“Ele diz que a morte é inevitável. Virá para todos nós. E essa inevitabilidade tira dela todo o seu significado. O que importa são as coisas que não são inevitáveis. As coisas que criamos, que achamos. A esquerda que tomamos quando tudo nos leva para a direita. Como vivemos. Eu sempre o amei por isso. Pela extraordinária recusa em adentrar em silêncio nessa boa noite.”
”Joel não foi heroi, os Vagalumes não foram herois, Ellie foi a única vítima porque foi enganada.” Alguém comentou isso e concordo plenamente. E isso faz da série, na minha opinião, bem melhor.
“Algumas estradas são retas como flechas. Outras são mais sinuosas. Mas, precisamos confiar que, no fim, todas as estradas vão nos levar aonde precisamos ir. Só temos que chegar lá a tempo.”
"As mulheres nascem com dor embutida. É o nosso destino físico. Cólicas, seios doloridos, parto, você sabe. Carregamos dentro de nós durante nossas vidas. Homens não. Eles têm que procurar. Inventam todos esses deuses e demônios e coisas só para que possam se sentir culpados pelas coisas, que é algo que também fazemos muito bem por conta própria. E então eles criam guerras, para que possam sentir as coisas e para se tocarem, e quando não há guerras eles podem jogar rugby. E nós temos tudo acontecendo aqui dentro. Nós temos dores em um ciclo por anos e anos e anos e então, quando você sente que está fazendo as pazes com tudo isso, o que acontece? A menopausa vem. A porra da menopausa vem e é... a coisa... mais maravilhosa do mundo! E sim, todo o seu pavimento pélvico desmorona e você fica fodidamente gostosa e ninguém se importa, mas então... você é livre. Não mais uma escrava, não mais uma máquina, com peças. Você é apenas uma pessoa nos negócios. É horrível, mas é magnífico. Algo por que ansiar.”
“(…) - Estou com medo… - De quê? - De esquecer as coisas. As pessoas. De esquecer as pessoas. E tenho vergonha de não saber o que eu… - O que você quer? Tudo bem não saber o que quer. - Não, sei o que quero. Sei exatamente o que quero. No momento. - O que é? - É ruim. - Tudo bem. - Quero que alguém me diga o que vestir de manhã. - Acho que há pessoas que podem… - Não. Quero alguém que me diga o que vestir toda manhã. Quero alguém que me diga o que comer, do que gostar, odiar e ter raiva, o que escutar, qual banda gostar, do que comprar ingressos, com que fazer e não fazer piada. Quero que me digam no que acreditar. Em quem votar, em quem amar e como dizer. Acho que quero alguém que me diga… como viver minha vida, padre, porque até agora, acho que eu só errei. É por isso que as pessoas precisam de você nas vidas delas. Porque você diz como fazer. Você diz o que precisam fazer e o que vão conseguir no fim. Apesar de não acreditar nas suas besteiras e saber que cientificamente nada que eu faço faz diferença no fim, e continuo com medo. Por que ainda estou com medo? Então me diga o que fazer. Me diga que merda fazer, padre.”
“- Eu não sei o que fazer com isso, com todo amor que sinto por ela. Eu não sei onde botar ele agora.” (o amor da mãe)
“- Você sabe amar melhor que qualquer um de nós. É por isso que acha tudo tão doloroso. - (Não acho doloroso.)”
“- Não posso fazer essa leitura. - Então não faça. - O quê? - Eu faço. Vá atrás dele. - Não posso ir atrás dele. - Por que não? - É tarde demais. Não posso sair do casamento do meu pai. Ele se chama Klare, misericórdia. E já está no aeroporto. - Então pronto. É o tipo de amor de correr pelo aeroporto? - Não vou ao aeroporto. Ele me chamaria de louca. - É, só estou dizendo… - O aeroporto. Como eu o acharia? Não dá pra passar pela segurança sem um cartão de embarque. - Não sugeri que… - Eu teria que comprar uma passagem só para passar pelo portão. Não sei quando é o voo dele, nem qual o terminal. Imagine se eu soubesse. Imagine-o descobrindo que eu sabia de tudo isso. Imagine se ele estivesse na farmácia comprando pinças no Terminal 5, e, de repente, eu aparecesse: “Olá, Klare.” - É, isso seria intenso. - A única pessoa pela qual eu correria por um aeroporto seria você.”
“O amor é horrível. É horrível, é doloroso, é assustador! Ele te faz duvidar e julgar você mesmo. Ele te afasta das outras pessoas na sua vida. Te torna egoísta. Te deixa assustador. Te deixa obcecado com o cabelo. Te torna cruel. Te faz dizer e fazer coisas que nunca pensou que faria! É tudo que queremos, e é um inferno quando conseguimos! Então, não me admira que seja algo que ninguém queira fazer sozinho. Fui ensinado que, se nascemos com amor, é só passar a vida escolhendo o lugar certo para colocá-lo. Fala-se muito sobre isso. Da sensação de “ser certo”. “Quando é certo, é fácil.” Mas não tenho certeza se isso é verdade. É preciso força para saber o que é certo. E o amor… não é algo para os fracos. Ser romântico requer muita esperança. Acho que o que querem dizer é: quando você acha alguém que ama, você sente esperança. (…) Obrigado a vocês dois por reunirem todos nós aqui hoje. Por aceitarem as palavras deste livro de amor. Sejam fortes e corajosos, todos que têm esperança no Senhor.”
“Saia pela lateral agora.”
“- Vai ser Deus, não é? - É. - Caramba! Caramba… o pior é que eu te amo de verdade. Eu te amo. Não. Vamos deixar isso no ar, só por um segundo, flutuando. Eu te amo. - Vai passar. (…) - Eu também te amo.”
“Não vejo preocupação nenhuma com a vida, com o usuário. A gente só não sabe o endereço da próxima tragédia.”
Impossível não escrever textão dessa vez.
Marcelo Canellas, parabéns! Quanto profissionalismo e humanidade!
Argentina e Brasil, com tragédias completamente similares mas com desfechos judiciais tão distintos. Será que um dia a justiça brasileira vai aprender? E na indagação incluo também a população. Será que se fosse o contrário, os argentinos estariam deixando que esses familiares e sobreviventes lutassem sozinhos ou estariam lutando junto? Posso estar sendo injusta, mas a sensação que tenho é que o brasileiro se revolta e se comove sim, mas é só isso. Não passa disso. Talvez a gente tenha “se acostumado” a tanta impunidade no país da impunidade.
Onde mais que a polícia civil indicia 28 pessoas e só 4 são julgadas? É porque dentre as 28 tinham os verdadeiros bambambans, prefeitura, tudo. E sabemos que nosso país é regido por dinheiro, status e poder. Então foi: ou culpa só a banda e empresários (os lados mais fracos da história se comparado a outros), ou não culpa ninguém. Ou seja, ou era isso ou NEM ISSO. Se bem que há 10 anos é o que vem acontecendo: nem isso.
Fora que eles sabiam que se fossem mesmo processar todo mundo que deveriam, encontrariam muito mais ilegalidades até em outros âmbitos e não é isso que querem, né? Quanto mais continuar na falcatrua (e os outros que se lasquem), melhor. Quanto mais conseguir esconder a poeira pra debaixo do tapete, melhor.
Esse caso era um dos que precisava e MERECIA ter punição exemplar para que não se repetisse. Pra que pensassem muito bem antes de agir, se não por caráter, por medo. Mas essa responsabilização continua falha. Triste. Como um sobrevivente disse na frase que coloquei no início, - infelizmente - vai ter sim outra(s) tragédia(s). A gente só não sabe o endereço de próxima.
Espero que tanto a série quanto o documentário tenham bastante visibilidade e que esse assunto volte a ferver na luta por justiça.
“- Se um carro derrapa na chuva e bate no outro, é um acidente, mas, se o motorista bebe uma garrafa de cana e atropela um pedestre, ele assumiu esse risco. - Ah, Senhora Ministra, por favor, não é permitido depoimentos no STJ. - Por favor, silêncio aqui no tribunal. - Se um barco vira no mar bravio, é um acidente, mas, quando o dono do Bateau Mouche coloca 142 pessoas num barco que tem capacidade para 62, e ele naufraga por excesso de carga, não tem salva-vidas e 55 pessoas morrem, ele assumiu esse risco. - Excelência… - Se chove e há um deslizamento, é um acidente, mas, quando o executivo coloca um restaurante no caminho da barragem de Brumadinho, sabendo que tá no caminho da barragem, ela rompe e mata todos que estavam dentro, ele assumiu esse risco! - Excelência, isso não é permitido no STJ, por favor… - Se um dirigente do Flamengo recebe um relatório de alta relevância e grande risco sobre um quadro elétrico num contêiner, e mesmo assim coloca jovens pra dormir no contêiner, há um curto, o contêiner pega fogo e 10 garotos morrem, ele assumiu esse risco! - Excelência, nossa legislação não permite esse tipo de depoimento no STJ. - Eu não vou censurar um pai, como já fez o Ministério Público. - E quando um dono de boate superlota esta boate, sem saídas de emergência, sem extintores, com barras de metal impedindo a saída, com espuma tóxica no teto, e, mesmo assim, permite um show pirotécnico… ou quando um músico de uma banda, compra um fogo de artifício de uso externo porque é mais barato, usa dentro da boate, vê que o teto tá pegando fogo e, com o microfone na mão… na mão… não avisa ninguém dentro da boate, ele assumiu o risco. A pergunta aqui não é se esses quatro réus são ou não são culpados. Porque eu… eu já sei a resposta. A pergunta que os senhores devem fazer é se há valor numa vida. Se há valor nas vidas de 242 jovens inocentes. Se há valor no sofrimento de seus familiares e amigos que há mais de 6 anos clamam por justiça. E se há de ter responsabilidade pra que isso não aconteça de novo. Se é que há alguma responsabilidade nesse país tão desprovido de justiça. Eu não sou um advogado. Eu sou um pai. Nós somos pais e mães que há 6 anos e meio entra e sai dos tribunais a procura de justiça. E quando essa justiça vier, nossos filhos vão continuar mortos… nossas vidas vão continuar vazias… mas, pelo menos… pelo menos, eles vão poder descansar. E os senhores tem o poder de dizer, aqui e agora, que a vida deles não foi de graça, que quem tira uma vida merece, ao menos, ser julgado. Então, eu peço… não, não, eu… eu suplico: deixem o júri decidir, mas não me venham dizer que foi um acidente de destino. Obrigado. - Meu senhor, eu sinto muito! E eu devo dizer que como mãe, como brasileira, como ser humano… não há como não me comover, como não me revoltar… mas, enfim, estamos no Superior Tribunal de Justiça, e a nossa Constituição e sistema jurídico não nos permite olhar pro mérito da questão em si. Apenas pra questão de interpretação das leis. A nossa função é revisar o que o Tribunal de Justiça decidiu, que foi por uma decisão empatada em quatro a quatro, e que o empate deveria ser a favor dos réus, que assim seriam julgados por crime de homicídio culposo e não pelo júri popular. Na fase da decisão de culpa, sabidamente o empate é ‘pro reo’, mas… não é culpa ou não que estamos decidindo agora. Ora, se há divergência no tribunal, quer dizer que há, sim, a possibilidade de que, se apresentado a um júri, esse júri possa acreditar ser homicídio por dolo eventual. O ônus da prova continua sendo do Ministério Público. Mas o seu direito de apresentar o caso a um júri deverá ser respeitado. Sendo assim, eu julgo procedente o recurso do Ministério Público do Rio Grande do Sul.”
“O julgamento, marcado para 16 de março de 2020, foi adiado pelo início da pandemia da Covid-19 e só ocorreu em dezembro de 2021, quase 9 anos depois do incêndio. O júri popular condenou os quatro réus a penas entre 19 e 22 anos de prisão. Nove meses depois, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul acolheu o recurso dos réus e anulou, por questões processuais, o julgamento da primeira instância. Por consequência, em janeiro de 2023, os réus estão em liberdade aguardando novo julgamento. A data para um novo júri ainda não foi marcada. Uma década depois do incêndio, ninguém está preso. A Associação de familiares e vítimas da tragédia de Santa Maria segue lutando para que todos os responsáveis não fiquem impunes. Por memória. Por justiça. Que não se repita.”
“Todo mundo tem um lado sonhador e mesmo que a vida faça esse lado sumir, ele não some de verdade. Ele esconde e fica esperando o momento certo de sair. E acredite, ele sempre, sempre encontra um jeito. Às vezes, para se aproximar, é preciso primeiro tomar distância.”
