Ain, que bonitinhos, quatro casaizinhos héteros! Filme covarde que exclui miseravelmente o único personagem homossexual. Nada além de conversa fiada e músicas pretensamente fofas. Uma farsa!
Pode ser visto como superficial, vi como natural, também um pouco ridículo (apesar de intencionalmente). Para entender a proposta conflitante do filme é só prestar atenção no personagem do Matheus Nachtergaele (e da mãe boazinha, se não são uma reprodução fiel e exagerada, ao mesmo tempo, de muitos pais) e nas reações do protagonista (que não fala quase nada que realmente importe, mas ás vezes fica nervoso, de um jeito esbaforido). Certo que é diferente pelo que eles passaram, mas as questões familiares são bem comuns. O fato de uma parte considerável dos personagens aparecer e sumir do nada pode causar estranheza e, claro, com uma cena conflituosa como aquela perto do final, é normal que esperem uma resolução posterior, e não que acabe. No geral, se apresenta como uma obra questionadora, mas consciente do que o Brasil (e o resto do mundo, talvez) acha do que foi mostrado. No cinema, toda hora que o Pierre aparecia com algo que relacionam às mulheres, algumas pessoas, de cantos diferentes, soltavam algo para tentar invalidar o que tavam vendo, risadas ou um mero "pff". Por outro lado, alguns reclamam que o personagem não é "afeminado" ou que devia ser uma atriz trans no lugar dele (não sei o que foi definitivo para rotularem o personagem como trans)...
O filme tem a cara do diretor, mas numa versão para todas as idades (não podia tocar em sexo e palavrões, mas usaram até onde dava para ganhar classificação PG-13). A personagem da Melissa é um pouco irritante (pelo menos, dessa vez, ficou marcado o fato de não terem que usar as medidas dela para risadas), mas apesar de apagada, é a Kristen Wiig que realmente se destaca. Kate McKinnon é a que está mais no posto de comediante, e se sai muito bem! As piadas (dentro do diálogo) talvez soem um pouco estranhas para o grande público, isso atrelado ao machismo (velado e quase inofensivo, como podem argumentar), que tinha no original, explica um pouco a raiva já no trailer desse reboot, porque as pessoas são saudosistas e o Ghostbusters original tinha esse ar meio tanto faz, queria passar uma pureza, só mesmo o Bill Murray, como o mulherengo e cínico Venkman, se destacava de verdade (e um pouco o nerd vizinho da Sigourney Weaver, o único do elenco principal do primeiro que não aparece nesse) e poucas cenas eram realmente intensas. O novo tem mais intensidade e mais coisas acontecendo, apesar de se estender um pouco demais, mesmo sendo uma marca do diretor, aqui deu para sentir o tempo se arrastar (talvez a falta de aprofundamento dramático próprio de filmes "para maiores" me incomode), apesar da energia se renovar no final. Mas realmente deve agradar os que gostam de filmes de ação caríssimos (as sequência finais são espetaculares, quem der uma chance de verdade vai reconhecer o valor). E felizmente, é feminista!
Poucas vezes vi algo tão tedioso e aleatório no cinema. Um drama que nunca explora bem seu potencial. Jesse Eisenberg cada vez menos convincente (nem mesmo com personagens que são sua especialidade, recentemente) e o resto do elenco todo desnorteado, mal aproveitado. O roteiro tem problemas, é essencialmente estadunidense (parece querer imitar desde o maravilhoso A Lula e a Baleia até exemplares adolescentes modernos), mesmo com a direção tentando trazer um pouco do cinema europeu no resultado final, nada funciona. Me surpreendeu, visto que o Joachim Trier e o Eskil Vogté são tão bem falados. Talvez as falhas aqui tenham sido generalizadas, mas como sempre 'culpam' o diretor (e sobra um espaço grande na parte superior dos planos desse filme, achei estranho, sem motivo aparente)...
As escolhas estéticas do diretor são muito acertadas (especialmente as partes em que a imagem fica parada e só se vê movimento em ponto específico do quadro, mostra bem como o mundo ao redor do protagonista é estático, ou exatamente como ele o vê). O tom poético até funciona, só falta causar um impacto maior, no geral, o que não consegue nem mesmo com a série de cenas fortes (o filme é o pior pesadelo de quem se preocupa muito com animais).
