“De repente, minha vida era só sobre timing. Todas as coisas certas ditas nos momentos errados. Meu passado estava voltando rápido demais, e meu futuro estava demorando demais para chegar em casa.”
“Maybe there are no right moments, right guys, right answers. Maybe we just have to say whats in your heart.”
“Já era oficial: uma nova estação começara. Talvez os nossos erros tracem os nossos destinos. Sem eles, o que formaria as nossas vidas? Talvez, se nunca mudássemos de direção, jamais nos apaixonaríamos, teríamos bebês ou seríamos quem somos. Afinal de contas, as estações mudam. As cidades também. As pessoas entram e saem de sua vida. Mas é bom saber que quem amamos está sempre no coração. E, se você tiver muita sorte, a um voo de distância.”
Resolvi rever a série toda e tinha esquecido o quão problemática essa temporada foi. Aff, sem comentários =\ masss dei boas risadas e sigo amando essas quatro. 🤍
“Então tive um pensamento: Talvez eu não tenha domado o Big. Talvez o problema é que ele não conseguira me domar. Talvez algumas mulheres não devam ser domadas. Talvez elas precisem correr livres até encontrar alguém igualmente selvagem pra correr com elas.”
Melhor cena: 15 minutos finais do S02 E18. Samantha levemente envergonhada da cantoria. 😂
“Samantha: “Do we want another round?” Carrie: “What do you think?” Samantha: “Four more, please.” Carrie: “You know, I think I can actually feel them over there eating shrimp. (…) It's just… Why her? I mean, really... Why her?” Miranda: “One word: Hubbell.” Charlotte: “Hubbell!” Carrie: “Oh, my God!!! Hubbell!!! It is!! It is so Hubbell!!!” Samantha: “Who's Hubbell?” Carrie: “Hubbell! Robert ”Hubbell” Redford in The Way We Were.” Charlotte: “I love that movie.” Carrie: “I love, love, love, that movie.” Samantha: “Never saw it.” Charlotte and Carrie: “Oh, my God!!” Miranda: “What are you, an alien? How could you have not seen it the way we were?” Samantha: “Chick film.” Miranda: “Ok. Robert Redford is madly in love with Barbra Streisand.” Charlotte: “Katie.” Carrie: “K-K-K-Katie.” Charlotte: “Oh, K-K-K-Katie, right!” Miranda: “But he can't be with her because she's too complicated... and she has wild, curly hair.” Carrie: “Hello?! C-c-c-curly.” Miranda: “Yeah! So he leaves her and marries this... simple girl with straight hair.” Carrie: “Ladies, I am having an epiphany. The world is made of two types of women: The “simple girls” and the ”Katie girls”. I'm a ”Katie” girl! And where are our drinks?” Charlotte: “I always, always, always cry at the last scene in that movie... when she sees him in her hotel with his new wife.” Carrie: “The simple girl.” Charlotte: “And she reaches up…” Carrie: “And smoothes his hair away.” Miranda: “And she says to him:” Miranda and Charlotte: “Your girl is lovely, Hubbell.” Charlotte: “And then the music comes in.” Carrie: “Memories…” (singing) Miranda: “Oh my, God, it's so good!!” Carrie: “Light the corners of my mind.” (singing) Carrie and Charlotte: “Misty water-colored memories. Of the way we were.” (singing) Miranda: “Let me do my favorite part: “Can it be” Carrie: “Oh! Yes! Yes!” Carrie, Miranda and Charlotte: “Can it be that it was all so simple then. Or has time re-written every line? If we had the chance to do it all again. Tell me. Would we? Could we? Memories.” (singing) Samantha: “I miss James.” Carrie: “Excuse me?”
“I had a choice. I could run or I could stand and ask him the question... that if I didn’t ask, would haunt me the rest of my life.”
(…)
- Hey, I have a question for you. Why wasn't it me? - Carrie… - No, seriously. I really need to hear you say it. Come on, be a friend. - I don't know. It just got so hard... and she is... - Yeah. “Your girl is lovely, Hubbell.” - I don't get it. - And you never did.
“Easy, girl, easy.” (Carrie sees someone trying to tame a female horse.)
“Then I had a thought: Maybe I didn't break Big. Maybe the problem was he couldn't break me. Maybe some women aren't meant to be tamed. Maybe they need to run free until they find someone... just as wild to run with.”
“Meredith: Lexie! Lexie: É tão lindo. Adoro isso aqui. Meredith: Eu também. Lexie: Você vai ficar? Meredith: Não sei. Não sei as regras. Lexie: Acho que não há regras. O que… demora pra se acostumar. Eu era boa com regras. Na verdade, tipo, acho que adorava regras. Sloan: Com certeza. Meredith: Mark! Sloan: Está adiantada, assassina! Meredith: O quê? Sloan: É cedo demais. Sua mais velha tem a idade da Sofia. Juro que é cedo demais. Meredith: Não sei voltar. Continuo vendo Derek, e ele não me ajuda nem se aproxima o bastante pra encostar. Sloan: Não depende dele, mas de você. Meredith: Como assim? Sloan: A areia não é real, Meredith. Meredith: Queria que parassem de me dizer isso. Então, vocês dois estão juntos? Sloan: Na sua praia, parece que sim. Meredith: Eu gosto daqui.”
“Sloan: Que gostoso. Só de poder falar com você. Meredith: Como assim? Sloan: Bem, passo um bom tempo tentando falar com as pessoas. Sofia, Callie, Arizona. Tento avisá-las às vezes. Meredith: Avisá-las do quê? Sloan: Não consigo desapegar. Quando tem uma criança assim, é duro desapegar. Então, eu saio, vejo-a crescer. Às vezes, prevejo algo. Meredith: Como o divórcio? Sloan: Sim. Fico do lado delas e grito no ouvido: “Acorde! Acorde! Você está perdendo! Está perdendo o melhor da vida!” Quando ama alguém, você tem quem contar. Meredith: E o que fazem quando você grita no ouvido delas? Sloan: Bem, às vezes, dão atenção, às vezes, me ouvem. Mas nunca levo o crédito. Acham que é ideia delas.”
“Lexie: Diga uma predileção. Meredith: Pelo quê? Lexie: Por algo na vida, agora. Meredith: Há uma pandemia global. Lexie: Essa é sua predileção? Meredith: Não, só quis dizer que não… Lexie: Certo. Está dizendo que a pandemia… Meredith: Não, parece superficial falar sobre minhas predileções quando há gente morrendo em números recordes. Lexie: Certo, tudo bem. Isso é bobagem. Meredith: Como é?? Lexie: Está dizendo que não pode aproveitar a vida porque tem gente morrendo em números recordes? Isso faz zero sentido. Se ter uma vida e um corpo não é motivo pra comemorar… então, de que adianta evitar a morte? Digo, se não vai curtir, então… pode muito bem se juntar a eles. Meredith: Bailey fez aniversário agora e perguntei o que ele queria e ele disse: “Um bolo inteiro.” Só pra ele. Não queria dividir. Então, é claro que comprei o bolo. E sabe o que ele fez assim que ganhou o bolo? Lexie: O quê? Meredith: Caiu de cara no bolo. Ele caiu de cara no meio do bolo. E nós rimos, rimos e rimos. Era eu, Zola, Ellis, Maggie, Amelia e Link. Zola riu tanto que fez xixi na calça, então, nós rimos disso. E então, enquanto ríamos, Bailey começou a lamber o glacê de cada dedo, bem devagar, e fazendo toda uma cena com isso. Olhei para ele nos vendo rir e percebi que era essa a razão. Esse era o plano dele. Queria fazer todos nós rirmos. Porque o bebê não tinha nos deixado dormir à noite, a pandemia não saía dos noticiários, e ninguém estava se divertindo. Ninguém estava rindo. E ele queria nos fazer rir. Lexie: Sim. Meredith: Era o que queria de aniversário. E quando olhei pra ele e vi aquele brilho no olhar, ele ficou igual ao pai. O mesmo brilho. A mesma alegria. Lexie: É uma boa predileção.”
“Meredith: Viver é sofrer. Certo? Viver é sofrer, e de alguma forma esse é o sentido? Não. Não. Perdi vocês dois. Perdi o George. Perdi meus pais. Mesmo antes dos meus pais morrerem. Lexie: Eles te fizeram sofrer muito. Meredith: Tanta tristeza. Tanta perda. Tanto sofrimento. Lexie: Sim. Sloan: Sim. Mas o que foi que causou o sofrimento? Meredith: Eu odeio isso. Sloan: Odeia o quê? Meredith: Vocês saberem coisas que eu não sei. Sloan: O que causou o sofrimento? Meredith: Eu sei, só não quero responder. Sloan: Teimosa como sempre. Lexie: A intensidade do sofrimento que sentiu com todas as perdas é por causa da intensidade do amor. Enquanto estiver viva, você poderá senti-lo. E poderá fazer algo a respeito. Tudo muda o tempo todo quando você está viva. E o tempo todo, você luta contra a mudança. Se apega ao que tem e ao que sabe como se fosse assim que devesse ser. Sloan: Que desperdício de vida. Lexie: Não, é? Meredith: O que é desperdício? Sloan: Lutar contra mudanças. Lexie: Resistir ao sofrimento. Meredith: Sinto tanta falta de vocês dois. Lexie: Isso também é uma perda de tempo. Meredith: Por quê? Lexie: Porque… Nós nunca te deixamos. Sloan: Às vezes, estamos ao seu lado, gritando no seu ouvido. Lexie: Não desperdice, Meredith. Meredith: Desperdiçar o quê? Sloan: Não desperdice nem um minuto.”
“O primeiro minuto da vida de um bebê é o mais aterrorizante. Nesse minuto, um milhão de alvéolos têm que se abrir e encher de ar. É uma forma traumatizante de entrar no mundo real. Nesse minuto, seu mundo para. É como se o tempo parasse. E se estou sendo sincera, esse minuto é puro inferno. Mas, felizmente, na maioria das vezes, começa o choro, o bebê está bem… e o resto de nós pode finalmente respirar de novo.”
(Ep. 13)
“- Sentiu dor? - O pior foi saber que estavam errados. Não queria deixá-la. Mas sabia que, em algum momento… - Eu fui ao hospital. - Eu sei. - Você me ouvia? - Não pelos ouvidos. Morrer é muito cansativo. Sabe aquele momento em que fez tudo pelo paciente? Podia tentar convencê-lo a lutar, a querer viver. Mas nunca entendi o grau de exaustão. Chega um momento em que o desejo de descansar supera o desejo de viver. Você entendeu isso. Você me permitiu partir. Disse que estava tudo bem. Você entendeu. Você me deu tudo que precisei até meu último suspiro.”
“- Quero você mais perto. - Ficará preocupada com as crianças. Se você se aproximar… - Nunca irei embora. - Acho que esse é o medo. - Seu pai morreu quando você era jovem. - Sim, e quase acabou comigo. - Mas não acabou. As crianças sobrevivem. E as dificuldades as tornam mais fortes. - Às vezes, as tornam mais fortes, e, às vezes, as tornam… Amelia. - Ela está muito bem, aliás. - Eu sei. - E batizou o bebê de… - Eu sei! As pessoas amam você, Meredith! Precisam de você. - Estou cansada. - Seu corpo está cansado. Mas sua alma não me deixa chegar perto de você. Ainda está lutando. - Viu os últimos dois anos? - Vi. - Foi difícil pra você? - É mais difícil vê-la sozinha. Quero dizer que é linda, mas é… superficial. - Diga linda por dentro. É o que digo pra Zola dizer. Seja linda por dentro. - Você é linda por dentro, Meredith Grey.”
“- Ellis nos desenhou. Eu de vestido de noiva, você de terno. Mostrei o post-it a ela. Mas ela… - Odiou. - Odiou! Se sentiu enganada! - Puxou da minha mãe. Você odeia casamentos. - Odeio casamentos. Mas faria isso por ela se pudesse. O que quer que eu prometa? - Que se torturará menos. - Não quero deixar as crianças. - Não quero que deixe as crianças.”
“- Como está a dor? - Nada que não possa aguentar. Quando voltarei a trabalhar? - Voltará aos pés de moleque logo. - Eu digo trabalho de verdade. Isso se alguém estiver contratando. - O trabalho que odeia? - O trabalho que me mantém viva, inteira e alimenta meus filhos. A quarentena foi uma boa pausa, mas não posso viver nas nuvens. Preciso ser realista. Meu Deus, o que estava pensando? - Que o mundo tem mais a oferecer. Erika… essa sensação de que precisa seguir em frente apesar de tudo, que carrega o mundo nas costas, é algo que somos ensinadas. Como mulheres, como mulheres negras. E eu sou culpada. E a pressão pra fazer esse lugar funcionar? Eu nunca descansava. Nunca baixava a guarda. Nunca… nunca descansava. Então, tive um infarto com menos de 50 anos. O descanso não é um palavrão. O descanso não é preguiça, não importa o que digam ou quantas vezes digam. O descanso é amor, o descanso é paz. O descanso é um lindo modelo pra seus filhos. E eu estava me esquecendo novamente até conhecê-la. Então não desista de seu prazer tão depressa. Pode transformá-lo em sua revolução.”
“- Nico, acho que está na beira de um penhasco e está com medo. Parece loucura, porque nunca tem medo de nada, mas me dar um espaço no seu apartamento não é o fim do mundo. Não significa que nunca sairei, não significa que estamos nos casando. Apenas significa que está abrindo um pouco de espaço pra mim. - Venha morar comigo. Está certo. Preservo meu espaço por costume, porque me faz sentir seguro, mas… seguro de quê? De você? Eu amo você, Levi. Então venha morar comigo. - Acabo de lembrar que não posso ir esta noite.”
“- Ainda não é a hora. - Aqui não há dor. - Quer saber um segredo? Sinto falta até da dor. Precisa ir. - Estou tão cansada. - Ainda não é a sua hora. Nossos filhos precisam de você. Precisa ir.”
“Por melhor que seja deixar as preocupações de lado, também deixa o que há de bom. E, se quiser ter uma vida que valha a pena viver… definitivamente precisará do que há de bom.”