“Às vezes, quando a gente é criança, a gente se sente responsável pelo que acontece com os nossos pais, a gente carrega uma espécie de culpa. Só que, quando você não faz essa ruptura, essa separação, em algum momento isso pode impedir você de crescer, de você se tornar independente deles.”
“Quando você fala no seu pai, quem fala é o Theo menino. O menino que ficou cuidando da mãe. O menino que foi deixado pra trás. Muitos anos se passaram, Theo, mas você não consegue agir como um filho adulto.”
“A impressão que eu tenho é que você pode até não sentir remorso agora, mas você já pressente que vai sentir depois. E aí quando você sentir esse remorso, talvez seja tarde demais.”
“Eu combinei com a Malu, eu vou me encontrar com ela daqui a pouco no hospital. Preciso dizer que eu perdôo ele. Sabe por quê? Pra me perdoar.”
“Eu acreditei a vida toda num pai que talvez nem tenha existido.”
“- Eu acho que eu iria até mais longe com você. Eu poderia afirmar que você vai ser uma excelente mãe. - Como é que você sabe? - Você vai dar pro seu filho tudo que você não teve, você vai querer suprir o afeto que faltou na sua vida e você vai ensinar pra ele tudo de bom, tudo de bom que aprendeu com seu pai.”
“- Ridículo… Nas nossas últimas sessões, eu ficava aqui falando do meu pai, falando sem parar dele… Se eu ia ou se eu não ia no hospital, que isso, que aquilo, que aquilo outro… enquanto isso, ele tava lá, morrendo… Ao invés de eu ir falar com ele, olhar nos olhos dele, eu fiquei aqui, falando sobre ele. Pra quê? Que que adiantou isso? - Sem a consciência que você conquistou aqui, você não teria ido ao hospital. - Mas o que que adiantou eu ir lá no hospital naquela altura do campeonato? Eu não falei com ele, Dora. Eu não cheguei a tempo. Eu te contei. - Foi um telefonema muito confuso… - É isso, não cheguei a tempo. Naquele dia eu tinha combinado de ir no hospital com a Malu, finalmente. Aí eu vim aqui, contar pra você sobre a minha decisão. No caminho daqui pro hospital, eu tremia. Eu tava com aquele perdão entalado na garganta. Quando faltavam cinco passos pra eu dar esse perdão… cinco passos… meu pai morreu. Ele morreu sem saber que eu tava ali. - Você acha que se você não tivesse vindo aqui naquele dia, você teria chegado a tempo de falar com o seu pai? - Muito provavelmente, né, Dora?! - Certo. Pode me culpar. - Eu não tô te culpando, Dora. Você sabe o quanto eu adiei ir até lá. Eu podia ter ido antes, claro. Se alguém é culpado aqui, esse alguém sou eu. Eu… eu não fui capaz de perdoar o meu pai. O meu pai. Agora tudo ficou claro pra mim. Sabe por que que eu me tornei um terapeuta? Pra curar essa ferida que o meu pai deixou desde que ele saiu de casa. - O que eu tenho a dizer sobre esse terapeuta é que ele é muito bom. Um terapeuta que consegue entender a dor das pessoas muito bem. Talvez essa compreensão venha justamente daí. Theo, você reconhece nos outros, a ferida que dói em você. - Não, não sei de mais nada. - É natural, né… Você teve uma semana muito difícil. Uma das mais difíceis da sua vida. É natural que agora você se sinta assim… um pouco perdido. - Um pouco?”
“- A Malu me ajudou muito na minha decisão. - Do que é que você está falando? - Eu preciso de um tempo. Eu vou parar, Dora. Nessa semana, aquela minha paciente, a Carol… Ela me disse que aquela seria a nossa última sessão. Ela ia embora. Ela ia parar. E eu não tive força pra lutar por ela. Não tive. - Talvez porque o tratamento dela tenha realmente acabado. - Não é isso não, Dora. Tem tanta angústia naquela garota. É uma menina… e tendo que lidar com a visão da morte tão de perto. E eu não lutei por ela. Ela foi embora. E eu não fiz nada. - Talvez você tenha finalmente compreendido que você não pode salvar essa garota, Theo. De repente os cuidados que ela precisa nesse momento são outros. Apenas os mais urgentes. - É, ela agora tá lutando pela vida. E é isso que eu preciso fazer também. Eu pensei muito nessa semana. É… Eu tenho que me afastar por um tempo. Eu preciso parar de atender, Dora. É… Eu não to falando do tempo de um luto, um fim de semana, um feriado. Eu tô falando de uma coisa muito maior que isso. - Você acha que essa sua atitude de querer parar tem a ver com a Carol ou com o resultado do conselho de psicologia? Você se lembra de uma das primeiras coisas que você me disse quando veio me procurar depois daqueles anos todos de silêncio? Você falou que estava impaciente com os seus pacientes. Que você sentia que estava pulando etapas com eles e que, as vezes, o que você mais queria era fechar a porta e não abrir pra mais ninguém. - É, eu me lembro sim. - Mas você continuou. Você superou esse sentimento. Entendeu que era uma crise. Nós temos que considerar tudo isso que você passou nos últimos meses e, a partir daí, descobrir de onde está vindo esse sentimento. Na minha opinião, é apenas a terapia seguindo o seu caminho natural. É evidente que teria uma turbulência, mas, talvez, tudo isso tenha a ver apenas com o seu trabalho comigo. O tratamento pelo qual você está passando. Todas as coisas que surgiram até aqui. O fato de você ter começado a se livrar da compulsão de salvar a sua mãe, de protegê-la acima de tudo. As questões sobre seu pai. É óbvio que houve uma crise. Era óbvio que isso ia acontecer. E nós temos que encontrar uma maneira diferente de lidar com tudo isso. Mas, Theo, nós estamos bem no meio do processo… - Mas eu não quero continuar esse processo. Esse é o ponto. Eu quero sair da poltrona do terapeuta e redescobrir a minha paixão, a minha fé por essa profissão. E eu preciso também sair do seu sofá, parar de falar sobre a vida é viver.”
“- Eu queria te dizer uma coisa que eu acho que eu não disse ainda de forma suficientemente clara até agora: eu acho você um excelente terapeuta. É o que eu realmente acho. Você é um dos melhores que eu conheço. E eu queria te dizer que eu aprendi muito com você. Você sabe por que que eu voltei a atender, Theo? Porque eu te via trabalhando… mesmo com todas as dificuldades que você estava enfrentando, você seguia. E eu, as vezes, me sento aqui, ouço meu paciente falar… eu me lembro de como ele estava há um ano atrás e eu sinto que faço parte dessa mudança. Tenho uma parcela de responsabilidade nesse avanço e não tem nada que se compare a esse sentimento. Eu tenho certeza que você sabe do que eu tô falando. - Não é isso que eu tô dizendo. O que eu tô dizendo é que eu preciso de um tempo, uma parada pra reavaliação, pra ver como é que eu vou continuar. Sei lá… terapias com grupo, supervisão, novas abordagens que não sejam individuais, entendeu?”
“- A despedida dos fantasmas do seu pai, da sua mãe e a sombra que isso fazia na sua vida está se dissolvendo. Isso faz você ficar mais forte. Talvez agora você possa ver as coisas de uma maneira diferente, sem essa sombra. É muito bom ver que você está reavaliando os conceitos sobre a sua profissão. Você está fazendo isso com coragem. Eu te admiro por isso. Sabe o que eu acho, Theo? Você devia usar essa coragem pra fazer a mesma coisa na sua vida pessoal. Se permita desistir de alguns de seus medos… - O que eu preciso, Dora, é viver. E não ficar aqui falando da vida. - Theo… - Dora, não precisa lutar por mim. - Boa sorte, Theo. Eu estou aqui, se você precisar. - Eu sei.”
"Quando eu não tô em casa, eu tô feliz. Aí eu chego… É impressionante… É só entrar nesse lugar, que eu me sinto uma merda. Não era pra ser assim, você não acha? Ninguém devia se sentir mal quando chega em casa."
June: Você vai fazer o seguinte: vai voltar pra lá, e vai agir como uma aia, mas o tempo inteiro estará conspirando contra eles e planejando a sua vingança. Serena: Foi isso que você fez? June: Olha o que aconteceu com o Fred. E olha você agora.
Queria que já tivesse acabado nessa? Queria. Mas enquanto tiver temporada, vou assistir. Não consigo abandonar. Shonda, pelo amor de Deus, acaba logo isso.
“Pensamos que a dor de um coração partido esteja fora do nosso controle. Mas a ciência sugere que se rirmos em vez de chorarmos, se cantarmos em vez de sentirmos dor, podemos nos curar mais rápido. Claro que quando estamos sofrendo, às vezes é mais fácil continuar sofrendo do que tentar melhorar.”
“Quem somos na verdade é o resultado de muitas, muitas coisas. Como lidamos com o medo. Quem temos ao nosso redor. E como estamos presentes quando é importante.”
“Pesquisadores estudaram por que alguns têm melhor desempenho em testes. E descobriram que não está necessariamente relacionado à inteligência. Algumas pessoas ficam ansiosas durante as provas e desviam a energia mental para a ansiedade em vez de expandi-la para encontrar as respostas certas. Outros têm uma melhor compreensão de como os testes funcionam. Eles usam processo de eliminação e outras técnicas para ajudá-los a fazer melhores escolhas. Algumas pessoas estudam mais. Eles começam cedo, fazem flashcards… Confiam na repetição para obter respostas quando precisam delas. Os testes nem sempre medem o quanto você sabe. Eles medem o quão bem você os faz. Os testes certamente não medem o seu valor. Mas saber disso não faz doer menos quando você não passa.”
“Em 2019, a Organização Mundial da Saúde oficialmente reconheceu o Burnout em sua Classificação Internacional de Doenças. Estudos mostram que médicos que relatam sinais de Burnout tem as amígdalas aumentadas, a área do cérebro que regula o medo e a agressão. Mas o Burnout não é um exercício acadêmico. É uma condição sistêmica que consome tudo. É todo o seu corpo lhe enviando uma mensagem clara. Algo tem que mudar, e tem que ser agora. (…) Simplificando, o Burnout vem de um profundo desequilíbrio. Muito estresse com poucas recompensas. Você fica exausto, esgotado. Fica sem paciência, prazer ou serotonina. É o fim, a menos que… você o transforma em outra coisa e encontra seu caminho para a recuperação. Escolha as peças que você quer da sua vida… e encontre um caminho novo para prosseguir.”
“- Frequência cardíaca e pressão arterial estão melhorando. - Desculpa, eu fiquei tonta. - Tudo bem. Você teve uma síncope vasovagal. Pode ter sido causada por diversos fatores, como ter visto sangue, sofrimento emocional.”
“Todos passamos por isso, um momento em que tudo se perdeu. Seja no nosso trabalho, na família, no amor… Tememos que vamos perder tudo. Fechamos os olhos, mordemos os lábios e a adrenalina flui pelo nosso corpo. Apesar do quanto tentamos, essa última tentativa ainda pode não funcionar.”
“Os médicos, como a maioria dos seres, tem medo de riscos… Preferimos a segurança do que conhecemos à adrenalina de novidades. Cirurgiões e médicos, no geral, gostam de ter certeza de que estamos certos antes de tomarmos uma decisão. E então, para nós, a mudança requer prova incontestável, que nem sempre é fácil de se obter. Há uma teoria de que a cirurgia em si é uma era que irá passar. Mas isso está longe de acontecer. E, enquanto isso, há eras dentro das eras. Nós descobrimos novas ciências. Nós pausamos, provamos novas teorias. (…) E então batemos a cabeça na parede tentando nos convencer a mudar nossas práticas para se alinhar com o que sabemos. Porque o fim de uma era é mais fácil na teoria.”
“- Estou dizendo que você passou a sua vida inteira em um lugar, e isso torna a sua saída difícil. E, às vezes, nenhum de nós sabe o que nos motiva. Certo? Às vezes sinto como se eu tivesse 18 anos, às vezes acho que tenho 8. Todos nós temos bagagem. Temos os nossos traumas. E pelo que eh entendo, você passou por muita coisa. Estou dizendo que é difícil ir embora, Meredith. É difícil. É, sim. E o que nós fizemos hoje tornou as coisas mais difíceis. Não acho que essas duas coisas não sejam relacionadas. - Se você viu tudo isso, diga-me por que não tentou me impedir. Diga-me por que você não disse nada. - Eu vi o que eu vi, mas eu tenho respeito e humildade o suficiente de entreter a possibilidade de que eu estava errado. Porque você é a Meredith Grey. E não gosta de receber ordens. - Você realmente deveria ir embora. Volte para o Minnesota. Tenho muito trabalho para fazer aqui. (…) - Nick! Nick!”
