores CGI que já assisti), os Olifontes, as águias, Smeagol/Gollum. O trabalho de interação do CGI com atores é muito realista e bem dirigido. A trilha sonora, continua sendo eficiente em criar tensão, em trazer o tom épico em batalhas, em criar momentos dramáticos e emocionantes. E nada disso de positivo que pontuei acima, seria possivel se não fosse um diretor eficiente por trás desse projeto ambicioso. As cenas de ação são muito bem filmadas, ele utiliza ângulos e perspectivas diferentes, além do diretor conseguir seguir o tom de filme que o roteiro pede e traduz muito bem em imagem, as emoções. O Senhor dos Anéis O Retorno do Rei, termina perfeitamente uma saga que viria a ter, uma legião de fãs pós adaptação sendo a adaptação definitiva e um guia de como uma fantasia deve ser filmada e que todo o desafio de filmar foi recompensado ao levar 11 Oscars. A saga que após anos, continua sendo referência e ver aos filmes na nova versão 4K HDR, melhorou muito mais a experiência e trouxe uma revitalização que esse clássico épico de fantasia merecia.
Freaky: No Corpo de um Assassino
3.2 464É um filme ótimo, que tem uma premissa interessante demais, a ideia de trocar de corpos é uma fórmula bem batida, porém o roteiro ao invés de focar nos conflitos entre as pessoas que trocaram, o filme segue uma narrativa de um suspense, que aqui funciona e é muito bem sucedido em homenagear o gênero slasher, assim como no roteiro, há comedia também e funciona, sendo o destaque e aonde o filme brilha e deu certo pela atuação do Vince Vaughn.
O filme é todo dele, ele é ameaçador quando é o assassino e é bem sucedido em passar toda a insegurança da protagonista feminina. O filme tem bastante humor negro e os assassinatos sempre tem um tom cômico, Freaky é um filme que não se leva a sério, que é bem sucedido em criar suspense e comédia e que cria uma narrativa criativa sobre troca de corpos revitalizando o tema que já estava datado, aqui utilizando muito bem os clichês e entregando um filme muito divertido.
O Senhor dos Anéis: As Duas Torres
4.4 1,1K Assista AgoraContinuando a jornada em reassistir os filmes, dessa vez na versão estendida em 4K e HDR lançada em dezembro do ano passado, uma das poucas coisas boas de 2020. E aqui a jornada continua, o primeiro filme termina, com elos fortíssimos sendo criados em nome da missão e objetivos dos personagens e continuamos essa jornada épica, o roteiro do segundo filme expande a mitologia daquele mundo e apresenta novos personagens, novas ambientações, novas criaturas e novas missões. E ao mesmo tempo desenvolve os personagens que já conhecemos. O filme visualmente é impecável, tudo graças a sua direção de arte, os novos cenários e os novos povos são muito bem desenvolvidos e possuem suas diferenças, destaque para o povo de Rohan que novamente possuem a assinatura do seu povo no figurino, na cenografia, na personalidade. O trabalho feito com os efeitos visuais e a utilização de maquetes melhoraram e muito em comparação com o primeiro e o uso de maquetes torna o filme e cenários muito mais realista. O filme tem uma boa composição de roteiro e trás humor nos momentos certos, assim como o drama, algo que a trilha sonora ajuda e consequentemente intensifica da melhor maneira. Faz sentido ser um filme triste e emocionante em alguns aspectos porque a guerra é vista aqui como algo ruim e em momento algum as batalhas são glorificadas, algo que trás perigo aos personagens. A direção também é excepcional por conseguir medir bem o tom do seu filme, ainda mais em um roteiro que conta tanta coisa, o diretor também continua usando planos lindos e outros bem ousados, as cenas de batalha tambem são excelentes, o conflito é bem filmado e conseguimos distinguir bem as cenas, além da sensação de perigo sempre estar iminente. O Senhor dos Anéis As Duas Torres, é um filme bem sucedido por nos apresentar novamente os personagens queridos do primeiro filme, expandir naturalmente aquele universo, apresentar novos personagens, continuar sendo tecnicamente memorável e trazer a sensação de intensificação dos perigos e desafios orquestrados pelos antagonistas.
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraÉ maravilhoso, é incrível como esse filme mescla muito bem tons, Midsommar não é um filme de terror convencional de Shopping Center pra comer pipoca, é um filme pra colocar a cabeça pra funcionar e lhe trazer sensações e indagações sobre tudo o que esta acontecendo.
