Esses filmes que mais parecem um conto (história de pescador, "BA DUM TSS!") são legais. Lembrou o emoticon do Business Fish do facebook, hahaha. Mas li que o diretor se inspirou na pintura de Rene Magritte. Outra curiosidade é que, como é de costume em atores que usam essas fantasias, era difícil respirar lá dentro e ele teve que usar tanques de oxigênio. Sobre o filme em si:
Como o Carlos Henrique já falou aí no comentário abaixo, é legal essa parte social do filme: influência da mídia, trabalho, egoísmo, preconceito, e sobre ele se sentir um peixe fora d'água ("BA DUM TSS!" de novo) E também o final sobre "Buscar a verdade, essa é a função de um repórter de verdade" também foi bem emocionante. No fim achei que seria um filme galhofa mas é muito mais que isso.
Sem julgar como filme biográfico, é um filme otimista. Mas acho que é evidente que na realidade os fatos nunca acontecem de forma perfeita como é retratado nos filmes. Acho que algumas coisas como aceitação do
homossexualismo e sua separação em graus, as diferenças sexuais como variantes da natureza, sexo antes do casamento e tabus em geral, a visão da diferença sexual em detrimento de uma ideia sexual igual para todos, isso com certeza teve um valor para época e pode ter aberto realmente a cabeça das pessoas para novas experiências "legais". E isso continua a nos afetar até hoje. Mas nunca se sabe a real intenção ou intenções secundárias dele como pessoa, então sempre é bom desconfiar desse altruísmo.
O filme até tenta tocar nessas polêmicas em relação a ele, sobre as pesquisas dele serem fraudadas, sobre o fato duvidoso dele filmar e registrar fotos das experiências sexuais ou até mesmo defender os criminosos de condutas sexuais. E tipo, eu entendi que o filme quis passar, que a mídia quis deturpar o que ele disse, pois ele sempre se refere do ponto de vista biológico, e a ciência não julga de forma tão extremista quanto a sociedade. Então ele sempre usa a ciência como um escudo que lhe protege das acusações, na ideia de que está a fazer tudo por "um bem maior" e que está apenas a esclarecer como a natureza funciona. Mas sem provas concretas para seus "crimes de perversão", entendi que o filme quis focar apenas no impacto liberal-positivo das pesquisas dele para a sociedade...
No mais, As partes das entrevistas foram bem engraçadas. E achei bem real a definição do Brasil para com a zelofilia. Significado do wikipedia:
A zelofilia é uma parafilia onde o prazer é derivado do ciúme, através de jogos ou cenas que o envolvam ou o provoquem.
Filme bem deprimente sobre a crise no trabalho. Gosto da naturalidade que o filme cria: as falas lentas, cheias de interrupções de falas, uma conversa exatamente como é na vida real. (Não é a toa que o diretor usa um conceito chamado de "hyper-realismo", onde as pessoas do super mercado por exemplo são realmente empregados a improvisar).
É muito triste a cena da entrevista no Skype, quando ele diz trabalhar com uma máquina versão 7 e tenta se esforçar para dizer que saberia usar uma versão 8. Esses requerimentos de atualização do mercado são complicados, como se tudo o que você aprendeu anteriormente não valesse mais de tanta coisa. Fora a posição lateral da filmagem, que auxilia na ideia de "avaliação" a qual ele é submetido, quase como uma humilhação.
Eu achei que essa parte da dança com as correções do professor foi importante para mostrar a dança novamente com seu filho e esposa em sua casa. A diferença entre uma dança espontânea de seu filho deficiente - que não precisa de regras, de posição de cabeça, de elasticidade do corpo ou coisa alguma - apenas diversão em contraposição à dança metódica do professor.
Controlar essas câmeras de segurança é um troço divertido, parece um jogo, haha. Mas acho que com o tempo a repetição seja desgastante, não sei. Mas talvez seja isso que o filme quis passar, como toda aquela repetição do trabalho operário afeta a cabeça das pessoas, que sonham em subir na vida, no ter, mesmo que para isso tenham que roubar. Fiquei a todo momento a pensar se eles estariam a agir com má índole, mas talvez o problema seja mais amplo mesmo, de um sistema corrupto desde sua raiz. E como diz o segurança, a ação de roubar não tem idade, nem cor... Aquela famosa frase clichê de que "O povo tem o governo que merece".
No mais, fiquei a torcer para no final ele começar a produzir metanfetamina azul .-.
Achei legal a cena que a tela quadrada expande com o movimento do personagem e começa a ocupar toda a tela. Mas algumas edições do filme tem uns cortes muito estranhos, haha.
Não sei se foi no cinema que vi, mas achei estranho também as cenas com músicas, pois a música tocava muito baixo, quase não dava de escutar e não tinha nenhum impacto por causa disso.
Como era de se esperar, cada fala dos personagens parecia uma piada, haha. Muitas repetitivas (e as vezes até de mau gosto), mas uma vez ou outra dava para rir de tão absurdo que era aquele regionalismo todo.
Gostei das filosofias que não querem dizer nada, "Depois da meia-noite, a tendência é amanhecer", haha.
No mais, eu achei que ele iria conseguir reproduzir a fita VHS no final e descobrir que alguém teria gravado algo novo por cima, mas não aconteceu. E acho que teria sido um bom final, haha.
Gostei do som do ambiente como o som da chaleira e o parquinho. O final com o ponto de vista trocado foi bem interessante também.
E que cenas incríveis aquelas da loja de vender plantas, o sol entrava e formava uma névoa que parecia "o céu". Aliás, eu não entendi muito bem aquela metáfora toda do final, sobre o céu e avião. Não só isso como também o cacto, os estabelecimentos com vidros transparentes, etc. Eu não consegui raciocinar direito sobre esses objetos, adoraria ler algum texto a explicar sobre. Alguém pode explicar?
