Quanto ao roteiro, é importante não esperar uma coesão textual ou algum sentido absoluto, pois não há nenhuma racionalidade e isso fica explícito até o final.
Montar um roteiro e cenários para um filme que envolva a possibilidade de uma mudança no futuro com fatos que aconteçam no passado é uma tarefa incrivelmente complicada mas que Rian Johnson (breakin bad) conseguiu fazer, com alguma certa dificuldade eu confesso, mas um material pesado que exige muito da atenção do espectador.
Em vários momentos é interessante para o espectador ver quando a arte imita a vida e a vida imita a arte. Filmes inspirados em fatos reais podem até ser bastante atraentes, principalmente quando conseguem mesclar o real com o imaginário de maneira a levantar questões sobre as possibilidades dos acontecimentos e sobre inovações acerca do “jeito” de se fazer cinema, de narrar e de apresentar seu discurso.
Para as análises psicológicas e psicanalíticas sobre o filme, esse sim pode ser um prato cheio, principalmente por ser uma caricatura da família burguesa – uma reversão do trágico do Édipo para o cômico.
A animação, brilhantemente feita em stop-motion, tem um ar de nostalgia do início ao fim, a começar pelo fato de existir o contraste entre cinza, preto e branco – uma forte característica expressionista;
Esperava muito mais, o filme tem um corte similar a alguem com pressa de esconder a bagunça que está fazendo antes da mãe chegar, por que ela jamais iria intender que aquilo era alguma pretenção artística.
É impossível ficar indiferente ao mundo fantasioso que Burton cria para contar a história de Edward. Narrada em flashbacks, cada cena ajuda a compor e a mitificar o personagem central da trama, brilhantemente interpretado por Ewan McGregor quando jovem e um Albert Finney inspirado na fase final da vida.
Além das inúmeras cenas de luta, há ali o humor tarantinesco impregnado por todos os lados – aquele humor sutil, quase imperceptível, basicamente inserido em diálogos muito bem escritos.
Como a fotografia, cenário e figurino. Ah! O figurino. Além de reproduzir fielmente a moda do século XIX, consegue reproduzir todo o clima lúdico e gótico da historia.
O roteiro é, basicamente, uma adaptação da peça “Talking Cure” de Christopher Hampton, que supervisionou todo o processo; e do livro “Um Método Muito Perigoso” de John Kerr. Infelizmente, os lapsos da narrativa, os furos, explicações ausentes e o ritmo inconstante provavelmente podem levar o espectador a um completo desentendimento da história.
Na tentativa de soar bem filosófico e existencialista com um curto espaço de tempo, o longa-metragem peca pela falta de profundidade. Os conflitos dos personagens são interessantes, mas são pouco explorados – e também nem poderiam, pois a premissa do filme é outra.
De fato, grande parte do encanto do longa-metragem deve-se a equipe de Direção de Arte e a Fotografia de Claudio Miranda que dão ao filme uma beleza estonteante. Seja nas tomadas ao dia ou a noite, momentos como o nascer do Sol ou o mar iluminado por milhares de plânctons fazem de Pi uma obra-prima visual. Eis o reino do filme: as metáforas visuais que colaboram na percepção do público do desenvolvimento do personagem e no seu relacionamento com o animal.
Os cenários são bem desenhados, e sob a direção de Rich Moore (Futurama, 1999), o universo diegético de Detona Ralph vai sendo apresentado em seus detalhes, que contribuem não só para o entendimento da história, mas também para compreender as peculiaridades de cada personagem.
Vale ressaltar que na época em que o longa-metragem foi lançado, em meados de 1998, emergiam os primeiros realities shows pelo mundo e a crítica ao tipo de programa televisivo é evidente. A direção de Peter Weir apresenta cenas interessantíssimas, por vezes até hilárias, dando pequenos toques de comédia ao drama apresentado.
Os elementos de gênero foram bem trabalhados nesse filme, como o drama, a comédia e até mesmo o suspense. (de uma forma bem leve quase como um verniz) A trilha sonora, balanceada entre R.E.M, ultraje a rigor e Legião Urbana, ajudam a montar o cenário do Brasil no inicio da década de 90, permitindo assim, não só o cenário e os personagens viajarem no tempo, mas também o telespectador.
Simbolicamente falando, o longa-metragem aborda a demência e seu desenvolvimento, os aspectos psicossociais do idoso e as implicações para o cuidador. As questões levantadas vão desde ao se o “sentir-se velho” é um estado de espírito ou uma condição fisiológica, até se a saúde relacionada com a sensação subjetiva de bem-estar. Dentro dessa discussão sobre o envelhecer, a memória aparece como função psicológica importante para a noção de Eu do indivíduo: sem se lembrar do que fez, do que passou e quem foi no passado, o indivíduo fica impossibilitado de saber quem ele é.