(Ep. 14)
“- Você tem uma ótima bolha. Construiu uma vida bem diferente. - Somos criados para pensarmos que isso é uma loucura. Mas a loucura é trabalhar todo dia com algo de que não gosta, achando que um dia acabará magicamente. - Pois é. Eu me sinto preso. Como se houvesse dois de mim. Há um cirurgião bem-sucedido que trabalhei muito para me tornar, que tenta levar a fundação por um caminho mais progressista. Mas também sou apenas um cara que não pediu por nada disso. Eu me preocupo que seja tarde demais. Que o sistema não tenha solução. Talvez eu seja mais útil estando de fora. - Ou talvez possa deixar de lado a ideia de que deve salvar o mundo. Não há nada de errado em querer algo mais simples. - Sim, penso muito nisso. Na verdade, poderia comprar uma casa na floresta. Talvez abrir um consultório, fazer coisas de que realmente gosto. Explorar a natureza com Harriet. - Todos merecemos viver como quisermos. - Claro, é um cara branco e mais velho que sempre teve dinheiro, então… Se nada mudar, você continuará bem. Mas eu entendi. Já pensou nas possibilidades? - Se não tivesse vindo pra cá? - Se tivesse feito outra escolha. - Eu sou mais do tipo que não olha trás. - Certo. Quando estive aqui da última vez, quis lhe perguntar o por quê. Mas não consegui. Dizia que tinha superado, mas não. Preciso saber por que foi embora. Porque percebi que mexeu muito comigo. De um modo bem ruim. E… Tornou muito difícil sustentar relacionamentos. Ter essa tendência a fugir sempre, e sei que fugir não é a solução. Eu sei disso. Então, eu tentei. Tentei muito me livrar da vergonha. Da dor que a acompanha, e… apostei em ser o melhor em tudo. O melhor pai que poderia ser. Fiquei casado por mais tempo do que deveria. Suportei a fundação por mais tempo do que deveria. Mas não importa. Quando fica difícil, eu acabo… no mesmo lugar, fugindo, na floresta. Combatendo o que há de você em mim. Pode parar de me encarar? Pode dizer algo? Fingir que eu tenho valor? Não sei como pode ficar calado…”
“- Muda nossa perspectiva, não é? Venho aqui fora toda manhã pra apreciar a vista. - Sinto que pude refletir mais nesses últimos dias aqui do que no ano inteiro. - Pode não acreditar, mas pensei bastante sobre sua última visita. Em tudo que disse. E a verdade é que fui embora porque é isso que faço. Escolhi este lugar porque é seguro. Administrar um restaurante, empacotar refeições, nada disso exige muito de mim. Posso me afastar e nunca olhar pra trás. - E esquecer quem deixou pra trás. - Achei que estaria melhor sem mim. - Sem um pai? Como pôde achar que estaria melhor sem… meu pai? Nunca presente em aniversários, formaturas. Quando apanhei de Billy Paxton? No meu casamento? No nascimento de minha filha, sua neta. Meu divórcio. Talvez fosse um bom momento para aparecer e me dar alguns conselhos. Um abraço, não sei, me ajudar a tomar decisões. Não foram apenas alguns meses. Ou um ano ou dez anos. Foi minha vida inteira. Como achou que seria melhor? - Aos olhos do meu pai, eu era o problemático da família. E introjetei isso. Talvez tenha até me tornado. E não queria passar para você. Não queria afetá-lo. - Parabéns. - Agora entendo. Magoei muitas pessoas. Você, sua mãe. Até descobrir que tenho uma neta que talvez nunca conheça. - Não precisava ser assim. - Tem toda razão. Então, dou presentes a ela. Um kit de pintura, uma bola de basquete, um triciclo, jogos de tabuleiro. - Como assim, não os enviou? - Não tenho o direito. Não mereço… tomar seu tempo, estar em seu espaço. Não houve um dia em que não tenha me arrependido de deixá-lo. Assombra meus sonhos, até acordar pela manhã. E eu sinto muito. Mas sei que um pedido de desculpas não apaga o erro. E terei de viver com isso. Nunca superarei. Jackson, não é comum chegarmos a encruzilhadas como esta. Mas sei que ficará bem, não importa que caminho escolher. - Ainda sou um Avery, não sou? Ainda encontrarei uma forma de… fugir de tudo. Filho de peixe, peixinho é. Não é o que dizem? - Hahahahah - Ótimo, muito bem. - Desculpe. Mas achei engraçado. Eu sou o peixe, você é o peixinho? Acredita mesmo nisso? - Estou aqui, não estou? - Jackson, deixe-me assegurá-lo de que não é como eu. Seus questionamentos são prova. Se não for suficiente, você é dedicado, Jackson. Dedicado ao trabalho, à família, aos necessitados. Sei que às vezes quer deixar tudo pra trás, mas qualquer um com o mínimo de bom senso pensa nisso. É bem diferente de realmente fazê-lo. Eu tinha medo. - Eu tenho medo. - Sim, mas tem medo de fazer a coisa errada. Meu medo me impediu de fazer a coisa certa. Você não é de fugir. Se fosse, já estaria bem longe agora. Sabe como seria fácil se afastar de tudo depois das revelações sobre a fundação? Já pensou nisso? - Na verdade, não. - Claro que não. Porque, no fundo, sabe que deve fazer a coisa certa, que deve consertar tudo. E não apenas consertou, mas aprimorou. Então, se não quiser ficar, não fique. Mas não me culpe. Porque, em seu pior dia, é um homem muito melhor do que eu.”
“- Não posso ficar no Grey Sloan. Em Seattle. Não posso continuar fazendo o mesmo. Sabe quantos negros morreram desde o início da pandemia? O sistema nos diminui e apaga. Deixa as pessoas morrerem nas ruas. Podemos agir. Quero mostrar a Harriet que podemos usar nosso dinheiro para cumprir com nossa palavra. E reconhecer a ligação entre o que fazemos é o que se passa nas ruas. Passar uma sensação de equidade. Não vai mudar depois da covid. Sabemos disso. A supremacia branca é parte integral deste país, o que inclui a medicina. (…) Pessoas como nós não deviam ser culpadas, humilhadas e ignoradas quando vão ao médico. Sempre tendo que provar que suas vidas têm valor. É um ciclo constante de estresse da pobreza, do trauma e do racismo. E isso tem impacto na saúde mental. Está nos matando. A quem as pessoas devem recorrer? Não se sentem seguras de irem ao médico, têm medo de ligar pra polícia. É um abandono absoluto. E, se nossas mortes não afetarem as margens de lucro, isso não vai mudar. Quero assumir a fundação. Quero realocar cada centavo para a equidade médica, saúde da mulher, saúde de transexuais, equidade racial. Quero que todos que sofrem nesse país sejam servidos. Precisamos questionar o que ensinamos, tudo que fazemos. Isso significa desfazer o sistema de saúde e criar algo que de fato sirva a todos. É o que quero fazer. Estou pronto. - Jackson, onde você esteve? - Não importa mais. O que importa é que voltei e sei qual é o meu lugar. Preciso ir. Eu te amo. - Aonde vai agora? - Preciso falar com April.”
“- Tem certeza sobre isso? - Não sei se funcionará, mas é o que quero. - Por que nunca estamos de acordo? - Achei que fosse uma coisa nossa. - Nunca descobrimos como querer a mesma coisa ao mesmo tempo. Mesmo com Harriet. - Sim, mas deu tudo certo. - Sim, mas nós brigávamos e então transávamos, enquanto nosso casamento desmoronava. Era o que fazíamos. Brigávamos até não aguentarmos e depois transávamos. - É, acho que não tinha jeito, não é? Ouça, se estiver vivendo seu sonho aqui, eu desisto. Está certa, é muita pressão sobre vocês. - O quê? Não pode fazer todo um discurso para me convencer, com aquela expressão no rosto que parece se iluminar, e depois retirar o que disse. Não retire o que disse. Você merece. - Espere. O que quer dizer? - Quero dizer… que vai dar tudo certo em Boston. Quero dizer sim. - Disse sim? À minha pergunta? - É o que disse. Achei que era o que queria. - Sim, mas… não pensei que seria tão fácil. - Então achou a noite fácil? - Não nesse sentido, mas achei que você precisaria rezar, falar com Matthew, talvez consultar seu pastor, rezar mais um pouco. - Matthew ficará bem. - Quando ele volta? - Posso ajudar. Posso falar com ele. - Não. - Não? É uma péssima ideia.. - É. - Obviamente. Diga que posso ajudá-lo no trabalho. Deixarei tudo preparado. E… - Nós nos separamos. Tentamos nos convencer de que nossos percalços eram um plano divino para nós reaproximarmos, mas ele ainda tinha muita raiva e muita mágoa. Eu o deixei no altar, e depois a esposa dele morreu. A mágoa não desaparece, porque seria uma bela história se Deus nos tivesse unido em nossa dor. Ele negou por tanto tempo. Ele realmente tentou não me odiar. Acho que me amar e fechar nosso ciclo era a história que ele escrevia. Acho que ambos escrevíamos. Eu tentava superar minha culpa, ele tentava perdoar Deus pela perda de Karin. Mas, no fim, aprendemos que a vida nem sempre é tão certinha. E os planos de Deus nem sempre são tão fáceis de entender. Ele sempre tratou Harriet bem. E eu adoro Ruby. Mas ambos passamos a trabalhar mais, evitávamos vir pra casa, e então a irmã dele adoeceu. Ela mora na Filadélfia, então ele e Ruby foram ficar com ela. Agora ela está melhor, mas eles ainda estão lá. E… não voltarão. - Não fazia ideia. - Eu ia lhe contar, mas centenas de milhares de pessoas estavam morrendo. Não achei que meu casamento contaria como uma perda. - E talvez seja orgulhosa demais pra me contar. - Está bem, fui meio orgulhosa demais. - Você está bem? - Não sei dizer. Mas… parece que me mudarei pra Boston. Então, vamos torcer por esse novo momento. - Vamos torcer por esse novo momento.”
“- Tudo bem ficar triste. É difícil abrir mão de algo a que se dedicou a vida inteira.” - Não estou triste. Mas é que… nunca, na minha vida, me senti tão orgulhosa.”
“Ninguém disse que era fácil se tornar aquilo que deveria ser. É preciso coragem para assumir o poder que encontrou, construiu e mereceu. O segredo é levar consigo as pessoas que o apoiaram, pra lembrar que não está sozinho. Existe todo um legado anterior, enquanto você cria o seu.”
“- Qual é o nome dela? - Rosie. Em homenagem a mamãe. - Rosie, sou o seu scapa. Seu bisavô. E estes são sua mãe e seu pai. Somos a sua família e você é a nossa. Você veio do povo Salish da Costa. Você é Suquamish. Você veio desta terra. Rose, um dia, será capaz de contar a história de quando nasceu. De como o mundo estava vivenciando um tempo de muita dificuldade e devastação. Avós nem podiam segurar seus netos recém-nascidos quando chegaram na Terra. Mas também foi um tempo de grande resiliência e mudanças. E será capaz de contar a eles sobre a profunda alegria que você trouxe à sua syaye, à sua família, com a sua chegada, no momento em que mais precisávamos.”
“- aspirável que vai assumir a fundação e liguei para Catherine para saber os detalhes. Estou impressionado. - Certo. Precisava de mim no estacionamento pra dizer isso? - Eu perdi seis colegas de quarto quando fui tratado da Covid. Três eram maridos e pais, um era solteiro, um era um divorciado feliz, um veio e foi tão rápido que nem ouvi o nome dele. Eu era o único branco. Sei que não estou totalmente curado, mas senti que devia a eles ser uma pessoa melhor, porque… o caos, a injustiça, a dor e… O mundo só está assim porque nós deixamos. Ou porque pessoas como eh o deixaram assim. Então, o que quero dizer é… me deixe ser merecedor de ter sido poupado. Quero ser um aliado. Quero passar o tempo que me resta tornando melhor este lugar barulhento e fedido. Pode me usar como quiser. Posso operar, administrar. Posso até te ajudar a entender como os brancos ignorantes pensam. Farei qualquer coisa. Não preciso de dinheiro, nem de título. Nem precisa parar de me odiar. Eu só… só me deixe ajudar. - Segunda-feira, 6h da manhã, Boston. Passo o endereço por e-mail. Tecnicamente tenho espaço no meu jatinho, mas não quero ficar tentado a te demitir antes de pousar, então… - Vou pensar em algo. Boa noite, Avery. Obrigado.”
“Tradições nunca foram a minha praia, mas elas nos ajudam a lembrar de quem somos, de onde viemos e dos que vieram antes de nós. Elas nos dão algo para passar para as próximas gerações. Porque se não sabe de onde veio, é meio difícil saber para onde vai. A menos, é claro, que para onde esteja indo seja o lar.”
(Ep. 16)
“- Hey! Como está se sentindo? - Ótimo. Ou… bem. Estou bem. - Algum efeito colateral da vacina? - Não, tudo bem. Tenho que voltar aos meus pacientes, então… tchau. - Olha, nós terminamos? - Quando teríamos terminado? - Levi, você pediu mais espaço, eu dei, e você foi embora. E está me evitando. - Não estou… - Quer sair com outras pessoas? - Eu não sei. - Bem, eu não quero. Eu quero você, Levi, só você. Então, quando você resolver, sabe onde me encontrar.”
“- Entrei em pânico. Porque eu te amo. Eu estava… acostumado com você não sentindo o mesmo. - Sempre senti o mesmo. Eu só… Não sei. Não conseguia falar de volta. - O que mudou? - Eu. Eu mudei. Por sua causa. Olhe… penso em você o dia todo e sei que fica ansioso, e fiquei preocupado agora que está nos ensaios. Não sei, só quero fazer um chá e cuidar de você e assistir a Senhor dos Anéis com você, apesar de eu ter dito que preferia furar os olhos. Levi, eu nunca quero estar sem você, certo? Eu te amo. Estou apaixonado por você. - Espere. Como sabia que eu viria esta noite? - Não sabia. Acendo as velas quase todas as noites esperando que venha. - Isso é tão contrário de você. - É como você.”
“Pacientes sempre perguntam: “Já viu isso antes? É comum? É normal?” Por muito tempo, fomos condicionados a pensar que não ser normal é ruim. Talvez seja hora de repensar quais são as regras do normal. Talvez seja hora de repensar tudo.
(Ep. 17)
“As pessoas costumam perguntar o que aprendi ao sobreviver à covid. Sei que eles têm boas intenções, mas é uma pergunta muito irritante. Ficar longe do trabalho, dos meus filhos, ficar presa a um respirador… não é exatamente uma masterclass. Mas isso me ensinou uma coisa… Me ensinou que ainda estou viva.”
“- A adrenalina que senti quando vi aquela mulher, que esteve em coma por semanas, com quem eu só pude falar via ressonância magnética, sair do hospital com o pai. O alívio, a alegria e a esperança. Eu senti aquilo por 30 segundos. E então, as piores hipóteses começaram a gritar na minha cabeça. Não para ela, para mim. Para a minha família. Meu filho. E eu não sei porque tenho esses pensamentos tão sombrios, exceto pelo vício. Mas tem sido um ano com tanto… tanto medo. Tanto medo. E eu sei que vocês entendem. E meu namorado, pai do meu filho… ele não é um de nós. E fico muito feliz por ele não ter que passar pela vida assim. Mas, às vezes, tem uma parte de mim que queria que ele entendesse. Entendesse de verdade. Eu me sinto sozinha nisso. Então… estou aqui. - Obrigada, Amélia. Jason? - Oi. Eu sou Jason. Eu sou viciado.”
“- Então a assistente social foi olhar a nossa casa para que possamos nos preparar para abrigar um bebê que nunca vai ser nosso. E a assistente social nos deu uma lista de tarefas para preparar o lugar para um segundo filho e meu namorado está mergulhando de cabeça no projeto. E quando eu o lembrei de que era temporário, ele disse: “É, mas vamos precisar disso um dia.” Quer dizer, um dia… quando tivermos um segundo filho nosso. E sinto… sinto que não quero o que ele quer. E eu não sei se isso é pensamento da doença ou se sou só eu. Casamento e mais filhos. Eu não quero. E não posso dizer a ele. E eu estou brava. Não com ele. Ele é… nada além de maravilhoso. E… Estou brava comigo. E eu sei que tudo isso séria inimaginavelmente pior e mais confuso se eu estivesse drogada. Então… Já que não posso ter certeza de nada… Tenho certeza disso.”
“- Então, você não falou hoje. Você conseguiu alguma clareza com as coisas em casa? - Não. Cansei de falar sobre mim em círculos sobre um assunto sem resposta. - Bem, não precisa dar certo. Você sabe disso, certo? - Eu e o Link? - Você e qualquer um. Vocês têm um filho, sempre haverá uma ligação. Tenho certeza de que vocês se amam, mas não precisa dar certo. - Parece que você está me dizendo para deixá-lo. Mas isso também não soa como algo que você diria. - Com certeza, não estou dizendo isso. Uma coisa que notei na recuperação é que botamos na cabeça que nossas vidas só são uma bagunça por causa do vício. Então pensamos, bem, estou sóbrio, deveria estar funcionando. E nem sempre é assim. E não estou dizendo que algum de vocês esteja fazendo algo de errado. Mas você pode querer o que quiser… mesmo que não seja o que ele queira. Enfim, é minha opinião. - É uma baita opinião. - É um conselho que eu gostaria de ter seguido na vida. Se dar permissão para não dar certo… pode lhe dar paz de espírito para ficar.”
“Zola: Você consegue. Amelia: O que está acontecendo? Link: Você disse que não queria por obrigação, então vamos lá. (Link, Zola, Bailey e Ellis mostram as alianças.) Eu não sabia de qual estilo você gostaria, então pensei que poderia escolher. Ou você pode ficar com os quatro. Amelia: Link. Link: Amelia, eu sei que este último ano foi intenso. Tudo sobre nós foi intenso. É a nossa praia. Não acho que faça sentido esperar até a vida se acalmar, porque nos conhecendo, não vai. Mas sei que, não importa o que aconteça, quero passar por isso com você. Você… me desafia. Você… você me emociona, me impressiona pra caramba. E não existe ninguém na terra como você. Então, por favor. Me daria a honra de se casar comigo? (Ela fica sem reação, eles entendem e fecham as joias).”
“Eu ainda estou viva. As pessoas costumam rir dessa resposta, mas não é uma piada. Estar vivo é tudo. Hora de comemorar. E, sim, hora da dor. Hora de mudar. De crescer. De amar. E hora de doar.”
Não assisti todos ainda, mas os episódios 4, 7 e 8… meu Deus do céu… Como consegue se manter desse jeito há 17 temporadas? Sempre penso: “tá bom de acabar já”, mas começo a assistir e nunca me canso. Sempre sou atingida.