No mais:
Porco-espinho: Diz-me, não achas que sou comovente? Cegonha: Há muito que te amo. Porco-espinho: Quanto a isso, nada tenho a dizer. Não falo com quem me ama. O amor é tão desconsiderado, tão insolente! Não quero nada com imprudentes, fica a saber. Estás enamorada dos meus espinhos, não é verdade? Cegonha: Esse teu casaco de espinhos fica-te lindamente. Pareces muito bem com ele. Só é pena que sejas tão circunspecto. Um porco-espinho não havia de ter uma noção tão estrita de decoro. Porco-espinho: Enganas-te, e vou corrigir-te. Uma cegonha pode permitir-se tudo, mas não um porco-espinho. És elogiada, elevada a ideal de educação e da família. Comunidades inteiras olham para ti com sincera admiração. Só despertas boas impressões. Já comigo não é assim. De que me serve a tua afeição? Estás perdida de amores pelo meu medo? Cegonha: Sim, julgo que sim. Porco-espinho: Não achas que me assenta lindamente? Fico tão redondo e apetitoso vestido no meu medo. Tenho espinhos porque tenho medo. Sou feito apenas de medo e vontade de fugir. Olha para a minha cabecinha, para os olhinhos, o narizinho. Não voo majestosamente como tu. Nada em mim aspira às alturas. As minhas patas são incompreensíveis, mas é por isso que sou tão engraçado, porque pareço tão tonto, tão indefeso. Não te pavoneies com as tuas asas, não! Não faço ninhos acolhedores no ar claro dos campanários. Moro na floresta e só à noite me atrevo a sair de mansinho. Cegonha: Terna timidez!
(do livro "Histórias de Amor", tradução de Isabel Castro Silva)
Não é um policial muito bom realmente, logo na cena do atropelamento ele poderia muito bem ter se entregado. Só porque não foi ele que matou primeiro isso não o inocenta da atitude de fugir com o corpo. E como aqueles policiais do "Seu RG tem 14 digitos" acham normal a atitude de superioridade dele só por que ele é detetive? haha
Gosto desse tipo de filme que alguém comete um erro e isso lhe causa consequências (a série Breaking bad faz isso e forma brilhante). Quando pensa que se livrou de um problema (a cena do soldadinho com o corpo por exemplo, que por sinal é ótima). De repente tudo começa de novo com a ligação do "vilão". Que aliás, esses filmes coreanos realmente adoram esses vilões que nunca morrem, haha. Isso ou uma situação que se prolonga. Não sei se todos os filmes tem isso, mas vou citar os que vi: "I Saw the Devil", "Oldboy", "Train to Busan". Mas claro, com3 filmes não dá para criar uma estatística muito boa, haha
Gostei muito daquela cena aérea da perseguição com o cara a atravessar a rua com os carros. Por que os filmes não inovam em posições de câmera dessa forma? Tão legal. A cena da explosão da Van também é muito boa.
Adorei a cena introdutória a passar pelo ambiente da casa com os créditos a entrar dentro das sombras e objetos da casa, etc.
E Que clima esse filme tem! Aquele medo de ser visto é muito tenso, haha Principalmente pelo fato dele ter esse problema de locomoção, o que se encaixa perfeitamente com a ideia de se arrastar por um túnel.
O plot twist no final foi algo que achei bem inteligente também. Foi muito bom todo aquele "voyeurismo" servir para ele fazer uma engenharia social com eles e colocá-los um contra o outro. E apesar das coincidências para tudo dar certo, nada foi forçado.
No mais, os planos geralmente são decididos ou por sorte, ou por uma garota
Acho que tentei ver esse filme tantas vezes por tantos diversos motivos que acho que nem absorvi direito, mas....
Primeiramente, não sabia que o filme foi o primeiro filme americano financiado 100% por um produtor brasileiro, bem curioso isso.
Cenas memoráveis:
- Frances a querer pagar a conta e ir até o banco pegar o dinheiro, haha - Frances a retirar o fone de ouvido várias vezes da cabeça, haha - Frances a dançar saltitante pelas ruas - Aquele texto sobre relacionamentos é realmente bem profundo (executado na prática no final na cena dela a olhar a amiga)
No mais, parece que já existia um filme chamado "Frances", então o tiveram que mudar para "Frances Ha", embora tenha um certo simbolismo na cena final. Como ela passou a ser mais independente na vida, ela pode colocar seu nome em sua caixa de correio exclusiva. Mas não de forma completa, porque ela ainda tem um caminho até se tornar uma pessoa de verdade.
Se é para colocar cenas de ação, poderiam ao menos colocar algo mais elaborado, algo que faça a gente se preocupar com os personagens. Mas se limitam a mostrar os poderes na forma mais básica possível, praticamente só para mostrar que eles tem determinado poder.
Até aquela cena de luta dos esqueletos que era a oportunidade para criar alguma ação é super desinteressante. Os vilões também só são legais visualmente (tipo a cara do S. Jackson), mas também agem de forma boba. O filme é infantil mas também não precisa ser tão desinteressante.
No fim é bem mediano, Seria melhor que o Tim Burton voltasse a fazer uns musicais, pelo menos com musical acho que dá para criar mais carisma. Ou ao menos uma história escrita original.
Hank era alguém que não se encaixava no mundo moderno, porque se achava um "merda". Mas no final ele se aceita? Todos vamos ser "merda" no fim?
Interessante o plot twist do final. Dele na verdade estar a imaginar aquela ilha, e ser obcecado por aquela mulher, que nas palavras dele, nunca irá ter, porque ele é só um pobre que anda de ônibus. Muito significativa a Sarah fazer uma cara de repúdio ao saber que ele tirava fotos dela, e a desculpa dele, seguido de: "Você parecia muito feliz e eu não estava". É passível de se entender, mas não de justificar a atitude.
Acho interessante como ele se identifica com o Manny, tanto após a morte como talvez em vida. Afinal, ele pulou da ponte por algum motivo, quem pode garantir que não sejam os mesmos motivos pelo qual ele próprio iria se matar enforcado? Talvez ele tenha sido o seu maior amigo, mesmo em vida. É legal também como ele ensina ao corpo todas as regras da sociedade, coisa que ele próprio tentava entender. E apesar da questão do peido e da ereção ser bem besteirol, tem seu sentido na história, tanto no sentido de quebra de regras de etiqueta da sociedade, quanto na questão científica de um corpo após a morte. Segue detalhes:
Cocô O corpo tende a relaxar certos músculos e bem, as coisas só tendem a … sair. Nos cadáveres o ato de defecar é feito com o auxilio da pressão que os gases produzidos no corpo exercem horas após a morte.
Ereções e ejaculações Depois de o coração parar, ele para de bombear o sangue para todo o corpo e o sangue acaba “represando” nas partes mais baixas do corpo. O relaxamento dos músculos depois da morte não dura para sempre. Os íons de cálcio ativam alguns tipos de células dos músculos o que vai levar a um processo de rigidez muscular conhecido como Rigor Mortis.
Movimentos musculares Algumas áreas do sistema nervoso podem ficar ativas mesmo depois que o cérebro tenha morrido. Alguns enfermeiros relataram ter visto ações reflexas em pacientes após a morte. Isto ocorre quando os nervos enviam sinais para a medula espinhal em vez do cérebro.
Enfim, o simbolismo entre reprimir o seu eu verdadeiro e aceitá-lo na cena final, tabus, entre outras coisas foram realmente interessantes.
