É realmente instigante olhar para esse interesse hollywoodiano em contar memórias de qualquer lugar do mundo, tramas às vezes tão distantes dos americanos – e talvez ai que esteja o problema, pois, quando a história é distante dos corações e mentes americanos, o caminho mais fácil acaba sendo o de adaptá-la para ganhar este público.
O grande problema de Um Ato de Liberdade é este. O ato do título é, na verdade, um ato de sobrevivência e de amor ao próximo.
Em 1990, foi lançado A Bruxa de Blair. O longa filmado sempre com uma câmera à mão para dar um tom mais documental e realista à obra foi um sucesso dentre os jovens da época, justamente por resgatar um tom de realidade que inevitavelmente falta às câmeras usuais. Já no ano passado, estreava o filme Cloverfield, que, empregando a mesma ‘técnica’ de A Bruxa de Blair, também causou alvoroço por utilizar uma câmera filmadora convencional (dessas que se compra em lojas) para um filme de ficção científica transformando algo ficcional desde o rótulo em um ‘recorte’ de realidade. Voltando antes no tempo, em 1973, entrava em cartaz o apavorante (pelo menos na época) O Exorcista, que contava a história –dita baseada em fatos reais- de uma menina possuída pelo demônio. Assim, o furor causado pela estréia estadunidense do filme Atividade Paranormal, do estreante Oren Peli, se dá pelo simples fato de ele se utilizar da bem recebida técnica dos dois primeiros para contar uma história que nada mais é do que uma quase cópia do terceiro.
Astro Boy surgiu pela primeira vez há 58 anos em uma revista japonesa. Desde então, se tornou um fenômeno venda e público no Japão. Mas o objetivo é conquistar o mundo. Chega aos cinemas a mais recente animação, toda em CGI. Para quem não conhece a história do menino robô é uma ótima oportunidade para conhecer. Para quem já sabe, vá se divertir, pois o personagem é bem carismático, ainda mais na voz de Rodrigo Faro.
Ed Harris é decididamente bom naquilo que faz. Como ator, conquistou fãs e prêmios em papéis como o do insano diretor de TV em O Show de Truman ou do deprimido poeta aidético no drama As Horas. Como diretor (e protagonista) havia feito um trabalho competente em Pollock – sobre o pintor americano Jason Pollock – e agora repete o feito no longa Appaloosa, no qual seu personagem é um dos maiores atrativos da trama.
lguns podem julgar, a priori, que um filme como Asterix nos Jogos Olímpicos é algo de que o cinema europeu tem de pior. Engana-se. Munido de 90 milhões de dólares, a produção é a mais cara da história do cinema na França e, apesar de seu estilo mediano, é a melhor da série até o momento justamente por não se tratar unicamente daquilo que o título introduz.
Sam Raimi está de volta ao terror. Depois de se consagrar como diretor da série Homem Aranha, o diretor, produtor e roteirista retorna ao gênero que o transformou de um garoto (ele dirigiu seu primeiro filme aos 18 anos e fez The Evil Dead quando tinha incríveis 21 anos) num cineasta digno de atenção por parte de Hollywood.
Na década de 1930, o México passava por um momento crítico nas suas questões políticas e iniciava o seu desenvolvimento econômico e industrial. É neste contexto ainda machista, que é contada a história de Catalina Guzmán, uma jovem mulher em busca da liberdade e que se envolve emocionalmente com Andrés Ascencio (Daniel Giménez Cacho), simpático, poderoso e sedutor coronel do exército. No entanto, o que seduz a jovem Catalina também é o que a prende, e ela se vê subjugada em um casamento infeliz; até conhecer o jovem maestro Carlos Vives (José María de Tavira) que apresenta um mundo diferente e mais amplo.
Conhecido por ser engajado e transportar isso para seus filmes, Loach segue o mesmo caminho de Ang Lee e aponta para uma nova estrada, a da comédia. Mas os fãs do diretor não irão se decepcionar: nas entrelinhas é o bom e velho Loach de sempre, agora com boas doses de risadas.
Os cineastas iranianos sempre encontraram no cinema uma forma de expor suas opiniões sobre a política do país. Asghar Farhadi preferiu mostrar com sutileza o regime autoritário que encarcera as mulheres do Irã. Em À Procura de Elly, destaque da Mostra de SP, o diretor – vencedor do Urso de Prata em Berlim este ano – faz um filme de suspense de altíssima qualidade, deixando os espectadores tensos em seus 119 minutos de exibição.