“- George? - Meredith! - Dereck disse que a areia não é real. - Não é, nem o oceano. Mas é bonito. Eu também não iria querer partir. - Da praia? - Das crianças. Tem ótimos filhos. Eles são os melhores. Você não os conheceu. - Às vezes vejo como estão. - Como você envelheceu? - A areia não é real, o oceano não é real. O corpo não é real. Talvez seja mais tranquilo que me imagine mais velho. - Fala como um biscoito da sorte. (…) Tenho escolha? Devo decidir se volto? - Não sei. Eu não pude escolher. Se pudesse, teria ficado. Mas é diferente para cada pessoa.”
“- Fiquei arrasada quando você morreu. - Vocês estavam todos rindo no meu funeral. - Bem, nós estávamos… - Não. O quê? O quê? Não. Aquilo… aquilo me deixou feliz. - Eu estava arrasada. E depois fiquei bem. E mesmo com Derek, mais cedo ou mais tarde você continua. E as crianças continuariam. - Continuariam, mas… talvez seja diferente com elas. Minha mãe não continuou. - Não? - Não como antes. Alguns lutos são mais dolorosos que outros. Às vezes, ele passa, e às vezes fica preso. E você o carrega, como a minha mãe. Minha mãe o carrega. Às vezes, tento arrancar isso dela. - O quê? - Você sabe… - Você a assombra? - Bem, quero dizer, se quiser chamar assim, eu… eu só quero que ela supere. Quero que ela saiba que eu ainda sou eu, mesmo que ela não possa me tocar nem me ver, mas ainda sou eu. - Não é a mesma coisa. - Eu sei, eu sei.”
“- A Meredith não está melhorando, eles não conseguem acordá-la. - Bem, ela está descansando. É bom. - Nao, não é bom! Nada disso é bom! Você não vê isso? Estou apavorada pela Meredith, estou triste! Estou furiosa porque isso está acontecendo. Então, por favor, pare de me dispensar com suas conversas positivas. Deixe-me sentir meu medo, minha dor e minha raiva. Porque se eu não fizer isso, se eu continuar guardando, você terá muita dificuldade em encontrar o lado bom das consequências. (…) - O que você está fazendo? - Estou abrindo espaço para nos sentarmos enquanto você tem todos os seus sentimentos.”
“- Você ainda dança? Quando você está triste ou estressada, ainda dança? - Desde que Cristina foi embora, não mais. - A Cristina não morreu. - Sei disso. - É disso que sinto falta de estar vivo. Dançar até cair. Rir até chorar. Comida. Texturas. O barulho crocante do cereal novo. A sensação de lençóis limpos e um bom travesseiro no fim do dia.
(((((“- Estou com o formulário de consentimento para o estudo clínico. Há mais uma vaga e eu tenho que decidir e… pode ser a melhor ou a pior decisão da minha vida. Seus médicos, seus amigos, sua família. Eles estão preocupados com você. Estou tentando ser forte por eles, mas admiro… é difícil. Ver você lá assim e não saber o que fazer. - Sinto muito, Richard.”)))))
“- E as escolhas. Tantas escolhas, tantas maneiras de viver uma vida. Se você ficar aqui, ele pode não superar. - Eu sei. Eu sei, George.”
“Todos nós temos preconceitos, Hunt, incluindo você. O que importa agora é o que você faz a respeito. Você é o chefe do trauma. Se os protocolos não funcionarem, então leia, aprenda, questione, e altere-os.” Miranda Bailey
“- As crianças estão dormindo. E é sua vez de falar. - Eu estou bem. - Link, está tudo uma merda agora. Você pode falar sobre isso. - Sim, eu poderia fazer isso. Se quer que eu fique triste e ressentido. - Ressentido comigo? Por tentar ouvir? - Não, por me fazer falar quando tudo que quero fazer é tocar meu violão. - Não pode ficar guardando tudo. - Você não consegue, Amelia. É assim que você processa os sentimentos. É assim que você lida. E estou bem com isso. Mas… já passei por tudo que é uma merda. Doença e isolamento. Quando eu tive câncer, quando meus pais se separaram, fiquei tão deprimido que mal consegui sair da cama durante a maior parte do ano. E eu tinha 11 anos. Então conheci uma criança no acampamento do câncer. Morrow Willis. O garoto devia estar pior do que eu, mas ele não queria falar sobre tratamentos ou sintomas, só sobre esportes e Mario Kart. Então eu pensei: e se eu só focasse nas coisas boas? E eu tentei, e é isso que funciona pra mim. É disso que eu preciso. E se quiser aceitar, ótimo. Mas se quer um parceiro na tristeza, não conte comigo. (…) - O que você está tocando? - Só uma coisinha que compus. Chama-se “Blues de Se o Vírus não nos Matar, A Mudança Climática Vai.”
“- Eu estava com tanta raiva de você. - Por deixar você? - Por escolher alguém em vez de você. - Eu não sabia que ia morrer. - Você se arrepende? - Isso importa? Você teria feito o mesmo. Não é por isso que está aqui? - Acho que sim… então, é sua culpa. - Por que acha isso? - Porque você deu tudo por todos. Seus amigos, sua família, uma mulher no ponto do ônibus. Você acha que de alguma forma isso não me afetou? Você mudou minha vida, George. Eu não disse isso antes, mas é verdade.”
“E o maior fator para cultivar a resiliência? Os relacionamentos positivos. Então, encontre duas pessoas e mantenha-as por perto. Porque quando você está no seu pior, são eles que vão te ajudar a superar.”
(Ep. 06)
“Essa parte é culpa sua. E você sabe disso. Autocomiseração não salva vidas. Só vai melhorar depois que tirar um tempo para pensar por que fez o que fez. Você estragou sua vida e magoou e humilhou o homem que ama. Tem que refletir. Conheça seus demônios e conserte as coisas. Pode não conseguir recuperar tudo, mas, se olhar para dentro de verdade, talvez não volte a repetir o mesmo padrão.”
(Ep. 07)
“- Se importa se eu for embora? Preciso tomar o remédio e dormir um pouco. (…) O que foi? - Pode ir. Tenho muito orgulho de você, DeLuca. Está cuidando da sua saúde mental, tomando a medicação, descansando e impondo limites. Isso não é fácil, até fora da pandemia. - Tive a sorte de ter pessoas à minha volta que não desistiram de mim.”
“- Não me arrependo. - Como sabe que eu estava pensando nisso? - Não sei, só soube. Não me arrependo. Estamos sempre testemunhando as maiores atrocidades. Vemos sem-teto na rua pedindo ajuda e passamos direto. Vemos gente que não pode pagar os remédios dos filhos e gente que bate em crianças e dizemos que não é da nossa conta. Vemos atrocidades no noticiário todos os dias. Vemos crimes cometidos pelos nossos governos e financiados pelos nossos impostos. E o que fazemos? Mudamos de canal, certo? Nós ignoramos. Aí voltamos para o trabalho e fingimos que o que vimos ou lemos era normal e aceitável. As pessoas que vão para as ruas pedindo mudanças são taxadas de loucas ou de radicais. Não faz sentido nenhum. Mas a forma como você arriscou sua carreira para salvar aquela menina fez muito sentido. E, quando segui aquela mulher e não deixei que ela fugisse nem machucasse outro ser humano, foi perigoso, mas fez sentido. Era a única coisa que fazia sentido. Então, não me arrependo.”
“- Um minuto, fico triste, e penso na irmã, na família dele e em como ele era um cara legal. No minuto seguinte, me sinto culpado. E depois fico com raiva por alguém ser capaz de fazer isso com outro ser humano. Fico com medo, desesperado e paralisado às vezes. Sempre volto a culpa. A culpa é meu porto seguro. - O meu é a paralisia. - Nossa! Você resumiu o que tinha de errado na nossa relação em cinco palavras? - Acho que sim. É que… o DeLuca… eu não consigo aceitar.”
“- Quer saber? Não posso ficar aqui agora. - Vai sair? - Vou. Não quero me arrepender do que posso dizer. Eu amo você e sou um cara legal! Mas tem vezes, Amélia, que você me deixa louco! E esta é uma delas. Então, vou sair sim. E vou levar isto aqui comigo. E, só pra deixar claro, eu vou voltar, porque não sou uma pessoa ruim!”
“- Você está olhando para baixo igual à Ellis. Está tão séria. Ela também fica com essa cara de preocupada. - Isso é tortura! Você está aí e não posso… é tortura! - É uma tortura autoinfligida. Você sempre foi boa nisso. - Em quê? - Em se torturar. - Não faço mais isso com tanta frequência. (…) Você não conheceu a Ellis. Não sabíamos. Queria que a tivesse conhecido. - Ela é igual a você. Infringe as regras igual a você. Também ri e fica com raiva facilmente. Mas é inteligente, introvertida é teimosa igual a você. Odeia rosa e lilás, ama marrom e verde. E fica com raiva só em pensar que alguém possa cortar uma árvore.”
“- Estava me procurando? - Estava. Baseei toda a minha vida, minha sanidade e minha sobriedade na fé em um poder superior. Para mim, é a crença em um propósito, em um plano maior. Se eu chegasse lá em cima e olhasse pra baixo, como se fosse um quebra-cabeça, veria algum sentido de alguma forma. Minha fé se baseia na certeza de haver um significado e uma sabedoria que não sou capaz de alcançar por não ser evoluído o suficiente. Tenho fé de que quem quer que tenha criado o quebra-cabeça consiga enxergar o sentido. E é lindo. Estou com dificuldade hoje. Está sendo difícil manter a fé. Está sendo difícil confiar. Não consigo enxergar nenhuma sabedoria nisto tudo. - Vivo com câncer em estágio 4. Poucas pessoas sobrevivem. Acabei de receber o resultado da última tomografia, e não tive nenhum aumento. Não faz sentido. Tem sempre alguém que estava bem ontem e que está morrendo hoje. Não faz o menor sentido. É um quebra-cabeça mesmo. Pode olhar para a dor, para a perda e para o insuportável. Ou pode olhar para a beleza, para a graça e para o milagre. - Não teve nenhum aumento? - Nenhum aumento.”
“- Morreu de coagulopatia. - Eu disse. - Agora está escrito. A auditoria e a perícia vão ser tranquilas. - Auditoria e perícia? Bailey, o que você quer provar? - É o Andrew DeLuca. Ele passou cinco anos aqui no hospital. Devemos essa análise a ele. - E quanto aos médicos que continuam aqui? Aqueles que sacrificam a vida para combater a pandemia, que mal dormem, comem ou tomam banho e que só veem a família por telas? Estão com o rosto machucado por causa do EPI, e você quer que eles sentem na frente de um computador e sejam sabatinados sobre o que fizeram para tentar salvar um colega? Deixe-os passar pelo luto! Você está me deixando mal. Está deixando o Hunt e a Altman mal. O DeLuca foi vítima de um crime horrível e perdeu muito sangue. Ninguém foi negligente nem cometeu nenhum erro. A insinuação de que algum de nós não fez todo o possível para salvar a vida dele… é uma dor que eu não infligiria a ninguém.”
“- Chegue mais perto. Pode vir até aqui? - Lembra quando estava ensinando a Zola a andar de bicicleta? - Ela ficou frustrada. Ai jogou a bicicleta e disse: “Mãe, pode andar.” Você não parava de rir, e ela ficou morrendo de raiva. - Eu tentei não rir. - Também estou tentando. Não posso fazer isso por você. A praia é sua. A Zola é incrível, não é? Ela é brilhante. Escreve cartas pra mim no diário. Sabia disso? Que cara é essa? Operaria alguém com essa cara? - Não! - Não. Você ficaria relaxada.”
“- Acho que o fato de não vivermos para sempre é uma das coisas que torna a vida tão especial. A impermanência. Se vivêssemos para sempre, passaríamos muito tempo perdendo pessoas amadas, em vez de nos apegarmos. - Impermanência. Gosto dessa palavra. - Eu também.”
“- Seus filhos fazem chamadas de vídeo todos os dias. Não sei se consegue ouvi-los. Não sei se está me ouvindo agora. - (Você está perfeita. - Derek) - Não é da minha conta, Grey, mas peço que você lute com todas as forças. - (A decisão é sua, mas, na minha opinião, deveria fazer o que ele pediu. - Derek) - Eles precisam de você. A menor… - A Ellis. - Ela é muito parecida com você. Tem as mesmas expressões. Ela não sorri com frequência, mas, quando acontece, ilumina o mundo todo. - Como a fez sorrir? - Tinha que ter visto. Ela começa a sorrir e vai rindo cada vez mais, até que se rende a uma gargalhada. - Como conseguiu fazer com que ela risse? - Aí o irmão fica chateado porque ela fica rindo no ouvido dele. - É o Bailey. - Aí a mais velha aparece, pega o tablet e diz que também quer falar com você, porque ela é mais velha e é a sua preferida. - A Zola. - Aí ouço uns barulhos, mas não vejo nada, só um lugar escuro. Não dá pra ver o rosto de quem está com o tablet. Mas aí ouço a voz e sei que é a mais velha. Ela fica sentada no escuro. - Fica dentro do armário. É lá que ela escreve cartas para o pai. - Aí ela diz: “Desculpe, mãe. Não queria ser agressiva, mas a Ellis me dá nos nervos.” Eles precisam de você, Grey. - Eu sei. - Precisam que você lute. Todos nós precisamos. - Não sei se consigo. É… tão quente aqui, a água é fresca, eu me sinto relaxada, e não existe dor. - Meus filhos perderam a mãe. Você não quer isso para os seus. As pessoas conseguem vencer a doença. Você pode ser uma delas. Tenho certeza. Ouvi histórias sobre as batalhas que você já venceu. Então, peço que lute. Lute, Grey. - (Tudo bem. Estarei aqui. - Derek)”
“O Dr. Webber preparou uma cerimônia para o DeLuca. Uma homenagem. Não sou um bom judeu. Trapaceei no meu bar-mitzvá. Estava tao ocupado tentando ignorar as canelas do Lenny Rapkin que não aprendi hebraico. Então, fiz a transcrição fonética e li. Ignoro a metade das festas judaicas e depois peço perdão no Yom Kipur. E, sendo sincero, não sei se realmente acredito em Deus, o que é típico do judaísmo, mas… acho que as tradições ajudam muito. Quando um ente querido morre, temos prescrições para o luto e para seguir em frente. São protocolos. Nós nos forçamos a sentir a dor, choramos, rimos e comemos muito. Não traz a pessoa de volta, mas ajuda no processo de recuperação. Sua mãe morreu. Minha mãe me enlouquece, mas vou desmoronar quando ela falecer. Você tem com quem ficar, pessoas que a amam, sentem sua falta e precisam passar pelo luto com você. A pandemia já acabou com muita coisa. Não abra mão disso também.”
“A todo custo, fugimos de experiências negativas. Ignoramos a dor. Evitamos o desconhecido. Mentimos quando nos perguntam o que estamos sentindo. Não deveríamos fazer isso. (…) Aprendi uma coisa nestes últimos meses. O corpo aguenta até certo ponto.”
"- Parei no hospital para… - O quê? - Não vou mais ter bebida em casa. - Não é isso que eu preciso de você. O que eu preciso é que não existam mais segredos. Temos um filho juntos. Temos uma vida juntos. Quero conhecer você de verdade. - Combinado. Estou cheirando a uísque agora, senão abraçaria você. - Vou prender a respiração.”
(Ep. 09)
“- É tudo culpa minha. - Tudo isso é culpa sua? - Sim, é isso mesmo! Meus pais, Allison, Henry, DeLuca. - Eu, não. Ainda estou aqui. - Não pude salvá-los. Eu deveria tê-los salvado’ - Não. Até eu sei que não poderiam ser salvos. Não sei o que aconteceu com seus pais, mas Allison e DeLuca foram vítimas trágicas das circunstâncias que você não tinha poder para controlar. E Henry… já estava morrendo quando você se casou com ele. - Eu amo o Owen. - Você foge da dor. Seus pais morreram, você fugiu pra Allison. Allison morreu, você se alistou e fugiu pra Owen. Owen escolheu Cristina, você mergulhou em Henry. - Isso não é justo. - Então, Owen está com Amélia, e você usa Koracick. - Por favor, pare. Pare. - Você foge da dor. Todos fazem isso. Algo terrível acontece, nós nos culpamos, não queremos sentir, então, fugimos. Também fugimos da alegria porque achamos que não merecemos ser felizes. Mas é um pacote só. Não há alegria sem dor. Vamos, Teddy, vamos sair daqui. - Por favor, não morra. - Farei o possível.”