Sam Raimi (que ganhou popularidade com a trilogia do Homem-Aranha, com Tobey Maguire) não consegue em Oz – Mágico e Poderoso mostrar sua capacidade. Isso reflete nas atuações de um elenco que 1) não tinha química; 2) não estava a vontade com suas personagens e 3) não estava bom, pronto.
O roteiro de Nicolás Giacobone e Armando Bo apresenta um protagonista complexo, imbuído de um sonho cujo único obstáculo é sua própria “vida real”. Logo, a razão de ser do filme é puramente psicológica e social, um intenso conflito consigo mesmo e com as exigências externas.
O trabalho de Direção de Arte de Anna Caiado é um dos pontos fortes de Uma História de Amor e Fúria, que consegue extrair toda intensidade dos quatro núcleos históricos retratados pela animação. Luiz Bolognesi também buscou na fonte dos desenhos japoneses, os Animes, o material para dar o apelo emotivo que necessitava. A trilha sonora incidental viaja de Lenine à Nação Zumbi, sendo completamente estonteante, conseguindo enaltecer o tom eletrizante nas cenas de ação.
Fica complicado destacar alguns pontos fortes da trama, salvo pela Fotografia de Antonio Riestra que utiliza de cores frias e escuras, e os figurinos que raramente saem do cinza, preto, marrom e pastel realçam o tom sombrio da trama. A câmera de Muschietti em um plano fixo com a tela “ao meio” traz uma das melhores cenas do longa-metragem;
O Segredo da Cabana
3.0 3,2KQuanto ao roteiro, é importante não esperar uma coesão textual ou algum sentido absoluto, pois não há nenhuma racionalidade e isso fica explícito até o final.
Looper: Assassinos do Futuro
3.6 2,1KMontar um roteiro e cenários para um filme que envolva a possibilidade de uma mudança no futuro com fatos que aconteçam no passado é uma tarefa incrivelmente complicada mas que Rian Johnson (breakin bad) conseguiu fazer, com alguma certa dificuldade eu confesso, mas um material pesado que exige muito da atenção do espectador.
O Massacre da Serra Elétrica
3.2 837Em vários momentos é interessante para o espectador ver quando a arte imita a vida e a vida imita a arte. Filmes inspirados em fatos reais podem até ser bastante atraentes, principalmente quando conseguem mesclar o real com o imaginário de maneira a levantar questões sobre as possibilidades dos acontecimentos e sobre inovações acerca do “jeito” de se fazer cinema, de narrar e de apresentar seu discurso.
Os Infiéis
2.6 116Para as análises psicológicas e psicanalíticas sobre o filme, esse sim pode ser um prato cheio, principalmente por ser uma caricatura da família burguesa – uma reversão do trágico do Édipo para o cômico.
Frankenweenie
3.8 1,5K Assista AgoraA animação, brilhantemente feita em stop-motion, tem um ar de nostalgia do início ao fim, a começar pelo fato de existir o contraste entre cinza, preto e branco – uma forte característica expressionista;
Selvagens
3.4 743 Assista AgoraEsperava muito mais, o filme tem um corte similar a alguem com pressa de esconder a bagunça que está fazendo antes da mãe chegar, por que ela jamais iria intender que aquilo era alguma pretenção artística.
Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas
4.2 2,2K Assista AgoraÉ impossível ficar indiferente ao mundo fantasioso que Burton cria para contar a história de Edward. Narrada em flashbacks, cada cena ajuda a compor e a mitificar o personagem central da trama, brilhantemente interpretado por Ewan McGregor quando jovem e um Albert Finney inspirado na fase final da vida.
Kill Bill: Volume 2
4.2 1,5K Assista AgoraAlém das inúmeras cenas de luta, há ali o humor tarantinesco impregnado por todos os lados – aquele humor sutil, quase imperceptível, basicamente inserido em diálogos muito bem escritos.
Kill Bill: Volume 1
4.2 2,3K Assista AgoraÉ impossível assistir apenas a um dos volumes da saga.
O Fantasma da Ópera
4.0 853 Assista AgoraComo a fotografia, cenário e figurino. Ah! O figurino. Além de reproduzir fielmente a moda do século XIX, consegue reproduzir todo o clima lúdico e gótico da historia.
Um Método Perigoso
3.5 1,1KO roteiro é, basicamente, uma adaptação da peça “Talking Cure” de Christopher Hampton, que supervisionou todo o processo; e do livro “Um Método Muito Perigoso” de John Kerr. Infelizmente, os lapsos da narrativa, os furos, explicações ausentes e o ritmo inconstante provavelmente podem levar o espectador a um completo desentendimento da história.
Deixa Ela Entrar
4.0 1,6KNão espere um filme de terror para lhe fazer tremer. Espere um suspense que vai te envolver por conhecer a melancolia dos personagens principais.