Elogiado pela crítica e vencedor dos prêmios de Menção Honrosa do Júri e Melhor Longa de Ficção do Público no Festival do Rio de 2008, Apenas o Fim teve sua estreia neste último dia dos namorados. Contrariando qualquer espírito romântico, a história conta o fim de um casal – clichê da atualidade: o garoto nerd com a garota linda.
Ondas do Destino, Os Idiotas, Dançando no Escuro e Dogville. O que os quatro filmes anteriores tem em comum? Se você pensou “Todos são dirigidos por Lars von Trier”, você acertou apenas metade da resposta. Além de serem obras do diretor dinamarquês, os quatro longas servem como referência para a enorme sensibilidade cinematográfica de von Trier, no que diz respeito à alma humana. Todavia, tamanha sensibilidade pode acabar sendo um tiro no próprio pé e é exatamente isso que acaba acontecendo no novo filme do diretor: Anticristo.
Em 2006, quando foi lançado, o longa O Código Da Vinci, baseado no best-seller de mesmo nome de Dan Brown, foi exaustivamente criticado pelo seu enredo arrastado e excessivamente explicativo que tornava seus 149 minutos uma tarefa árdua de se concluir sem um bocejo sequer. Mesmo diante de críticas tão fortes (e incontestáveis), os produtores Brian Grazer e John Calley ousaram ao trazer de volta o roteirista Akiva Goldsman para, juntamente com David Koepp, assinar a “continuação” do primeiro. Embora tendo ao seu lado a desconfiança e antipatia de muitos pelo que fizera em 2006, Goldsman eleva-se ao corrigir tudo que havia feito de errado no a-ser-lançado Anjos & Demônios.
Apesar de ser o sonho de muitos percorrer o mundo, conhecer incontáveis cidades e ainda ser pago para tudo isso, poucos desfrutam deste privilégio e menos ainda param para refletir nas consequências de uma vida sem raízes sólidas. Esta é uma das proposta do diretor Jason Reitman (Obrigado por fumar e Juno) em Amor Sem Escalas (Up in the Air), filme adaptado de forma bem sucedida do romance de Walter Kirn e que esconde muito mais que o dilema de ser totalmente livre ou deixar-se prender por algo ou alguém.
Diferente do primeiro filme, Alvin e os Esquilos 2 tem como ponto principal mostrar a vida deles na escola e as encrencas pelas quais passam, além de assuntos delicados, fazendo ser uma diversão para toda a família, desde os mais velhos que acompanhavam as aventuras dos esquilos quando pequenos até os mais novos, que os conheceram há dois anos e se encantaram com o carisma desses bichinhos peludinhos.
Que a filmografia do diretor neo-zelandês Peter Jackson é um tanto singular, muitos sabem. Responsável por deliciosas pérolas trash e também por uma das franquias mais bem sucedidas da história do cinema, Jackson carrega ainda, na sua improvável bagagem, o filme considerado por muitos como sua obra mais complexa: o drama Almas Gêmeas, estréia da jovem Kate Winslet nas telonas.
É sempre complicado avaliar filmes de terror/suspense. Primeiramente porque não há como definir essas produções já que ultimamente têm aparecido vários que se dizem como pertencentes ao gênero, mas, na verdade, não passam de filmes de sustos. São hitórias que têm como principal motivo lotar o cinema, vender pipoca e fazer bilheteria. O público alvo é o de sempre: adolescentes, normalmente em grupos, fazendo uma “festa” dentro do cinema; diversão entre namorados ou entre casais ainda não formados – muitos relacionamentos começam dentro do cinema em meio a um filme ruim – só um comentário sem nenhuma relação com o todo.
É inegável. Nenhum filme de Tim Burton até então fora tão aguardado e comentado quanto Alice no País das Maravilhas. E a bilheteria comprova isso (mais de 800 milhões de dólares mundiais – e o filme nem estreou no Brasil). Ansiado, a maior superprodução do diretor é o título que faltava para fincá-lo na indústria como um grande ímã comercial. E, aplausos únicos para o próprio, é o resultado de um grande zelo pelo próprio trabalho, algo que Burton vem demonstrando ao longo de sua carreira.