“Há um problema em tentar entender todos os erros que cometeu… você não consegue. E essa tentativa te rouba a vida, os planos, o futuro. Além disso, não pode aprender com os erros se não seguir em frente. É assustador. É incerto. Mas vai encontrar algo bem especial lá. Esperança.”
Depois daquela season finale, claro que vou querer assistir essa, mas por favor, finaliza nessa temporada aqui, de cabeça erguida, vai. Nunca te pedi nada.
"Praise be." "Blessed be the fruit." "May the Lord open." "Under His eye."
Infelizmente nós sempre veremos que haverão aqueles capazes de apoiar e defender com afinco as maiores atrocidades possíveis. Daquele jeito que você, que tem o mínimo de senso, consciência e empatia, fica: “não, não é possível! Eu não estou lendo/vendo isso.” E aí vem o tapa na cara de: “Sim, é isso mesmo que você tá lendo/vendo. Ainda não entendeu isso? Por que ainda te surpreende?” E aí só da tristeza e nojo de fazer parte da raça humana mesmo.
Mas justamente por conta dessas cenas dolorosas (sim, dói a alma, entristece, revolta, etc.) e realistas que comecei/continuei a série. E em meio a tantos episódios “perdidos e com furos”, a série parece estar voltando a qualidade de antes. Uma temporada sem defeitos, na minha opinião, é a primeira. Torço pra que se inspirem nela e finalizem de um jeito satisfatório.
Triste (e medo) de quem acha que tudo isso é apenas uma distopia.
Ahhh que fofura! Esse versão Sweet só me fez ter mais vontade ainda de ler a HQ e ver tudo pelo lado sombrio e pesado da coisa.
“- You’re gonna scare the fish. - No, I’m not. - If I hear a growl... - I will duck. - If I hear a voice... - I will run. - If I see a human? - I will hide. - You’ll get it. All right. Try again.”
“Heresia. Por isso foram enforcadas. Não por fazer parte da Resistência, pois, oficialmente, não há resistência. Não por ajudar pessoas a escapar, porque, oficialmente, não existem fugas. Foram enforcadas por serem hereges, não mártires. Mártires inspiram. Hereges só são idiotas. Eu estava sendo idiota?”
“Eu me componho. Meu eu é algo que agora devo compor... como alguém compõe um discurso. Não tenho orgulho de mim por isso. Ou por qualquer coisa.”
“Biscoito é não, bolinho é sim.”
“É improvável que funcione e muito provável que morra no processo. As Marthas que te ajudarem estão sozinhas. Se der problema, o sangue delas estará em suas mãos. Não vamos ajudar nem proteger. Nem vamos atrapalhar.”
“Eu já vi vários reencontros e nem sempre acaba como nos livros. Mas ninguém aqui está falando de final feliz. Só de final.”
Joseph: "Ela deve estar estressada." June: "Não. O senhor não deve lembrar como é uma mulher forte!"
“Não sabemos do que somos capazes até termos que fazer.”
“Miss, here is the place where I can wear what I want?”
“Maus - Art Spiegelman” não poderia ser uma pessoa má. Mas ao mesmo tempo tive medo que ele pudesse estar lendo pra “pegar mais referência de maldade”. Que alívio que não era isso. Emily caiu em boas mãos dessa vez.
Obrigada pelos 3 segundos de cena com o foco nesse livro, série. Tenho carinho especial por ele.
“Nenhuma mãe corresponde à ideia que o filho tem dela. Acho que deve ser o mesmo para elas. Mas, apesar de tudo, não foi de todo ruim. Fizemos o melhor possível. Queria que minha mãe estivesse aqui pra eu dizer que finalmente sei. Para dizer que a perdoo e pedir que Hannah me perdoe.”
"Homens têm medo que as mulheres riam deles. Mulheres têm medo que os homem as matem."
“Era assim que vivíamos então? Mas vivíamos como de costume. Todo mundo vive, a maior parte do tempo. Qualquer coisa que esteja acontecendo é de costume. Mesmo isto é de costume agora. Vivíamos, como de costume, por ignorar. Ignorar não é a mesma coisa que ignorância, você tem de se esforçar para fazê-lo. Nada muda instantaneamente: numa banheira que se aquece gradualmente você seria fervida até a morte antes de se dar conta.”
“A culpa é deles. Não deviam ter nos dado uniformes se não queriam que virássemos um exército.”
"Tento não pensar demais. Como outras coisas agora, os pensamentos têm que ser racionados. Há muita coisa em que não é produtivo pensar. Pensar pode prejudicar suas chances, e eu pretendo durar."
“- Meu país está morrendo - Meu país já está morto.”
“Tudo o que é silenciado clamará para ser ouvido ainda que silenciosamente."
“NOLITE TE BASTARDES CARBORUNDORUM, BITCHES!”
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Saber que a Margaret Atwood, autora dos livros, falou a citação abaixo, dói mais ainda.
“Eu não coloquei nada que ainda não tenhamos feito, estejamos fazendo ou estamos tentando seriamente fazer. Juntamente com as tendências que já estão em andamento… Então, todas essas coisas são reais e, portanto, a quantidade de invenção pura é quase nula.”
"Nunca se esqueça que basta uma crise politica, econômica ou religiosa para que os direitos das mulheres sejam questionados. Esses direitos não são permanentes. Você terá que manter-se vigilante durante toda a sua vida." Simone de Beauvoir
A versão de 2005 sempre estará no topo da minha predileção, mas essa daqui por ser tão fiel ao livro e ter atuações ótimas, não fica atrás de forma nenhuma. Impressionante o quanto não me canso JAMAIS dessa história. A adaptação de 2005 já vi incansáveis vezes, o livro já li duas vezes. E agora assisti a série com o mesmo entusiasmo e sentimento de sempre.
Achei que o final foi bem corrido, fiquei esperando por algumas cenas do livro que não colocaram. Senti falta, deu pra perceber que deram uma grande cortada/enxugada pra poder dar tempo de finalizar tudo ali. Talvez fosse preciso mais um episódio pra que o ritmo da série fosse completo como nos primeiros episódios. Mas nada disso tira o brilho. Amei assistir algo tão a pé da letra e tão bem retratado.
Ainda estou bem no início da série, mas já me sinto levemente fisgada. Como não acredito na Teoria do Big Bang, o primeiro episódio não impressionou tanto, mas o segundo já começou a me ganhar nos oito minutos iniciais e assim continuou até o fim. Let's keep that way, ok?
"Essa é uma história sobre você, eu e seu cachorro. Houve uma época, não há muito tempo, antes dos cachorros. Eles não existiam. Agora há os grandes, os pequenos, os fofos, os guardiões, os caçadores. Todo tipo de cachorro que você possa querer. Como isso aconteceu? Não se trata apenas de cachorros. De onde todas as diferentes criaturas vivas vêm? A resposta é um poder transformador parecido com algo vindo de um conto de fadas ou um mito, mas não se trata disso. Vamos voltar 30 mil anos, uma época antes dos cachorros, em que nossos ancestrais viviam em um inverno sem fim da última Era do Gelo.
Nossos ancestrais eram nômades que viviam em pequenos grupos. Dormiam sob as estrelas. O céu era seu livro de história, calendário e um manual de instruções de sobrevivência. Ele predizia os invernos mais severos, quando os grãos silvestres amadureciam, e sobre a migração do rebanho de renas e bisões. A ideia de lar para eles era a própria Terra. Mas eles viviam temendo outras criaturas famintas, os leões da montanha e ursos que competiam pela mesma presa, os lobos, que ameaçavam levar e devorar os mais vulneráveis entre eles.
Todos os lobos queriam o osso, mas a maioria deles tinha medo de se aproximar. Esse medo se devia a altos níveis de hormônios do estresse no sangue deles. É uma questão de sobrevivência. Aproximar-se muito de humanos poderia ser fatal. Mas alguns lobos, devido a variações naturais, possuíam níveis mais baixos desses hormônios. Isso os tornava menos temerosos a humanos. Esse lobo descobriu o que uma linha de seus antepassados descobriu há 15 mil anos. Uma excelente estratégia de sobrevivência: a domesticação de humanos.
Deixe que os humanos cacem, não os ameace e deixarão que você coma o resto da comida. Você comerá mais regularmente, deixará mais descendentes e esses descendentes herdarão sua disposição. Essa seleção de domesticidade será reforçada a cada geração, até que aquela linha de lobos selvagens se torne... Cachorros. Talvez chamem de "sobrevivência dos mais amigáveis".
Desde aquela época, esse foi um bom acordo para os humanos também. Os cães que comiam os restos não eram somente um esquadrão sanitário. Eram também a segurança. À medida que essa parceria entre espécies continuava, os cães também apresentaram mudanças. A beleza tornou-se uma vantagem seletiva. Quanto mais adorável, maiores são suas chances de viver e passar seus genes para outra geração.
O que começou como uma aliança conveniente tornou-se uma amizade que aumentou ao longo do tempo. Para ver o que acontece em seguida, vamos deixar nossos antigos ancestrais de cerca de 20 mil anos atrás nos mostrar o passado recente durante um intervalo da Era do Gelo. Essa mudança climática deu início a uma revolução. Em vez de vagar, as pessoas estavam estabelecendo-se. Há algo novo no mundo: aldeias. Ainda continuam caçando e coletando, mas agora produzem comidas e roupas, agricultura.
Os lobos negociaram sua liberdade em troca de refeições constantes. Eles desistiram de escolher um companheiro. Agora, os humanos escolhem por eles. Eles matavam todos os cães que não podiam ser treinados, os que mordiam a mão de alimentadores. E reproduziam os que lhes agradavam. Alimentavam aqueles que cumpriam suas ordens... Caçar, pastorear, proteger, transportar, fazendo companhia. De cada ninhada, os humanos selecionavam aqueles que mais os agradavam. Ao longo das gerações, os cães evoluíram. Esse tipo de evolução chama-se "seleção artificial" ou "criação".
Transformando lobos em cães, foi a primeira vez, que nós humanos, tivemos a evolução em mãos. E fazemos isso desde então, para transformar plantas e animais dos quais dependemos. Num piscar de tempo cósmico, cerca de ou mil anos, transformamos lobos cinzentos em todo tipo de cães que amamos hoje em dia. Pense nisso. Todas as raças de cães que você já viu foram esculpidas pelo homem. Muitos dos nossos melhores amigos, as raças mais populares, foram criadas nos últimos séculos. O incrível poder da evolução transformou o lobo feroz no fiel pastor, que protege o rebanho e espanta os lobos.
A seleção artificial transformou o lobo no pastor e as ervas selvagens em trigo e milho. Na verdade, quase todas as plantas e animais que comemos foi criada a partir de um ancestral menos comestível. Se a seleção artificial faz mudanças tão profundas em apenas ou mil anos, o que a seleção natural pôde fazer operando por mais de bilhões de anos? A resposta é toda a beleza e diversidade da vida.
Como funciona? Nossa Nave da Imaginação pode nos levar a qualquer lugar no espaço e no tempo, até para os microcosmos ocultos, onde uma espécie de vida pode se transformar em outra. Venha comigo.”
“Em escala global, destruímos mais da metade das florestas que já floresceram em nosso planeta. Não só estamos perdendo os animais que um dia viveram nelas como também estamos mudando o clima do planeta. Mas, nossas florestas, dada-lhes a chance, são quase inacreditavelmente resilientes. (...) Se decidirmos dar tempo e espaço às florestas, elas poderão recobrir a Terra com grande parte da fauna e flora ricas e diversificadas que nós, tão recentemente, pilhamos. Um futuro com mais florestas é a chave da resiliência do nosso planeta.”
Abaixo vou por um comentário roubado do Yuri pra lembrar que vi na quarentena e o nó que senti na garganta. Que ele esteja certo, que tome o tempo que precisar, por mais duro que seja.
“Absurdamente hipnotizante e encantador, mas também fortemente triste. Em cada habitat explorado com muita sensibilidade, conseguimos perceber dedo humano, aniquilando terras, águas e vidas. Diante disso, me vejo aqui percebendo a quarentena pelo coronavírus como uma chance para o recomeço, diante da tragédia. Espero que a quarentena seja do tamanho que tenha que ser, para o planeta se restaurar. Espero ainda que mudemos práticas e mentalidades, na tentativa de evitar mais desastre mundial.
Excelente e altamente recomendável, excepcionalmente neste momento de crise global na saúde e no meio ambiente.”
“- Zulema. - ¿Qué pasa? ¿No vienes? - No voy. ¿Sabes cuando estás en una fiesta increíble y tú no la disfrutas porque estás pensando en alguien a quien quieres mucho? - No tengo ni puta idea de lo que hablas. - Ya. Pero por eso somos tan distintas tú y yo. - Menos mal.”
"Sei tudo o que se pode saber sobre Zulema: NADA."
"Conviver com Zulema é como cruzar um campo minado. Uma hora ela vai arrancar um pedaço da sua perna. É como uma bomba de contato... tic tic tic BOOM.”
“- O que está vendo? - Eu. - Eu vejo a gazela mais lenta da savana. A última a correr quando leões atacam. Sabe o que é importante aqui? Ser a segunda mais lenta. Assim os leões comem outra. - O que posso fazer? - Rebelar-se.”
“Un líquido es un estado de la materia sin una forma particular. Cambia fácilmente y solo queda definido por el recipiente que lo contiene. El cuerpo humano es un 70% de agua.”
“Dias que você nem sabia que estava feliz. Sempre há dias felizes para se lembrar. Quanto mais fodido se está, mais feliz o passado parece ser.”
Infelizmente, por apego a personagens e por ser uma pessoa que não consegue quase nunca abandonar série que um dia gostou, vou assistir a próxima sim, mas olhe, ver as “forçações e encheções“ dessa já foi um tanto sofrível, viu? Poderiam ter colocado mais alguns episódios (ou diminuído as cenas desnecessárias) e terminado a série nessa temporada, mas, né?
Ninguém mata Arturo, não, gente? Que abuso! Me dá vontade de avançar as cenas que ele aparece, não tenho mais saco. Achei que a Manilla ia ser quem eu ia idolatrar por fazer isso, mas pufft, vai e atira na perna. O que nos diz que na próxima esse infeliz estará de novo. 🙄
Nairóbi sempre será a melhor de todas! Tava na cara que ela ia morrer, mas sofrer tanto pra no fim morrer daquele jeito, foi fogo.
Gandia é imortal? Tem superpoderes? pelamor. E se ele era tão fodao e perigoso assim, não sabia nem como sair da algema?
Sex and the City (4ª Temporada)
4.4 109“De repente, minha vida era só sobre timing. Todas as coisas certas ditas nos momentos errados. Meu passado estava voltando rápido demais, e meu futuro estava demorando demais para chegar em casa.”
“Maybe there are no right moments, right guys, right answers. Maybe we just have to say whats in your heart.”
“Já era oficial: uma nova estação começara. Talvez os nossos erros tracem os nossos destinos. Sem eles, o que formaria as nossas vidas? Talvez, se nunca mudássemos de direção, jamais nos apaixonaríamos, teríamos bebês ou seríamos quem somos. Afinal de contas, as estações mudam. As cidades também. As pessoas entram e saem de sua vida. Mas é bom saber que quem amamos está sempre no coração. E, se você tiver muita sorte, a um voo de distância.”
Sex and the City (3ª Temporada)
4.3 103Resolvi rever a série toda e tinha esquecido o quão problemática essa temporada foi. Aff, sem comentários =\ masss dei boas risadas e sigo amando essas quatro. 🤍
Sex and the City (2ª Temporada)
4.3 131“Então tive um pensamento: Talvez eu não tenha domado o Big. Talvez o problema é que ele não conseguira me domar. Talvez algumas mulheres não devam ser domadas. Talvez elas precisem correr livres até encontrar alguém igualmente selvagem pra correr com elas.”
Melhor cena: 15 minutos finais do S02 E18. Samantha levemente envergonhada da cantoria. 😂
“Samantha: “Do we want another round?”
Carrie: “What do you think?”
Samantha: “Four more, please.”
Carrie: “You know, I think I can actually feel them over there eating shrimp. (…) It's just… Why her? I mean, really... Why her?”
Miranda: “One word: Hubbell.”
Charlotte: “Hubbell!”
Carrie: “Oh, my God!!! Hubbell!!! It is!! It is so Hubbell!!!”
Samantha: “Who's Hubbell?”
Carrie: “Hubbell! Robert ”Hubbell” Redford in The Way We Were.”