“A esperança nunca é vã, Elrond… Nem mesmo quando é ínfima. Quando os outros sentidos adormecem, a esperança é a primeira a despertar e a última a descansar.”
Que série pesada! Que série necessária! Que série bem realizada!
“Essas histórias são inspiradas em acontecimentos reais. Os personagens e as tramas são fruto de trabalho de ficção. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.”
“Se você vive um relacionamento abusivo ou conhece alguma mulher que está sofrendo violência, busque ajuda.” EMERGÊNCIAS LIGUE 190 DENÚNCIAS LIGUE 180
“O transtorno de múltiplas personalidades, que agora é o TDI, Transtorno Dissociativo de Identidade, existe na psiquiatria moderna desde os anos 1.800 ou antes. (…) Uma das coisas que faz uma pessoa com TDI ser diferente das outras é a descontinuidade com que vive, como estar em lugares e não se lembrar do que fez. Elas descobrem que fizeram coisas e não se lembram de nada, enquanto a maioria das pessoas se lembra do que faz. Isso dá um senso de continuidade da existência. Já as pessoas com TDI sentem que existem, o tempo passa, e de repente elas estão em outro lugar. A maioria das pessoas não entende esse transtorno e acha fantasioso demais para ser real.” O psiquiatra
“A melhor forma para descrevê-lo é dizer que todos temos diferentes aspectos de personalidade, que conhecemos muito bem. No caso de múltiplas, esses aspectos são separados. E eles não se tornam entidades separadas, como nem sempre sabem da existência umas das outras.” A psiquiatra
“Judy e Gary me disseram e me ensinaram que devemos considerar todas as possibilidades num caso criminal e que não há dois casos iguais, mesmo acusações iguais. São réus diferente, com passados e vivências distintos. A maioria dos casos criminais não é preto e branco. Há uma grande área cinzenta onde as experiências e habilidades das pessoas entram em jogo. Sempre que ele tinha lápis e papel, ele desenhava. Todos os desenhos que ele fez na prisão do Condado de Franklin possuíam temas em níveis de habilidade muito diferentes entre si. Para ser apto a enfrentar um julgamento, era preciso cumprir certos critérios. Um deles dizia que você tinha que entender a natureza do crime. Você tem que entender a diferença entre certo e errado e precisava cooperar com o seu advogado na preparação da sua própria defesa.” A psiquiatra
“- Tínhamos conversado com várias outras personalidades, mas Billy não tinha permissão para acordar, como elas diziam.” A psiquiatra
“O sumiço da personalidade do hospedeiro não é algo comum, mas também não é raro. Já vi muitos casos assim. E se pensarmos nisso como uma estratégia de sobrevivência, digamos que ele teria se matado, mas por ter ficado dentro, o corpo não morreu. É um mecanismo de defesa, estratégia de sobrevivência. Mas é basicamente dizer: “Isso é demais. Não consigo lidar. Preciso me dividir em partes para não sentir, nem saber de tudo.” O psiquiatra
“Tentei ser o mais persuasiva possível com os outros alter egos e pedi para deixarem o Billy sair. Disseram que o deixavam dormindo porque ele queria se matar, e eles não queriam morrer. E eu disse: “Vocês sabem que tem muita gente aqui. Deixem que ele saia para que eu possa conhecê-lo.” A psiquiatra
“- Está com medo? Lembra de mim? Billy? Lembra de mim? Não precisa ter medo. É totalmente seguro.” A psiquiatra
“Para mim, acho que dormir era como a morte, porque era uma fuga. E quando a Dra. Wilbur me acordou, eu senti muito medo, porque eu não sabia onde estava, nem o que estava acontecendo. E eu vi várias pessoas ao meu redor.” Billy
“- Quando eles começaram a saber uns sobre os outros? - Quando você apareceu.” Billy e a psiquiatra
“No começo, ele não conseguia acreditar, mas depois de explicarem que ele não se lembrava de coisas que ele havia feito, acho que ele teve que chegar à conclusão de que estavam dizendo a verdade.” A mãe
“- Como cheguei aqui nesse hospital? - Sra. Turner, a Dra. Wilbur achou que, se você viesse ao hospital, talvez pudesse aprender a lidar com os problemas e com experiências assustadoras. E que você não ia mais dormir e ver que algo de ruim aconteceu sempre que acordasse. - Vocês podem fazer isso? - Gostaríamos de te ajudar. Quer que a gente tente ajudar? - A tirar essas pessoas de mim?” Billy e os psiquiatras
“- O que acha que é mais difícil de lidar? - O medo de que alguém me machuque. Isso me faz dormir. - Isso faz você dormir? A vontade de fugir dessa pessoa? - Sim. Se eu for dormir, não me machuco.”
“A defesa da dissociação é um estado de consciência alterado e ocorre porque o indivíduo é colocado em uma situação de um terrível trauma sobre o qual é insuportável pensar, então, por isso, se dissocia. Eles entram em um estado de alteração para se retirar mentalmente da situação traumática em que se encontram.” A psiquiatra
“- Por que sou assim? - Algumas coisas devem ter te assustado quando era criança.”
“O desenvolvimento desse transtorno é o resultado direto de um trauma extremo. E quando falo de trauma extremo, não estou falando de abuso infantil da forma como normalmente descrevemos. Estou falando de abuso infantil que beira a tortura.” A psiquiatra
“- Ele sabe que estou aqui? - Ele sabe que você está aqui? - Sabe. - A que se refere? - Eu não deveria falar nada. Se eu errar, ele vai me matar e me enterrar no celeiro.”
“Billy, vou contar todas as nossas histórias. Vou contar todos os segredos que sei. Eles precisam entender. Eles precisam saber de tudo, ou isso vai acabar acontecendo para sempre, e também não posso viver assim. E você não pode fazer isso com as pessoas.” A mãe.
“Pessoas que têm múltiplas personalidades sofreram traumas devastadores quando crianças. Tentamos entrevistar a família para ver de que ambiente ele vinha e para que pudessem nos ajudar a entender melhor sua sintomatologia.”
“Eu diria que esse transtorno é um escudo e uma fuga. Então, é algo que protege, porque uma parte não se lembra do abuso, o que é uma fuga. Mas a fuga é o escudo.”
“É um transtorno que começa muito cedo, quando a criança está criando um senso de si mesma. Se você é uma criança, não pode revidar, não pode fugir. Então vai embora, na mente. As crianças nascem com o potencial de ser múltiplas, e é a qualidade dos pais e as primeiras experiências que integram essa personalidade ou levam à fragmentação dela.”
“Normalmente, em TDI, há partes distintas com papéis muito distintos. Está parte faz isso, outra parte tem tal idade… então, pode haver um alto nível de estrutura e ordem e um alto nível de caos ao mesmo tempo. E quando alguém cresce numa família disfuncional, aprende a ser disfuncional.”
“- Então me colocavam para dormir quando eu tentava me matar? - Talvez fosse porque eles sentiam que você não conseguiria lidar com o problema. Já sentiu que não sabia mais o que fazer? - Sim. - É uma atitude muito drástica. - Achei que ninguém poderia me ajudar.”
“Dr. Martin Orne, um respeitado psiquiatria que acredita que múltiplas personalidades existem, teme que um médico possa plantar a ideia na cabeça do paciente. ‘Muito cuidado deve ser tomado no uso da hipnose com esses indivíduos para que não crie os problemas que você acha que está curando.’.”
“Nosso trabalho é dar palpites inteligentes… Não se engane, é o que fazemos. Espero que seja um palpite com conhecimento, experiência, formação… com a intuição e com muito trabalho duro, você pode dar o melhor palpite possível.” O psiquiatra
“- Vemos uma lógica perversa, de alguém que não tem empatia. O outro não existia para Milligan. - Ele era perigoso? Sim, acho que era. Mas é a natureza do que eu acho que ele era. - Isso é psicose de verdade. - A psicopatia existe quando alguém é capaz de fazer algo sem sentir absolutamente nada. Por isso, age com maldade. Mas a sensação perversa de prazer foge do controle, e ele não se contém.”
“Descobri que Christopher Carr era Billy Milligan quando o agente do FBI Cochran mencionou um panfleto com o rosto do Billy que mostrava que ele era Christopher Carr.”
“Então tudo o que ele fez, o fato de ter sido procurado no país e de provavelmente ter matado alguém, tudo isso foi esquecido. E lá está o Billy, de volta. Isso me deixou revoltado. (….) Quem acredita na história do TDI, seja verdade ou não, esqueceu as vítimas dele. Pelo menos 4 jovens foram estupradas. E teve o Sr. Madden, que acho que foi assassinado. As pessoas esqueceram. A ideia de que ele tinha um transtorno apaga tudo. Está acima de tudo.”
“Em março de 1990, recebi uma ligação da Tracy, namorada de Billy Milligan, relatando problemas com ele. Ele ameaçou matá-la. A Tracy me ligou, e ela estava morrendo de medo. Perguntei: ‘O que foi?’. Ela disse: ‘Billy me ameaçou de morte. Pode vir passar a noite aqui?’. Eu disse: ‘Claro.’ e dirigi até Columbus. Umas 2h da manhã, Billy ligou para ela. E eu não atendi o telefone. Eu não disse nada. Só escutei. Ele disse: ‘Sei que Rob está aí. Passe para ele. Sabe que posso ir até aí e matar todos vocês, e não há nada que possam fazer, pois tenho um transtorno mental.‘! Mas a coisa mais importante que Billy Milligan disse à Tracy foi: ‘Os policiais são tão burros e incompententes, que nem perceberam, quando eu fui preso na Flórida, que eu estava com os óculos de Michael Madden e havia manchas do sangue dele naqueles óculos. Ele também disse a Tracy que havia matado um negro em Logan, Ohio. Foi um assassinato brutal.”
“Acho que o diagnóstico de 1970 do Dr. Brown foi justo. Estamos lidando com uma neurose histérica bem séria, com características que podem ser chamadas de antissociais.”
“Uma das coisas que alguém com múltiplas personalidades faz é esconder o fato de que tem essa condição. Quando vi Billy Milligan, ele não sabia nada sobre Ragen, Allen, Tommy, David e o resto.”
“Você está lidando com alguém traumatizado, que aprendeu a existir em um mundo onde as pessoas são abusivas. E essa pessoa se torna manipuladora como mecanismo de sobrevivência.”
“É uma defesa, é claro, contra situações intoleráveis.”
“A questão de múltiplas personalidades era um pouco excessiva. Eles preferiram mudar o foco pro Transtorno Dissociativo de Identidade. O transtorno de múltiplas personalidades morreu em meados dos anos 1990.”
“Se isso realmente fizesse parte da natureza humana, não desaparecia tão depressa. Foram os terapeutas carismáticos e pacientes criativos e convincentes que criaram essa epidemia.”
“Dá para ver como os sintomas e o diagnóstico também são induzidos pela forma como médicos e psicólogos cuidam desses pacientes. E acho que acreditar no caso Billy Milligan, como no caso Sibyl e em outros, é o mesmo que dizer que a lua é feita de queijo, e acreditar que o estado de ter várias personalidades é ter personagens reais que assombram o corpo de um indivíduo.”
“As pessoas formaram opiniões ao supor que ele não tinha problemas. Mas ele se envolveu tanfo na própria história, que passou a viver a vida com as personalidades.”
“O problema de Milligan é que até quem acredita em reabilitação fica desconfortável quando alguém como Billy é solto. Não importa a opinião dos médicos, muitos acham que ele é perigoso.”
“São camaleões, são pessoas capazes de metamorfosear o estado de espírito, a depender da necessidade ou da situação.”
“Cuidei muito dele no fim de sua vida e um dia ele me pediu para visitá-lo. Eu fui e ele me perguntou: ‘Acha que Deus me perdoaria pelas coisas que fiz?’ E eu disse: ‘Claro, acho que Deus te perdoaria por tudo que você fez.’ E ele disse: ‘Fui uma pessoa horrível, você nem sabe de tudo o que fiz.’. Falei: ‘Acho que Deus pode perdoar o que você fez.’ E então ele disse: ‘Eu matei pessoas. Será que Ele vai me perdoar por isso?’.”