É bem verdade que nos últimos anos, os filmes de ação e espionagem têm seguido um padrão. Apesar de no início de sua formação este contexto ter soado atraente, ele muito rápido se deteriorou. É o caso, mesmo que implícito, de “Agente 86″ (Get Smart – EUA – 2008 – Warner). Projetado num roteiro de duas vertentes – a comédia e a ação – o longa não se firma exatamente em uma delas, o que por um lado é bom, pois atinge dois pontos extremistas sem divergir-los, por outro, não aponta qual contexto coadjuva qual, se tornando vago.
A adolescência é um tema que já foi diversamente usado não só pelo cinema, mas pelas artes de uma forma geral. Mesmo já soando como um lugar-comum, ainda há uma infinidade de ângulos pelos quais se pode ver o prisma deste tema. É o que tenta realizar o diretor e roteirista brasileiro Heitor Dhalia em seu novo filme, À Deriva.
Um Ang Lee cheio de graça e leveza. É esta a impressão deixada por Aconteceu em Woodstock, novo trabalho do diretor de O Segredo de Brokeback Montauin.
Pedro Almodóvar é um cineasta de características bem definidas: cenários e figurinos com cores vibrantes, trilha sonora que acompanha o drama e a comédia nas medidas certas, delicadeza para tratar de temas difíceis. As tramas mudam, mas Almodóvar nunca foge do roteiro que ele criou para si mesmo. Sou fã absoluta de seu trabalho, e para mim nunca houve um filme dele que não fosse, pelo menos, muito bom. Por isso escrever sobre Abraços Partidos está sendo uma dura prova do meu amor ao cineasta.
Um Ato de Liberdade
3.9 344É realmente instigante olhar para esse interesse hollywoodiano em contar memórias de qualquer lugar do mundo, tramas às vezes tão distantes dos americanos – e talvez ai que esteja o problema, pois, quando a história é distante dos corações e mentes americanos, o caminho mais fácil acaba sendo o de adaptá-la para ganhar este público.
O grande problema de Um Ato de Liberdade é este. O ato do título é, na verdade, um ato de sobrevivência e de amor ao próximo.
Atividade Paranormal
2.9 2,7K Assista AgoraEm 1990, foi lançado A Bruxa de Blair. O longa filmado sempre com uma câmera à mão para dar um tom mais documental e realista à obra foi um sucesso dentre os jovens da época, justamente por resgatar um tom de realidade que inevitavelmente falta às câmeras usuais. Já no ano passado, estreava o filme Cloverfield, que, empregando a mesma ‘técnica’ de A Bruxa de Blair, também causou alvoroço por utilizar uma câmera filmadora convencional (dessas que se compra em lojas) para um filme de ficção científica transformando algo ficcional desde o rótulo em um ‘recorte’ de realidade. Voltando antes no tempo, em 1973, entrava em cartaz o apavorante (pelo menos na época) O Exorcista, que contava a história –dita baseada em fatos reais- de uma menina possuída pelo demônio. Assim, o furor causado pela estréia estadunidense do filme Atividade Paranormal, do estreante Oren Peli, se dá pelo simples fato de ele se utilizar da bem recebida técnica dos dois primeiros para contar uma história que nada mais é do que uma quase cópia do terceiro.
Astro Boy
3.1 266 Assista AgoraAstro Boy surgiu pela primeira vez há 58 anos em uma revista japonesa. Desde então, se tornou um fenômeno venda e público no Japão. Mas o objetivo é conquistar o mundo. Chega aos cinemas a mais recente animação, toda em CGI. Para quem não conhece a história do menino robô é uma ótima oportunidade para conhecer. Para quem já sabe, vá se divertir, pois o personagem é bem carismático, ainda mais na voz de Rodrigo Faro.
Appaloosa: Uma Cidade Sem Lei
3.4 137 Assista AgoraEd Harris é decididamente bom naquilo que faz. Como ator, conquistou fãs e prêmios em papéis como o do insano diretor de TV em O Show de Truman ou do deprimido poeta aidético no drama As Horas. Como diretor (e protagonista) havia feito um trabalho competente em Pollock – sobre o pintor americano Jason Pollock – e agora repete o feito no longa Appaloosa, no qual seu personagem é um dos maiores atrativos da trama.