Charlotte: “I love that movie.”
Carrie: “I love, love, love, that movie.”
Samantha: “Never saw it.”
Charlotte and Carrie: “Oh, my God!!”
Miranda: “What are you, an alien? How could you have not seen it the way we were?”
Samantha: “Chick film.”
Miranda: “Ok. Robert Redford is madly in love with Barbra Streisand.”
Charlotte: “Katie.”
Carrie: “K-K-K-Katie.”
Charlotte: “Oh, K-K-K-Katie, right!”
Miranda: “But he can't be with her because she's too complicated... and she has wild, curly hair.”
Carrie: “Hello?! C-c-c-curly.”
Miranda: “Yeah! So he leaves her and marries this... simple girl with straight hair.”
Carrie: “Ladies, I am having an epiphany. The world is made of two types of women: The “simple girls” and the ”Katie girls”. I'm a ”Katie” girl! And where are our drinks?”
Charlotte: “I always, always, always cry at the last scene in that movie... when she sees him in her hotel with his new wife.”
Carrie: “The simple girl.”
Charlotte: “And she reaches up…”
Carrie: “And smoothes his hair away.”
Miranda: “And she says to him:”
Miranda and Charlotte: “Your girl is lovely, Hubbell.”
Charlotte: “And then the music comes in.”
Carrie: “Memories…” (singing)
Miranda: “Oh my, God, it's so good!!”
Carrie: “Light the corners of my mind.” (singing)
Carrie and Charlotte: “Misty water-colored memories. Of the way we were.” (singing)
Miranda: “Let me do my favorite part: “Can it be”
Carrie: “Oh! Yes! Yes!”
Carrie, Miranda and Charlotte: “Can it be that it was all so simple then. Or has time re-written every line? If we had the chance to do it all again. Tell me. Would we? Could we? Memories.” (singing)
Samantha: “I miss James.”
Carrie: “Excuse me?”
“I had a choice. I could run or I could stand and ask him the question... that if I didn’t ask, would haunt me the rest of my life.”
(…)
- Hey, I have a question for you. Why wasn't it me?
- Carrie…
- No, seriously. I really need to hear you say it. Come on, be a friend.
- I don't know. It just got so hard... and she is...
- Yeah. “Your girl is lovely, Hubbell.”
- I don't get it.
- And you never did.
“Easy, girl, easy.” (Carrie sees someone trying to tame a female horse.)
“Then I had a thought: Maybe I didn't break Big.
Maybe the problem was he couldn't break me.
Maybe some women aren't meant to be tamed.
Maybe they need to run free until they find someone... just as wild to run with.”
A Anatomia de Grey (17ª Temporada)
3.8 99 Assista Agora“Tento não julgar a maneira como alguém lida com os traumas de morar nesse país.”
Não vou nem falar sobre o quesito “máscaras”. Vou passar esse pano. Mas mexer com
Amelia e Link é demais. Ah não, Shonda. Já deu.
(Ep. 10)
“Meredith: Lexie!
Lexie: É tão lindo. Adoro isso aqui.
Meredith: Eu também.
Lexie: Você vai ficar?
Meredith: Não sei. Não sei as regras.
Lexie: Acho que não há regras. O que… demora pra se acostumar. Eu era boa com regras. Na verdade, tipo, acho que adorava regras.
Sloan: Com certeza.
Meredith: Mark!
Sloan: Está adiantada, assassina!
Meredith: O quê?
Sloan: É cedo demais. Sua mais velha tem a idade da Sofia. Juro que é cedo demais.
Meredith: Não sei voltar. Continuo vendo Derek, e ele não me ajuda nem se aproxima o bastante pra encostar.
Sloan: Não depende dele, mas de você.
Meredith: Como assim?
Sloan: A areia não é real, Meredith.
Meredith: Queria que parassem de me dizer isso. Então, vocês dois estão juntos?
Sloan: Na sua praia, parece que sim.
Meredith: Eu gosto daqui.”
“Sloan: Que gostoso. Só de poder falar com você.
Meredith: Como assim?
Sloan: Bem, passo um bom tempo tentando falar com as pessoas. Sofia, Callie, Arizona. Tento avisá-las às vezes.
Meredith: Avisá-las do quê?
Sloan: Não consigo desapegar. Quando tem uma criança assim, é duro desapegar. Então, eu saio, vejo-a crescer. Às vezes, prevejo algo.
Meredith: Como o divórcio?
Sloan: Sim. Fico do lado delas e grito no ouvido: “Acorde! Acorde! Você está perdendo! Está perdendo o melhor da vida!” Quando ama alguém, você tem quem contar.
Meredith: E o que fazem quando você grita no ouvido delas?
Sloan: Bem, às vezes, dão atenção, às vezes, me ouvem. Mas nunca levo o crédito. Acham que é ideia delas.”
“Lexie: Diga uma predileção.
Meredith: Pelo quê?
Lexie: Por algo na vida, agora.
Meredith: Há uma pandemia global.
Lexie: Essa é sua predileção?
Meredith: Não, só quis dizer que não…
Lexie: Certo. Está dizendo que a pandemia…
Meredith: Não, parece superficial falar sobre minhas predileções quando há gente morrendo em números recordes.
Lexie: Certo, tudo bem. Isso é bobagem.
Meredith: Como é??
Lexie: Está dizendo que não pode aproveitar a vida porque tem gente morrendo em números recordes? Isso faz zero sentido. Se ter uma vida e um corpo não é motivo pra comemorar… então, de que adianta evitar a morte? Digo, se não vai curtir, então… pode muito bem se juntar a eles.
Meredith: Bailey fez aniversário agora e perguntei o que ele queria e ele disse: “Um bolo inteiro.” Só pra ele. Não queria dividir. Então, é claro que comprei o bolo. E sabe o que ele fez assim que ganhou o bolo?
Lexie: O quê?
Meredith: Caiu de cara no bolo. Ele caiu de cara no meio do bolo. E nós rimos, rimos e rimos. Era eu, Zola, Ellis, Maggie, Amelia e Link. Zola riu tanto que fez xixi na calça, então, nós rimos disso. E então, enquanto ríamos, Bailey começou a lamber o glacê de cada dedo, bem devagar, e fazendo toda uma cena com isso. Olhei para ele nos vendo rir e percebi que era essa a razão. Esse era o plano dele. Queria fazer todos nós rirmos. Porque o bebê não tinha nos deixado dormir à noite, a pandemia não saía dos noticiários, e ninguém estava se divertindo. Ninguém estava rindo. E ele queria nos fazer rir.
Lexie: Sim.
Meredith: Era o que queria de aniversário. E quando olhei pra ele e vi aquele brilho no olhar, ele ficou igual ao pai. O mesmo brilho. A mesma alegria.
Lexie: É uma boa predileção.”
“Meredith: Viver é sofrer. Certo? Viver é sofrer, e de alguma forma esse é o sentido? Não. Não. Perdi vocês dois. Perdi o George. Perdi meus pais. Mesmo antes dos meus pais morrerem.
Lexie: Eles te fizeram sofrer muito.
Meredith: Tanta tristeza. Tanta perda. Tanto sofrimento.
Lexie: Sim.
Sloan: Sim. Mas o que foi que causou o sofrimento?
Meredith: Eu odeio isso.
Sloan: Odeia o quê?
Meredith: Vocês saberem coisas que eu não sei.
Sloan: O que causou o sofrimento?
Meredith: Eu sei, só não quero responder.
Sloan: Teimosa como sempre.
Lexie: A intensidade do sofrimento que sentiu com todas as perdas é por causa da intensidade do amor. Enquanto estiver viva, você poderá senti-lo. E poderá fazer algo a respeito. Tudo muda o tempo todo quando você está viva. E o tempo todo, você luta contra a mudança. Se apega ao que tem e ao que sabe como se fosse assim que devesse ser.
Sloan: Que desperdício de vida.
Lexie: Não, é?
Meredith: O que é desperdício?
Sloan: Lutar contra mudanças.
Lexie: Resistir ao sofrimento.
Meredith: Sinto tanta falta de vocês dois.
Lexie: Isso também é uma perda de tempo.
Meredith: Por quê?
Lexie: Porque… Nós nunca te deixamos.
Sloan: Às vezes, estamos ao seu lado, gritando no seu ouvido.
Lexie: Não desperdice, Meredith.
Meredith: Desperdiçar o quê?
Sloan: Não desperdice nem um minuto.”
“O primeiro minuto da vida de um bebê é o mais aterrorizante. Nesse minuto, um milhão de alvéolos têm que se abrir e encher de ar. É uma forma traumatizante de entrar no mundo real. Nesse minuto, seu mundo para. É como se o tempo parasse. E se estou sendo sincera, esse minuto é puro inferno. Mas, felizmente, na maioria das vezes, começa o choro, o bebê está bem… e o resto de nós pode finalmente respirar de novo.”
(Ep. 13)
“- Sentiu dor?
- O pior foi saber que estavam errados. Não queria deixá-la. Mas sabia que, em algum momento…
- Eu fui ao hospital.
- Eu sei.
- Você me ouvia?
- Não pelos ouvidos. Morrer é muito cansativo. Sabe aquele momento em que fez tudo pelo paciente? Podia tentar convencê-lo a lutar, a querer viver. Mas nunca entendi o grau de exaustão. Chega um momento em que o desejo de descansar supera o desejo de viver. Você entendeu isso. Você me permitiu partir. Disse que estava tudo bem. Você entendeu. Você me deu tudo que precisei até meu último suspiro.”
“- Quero você mais perto.
- Ficará preocupada com as crianças. Se você se aproximar…
- Nunca irei embora.
- Acho que esse é o medo.
- Seu pai morreu quando você era jovem.
- Sim, e quase acabou comigo.
- Mas não acabou. As crianças sobrevivem. E as dificuldades as tornam mais fortes.
- Às vezes, as tornam mais fortes, e, às vezes, as tornam… Amelia.
- Ela está muito bem, aliás.
- Eu sei.
- E batizou o bebê de…
- Eu sei! As pessoas amam você, Meredith! Precisam de você.
- Estou cansada.
- Seu corpo está cansado. Mas sua alma não me deixa chegar perto de você. Ainda está lutando.
- Viu os últimos dois anos?
- Vi.
- Foi difícil pra você?
- É mais difícil vê-la sozinha. Quero dizer que é linda, mas é… superficial.
- Diga linda por dentro. É o que digo pra Zola dizer. Seja linda por dentro.
- Você é linda por dentro, Meredith Grey.”
“- Ellis nos desenhou. Eu de vestido de noiva, você de terno. Mostrei o post-it a ela. Mas ela…
- Odiou.
- Odiou! Se sentiu enganada!
- Puxou da minha mãe. Você odeia casamentos.
- Odeio casamentos. Mas faria isso por ela se pudesse. O que quer que eu prometa?
- Que se torturará menos.
- Não quero deixar as crianças.
- Não quero que deixe as crianças.”
“- Como está a dor?
- Nada que não possa aguentar. Quando voltarei a trabalhar?
- Voltará aos pés de moleque logo.
- Eu digo trabalho de verdade. Isso se alguém estiver contratando.
- O trabalho que odeia?
- O trabalho que me mantém viva, inteira e alimenta meus filhos. A quarentena foi uma boa pausa, mas não posso viver nas nuvens. Preciso ser realista. Meu Deus, o que estava pensando?
- Que o mundo tem mais a oferecer. Erika… essa sensação de que precisa seguir em frente apesar de tudo, que carrega o mundo nas costas, é algo que somos ensinadas. Como mulheres, como mulheres negras. E eu sou culpada. E a pressão pra fazer esse lugar funcionar? Eu nunca descansava. Nunca baixava a guarda. Nunca… nunca descansava. Então, tive um infarto com menos de 50 anos. O descanso não é um palavrão. O descanso não é preguiça, não importa o que digam ou quantas vezes digam. O descanso é amor, o descanso é paz. O descanso é um lindo modelo pra seus filhos. E eu estava me esquecendo novamente até conhecê-la. Então não desista de seu prazer tão depressa. Pode transformá-lo em sua revolução.”
“- Nico, acho que está na beira de um penhasco e está com medo. Parece loucura, porque nunca tem medo de nada, mas me dar um espaço no seu apartamento não é o fim do mundo. Não significa que nunca sairei, não significa que estamos nos casando. Apenas significa que está abrindo um pouco de espaço pra mim.
- Venha morar comigo. Está certo. Preservo meu espaço por costume, porque me faz sentir seguro, mas… seguro de quê? De você? Eu amo você, Levi. Então venha morar comigo.
- Acabo de lembrar que não posso ir esta noite.”
“- Ainda não é a hora.
- Aqui não há dor.
- Quer saber um segredo? Sinto falta até da dor. Precisa ir.
- Estou tão cansada.
- Ainda não é a sua hora. Nossos filhos precisam de você. Precisa ir.”
“Por melhor que seja deixar as preocupações de lado, também deixa o que há de bom. E, se quiser ter uma vida que valha a pena viver… definitivamente precisará do que há de bom.”
(Ep. 14)
“- Você tem uma ótima bolha. Construiu uma vida bem diferente.
- Somos criados para pensarmos que isso é uma loucura. Mas a loucura é trabalhar todo dia com algo de que não gosta, achando que um dia acabará magicamente.
- Pois é. Eu me sinto preso. Como se houvesse dois de mim. Há um cirurgião bem-sucedido que trabalhei muito para me tornar, que tenta levar a fundação por um caminho mais progressista. Mas também sou apenas um cara que não pediu por nada disso. Eu me preocupo que seja tarde demais. Que o sistema não tenha solução. Talvez eu seja mais útil estando de fora.
- Ou talvez possa deixar de lado a ideia de que deve salvar o mundo. Não há nada de errado em querer algo mais simples.
- Sim, penso muito nisso. Na verdade, poderia comprar uma casa na floresta. Talvez abrir um consultório, fazer coisas de que realmente gosto. Explorar a natureza com Harriet.
- Todos merecemos viver como quisermos.
- Claro, é um cara branco e mais velho que sempre teve dinheiro, então… Se nada mudar, você continuará bem. Mas eu entendi. Já pensou nas possibilidades?
- Se não tivesse vindo pra cá?
- Se tivesse feito outra escolha.
- Eu sou mais do tipo que não olha trás.
- Certo. Quando estive aqui da última vez, quis lhe perguntar o por quê. Mas não consegui. Dizia que tinha superado, mas não. Preciso saber por que foi embora. Porque percebi que mexeu muito comigo. De um modo bem ruim. E… Tornou muito difícil sustentar relacionamentos. Ter essa tendência a fugir sempre, e sei que fugir não é a solução. Eu sei disso. Então, eu tentei. Tentei muito me livrar da vergonha. Da dor que a acompanha, e… apostei em ser o melhor em tudo. O melhor pai que poderia ser. Fiquei casado por mais tempo do que deveria. Suportei a fundação por mais tempo do que deveria. Mas não importa. Quando fica difícil, eu acabo… no mesmo lugar, fugindo, na floresta. Combatendo o que há de você em mim. Pode parar de me encarar? Pode dizer algo? Fingir que eu tenho valor? Não sei como pode ficar calado…”
“- Muda nossa perspectiva, não é? Venho aqui fora toda manhã pra apreciar a vista.
- Sinto que pude refletir mais nesses últimos dias aqui do que no ano inteiro.
- Pode não acreditar, mas pensei bastante sobre sua última visita. Em tudo que disse. E a verdade é que fui embora porque é isso que faço. Escolhi este lugar porque é seguro. Administrar um restaurante, empacotar refeições, nada disso exige muito de mim. Posso me afastar e nunca olhar pra trás.
- E esquecer quem deixou pra trás.
- Achei que estaria melhor sem mim.
- Sem um pai? Como pôde achar que estaria melhor sem… meu pai? Nunca presente em aniversários, formaturas. Quando apanhei de Billy Paxton? No meu casamento? No nascimento de minha filha, sua neta. Meu divórcio. Talvez fosse um bom momento para aparecer e me dar alguns conselhos. Um abraço, não sei, me ajudar a tomar decisões. Não foram apenas alguns meses. Ou um ano ou dez anos. Foi minha vida inteira. Como achou que seria melhor?
- Aos olhos do meu pai, eu era o problemático da família. E introjetei isso. Talvez tenha até me tornado. E não queria passar para você. Não queria afetá-lo.
- Parabéns.
- Agora entendo. Magoei muitas pessoas. Você, sua mãe. Até descobrir que tenho uma neta que talvez nunca conheça.