Os cinco atores que voltaram do primeiro aparecem demais sem necessidade, o que revela que o diretor se preocupou bastante (mesmo negando) em fazer com que Punk's Dead seja mais uma homenagem ao original, quando podia sim, além de continuar reforçando coisas, como a ideia benfazeja de amizade incondicional, se focar na estrada dos três novos personagens que ele apresenta (como mostrar o passado dos amigos do protagonista ao invés de novamente explicar com imagens os rótulos musicais e como os personagens de outrora mudaram). O filme tem observações interessantes sobre a juventude de hoje, mas acaba aparecendo de forma tímida e ás vezes falseada. O James Merendino escalou sabiamente como protagonista Ben Schnetzer, de Pride (Orgulho e Esperança) como Ross, filho de Bob e uma espécie de novo Stevo, o ator se vira bem até certo ponto, mas ele e todos parecem deslocados a maior parte do tempo. Edição e direção parecem amadoras, apesar da experiência do autor e da produção, que não é tão modesta. Outra vez, ele escancara a hipocrisia dos que se dizem "contra o sistema" e o resultado é um filme bem-intencionado, surpreendentemente "fofo" e engraçado, mas sem muito conflito e com tudo se resolvendo da forma mais amigável possível como numa comédia simpática dos anos 90. Se fosse uma música seria uma mistura de indiepop e pós-rock (a trilha tem até David Bowie). A presença do James Duval e a forma como o filme se mostra me fez vê-lo quase como algo adolescente e heterossexual sem sexo do Gregg Araki (diretor que apresentou Duval e tentou evocar seus ótimos filmes dos anos 90 sem sucesso numa bomba muito pior que Punk's Dead, que foi Kaboom)!
Fazer atores na faixa dos 20 anos que estão interpretando adolescentes ficarem com cara de homens na faixa dos 30 anos (no mínimo) é só pro pessoal desse filme mesmo! Tirando isso e outras peripécias da produção que tornam o desenrolar menos verossímil, além de pouco ou quase nenhum conflito, os atores estão maravilhosos! Interessante que coisas de fora dos Estados Unidos costumam acertar muito mais ao falar de AIDS.
Uma coisa que o segundo (que eu nem assisti) é melhor: não tem o Gregorio Duvivier. Eu gosto dele, mas que personagem insuportável! Acho que o pessoal por trás do filme se deu conta.
Boas atuações, mas nada espetacular, mesma abordagem de filmes como Plata Quemada, também baseado num crime real (mas sem o brilho de roubo a banco). Alex Russell
De início fica a sensação de que não tá funcionando, mas ele funciona, o terceiro ato é uma prova disso. Essa opção de found footage é uma maravilha, depois que o filme acaba e a gente volta pra vida, parece que ainda não terminou.
O ponto de partida é banal, um jovem excluído tem uma banda, um melhor amigo e um interesse romântico, mas o satanismo, o metal e o gore são apresentados como novidades nessa comédia trash jovem.
As soluções para alguns contratempos decepcionam um pouco, são meio desencontradas, mas a maturidade do filme é surpreendente! Merece destaque junto dos melhores exemplares de cinema gay contemporâneo. Meu entusiasmo com ele foi tão grande que, mesmo com o baixo orçamento, por causa de algumas opções estéticas e discursivas, o achei tão genial quanto filmes adolescentes alternativos de sucesso desse ano nos Estados Unidos, como Dope (ou para quem curte pedantismo, Eu, Você e a Garota que Vai Morrer), ele fala intimamente com quem é adolescente (ou jovem, que seja)!
O Último Verão
3.0 57Ain, que bonitinhos, quatro casaizinhos héteros! Filme covarde que exclui miseravelmente o único personagem homossexual. Nada além de conversa fiada e músicas pretensamente fofas. Uma farsa!
XOXO: A Vida é Uma Festa
2.7 163 Assista AgoraNetflix provando que sabe fazer lixo, mas sem problemas, o saldo tá positivo (ainda).
Wiener-Dog
3.2 57Uma resposta "inusitada" às mortes de cachorros em filme e o incômodo das pessoas com isso.
Dawn Wiener e Wiener-Dog, só um final podia ser feliz...
Mate-me Por Favor
3.0 232 Assista AgoraAmei o clima terror no baile funk teen de classe média! Tomara que não adiem a estreia.