A fotografia tem toda uma aparência meio marrom-café, haha.
Engraçadinho a trama do Gangster e suas "conversas", assim como o fato dos personagens não saberem de qual mulher cada um falava, mas fora isso, filme bem normal. E essas piadas a envolver Judeu são tão bobas, na minha opinião.
Resultado: Filme dispensável, não é algo que eu recomendaria.
O filme está longe de ser muito ruim, mas as pessoas exageram um pouco no "coreia muito superior aos filmes de hollywood". Nem vi tanto diferencial assim, cheio de cenas de ação pouco coerentes para ter um efeito legal, sem se preocupar se isso serve para a narrativa. Esse filme na verdade está bem americanizado, não sejam incoerentes. (Aliás, o que foi aquela cena dele amarrar a corrente em si para não cair? haha)
Agora sobre o "diferencial", talvez seja o melodrama, que foi a parte que mais achei legal no filme, sobre a segregação, sobre não se importar com os outros, etc.
Ficou muito legal o resultado. Tudo é para causar incômodo no filme.
O funk tem seu proposito, não tem porque vocês ficarem a reclamar que "a trilha é péssima".
Ficou muito interessante como o assunto do filme sempre tendia para o grotesco, nojento. Quem é que fica a falar de vídeos de pessoas mortas enquanto beija sua namorada? Ainda por cima beijos em um banheiro sujo? Até mesmo a igreja, só fala de sangue, de morte na cruz....Como não ficar alienado com esse mundo de amor sem valor e violência?
Acredito que o assassino devia ser o irmão mesmo, mas como já falaram em uns comentários atrás, pouco importa que seja ele, pois haverão outros. Acho que senti uma vibe meio que "O homem é o lobo do homem". Com o rádio disse, o assassino poderia ser qualquer um da sua família, amigos, e fica implícito que também poderia ser "você".
As cenas desfocadas lá trás ficaram super legais.
No mais, gostei da retratação da briga na fila da cantina, muito real aquilo, haha.
Pelo que entendi, elas são alguma espécie de clã lésbico que pode se transformar em animal (ou tigre)? O objetivo delas, pelo que se fala no começo, é ter uma virgem para algum ritual? Isso fica meio claro quando elas perguntam se ela já transou na cena sobre a preferência do batom, se ela era comida ou sexo. Ou mesmo na cena que ela ajuda a Jesse a sair do quarto, onde o Hank (Keanu Reeves) poderia violentá-la, o que faria quebrar o ritual também. Eu acho.
Mais alguém tem interpretações?
Mas como falaram em uns comentários atrás, parece muito apelativo. Esperava um terror fora do convencional, mas acabou que é um terror comum, com os mesmos tipos de personagens.
E o que o filme quis criticar sobre superficialidade, ele acabou a cair na própria crítica, ao meu ver.
Lembra quando Charles disse que eu era o Vice? - Claro, foi ontem. Eu sou o vice, é só dar um jeito de tirar o Charles da escola, viro representante, coloco você como suplente, desapareço da escola, você vira representante, e volto com outro nome para a escola. É bem "simples", hahaha
Que vergonha na parte do bolo, haha.
Curiosidade inútil: Tinha uma foto da seleção brasileira/pelé no quarto dele.
E a música do coral no final (When Love Takes Over), tãaaao legal.
Achei um máximo o som da música "Another one bites the dust" que toca no carro! Estava muito alto as batidas! To a escutar de novo, haha.
https://www.youtube.com/watch?v=VsnXeQDqOOg
Eu acho muito legal o fato dela gostar de MP3 e e não negar as evoluções tecnológicas. Ou seja, ela gosta dos dois, mas prefere o antigo, o vinil, em vez do MP3. Fica muuuito melhor assim que apenas uma velha careta que não gosta do novo. A personagem ficou muito legal por causa disso.
Sobre as cenas do filme: O ambiente todo é tão normal mas ao mesmo tempo tão surreal, (as portas a bater, o armário, o sonho). Quando foram olhar aquele andar trancado então, eu estava quase a roer a unha a me perguntar: "o que diabos tem ali, meu Deus", haha.
Algumas câmeras também ficaram muito legal, aquele corredor de entrada da casa com plantas é tão marcante. E aquela cena dos dois a manobrar os carros no estacionamento, em um movimento circular foi muito legal também..
A cena do cupim é ótima, porque você já sabe o que tem ali dentro da mala, mesmo assim fica só a imaginar como será a cena. E quando acontece, é tão impactante! Como o próprio diretor disse, não há outra forma de fazer algo tão impactante assim sem ser na mídia visual, é uma experiência bem diferente.
Claramente o filme é a favor de Clara, mas mesmo assim o Diego da construtora não foi um personagem tão caricato. Ele representa um "mal" de forma leve, achei bem interessante isso também.
Esse diretor tem feito muita coisa interessante, é legal notar as referências dele de "Som ao redor", "Vinil verde", etc...Gosto muito de "Recife Frio" também. Todos os filmes e curtas valem a pena.
No mais, eu não estou estressada, estou puta, hahaha.
Li aqui que quase todo o filme foi filmado com uma câmera de um Iphone, muito legal isso, prova que todo mundo pode fazer um filme. E sobre esse estilo meio "documentário", É tanta informação jogada na tela que ficou sensacional o resultado.
Fiquei a fechar os olhos quando o filme falava para fazer isso, haha. Não lembro do termo usado no filme, mas li aqui sobre o fenômeno chamado "fosfenos", que seria exatamente isso, de que quando fechamos os olhos, vemos umas manchas ou bolhas. Isso acontece porque nossos próprios olhos emitem luz biológica, então a gente sempre está a enxergar algo, e não um preto total. Se a gente apertar a pálpebra dá para ver mais luzes malucas dessas, porque a fricção produz mais dessa luz.
Que conto bizarro aquele dos bebês morrerem no sono REM por causa do sonhar com vidas passada!
E me arrepiou demais aquela cena toda a explicar o processo tibetano da morte. A vida toda em retrocesso. Muito triste.
No mais, é engraçado como esta a descrição de um ator nos créditos: "Homem acertado por um pato", haha.
Nossa, fiquei bastante curioso com o "Visitante misterioso". Até porque li que ele também estava na história real. Bem, ele deve ter sido só alguém que trabalhava mesmo no prédio e foi ver a vista de manhã cedo na cobertura. Mas mesmo assim não deixa de ser curioso, já que ele podia muito bem ter falado para alguém e estragado todo plano. Imagino a cara dele quando descobriu tudo quando o show começou, que havia ficado frente a frente com o artista.
