Nise da Silveira foi uma grande mulher que inspirou e continua inspirando muitos. Em O Coração da Loucura o filme conseguiu retratar de forma linda a sua luta junto com os seus ''clientes''. Grande obra, grande filme!
Eu estou sem reação depois de assistir esse filme. Sou muito de ver filmes trashs que incomodam o espectador, mas nada como a miséria humana para chocar e mexer tanto com a gente.
A luta antimanicomial ainda se faz necessária no Brasil, e eu como paciente psiquiátrico (esquizofrênico) me cocei todo assistindo a história de Neto (que é baseada em uma história real), ainda mais tendo pessoas próximas a mim que foram internadas e eu mesmo só não fui por pouco.
Te criticam, duvidam de você, te invisibilizam, te dopam, e depois de toda a merda feita acham que você vai ser o mesmo, como se sorrir fosse uma obrigação. ''Bicho de Sete Cabeças'' é um tapa na cara de quem fala que não existe filme nacional bom e de quem minimiza sofrimento mental. Realmente é um filme NECESSÁRIO, inquietante e muito, mas muito profundo.
O filme é uma ótima ficção científica com ação, porém peca ao utilizar um Universo gigantesco que poderia ser explorado em pelo menos uma trilogia, em apenas um filme. Não dá tempo de explicar nada, uma pena. Mesmo assim diverte muito; com ação, humor e orcs, elfos e humanos.
Além, é claro, de simbolizar o papel do negro na sociedade americana (e brasileira por extensão). Nem de forma sutil, é direto mesmo. Eu considerei uma boa crítica.
Muito interessante a ideia de ser o Capitão América o primeiro vingador, logo ele que realmente foi o primeiro herói lá pelos anos 40 durante a Segunda Guerra Mundial. Porém, vale destacar que você precisa desconsiderar muita coisa real pro filme valer a pena, porque os recursos tecnológicos apresentados são claramente muito a frente do tempo proposto. Fora isso, bom filme.
Filme de comédia nacional padrão Globo bem típico: não faz mal a ninguém. Pra quem gosta do Paulo Gustavo até que vai, eu particularmente acho um negócio forçado pra krl, não desce de jeito nenhum.
Mônica Martelli LINDÍSSIMA.
Enfim, é um filme que você assiste com nenhuma intenção, porque se botar um pingo de expectativa já era, vai se decepcionar. Mas caso vá tranquilo, pode ser que se divirta.
Ação raiz: ruim, sem roteiro, sem sentido; só sangue e tiro. Válido para madrugadas insones ou quando você já perdeu o controle da própria vida, aí não vai se incomodar em perder tempo com lixo. Ah, pra falar que não tem nada de bom: souberam usar bem os sons de suspense na maioria das cenas, dá pra arrepiar.
Esse filme é o filme de suspense/ação clássico: não tem aprofundamento psicológico, não tem enredo complicado; é o Tubarão enfurecido cheio de ódio comendo todo mundo que aparece em sua frente. Spielberg acertando em cheio de novo, o que não é nenhuma surpresa.
Anna Muylaert é uma boa diretora, e carrega com ela o sucesso de ''Que Horas Ela Volta?'', produção anterior ao título aqui apreciado. Analisando a sua filmografia percebe-se o seu carinho por retratar o cotidiano das pessoas simples da sociedade brasileira, com todas as suas construções pessoais e afirmações identitárias, sejam elas quais forem (pobreza, homossexualidade, servilismo, etc).
Agora quanto ao filme: premissa boa, execução nem tanto assim. É um filme que se escora muito na interpretação do espectador, você precisa entrar dentro do roteiro e tirar leite de pedra pois a obra não entrega tudo que pode. É bom, mas não é tão profundo. A vida conturbada do adolescente de 16 anos descobrindo a sua homossexualidade em meio a uma situação adversa (descobrir que foi roubado da maternidade e que tem uma outra família) se resume quase que à uma cena em especial, que por acaso é muito boa pela atuação do sempre brilhante Matheus Nachtergaele. O roteiro até tenta timidamente introduzir o irmão do protagonista na estória, e o porque disso só entendemos no final.