“O TDI e outros transtornos mentais continuam sendo estudados. O TDI agora é reconhecido como um transtorno sério. Experiências traumáticas na infância podem ser associadas a transtornos ou à propensão para violência no futuro.
“A sentença do juíz foi muito forte e marca os dois para sempre. Eles têm escrito na cara “assassinos”. Isso ninguém tira, ninguém apaga. Eles escreveram essa história para si, com a melhor narrativa que eles puderam construir em torno do que fizeram, e, causaram, no juíz, uma impressão tal que resultou numa sentença, assim, tão dura. Essa sentença, por exemplo, não tem uma divulgação. Ela até tem uma manchete, mas é diferente, porque, antes do julgamento, você tem cinco anos de versões. Mas, quando acontece o julgamento, que a história é comprovada, que essas versões caem por terra, se dissolvem como castelos de areia, que é o que eram, você não tem a matéria do dia seguinte. A matéria do dia seguinte é: “Tantos anos de prisão, mas já pode sair ano que vem.”
“- Você se considera uma vitoriosa? - Não há vitória possível quando se perde um filho dessa maneira. Nada é vitória mais.”
“O interesse não está mais em saber qual foi a história, o que que realmente aconteceu nesse caso. Porque tem um futuro esperando por eles. Pode ser bom ou ruim, não sei qual, mas é um futuro. A “vítima” não tem mais futuro nenhum. A vítima acabou.”
“Não se passa borracha porque não tem borracha que apague uma coisa dessas. E essa história está ali. É sacramentada na sentença, na descrição da personalidade deles, como o juíz diz, não é? Perverso, covarde e cruel. Na de Paula, ele ainda acrescenta que é inadaptada para viver em sociedade e registra o grau de periculosidade dela. Olha a palavra, “periculosidade”. Entende? Essas são as pessoas que, definidas assim pelo juíz na sua sentença, são depois libertadas por bom comportamento.”
“São essas coisas que vão te levando a um descrédito mesmo da justiça. As vezes as pessoas me perguntam: “Mas você é contra a ressocialização de presos?”, “Você não acredita que as pessoas mudem?”. Claro que acredito. O primeiro passo para a mudança é o arrependimento. Isso eu já vi. Agora esses dois… Em psicopata, eu nunca vi. E nos dois assassinos da minha filha, também nunca vi. Trinta anos se passaram e eles continuam dando sinais de que são exatamente os mesmos.”
“Como eu tenho vocação para ser feliz, eu vivo as felicidades possíveis. Mas, antes, eu tinha plenitude disso. Antes, eu podia sentir isso plenamente. E, hoje, não.”
“Ouvi dizer que quando os maremotos acontecem, muitas vezes há pessoas observando na praia. Eles veem o desastre chegando, o horizonte sumindo, mas não veem de verdade até que seja tarde demais. Assistimos a uma palestra na residência que nos prepara para essas surpresas. Ela se chama Ética nos Desastres, em que os futuros cirurgiões imaginam o que fariam se o inimaginável acontecesse. Mas é imperfeita. Porque embora seja bom se planejar para o pior, você não tem como saber como vai lidar com isso até que esteja bem no centro do desastre, debaixo da onda, tentando não se afogar.”
“Só queria te ver. Queria dizer… Grande parte de ser mãe é fingir as coisas, né? Não sabemos o que estamos fazendo. Nem quando são pequenos. Nem quando crescem. Então fingimos. Imitamos o que achamos que é ser mãe. Eu tive uma boa mãe, mas éramos complicadas. Só quero dizer… que todos esses anos, muitas das vezes em que eu estava fingindo… estava te imitando o melhor que podia, Rebecca. Eu cuido deles daqui pra frente, Mama. Obrigada por me ajudar com aquele garoto complicado, incrível e lindo que você criou. Mas eu cuido dele agora.”
“- Isto é bem triste, né? O fim?! - Não sei. Na minha visão, se algo te deixa triste quando acaba, deve ter sido maravilhoso quando estava acontecendo. Na verdade, eu sempre tive preguiça de ver o mundo como algo triste, pois grande parte dele é. Pois tudo acaba. Tudo morre. Mas, se der um passo atrás… Se der um passo atrás e vir o panorama completo… Se tiver coragem suficiente pra se dar o presente de uma perspectiva ampla… Se fizer isso… verá que o fim não é triste, Rebecca. É só o começo da próxima coisa incrivelmente bonita. É como aquele quadro doido que seu filho fez. - Eu amo muito aquele quadro. - Certo.”
“I just wanted to see you. I just wanted to say… So much of being a mom is about faking it, isn’t it? We don’t know what the hell we’re doing. Not when they’re young. Not when they’re older. So we fake it. We imitate what we think a mom should be. I had a good mom. But, uh… We were complicated. I just want to say… all these years, so many times when I was faking it… I was doing my best impression of you, Rebecca. I’ll take him the rest of the way, Mama. Thank you for helping me with that complicated, incredible, beautiful boy that you raised. But I got him now.”
“- This is quite sad, isn’t it? The end? - Oh, I don’t know. The way I see it, if something makes you sad when it ends, it must have been pretty wonderful when it was happening. Truth be told, I’ve always felt it a bit lazy to just think of the world as sad, because so much of it is. Because everything ends. Everything dies. But if you step back… If you step back and look at the whole picture… If you’re brave enough to allow yourself the gift of a really wide perspective… If you do that… you’ll see that the end is not sad, Rebecca. It’s just the start of the next incredibly beautiful thing. It’s like that dopey painting your son made that time. - Hey, I really love that painting. - Okay.”
"Eu não me importo com as coisas grandes. São as coisas pequenas. Um sábado normal, quando nada grandioso acontece, e éramos só uma família normal como qualquer outra. Rindo, conversando, e brincando de colocar o rabo no burro. É isso que não estou preparada para esquecer..."
“Silenciar-se frente a injustiça é ser cúmplice do opressor.”
“Acho que ser pais já será difícil o bastante sem nós dois andando por aí tentando ser estranhos educados na frente um do outro.”
“Não percebi que você era o tipo de cara que precisa ouvir um ‘Bom garoto!’.”
“O que estou dizendo é que todos temos problemas do passado com os quais ainda estamos lidando. E isso sou eu, você e Randall.”
O Manuel Júnior comentou essa perfeição abaixo e eu roubei pra reler quando der vontade:
“Um dos melhores monólogos da temporada é o de Miguel, episódio 15. Falar sobre paixão x amor, e, assim, ir de encontro com as fantasias românticas de amor à primeira vista, que somos incorporados desde a infância, e também ao "escrito nas estrelas", que funcionam muito bem em comédias românticas clichês mas nem sempre na vida real, foi sensacional para mim. Muitas vezes, pessoas se fecham a relacionamentos que podem ser frutíferos só porque não sentiu uma paixonite de verão naquele momento, sendo que paixão vai e volta em um relação de amor duradoura. O amor cotidiano é muito mais real do que em filmes da disney que duram 90 minutos. E ele pode ser tão lindo quanto.
O diálogo:
"Quando a sua mãe e eu começamos a sair, eu lembro de pensar muito na expressão: “escrito nas estrelas”. Eu sempre amei essa expressão. A ideia que o universo tinha grandes planos para dois estranhos antes mesmos deles se encontrarem. Eu me lembro que foi assim com seus pais. “Escrito nas estrelas”. Sei que não foi assim pra ela e pra mim. Foi estranha a forma que ficamos juntos. Eu sei disso. E eu tinha muitas dúvidas no dia do nosso casamento. E até dias depois. Mas os anos passaram e eu eu percebi que estava tudo bem. Que sim, há algumas histórias de amor que são escritas nas estrelas. Mas há outras histórias de amor que são escritas juntas. Duas pessoas, para quais o universo não tinha planos, escrevem sua história nas estrelas, juntos. Isso também é incrível, não é?"
Segue abaixo mais um comentário roubado. Dessa vez, do Gustavo:
“Sobre casamento, paixão e amor.
Não se case por paixão. O amor, mais do que um sentimento, é uma escolha.
A decisão da Madison pode parecer sábia, mas não é sinal de maturidade emocional casar por estar apaixonado. Paixão pode ser (e geralmente é) um ótimo alicerce para o amor até ruir e então o casal precisará (re)construir novas bases.
Lembram do episódio passando quando Miguel reflete sobre o relacionamento dele com a Rebeca e de como ela ela com o Jack? Pois é: - Jack e Rebeca = Paixão antecedeu o amor; - Miguel e Rebeca = Amizade antecedeu o amor.
Não há melhor ou pior. O melhor é quando se decide amar. É sobre isso o insight da Kate, quando lembra dos votos do casamento e de que é preciso lutar pela relação e apoiar o outro. Talvez seja esse o motivo do agora relevado rompimento entre eles.
Sempre aconselho aos amigos que esperem a paixão acabar para decidir casar. É quando há discernimento para escolher amar. Não se preocupem, a paixão vai e volta, pela mesma pessoa, misturando com a admiração, o carinho e o companheirismo.
Enfim, senhoras e senhores, a paixão é sempre temporária, mas o amor.... O amor pode ser eterno.
Pra finalizar, algumas partes dos comentários do Valdenys:
“Vamos fazer um noivado não-tradicional, em que a noiva engravida antes, e ele vai morar na casa dela por conta de uma Pandemia”, diz Madison sobre seu noivado no mínimo complicado com Kevin, em que os dois ainda estão tentando achar a cumplicidade de falar sobre si e seus problemas (de peso, alimentação, vícios e carreira).”
“Todos esses pontos mostram que, durante toda a vida dele, Kevin foi quase sempre colocado como apenas “bom”, uma “promessa”, mas que precisa “se esforçar mais para ser um dos melhores.” E isso claramente o afetou profundamente. O moldou profundamente.”
“Dê a ele um coração curioso e perspicaz, a coragem de perseverar, um espírito para amar e o dom da alegria e da admiração.”
“Sempre procuramos trabalho, namorado e apartamento. Se tem dois dos três e eles são incríveis, por que deixamos o que não temos afetar o que achamos do que temos? Por que estar sozinha é igual a zero?”
“Se tratando de namoros, não devíamos jogar pedras em tetos de vidro. Porque você nunca sabe. Alguns estão se acomodando. Outros estão entrando em acordo. E outros não aceitam nada menos que borboletas no estômago.”
“De repente, minha vida era só sobre timing. Todas as coisas certas ditas nos momentos errados. Meu passado estava voltando rápido demais, e meu futuro estava demorando demais para chegar em casa.”
“Maybe there are no right moments, right guys, right answers. Maybe we just have to say whats in your heart.”
“Já era oficial: uma nova estação começara. Talvez os nossos erros tracem os nossos destinos. Sem eles, o que formaria as nossas vidas? Talvez, se nunca mudássemos de direção, jamais nos apaixonaríamos, teríamos bebês ou seríamos quem somos. Afinal de contas, as estações mudam. As cidades também. As pessoas entram e saem de sua vida. Mas é bom saber que quem amamos está sempre no coração. E, se você tiver muita sorte, a um voo de distância.”
Torto Arado (1ª Temporada)
1Já quero MUITO ver! Espero que sigam beeeem direitinho o livro.
Lista Negra (10ª Temporada)
3.3 17“Ele diz que a morte é inevitável. Virá para todos nós. E essa inevitabilidade tira dela todo o seu significado. O que importa são as coisas que não são inevitáveis. As coisas que criamos, que achamos. A esquerda que tomamos quando tudo nos leva para a direita. Como vivemos. Eu sempre o amei por isso. Pela extraordinária recusa em adentrar em silêncio nessa boa noite.”
The Last of Us (1ª Temporada)
4.4 1,2K Assista Agora“É cuidando das coisas que demonstramos amor."
”Joel não foi heroi, os Vagalumes não foram herois, Ellie foi a única vítima porque foi enganada.” Alguém comentou isso e concordo plenamente. E isso faz da série, na minha opinião, bem melhor.
Sweet Tooth (2ª Temporada)
3.7 56 Assista Agora“Algumas estradas são retas como flechas. Outras são mais sinuosas. Mas, precisamos confiar que, no fim, todas as estradas vão nos levar aonde precisamos ir. Só temos que chegar lá a tempo.”
Fleabag (2ª Temporada)
4.7 885 Assista Agora“It’ll pass.”