- Não precisava ser assim.
- Tem toda razão. Então, dou presentes a ela. Um kit de pintura, uma bola de basquete, um triciclo, jogos de tabuleiro.
- Como assim, não os enviou?
- Não tenho o direito. Não mereço… tomar seu tempo, estar em seu espaço. Não houve um dia em que não tenha me arrependido de deixá-lo. Assombra meus sonhos, até acordar pela manhã. E eu sinto muito. Mas sei que um pedido de desculpas não apaga o erro. E terei de viver com isso. Nunca superarei. Jackson, não é comum chegarmos a encruzilhadas como esta. Mas sei que ficará bem, não importa que caminho escolher.
- Ainda sou um Avery, não sou? Ainda encontrarei uma forma de… fugir de tudo. Filho de peixe, peixinho é. Não é o que dizem?
- Hahahahah
- Ótimo, muito bem.
- Desculpe. Mas achei engraçado. Eu sou o peixe, você é o peixinho? Acredita mesmo nisso?
- Estou aqui, não estou?
- Jackson, deixe-me assegurá-lo de que não é como eu. Seus questionamentos são prova. Se não for suficiente, você é dedicado, Jackson. Dedicado ao trabalho, à família, aos necessitados. Sei que às vezes quer deixar tudo pra trás, mas qualquer um com o mínimo de bom senso pensa nisso. É bem diferente de realmente fazê-lo. Eu tinha medo.
- Eu tenho medo.
- Sim, mas tem medo de fazer a coisa errada. Meu medo me impediu de fazer a coisa certa. Você não é de fugir. Se fosse, já estaria bem longe agora. Sabe como seria fácil se afastar de tudo depois das revelações sobre a fundação? Já pensou nisso?
- Na verdade, não.
- Claro que não. Porque, no fundo, sabe que deve fazer a coisa certa, que deve consertar tudo. E não apenas consertou, mas aprimorou. Então, se não quiser ficar, não fique. Mas não me culpe. Porque, em seu pior dia, é um homem muito melhor do que eu.”
“- Não posso ficar no Grey Sloan. Em Seattle. Não posso continuar fazendo o mesmo. Sabe quantos negros morreram desde o início da pandemia? O sistema nos diminui e apaga. Deixa as pessoas morrerem nas ruas. Podemos agir. Quero mostrar a Harriet que podemos usar nosso dinheiro para cumprir com nossa palavra. E reconhecer a ligação entre o que fazemos é o que se passa nas ruas. Passar uma sensação de equidade. Não vai mudar depois da covid. Sabemos disso. A supremacia branca é parte integral deste país, o que inclui a medicina. (…) Pessoas como nós não deviam ser culpadas, humilhadas e ignoradas quando vão ao médico. Sempre tendo que provar que suas vidas têm valor. É um ciclo constante de estresse da pobreza, do trauma e do racismo. E isso tem impacto na saúde mental. Está nos matando. A quem as pessoas devem recorrer? Não se sentem seguras de irem ao médico, têm medo de ligar pra polícia. É um abandono absoluto. E, se nossas mortes não afetarem as margens de lucro, isso não vai mudar. Quero assumir a fundação. Quero realocar cada centavo para a equidade médica, saúde da mulher, saúde de transexuais, equidade racial. Quero que todos que sofrem nesse país sejam servidos. Precisamos questionar o que ensinamos, tudo que fazemos. Isso significa desfazer o sistema de saúde e criar algo que de fato sirva a todos. É o que quero fazer. Estou pronto.
- Jackson, onde você esteve?
- Não importa mais. O que importa é que voltei e sei qual é o meu lugar. Preciso ir. Eu te amo.
- Aonde vai agora?
- Preciso falar com April.”
“- Tem certeza sobre isso?
- Não sei se funcionará, mas é o que quero.
- Por que nunca estamos de acordo?
- Achei que fosse uma coisa nossa.
- Nunca descobrimos como querer a mesma coisa ao mesmo tempo. Mesmo com Harriet.
- Sim, mas deu tudo certo.
- Sim, mas nós brigávamos e então transávamos, enquanto nosso casamento desmoronava. Era o que fazíamos. Brigávamos até não aguentarmos e depois transávamos.
- É, acho que não tinha jeito, não é? Ouça, se estiver vivendo seu sonho aqui, eu desisto. Está certa, é muita pressão sobre vocês.
- O quê? Não pode fazer todo um discurso para me convencer, com aquela expressão no rosto que parece se iluminar, e depois retirar o que disse. Não retire o que disse. Você merece.
- Espere. O que quer dizer?
- Quero dizer… que vai dar tudo certo em Boston. Quero dizer sim.
- Disse sim? À minha pergunta?
- É o que disse. Achei que era o que queria.
- Sim, mas… não pensei que seria tão fácil.
- Então achou a noite fácil?
- Não nesse sentido, mas achei que você precisaria rezar, falar com Matthew, talvez consultar seu pastor, rezar mais um pouco.
- Matthew ficará bem.
- Quando ele volta?
- Posso ajudar. Posso falar com ele.
- Não.
- Não? É uma péssima ideia..
- É.
- Obviamente. Diga que posso ajudá-lo no trabalho. Deixarei tudo preparado. E…
- Nós nos separamos. Tentamos nos convencer de que nossos percalços eram um plano divino para nós reaproximarmos, mas ele ainda tinha muita raiva e muita mágoa. Eu o deixei no altar, e depois a esposa dele morreu. A mágoa não desaparece, porque seria uma bela história se Deus nos tivesse unido em nossa dor. Ele negou por tanto tempo. Ele realmente tentou não me odiar. Acho que me amar e fechar nosso ciclo era a história que ele escrevia. Acho que ambos escrevíamos. Eu tentava superar minha culpa, ele tentava perdoar Deus pela perda de Karin. Mas, no fim, aprendemos que a vida nem sempre é tão certinha. E os planos de Deus nem sempre são tão fáceis de entender. Ele sempre tratou Harriet bem. E eu adoro Ruby. Mas ambos passamos a trabalhar mais, evitávamos vir pra casa, e então a irmã dele adoeceu. Ela mora na Filadélfia, então ele e Ruby foram ficar com ela. Agora ela está melhor, mas eles ainda estão lá. E… não voltarão.
- Não fazia ideia.
- Eu ia lhe contar, mas centenas de milhares de pessoas estavam morrendo. Não achei que meu casamento contaria como uma perda.
- E talvez seja orgulhosa demais pra me contar.
- Está bem, fui meio orgulhosa demais.
- Você está bem?
- Não sei dizer. Mas… parece que me mudarei pra Boston. Então, vamos torcer por esse novo momento.
- Vamos torcer por esse novo momento.”
“- Tudo bem ficar triste. É difícil abrir mão de algo a que se dedicou a vida inteira.”
- Não estou triste. Mas é que… nunca, na minha vida, me senti tão orgulhosa.”
“Ninguém disse que era fácil se tornar aquilo que deveria ser. É preciso coragem para assumir o poder que encontrou, construiu e mereceu. O segredo é levar consigo as pessoas que o apoiaram, pra lembrar que não está sozinho. Existe todo um legado anterior, enquanto você cria o seu.”
(Ep. 15)
“- Qual é o nome dela?
- Rosie. Em homenagem a mamãe.
- Rosie, sou o seu scapa. Seu bisavô. E estes são sua mãe e seu pai. Somos a sua família e você é a nossa. Você veio do povo Salish da Costa. Você é Suquamish. Você veio desta terra. Rose, um dia, será capaz de contar a história de quando nasceu. De como o mundo estava vivenciando um tempo de muita dificuldade e devastação. Avós nem podiam segurar seus netos recém-nascidos quando chegaram na Terra. Mas também foi um tempo de grande resiliência e mudanças. E será capaz de contar a eles sobre a profunda alegria que você trouxe à sua syaye, à sua família, com a sua chegada, no momento em que mais precisávamos.”
“- aspirável que vai assumir a fundação e liguei para Catherine para saber os detalhes. Estou impressionado.
- Certo. Precisava de mim no estacionamento pra dizer isso?
- Eu perdi seis colegas de quarto quando fui tratado da Covid. Três eram maridos e pais, um era solteiro, um era um divorciado feliz, um veio e foi tão rápido que nem ouvi o nome dele. Eu era o único branco. Sei que não estou totalmente curado, mas senti que devia a eles ser uma pessoa melhor, porque… o caos, a injustiça, a dor e… O mundo só está assim porque nós deixamos. Ou porque pessoas como eh o deixaram assim. Então, o que quero dizer é… me deixe ser merecedor de ter sido poupado. Quero ser um aliado. Quero passar o tempo que me resta tornando melhor este lugar barulhento e fedido. Pode me usar como quiser. Posso operar, administrar. Posso até te ajudar a entender como os brancos ignorantes pensam. Farei qualquer coisa. Não preciso de dinheiro, nem de título. Nem precisa parar de me odiar. Eu só… só me deixe ajudar.
- Segunda-feira, 6h da manhã, Boston. Passo o endereço por e-mail. Tecnicamente tenho espaço no meu jatinho, mas não quero ficar tentado a te demitir antes de pousar, então…
- Vou pensar em algo. Boa noite, Avery. Obrigado.”
“Tradições nunca foram a minha praia, mas elas nos ajudam a lembrar de quem somos, de onde viemos e dos que vieram antes de nós. Elas nos dão algo para passar para as próximas gerações. Porque se não sabe de onde veio, é meio difícil saber para onde vai. A menos, é claro, que para onde esteja indo seja o lar.”
(Ep. 16)
“- Hey! Como está se sentindo?
- Ótimo. Ou… bem. Estou bem.
- Algum efeito colateral da vacina?
- Não, tudo bem. Tenho que voltar aos meus pacientes, então… tchau.
- Olha, nós terminamos?
- Quando teríamos terminado?
- Levi, você pediu mais espaço, eu dei, e você foi embora. E está me evitando.
- Não estou…
- Quer sair com outras pessoas?
- Eu não sei.
- Bem, eu não quero. Eu quero você, Levi, só você. Então, quando você resolver, sabe onde me encontrar.”
“- Entrei em pânico. Porque eu te amo. Eu estava… acostumado com você não sentindo o mesmo.
- Sempre senti o mesmo. Eu só… Não sei. Não conseguia falar de volta.
- O que mudou?
- Eu. Eu mudei. Por sua causa. Olhe… penso em você o dia todo e sei que fica ansioso, e fiquei preocupado agora que está nos ensaios. Não sei, só quero fazer um chá e cuidar de você e assistir a Senhor dos Anéis com você, apesar de eu ter dito que preferia furar os olhos. Levi, eu nunca quero estar sem você, certo? Eu te amo. Estou apaixonado por você.
- Espere. Como sabia que eu viria esta noite?
- Não sabia. Acendo as velas quase todas as noites esperando que venha.
- Isso é tão contrário de você.
- É como você.”
“Pacientes sempre perguntam: “Já viu isso antes? É comum? É normal?” Por muito tempo, fomos condicionados a pensar que não ser normal é ruim. Talvez seja hora de repensar quais são as regras do normal. Talvez seja hora de repensar tudo.
(Ep. 17)
“As pessoas costumam perguntar o que aprendi ao sobreviver à covid. Sei que eles têm boas intenções, mas é uma pergunta muito irritante. Ficar longe do trabalho, dos meus filhos, ficar presa a um respirador… não é exatamente uma masterclass. Mas isso me ensinou uma coisa… Me ensinou que ainda estou viva.”
“- A adrenalina que senti quando vi aquela mulher, que esteve em coma por semanas, com quem eu só pude falar via ressonância magnética, sair do hospital com o pai. O alívio, a alegria e a esperança. Eu senti aquilo por 30 segundos. E então, as piores hipóteses começaram a gritar na minha cabeça. Não para ela, para mim. Para a minha família. Meu filho. E eu não sei porque tenho esses pensamentos tão sombrios, exceto pelo vício. Mas tem sido um ano com tanto… tanto medo. Tanto medo. E eu sei que vocês entendem. E meu namorado, pai do meu filho… ele não é um de nós. E fico muito feliz por ele não ter que passar pela vida assim. Mas, às vezes, tem uma parte de mim que queria que ele entendesse. Entendesse de verdade. Eu me sinto sozinha nisso. Então… estou aqui.
- Obrigada, Amélia. Jason?
- Oi. Eu sou Jason. Eu sou viciado.”
“- Então a assistente social foi olhar a nossa casa para que possamos nos preparar para abrigar um bebê que nunca vai ser nosso. E a assistente social nos deu uma lista de tarefas para preparar o lugar para um segundo filho e meu namorado está mergulhando de cabeça no projeto. E quando eu o lembrei de que era temporário, ele disse: “É, mas vamos precisar disso um dia.” Quer dizer, um dia… quando tivermos um segundo filho nosso. E sinto… sinto que não quero o que ele quer. E eu não sei se isso é pensamento da doença ou se sou só eu. Casamento e mais filhos. Eu não quero. E não posso dizer a ele. E eu estou brava. Não com ele. Ele é… nada além de maravilhoso. E… Estou brava comigo. E eu sei que tudo isso séria inimaginavelmente pior e mais confuso se eu estivesse drogada. Então… Já que não posso ter certeza de nada… Tenho certeza disso.”
“- Então, você não falou hoje. Você conseguiu alguma clareza com as coisas em casa?
- Não. Cansei de falar sobre mim em círculos sobre um assunto sem resposta.
- Bem, não precisa dar certo. Você sabe disso, certo?
- Eu e o Link?
- Você e qualquer um. Vocês têm um filho, sempre haverá uma ligação. Tenho certeza de que vocês se amam, mas não precisa dar certo.
- Parece que você está me dizendo para deixá-lo. Mas isso também não soa como algo que você diria.
- Com certeza, não estou dizendo isso. Uma coisa que notei na recuperação é que botamos na cabeça que nossas vidas só são uma bagunça por causa do vício. Então pensamos, bem, estou sóbrio, deveria estar funcionando. E nem sempre é assim. E não estou dizendo que algum de vocês esteja fazendo algo de errado. Mas você pode querer o que quiser… mesmo que não seja o que ele queira. Enfim, é minha opinião.
- É uma baita opinião.
- É um conselho que eu gostaria de ter seguido na vida. Se dar permissão para não dar certo… pode lhe dar paz de espírito para ficar.”
“Zola: Você consegue.
Amelia: O que está acontecendo?
Link: Você disse que não queria por obrigação, então vamos lá. (Link, Zola, Bailey e Ellis mostram as alianças.) Eu não sabia de qual estilo você gostaria, então pensei que poderia escolher. Ou você pode ficar com os quatro.
Amelia: Link.
Link: Amelia, eu sei que este último ano foi intenso. Tudo sobre nós foi intenso. É a nossa praia. Não acho que faça sentido esperar até a vida se acalmar, porque nos conhecendo, não vai. Mas sei que, não importa o que aconteça, quero passar por isso com você. Você… me desafia. Você… você me emociona, me impressiona pra caramba. E não existe ninguém na terra como você. Então, por favor. Me daria a honra de se casar comigo? (Ela fica sem reação, eles entendem e fecham as joias).”
“Eu ainda estou viva. As pessoas costumam rir dessa resposta, mas não é uma piada. Estar vivo é tudo. Hora de comemorar. E, sim, hora da dor. Hora de mudar. De crescer. De amar. E hora de doar.”
A Anatomia de Grey (17ª Temporada)
3.8 99 Assista AgoraNão assisti todos ainda, mas os episódios 4, 7 e 8… meu Deus do céu… Como consegue se manter desse jeito há 17 temporadas? Sempre penso: “tá bom de acabar já”, mas começo a assistir e nunca me canso. Sempre sou atingida.
(Ep. 04)
“- George?
- Meredith!
- Dereck disse que a areia não é real.
- Não é, nem o oceano. Mas é bonito. Eu também não iria querer partir.
- Da praia?
- Das crianças. Tem ótimos filhos. Eles são os melhores. Você não os conheceu.
- Às vezes vejo como estão.
- Como você envelheceu?
- A areia não é real, o oceano não é real. O corpo não é real. Talvez seja mais tranquilo que me imagine mais velho.
- Fala como um biscoito da sorte. (…) Tenho escolha? Devo decidir se volto?
- Não sei. Eu não pude escolher. Se pudesse, teria ficado. Mas é diferente para cada pessoa.”
“- Fiquei arrasada quando você morreu.
- Vocês estavam todos rindo no meu funeral.