O 3D desse filme está espetacular. E quando começou a tocar Fur Elise do Beethoven, então! Acho que foi uns 50 minutos de filme só com cenas angustiantes naquela cobertura do prédio, ficou realmente bem legal.
No mais, recomendo ir no google e pesquisar "expressões francesas relacionadas a comida", e ver uma lista de expressões em francês que usam comidas...
Acho muito interessante quando o diretor fala no final que o Rancho não está sempre certo, e que o lápis no espaço poderia quebrar, furar o olho de alguém ou entrar nas máquinas e quebrá-las. É genial toda a construção, pois tira a imagem de que ele é perfeito. E esse troço do lápis me lembrou aquela historinha das caixas vazias. Caso não lembre:
"A linha de produção de uma fábrica de pasta de dentes às vezes permitia a saída de caixas de creme dental sem o tubo. O CEO gastou $8 milhões em uma solução baseada em uma balança colocada no final da linha de produção. Essa balança detectaria a presença de caixas vazias e pararia o processo caso acusasse a presença de alguma. Em seguida, um funcionário deveria remover a caixa e apertar um botão para que o processo continuasse. Na terceira semana de uso, os relatórios não acusavam acionamento da balança. Os funcionário haviam instalado um ventilador – ao custo de $20 – que soprava as caixas vazias para fora da esteira, pois segundo eles era muito chato ter que ficar indo até a balança várias vezes ao dia para apertar o botão"
hahaha. E é bem isso o que o filme fala na parte do professor. Sobre não se prender a definições complicadas sobre o que é uma "máquina", e explicar aos alunos de forma mais simples. As vezes a resposta de tudo está no mais simples, e entender o conceito é mais importante que decorar o literal.
Outra coisa, aquele musical do "Tá tudo bem", minha nossa! Adorei aquela letra:
(Console seu coração, quando ele estiver aflito num canto, Nosso coração é bem tolo, então é só dizer algumas besteiras).
Essa letra e coreografia é uma das coisas mais legais que já vi e faz todo sentido. E é incrível como depois de algo tão mágico eles jogam na nossa cara o suicídio do Joy. Esse contraste entre comédia e drama como já falaram aqui, é devastador. A ideia geral me lembra um pouco "A sociedade dos poetas mortos", sobre a forma de ensino e pressão da sociedade.
As tiradas do filme, apesar de parecerem um pouco forçadas, são de uma profundidade gigantesca. Por exemplo, a cena em que eles entregam a prova atrasados e falam "Você sabe quem eu sou?", fazendo citação aquela frase clichê que gente "poderosa" adora dizer em brigas. Mas que na ocasião soa muito genial, já que o anonimato era muito mais valioso para que o professor não achasse a prova quando ele as mistura.
Enfim, tem muita coisa para falar ainda, os filmes desse diretor realmente valem 5 estrelas e o marcar como favorito. No mais:
"Eu não quero fazer sucesso, eu só quero fazer sentido".
A ergonomia (interação homem com máquina) do filme ficou na minha cabeça. Aquele barulhinho de recompensa que faz quando passam para se identificar ou para apertar botões é tão recompensador. Acho que eles vão trabalhar só pelo prazer de apertar aqueles botões, haha. Até a trilha é meio futurista sei lá, essa parte sonora me lembra o sistema de Menu do Playstation:
https://www.youtube.com/watch?v=2d5ZOKIxpU0
Fora as cores também, principalmente uns momentos que fica azulado e uma luz amarelada, mostrando só as sombras. (Não achei no google para postar, mas é uma fotografia bem legal, mais especificamente aos 0:41:00 minutos do filme). O que ocorre novamente na cena do toque (que é a capa do filme).
Eu não consigo entender muito bem esse "amor de pais", só porque gerou o filho não significa muita coisa. Ele já foi criado 16 anos, acho que as relações são muito mais importantes que um simples "ele tem o meu sangue". Seria como se a "sequestradora" tivesse adotado mesmo, e se ele tinha uma relação normal com essa mãe adotada, não vejo porque ser um crime tão grave. Claro, ela teria que pagar de alguma forma, mas acho que a decisão de permanecer ficaria a critério do Pierre. Os país biológicos não tem nada a ver com isso, e me deu até raiva da empolgação deles, afinal, para eles aqueles adolescentes eram completos desconhecidos. (aquela cena deles falando de ir para disney, meu Deus...). Tanto que as cenas que eram engraçadas e faziam sátira com essa empolgação deles foram muito bem colocadas (cenas sobre as roupas, haha).
Entretanto, acho que essa foi minha impressão sobre o filme. O que acredito ser totalmente diferente da história real do pedrinho que foi roubado lá de brasília. Pelo que vi das entrevistas, a Vilma (mãe do pedrinho) não me passou confiança. Tanto que o pedrinho escolheu ficar com seus verdadeiros pais biológicos (não se se é verdade), o que significa que ele não devia gostar muito da "sequestradora". Fora que ela se envolveu em diversos outros crimes após ficar em regime aberto, como vender materiais odontológicos roubados e portar um carro roubado no mesmo ano.
Collective Invention
3.6 17Esses filmes que mais parecem um conto (história de pescador, "BA DUM TSS!") são legais. Lembrou o emoticon do Business Fish do facebook, hahaha. Mas li que o diretor se inspirou na pintura de Rene Magritte. Outra curiosidade é que, como é de costume em atores que usam essas fantasias, era difícil respirar lá dentro e ele teve que usar tanques de oxigênio. Sobre o filme em si:
Como o Carlos Henrique já falou aí no comentário abaixo, é legal essa parte social do filme: influência da mídia, trabalho, egoísmo, preconceito, e sobre ele se sentir um peixe fora d'água ("BA DUM TSS!" de novo) E também o final sobre "Buscar a verdade, essa é a função de um repórter de verdade" também foi bem emocionante. No fim achei que seria um filme galhofa mas é muito mais que isso.
Kinsey: Vamos Falar de Sexo
3.7 161Sem julgar como filme biográfico, é um filme otimista. Mas acho que é evidente que na realidade os fatos nunca acontecem de forma perfeita como é retratado nos filmes. Acho que algumas coisas como aceitação do
homossexualismo e sua separação em graus, as diferenças sexuais como variantes da natureza, sexo antes do casamento e tabus em geral, a visão da diferença sexual em detrimento de uma ideia sexual igual para todos, isso com certeza teve um valor para época e pode ter aberto realmente a cabeça das pessoas para novas experiências "legais". E isso continua a nos afetar até hoje. Mas nunca se sabe a real intenção ou intenções secundárias dele como pessoa, então sempre é bom desconfiar desse altruísmo.