"As mulheres nascem com dor embutida. É o nosso destino físico. Cólicas, seios doloridos, parto, você sabe. Carregamos dentro de nós durante nossas vidas. Homens não. Eles têm que procurar. Inventam todos esses deuses e demônios e coisas só para que possam se sentir culpados pelas coisas, que é algo que também fazemos muito bem por conta própria. E então eles criam guerras, para que possam sentir as coisas e para se tocarem, e quando não há guerras eles podem jogar rugby. E nós temos tudo acontecendo aqui dentro. Nós temos dores em um ciclo por anos e anos e anos e então, quando você sente que está fazendo as pazes com tudo isso, o que acontece? A menopausa vem. A porra da menopausa vem e é... a coisa... mais maravilhosa do mundo! E sim, todo o seu pavimento pélvico desmorona e você fica fodidamente gostosa e ninguém se importa, mas então... você é livre. Não mais uma escrava, não mais uma máquina, com peças. Você é apenas uma pessoa nos negócios. É horrível, mas é magnífico. Algo por que ansiar.”
“(…)
- Estou com medo…
- De quê?
- De esquecer as coisas. As pessoas. De esquecer as pessoas. E tenho vergonha de não saber o que eu…
- O que você quer? Tudo bem não saber o que quer.
- Não, sei o que quero. Sei exatamente o que quero. No momento.
- O que é?
- É ruim.
- Tudo bem.
- Quero que alguém me diga o que vestir de manhã.
- Acho que há pessoas que podem…
- Não. Quero alguém que me diga o que vestir toda manhã. Quero alguém que me diga o que comer, do que gostar, odiar e ter raiva, o que escutar, qual banda gostar, do que comprar ingressos, com que fazer e não fazer piada. Quero que me digam no que acreditar. Em quem votar, em quem amar e como dizer. Acho que quero alguém que me diga… como viver minha vida, padre, porque até agora, acho que eu só errei. É por isso que as pessoas precisam de você nas vidas delas. Porque você diz como fazer. Você diz o que precisam fazer e o que vão conseguir no fim. Apesar de não acreditar nas suas besteiras e saber que cientificamente nada que eu faço faz diferença no fim, e continuo com medo. Por que ainda estou com medo? Então me diga o que fazer. Me diga que merda fazer, padre.”
“- Eu não sei o que fazer com isso, com todo amor que sinto por ela. Eu não sei onde botar ele agora.” (o amor da mãe)
“- Você sabe amar melhor que qualquer um de nós. É por isso que acha tudo tão doloroso.
- (Não acho doloroso.)”
“- Não posso fazer essa leitura.
- Então não faça.
- O quê?
- Eu faço. Vá atrás dele.
- Não posso ir atrás dele.
- Por que não?
- É tarde demais. Não posso sair do casamento do meu pai. Ele se chama Klare, misericórdia. E já está no aeroporto.
- Então pronto. É o tipo de amor de correr pelo aeroporto?
- Não vou ao aeroporto. Ele me chamaria de louca.
- É, só estou dizendo…
- O aeroporto. Como eu o acharia? Não dá pra passar pela segurança sem um cartão de embarque.
- Não sugeri que…
- Eu teria que comprar uma passagem só para passar pelo portão. Não sei quando é o voo dele, nem qual o terminal. Imagine se eu soubesse. Imagine-o descobrindo que eu sabia de tudo isso. Imagine se ele estivesse na farmácia comprando pinças no Terminal 5, e, de repente, eu aparecesse: “Olá, Klare.”
- É, isso seria intenso.
- A única pessoa pela qual eu correria por um aeroporto seria você.”
“O amor é horrível. É horrível, é doloroso, é assustador! Ele te faz duvidar e julgar você mesmo. Ele te afasta das outras pessoas na sua vida. Te torna egoísta. Te deixa assustador. Te deixa obcecado com o cabelo. Te torna cruel. Te faz dizer e fazer coisas que nunca pensou que faria! É tudo que queremos, e é um inferno quando conseguimos! Então, não me admira que seja algo que ninguém queira fazer sozinho. Fui ensinado que, se nascemos com amor, é só passar a vida escolhendo o lugar certo para colocá-lo. Fala-se muito sobre isso. Da sensação de “ser certo”. “Quando é certo, é fácil.” Mas não tenho certeza se isso é verdade. É preciso força para saber o que é certo. E o amor… não é algo para os fracos. Ser romântico requer muita esperança. Acho que o que querem dizer é: quando você acha alguém que ama, você sente esperança. (…) Obrigado a vocês dois por reunirem todos nós aqui hoje. Por aceitarem as palavras deste livro de amor. Sejam fortes e corajosos, todos que têm esperança no Senhor.”
“Saia pela lateral agora.”
“- Vai ser Deus, não é?
- É.
- Caramba! Caramba… o pior é que eu te amo de verdade. Eu te amo. Não. Vamos deixar isso no ar, só por um segundo, flutuando. Eu te amo.
- Vai passar.
(…)
- Eu também te amo.”
Boate Kiss - A Tragédia de Santa Maria
4.2 81“Não vejo preocupação nenhuma com a vida, com o usuário. A gente só não sabe o endereço da próxima tragédia.”
Impossível não escrever textão dessa vez.
Marcelo Canellas, parabéns! Quanto profissionalismo e humanidade!
Argentina e Brasil, com tragédias completamente similares mas com desfechos judiciais tão distintos. Será que um dia a justiça brasileira vai aprender? E na indagação incluo também a população. Será que se fosse o contrário, os argentinos estariam deixando que esses familiares e sobreviventes lutassem sozinhos ou estariam lutando junto? Posso estar sendo injusta, mas a sensação que tenho é que o brasileiro se revolta e se comove sim, mas é só isso. Não passa disso. Talvez a gente tenha “se acostumado” a tanta impunidade no país da impunidade.
Onde mais que a polícia civil indicia 28 pessoas e só 4 são julgadas? É porque dentre as 28 tinham os verdadeiros bambambans, prefeitura, tudo. E sabemos que nosso país é regido por dinheiro, status e poder. Então foi: ou culpa só a banda e empresários (os lados mais fracos da história se comparado a outros), ou não culpa ninguém. Ou seja, ou era isso ou NEM ISSO. Se bem que há 10 anos é o que vem acontecendo: nem isso.
Fora que eles sabiam que se fossem mesmo processar todo mundo que deveriam, encontrariam muito mais ilegalidades até em outros âmbitos e não é isso que querem, né? Quanto mais continuar na falcatrua (e os outros que se lasquem), melhor. Quanto mais conseguir esconder a poeira pra debaixo do tapete, melhor.
Esse caso era um dos que precisava e MERECIA ter punição exemplar para que não se repetisse. Pra que pensassem muito bem antes de agir, se não por caráter, por medo. Mas essa responsabilização continua falha. Triste.
Como um sobrevivente disse na frase que coloquei no início, - infelizmente - vai ter sim outra(s) tragédia(s). A gente só não sabe o endereço de próxima.
Espero que tanto a série quanto o documentário tenham bastante visibilidade e que esse assunto volte a ferver na luta por justiça.
Todo Dia a Mesma Noite
4.0 288 Assista Agora“- Se um carro derrapa na chuva e bate no outro, é um acidente, mas, se o motorista bebe uma garrafa de cana e atropela um pedestre, ele assumiu esse risco.
- Ah, Senhora Ministra, por favor, não é permitido depoimentos no STJ.
- Por favor, silêncio aqui no tribunal.
- Se um barco vira no mar bravio, é um acidente, mas, quando o dono do Bateau Mouche coloca 142 pessoas num barco que tem capacidade para 62, e ele naufraga por excesso de carga, não tem salva-vidas e 55 pessoas morrem, ele assumiu esse risco.
- Excelência…
- Se chove e há um deslizamento, é um acidente, mas, quando o executivo coloca um restaurante no caminho da barragem de Brumadinho, sabendo que tá no caminho da barragem, ela rompe e mata todos que estavam dentro, ele assumiu esse risco!
- Excelência, isso não é permitido no STJ, por favor…
- Se um dirigente do Flamengo recebe um relatório de alta relevância e grande risco sobre um quadro elétrico num contêiner, e mesmo assim coloca jovens pra dormir no contêiner, há um curto, o contêiner pega fogo e 10 garotos morrem, ele assumiu esse risco!
- Excelência, nossa legislação não permite esse tipo de depoimento no STJ.
- Eu não vou censurar um pai, como já fez o Ministério Público.
- E quando um dono de boate superlota esta boate, sem saídas de emergência, sem extintores, com barras de metal impedindo a saída, com espuma tóxica no teto, e, mesmo assim, permite um show pirotécnico… ou quando um músico de uma banda, compra um fogo de artifício de uso externo porque é mais barato, usa dentro da boate, vê que o teto tá pegando fogo e, com o microfone na mão… na mão… não avisa ninguém dentro da boate, ele assumiu o risco. A pergunta aqui não é se esses quatro réus são ou não são culpados. Porque eu… eu já sei a resposta. A pergunta que os senhores devem fazer é se há valor numa vida. Se há valor nas vidas de 242 jovens inocentes. Se há valor no sofrimento de seus familiares e amigos que há mais de 6 anos clamam por justiça. E se há de ter responsabilidade pra que isso não aconteça de novo. Se é que há alguma responsabilidade nesse país tão desprovido de justiça. Eu não sou um advogado. Eu sou um pai. Nós somos pais e mães que há 6 anos e meio entra e sai dos tribunais a procura de justiça. E quando essa justiça vier, nossos filhos vão continuar mortos… nossas vidas vão continuar vazias… mas, pelo menos… pelo menos, eles vão poder descansar. E os senhores tem o poder de dizer, aqui e agora, que a vida deles não foi de graça, que quem tira uma vida merece, ao menos, ser julgado. Então, eu peço… não, não, eu… eu suplico: deixem o júri decidir, mas não me venham dizer que foi um acidente de destino. Obrigado.
- Meu senhor, eu sinto muito! E eu devo dizer que como mãe, como brasileira, como ser humano… não há como não me comover, como não me revoltar… mas, enfim, estamos no Superior Tribunal de Justiça, e a nossa Constituição e sistema jurídico não nos permite olhar pro mérito da questão em si. Apenas pra questão de interpretação das leis. A nossa função é revisar o que o Tribunal de Justiça decidiu, que foi por uma decisão empatada em quatro a quatro, e que o empate deveria ser a favor dos réus, que assim seriam julgados por crime de homicídio culposo e não pelo júri popular. Na fase da decisão de culpa, sabidamente o empate é ‘pro reo’, mas… não é culpa ou não que estamos decidindo agora. Ora, se há divergência no tribunal, quer dizer que há, sim, a possibilidade de que, se apresentado a um júri, esse júri possa acreditar ser homicídio por dolo eventual. O ônus da prova continua sendo do Ministério Público. Mas o seu direito de apresentar o caso a um júri deverá ser respeitado. Sendo assim, eu julgo procedente o recurso do Ministério Público do Rio Grande do Sul.”
(Sentinela - Milton Nascimento)
“O julgamento, marcado para 16 de março de 2020, foi adiado pelo início da pandemia da Covid-19 e só ocorreu em dezembro de 2021, quase 9 anos depois do incêndio. O júri popular condenou os quatro réus a penas entre 19 e 22 anos de prisão. Nove meses depois, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul acolheu o recurso dos réus e anulou, por questões processuais, o julgamento da primeira instância. Por consequência, em janeiro de 2023, os réus estão em liberdade aguardando novo julgamento. A data para um novo júri ainda não foi marcada. Uma década depois do incêndio, ninguém está preso. A Associação de familiares e vítimas da tragédia de Santa Maria segue lutando para que todos os responsáveis não fiquem impunes. Por memória. Por justiça. Que não se repita.”
Sessão de Terapia (2ª Temporada)
4.2 33“Todo mundo tem um lado sonhador e mesmo que a vida faça esse lado sumir, ele não some de verdade. Ele esconde e fica esperando o momento certo de sair. E acredite, ele sempre, sempre encontra um jeito. Às vezes, para se aproximar, é preciso primeiro tomar distância.”
“Às vezes, quando a gente é criança, a gente se sente responsável pelo que acontece com os nossos pais, a gente carrega uma espécie de culpa. Só que, quando você não faz essa ruptura, essa separação, em algum momento isso pode impedir você de crescer, de você se tornar independente deles.”
