Só para você saber: esse filme não tem história, apenas clichês. Família em luto, mudança para uma casa nova, vizinhança esquisita, velha louca, coisas estranhas acontecendo na casa, porão sem luz, telefonemas que ninguém responde do outro lado da linha, "mãe, eu te odeio", "mãe, eu preferia que tivesse sido você", cara preto que morre primeiro, e tudo mais. A única coisa que não tem mesmo é desfecho. E sem desfecho esse monte de clichê não faz sentido. E o mocinho não está na sua melhor atuação, digamos assim.
Sobre esse caso, existem muitos materiais construídos, filmes, séries, documentários, programas de TV. Isso acontece, porque há muito a ser "explorado" para que seja possível "entender" essa nada simples história. Não é o caso de "Te amo até a morte". Minha maior frustração é a de que essa produção não acrescenta nada às discussões sobre o caso; não lança nenhum olhar novo.
A construção das cenas dos Sabbats (antes, quando se divertem na floresta; e depois, quando encenam para os padres) são propositada e lindamente anacrônicas. Quando se divertem na floresta, parecem estar em uma "balada" bebendo "shots" álcoolicos e fumando "baseado", a filmagem remete muito a filmagens de festas atuais. Quando estão encenando para os religiosos, a filmagem remete a vídeo clipes de músicas pop. Nesses casos a anacronia é utilizada como ferramenta para demonstrar que ainda hoje continua recaindo sobre as mulheres livres e independentes o estigma de "bruxas" (mulheres seguras, independentes, donas de si e de seus belos corpos, de diversas maneiras, ainda têm essas suas posturas colocadas como inadequadas e ameaçadoras). E o melhor é que nenhum homem precisou salva-las.
A atitude blasé da personagem com relação à própria vida: sempre a mesma saia, a mesma bota, não fecha as portas atrás de si, faz sexo com estranhos sem o menor envolvimento. No plano de fundo: uma mãe que ela diz ser alcoólatra e violenta, e que, aparentemente, a pede dinheiro. Vários "bicos" (limpando um bar, fazendo xerox em um escritório, cobaia de experimento científico) não suficientes para pagar o aluguel. Aulas que não parecem interessa-la. Um único amigo (Birdman), que parece tomar vários remédios para se suicidar, em seguida a telefona, e ela apenas se deita ao seu lado chorando, sem tentar salva-lo. Aceita trabalhar em um estranho negócio sexual, inicialmente, servindo jantares só de lingerie, e depois, sendo dopada para se deitar com homens, que, segundo a regra, não podem penetra-la. A curiosidade sobre o que acontece nesses momentos em que está adormecida se torna latente. [spoiler][/spoiler] No final, mais uma vez, está deitada ao lado de um homem morto. Realmente, não entendi muito mais do que isso. Uma mulher bonita e blasé tentando sobreviver.
Claro que esse documentário, assim como o anterior, tem valor inquestionável. Porém, achei esse "menos bom" do que o anterior, porque teve muitas mais aparições do Mark Byers, figura controversa e intragável... As cenas que ele protagoniza são desconfortáveis demais, grotescas, forçadamente dramáticas, dão vergonha alheia, asco. Enfim... chatão esse cara aí.
O filme não conseguiu me convencer de que o personagem principal se tornaria o assassino de 17 pessoas. Apesar de terminar na eminência do primeiro assassinato, o filme falhou em retratar o 'background' de um assassino em Dahmer.
A proposta de falar sobre o crime a partir de uma seleção de elenco para dramatiza-lo a princípio é interessante, mas não funcionou. Fala-se sobre o crime em si muito superficialmente. O foco acabou sendo a especulação por parte dos atores, e as experiências de vida deles que, de alguma forma, os relacionam com os personagens envolvidos nesse crime real, sob a ótica de viabilizar a interpretação. Os atores, aparentemente, são amadores e têm alguma proximidade com a cidade onde o crime aconteceu em 1996. O resultado ficou bem desinteressante...
Adaptação para o cinema de uma das peças do dramaturgo August Wilson (autor da lindíssima "Fances", cuja adaptação para o cinema rendeu o Oscar de melhor atriz coadjuvante para Viola Davis), mostra um dia no cotidiano da cantora Ma Rainey, a Mãe do Blues, e dos músicos de sua banda, na ocasião da gravação de um disco, na década de 1920. Filme muito poderoso e forte. Força essa potencializada pelo pequeno documentário, de 30 minutos, dos bastidores da produção, disponível na Netflix. Neste há depoimentos de Viola, contando sobre sua construção e interpretação da personagem; de Danzel Washington; da figurinista; diretor; e também sobre Chadwick Boseman, que até aprendeu a tocar trompete para interpretar Levee.