Nem por isso é um filme ruim, ele é curtinho e tem no YouTube, fazendo com que valha a pena conferir uma situação de ''juventude transviada''. Ponto forte para:
Foi muito boa a sacada do ''novo'' irmão do protagonista se aproximar dele no final, numa clara mensagem de que assim como ele aprendeu a odiar na escola, ele também pode aprender a amar em casa (ou em outros lugares). É o filho mais novo que sempre foi o espelho do pai homofóbico e que encontrou alguém que praticasse a rebeldia que ele sempre quis praticar mas nunca teve coragem. Será ainda difícil não aceitar a autoafirmação das pessoas quanto a sua identidade? É esse o dilema proposto por Pierre/Felipe.
Esse filme é um ritual antropofágico da beleza. O quão longe você iria pelo belo?
Falando num linguajar bem popular, ''Demônio de Neon'' é a cara do que chamam de cult: construção lenta da narrativa, muito simbolismo, apego aos elementos estéticos (que são muito bons, diga-se de passagem) e que não duvido nada virar um clássico incompreendido daqui uns 25/30 anos. Recorrentemente está inserido nessa onda de ''post-horror'' (que aliás é um termo péssimo, com certeza acharão algo que combine melhor quando o tempo vier) e pode vir a ser um dos nomes lembrados por essa escola no futuro, uma possível referência.
Não é nada grandioso, porém o clima neon (como já proposto no nome), a beleza e o olhar de melancolia e desespero das atrizes modelos, o banho de sangue e algumas cenas com metáforas pesadas fazem com que valha a pena. Pretty Hurts, já dizia Beyonce.
Eu ouso dizer que consegui entender todo o hype por cima desse filme; é uma obra relativamente acessível para o gênero ''mindfuck'', quase que a ponta do iceberg para a descoberta de outros títulos e diretores na mesma pegada, o que não é nada mal.
Penso que quando o cinéfilo precisar inventar muito uma história por traz do filme é por pura pretensão, mas reconheço a necessidade aqui. Então vamos lá: pra mim essa experiência nada mais é que do uma sessão de psicanalise, isso mesmo. Donnie Darko é um jovem psicótico e esquizofrênico que no auge da sua loucura, delira. O seu amigo Frank nada mais é do que o seu inconsciente, transmitindo mensagens enigmáticas. Durante o filme ele fazia sessões também com uma psicóloga, o que faz com que isso não seja surpresa pra ninguém. O interessante é:
O final foi como se ele voltasse até a infância, encontrando o recalque originário e o matando, numa cena forte entre o descobrir o que te fere e se matar ao mesmo tempo, em um misto de alucinação, prazer, resignação e decisão. Donnie decidiu, mas não aguentou ou não teve a intenção de tentar de novo. A frustração de viver foi mais forte que qualquer viagem no tempo, o matando.
Ponto alto também para a trilha sonora, que funciona muito bem em vários momentos. E ah, prefira a versão do diretor (Director's cut), pelo pouco que li ela é bem melhor para apreciar o filme.
A narrativa de ''O Homem que Copiava'' é gostosa, trazendo Lazaro Ramos interpretando André, um personagem sonhador que brinda o telespectador com diálogos e divagações pra lá de interessantes, fora todo o desenrolar da estória. A outra boa apresentação fica para Pedro Cardoso, Luana Piovani e Leandra Leal, que também dão um show no filme.
Destaque para as voltas que o roteiro dá, muito bom. Novamente o cinema nacional mostrando que não é preciso de um rio de dinheiro para fazer algo minimante bom, ou muito bom, como é o caso aqui.
Esse filme pra mim é especial: Hilton Lacerda é sempre um gigante trabalhando nos roteiros do Novo Cinema Pernambucano, e aqui ele se joga também na direção, e acerta em cheio. Outro nome memorável é o de Irandhir Santos, que ator sensacional e que merece muito mais reconhecimento do que tem hoje. Jesuíta Barbosa também foi muito bem, cadenciando o filme com sua atuação mais contida (por causa do personagem).
Tatuagem é um filme lindo, teatral, circense. Retrata em forma de poesia uma trupe em plena ditadura militar, que enxerga o mundo a partir de sua arte, envolvendo o amor homossexual de forma natural, como deve ser. A trilha sonora é ótima, com Johnny Hooker aparecendo e nos brindando com suas lindas canções. Ah o Recife, ah Pernambuco!