A Origem dos Guardiões
4.0 1,5K Assista AgoraNa tentativa de soar bem filosófico e existencialista com um curto espaço de tempo, o longa-metragem peca pela falta de profundidade. Os conflitos dos personagens são interessantes, mas são pouco explorados – e também nem poderiam, pois a premissa do filme é outra.
As Aventuras de Pi
3.9 4,4KDe fato, grande parte do encanto do longa-metragem deve-se a equipe de Direção de Arte e a Fotografia de Claudio Miranda que dão ao filme uma beleza estonteante. Seja nas tomadas ao dia ou a noite, momentos como o nascer do Sol ou o mar iluminado por milhares de plânctons fazem de Pi uma obra-prima visual. Eis o reino do filme: as metáforas visuais que colaboram na percepção do público do desenvolvimento do personagem e no seu relacionamento com o animal.
Detona Ralph
3.9 2,6K Assista AgoraOs cenários são bem desenhados, e sob a direção de Rich Moore (Futurama, 1999), o universo diegético de Detona Ralph vai sendo apresentado em seus detalhes, que contribuem não só para o entendimento da história, mas também para compreender as peculiaridades de cada personagem.
O Show de Truman
4.2 2,6K Assista AgoraVale ressaltar que na época em que o longa-metragem foi lançado, em meados de 1998, emergiam os primeiros realities shows pelo mundo e a crítica ao tipo de programa televisivo é evidente. A direção de Peter Weir apresenta cenas interessantíssimas, por vezes até hilárias, dando pequenos toques de comédia ao drama apresentado.
Amor Profundo
3.2 180 Assista AgoraFotografia maravilhosa e de causar inveja e ótimas atuações, principalmente de Rachel, deixando Tom em segundo lugar.
O Homem do Futuro
3.7 2,5K Assista AgoraOs elementos de gênero foram bem trabalhados nesse filme, como o drama, a comédia e até mesmo o suspense. (de uma forma bem leve quase como um verniz) A trilha sonora, balanceada entre R.E.M, ultraje a rigor e Legião Urbana, ajudam a montar o cenário do Brasil no inicio da década de 90, permitindo assim, não só o cenário e os personagens viajarem no tempo, mas também o telespectador.
Amor
4.2 2,2K Assista AgoraSimbolicamente falando, o longa-metragem aborda a demência e seu desenvolvimento, os aspectos psicossociais do idoso e as implicações para o cuidador. As questões levantadas vão desde ao se o “sentir-se velho” é um estado de espírito ou uma condição fisiológica, até se a saúde relacionada com a sensação subjetiva de bem-estar. Dentro dessa discussão sobre o envelhecer, a memória aparece como função psicológica importante para a noção de Eu do indivíduo: sem se lembrar do que fez, do que passou e quem foi no passado, o indivíduo fica impossibilitado de saber quem ele é.
Oz: Mágico e Poderoso
3.2 2,1K Assista AgoraSam Raimi (que ganhou popularidade com a trilogia do Homem-Aranha, com Tobey Maguire) não consegue em Oz – Mágico e Poderoso mostrar sua capacidade. Isso reflete nas atuações de um elenco que 1) não tinha química; 2) não estava a vontade com suas personagens e 3) não estava bom, pronto.
O Último Elvis
3.7 77O roteiro de Nicolás Giacobone e Armando Bo apresenta um protagonista complexo, imbuído de um sonho cujo único obstáculo é sua própria “vida real”. Logo, a razão de ser do filme é puramente psicológica e social, um intenso conflito consigo mesmo e com as exigências externas.
Uma História de Amor e Fúria
4.0 657O trabalho de Direção de Arte de Anna Caiado é um dos pontos fortes de Uma História de Amor e Fúria, que consegue extrair toda intensidade dos quatro núcleos históricos retratados pela animação. Luiz Bolognesi também buscou na fonte dos desenhos japoneses, os Animes, o material para dar o apelo emotivo que necessitava. A trilha sonora incidental viaja de Lenine à Nação Zumbi, sendo completamente estonteante, conseguindo enaltecer o tom eletrizante nas cenas de ação.
Mama
3.0 2,8K Assista AgoraFica complicado destacar alguns pontos fortes da trama, salvo pela Fotografia de Antonio Riestra que utiliza de cores frias e escuras, e os figurinos que raramente saem do cinza, preto, marrom e pastel realçam o tom sombrio da trama. A câmera de Muschietti em um plano fixo com a tela “ao meio” traz uma das melhores cenas do longa-metragem;
mostrando em um mesmo plano Lilly brincando com sabe-se lá quem dentro do quarto, enquanto sua irmã, Victoria, está no corredor. Sinistro.
Febre do Rato
4.0 657Um mundo todo particular, onde saciar os desafortunados é uma mistura de benefício próprio com altas doses de malandragem.