O filme é um drama com um leve toque de horror e comedia. Essa que vem de toda a estranheza que sentimos ao ver aquela cultura ser apresentada e que pra gente nada daquele culto faz sentido e que na perspectiva da gente e dos visitantes chega a ser tosco, tais excentricidades.
Midsommar é um filme que fala sobre relações dependentes e tóxicas, empatia, saúde mental, diferenças e desrespeito por outras culturas. Porém, ao mesmo tempo que critica como vemos outros povos, o roteiro ainda critica a seita e nos mostra que eles são fanáticos e mesmo tendo muita empatia, pelo menos com quem é de dentro do grupo, alguns de seus valores são bem distorcidos, esses chegando a ser até insidiosos. O filme além de possuir um roteiro competente por mesclar bem gêneros e ter um bom aprofundamento pelo menos no casal protagonista e na seita. O filme também se destaca tecnicamente, a direção é audaciosa, a toda hora o diretor quer deixar sua assinatura excêntrica e vemos isso na sua câmera, há uns planos longos aqui incríveis e ângulos de câmera diferentes, a cena dos personagens dentro do carro indo para o vilarejo e a câmera vira de cabeça pra baixo é algo lindo e que trás confusão ao mesmo tempo. Algo que os personagens irão experienciar na comemoração do culto. Outro destaque é a montagem, tem uns cortes sensacionais aqui, destaque para a cena em que a protagonista esta indo para o banheiro do apartamento, temos então um plongee absoluto, quando ela abre a porta e mudamos de cenário para o banheiro do avião. A fotografia tem seu destaque, por usar muito bem iluminação natural, usando muito bem tons escuros no primeiro ato, claro no segundo e extremamente claro e cheio de luz no terceiro, evocando os sentimentos, o desejo de libertação e desejo de pertencimento da protagonista. E outro destaque que vai para a atuação de Florence Pugh que está incrível, ela apresenta perfeitamente a tristeza da protagonista, toda a sua dor, suas dúvidas de forma muito natural, a cena do primeiro ato, quando ela recebe a noticia da tragédia é arrepiante, é impossível não sentir a dor da personagem, com aquele choro desesperador misturado a tosse que chega a te dar agonia, é uma cena forte que nas mãos de uma atriz não tão capaz entregaria algo que não traria tantas sensações e que a gente nem ia se importar. Midsommar é isso, um filme sobre sobre pertencimento, um horror social que foca em apresentar a "estranheza" de outras culturas, e é nessa tensão sobre as diferenças que reside o horror...
O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel
4.4 1,9K Assista AgoraÉ incrível como esse filme envelheceu bem, dessa vez assisti a versão estendida 4k HDR e o que já era incrível melhorou demais em experiência de entretenimento e visualmente. O roteiro é maravilhoso, foi a melhor ideia, contar parte do universo de Tolkien em um prólogo que nos dá toda a informação necessária, nos coloca dentro da narrativa, apresenta os desafios e já nos primeiros minutos vemos que não é um filme qualquer de fantasia, a construção de mundo, cultura e raça é detalhista, e vemos os detalhes na Arquitetura de cada povo, nas vestes, na personalidade. Os personagens são bem apresentados, ganham um bom desenvolvimento pelo menos a maioria, os relacionamentos não soam superficiais e você, acredita na amizade formada pelo grupo. Porém um ou outro personagem da Sociedade do Anel acaba sendo vitima de ter pouco tempo em tela e tem poucas falas e são úteis apenas nas cenas de ação. Tecnicamente o filme também é cheio de destaque, cenografia, direção de arte, fotografia, efeitos visuais (alguns surpreendem até hoje), maquiagem, trilha sonora, direção (tem cada plano e ângulos ousados, lindo demais nesse filme). A caracterização de personagem também é excelente, cada um tem sua identidade, são memoráveis e muitos tornaram se referência na cultura pop de como deve ser um filme de fantasia, O senhor dos anéis a sociedade do anel teve toda a dificuldade de trazer e apresentar todo aquele universo e faz isso de forma magistral, o que antes era considerado um livro impossível de ser bem adaptado tem aqui nesse filme a prova de que é possível, quando há uma equipe ousada e dedicada em apresentar algo e que o empenho acabou surpreendendo leitores e trazendo muitos novos fãs para aquele mundo novo.