É de filmes assim que o cinema nacional precisa, é a partir deles que se constrói: poético. Não são precisos rios de dinheiro pra fazer uma boa obra, e Tatuagem mostra isso.
Infâmia faz parte dessa belíssima época de Hollywood, onde as estórias se desenrolavam como em cenas de teatro e o enredo era a parte principal de um bom filme, e que filmes temos aqui com esse título. Muito se fala sobre Audrey Hepburn mas é Shirley MacLaine que rouba a cena, em uma atuação magnífica, gigante.
É notável também como William Wyler ousou ao levantar uma temática LGBT em 1961 e nós percebemos pelos diálogos como ainda era algo confuso, muito mais tabu do que é hoje. Atitude louvável dos roteiristas e atores do projeto.
No mais, você vai descobrir a resposta para a pergunta: É possível odiar uma criança? SIM, MUITO!
Mais um filme de espionagem envolvendo uma conspiração russa que não é nada memorável. O que vale a pena é ver a Angelina Jolie como protagonista vivendo muito bem o papel e... só. É bom pra divertir, tem boas cenas de ação mas fica só nisso mesmo. Se você não estiver esperando muito siga em frente.
É impossível não sentir uma raiva absurda pela mãe do Blade quando ele a descobre no ''ninho'' dos vampiros. Como não odiá-la e sentir o sangue ferver com a sua frieza em ver o filho se ferrando? Ah a ficção, o cinema...
Uma sátira muito bem humorada dos filmes clássicos de kung-fu, só que dessa vez ambientado no interior nordestino. Não, não é o melhor filme que você vai ver na vida, mas cumpre bem o papel de entreter e de criar um clima gostosinho para quem assiste.
Só penso que a luta final, que geralmente é a coroa dos filmes do estilo, foi mal pensada. Demorou demais e ficou meio forçada além da conta, mas nada demais. Ao meu ver, ''O Shaolin do Sertão'' é um humor brasileiro que funciona.
Aquarius brilha pela estrela de Sônia Braga, que interpreta Dona Clara, uma personagem forte, decidida, linda e que defende a sua casa das investidas de uma construtora.
O filme tem toda aquela atmosfera lenta, com uma ótima trilha sonora e fotografia perfeita. Se é bom? Depende, se você gosta de um roteiro bem trabalhado vai ser a sua cara, com todo o toque de poesia que o cinema nacional consegue transmitir; agora se gosta de explosões hollywoodianas não sei não viu... é tudo uma questão de gosto.
Eu fui assistir esse filme com uma curiosidade imensa, e preciso dizer que o mesmo me surpreendeu de forma positiva. Primeiro é preciso entender que ele faz parte de um subgênero tragicômico do horror, então sim, ele foi feito pra ser trash, B, ruim, chamem do que quiserem. E isso é bem óbvio até mesmo pelos atores que estrelam o filme, quase todos humoristas já consagrados na internet e TV.
A forma como a produção conseguiu satirizar os clichês dos filmes de terror é o ponto alto da trama. Quando os personagens falam com você e a barreira entre o real e a ficção é quebrado de forma bacana é muito gostoso de se assistir.
Agora, nem tudo são flores. Achei péssima a condução que deram para a tal ''Loira do Banheiro''. Oras, o título do filme é esse e eu penso que foi muitooo viajado o meio do enredo, com até lobisomem aparecendo (quê?), possessões demoníacas e tudo mais. Pecaram nessa parte e tentaram salvar no final, mas o estrago já estava feito. No mais, você vai encontrar de tudo: feto assassino, tiazinha possuída, delírios mentais e toda satanagem que um filme trash pode te proporcionar. E como muito provavelmente você sabe quem é Murilo Couto e Leo Lins sabe também que tem umas piadinhas no meio, retomando o que eu havia falado sobre o teor ''tragicômico'' do filme.
Atuações:
Danilo Gentilli é um PÉSSIMO ATOR, PQP, forçado até não conseguir mais. Sikeira Junior roubou a cena total, muito bom mesmo. Dani Calabresa apareceu pouco, aquela roupa curtinha dela combinava com a proposta do filme (esses filmes sempre apelam pra uma moça bonita em trajes curtos).