O filme até tenta tocar nessas polêmicas em relação a ele, sobre as pesquisas dele serem fraudadas, sobre o fato duvidoso dele filmar e registrar fotos das experiências sexuais ou até mesmo defender os criminosos de condutas sexuais. E tipo, eu entendi que o filme quis passar, que a mídia quis deturpar o que ele disse, pois ele sempre se refere do ponto de vista biológico, e a ciência não julga de forma tão extremista quanto a sociedade. Então ele sempre usa a ciência como um escudo que lhe protege das acusações, na ideia de que está a fazer tudo por "um bem maior" e que está apenas a esclarecer como a natureza funciona. Mas sem provas concretas para seus "crimes de perversão", entendi que o filme quis focar apenas no impacto liberal-positivo das pesquisas dele para a sociedade...
No mais, As partes das entrevistas foram bem engraçadas. E achei bem real a definição do Brasil para com a zelofilia. Significado do wikipedia:
A zelofilia é uma parafilia onde o prazer é derivado do ciúme, através de jogos ou cenas que o envolvam ou o provoquem.
Festa da Salsicha
2.9 817 Assista Agora7/10
Parece um South Park da vida, cheio de críticas/referências à....
Religião e paraíso, sexo antes do casamento, conservadorismo, machismo, Nazismo, preconceito étnico; sexual, guerras, drogas, contrabando humano, etc.
Fora a parte musical com coral que dá um tom "épico" às cenas, coisa que acontece muito em South Park.
O Valor de Um Homem
3.6 39 Assista Agora8/10
Filme bem deprimente sobre a crise no trabalho. Gosto da naturalidade que o filme cria: as falas lentas, cheias de interrupções de falas, uma conversa exatamente como é na vida real. (Não é a toa que o diretor usa um conceito chamado de "hyper-realismo", onde as pessoas do super mercado por exemplo são realmente empregados a improvisar).
É muito triste a cena da entrevista no Skype, quando ele diz trabalhar com uma máquina versão 7 e tenta se esforçar para dizer que saberia usar uma versão 8. Esses requerimentos de atualização do mercado são complicados, como se tudo o que você aprendeu anteriormente não valesse mais de tanta coisa. Fora a posição lateral da filmagem, que auxilia na ideia de "avaliação" a qual ele é submetido, quase como uma humilhação.
Eu achei que essa parte da dança com as correções do professor foi importante para mostrar a dança novamente com seu filho e esposa em sua casa. A diferença entre uma dança espontânea de seu filho deficiente - que não precisa de regras, de posição de cabeça, de elasticidade do corpo ou coisa alguma - apenas diversão em contraposição à dança metódica do professor.
Controlar essas câmeras de segurança é um troço divertido, parece um jogo, haha. Mas acho que com o tempo a repetição seja desgastante, não sei. Mas talvez seja isso que o filme quis passar, como toda aquela repetição do trabalho operário afeta a cabeça das pessoas, que sonham em subir na vida, no ter, mesmo que para isso tenham que roubar. Fiquei a todo momento a pensar se eles estariam a agir com má índole, mas talvez o problema seja mais amplo mesmo, de um sistema corrupto desde sua raiz. E como diz o segurança, a ação de roubar não tem idade, nem cor... Aquela famosa frase clichê de que "O povo tem o governo que merece".
No mais, fiquei a torcer para no final ele começar a produzir metanfetamina azul .-.
O Shaolin do Sertão
3.3 230 Assista AgoraAchei legal a cena que a tela quadrada expande com o movimento do personagem e começa a ocupar toda a tela. Mas algumas edições do filme tem uns cortes muito estranhos, haha.
Não sei se foi no cinema que vi, mas achei estranho também as cenas com músicas, pois a música tocava muito baixo, quase não dava de escutar e não tinha nenhum impacto por causa disso.
Como era de se esperar, cada fala dos personagens parecia uma piada, haha. Muitas repetitivas (e as vezes até de mau gosto), mas uma vez ou outra dava para rir de tão absurdo que era aquele regionalismo todo.
Gostei das filosofias que não querem dizer nada, "Depois da meia-noite, a tendência é amanhecer", haha.
No mais, eu achei que ele iria conseguir reproduzir a fita VHS no final e descobrir que alguém teria gravado algo novo por cima, mas não aconteceu. E acho que teria sido um bom final, haha.
O Silêncio do Céu
3.5 226 Assista AgoraGostei do som do ambiente como o som da chaleira e o parquinho. O final com o ponto de vista trocado foi bem interessante também.
E que cenas incríveis aquelas da loja de vender plantas, o sol entrava e formava uma névoa que parecia "o céu". Aliás, eu não entendi muito bem aquela metáfora toda do final, sobre o céu e avião. Não só isso como também o cacto, os estabelecimentos com vidros transparentes, etc. Eu não consegui raciocinar direito sobre esses objetos, adoraria ler algum texto a explicar sobre. Alguém pode explicar?
No mais:
Porco-espinho: Diz-me, não achas que sou comovente?
Cegonha: Há muito que te amo.
Porco-espinho: Quanto a isso, nada tenho a dizer. Não falo com quem me ama. O amor é tão desconsiderado, tão insolente! Não quero nada com imprudentes, fica a saber. Estás enamorada dos meus espinhos, não é verdade?
Cegonha: Esse teu casaco de espinhos fica-te lindamente. Pareces muito bem com ele. Só é pena que sejas tão circunspecto. Um porco-espinho não havia de ter uma noção tão estrita de decoro.
Porco-espinho: Enganas-te, e vou corrigir-te. Uma cegonha pode permitir-se tudo, mas não um porco-espinho. És elogiada, elevada a ideal de educação e da família. Comunidades inteiras olham para ti com sincera admiração. Só despertas boas impressões. Já comigo não é assim. De que me serve a tua afeição? Estás perdida de amores pelo meu medo?
Cegonha: Sim, julgo que sim.
Porco-espinho: Não achas que me assenta lindamente? Fico tão redondo e apetitoso vestido no meu medo. Tenho espinhos porque tenho medo. Sou feito apenas de medo e vontade de fugir. Olha para a minha cabecinha, para os olhinhos, o narizinho. Não voo majestosamente como tu. Nada em mim aspira às alturas. As minhas patas são incompreensíveis, mas é por isso que sou tão engraçado, porque pareço tão tonto, tão indefeso. Não te pavoneies com as tuas asas, não! Não faço ninhos acolhedores no ar claro dos campanários. Moro na floresta e só à noite me atrevo a sair de mansinho.
Cegonha: Terna timidez!