“Quando você fala no seu pai, quem fala é o Theo menino. O menino que ficou cuidando da mãe. O menino que foi deixado pra trás. Muitos anos se passaram, Theo, mas você não consegue agir como um filho adulto.”
“A impressão que eu tenho é que você pode até não sentir remorso agora, mas você já pressente que vai sentir depois. E aí quando você sentir esse remorso, talvez seja tarde demais.”
“Eu combinei com a Malu, eu vou me encontrar com ela daqui a pouco no hospital. Preciso dizer que eu perdôo ele. Sabe por quê? Pra me perdoar.”
“Eu acreditei a vida toda num pai que talvez nem tenha existido.”
“- Eu acho que eu iria até mais longe com você. Eu poderia afirmar que você vai ser uma excelente mãe.
- Como é que você sabe?
- Você vai dar pro seu filho tudo que você não teve, você vai querer suprir o afeto que faltou na sua vida e você vai ensinar pra ele tudo de bom, tudo de bom que aprendeu com seu pai.”
“- Ridículo… Nas nossas últimas sessões, eu ficava aqui falando do meu pai, falando sem parar dele… Se eu ia ou se eu não ia no hospital, que isso, que aquilo, que aquilo outro… enquanto isso, ele tava lá, morrendo… Ao invés de eu ir falar com ele, olhar nos olhos dele, eu fiquei aqui, falando sobre ele. Pra quê? Que que adiantou isso?
- Sem a consciência que você conquistou aqui, você não teria ido ao hospital.
- Mas o que que adiantou eu ir lá no hospital naquela altura do campeonato? Eu não falei com ele, Dora. Eu não cheguei a tempo. Eu te contei.
- Foi um telefonema muito confuso…
- É isso, não cheguei a tempo. Naquele dia eu tinha combinado de ir no hospital com a Malu, finalmente. Aí eu vim aqui, contar pra você sobre a minha decisão. No caminho daqui pro hospital, eu tremia. Eu tava com aquele perdão entalado na garganta. Quando faltavam cinco passos pra eu dar esse perdão… cinco passos… meu pai morreu. Ele morreu sem saber que eu tava ali.
- Você acha que se você não tivesse vindo aqui naquele dia, você teria chegado a tempo de falar com o seu pai?
- Muito provavelmente, né, Dora?!
- Certo. Pode me culpar.
- Eu não tô te culpando, Dora. Você sabe o quanto eu adiei ir até lá. Eu podia ter ido antes, claro. Se alguém é culpado aqui, esse alguém sou eu. Eu… eu não fui capaz de perdoar o meu pai. O meu pai. Agora tudo ficou claro pra mim. Sabe por que que eu me tornei um terapeuta? Pra curar essa ferida que o meu pai deixou desde que ele saiu de casa.
- O que eu tenho a dizer sobre esse terapeuta é que ele é muito bom. Um terapeuta que consegue entender a dor das pessoas muito bem. Talvez essa compreensão venha justamente daí. Theo, você reconhece nos outros, a ferida que dói em você.
- Não, não sei de mais nada.
- É natural, né… Você teve uma semana muito difícil. Uma das mais difíceis da sua vida. É natural que agora você se sinta assim… um pouco perdido.
- Um pouco?”
“- A Malu me ajudou muito na minha decisão.
- Do que é que você está falando?
- Eu preciso de um tempo. Eu vou parar, Dora. Nessa semana, aquela minha paciente, a Carol… Ela me disse que aquela seria a nossa última sessão. Ela ia embora. Ela ia parar. E eu não tive força pra lutar por ela. Não tive.
- Talvez porque o tratamento dela tenha realmente acabado.
- Não é isso não, Dora. Tem tanta angústia naquela garota. É uma menina… e tendo que lidar com a visão da morte tão de perto. E eu não lutei por ela. Ela foi embora. E eu não fiz nada.
- Talvez você tenha finalmente compreendido que você não pode salvar essa garota, Theo. De repente os cuidados que ela precisa nesse momento são outros. Apenas os mais urgentes.
- É, ela agora tá lutando pela vida. E é isso que eu preciso fazer também. Eu pensei muito nessa semana. É… Eu tenho que me afastar por um tempo. Eu preciso parar de atender, Dora. É… Eu não to falando do tempo de um luto, um fim de semana, um feriado. Eu tô falando de uma coisa muito maior que isso.
- Você acha que essa sua atitude de querer parar tem a ver com a Carol ou com o resultado do conselho de psicologia? Você se lembra de uma das primeiras coisas que você me disse quando veio me procurar depois daqueles anos todos de silêncio? Você falou que estava impaciente com os seus pacientes. Que você sentia que estava pulando etapas com eles e que, as vezes, o que você mais queria era fechar a porta e não abrir pra mais ninguém.
- É, eu me lembro sim.
- Mas você continuou. Você superou esse sentimento. Entendeu que era uma crise. Nós temos que considerar tudo isso que você passou nos últimos meses e, a partir daí, descobrir de onde está vindo esse sentimento. Na minha opinião, é apenas a terapia seguindo o seu caminho natural. É evidente que teria uma turbulência, mas, talvez, tudo isso tenha a ver apenas com o seu trabalho comigo. O tratamento pelo qual você está passando. Todas as coisas que surgiram até aqui. O fato de você ter começado a se livrar da compulsão de salvar a sua mãe, de protegê-la acima de tudo. As questões sobre seu pai. É óbvio que houve uma crise. Era óbvio que isso ia acontecer. E nós temos que encontrar uma maneira diferente de lidar com tudo isso. Mas, Theo, nós estamos bem no meio do processo…
- Mas eu não quero continuar esse processo. Esse é o ponto. Eu quero sair da poltrona do terapeuta e redescobrir a minha paixão, a minha fé por essa profissão. E eu preciso também sair do seu sofá, parar de falar sobre a vida é viver.”
“- Eu queria te dizer uma coisa que eu acho que eu não disse ainda de forma suficientemente clara até agora: eu acho você um excelente terapeuta. É o que eu realmente acho. Você é um dos melhores que eu conheço. E eu queria te dizer que eu aprendi muito com você. Você sabe por que que eu voltei a atender, Theo? Porque eu te via trabalhando… mesmo com todas as dificuldades que você estava enfrentando, você seguia. E eu, as vezes, me sento aqui, ouço meu paciente falar… eu me lembro de como ele estava há um ano atrás e eu sinto que faço parte dessa mudança. Tenho uma parcela de responsabilidade nesse avanço e não tem nada que se compare a esse sentimento. Eu tenho certeza que você sabe do que eu tô falando.
- Não é isso que eu tô dizendo. O que eu tô dizendo é que eu preciso de um tempo, uma parada pra reavaliação, pra ver como é que eu vou continuar. Sei lá… terapias com grupo, supervisão, novas abordagens que não sejam individuais, entendeu?”
“- A despedida dos fantasmas do seu pai, da sua mãe e a sombra que isso fazia na sua vida está se dissolvendo. Isso faz você ficar mais forte. Talvez agora você possa ver as coisas de uma maneira diferente, sem essa sombra. É muito bom ver que você está reavaliando os conceitos sobre a sua profissão. Você está fazendo isso com coragem. Eu te admiro por isso. Sabe o que eu acho, Theo? Você devia usar essa coragem pra fazer a mesma coisa na sua vida pessoal. Se permita desistir de alguns de seus medos…
- O que eu preciso, Dora, é viver. E não ficar aqui falando da vida.
- Theo…
- Dora, não precisa lutar por mim.
- Boa sorte, Theo. Eu estou aqui, se você precisar.
- Eu sei.”
Sessão de Terapia (1ª Temporada)
4.2 141"Quando eu não tô em casa, eu tô feliz. Aí eu chego… É impressionante… É só entrar nesse lugar, que eu me sinto uma merda. Não era pra ser assim, você não acha? Ninguém devia se sentir mal quando chega em casa."
Wandinha (1ª Temporada)
4.0 682 Assista AgoraSe tinha uma coisa que eu não esperava, era encontrar “Arise, Brienne of Tarth, a Knight of the Seven Kingdoms" aqui. Queen demais!
“A mulher grandona está aqui.”
O Conto da Aia (5ª Temporada)
4.0 171 Assista Agora“Eu ofereci a outra face. Depois de tudo, eu acho que sou mais cristã que você.” June
June: Você vai fazer o seguinte: vai voltar pra lá, e vai agir como uma aia, mas o tempo inteiro estará conspirando contra eles e planejando a sua vingança.
Serena: Foi isso que você fez?
June: Olha o que aconteceu com o Fred. E olha você agora.
Grey's Anatomy (18ª Temporada)
3.6 34Queria que já tivesse acabado nessa? Queria. Mas enquanto tiver temporada, vou assistir. Não consigo abandonar. Shonda, pelo amor de Deus, acaba logo isso.
“Pensamos que a dor de um coração partido esteja fora do nosso controle. Mas a ciência sugere que se rirmos em vez de chorarmos, se cantarmos em vez de sentirmos dor, podemos nos curar mais rápido. Claro que quando estamos sofrendo, às vezes é mais fácil continuar sofrendo do que tentar melhorar.”
“Quem somos na verdade é o resultado de muitas, muitas coisas. Como lidamos com o medo. Quem temos ao nosso redor. E como estamos presentes quando é importante.”
“Pesquisadores estudaram por que alguns têm melhor desempenho em testes. E descobriram que não está necessariamente relacionado à inteligência. Algumas pessoas ficam ansiosas durante as provas e desviam a energia mental para a ansiedade em vez de expandi-la para encontrar as respostas certas. Outros têm uma melhor compreensão de como os testes funcionam. Eles usam processo de eliminação e outras técnicas para ajudá-los a fazer melhores escolhas. Algumas pessoas estudam mais. Eles começam cedo, fazem flashcards… Confiam na repetição para obter respostas quando precisam delas. Os testes nem sempre medem o quanto você sabe. Eles medem o quão bem você os faz. Os testes certamente não medem o seu valor. Mas saber disso não faz doer menos quando você não passa.”
“Em 2019, a Organização Mundial da Saúde oficialmente reconheceu o Burnout em sua Classificação Internacional de Doenças. Estudos mostram que médicos que relatam sinais de Burnout tem as amígdalas aumentadas, a área do cérebro que regula o medo e a agressão. Mas o Burnout não é um exercício acadêmico. É uma condição sistêmica que consome tudo. É todo o seu corpo lhe enviando uma mensagem clara. Algo tem que mudar, e tem que ser agora.
(…)
Simplificando, o Burnout vem de um profundo desequilíbrio. Muito estresse com poucas recompensas. Você fica exausto, esgotado. Fica sem paciência, prazer ou serotonina. É o fim, a menos que… você o transforma em outra coisa e encontra seu caminho para a recuperação. Escolha as peças que você quer da sua vida… e encontre um caminho novo para prosseguir.”
“- Frequência cardíaca e pressão arterial estão melhorando.
- Desculpa, eu fiquei tonta.
- Tudo bem. Você teve uma síncope vasovagal. Pode ter sido causada por diversos fatores, como ter visto sangue, sofrimento emocional.”
“Todos passamos por isso, um momento em que tudo se perdeu. Seja no nosso trabalho, na família, no amor… Tememos que vamos perder tudo. Fechamos os olhos, mordemos os lábios e a adrenalina flui pelo nosso corpo. Apesar do quanto tentamos, essa última tentativa ainda pode não funcionar.”
“Os médicos, como a maioria dos seres, tem medo de riscos… Preferimos a segurança do que conhecemos à adrenalina de novidades. Cirurgiões e médicos, no geral, gostam de ter certeza de que estamos certos antes de tomarmos uma decisão. E então, para nós, a mudança requer prova incontestável, que nem sempre é fácil de se obter. Há uma teoria de que a cirurgia em si é uma era que irá passar. Mas isso está longe de acontecer. E, enquanto isso, há eras dentro das eras. Nós descobrimos novas ciências. Nós pausamos, provamos novas teorias.
(…)
E então batemos a cabeça na parede tentando nos convencer a mudar nossas práticas para se alinhar com o que sabemos. Porque o fim de uma era é mais fácil na teoria.”
“- Estou dizendo que você passou a sua vida inteira em um lugar, e isso torna a sua saída difícil. E, às vezes, nenhum de nós sabe o que nos motiva. Certo? Às vezes sinto como se eu tivesse 18 anos, às vezes acho que tenho 8. Todos nós temos bagagem. Temos os nossos traumas. E pelo que eh entendo, você passou por muita coisa. Estou dizendo que é difícil ir embora, Meredith. É difícil. É, sim. E o que nós fizemos hoje tornou as coisas mais difíceis. Não acho que essas duas coisas não sejam relacionadas.