Não, não é a maior maravilha do mundo, assim como também não é ruim, penso que vale a pena conferir sim, mesmo se for pra não gostar.
Infelizmente a censura da ditadura militar censurou o final, era pro Zé dizer ''Não creio, não creio'', ao invés da carolagem que ficou no filme lançado.
Cronenberg desde o início com ideias malucas, mas pelos aqui isso não se traduziu necessariamente em algo bom. A narração é de uma pretensão científica irritante, num roteiro quase que desconexo das filmagens. Enfim, vale pra quem quer conhecer o trabalho do cara desde o início, mas até os seus primeiros dois curtas são melhores que ''Stereo'', o seu primeiro longa.
É um filme despretensioso que cria uma clima legal de ansiedade em um futuro distópico, e só isso. Não adianta ir assistir achando que vai ser o melhor do filme mundo porque não é, nem a intenção é essa. Pensando assim, o drama consegue ser bom sim.
Nise: O Coração da Loucura
4.3 656 Assista AgoraNise da Silveira foi uma grande mulher que inspirou e continua inspirando muitos. Em O Coração da Loucura o filme conseguiu retratar de forma linda a sua luta junto com os seus ''clientes''. Grande obra, grande filme!
Bicho de Sete Cabeças
4.0 1,1K Assista AgoraEu estou sem reação depois de assistir esse filme. Sou muito de ver filmes trashs que incomodam o espectador, mas nada como a miséria humana para chocar e mexer tanto com a gente.
A luta antimanicomial ainda se faz necessária no Brasil, e eu como paciente psiquiátrico (esquizofrênico) me cocei todo assistindo a história de Neto (que é baseada em uma história real), ainda mais tendo pessoas próximas a mim que foram internadas e eu mesmo só não fui por pouco.
Te criticam, duvidam de você, te invisibilizam, te dopam, e depois de toda a merda feita acham que você vai ser o mesmo, como se sorrir fosse uma obrigação. ''Bicho de Sete Cabeças'' é um tapa na cara de quem fala que não existe filme nacional bom e de quem minimiza sofrimento mental. Realmente é um filme NECESSÁRIO, inquietante e muito, mas muito profundo.
Mulan
4.2 1,1K Assista AgoraEsse com certeza entra na lista dos ''por que diabos eu demorei tanto pra assistir''. Filme maravilhoso com uma mensagem forte e necessária.
Bright
3.1 804 Assista AgoraO filme é uma ótima ficção científica com ação, porém peca ao utilizar um Universo gigantesco que poderia ser explorado em pelo menos uma trilogia, em apenas um filme. Não dá tempo de explicar nada, uma pena. Mesmo assim diverte muito; com ação, humor e orcs, elfos e humanos.
Além, é claro, de simbolizar o papel do negro na sociedade americana (e brasileira por extensão). Nem de forma sutil, é direto mesmo. Eu considerei uma boa crítica.
Capitão América: O Primeiro Vingador
3.5 3,1K Assista AgoraMuito interessante a ideia de ser o Capitão América o primeiro vingador, logo ele que realmente foi o primeiro herói lá pelos anos 40 durante a Segunda Guerra Mundial. Porém, vale destacar que você precisa desconsiderar muita coisa real pro filme valer a pena, porque os recursos tecnológicos apresentados são claramente muito a frente do tempo proposto. Fora isso, bom filme.
Minha Vida em Marte
3.5 478Filme de comédia nacional padrão Globo bem típico: não faz mal a ninguém. Pra quem gosta do Paulo Gustavo até que vai, eu particularmente acho um negócio forçado pra krl, não desce de jeito nenhum.
Mônica Martelli LINDÍSSIMA.
Enfim, é um filme que você assiste com nenhuma intenção, porque se botar um pingo de expectativa já era, vai se decepcionar. Mas caso vá tranquilo, pode ser que se divirta.