(do livro "Histórias de Amor", tradução de Isabel Castro Silva)
Um Dia Difícil
3.6 1847/10
Não é um policial muito bom realmente, logo na cena do atropelamento ele poderia muito bem ter se entregado. Só porque não foi ele que matou primeiro isso não o inocenta da atitude de fugir com o corpo. E como aqueles policiais do "Seu RG tem 14 digitos" acham normal a atitude de superioridade dele só por que ele é detetive? haha
Gosto desse tipo de filme que alguém comete um erro e isso lhe causa consequências (a série Breaking bad faz isso e forma brilhante). Quando pensa que se livrou de um problema (a cena do soldadinho com o corpo por exemplo, que por sinal é ótima). De repente tudo começa de novo com a ligação do "vilão". Que aliás, esses filmes coreanos realmente adoram esses vilões que nunca morrem, haha. Isso ou uma situação que se prolonga. Não sei se todos os filmes tem isso, mas vou citar os que vi: "I Saw the Devil", "Oldboy", "Train to Busan". Mas claro, com3 filmes não dá para criar uma estatística muito boa, haha
Gostei muito daquela cena aérea da perseguição com o cara a atravessar a rua com os carros. Por que os filmes não inovam em posições de câmera dessa forma? Tão legal. A cena da explosão da Van também é muito boa.
No Fim do Túnel
3.6 192 Assista AgoraBem divertido, haha. 8/10
Adorei a cena introdutória a passar pelo ambiente da casa com os créditos a entrar dentro das sombras e objetos da casa, etc.
E Que clima esse filme tem! Aquele medo de ser visto é muito tenso, haha
Principalmente pelo fato dele ter esse problema de locomoção, o que se encaixa perfeitamente com a ideia de se arrastar por um túnel.
O plot twist no final foi algo que achei bem inteligente também. Foi muito bom todo aquele "voyeurismo" servir para ele fazer uma engenharia social com eles e colocá-los um contra o outro. E apesar das coincidências para tudo dar certo, nada foi forçado.
No mais, os planos geralmente são decididos ou por sorte, ou por uma garota
O Centenário Que Fugiu Pela Janela e Desapareceu
3.6 73 Assista Agora7/10
Achei engraçado as cenas que o velho achava que as pessoas estavam confusas, e ficava a ensinar o que elas tinham que fazer.
Tipo a cena que o cara reconhece ele e fica a ensinar a colocar a gasolina. "Tem que por a gasolina no buraco atrás do carro, ali olha", hahaha
Ou a cena que o cara fica furioso dentro do carro na manobra, e ele fica a ensinar a manobrar o carro, "isso, muito bem, agora dá ré" hahaha.
A cena com o plano do Hebert também é hilária. "Vai na lavandeira por engano", "nós conseguimos Allan, estamos no refeitório!", hahaha.
Gosto desses filmes em que as coisas simplesmente acontecem por uma série de coincidências.
No mais, se quer me matar, eu tenho 100 anos, melhor se apressar.
PS - ahhhhhhhhhhhhhhhhhh. É o que fazemos a primeira vez, quando olhamos o mundo.
PS 2 - Ah não, mais um morto.
Frances Ha
4.1 1,5K Assista Agora7/10
Acho que tentei ver esse filme tantas vezes por tantos diversos motivos que acho que nem absorvi direito, mas....
Primeiramente, não sabia que o filme foi o primeiro filme americano financiado 100% por um produtor brasileiro, bem curioso isso.
Cenas memoráveis:
- Frances a querer pagar a conta e ir até o banco pegar o dinheiro, haha
- Frances a retirar o fone de ouvido várias vezes da cabeça, haha
- Frances a dançar saltitante pelas ruas
- Aquele texto sobre relacionamentos é realmente bem profundo (executado na prática no final na cena dela a olhar a amiga)
No mais, parece que já existia um filme chamado "Frances", então o tiveram que mudar para "Frances Ha", embora tenha um certo simbolismo na cena final. Como ela passou a ser mais independente na vida, ela pode colocar seu nome em sua caixa de correio exclusiva. Mas não de forma completa, porque ela ainda tem um caminho até se tornar uma pessoa de verdade.
Tô Ryca!
3.0 287 Assista AgoraSei lá porque vi esse filme, haha. Curioso como chegaram a abordar mesmo que de forma superficial temas como pensamento conservador, religião, etc.
No mais, o tema escolhido foi cultura.
O Lar das Crianças Peculiares
3.3 1,5K Assista AgoraSe é para colocar cenas de ação, poderiam ao menos colocar algo mais elaborado, algo que faça a gente se preocupar com os personagens. Mas se limitam a mostrar os poderes na forma mais básica possível, praticamente só para mostrar que eles tem determinado poder.
Até aquela cena de luta dos esqueletos que era a oportunidade para criar alguma ação é super desinteressante. Os vilões também só são legais visualmente (tipo a cara do S. Jackson), mas também agem de forma boba. O filme é infantil mas também não precisa ser tão desinteressante.
No fim é bem mediano, Seria melhor que o Tim Burton voltasse a fazer uns musicais, pelo menos com musical acho que dá para criar mais carisma. Ou ao menos uma história escrita original.
Um Cadáver para Sobreviver
3.5 937 Assista Agora7/10
Hank era alguém que não se encaixava no mundo moderno, porque se achava um "merda". Mas no final ele se aceita? Todos vamos ser "merda" no fim?
Interessante o plot twist do final. Dele na verdade estar a imaginar aquela ilha, e ser obcecado por aquela mulher, que nas palavras dele, nunca irá ter, porque ele é só um pobre que anda de ônibus. Muito significativa a Sarah fazer uma cara de repúdio ao saber que ele tirava fotos dela, e a desculpa dele, seguido de: "Você parecia muito feliz e eu não estava". É passível de se entender, mas não de justificar a atitude.
Acho interessante como ele se identifica com o Manny, tanto após a morte como talvez em vida. Afinal, ele pulou da ponte por algum motivo, quem pode garantir que não sejam os mesmos motivos pelo qual ele próprio iria se matar enforcado? Talvez ele tenha sido o seu maior amigo, mesmo em vida. É legal também como ele ensina ao corpo todas as regras da sociedade, coisa que ele próprio tentava entender. E apesar da questão do peido e da ereção ser bem besteirol, tem seu sentido na história, tanto no sentido de quebra de regras de etiqueta da sociedade, quanto na questão científica de um corpo após a morte. Segue detalhes:
Cocô
O corpo tende a relaxar certos músculos e bem, as coisas só tendem a … sair. Nos cadáveres o ato de defecar é feito com o auxilio da pressão que os gases produzidos no corpo exercem horas após a morte.