Mãe Só Há Uma
3.5 407 Assista AgoraPode ser visto como superficial, vi como natural, também um pouco ridículo (apesar de intencionalmente). Para entender a proposta conflitante do filme é só prestar atenção no personagem do Matheus Nachtergaele (e da mãe boazinha, se não são uma reprodução fiel e exagerada, ao mesmo tempo, de muitos pais) e nas reações do protagonista (que não fala quase nada que realmente importe, mas ás vezes fica nervoso, de um jeito esbaforido). Certo que é diferente pelo que eles passaram, mas as questões familiares são bem comuns. O fato de uma parte considerável dos personagens aparecer e sumir do nada pode causar estranheza e, claro, com uma cena conflituosa como aquela perto do final, é normal que esperem uma resolução posterior, e não que acabe. No geral, se apresenta como uma obra questionadora, mas consciente do que o Brasil (e o resto do mundo, talvez) acha do que foi mostrado. No cinema, toda hora que o Pierre aparecia com algo que relacionam às mulheres, algumas pessoas, de cantos diferentes, soltavam algo para tentar invalidar o que tavam vendo, risadas ou um mero "pff". Por outro lado, alguns reclamam que o personagem não é "afeminado" ou que devia ser uma atriz trans no lugar dele (não sei o que foi definitivo para rotularem o personagem como trans)...
Caça-Fantasmas
3.2 1,3K Assista AgoraO filme tem a cara do diretor, mas numa versão para todas as idades (não podia tocar em sexo e palavrões, mas usaram até onde dava para ganhar classificação PG-13). A personagem da Melissa é um pouco irritante (pelo menos, dessa vez, ficou marcado o fato de não terem que usar as medidas dela para risadas), mas apesar de apagada, é a Kristen Wiig que realmente se destaca. Kate McKinnon é a que está mais no posto de comediante, e se sai muito bem! As piadas (dentro do diálogo) talvez soem um pouco estranhas para o grande público, isso atrelado ao machismo (velado e quase inofensivo, como podem argumentar), que tinha no original, explica um pouco a raiva já no trailer desse reboot, porque as pessoas são saudosistas e o Ghostbusters original tinha esse ar meio tanto faz, queria passar uma pureza, só mesmo o Bill Murray, como o mulherengo e cínico Venkman, se destacava de verdade (e um pouco o nerd vizinho da Sigourney Weaver, o único do elenco principal do primeiro que não aparece nesse) e poucas cenas eram realmente intensas. O novo tem mais intensidade e mais coisas acontecendo, apesar de se estender um pouco demais, mesmo sendo uma marca do diretor, aqui deu para sentir o tempo se arrastar (talvez a falta de aprofundamento dramático próprio de filmes "para maiores" me incomode), apesar da energia se renovar no final. Mas realmente deve agradar os que gostam de filmes de ação caríssimos (as sequência finais são espetaculares, quem der uma chance de verdade vai reconhecer o valor). E felizmente, é feminista!
Taekwondo
2.9 52Esse é o melhor elenco de desconhecidos que eu já vi!
Vai Que dá Certo 2
2.8 94Fábio Porchat salvou. Tirando o machismo do filme, é engraçado.
Mais Forte que Bombas
3.5 133 Assista AgoraPoucas vezes vi algo tão tedioso e aleatório no cinema. Um drama que nunca explora bem seu potencial. Jesse Eisenberg cada vez menos convincente (nem mesmo com personagens que são sua especialidade, recentemente) e o resto do elenco todo desnorteado, mal aproveitado. O roteiro tem problemas, é essencialmente estadunidense (parece querer imitar desde o maravilhoso A Lula e a Baleia até exemplares adolescentes modernos), mesmo com a direção tentando trazer um pouco do cinema europeu no resultado final, nada funciona. Me surpreendeu, visto que o Joachim Trier e o Eskil Vogté são tão bem falados. Talvez as falhas aqui tenham sido generalizadas, mas como sempre 'culpam' o diretor (e sobra um espaço grande na parte superior dos planos desse filme, achei estranho, sem motivo aparente)...
O Convite
3.3 1,1KA maior surpresa é que Will não é o Tom Hardy!
Alento
3.8 3As escolhas estéticas do diretor são muito acertadas (especialmente as partes em que a imagem fica parada e só se vê movimento em ponto específico do quadro, mostra bem como o mundo ao redor do protagonista é estático, ou exatamente como ele o vê). O tom poético até funciona, só falta causar um impacto maior, no geral, o que não consegue nem mesmo com a série de cenas fortes (o filme é o pior pesadelo de quem se preocupa muito com animais).