- Bem, nós estávamos…
- Não. O quê? O quê? Não. Aquilo… aquilo me deixou feliz.
- Eu estava arrasada. E depois fiquei bem. E mesmo com Derek, mais cedo ou mais tarde você continua. E as crianças continuariam.
- Continuariam, mas… talvez seja diferente com elas. Minha mãe não continuou.
- Não?
- Não como antes. Alguns lutos são mais dolorosos que outros. Às vezes, ele passa, e às vezes fica preso. E você o carrega, como a minha mãe. Minha mãe o carrega. Às vezes, tento arrancar isso dela.
- O quê?
- Você sabe…
- Você a assombra?
- Bem, quero dizer, se quiser chamar assim, eu… eu só quero que ela supere. Quero que ela saiba que eu ainda sou eu, mesmo que ela não possa me tocar nem me ver, mas ainda sou eu.
- Não é a mesma coisa.
- Eu sei, eu sei.”
“- A Meredith não está melhorando, eles não conseguem acordá-la.
- Bem, ela está descansando. É bom.
- Nao, não é bom! Nada disso é bom! Você não vê isso? Estou apavorada pela Meredith, estou triste! Estou furiosa porque isso está acontecendo. Então, por favor, pare de me dispensar com suas conversas positivas. Deixe-me sentir meu medo, minha dor e minha raiva. Porque se eu não fizer isso, se eu continuar guardando, você terá muita dificuldade em encontrar o lado bom das consequências.
(…)
- O que você está fazendo?
- Estou abrindo espaço para nos sentarmos enquanto você tem todos os seus sentimentos.”
“- Você ainda dança? Quando você está triste ou estressada, ainda dança?
- Desde que Cristina foi embora, não mais.
- A Cristina não morreu.
- Sei disso.
- É disso que sinto falta de estar vivo. Dançar até cair. Rir até chorar. Comida. Texturas. O barulho crocante do cereal novo. A sensação de lençóis limpos e um bom travesseiro no fim do dia.
(((((“- Estou com o formulário de consentimento para o estudo clínico. Há mais uma vaga e eu tenho que decidir e… pode ser a melhor ou a pior decisão da minha vida. Seus médicos, seus amigos, sua família. Eles estão preocupados com você. Estou tentando ser forte por eles, mas admiro… é difícil. Ver você lá assim e não saber o que fazer.
- Sinto muito, Richard.”)))))
“- E as escolhas. Tantas escolhas, tantas maneiras de viver uma vida. Se você ficar aqui, ele pode não superar.
- Eu sei. Eu sei, George.”
“Todos nós temos preconceitos, Hunt, incluindo você. O que importa agora é o que você faz a respeito. Você é o chefe do trauma. Se os protocolos não funcionarem, então leia, aprenda, questione, e altere-os.” Miranda Bailey
“- As crianças estão dormindo. E é sua vez de falar.
- Eu estou bem.
- Link, está tudo uma merda agora. Você pode falar sobre isso.
- Sim, eu poderia fazer isso. Se quer que eu fique triste e ressentido.
- Ressentido comigo? Por tentar ouvir?
- Não, por me fazer falar quando tudo que quero fazer é tocar meu violão.
- Não pode ficar guardando tudo.
- Você não consegue, Amelia. É assim que você processa os sentimentos. É assim que você lida. E estou bem com isso. Mas… já passei por tudo que é uma merda. Doença e isolamento. Quando eu tive câncer, quando meus pais se separaram, fiquei tão deprimido que mal consegui sair da cama durante a maior parte do ano. E eu tinha 11 anos. Então conheci uma criança no acampamento do câncer. Morrow Willis. O garoto devia estar pior do que eu, mas ele não queria falar sobre tratamentos ou sintomas, só sobre esportes e Mario Kart. Então eu pensei: e se eu só focasse nas coisas boas? E eu tentei, e é isso que funciona pra mim. É disso que eu preciso. E se quiser aceitar, ótimo. Mas se quer um parceiro na tristeza, não conte comigo.
(…)
- O que você está tocando?
- Só uma coisinha que compus. Chama-se “Blues de Se o Vírus não nos Matar, A Mudança Climática Vai.”
“- Eu estava com tanta raiva de você.
- Por deixar você?
- Por escolher alguém em vez de você.
- Eu não sabia que ia morrer.
- Você se arrepende?
- Isso importa? Você teria feito o mesmo. Não é por isso que está aqui?
- Acho que sim… então, é sua culpa.
- Por que acha isso?
- Porque você deu tudo por todos. Seus amigos, sua família, uma mulher no ponto do ônibus. Você acha que de alguma forma isso não me afetou? Você mudou minha vida, George. Eu não disse isso antes, mas é verdade.”
“E o maior fator para cultivar a resiliência? Os relacionamentos positivos. Então, encontre duas pessoas e mantenha-as por perto. Porque quando você está no seu pior, são eles que vão te ajudar a superar.”
(Ep. 06)
“Essa parte é culpa sua. E você sabe disso. Autocomiseração não salva vidas. Só vai melhorar depois que tirar um tempo para pensar por que fez o que fez. Você estragou sua vida e magoou e humilhou o homem que ama. Tem que refletir. Conheça seus demônios e conserte as coisas. Pode não conseguir recuperar tudo, mas, se olhar para dentro de verdade, talvez não volte a repetir o mesmo padrão.”
(Ep. 07)
“- Se importa se eu for embora? Preciso tomar o remédio e dormir um pouco. (…) O que foi?
- Pode ir. Tenho muito orgulho de você, DeLuca. Está cuidando da sua saúde mental, tomando a medicação, descansando e impondo limites. Isso não é fácil, até fora da pandemia.
- Tive a sorte de ter pessoas à minha volta que não desistiram de mim.”
“- Não me arrependo.
- Como sabe que eu estava pensando nisso?
- Não sei, só soube. Não me arrependo. Estamos sempre testemunhando as maiores atrocidades. Vemos sem-teto na rua pedindo ajuda e passamos direto. Vemos gente que não pode pagar os remédios dos filhos e gente que bate em crianças e dizemos que não é da nossa conta. Vemos atrocidades no noticiário todos os dias. Vemos crimes cometidos pelos nossos governos e financiados pelos nossos impostos. E o que fazemos? Mudamos de canal, certo? Nós ignoramos. Aí voltamos para o trabalho e fingimos que o que vimos ou lemos era normal e aceitável. As pessoas que vão para as ruas pedindo mudanças são taxadas de loucas ou de radicais. Não faz sentido nenhum. Mas a forma como você arriscou sua carreira para salvar aquela menina fez muito sentido. E, quando segui aquela mulher e não deixei que ela fugisse nem machucasse outro ser humano, foi perigoso, mas fez sentido. Era a única coisa que fazia sentido. Então, não me arrependo.”
(Ep. 08)
“- Um minuto, fico triste, e penso na irmã, na família dele e em como ele era um cara legal. No minuto seguinte, me sinto culpado. E depois fico com raiva por alguém ser capaz de fazer isso com outro ser humano. Fico com medo, desesperado e paralisado às vezes. Sempre volto a culpa. A culpa é meu porto seguro.
- O meu é a paralisia.
- Nossa! Você resumiu o que tinha de errado na nossa relação em cinco palavras?
- Acho que sim. É que… o DeLuca… eu não consigo aceitar.”
“- Quer saber? Não posso ficar aqui agora.
- Vai sair?
- Vou. Não quero me arrepender do que posso dizer. Eu amo você e sou um cara legal! Mas tem vezes, Amélia, que você me deixa louco! E esta é uma delas. Então, vou sair sim. E vou levar isto aqui comigo. E, só pra deixar claro, eu vou voltar, porque não sou uma pessoa ruim!”
“- Você está olhando para baixo igual à Ellis. Está tão séria. Ela também fica com essa cara de preocupada.
- Isso é tortura! Você está aí e não posso… é tortura!
- É uma tortura autoinfligida. Você sempre foi boa nisso.
- Em quê?
- Em se torturar.
- Não faço mais isso com tanta frequência. (…) Você não conheceu a Ellis. Não sabíamos. Queria que a tivesse conhecido.
- Ela é igual a você. Infringe as regras igual a você. Também ri e fica com raiva facilmente. Mas é inteligente, introvertida é teimosa igual a você. Odeia rosa e lilás, ama marrom e verde. E fica com raiva só em pensar que alguém possa cortar uma árvore.”
“- Estava me procurando?
- Estava. Baseei toda a minha vida, minha sanidade e minha sobriedade na fé em um poder superior. Para mim, é a crença em um propósito, em um plano maior. Se eu chegasse lá em cima e olhasse pra baixo, como se fosse um quebra-cabeça, veria algum sentido de alguma forma. Minha fé se baseia na certeza de haver um significado e uma sabedoria que não sou capaz de alcançar por não ser evoluído o suficiente. Tenho fé de que quem quer que tenha criado o quebra-cabeça consiga enxergar o sentido. E é lindo. Estou com dificuldade hoje. Está sendo difícil manter a fé. Está sendo difícil confiar. Não consigo enxergar nenhuma sabedoria nisto tudo.
- Vivo com câncer em estágio 4. Poucas pessoas sobrevivem. Acabei de receber o resultado da última tomografia, e não tive nenhum aumento. Não faz sentido. Tem sempre alguém que estava bem ontem e que está morrendo hoje. Não faz o menor sentido. É um quebra-cabeça mesmo. Pode olhar para a dor, para a perda e para o insuportável. Ou pode olhar para a beleza, para a graça e para o milagre.
- Não teve nenhum aumento?
- Nenhum aumento.”
“- Morreu de coagulopatia.
- Eu disse.
- Agora está escrito. A auditoria e a perícia vão ser tranquilas.
- Auditoria e perícia? Bailey, o que você quer provar?
- É o Andrew DeLuca. Ele passou cinco anos aqui no hospital. Devemos essa análise a ele.
- E quanto aos médicos que continuam aqui? Aqueles que sacrificam a vida para combater a pandemia, que mal dormem, comem ou tomam banho e que só veem a família por telas? Estão com o rosto machucado por causa do EPI, e você quer que eles sentem na frente de um computador e sejam sabatinados sobre o que fizeram para tentar salvar um colega? Deixe-os passar pelo luto! Você está me deixando mal. Está deixando o Hunt e a Altman mal. O DeLuca foi vítima de um crime horrível e perdeu muito sangue. Ninguém foi negligente nem cometeu nenhum erro. A insinuação de que algum de nós não fez todo o possível para salvar a vida dele… é uma dor que eu não infligiria a ninguém.”
“- Chegue mais perto. Pode vir até aqui?
- Lembra quando estava ensinando a Zola a andar de bicicleta?
- Ela ficou frustrada. Ai jogou a bicicleta e disse: “Mãe, pode andar.” Você não parava de rir, e ela ficou morrendo de raiva.
- Eu tentei não rir.
- Também estou tentando. Não posso fazer isso por você. A praia é sua. A Zola é incrível, não é? Ela é brilhante. Escreve cartas pra mim no diário. Sabia disso? Que cara é essa? Operaria alguém com essa cara?
- Não!
- Não. Você ficaria relaxada.”
“- Acho que o fato de não vivermos para sempre é uma das coisas que torna a vida tão especial. A impermanência. Se vivêssemos para sempre, passaríamos muito tempo perdendo pessoas amadas, em vez de nos apegarmos.
- Impermanência. Gosto dessa palavra.
- Eu também.”
“- Seus filhos fazem chamadas de vídeo todos os dias. Não sei se consegue ouvi-los. Não sei se está me ouvindo agora.
- (Você está perfeita. - Derek)
- Não é da minha conta, Grey, mas peço que você lute com todas as forças.
- (A decisão é sua, mas, na minha opinião, deveria fazer o que ele pediu. - Derek)
- Eles precisam de você. A menor…
- A Ellis.
- Ela é muito parecida com você. Tem as mesmas expressões. Ela não sorri com frequência, mas, quando acontece, ilumina o mundo todo.
- Como a fez sorrir?
- Tinha que ter visto. Ela começa a sorrir e vai rindo cada vez mais, até que se rende a uma gargalhada.
- Como conseguiu fazer com que ela risse?
- Aí o irmão fica chateado porque ela fica rindo no ouvido dele.
- É o Bailey.
- Aí a mais velha aparece, pega o tablet e diz que também quer falar com você, porque ela é mais velha e é a sua preferida.
- A Zola.
- Aí ouço uns barulhos, mas não vejo nada, só um lugar escuro. Não dá pra ver o rosto de quem está com o tablet. Mas aí ouço a voz e sei que é a mais velha. Ela fica sentada no escuro.
- Fica dentro do armário. É lá que ela escreve cartas para o pai.
- Aí ela diz: “Desculpe, mãe. Não queria ser agressiva, mas a Ellis me dá nos nervos.” Eles precisam de você, Grey.
- Eu sei.
- Precisam que você lute. Todos nós precisamos.
- Não sei se consigo. É… tão quente aqui, a água é fresca, eu me sinto relaxada, e não existe dor.
- Meus filhos perderam a mãe. Você não quer isso para os seus. As pessoas conseguem vencer a doença. Você pode ser uma delas. Tenho certeza. Ouvi histórias sobre as batalhas que você já venceu. Então, peço que lute. Lute, Grey.
- (Tudo bem. Estarei aqui. - Derek)”
“O Dr. Webber preparou uma cerimônia para o DeLuca. Uma homenagem. Não sou um bom judeu. Trapaceei no meu bar-mitzvá. Estava tao ocupado tentando ignorar as canelas do Lenny Rapkin que não aprendi hebraico. Então, fiz a transcrição fonética e li. Ignoro a metade das festas judaicas e depois peço perdão no Yom Kipur. E, sendo sincero, não sei se realmente acredito em Deus, o que é típico do judaísmo, mas… acho que as tradições ajudam muito. Quando um ente querido morre, temos prescrições para o luto e para seguir em frente. São protocolos. Nós nos forçamos a sentir a dor, choramos, rimos e comemos muito. Não traz a pessoa de volta, mas ajuda no processo de recuperação. Sua mãe morreu. Minha mãe me enlouquece, mas vou desmoronar quando ela falecer. Você tem com quem ficar, pessoas que a amam, sentem sua falta e precisam passar pelo luto com você. A pandemia já acabou com muita coisa. Não abra mão disso também.”
“A todo custo, fugimos de experiências negativas. Ignoramos a dor. Evitamos o desconhecido. Mentimos quando nos perguntam o que estamos sentindo. Não deveríamos fazer isso. (…) Aprendi uma coisa nestes últimos meses. O corpo aguenta até certo ponto.”
"- Parei no hospital para…
- O quê?
- Não vou mais ter bebida em casa.
- Não é isso que eu preciso de você. O que eu preciso é que não existam mais segredos. Temos um filho juntos. Temos uma vida juntos. Quero conhecer você de verdade.
- Combinado. Estou cheirando a uísque agora, senão abraçaria você.
- Vou prender a respiração.”
(Ep. 09)
“- É tudo culpa minha.
- Tudo isso é culpa sua?
- Sim, é isso mesmo! Meus pais, Allison, Henry, DeLuca.
- Eu, não. Ainda estou aqui.
- Não pude salvá-los. Eu deveria tê-los salvado’
- Não. Até eu sei que não poderiam ser salvos. Não sei o que aconteceu com seus pais, mas Allison e DeLuca foram vítimas trágicas das circunstâncias que você não tinha poder para controlar. E Henry… já estava morrendo quando você se casou com ele.
- Eu amo o Owen.
- Você foge da dor. Seus pais morreram, você fugiu pra Allison. Allison morreu, você se alistou e fugiu pra Owen. Owen escolheu Cristina, você mergulhou em Henry.
- Isso não é justo.
- Então, Owen está com Amélia, e você usa Koracick.
- Por favor, pare. Pare.
- Você foge da dor. Todos fazem isso. Algo terrível acontece, nós nos culpamos, não queremos sentir, então, fugimos. Também fugimos da alegria porque achamos que não merecemos ser felizes. Mas é um pacote só. Não há alegria sem dor. Vamos, Teddy, vamos sair daqui.
- Por favor, não morra.
- Farei o possível.”
“Há um problema em tentar entender todos os erros que cometeu… você não consegue. E essa tentativa te rouba a vida, os planos, o futuro. Além disso, não pode aprender com os erros se não seguir em frente. É assustador. É incerto. Mas vai encontrar algo bem especial lá. Esperança.”