Willy's Wonderland: Parque Maldito
2.8 210 Assista AgoraOlha mas que grande bobeira, mal dirigido, mal atuado, roteiro repetitivo. Nenhum personagem se salva e possui carisma. Ver o Nicolas Cage jogando pimball e tomando refrigerante, uau, nossa que radical, caramba que personagem fodão, vamos fingir. As cenas de ação são tremendamente ruins, câmera tremida, cortes demais e edição vergonhosa. Das cenas de luta com os animatrônicos, uma ou outra é interessante, o resto é pouco inspirado e confuso, além disso, as criaturas são fáceis de matar, criando zero tensão. O roteiro não desenvolve personagem e adiciona adolescentes que só tem a burrice como personalidade e estão lá pra morrer e são todos iguais que você nem sabe quem é quem, a narrativa é lenta e enrolada e tem pouca estória e dá pra sentir a lentidão, é um filme com um pouco mais de 1e 30 que parecem duas horas. Além disso o filme é cheio de cenas que só dão vergonha alheia. Uma pena, esperava me divertir e tive pouco disso, só queria que acabasse logo, nem o Nicolas Cage salvou, não que ele seja grande coisa também né
Os Croods 2: Uma Nova Era
3.5 150 Assista AgoraÉ legal, mas é inferior ao primeiro, o roteiro segue a mesma fórmula datada dos filmes da DreamWorks. A qualidade técnica da animação é ótima e cheia de cor, mas é incrível que tecnicamente e em aparência e textura a do primeiro filme também é superior. O roteiro foca nas diferenças entre as familias e com isso esquece todo o desenvolvimento dos Croods no primeiro filme quanto atitudes e os faz fazer as mesmas coisas que fariam no primeiro filme, principalmente o pai. E o humor basicamente vem dessas diferenças entre as famílias, as vezes funciona, e outras nem tanto, o ritmo também varia, as vezes é acelerado demais com cenas de ação extremamente aceleradas e outras vezes a trama para, pra ficar em conflitos que já haviam sido explorados e solucionados no primeiro, deixa a impressão que faltou ideias. O primeiro filme visualmente foi algo bem criativo, quanto a criação de mundo, aqui o filme se repete e não tem tanto destaque. Porém mesmo com os problemas quanto a narrativa é um filme que diverte e é ótimo revisitar os personagens do primeiro filme.
Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros
3.9 1,7K Assista AgoraÉ um ótimo blockbuster que tecnicamente é incrível e reinventou muito o gênero de aventura, tornando-se um marco na cultura pop, porém ao revisitar fica difícil manter o pensamento saudosista, o filme possui um primeiro ato estendido que se explica demais e demora a engrenar. O filme também possui diversas conveniências e até coisas piores como erros de continuidade no roteiro e de localização, cenas que começam em locais de um jeito e depois o lugar muda, apenas porque foi adicionado no roteiro um problema pra trazer tensão,
aqui falo em específico da cena, onde ficava a cabra e onde o tiranossauro atravessou a cerca e que depois o lugar vira um buraco, pro carro poder cair na árvore e criar a cena de ação do paleontólogo e o menino descendo a árvore e o carro atrás, pra ter uma tensão
Isso não tem sentido, aquele espaço era de um jeito e mudou na cara dura, isso é tirar o espectador de burro e um erro bem besta.
Ao menos os efeitos visuais são ótimos e a interação do CGI com objetos físicos é legal também. Os personagens são interessantes, destaco o personagem do Sam Neill, Jeff Goldblum e a Laura Dern essa que esta muito bem e tem uma atuação bem natural e que passa verdade. Já as crianças, é incrível como em todo filme do Spielberg que tem uma criança, faz parte do roteiro elas serem irritantes ou burras, é o clichê dos filmes dele, a personagem da menina, faz burrice, porém ao menos soluciona um problema importante no terceiro ato, agora o menino não acrescenta em nada, é chato, só faz gritar e botar os outros e a si mesmo em problemas e no fim não ajuda em nada, estando no filme só pra correr perigo mesmo.
Jurassic Park é um ótimo filme, que entretém com um primeiro ato enorme, visto que os desafios só começam na metade do filme, porém quando o filme engrena, erra poucas vezes e cria bastante tensão e tememos pela vida dos personagens, tornando o filme divertido e muito nostálgico, mas não é isso tudo que dizem, é um filme acima da média e isso já está ótimo.