Meu Deus, que filme aflitivo!!!! Ao mesmo tempo que é um pouco arrastado, é muito tocante. Não imaginava que fosse me incomodar tanto assim, mas é impossível não se incomodar com o quanto a adolescência das mulheres (iniciação na vida sexual, nos relacionamentos amorosos e na construção do feminino) é marcada por uma intensa desvalorização (interna e externa) em relação ao masculino. Como nós, mulheres, temos uma jornada árdua, muitas vezes sem amparo e confundida por forças externas, para aprender até a identificar desrespeitos, desinteresses, irresponsabilidades afetivas, e "encolhimentos" que os homens com quem nos relacionamos nos afligem. Tive uma percepção ainda maior desse fato, pois, assistindo a esse filme, percebi que nunca antes havia me dado conta disso, de como isso também aconteceu (de outras formas, claro) na minha história, e, certamente, na história de tantas outras mulheres. Por essa questão, e por retrata-la de forma tão real e preocupante, torna-se um filme necessário.
Com um estilo mais agradável de documentário (com uma cadência de ficção, que te deixa envolvido na história e "ansioso" pelos próximos acontecimentos), mostra uma realidade bizarra que eu até então não conhecia: das mulheres filipinas treinadas para servir como empregadas domésticas no exterior (principalmente Oriente Médio e Ásia). Uma realidade em que não é possível tirar o seu sustento e de sua família, de maneira honesta, dentro de seu próprio país. Assim, essas filipinas heroínas (como se diz no próprio filme) deixam família e pátria para conseguir sustentar a ambas, enviando seus salários nas moedas internacionais de volta para as Filipinas, se sujeitando a condições de trabalho, por vezes, desumanas e monstruosas. O filme mostra o treinamento dessas mulheres para desempenhar esse trabalho.
Treinamento duro por, além de ensinar as questões práticas do trabalho, procura também prepara-las para possíveis abusos e até para pensamentos suicidas.
Gostei bastante, é bem envolvente, e tem uma temática incomum. A personagem principal, Hunter, me lembrou bastante a Princesa Diana: semelhança estética, distúrbio alimentar, casada com um homem tóxico, cuja família é igualmente tóxica.
O que me tocou especialmente foi o final da Hunter. Caminhando na terapia, e ouvindo seu instinto, ela teve a força de se libertar e de começar a desenhar (já que é mencionado seu gosto por essa arte) um futuro diferente para si.
o filme traz aspectos muito duros do luto, retratados de forma bastante bela. Chega um momento em que ficamos sozinhos com o luto. A angústia latente que se passa a carregar dia após dia, por não conseguir sentir (mais do que se comunicar) mais a pessoa. Interessante também é a moda colocada em segundo plano, apesar de todo o seu glamour (que constitui um clichê da contemporaneidade). É muito interessante a apatia da personagem diante da moda (que exerce fascínio sobre tantos). Esses objetos de fetiche só possibilitariam a ela ser outra pessoa, o que ela pensa desejar ser. Mas não é uma roupa tão confortável assim...
Sibéria
2.8 35 Assista AgoraDei duas estrelas porque fez eu me questionar, me perguntar: que porra é essa?
Vende-se Esta Casa
1.4 988 Assista Agora[ALERTA DE COMENTÁRIO HATER - e spoiler]
Só para você saber: esse filme não tem história, apenas clichês. Família em luto, mudança para uma casa nova, vizinhança esquisita, velha louca, coisas estranhas acontecendo na casa, porão sem luz, telefonemas que ninguém responde do outro lado da linha, "mãe, eu te odeio", "mãe, eu preferia que tivesse sido você", cara preto que morre primeiro, e tudo mais.
A única coisa que não tem mesmo é desfecho.
E sem desfecho esse monte de clichê não faz sentido.
E o mocinho não está na sua melhor atuação, digamos assim.
Batman
4.0 1,9K Assista AgoraPaul Dano entregou tudo
Cemitério Maldito
2.7 891No início, até que é bem fiel ao livro.
Mas a partir do momento em que se troca o irmão morto, a adaptação começa a se perder.
A partir desse ponto, o filme se distancia muito do livro (do qual já não sou muito fã). O final é horrível.