La Casa de Papel (Parte 5)
3.7 525 Assista AgoraQue a série finalize ainda nessa temporada. Amém
O Conto da Aia (5ª Temporada)
4.0 172 Assista AgoraDepois daquela season finale, claro que vou querer assistir essa, mas por favor, finaliza nessa temporada aqui, de cabeça erguida, vai. Nunca te pedi nada.
"Praise be."
"Blessed be the fruit."
"May the Lord open."
"Under His eye."
O Conto da Aia (4ª Temporada)
4.3 428 Assista AgoraOs episódios 8 e 9 foram, até agora, os melhores por serem os mais indigestos e mais REALISTAS.
Infelizmente nós sempre veremos que haverão aqueles capazes de apoiar e defender com afinco as maiores atrocidades possíveis. Daquele jeito que você, que tem o mínimo de senso, consciência e empatia, fica: “não, não é possível! Eu não estou lendo/vendo isso.” E aí vem o tapa na cara de: “Sim, é isso mesmo que você tá lendo/vendo. Ainda não entendeu isso? Por que ainda te surpreende?” E aí só da tristeza e nojo de fazer parte da raça humana mesmo.
Mas justamente por conta dessas cenas dolorosas (sim, dói a alma, entristece, revolta, etc.) e realistas que comecei/continuei a série. E em meio a tantos episódios “perdidos e com furos”, a série parece estar voltando a qualidade de antes. Uma temporada sem defeitos, na minha opinião, é a primeira. Torço pra que se inspirem nela e finalizem de um jeito satisfatório.
Triste (e medo) de quem acha que tudo isso é apenas uma distopia.
Sweet Tooth (1ª Temporada)
4.1 295Ahhh que fofura! Esse versão Sweet só me fez ter mais vontade ainda de ler a HQ e ver tudo pelo lado sombrio e pesado da coisa.
“- You’re gonna scare the fish.
- No, I’m not.
- If I hear a growl...
- I will duck.
- If I hear a voice...
- I will run.
- If I see a human?
- I will hide.
- You’ll get it. All right. Try again.”
His Dark Materials - Fronteiras do Universo (2ª Temporada)
4.1 75 Assista AgoraNão li os livros (ainda), mas queria que a série tivesse mais a ferocidade que falam que tem neles.
Não consigo imaginar qual seria meu daemon.
O Conto da Aia (4ª Temporada)
4.3 428 Assista AgoraEssa tá melhor que a terceira, mas devia terminar por aqui. Pra que uma quinta temporada, meu Deus?
O Conto da Aia (3ª Temporada)
4.3 596 Assista Agora“Heresia. Por isso foram enforcadas. Não por fazer parte da Resistência, pois, oficialmente, não há resistência. Não por ajudar pessoas a escapar, porque, oficialmente, não existem fugas. Foram enforcadas por serem hereges, não mártires. Mártires inspiram. Hereges só são idiotas. Eu estava sendo idiota?”
“Eu me componho. Meu eu é algo que agora devo compor... como alguém compõe um discurso. Não tenho orgulho de mim por isso. Ou por qualquer coisa.”
“Biscoito é não, bolinho é sim.”
“É improvável que funcione e muito provável que morra no processo. As Marthas que te ajudarem estão sozinhas. Se der problema, o sangue delas estará em suas mãos. Não vamos ajudar nem proteger. Nem vamos atrapalhar.”
“Eu já vi vários reencontros e nem sempre acaba como nos livros. Mas ninguém aqui está falando de final feliz. Só de final.”
Joseph: "Ela deve estar estressada."
June: "Não. O senhor não deve lembrar como é uma mulher forte!"
“Não sabemos do que somos capazes até termos que fazer.”
“Miss, here is the place where I can wear what I want?”
O Conto da Aia (2ª Temporada)
4.5 1,2K Assista AgoraEmily, no fundo eu sabia que uma pessoa que estava lendo o livro/quadrinhos
“Maus - Art Spiegelman” não poderia ser uma pessoa má. Mas ao mesmo tempo tive medo que ele pudesse estar lendo pra “pegar mais referência de maldade”. Que alívio que não era isso. Emily caiu em boas mãos dessa vez.
O Conto da Aia (2ª Temporada)
4.5 1,2K Assista Agora“Nenhuma mãe corresponde à ideia que o filho tem dela. Acho que deve ser o mesmo para elas. Mas, apesar de tudo, não foi de todo ruim. Fizemos o melhor possível. Queria que minha mãe estivesse aqui pra eu dizer que finalmente sei. Para dizer que a perdoo e pedir que Hannah me perdoe.”
"Homens têm medo que as mulheres riam deles. Mulheres têm medo que os homem as matem."
“Nolite te bastardes carborundorum.”
O Conto da Aia (1ª Temporada)
4.7 1,5K Assista Agora“Era assim que vivíamos então? Mas vivíamos como de costume. Todo mundo vive, a maior parte do tempo. Qualquer coisa que esteja acontecendo é de costume. Mesmo isto é de costume agora. Vivíamos, como de costume, por ignorar. Ignorar não é a mesma coisa que ignorância, você tem de se esforçar para fazê-lo. Nada muda instantaneamente: numa banheira que se aquece gradualmente você seria fervida até a morte antes de se dar conta.”
“A culpa é deles. Não deviam ter nos dado uniformes se não queriam que virássemos um exército.”
"Tento não pensar demais. Como outras coisas agora, os pensamentos têm que ser racionados. Há muita coisa em que não é produtivo pensar. Pensar pode prejudicar suas chances, e eu pretendo durar."
“- Meu país está morrendo
- Meu país já está morto.”
“Tudo o que é silenciado clamará para ser ouvido ainda que silenciosamente."
“NOLITE TE BASTARDES CARBORUNDORUM, BITCHES!”
••••
Saber que a Margaret Atwood, autora dos livros, falou a citação abaixo, dói mais ainda.
“Eu não coloquei nada que ainda não tenhamos feito, estejamos fazendo ou estamos tentando seriamente fazer. Juntamente com as tendências que já estão em andamento… Então, todas essas coisas são reais e, portanto, a quantidade de invenção pura é quase nula.”
"Nunca se esqueça que basta uma crise politica, econômica ou religiosa para que os direitos das mulheres sejam questionados. Esses direitos não são permanentes. Você terá que manter-se vigilante durante toda a sua vida." Simone de Beauvoir
Orgulho e Preconceito
4.5 249A versão de 2005 sempre estará no topo da minha predileção, mas essa daqui por ser tão fiel ao livro e ter atuações ótimas, não fica atrás de forma nenhuma. Impressionante o quanto não me canso JAMAIS dessa história. A adaptação de 2005 já vi incansáveis vezes, o livro já li duas vezes. E agora assisti a série com o mesmo entusiasmo e sentimento de sempre.
Achei que o final foi bem corrido, fiquei esperando por algumas cenas do livro que não colocaram. Senti falta, deu pra perceber que deram uma grande cortada/enxugada pra poder dar tempo de finalizar tudo ali. Talvez fosse preciso mais um episódio pra que o ritmo da série fosse completo como nos primeiros episódios. Mas nada disso tira o brilho. Amei assistir algo tão a pé da letra e tão bem retratado.
Cosmos: Uma Odisséia No Espaço Tempo
4.8 344Ainda estou bem no início da série, mas já me sinto levemente fisgada. Como não acredito na Teoria do Big Bang, o primeiro episódio não impressionou tanto, mas o segundo já começou a me ganhar nos oito minutos iniciais e assim continuou até o fim. Let's keep that way, ok?
"Essa é uma história sobre você, eu e seu cachorro.
Houve uma época, não há muito tempo, antes dos cachorros. Eles não existiam. Agora há os grandes, os pequenos, os fofos, os guardiões, os caçadores. Todo tipo de cachorro que você possa querer. Como isso aconteceu?
Não se trata apenas de cachorros. De onde todas as diferentes criaturas vivas vêm? A resposta é um poder transformador parecido com algo vindo de um conto de fadas ou um mito, mas não se trata disso. Vamos voltar 30 mil anos, uma época antes dos cachorros, em que nossos ancestrais viviam em um inverno sem fim da última Era do Gelo.
Nossos ancestrais eram nômades que viviam em pequenos grupos. Dormiam sob as estrelas. O céu era seu livro de história, calendário e um manual de instruções de sobrevivência. Ele predizia os invernos mais severos, quando os grãos silvestres amadureciam, e sobre a migração do rebanho de renas e bisões. A ideia de lar para eles era a própria Terra. Mas eles viviam temendo outras criaturas famintas, os leões da montanha e ursos que competiam pela mesma presa, os lobos, que ameaçavam levar e devorar os mais vulneráveis entre eles.
Todos os lobos queriam o osso, mas a maioria deles tinha medo de se aproximar. Esse medo se devia a altos níveis de hormônios do estresse no sangue deles. É uma questão de sobrevivência. Aproximar-se muito de humanos poderia ser fatal. Mas alguns lobos, devido a variações naturais, possuíam níveis mais baixos desses hormônios. Isso os tornava menos temerosos a humanos. Esse lobo descobriu o que uma linha de seus antepassados descobriu há 15 mil anos. Uma excelente estratégia de sobrevivência: a domesticação de humanos.
Deixe que os humanos cacem, não os ameace e deixarão que você coma o resto da comida. Você comerá mais regularmente, deixará mais descendentes e esses descendentes herdarão sua disposição. Essa seleção de domesticidade será reforçada a cada geração, até que aquela linha de lobos selvagens se torne... Cachorros. Talvez chamem de "sobrevivência dos mais amigáveis".
Desde aquela época, esse foi um bom acordo para os humanos também. Os cães que comiam os restos não eram somente um esquadrão sanitário. Eram também a segurança. À medida que essa parceria entre espécies continuava, os cães também apresentaram mudanças. A beleza tornou-se uma vantagem seletiva. Quanto mais adorável, maiores são suas chances de viver e passar seus genes para outra geração.
O que começou como uma aliança conveniente tornou-se uma amizade que aumentou ao longo do tempo. Para ver o que acontece em seguida, vamos deixar nossos antigos ancestrais de cerca de 20 mil anos atrás nos mostrar o passado recente durante um intervalo da Era do Gelo. Essa mudança climática deu início a uma revolução. Em vez de vagar, as pessoas estavam estabelecendo-se. Há algo novo no mundo: aldeias. Ainda continuam caçando e coletando, mas agora produzem comidas e roupas, agricultura.
Os lobos negociaram sua liberdade em troca de refeições constantes. Eles desistiram de escolher um companheiro. Agora, os humanos escolhem por eles. Eles matavam todos os cães que não podiam ser treinados, os que mordiam a mão de alimentadores. E reproduziam os que lhes agradavam. Alimentavam aqueles que cumpriam suas ordens... Caçar, pastorear, proteger, transportar, fazendo companhia. De cada ninhada, os humanos selecionavam aqueles que mais os agradavam. Ao longo das gerações, os cães evoluíram. Esse tipo de evolução chama-se "seleção artificial" ou "criação".
Transformando lobos em cães, foi a primeira vez, que nós humanos, tivemos a evolução em mãos. E fazemos isso desde então, para transformar plantas e animais dos quais dependemos. Num piscar de tempo cósmico, cerca de ou mil anos, transformamos
lobos cinzentos em todo tipo de cães que amamos hoje em dia. Pense nisso. Todas as raças de cães que você já viu foram esculpidas pelo homem. Muitos dos nossos melhores amigos, as raças mais populares, foram criadas nos últimos séculos. O incrível poder da evolução transformou o lobo feroz no fiel pastor, que protege o rebanho e espanta os lobos.
A seleção artificial transformou o lobo no pastor e as ervas selvagens em trigo e milho. Na verdade, quase todas as plantas e animais que comemos foi criada a partir de um ancestral menos comestível. Se a seleção artificial faz mudanças tão profundas em apenas ou mil anos, o que a seleção natural pôde fazer operando por mais de bilhões de anos? A resposta é toda a beleza e diversidade da vida.
Como funciona? Nossa Nave da Imaginação pode nos levar a qualquer lugar no espaço e no tempo, até para os microcosmos ocultos, onde uma espécie de vida pode se transformar em outra. Venha comigo.”
Nosso Planeta (1ª Temporada)
4.7 92 Assista Agora“Em escala global, destruímos mais da metade das florestas que já floresceram em nosso planeta. Não só estamos perdendo os animais que um dia viveram nelas como também estamos mudando o clima do planeta. Mas, nossas florestas, dada-lhes a chance, são quase inacreditavelmente resilientes.
(...)
Se decidirmos dar tempo e espaço às florestas, elas poderão recobrir a Terra com grande parte da fauna e flora ricas e diversificadas que nós, tão recentemente, pilhamos. Um futuro com mais florestas é a chave da resiliência do nosso planeta.”
Abaixo vou por um comentário roubado do Yuri pra lembrar que vi na quarentena e o nó que senti na garganta. Que ele esteja certo, que tome o tempo que precisar, por mais duro que seja.
“Absurdamente hipnotizante e encantador, mas também fortemente triste.
Em cada habitat explorado com muita sensibilidade, conseguimos perceber dedo humano, aniquilando terras, águas e vidas.
Diante disso, me vejo aqui percebendo a quarentena pelo coronavírus como uma chance para o recomeço, diante da tragédia.
Espero que a quarentena seja do tamanho que tenha que ser, para o planeta se restaurar.
Espero ainda que mudemos práticas e mentalidades, na tentativa de evitar mais desastre mundial.
Excelente e altamente recomendável, excepcionalmente neste momento de crise global na saúde e no meio ambiente.”
A Terra à Noite
4.5 31 Assista AgoraPor mais cidades/estados/países/continentes seguindo o exemplo de Singapura, por favor.
Vis a Vis (4ª Temporada)
4.2 123 Assista Agora“- Zulema.
- ¿Qué pasa? ¿No vienes?
- No voy. ¿Sabes cuando estás en una fiesta increíble y tú no la disfrutas porque estás pensando en alguien a quien quieres mucho?
- No tengo ni puta idea de lo que hablas.
- Ya. Pero por eso somos tan distintas tú y yo.
- Menos mal.”
Vis a Vis (3ª Temporada)
4.0 96 Assista AgoraIgnora os furos, se apega as atuações de alguns personagens e quando for prestar atenção, vai estar falando “hijo de puta” mentalmente todo o tempo.
“El Elfa del puto infierno.”
"Sei tudo o que se pode saber sobre Zulema: NADA."
"Conviver com Zulema é como cruzar um campo minado. Uma hora ela vai arrancar um pedaço da sua perna. É como uma bomba de contato... tic tic tic BOOM.”
Vis a Vis (2ª Temporada)
4.2 102 Assista Agora“- O que está vendo?
- Eu.
- Eu vejo a gazela mais lenta da savana. A última a correr quando leões atacam. Sabe o que é importante aqui? Ser a segunda mais lenta. Assim os leões comem outra.
- O que posso fazer?
- Rebelar-se.”
“Un líquido es un estado de la materia sin una forma particular. Cambia fácilmente y solo queda definido por el recipiente que lo contiene. El cuerpo humano es un 70% de agua.”
La Casa de Papel (Parte 4)
3.7 658 Assista Agora“Dias que você nem sabia que estava feliz. Sempre há dias felizes para se lembrar. Quanto mais fodido se está, mais feliz o passado parece ser.”
Infelizmente, por apego a personagens e por ser uma pessoa que não consegue quase nunca abandonar série que um dia gostou, vou assistir a próxima sim, mas olhe, ver as “forçações e encheções“ dessa já foi um tanto sofrível, viu? Poderiam ter colocado mais alguns episódios (ou diminuído as cenas desnecessárias) e terminado a série nessa temporada, mas, né?
Ninguém mata Arturo, não, gente? Que abuso! Me dá vontade de avançar as cenas que ele aparece, não tenho mais saco. Achei que a Manilla ia ser quem eu ia idolatrar por fazer isso, mas pufft, vai e atira na perna. O que nos diz que na próxima esse infeliz estará de novo. 🙄
Nairóbi sempre será a melhor de todas! Tava na cara que ela ia morrer, mas sofrer tanto pra no fim morrer daquele jeito, foi fogo.
Gandia é imortal? Tem superpoderes? pelamor. E se ele era tão fodao e perigoso assim, não sabia nem como sair da algema?
Enfim... tanta coisa que é melhor parar por aqui.
A Anatomia de Grey (16ª Temporada)
4.0 158Que pena que a nossa "season finale" teve que ser esse episodio 21 por conta do covid-19. =/