- Se você viu tudo isso, diga-me por que não tentou me impedir. Diga-me por que você não disse nada.
- Eu vi o que eu vi, mas eu tenho respeito e humildade o suficiente de entreter a possibilidade de que eu estava errado. Porque você é a Meredith Grey. E não gosta de receber ordens.
- Você realmente deveria ir embora. Volte para o Minnesota. Tenho muito trabalho para fazer aqui.
(…)
- Nick! Nick!”
O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder (1ª Temporada)
3.9 785 Assista Agora“A esperança nunca é vã, Elrond… Nem mesmo quando é ínfima. Quando os outros sentidos adormecem, a esperança é a primeira a despertar e a última a descansar.”
A Casa do Dragão (1ª Temporada)
4.1 712 Assista AgoraOitavo episódio: WOW
A Casa do Dragão (1ª Temporada)
4.1 712 Assista AgoraEu nem sabia que estava com tanta saudade de ver um dragão obedecer a um “Dracarys”. Soou como música.
Não Foi Minha Culpa Brasil
4.4 5Que série pesada!
Que série necessária!
Que série bem realizada!
“Essas histórias são inspiradas em acontecimentos reais. Os personagens e as tramas são fruto de trabalho de ficção. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.”
“Se você vive um relacionamento abusivo ou conhece alguma mulher que está sofrendo violência, busque ajuda.”
EMERGÊNCIAS LIGUE 190
DENÚNCIAS LIGUE 180
As 24 Personalidades de Billy Milligan
3.6 51 Assista Agora“O transtorno de múltiplas personalidades, que agora é o TDI, Transtorno Dissociativo de Identidade, existe na psiquiatria moderna desde os anos 1.800 ou antes. (…) Uma das coisas que faz uma pessoa com TDI ser diferente das outras é a descontinuidade com que vive, como estar em lugares e não se lembrar do que fez. Elas descobrem que fizeram coisas e não se lembram de nada, enquanto a maioria das pessoas se lembra do que faz. Isso dá um senso de continuidade da existência. Já as pessoas com TDI sentem que existem, o tempo passa, e de repente elas estão em outro lugar. A maioria das pessoas não entende esse transtorno e acha fantasioso demais para ser real.” O psiquiatra
“A melhor forma para descrevê-lo é dizer que todos temos diferentes aspectos de personalidade, que conhecemos muito bem. No caso de múltiplas, esses aspectos são separados. E eles não se tornam entidades separadas, como nem sempre sabem da existência umas das outras.” A psiquiatra
“Judy e Gary me disseram e me ensinaram que devemos considerar todas as possibilidades num caso criminal e que não há dois casos iguais, mesmo acusações iguais. São réus diferente, com passados e vivências distintos. A maioria dos casos criminais não é preto e branco. Há uma grande área cinzenta onde as experiências e habilidades das pessoas entram em jogo. Sempre que ele tinha lápis e papel, ele desenhava. Todos os desenhos que ele fez na prisão do Condado de Franklin possuíam temas em níveis de habilidade muito diferentes entre si. Para ser apto a enfrentar um julgamento, era preciso cumprir certos critérios. Um deles dizia que você tinha que entender a natureza do crime. Você tem que entender a diferença entre certo e errado e precisava cooperar com o seu advogado na preparação da sua própria defesa.” A psiquiatra
“- Tínhamos conversado com várias outras personalidades, mas Billy não tinha permissão para acordar, como elas diziam.” A psiquiatra
“O sumiço da personalidade do hospedeiro não é algo comum, mas também não é raro. Já vi muitos casos assim. E se pensarmos nisso como uma estratégia de sobrevivência, digamos que ele teria se matado, mas por ter ficado dentro, o corpo não morreu. É um mecanismo de defesa, estratégia de sobrevivência. Mas é basicamente dizer: “Isso é demais. Não consigo lidar. Preciso me dividir em partes para não sentir, nem saber de tudo.” O psiquiatra
“Tentei ser o mais persuasiva possível com os outros alter egos e pedi para deixarem o Billy sair. Disseram que o deixavam dormindo porque ele queria se matar, e eles não queriam morrer. E eu disse: “Vocês sabem que tem muita gente aqui. Deixem que ele saia para que eu possa conhecê-lo.” A psiquiatra
“- Está com medo? Lembra de mim? Billy? Lembra de mim? Não precisa ter medo. É totalmente seguro.” A psiquiatra
“Para mim, acho que dormir era como a morte, porque era uma fuga. E quando a Dra. Wilbur me acordou, eu senti muito medo, porque eu não sabia onde estava, nem o que estava acontecendo. E eu vi várias pessoas ao meu redor.” Billy
“- Quando eles começaram a saber uns sobre os outros?
- Quando você apareceu.” Billy e a psiquiatra
“No começo, ele não conseguia acreditar, mas depois de explicarem que ele não se lembrava de coisas que ele havia feito, acho que ele teve que chegar à conclusão de que estavam dizendo a verdade.” A mãe
“- Como cheguei aqui nesse hospital?
- Sra. Turner, a Dra. Wilbur achou que, se você viesse ao hospital, talvez pudesse aprender a lidar com os problemas e com experiências assustadoras. E que você não ia mais dormir e ver que algo de ruim aconteceu sempre que acordasse.
- Vocês podem fazer isso?
- Gostaríamos de te ajudar. Quer que a gente tente ajudar?
- A tirar essas pessoas de mim?” Billy e os psiquiatras
“- O que acha que é mais difícil de lidar?
- O medo de que alguém me machuque. Isso me faz dormir.
- Isso faz você dormir? A vontade de fugir dessa pessoa?
- Sim. Se eu for dormir, não me machuco.”
“A defesa da dissociação é um estado de consciência alterado e ocorre porque o indivíduo é colocado em uma situação de um terrível trauma sobre o qual é insuportável pensar, então, por isso, se dissocia. Eles entram em um estado de alteração para se retirar mentalmente da situação traumática em que se encontram.” A psiquiatra
“- Por que sou assim?
- Algumas coisas devem ter te assustado quando era criança.”
“O desenvolvimento desse transtorno é o resultado direto de um trauma extremo. E quando falo de trauma extremo, não estou falando de abuso infantil da forma como normalmente descrevemos. Estou falando de abuso infantil que beira a tortura.” A psiquiatra
“- Ele sabe que estou aqui?
- Ele sabe que você está aqui?
- Sabe.
- A que se refere?
- Eu não deveria falar nada. Se eu errar, ele vai me matar e me enterrar no celeiro.”
“Billy, vou contar todas as nossas histórias. Vou contar todos os segredos que sei. Eles precisam entender. Eles precisam saber de tudo, ou isso vai acabar acontecendo para sempre, e também não posso viver assim. E você não pode fazer isso com as pessoas.” A mãe.
“Pessoas que têm múltiplas personalidades sofreram traumas devastadores quando crianças. Tentamos entrevistar a família para ver de que ambiente ele vinha e para que pudessem nos ajudar a entender melhor sua sintomatologia.”
“Eu diria que esse transtorno é um escudo e uma fuga. Então, é algo que protege, porque uma parte não se lembra do abuso, o que é uma fuga. Mas a fuga é o escudo.”
“É um transtorno que começa muito cedo, quando a criança está criando um senso de si mesma. Se você é uma criança, não pode revidar, não pode fugir. Então vai embora, na mente. As crianças nascem com o potencial de ser múltiplas, e é a qualidade dos pais e as primeiras experiências que integram essa personalidade ou levam à fragmentação dela.”
“Normalmente, em TDI, há partes distintas com papéis muito distintos. Está parte faz isso, outra parte tem tal idade… então, pode haver um alto nível de estrutura e ordem e um alto nível de caos ao mesmo tempo. E quando alguém cresce numa família disfuncional, aprende a ser disfuncional.”
“- Então me colocavam para dormir quando eu tentava me matar?
- Talvez fosse porque eles sentiam que você não conseguiria lidar com o problema. Já sentiu que não sabia mais o que fazer?
- Sim.
- É uma atitude muito drástica.
- Achei que ninguém poderia me ajudar.”
“Dr. Martin Orne, um respeitado psiquiatria que acredita que múltiplas personalidades existem, teme que um médico possa plantar a ideia na cabeça do paciente. ‘Muito cuidado deve ser tomado no uso da hipnose com esses indivíduos para que não crie os problemas que você acha que está curando.’.”
“Nosso trabalho é dar palpites inteligentes… Não se engane, é o que fazemos. Espero que seja um palpite com conhecimento, experiência, formação… com a intuição e com muito trabalho duro, você pode dar o melhor palpite possível.” O psiquiatra
“- Vemos uma lógica perversa, de alguém que não tem empatia. O outro não existia para Milligan.
- Ele era perigoso? Sim, acho que era. Mas é a natureza do que eu acho que ele era.
- Isso é psicose de verdade.
- A psicopatia existe quando alguém é capaz de fazer algo sem sentir absolutamente nada. Por isso, age com maldade. Mas a sensação perversa de prazer foge do controle, e ele não se contém.”
“Descobri que Christopher Carr era Billy Milligan quando o agente do FBI Cochran mencionou um panfleto com o rosto do Billy que mostrava que ele era Christopher Carr.”
“Então tudo o que ele fez, o fato de ter sido procurado no país e de provavelmente ter matado alguém, tudo isso foi esquecido. E lá está o Billy, de volta. Isso me deixou revoltado. (….) Quem acredita na história do TDI, seja verdade ou não, esqueceu as vítimas dele. Pelo menos 4 jovens foram estupradas. E teve o Sr. Madden, que acho que foi assassinado. As pessoas esqueceram. A ideia de que ele tinha um transtorno apaga tudo. Está acima de tudo.”
“Em março de 1990, recebi uma ligação da Tracy, namorada de Billy Milligan, relatando problemas com ele. Ele ameaçou matá-la. A Tracy me ligou, e ela estava morrendo de medo. Perguntei: ‘O que foi?’. Ela disse: ‘Billy me ameaçou de morte. Pode vir passar a noite aqui?’. Eu disse: ‘Claro.’ e dirigi até Columbus. Umas 2h da manhã, Billy ligou para ela. E eu não atendi o telefone. Eu não disse nada. Só escutei. Ele disse: ‘Sei que Rob está aí. Passe para ele. Sabe que posso ir até aí e matar todos vocês, e não há nada que possam fazer, pois tenho um transtorno mental.‘! Mas a coisa mais importante que Billy Milligan disse à Tracy foi: ‘Os policiais são tão burros e incompententes, que nem perceberam, quando eu fui preso na Flórida, que eu estava com os óculos de Michael Madden e havia manchas do sangue dele naqueles óculos. Ele também disse a Tracy que havia matado um negro em Logan, Ohio. Foi um assassinato brutal.”
“Acho que o diagnóstico de 1970 do Dr. Brown foi justo. Estamos lidando com uma neurose histérica bem séria, com características que podem ser chamadas de antissociais.”
“Uma das coisas que alguém com múltiplas personalidades faz é esconder o fato de que tem essa condição. Quando vi Billy Milligan, ele não sabia nada sobre Ragen, Allen, Tommy, David e o resto.”
“Você está lidando com alguém traumatizado, que aprendeu a existir em um mundo onde as pessoas são abusivas. E essa pessoa se torna manipuladora como mecanismo de sobrevivência.”
“É uma defesa, é claro, contra situações intoleráveis.”
“A questão de múltiplas personalidades era um pouco excessiva. Eles preferiram mudar o foco pro Transtorno Dissociativo de Identidade. O transtorno de múltiplas personalidades morreu em meados dos anos 1990.”
“Se isso realmente fizesse parte da natureza humana, não desaparecia tão depressa. Foram os terapeutas carismáticos e pacientes criativos e convincentes que criaram essa epidemia.”
“Dá para ver como os sintomas e o diagnóstico também são induzidos pela forma como médicos e psicólogos cuidam desses pacientes. E acho que acreditar no caso Billy Milligan, como no caso Sibyl e em outros, é o mesmo que dizer que a lua é feita de queijo, e acreditar que o estado de ter várias personalidades é ter personagens reais que assombram o corpo de um indivíduo.”
“As pessoas formaram opiniões ao supor que ele não tinha problemas. Mas ele se envolveu tanfo na própria história, que passou a viver a vida com as personalidades.”