Marcando Território
2.8 49 Assista AgoraAção raiz: ruim, sem roteiro, sem sentido; só sangue e tiro. Válido para madrugadas insones ou quando você já perdeu o controle da própria vida, aí não vai se incomodar em perder tempo com lixo. Ah, pra falar que não tem nada de bom: souberam usar bem os sons de suspense na maioria das cenas, dá pra arrepiar.
Tubarão
3.7 1,2K Assista AgoraEsse filme é o filme de suspense/ação clássico: não tem aprofundamento psicológico, não tem enredo complicado; é o Tubarão enfurecido cheio de ódio comendo todo mundo que aparece em sua frente. Spielberg acertando em cheio de novo, o que não é nenhuma surpresa.
Mãe Só Há Uma
3.5 408 Assista AgoraAnna Muylaert é uma boa diretora, e carrega com ela o sucesso de ''Que Horas Ela Volta?'', produção anterior ao título aqui apreciado. Analisando a sua filmografia percebe-se o seu carinho por retratar o cotidiano das pessoas simples da sociedade brasileira, com todas as suas construções pessoais e afirmações identitárias, sejam elas quais forem (pobreza, homossexualidade, servilismo, etc).
Agora quanto ao filme: premissa boa, execução nem tanto assim. É um filme que se escora muito na interpretação do espectador, você precisa entrar dentro do roteiro e tirar leite de pedra pois a obra não entrega tudo que pode. É bom, mas não é tão profundo. A vida conturbada do adolescente de 16 anos descobrindo a sua homossexualidade em meio a uma situação adversa (descobrir que foi roubado da maternidade e que tem uma outra família) se resume quase que à uma cena em especial, que por acaso é muito boa pela atuação do sempre brilhante Matheus Nachtergaele. O roteiro até tenta timidamente introduzir o irmão do protagonista na estória, e o porque disso só entendemos no final.
Nem por isso é um filme ruim, ele é curtinho e tem no YouTube, fazendo com que valha a pena conferir uma situação de ''juventude transviada''. Ponto forte para:
Foi muito boa a sacada do ''novo'' irmão do protagonista se aproximar dele no final, numa clara mensagem de que assim como ele aprendeu a odiar na escola, ele também pode aprender a amar em casa (ou em outros lugares). É o filho mais novo que sempre foi o espelho do pai homofóbico e que encontrou alguém que praticasse a rebeldia que ele sempre quis praticar mas nunca teve coragem. Será ainda difícil não aceitar a autoafirmação das pessoas quanto a sua identidade? É esse o dilema proposto por Pierre/Felipe.
Demônio de Neon
3.2 1,2K Assista AgoraEsse filme é um ritual antropofágico da beleza. O quão longe você iria pelo belo?
Falando num linguajar bem popular, ''Demônio de Neon'' é a cara do que chamam de cult: construção lenta da narrativa, muito simbolismo, apego aos elementos estéticos (que são muito bons, diga-se de passagem) e que não duvido nada virar um clássico incompreendido daqui uns 25/30 anos. Recorrentemente está inserido nessa onda de ''post-horror'' (que aliás é um termo péssimo, com certeza acharão algo que combine melhor quando o tempo vier) e pode vir a ser um dos nomes lembrados por essa escola no futuro, uma possível referência.
Não é nada grandioso, porém o clima neon (como já proposto no nome), a beleza e o olhar de melancolia e desespero das atrizes modelos, o banho de sangue e algumas cenas com metáforas pesadas fazem com que valha a pena. Pretty Hurts, já dizia Beyonce.
Donnie Darko
4.2 3,8K Assista AgoraEu ouso dizer que consegui entender todo o hype por cima desse filme; é uma obra relativamente acessível para o gênero ''mindfuck'', quase que a ponta do iceberg para a descoberta de outros títulos e diretores na mesma pegada, o que não é nada mal.
Penso que quando o cinéfilo precisar inventar muito uma história por traz do filme é por pura pretensão, mas reconheço a necessidade aqui. Então vamos lá: pra mim essa experiência nada mais é que do uma sessão de psicanalise, isso mesmo. Donnie Darko é um jovem psicótico e esquizofrênico que no auge da sua loucura, delira. O seu amigo Frank nada mais é do que o seu inconsciente, transmitindo mensagens enigmáticas. Durante o filme ele fazia sessões também com uma psicóloga, o que faz com que isso não seja surpresa pra ninguém. O interessante é:
O final foi como se ele voltasse até a infância, encontrando o recalque originário e o matando, numa cena forte entre o descobrir o que te fere e se matar ao mesmo tempo, em um misto de alucinação, prazer, resignação e decisão. Donnie decidiu, mas não aguentou ou não teve a intenção de tentar de novo. A frustração de viver foi mais forte que qualquer viagem no tempo, o matando.