Te Amo Até a Morte
2.9 35 Assista AgoraSobre esse caso, existem muitos materiais construídos, filmes, séries, documentários, programas de TV. Isso acontece, porque há muito a ser "explorado" para que seja possível "entender" essa nada simples história.
Não é o caso de "Te amo até a morte". Minha maior frustração é a de que essa produção não acrescenta nada às discussões sobre o caso; não lança nenhum olhar novo.
Beginning
3.4 16 Assista AgoraQue filme insuportável. Não cheguei nem na metade. E ainda coloquei na velocidade 2.
Era Uma Vez um Sonho
3.5 448 Assista AgoraMeio sessão da tarde
Silenciadas
3.6 152 Assista AgoraA construção das cenas dos Sabbats (antes, quando se divertem na floresta; e depois, quando encenam para os padres) são propositada e lindamente anacrônicas. Quando se divertem na floresta, parecem estar em uma "balada" bebendo "shots" álcoolicos e fumando "baseado", a filmagem remete muito a filmagens de festas atuais. Quando estão encenando para os religiosos, a filmagem remete a vídeo clipes de músicas pop. Nesses casos a anacronia é utilizada como ferramenta para demonstrar que ainda hoje continua recaindo sobre as mulheres livres e independentes o estigma de "bruxas" (mulheres seguras, independentes,
donas de si e de seus belos corpos, de diversas maneiras, ainda têm essas suas posturas colocadas como inadequadas e ameaçadoras). E o melhor é que nenhum homem precisou salva-las.
Beleza Adormecida
2.4 1,2K Assista AgoraA atitude blasé da personagem com relação à própria vida: sempre a mesma saia, a mesma bota, não fecha as portas atrás de si, faz sexo com estranhos sem o menor envolvimento.
No plano de fundo: uma mãe que ela diz ser alcoólatra e violenta, e que, aparentemente, a pede dinheiro. Vários "bicos" (limpando um bar, fazendo xerox em um escritório, cobaia de experimento científico) não suficientes para pagar o aluguel. Aulas que não parecem interessa-la. Um único amigo (Birdman), que parece tomar vários remédios para se suicidar, em seguida a telefona, e ela apenas se deita ao seu lado chorando, sem tentar salva-lo.
Aceita trabalhar em um estranho negócio sexual, inicialmente, servindo jantares só de lingerie, e depois, sendo dopada para se deitar com homens, que, segundo a regra, não podem penetra-la.
A curiosidade sobre o que acontece nesses momentos em que está adormecida se torna latente.
[spoiler][/spoiler] No final, mais uma vez, está deitada ao lado de um homem morto.
Realmente, não entendi muito mais do que isso. Uma mulher bonita e blasé tentando sobreviver.
Dance Party, USA
2.9 7 Assista AgoraOs homens são ensinados desde cedo a nada lhes fazer se sentir mal.
Paraíso Perdido 2
4.1 22Claro que esse documentário, assim como o anterior, tem valor inquestionável. Porém, achei esse "menos bom" do que o anterior, porque teve muitas mais aparições do Mark Byers, figura controversa e intragável... As cenas que ele protagoniza são desconfortáveis demais, grotescas, forçadamente dramáticas, dão vergonha alheia, asco. Enfim... chatão esse cara aí.
Mulan
3.2 1,0K Assista AgoraAchei LINDO.
A sororidade dela com a "bruxa", o relacionamento com o pai, a ausência do relacionamento amoroso.
Ela se torna líder, não esposa.
[/spoiler]
[spoiler]
Gacy
2.1 44Filme bem ruinzinho... A história real tem muito potencial, mas o desenvolvimento do filme, a cadência das cenas é muito fraca.
Almas Gêmeas
3.8 438[spoiler][/spoiler] Só eu achei chato quando as fantasias delas são encenadas com bonecos de argila em tamanho real?
O Despertar de um Assassino
3.1 210O filme não conseguiu me convencer de que o personagem principal se tornaria o assassino de 17 pessoas. Apesar de terminar na eminência do primeiro assassinato, o filme falhou em retratar o 'background' de um assassino em Dahmer.
[/spoiler]
[spoiler]
Quem é JonBenet
3.1 47 Assista AgoraA proposta de falar sobre o crime a partir de uma seleção de elenco para dramatiza-lo a princípio é interessante, mas não funcionou. Fala-se sobre o crime em si muito superficialmente. O foco acabou sendo a especulação por parte dos atores, e as experiências de vida deles que, de alguma forma, os relacionam com os personagens envolvidos nesse crime real, sob a ótica de viabilizar a interpretação.