Ereções e ejaculações
Depois de o coração parar, ele para de bombear o sangue para todo o corpo e o sangue acaba “represando” nas partes mais baixas do corpo. O relaxamento dos músculos depois da morte não dura para sempre. Os íons de cálcio ativam alguns tipos de células dos músculos o que vai levar a um processo de rigidez muscular conhecido como Rigor Mortis.
Movimentos musculares
Algumas áreas do sistema nervoso podem ficar ativas mesmo depois que o cérebro tenha morrido. Alguns enfermeiros relataram ter visto ações reflexas em pacientes após a morte. Isto ocorre quando os nervos enviam sinais para a medula espinhal em vez do cérebro.
Enfim, o simbolismo entre reprimir o seu eu verdadeiro e aceitá-lo na cena final, tabus, entre outras coisas foram realmente interessantes.
Café Society
3.3 531 Assista Agora6/10
A fotografia tem toda uma aparência meio marrom-café, haha.
Engraçadinho a trama do Gangster e suas "conversas", assim como o fato dos personagens não saberem de qual mulher cada um falava, mas fora isso, filme bem normal. E essas piadas a envolver Judeu são tão bobas, na minha opinião.
Resultado: Filme dispensável, não é algo que eu recomendaria.
Invasão Zumbi
4.0 2,1K Assista Agora6/10
O filme está longe de ser muito ruim, mas as pessoas exageram um pouco no "coreia muito superior aos filmes de hollywood". Nem vi tanto diferencial assim, cheio de cenas de ação pouco coerentes para ter um efeito legal, sem se preocupar se isso serve para a narrativa. Esse filme na verdade está bem americanizado, não sejam incoerentes.
(Aliás, o que foi aquela cena dele amarrar a corrente em si para não cair? haha)
Agora sobre o "diferencial", talvez seja o melodrama, que foi a parte que mais achei legal no filme, sobre a segregação, sobre não se importar com os outros, etc.
Mate-me Por Favor
3.0 231 Assista Agora8/10
Ficou muito legal o resultado. Tudo é para causar incômodo no filme.
O funk tem seu proposito, não tem porque vocês ficarem a reclamar que "a trilha é péssima".
Ficou muito interessante como o assunto do filme sempre tendia para o grotesco, nojento. Quem é que fica a falar de vídeos de pessoas mortas enquanto beija sua namorada? Ainda por cima beijos em um banheiro sujo? Até mesmo a igreja, só fala de sangue, de morte na cruz....Como não ficar alienado com esse mundo de amor sem valor e violência?
Acredito que o assassino devia ser o irmão mesmo, mas como já falaram em uns comentários atrás, pouco importa que seja ele, pois haverão outros. Acho que senti uma vibe meio que "O homem é o lobo do homem". Com o rádio disse, o assassino poderia ser qualquer um da sua família, amigos, e fica implícito que também poderia ser "você".
As cenas desfocadas lá trás ficaram super legais.
No mais, gostei da retratação da briga na fila da cantina, muito real aquilo, haha.
Demônio de Neon
3.2 1,2K Assista Agora3/10
Pelo que entendi, elas são alguma espécie de clã lésbico que pode se transformar em animal (ou tigre)? O objetivo delas, pelo que se fala no começo, é ter uma virgem para algum ritual? Isso fica meio claro quando elas perguntam se ela já transou na cena sobre a preferência do batom, se ela era comida ou sexo. Ou mesmo na cena que ela ajuda a Jesse a sair do quarto, onde o Hank (Keanu Reeves) poderia violentá-la, o que faria quebrar o ritual também. Eu acho.
Mais alguém tem interpretações?
Mas como falaram em uns comentários atrás, parece muito apelativo. Esperava um terror fora do convencional, mas acabou que é um terror comum, com os mesmos tipos de personagens.
E o que o filme quis criticar sobre superficialidade, ele acabou a cair na própria crítica, ao meu ver.
O Novato
3.8 428/10
Lembra quando Charles disse que eu era o Vice?
- Claro, foi ontem.
Eu sou o vice, é só dar um jeito de tirar o Charles da escola, viro representante, coloco você como suplente, desapareço da escola, você vira representante, e volto com outro nome para a escola. É bem "simples", hahaha
Que vergonha na parte do bolo, haha.
Curiosidade inútil: Tinha uma foto da seleção brasileira/pelé no quarto dele.
E a música do coral no final (When Love Takes Over), tãaaao legal.
No mais, "adjö"!
Aquarius
4.2 1,9K Assista Agora10/10 - Favorito.
Achei um máximo o som da música "Another one bites the dust" que toca no carro! Estava muito alto as batidas! To a escutar de novo, haha.
https://www.youtube.com/watch?v=VsnXeQDqOOg
Eu acho muito legal o fato dela gostar de MP3 e e não negar as evoluções tecnológicas. Ou seja, ela gosta dos dois, mas prefere o antigo, o vinil, em vez do MP3. Fica muuuito melhor assim que apenas uma velha careta que não gosta do novo. A personagem ficou muito legal por causa disso.
Sobre as cenas do filme: O ambiente todo é tão normal mas ao mesmo tempo tão surreal, (as portas a bater, o armário, o sonho). Quando foram olhar aquele andar trancado então, eu estava quase a roer a unha a me perguntar: "o que diabos tem ali, meu Deus", haha.
Algumas câmeras também ficaram muito legal, aquele corredor de entrada da casa com plantas é tão marcante. E aquela cena dos dois a manobrar os carros no estacionamento, em um movimento circular foi muito legal também..
A cena do cupim é ótima, porque você já sabe o que tem ali dentro da mala, mesmo assim fica só a imaginar como será a cena. E quando acontece, é tão impactante! Como o próprio diretor disse, não há outra forma de fazer algo tão impactante assim sem ser na mídia visual, é uma experiência bem diferente.
Claramente o filme é a favor de Clara, mas mesmo assim o Diego da construtora não foi um personagem tão caricato. Ele representa um "mal" de forma leve, achei bem interessante isso também.
Esse diretor tem feito muita coisa interessante, é legal notar as referências dele de "Som ao redor", "Vinil verde", etc...Gosto muito de "Recife Frio" também. Todos os filmes e curtas valem a pena.
No mais, eu não estou estressada, estou puta, hahaha.
Coração de Cachorro
4.0 26Li aqui que quase todo o filme foi filmado com uma câmera de um Iphone, muito legal isso, prova que todo mundo pode fazer um filme. E sobre esse estilo meio "documentário", É tanta informação jogada na tela que ficou sensacional o resultado.