“O problema de Milligan é que até quem acredita em reabilitação fica desconfortável quando alguém como Billy é solto. Não importa a opinião dos médicos, muitos acham que ele é perigoso.”
“São camaleões, são pessoas capazes de metamorfosear o estado de espírito, a depender da necessidade ou da situação.”
“Cuidei muito dele no fim de sua vida e um dia ele me pediu para visitá-lo. Eu fui e ele me perguntou: ‘Acha que Deus me perdoaria pelas coisas que fiz?’ E eu disse: ‘Claro, acho que Deus te perdoaria por tudo que você fez.’ E ele disse: ‘Fui uma pessoa horrível, você nem sabe de tudo o que fiz.’. Falei: ‘Acho que Deus pode perdoar o que você fez.’ E então ele disse: ‘Eu matei pessoas. Será que Ele vai me perdoar por isso?’.”
“O TDI e outros transtornos mentais continuam sendo estudados. O TDI agora é reconhecido como um transtorno sério. Experiências traumáticas na infância podem ser associadas a transtornos ou à propensão para violência no futuro.
Morador Indesejado
3.8 71As leis nem sempre são pra ajudar, né, rapaz?!
Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez
4.4 415Sem palavras pra esse documentário…
Sem palavras…
“A sentença do juíz foi muito forte e marca os dois para sempre. Eles têm escrito na cara “assassinos”. Isso ninguém tira, ninguém apaga. Eles escreveram essa história para si, com a melhor narrativa que eles puderam construir em torno do que fizeram, e, causaram, no juíz, uma impressão tal que resultou numa sentença, assim, tão dura. Essa sentença, por exemplo, não tem uma divulgação. Ela até tem uma manchete, mas é diferente, porque, antes do julgamento, você tem cinco anos de versões. Mas, quando acontece o julgamento, que a história é comprovada, que essas versões caem por terra, se dissolvem como castelos de areia, que é o que eram, você não tem a matéria do dia seguinte. A matéria do dia seguinte é: “Tantos anos de prisão, mas já pode sair ano que vem.”
“- Você se considera uma vitoriosa?
- Não há vitória possível quando se perde um filho dessa maneira. Nada é vitória mais.”
“O interesse não está mais em saber qual foi a história, o que que realmente aconteceu nesse caso. Porque tem um futuro esperando por eles. Pode ser bom ou ruim, não sei qual, mas é um futuro. A “vítima” não tem mais futuro nenhum. A vítima acabou.”
“Não se passa borracha porque não tem borracha que apague uma coisa dessas. E essa história está ali. É sacramentada na sentença, na descrição da personalidade deles, como o juíz diz, não é? Perverso, covarde e cruel. Na de Paula, ele ainda acrescenta que é inadaptada para viver em sociedade e registra o grau de periculosidade dela. Olha a palavra, “periculosidade”. Entende? Essas são as pessoas que, definidas assim pelo juíz na sua sentença, são depois libertadas por bom comportamento.”
“São essas coisas que vão te levando a um descrédito mesmo da justiça. As vezes as pessoas me perguntam: “Mas você é contra a ressocialização de presos?”, “Você não acredita que as pessoas mudem?”. Claro que acredito. O primeiro passo para a mudança é o arrependimento. Isso eu já vi. Agora esses dois… Em psicopata, eu nunca vi. E nos dois assassinos da minha filha, também nunca vi. Trinta anos se passaram e eles continuam dando sinais de que são exatamente os mesmos.”
“Como eu tenho vocação para ser feliz, eu vivo as felicidades possíveis. Mas, antes, eu tinha plenitude disso. Antes, eu podia sentir isso plenamente. E, hoje, não.”
A Anatomia de Grey (17ª Temporada)
3.8 99 Assista Agora“Ouvi dizer que quando os maremotos acontecem, muitas vezes há pessoas observando na praia. Eles veem o desastre chegando, o horizonte sumindo, mas não veem de verdade até que seja tarde demais. Assistimos a uma palestra na residência que nos prepara para essas surpresas. Ela se chama Ética nos Desastres, em que os futuros cirurgiões imaginam o que fariam se o inimaginável acontecesse. Mas é imperfeita. Porque embora seja bom se planejar para o pior, você não tem como saber como vai lidar com isso até que esteja bem no centro do desastre, debaixo da onda, tentando não se afogar.”
This Is Us (6ª Temporada)
4.7 268 Assista Agora“Só queria te ver. Queria dizer… Grande parte de ser mãe é fingir as coisas, né? Não sabemos o que estamos fazendo. Nem quando são pequenos. Nem quando crescem. Então fingimos. Imitamos o que achamos que é ser mãe. Eu tive uma boa mãe, mas éramos complicadas. Só quero dizer… que todos esses anos, muitas das vezes em que eu estava fingindo… estava te imitando o melhor que podia, Rebecca. Eu cuido deles daqui pra frente, Mama. Obrigada por me ajudar com aquele garoto complicado, incrível e lindo que você criou. Mas eu cuido dele agora.”
“- Isto é bem triste, né? O fim?!
- Não sei. Na minha visão, se algo te deixa triste quando acaba, deve ter sido maravilhoso quando estava acontecendo. Na verdade, eu sempre tive preguiça de ver o mundo como algo triste, pois grande parte dele é. Pois tudo acaba. Tudo morre. Mas, se der um passo atrás… Se der um passo atrás e vir o panorama completo… Se tiver coragem suficiente pra se dar o presente de uma perspectiva ampla… Se fizer isso… verá que o fim não é triste, Rebecca. É só o começo da próxima coisa incrivelmente bonita. É como aquele quadro doido que seu filho fez.
- Eu amo muito aquele quadro.
- Certo.”
“I just wanted to see you. I just wanted to say… So much of being a mom is about faking it, isn’t it? We don’t know what the hell we’re doing. Not when they’re young. Not when they’re older. So we fake it. We imitate what we think a mom should be. I had a good mom. But, uh… We were complicated. I just want to say… all these years, so many times when I was faking it… I was doing my best impression of you, Rebecca. I’ll take him the rest of the way, Mama. Thank you for helping me with that complicated, incredible, beautiful boy that you raised. But I got him now.”
“- This is quite sad, isn’t it? The end?
- Oh, I don’t know. The way I see it, if something makes you sad when it ends, it must have been pretty wonderful when it was happening. Truth be told, I’ve always felt it a bit lazy to just think of the world as sad, because so much of it is. Because everything ends. Everything dies. But if you step back… If you step back and look at the whole picture… If you’re brave enough to allow yourself the gift of a really wide perspective… If you do that… you’ll see that the end is not sad, Rebecca. It’s just the start of the next incredibly beautiful thing. It’s like that dopey painting your son made that time.
- Hey, I really love that painting.
- Okay.”
This Is Us (5ª Temporada)
4.4 162 Assista Agora"Eu não me importo com as coisas grandes. São as coisas pequenas. Um sábado normal, quando nada grandioso acontece, e éramos só uma família normal como qualquer outra. Rindo, conversando, e brincando de colocar o rabo no burro. É isso que não estou preparada para esquecer..."
“Silenciar-se frente a injustiça é ser cúmplice do opressor.”
“Acho que ser pais já será difícil o bastante sem nós dois andando por aí tentando ser estranhos educados na frente um do outro.”
“Não percebi que você era o tipo de cara que precisa ouvir um ‘Bom garoto!’.”
“O que estou dizendo é que todos temos problemas do passado com os quais ainda estamos lidando. E isso sou eu, você e Randall.”
O Manuel Júnior comentou essa perfeição abaixo e eu roubei pra reler quando der vontade:
“Um dos melhores monólogos da temporada é o de Miguel, episódio 15. Falar sobre paixão x amor, e, assim, ir de encontro com as fantasias românticas de amor à primeira vista, que somos incorporados desde a infância, e também ao "escrito nas estrelas", que funcionam muito bem em comédias românticas clichês mas nem sempre na vida real, foi sensacional para mim. Muitas vezes, pessoas se fecham a relacionamentos que podem ser frutíferos só porque não sentiu uma paixonite de verão naquele momento, sendo que paixão vai e volta em um relação de amor duradoura. O amor cotidiano é muito mais real do que em filmes da disney que duram 90 minutos. E ele pode ser tão lindo quanto.
O diálogo:
"Quando a sua mãe e eu começamos a sair, eu lembro de pensar muito na expressão: “escrito nas estrelas”. Eu sempre amei essa expressão. A ideia que o universo tinha grandes planos para dois estranhos antes mesmos deles se encontrarem. Eu me lembro que foi assim com seus pais. “Escrito nas estrelas”. Sei que não foi assim pra ela e pra mim. Foi estranha a forma que ficamos juntos. Eu sei disso. E eu tinha muitas dúvidas no dia do nosso casamento. E até dias depois.
Mas os anos passaram e eu eu percebi que estava tudo bem. Que sim, há algumas histórias de amor que são escritas nas estrelas. Mas há outras histórias de amor que são escritas juntas. Duas pessoas, para quais o universo não tinha planos, escrevem sua história nas estrelas, juntos. Isso também é incrível, não é?"
Segue abaixo mais um comentário roubado. Dessa vez, do Gustavo:
“Sobre casamento, paixão e amor.
Não se case por paixão. O amor, mais do que um sentimento, é uma escolha.
A decisão da Madison pode parecer sábia, mas não é sinal de maturidade emocional casar por estar apaixonado. Paixão pode ser (e geralmente é) um ótimo alicerce para o amor até ruir e então o casal precisará (re)construir novas bases.
Lembram do episódio passando quando Miguel reflete sobre o relacionamento dele com a Rebeca e de como ela ela com o Jack? Pois é:
- Jack e Rebeca = Paixão antecedeu o amor;
- Miguel e Rebeca = Amizade antecedeu o amor.
Não há melhor ou pior. O melhor é quando se decide amar. É sobre isso o insight da Kate, quando lembra dos votos do casamento e de que é preciso lutar pela relação e apoiar o outro. Talvez seja esse o motivo do agora relevado rompimento entre eles.
Sempre aconselho aos amigos que esperem a paixão acabar para decidir casar. É quando há discernimento para escolher amar. Não se preocupem, a paixão vai e volta, pela mesma pessoa, misturando com a admiração, o carinho e o companheirismo.
Enfim, senhoras e senhores, a paixão é sempre temporária, mas o amor.... O amor pode ser eterno.
Case por amor, não por paixão.”
Pra finalizar, algumas partes dos comentários do Valdenys:
“Vamos fazer um noivado não-tradicional, em que a noiva engravida antes, e ele vai morar na casa dela por conta de uma Pandemia”, diz Madison sobre seu noivado no mínimo complicado com Kevin, em que os dois ainda estão tentando achar a cumplicidade de falar sobre si e seus problemas (de peso, alimentação, vícios e carreira).”
“Todos esses pontos mostram que, durante toda a vida dele, Kevin foi quase sempre colocado como apenas “bom”, uma “promessa”, mas que precisa “se esforçar mais para ser um dos melhores.” E isso claramente o afetou profundamente. O moldou profundamente.”
Sex and the City (5ª Temporada)
4.3 70“Dê a ele um coração curioso e perspicaz, a coragem de perseverar, um espírito para amar e o dom da alegria e da admiração.”
“Sempre procuramos trabalho, namorado e apartamento. Se tem dois dos três e eles são incríveis, por que deixamos o que não temos afetar o que achamos do que temos? Por que estar sozinha é igual a zero?”
“Se tratando de namoros, não devíamos jogar pedras em tetos de vidro. Porque você nunca sabe. Alguns estão se acomodando. Outros estão entrando em acordo. E outros não aceitam nada menos que borboletas no estômago.”
Sex and the City (4ª Temporada)
4.4 109“De repente, minha vida era só sobre timing. Todas as coisas certas ditas nos momentos errados. Meu passado estava voltando rápido demais, e meu futuro estava demorando demais para chegar em casa.”
“Maybe there are no right moments, right guys, right answers. Maybe we just have to say whats in your heart.”
“Já era oficial: uma nova estação começara. Talvez os nossos erros tracem os nossos destinos. Sem eles, o que formaria as nossas vidas? Talvez, se nunca mudássemos de direção, jamais nos apaixonaríamos, teríamos bebês ou seríamos quem somos. Afinal de contas, as estações mudam. As cidades também. As pessoas entram e saem de sua vida. Mas é bom saber que quem amamos está sempre no coração. E, se você tiver muita sorte, a um voo de distância.”