Os atores, aparentemente, são amadores e têm alguma proximidade com a cidade onde o crime aconteceu em 1996.
O resultado ficou bem desinteressante...
A Voz Suprema do Blues
3.5 539 Assista AgoraAdaptação para o cinema de uma das peças do dramaturgo August Wilson (autor da lindíssima "Fances", cuja adaptação para o cinema rendeu o Oscar de melhor atriz coadjuvante para Viola Davis), mostra um dia no cotidiano da cantora Ma Rainey, a Mãe do Blues, e dos músicos de sua banda, na ocasião da gravação de um disco, na década de 1920. Filme muito poderoso e forte. Força essa potencializada pelo pequeno documentário, de 30 minutos, dos bastidores da produção, disponível na Netflix. Neste há depoimentos de Viola, contando sobre sua construção e interpretação da personagem; de Danzel Washington; da figurinista; diretor; e também sobre Chadwick Boseman, que até aprendeu a tocar trompete para interpretar Levee.
Parece Amor
2.8 29 Assista AgoraMeu Deus, que filme aflitivo!!!! Ao mesmo tempo que é um pouco arrastado, é muito tocante.
Não imaginava que fosse me incomodar tanto assim, mas é impossível não se incomodar com o quanto a adolescência das mulheres (iniciação na vida sexual, nos relacionamentos amorosos e na construção do feminino) é marcada por uma intensa desvalorização (interna e externa) em relação ao masculino. Como nós, mulheres, temos uma jornada árdua, muitas vezes sem amparo e confundida por forças externas, para aprender até a identificar desrespeitos, desinteresses, irresponsabilidades afetivas, e "encolhimentos" que os homens com quem nos relacionamos nos afligem.
Tive uma percepção ainda maior desse fato, pois, assistindo a esse filme, percebi que nunca antes havia me dado conta disso, de como isso também aconteceu (de outras formas, claro) na minha história, e, certamente, na história de tantas outras mulheres.
Por essa questão, e por retrata-la de forma tão real e preocupante, torna-se um filme necessário.
Overseas
4.0 3Com um estilo mais agradável de documentário (com uma cadência de ficção, que te deixa envolvido na história e "ansioso" pelos próximos acontecimentos), mostra uma realidade bizarra que eu até então não conhecia: das mulheres filipinas treinadas para servir como empregadas domésticas no exterior (principalmente Oriente Médio e Ásia).
Uma realidade em que não é possível tirar o seu sustento e de sua família, de maneira honesta, dentro de seu próprio país. Assim, essas filipinas heroínas (como se diz no próprio filme) deixam família e pátria para conseguir sustentar a ambas, enviando seus salários nas moedas internacionais de volta para as Filipinas, se sujeitando a condições de trabalho, por vezes, desumanas e monstruosas.
O filme mostra o treinamento dessas mulheres para desempenhar esse trabalho.
Treinamento duro por, além de ensinar as questões práticas do trabalho, procura também prepara-las para possíveis abusos e até para pensamentos suicidas.
Devorar
3.7 366 Assista AgoraGostei bastante, é bem envolvente, e tem uma temática incomum.
A personagem principal, Hunter, me lembrou bastante a Princesa Diana: semelhança estética, distúrbio alimentar, casada com um homem tóxico, cuja família é igualmente tóxica.
O que me tocou especialmente foi o final da Hunter. Caminhando na terapia, e ouvindo seu instinto, ela teve a força de se libertar e de começar a desenhar (já que é mencionado seu gosto por essa arte) um futuro diferente para si.
Mother - A Busca Pela Verdade
4.1 279Uma das mais bonitas aberturas de filme que já vi.
Personal Shopper
3.1 384 Assista Agorao filme traz aspectos muito duros do luto, retratados de forma bastante bela.
Chega um momento em que ficamos sozinhos com o luto.
A angústia latente que se passa a carregar dia após dia, por não conseguir sentir (mais do que se comunicar) mais a pessoa.
Interessante também é a moda colocada em segundo plano, apesar de todo o seu glamour (que constitui um clichê da contemporaneidade). É muito interessante a apatia da personagem diante da moda (que exerce fascínio sobre tantos). Esses objetos de fetiche só possibilitariam a ela ser outra pessoa, o que ela pensa desejar ser. Mas não é uma roupa tão confortável assim...
O Lagosta
3.8 1,4K Assista AgoraRealismo fantástico. Incrível.