Fiquei a fechar os olhos quando o filme falava para fazer isso, haha. Não lembro do termo usado no filme, mas li aqui sobre o fenômeno chamado "fosfenos", que seria exatamente isso, de que quando fechamos os olhos, vemos umas manchas ou bolhas. Isso acontece porque nossos próprios olhos emitem luz biológica, então a gente sempre está a enxergar algo, e não um preto total. Se a gente apertar a pálpebra dá para ver mais luzes malucas dessas, porque a fricção produz mais dessa luz.
Que conto bizarro aquele dos bebês morrerem no sono REM por causa do sonhar com vidas passada!
E me arrepiou demais aquela cena toda a explicar o processo tibetano da morte. A vida toda em retrocesso. Muito triste.
No mais, é engraçado como esta a descrição de um ator nos créditos: "Homem acertado por um pato", haha.
A Travessia
3.6 612 Assista AgoraNossa, fiquei bastante curioso com o "Visitante misterioso". Até porque li que ele também estava na história real. Bem, ele deve ter sido só alguém que trabalhava mesmo no prédio e foi ver a vista de manhã cedo na cobertura. Mas mesmo assim não deixa de ser curioso, já que ele podia muito bem ter falado para alguém e estragado todo plano. Imagino a cara dele quando descobriu tudo quando o show começou, que havia ficado frente a frente com o artista.
O 3D desse filme está espetacular. E quando começou a tocar Fur Elise do Beethoven, então! Acho que foi uns 50 minutos de filme só com cenas angustiantes naquela cobertura do prédio, ficou realmente bem legal.
No mais, recomendo ir no google e pesquisar "expressões francesas relacionadas a comida", e ver uma lista de expressões em francês que usam comidas...
"As cenouras já estão cozidas", hahaha.
3 Idiotas
4.3 382Muuuuuito bom!
Que filme foi esse? SENSACIONAL.
Acho muito interessante quando o diretor fala no final que o Rancho não está sempre certo, e que o lápis no espaço poderia quebrar, furar o olho de alguém ou entrar nas máquinas e quebrá-las. É genial toda a construção, pois tira a imagem de que ele é perfeito.
E esse troço do lápis me lembrou aquela historinha das caixas vazias. Caso não lembre:
"A linha de produção de uma fábrica de pasta de dentes às vezes permitia a saída de caixas de creme dental sem o tubo. O CEO gastou $8 milhões em uma solução baseada em uma balança colocada no final da linha de produção. Essa balança detectaria a presença de caixas vazias e pararia o processo caso acusasse a presença de alguma. Em seguida, um funcionário deveria remover a caixa e apertar um botão para que o processo continuasse. Na terceira semana de uso, os relatórios não acusavam acionamento da balança. Os funcionário haviam instalado um ventilador – ao custo de $20 – que soprava as caixas vazias para fora da esteira, pois segundo eles era muito chato ter que ficar indo até a balança várias vezes ao dia para apertar o botão"
hahaha. E é bem isso o que o filme fala na parte do professor. Sobre não se prender a definições complicadas sobre o que é uma "máquina", e explicar aos alunos de forma mais simples. As vezes a resposta de tudo está no mais simples, e entender o conceito é mais importante que decorar o literal.
Outra coisa, aquele musical do "Tá tudo bem", minha nossa! Adorei aquela letra:
(Console seu coração, quando ele estiver aflito num canto, Nosso coração é bem tolo, então é só dizer algumas besteiras).
Essa letra e coreografia é uma das coisas mais legais que já vi e faz todo sentido. E é incrível como depois de algo tão mágico eles jogam na nossa cara o suicídio do Joy. Esse contraste entre comédia e drama como já falaram aqui, é devastador. A ideia geral me lembra um pouco "A sociedade dos poetas mortos", sobre a forma de ensino e pressão da sociedade.
As tiradas do filme, apesar de parecerem um pouco forçadas, são de uma profundidade gigantesca. Por exemplo, a cena em que eles entregam a prova atrasados e falam "Você sabe quem eu sou?", fazendo citação aquela frase clichê que gente "poderosa" adora dizer em brigas. Mas que na ocasião soa muito genial, já que o anonimato era muito mais valioso para que o professor não achasse a prova quando ele as mistura.
Enfim, tem muita coisa para falar ainda, os filmes desse diretor realmente valem 5 estrelas e o marcar como favorito. No mais:
"Eu não quero fazer sucesso, eu só quero fazer sentido".
Quando Te Conheci
3.3 472 Assista AgoraA ergonomia (interação homem com máquina) do filme ficou na minha cabeça. Aquele barulhinho de recompensa que faz quando passam para se identificar ou para apertar botões é tão recompensador. Acho que eles vão trabalhar só pelo prazer de apertar aqueles botões, haha. Até a trilha é meio futurista sei lá, essa parte sonora me lembra o sistema de Menu do Playstation:
https://www.youtube.com/watch?v=2d5ZOKIxpU0
Fora as cores também, principalmente uns momentos que fica azulado e uma luz amarelada, mostrando só as sombras. (Não achei no google para postar, mas é uma fotografia bem legal, mais especificamente aos 0:41:00 minutos do filme). O que ocorre novamente na cena do toque (que é a capa do filme).
Mãe Só Há Uma
3.5 408 Assista AgoraEu não consigo entender muito bem esse "amor de pais", só porque gerou o filho não significa muita coisa. Ele já foi criado 16 anos, acho que as relações são muito mais importantes que um simples "ele tem o meu sangue". Seria como se a "sequestradora" tivesse adotado mesmo, e se ele tinha uma relação normal com essa mãe adotada, não vejo porque ser um crime tão grave. Claro, ela teria que pagar de alguma forma, mas acho que a decisão de permanecer ficaria a critério do Pierre. Os país biológicos não tem nada a ver com isso, e me deu até raiva da empolgação deles, afinal, para eles aqueles adolescentes eram completos desconhecidos. (aquela cena deles falando de ir para disney, meu Deus...). Tanto que as cenas que eram engraçadas e faziam sátira com essa empolgação deles foram muito bem colocadas (cenas sobre as roupas, haha).
Entretanto, acho que essa foi minha impressão sobre o filme. O que acredito ser totalmente diferente da história real do pedrinho que foi roubado lá de brasília. Pelo que vi das entrevistas, a Vilma (mãe do pedrinho) não me passou confiança. Tanto que o pedrinho escolheu ficar com seus verdadeiros pais biológicos (não se se é verdade), o que significa que ele não devia gostar muito da "sequestradora". Fora que ela se envolveu em diversos outros crimes após ficar em regime aberto, como vender materiais odontológicos roubados e portar um carro roubado no mesmo ano.