Asterix nos Jogos Olímpicos
2.8 34lguns podem julgar, a priori, que um filme como Asterix nos Jogos Olímpicos é algo de que o cinema europeu tem de pior. Engana-se. Munido de 90 milhões de dólares, a produção é a mais cara da história do cinema na França e, apesar de seu estilo mediano, é a melhor da série até o momento justamente por não se tratar unicamente daquilo que o título introduz.
Arraste-me para o Inferno
2.8 2,8K Assista AgoraSam Raimi está de volta ao terror. Depois de se consagrar como diretor da série Homem Aranha, o diretor, produtor e roteirista retorna ao gênero que o transformou de um garoto (ele dirigiu seu primeiro filme aos 18 anos e fez The Evil Dead quando tinha incríveis 21 anos) num cineasta digno de atenção por parte de Hollywood.
Arranca-me a Vida
3.7 21Na década de 1930, o México passava por um momento crítico nas suas questões políticas e iniciava o seu desenvolvimento econômico e industrial. É neste contexto ainda machista, que é contada a história de Catalina Guzmán, uma jovem mulher em busca da liberdade e que se envolve emocionalmente com Andrés Ascencio (Daniel Giménez Cacho), simpático, poderoso e sedutor coronel do exército. No entanto, o que seduz a jovem Catalina também é o que a prende, e ela se vê subjugada em um casamento infeliz; até conhecer o jovem maestro Carlos Vives (José María de Tavira) que apresenta um mundo diferente e mais amplo.
À Procura de Eric
3.8 87Conhecido por ser engajado e transportar isso para seus filmes, Loach segue o mesmo caminho de Ang Lee e aponta para uma nova estrada, a da comédia. Mas os fãs do diretor não irão se decepcionar: nas entrelinhas é o bom e velho Loach de sempre, agora com boas doses de risadas.
À Procura de Elly
4.0 147Os cineastas iranianos sempre encontraram no cinema uma forma de expor suas opiniões sobre a política do país. Asghar Farhadi preferiu mostrar com sutileza o regime autoritário que encarcera as mulheres do Irã. Em À Procura de Elly, destaque da Mostra de SP, o diretor – vencedor do Urso de Prata em Berlim este ano – faz um filme de suspense de altíssima qualidade, deixando os espectadores tensos em seus 119 minutos de exibição.
Apenas o Fim
3.7 1,1K Assista AgoraElogiado pela crítica e vencedor dos prêmios de Menção Honrosa do Júri e Melhor Longa de Ficção do Público no Festival do Rio de 2008, Apenas o Fim teve sua estreia neste último dia dos namorados. Contrariando qualquer espírito romântico, a história conta o fim de um casal – clichê da atualidade: o garoto nerd com a garota linda.
Anticristo
3.5 2,2K Assista AgoraOndas do Destino, Os Idiotas, Dançando no Escuro e Dogville. O que os quatro filmes anteriores tem em comum? Se você pensou “Todos são dirigidos por Lars von Trier”, você acertou apenas metade da resposta. Além de serem obras do diretor dinamarquês, os quatro longas servem como referência para a enorme sensibilidade cinematográfica de von Trier, no que diz respeito à alma humana. Todavia, tamanha sensibilidade pode acabar sendo um tiro no próprio pé e é exatamente isso que acaba acontecendo no novo filme do diretor: Anticristo.
Anjos e Demônios
3.5 1,6K Assista AgoraEm 2006, quando foi lançado, o longa O Código Da Vinci, baseado no best-seller de mesmo nome de Dan Brown, foi exaustivamente criticado pelo seu enredo arrastado e excessivamente explicativo que tornava seus 149 minutos uma tarefa árdua de se concluir sem um bocejo sequer. Mesmo diante de críticas tão fortes (e incontestáveis), os produtores Brian Grazer e John Calley ousaram ao trazer de volta o roteirista Akiva Goldsman para, juntamente com David Koepp, assinar a “continuação” do primeiro. Embora tendo ao seu lado a desconfiança e antipatia de muitos pelo que fizera em 2006, Goldsman eleva-se ao corrigir tudo que havia feito de errado no a-ser-lançado Anjos & Demônios.