Ponto alto também para a trilha sonora, que funciona muito bem em vários momentos. E ah, prefira a versão do diretor (Director's cut), pelo pouco que li ela é bem melhor para apreciar o filme.
O Homem Que Copiava
3.5 901 Assista AgoraA narrativa de ''O Homem que Copiava'' é gostosa, trazendo Lazaro Ramos interpretando André, um personagem sonhador que brinda o telespectador com diálogos e divagações pra lá de interessantes, fora todo o desenrolar da estória. A outra boa apresentação fica para Pedro Cardoso, Luana Piovani e Leandra Leal, que também dão um show no filme.
Destaque para as voltas que o roteiro dá, muito bom. Novamente o cinema nacional mostrando que não é preciso de um rio de dinheiro para fazer algo minimante bom, ou muito bom, como é o caso aqui.
Tatuagem
4.2 923 Assista AgoraEsse filme pra mim é especial: Hilton Lacerda é sempre um gigante trabalhando nos roteiros do Novo Cinema Pernambucano, e aqui ele se joga também na direção, e acerta em cheio. Outro nome memorável é o de Irandhir Santos, que ator sensacional e que merece muito mais reconhecimento do que tem hoje. Jesuíta Barbosa também foi muito bem, cadenciando o filme com sua atuação mais contida (por causa do personagem).
Tatuagem é um filme lindo, teatral, circense. Retrata em forma de poesia uma trupe em plena ditadura militar, que enxerga o mundo a partir de sua arte, envolvendo o amor homossexual de forma natural, como deve ser. A trilha sonora é ótima, com Johnny Hooker aparecendo e nos brindando com suas lindas canções. Ah o Recife, ah Pernambuco!
É de filmes assim que o cinema nacional precisa, é a partir deles que se constrói: poético. Não são precisos rios de dinheiro pra fazer uma boa obra, e Tatuagem mostra isso.
Infâmia
4.4 300Infâmia faz parte dessa belíssima época de Hollywood, onde as estórias se desenrolavam como em cenas de teatro e o enredo era a parte principal de um bom filme, e que filmes temos aqui com esse título. Muito se fala sobre Audrey Hepburn mas é Shirley MacLaine que rouba a cena, em uma atuação magnífica, gigante.
É notável também como William Wyler ousou ao levantar uma temática LGBT em 1961 e nós percebemos pelos diálogos como ainda era algo confuso, muito mais tabu do que é hoje. Atitude louvável dos roteiristas e atores do projeto.
No mais, você vai descobrir a resposta para a pergunta: É possível odiar uma criança? SIM, MUITO!
Salt
3.4 2,2K Assista AgoraMais um filme de espionagem envolvendo uma conspiração russa que não é nada memorável. O que vale a pena é ver a Angelina Jolie como protagonista vivendo muito bem o papel e... só. É bom pra divertir, tem boas cenas de ação mas fica só nisso mesmo. Se você não estiver esperando muito siga em frente.
Blade: O Caçador de Vampiros
3.2 356 Assista AgoraFilme a frente do seu tempo, com uma ótima atuação de Wesley Snipes. Já é um clássico dos filmes sobre vampiros.
É impossível não sentir uma raiva absurda pela mãe do Blade quando ele a descobre no ''ninho'' dos vampiros. Como não odiá-la e sentir o sangue ferver com a sua frieza em ver o filho se ferrando? Ah a ficção, o cinema...
Zootopia: Essa Cidade é o Bicho
4.2 1,5K Assista AgoraUma animação recheada de criticas sociais só que de uma forma tão leve e tão lindinha que você nem percebe o quão profundo aquilo é.