Eu, Ele e Ela
2.8 12 Assista AgoraLevemente divertido. Max Landis perdido, Emily Meade decepcionante e a segunda metade abominável (exceto a parte da
briga de espadas
SLC Punk! 2
2.4 10Os cinco atores que voltaram do primeiro aparecem demais sem necessidade, o que revela que o diretor se preocupou bastante (mesmo negando) em fazer com que Punk's Dead seja mais uma homenagem ao original, quando podia sim, além de continuar reforçando coisas, como a ideia benfazeja de amizade incondicional, se focar na estrada dos três novos personagens que ele apresenta (como mostrar o passado dos amigos do protagonista ao invés de novamente explicar com imagens os rótulos musicais e como os personagens de outrora mudaram). O filme tem observações interessantes sobre a juventude de hoje, mas acaba aparecendo de forma tímida e ás vezes falseada. O James Merendino escalou sabiamente como protagonista Ben Schnetzer, de Pride (Orgulho e Esperança) como Ross, filho de Bob e uma espécie de novo Stevo, o ator se vira bem até certo ponto, mas ele e todos parecem deslocados a maior parte do tempo. Edição e direção parecem amadoras, apesar da experiência do autor e da produção, que não é tão modesta. Outra vez, ele escancara a hipocrisia dos que se dizem "contra o sistema" e o resultado é um filme bem-intencionado, surpreendentemente "fofo" e engraçado, mas sem muito conflito e com tudo se resolvendo da forma mais amigável possível como numa comédia simpática dos anos 90. Se fosse uma música seria uma mistura de indiepop e pós-rock (a trilha tem até David Bowie). A presença do James Duval e a forma como o filme se mostra me fez vê-lo quase como algo adolescente e heterossexual sem sexo do Gregg Araki (diretor que apresentou Duval e tentou evocar seus ótimos filmes dos anos 90 sem sucesso numa bomba muito pior que Punk's Dead, que foi Kaboom)!
O Amor é Para Todos
4.0 333Fazer atores na faixa dos 20 anos que estão interpretando adolescentes ficarem com cara de homens na faixa dos 30 anos (no mínimo) é só pro pessoal desse filme mesmo! Tirando isso e outras peripécias da produção que tornam o desenrolar menos verossímil, além de pouco ou quase nenhum conflito, os atores estão maravilhosos! Interessante que coisas de fora dos Estados Unidos costumam acertar muito mais ao falar de AIDS.
Vai Que Dá Certo
2.9 802 Assista AgoraUma coisa que o segundo (que eu nem assisti) é melhor: não tem o Gregorio Duvivier. Eu gosto dele, mas que personagem insuportável! Acho que o pessoal por trás do filme se deu conta.
O Que Há Entre Nós
2.9 8Um lixo pequeno burguês irreciclável. E essa sinopse é mentirosa, essa família não é simples, sutil e humana, é malévola.
Cut Snake
3.4 9Boas atuações, mas nada espetacular, mesma abordagem de filmes como Plata Quemada, também baseado num crime real (mas sem o brilho de roubo a banco).
Alex Russell
agarrando outro cara? Minha cueca não tinha espaço pra isso!
A Visita
3.3 1,6K Assista AgoraDe início fica a sensação de que não tá funcionando, mas ele funciona, o terceiro ato é uma prova disso. Essa opção de found footage é uma maravilha, depois que o filme acaba e a gente volta pra vida, parece que ainda não terminou.
Goosebumps: Monstros e Arrepios
3.1 436 Assista AgoraÉ um "O Segredo da Cabana" para crianças!
Queria ter visto no cinema :/
Dylan Minnette, por que tão lindo?
Mistress America
3.5 210Até Frances Ha, o Noah tava perfeito, pena que o negócio desandou.
Gabriel
3.5 8 Assista AgoraMe assustei com o Rory Culkin, quanta competência!
Nova Dubai
3.0 17Eita ferro!
Deathgasm
3.4 216O ponto de partida é banal, um jovem excluído tem uma banda, um melhor amigo e um interesse romântico, mas o satanismo, o metal e o gore são apresentados como novidades nessa comédia trash jovem.
Consolos salvam!
Velociraptor
3.3 2As soluções para alguns contratempos decepcionam um pouco, são meio desencontradas, mas a maturidade do filme é surpreendente! Merece destaque junto dos melhores exemplares de cinema gay contemporâneo. Meu entusiasmo com ele foi tão grande que, mesmo com o baixo orçamento, por causa de algumas opções estéticas e discursivas, o achei tão genial quanto filmes adolescentes alternativos de sucesso desse ano nos Estados Unidos, como Dope (ou para quem curte pedantismo, Eu, Você e a Garota que Vai Morrer), ele fala intimamente com quem é adolescente (ou jovem, que seja)!