Solaris
4.2 368 Assista AgoraQue filme complexo, fritou meu cérebro com tantos questionamentos, com os temas que aborda, filmes que tocam no existencialismo possuem um leque de possibilidades para trazer muita reflexão ao espectador e é o caso desse. Esse fala sobre as buscas por resposta que a humanidade possui, sobre os fantasmas do passado, nossos arrependimentos, sentimentos, nossos pensamentos. Ou seja, um filme sobre o ser humano. E o destaque são os monólogos sobre esse tema rico que é a nossa existência e a nossa curiosidade. Não é um filme pra qualquer pessoa, o filme é contado através de reflexões e sensações, uma obra intima, contemplativa, lenta e as vezes até meio experimental. A fotografia a maior parte é normal e em alguns momentos utiliza um filtro que muda a cor pra um azul acinzentado, o que dá uma característica de que aquilo que está acontecendo em cena é irreal, fantasioso e estranho, porém interessante.
A direção também é um destaque, por ser sempre ambiciosa e por ter um apuro técnico e argumentativo impecável, a cenografia também é excelente por ser realista, não apelar para o exagero, o que consequentemente não torna o filme datado. Solaris é um filme cheio de filosofia existencial, complicado, com um ritmo bastante lento e longo, caso queira assistir, esteja atento a esses detalhes e vá preparado sem esperar o óbvio, Solaris não é 2001 e muito menos Interestelar, se espera isso, irá se frustrar, o foco aqui é explorar o universo da psique humana e não o Espaço...
Monster Hunter
2.4 408 Assista AgoraEsse filme me tirou cada risada, sério, senti muito vergonha alheia, já nos primeiros minutos, começa a cafonice, as cenas de ação são péssimas, a montagem é pavorosa, são muitos cortes, acho que o diretor acha que isso torna o filme frenético, empolgante e cheio de ação e na verdade, só torna confuso, cafona e mal editado mesmo.
Pelo menos o cgi dos monstros foi bom, mas o roteiro é uma bomba, é confuso, não tem desenvolvimento e ainda por cima é incompleto.
Porém, mesmo sendo péssimo, até que me divertiu e me fez rir, não foi um tempo perdido
Alice Através do Espelho
3.4 734 Assista AgoraAchei meia estrela melhor um pouco que o primeiro, que não me cativou tanto, esse achei um pouco melhor, mesmo o roteiro continuando genérico e o filme se escorando nos efeitos visuais, esse trouxe um pouco a mais de desenvolvimento para alguns personagens e o personagem Tempo foi bem interessante.
Eu Me Importo
3.3 1,2K Assista AgoraÉ um filme original da Netflix, acima da média e que o grande destaque é a Rosamund Pike, só assisti por ela e quanto a isso até que valeu a pena, o roteiro tem algumas conveniências, algumas não incomodam tanto, já outras, torna o texto genérico e a duração poderia ser menor, já que há uma barriga no segundo ato. Um bom destaque é a união do suspense com o humor negro e a cinematografia é muito boa, com um ótimo uso de cores.
Edit: Pensei algumas coisas sobre o filme e achei sua conclusão covarde, vemos tantos filmes aí, de gente mal caráter vencendo e a direção decidiu ser covarde e moralista, pra mim esse filme foi mais um do clássico, bury your gays, o filme quis "militar" usando uma protagonista lesbica e foi moralista, colocar uma personagem lésbica pra desenvolver sua sexualidade, apenas sexualizando a relação dela não desenvolve a personagem. Um desserviço, que fosse uma personagem heterossexual mesmo.
Saint Maud
3.5 336 Assista AgoraUm filme maravilhoso, já estava sentindo falta dos filmes de horror psicológico da A24, desde O Farol, não tínhamos um relevante. E o que falar dessa obra, é um excelente estudo de personagem, com um roteiro inteligente, que nos coloca dentro da cabeça da protagonista e isso nos dá a mesma percepção dela. O filme brinca muito com o conceito da fé, o sagrado, delírios de grandeza, solidão, o fanatismo, a religião como um escapismo ou vício. E foca também na sexualidade reprimida da personagem,
em todos os momentos que diz sentir Deus, é como se ela tivesse um orgasmo, como se de alguma em seu subconsciente, ela sentisse um desejo sexual pelo divino e
Alice no País das Maravilhas
3.4 4,0K Assista AgoraUm filme totalmente visual, tirando a parte técnica, pouco se salva, o roteiro é genérico, enrolado e lento. A protagonista é péssima, não tem carisma, é mal atuada e não cativa, se destacam o Johnny Depp e a Helena Bonham Carter e a direção do Tim Burton é pouco inspirada, tendo bem pouco dos filmes dele. A graça de Alice sempre foi o nonsense e aqui virou um filme genérico de aventura, explorando a jornada do herói e é isso.