O Shaolin do Sertão
3.3 230 Assista AgoraUma sátira muito bem humorada dos filmes clássicos de kung-fu, só que dessa vez ambientado no interior nordestino. Não, não é o melhor filme que você vai ver na vida, mas cumpre bem o papel de entreter e de criar um clima gostosinho para quem assiste.
Só penso que a luta final, que geralmente é a coroa dos filmes do estilo, foi mal pensada. Demorou demais e ficou meio forçada além da conta, mas nada demais. Ao meu ver, ''O Shaolin do Sertão'' é um humor brasileiro que funciona.
Aquarius
4.2 1,9K Assista AgoraAquarius brilha pela estrela de Sônia Braga, que interpreta Dona Clara, uma personagem forte, decidida, linda e que defende a sua casa das investidas de uma construtora.
O filme tem toda aquela atmosfera lenta, com uma ótima trilha sonora e fotografia perfeita. Se é bom? Depende, se você gosta de um roteiro bem trabalhado vai ser a sua cara, com todo o toque de poesia que o cinema nacional consegue transmitir; agora se gosta de explosões hollywoodianas não sei não viu... é tudo uma questão de gosto.
Exterminadores do Além Contra a Loira do Banheiro
2.7 264 Assista AgoraEu fui assistir esse filme com uma curiosidade imensa, e preciso dizer que o mesmo me surpreendeu de forma positiva. Primeiro é preciso entender que ele faz parte de um subgênero tragicômico do horror, então sim, ele foi feito pra ser trash, B, ruim, chamem do que quiserem. E isso é bem óbvio até mesmo pelos atores que estrelam o filme, quase todos humoristas já consagrados na internet e TV.
A forma como a produção conseguiu satirizar os clichês dos filmes de terror é o ponto alto da trama. Quando os personagens falam com você e a barreira entre o real e a ficção é quebrado de forma bacana é muito gostoso de se assistir.
Agora, nem tudo são flores. Achei péssima a condução que deram para a tal ''Loira do Banheiro''. Oras, o título do filme é esse e eu penso que foi muitooo viajado o meio do enredo, com até lobisomem aparecendo (quê?), possessões demoníacas e tudo mais. Pecaram nessa parte e tentaram salvar no final, mas o estrago já estava feito. No mais, você vai encontrar de tudo: feto assassino, tiazinha possuída, delírios mentais e toda satanagem que um filme trash pode te proporcionar. E como muito provavelmente você sabe quem é Murilo Couto e Leo Lins sabe também que tem umas piadinhas no meio, retomando o que eu havia falado sobre o teor ''tragicômico'' do filme.
Atuações:
Danilo Gentilli é um PÉSSIMO ATOR, PQP, forçado até não conseguir mais. Sikeira Junior roubou a cena total, muito bom mesmo. Dani Calabresa apareceu pouco, aquela roupa curtinha dela combinava com a proposta do filme (esses filmes sempre apelam pra uma moça bonita em trajes curtos).
Não, não é a maior maravilha do mundo, assim como também não é ruim, penso que vale a pena conferir sim, mesmo se for pra não gostar.
Mangue Negro
3.2 222 Assista AgoraTrasheira de qualidade, maquiagem impecável.
Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver
3.9 111 Assista AgoraAnárquico, violento, transgressor, sádico, filosófico. A sequência do Inferno perturbou até o meu cachorro, bicho.
Infelizmente a censura da ditadura militar censurou o final, era pro Zé dizer ''Não creio, não creio'', ao invés da carolagem que ficou no filme lançado.
Stereo (Tile 3B of a CAEE Educational Mosaic)
2.7 29Cronenberg desde o início com ideias malucas, mas pelos aqui isso não se traduziu necessariamente em algo bom. A narração é de uma pretensão científica irritante, num roteiro quase que desconexo das filmagens. Enfim, vale pra quem quer conhecer o trabalho do cara desde o início, mas até os seus primeiros dois curtas são melhores que ''Stereo'', o seu primeiro longa.
Caixa de Pássaros
3.4 2,3K Assista AgoraÉ um filme despretensioso que cria uma clima legal de ansiedade em um futuro distópico, e só isso. Não adianta ir assistir achando que vai ser o melhor do filme mundo porque não é, nem a intenção é essa. Pensando assim, o drama consegue ser bom sim.