Amor Sem Escalas
3.4 1,4K Assista AgoraApesar de ser o sonho de muitos percorrer o mundo, conhecer incontáveis cidades e ainda ser pago para tudo isso, poucos desfrutam deste privilégio e menos ainda param para refletir nas consequências de uma vida sem raízes sólidas. Esta é uma das proposta do diretor Jason Reitman (Obrigado por fumar e Juno) em Amor Sem Escalas (Up in the Air), filme adaptado de forma bem sucedida do romance de Walter Kirn e que esconde muito mais que o dilema de ser totalmente livre ou deixar-se prender por algo ou alguém.
Alvin e os Esquilos 2
2.8 676 Assista AgoraDiferente do primeiro filme, Alvin e os Esquilos 2 tem como ponto principal mostrar a vida deles na escola e as encrencas pelas quais passam, além de assuntos delicados, fazendo ser uma diversão para toda a família, desde os mais velhos que acompanhavam as aventuras dos esquilos quando pequenos até os mais novos, que os conheceram há dois anos e se encantaram com o carisma desses bichinhos peludinhos.
Almas Gêmeas
3.8 438Que a filmografia do diretor neo-zelandês Peter Jackson é um tanto singular, muitos sabem. Responsável por deliciosas pérolas trash e também por uma das franquias mais bem sucedidas da história do cinema, Jackson carrega ainda, na sua improvável bagagem, o filme considerado por muitos como sua obra mais complexa: o drama Almas Gêmeas, estréia da jovem Kate Winslet nas telonas.
Alma Perdida
2.6 594 Assista AgoraÉ sempre complicado avaliar filmes de terror/suspense. Primeiramente porque não há como definir essas produções já que ultimamente têm aparecido vários que se dizem como pertencentes ao gênero, mas, na verdade, não passam de filmes de sustos. São hitórias que têm como principal motivo lotar o cinema, vender pipoca e fazer bilheteria. O público alvo é o de sempre: adolescentes, normalmente em grupos, fazendo uma “festa” dentro do cinema; diversão entre namorados ou entre casais ainda não formados – muitos relacionamentos começam dentro do cinema em meio a um filme ruim – só um comentário sem nenhuma relação com o todo.
Alice no País das Maravilhas
3.4 4,0K Assista AgoraÉ inegável. Nenhum filme de Tim Burton até então fora tão aguardado e comentado quanto Alice no País das Maravilhas. E a bilheteria comprova isso (mais de 800 milhões de dólares mundiais – e o filme nem estreou no Brasil). Ansiado, a maior superprodução do diretor é o título que faltava para fincá-lo na indústria como um grande ímã comercial. E, aplausos únicos para o próprio, é o resultado de um grande zelo pelo próprio trabalho, algo que Burton vem demonstrando ao longo de sua carreira.
Agente 86
3.1 590 Assista AgoraÉ bem verdade que nos últimos anos, os filmes de ação e espionagem têm seguido um padrão. Apesar de no início de sua formação este contexto ter soado atraente, ele muito rápido se deteriorou. É o caso, mesmo que implícito, de “Agente 86″ (Get Smart – EUA – 2008 – Warner). Projetado num roteiro de duas vertentes – a comédia e a ação – o longa não se firma exatamente em uma delas, o que por um lado é bom, pois atinge dois pontos extremistas sem divergir-los, por outro, não aponta qual contexto coadjuva qual, se tornando vago.
À Deriva
3.6 366A adolescência é um tema que já foi diversamente usado não só pelo cinema, mas pelas artes de uma forma geral. Mesmo já soando como um lugar-comum, ainda há uma infinidade de ângulos pelos quais se pode ver o prisma deste tema. É o que tenta realizar o diretor e roteirista brasileiro Heitor Dhalia em seu novo filme, À Deriva.
Aconteceu em Woodstock
3.7 513 Assista AgoraUm Ang Lee cheio de graça e leveza. É esta a impressão deixada por Aconteceu em Woodstock, novo trabalho do diretor de O Segredo de Brokeback Montauin.
Abraços Partidos
3.9 661Pedro Almodóvar é um cineasta de características bem definidas: cenários e figurinos com cores vibrantes, trilha sonora que acompanha o drama e a comédia nas medidas certas, delicadeza para tratar de temas difíceis. As tramas mudam, mas Almodóvar nunca foge do roteiro que ele criou para si mesmo. Sou fã absoluta de seu trabalho, e para mim nunca houve um filme dele que não fosse, pelo menos, muito bom. Por isso escrever sobre Abraços Partidos está sendo uma dura prova do meu amor ao cineasta.