"Homem de Ferro 3" já começa mostrando que fugirá um pouco à formula estabelecida por Jon Favreau nos filmes anteriores, e isso dividirá opiniões: haverão aqueles que irão adorar, e aqueles que irão estranhar.
O engraçado é que, por mais que seja o filme da série com mais elementos "sobrenaturais" (o Extremis, no caso), ainda assim consegue ser o filme mais humano de trilogia: Tony Stark não é assim tão inatingível, e toda a ideia por trás do Mandarim remete aos tempos atuais, e como o governo e os conglomerados se aliam a fim de ludibriar a população.
As cenas de ação são as mais incríveis da série, sem sombra de dúvidas: toda aquela sequência em que Tony Stark precisa resgatar as 13 pessoas que acabaram de ser expelidas de um avião em queda livre é algo absurdamente espetacular e bem realizado. E, além disso, finalmente temos uma batalha final do Latinha que deixará todo mundo de queixo caído, diante o grandioso set construído e, como todo mundo já sabe, pelo exército de homens de ferro controlados por Jarvis – muito foda!
E sim: há uma cena extra após os créditos do filme.
Não chega a ser aterrorizante como promete, mas é recheado de referências aos filmes anteriores e brutalmente repleto de ultraviolência. Feito para ser visto no cinema, ou com alguns amigos antes de dormir. Com certeza vai ser gore demais para muitos, mas vale a pena. Eu curti ;)
Não é bem uma obra-prima: tem um ritmo lento e um terceiro ato que poderia ser melhor. Ainda assim merece que seja conferido (principalmente numa sala de cinema): as atrizes mirins são muito boas, Jessica Chastain é absulotamente linda em tudo que faz, e a mamãe do título com certeza vai te dar alguns sustos.
Ontem revi "O Mestre", de Paul Thomas Anderson, e pude absorver ainda mais peculiaridades e observações do filme, e eu realmente gostaria compartilha-las com vocês:
Quantas religiões não começaram como uma espécie de culto, por exemplo? A dinâmica entre mestre e aprendiz é explorada de maneira bem clara, mostrando que o poder que os homens de discurso exercem sobre seus ouvintes é algo profundo e, de certa forma, hipnótico. Quantas pessoas no mundo contemporâneo pensam que estão fazendo o certo apenas porque uma pessoa lhes disse que isso é o certo? Qual é o limiar que separa uma religião de um culto? No fim das contas, ambas se tratam de um homem proferindo ensinamentos a todos os outros.
Outro ponto importante do filme: há sempre uma estratégia a fim de englobar as massas. "É bom quando você ri durante o tratamento" diz o mestre em uma de suas terapias regressivas. Não importa onde você chegará, mas o mestre promete que haverão bons frutos ao longo de seu caminho. Não se deve abrir espaço para contestação ou pessimismo, já que o objetivo do mestre é apenar nos encaminhar ao estado de perfeição que é inerente do próprio homem. Sem contar a maneira megalomaníaca de se estabelecer um modus operandi: "Nós temos que dominar o nosso ambiente, e a melhor maneira de nos defender, é atacando" - um ensinamento que até mesmo eu fiquei tentado a seguir, confesso.
Por fim, e não menos importante, até onde a cabeça de um ser humano pode ser influenciada? O filme deixa essa questão em aberto, de certa forma. Será que toda ovelha precisa mesmo de um pastor? Segundo a mestra Peggy, no filme, "talvez existam pessoas que não possam ser ajudadas" - e Freddie Quell se mostra um personagem deveras interessante devido ao fato de, mesmo depois de todo esforço aplicado, ser uma espécie de homem puramente instintivo e imediato. Mas qual é o ser humano que, lá no fundo, não quer se sentir amado? Qual é o homem que não quer se sentir parte de algo maior que ele próprio? É com essa carta na manga que o mestre se despede de sua ovelha, já no encerramento da trama, de maneira covarde e extremamente manipuladora. Se foi a suposta loucura que livrou Freddie das garras d'A Causa, isso a gente nunca saberá - mas que essas palavras ecoaram em minha cabeça no fim da projeção, isso eu não posso negar:
"Se descobrir um modo de viver sem servir a um mestre... Qualquer mestre... Então nos conte como conseguiu. Você seria a primeira pessoa na história do mundo."
Nessa era de Papas, Malafaias e Felicianos, esse filme é mais do que recomendado. Uma obra madura, para quem gosta de digerir tramas por dias e mais dias após a última cena. Um exímio estudo de personagens e mais um clássico do cara que, em minha humilde opinião, é o maior cineasta da atualidade.
Realisticamente arrebatador e visualmente elegante. Filmes são feitos para todos, mas não há como não ovacionar o mérito de certos filmes em transpôr para aqueles que já vivenciaram determinadas situações a mesma sensação de estar vendo-as acontecer novamente. Gosto de filmes que acabam por deixar essa sensação familiar, de certa forma, mesmo quando não vivida.
John Hawkes e Helen Hunt estão sublimes neste filme, que é maduro o suficiente ao conseguir falar sobre sexo sem constranger os espectadores e nenhum dos atores. Hawkes está excelente – mas boa parte de sua perfomance se eleva graças a caracterização de seu personagem. Na minha opinião, entretanto, quem brilha mesmo é Hunt; sua Cheryl é de uma leveza e desinibição sem precendentes, e é lindo ver o quanto ela é atenciosa com Mark, e o quanto ela se afeiçoa a ele a cada sessão. William H. Macy também está ótimo como o padre (e quase psicólogo), amigo de Mark. Uma trama realmente tocante e uma grata surpresa, ainda mais por sabermos que tudo foi baseado numa história verídica.
Meu primeiro Paul Thomas Anderson numa telona, e em breves palavras (antes de uma crítica mais profunda): que filme espetacular! Cada obra do cara parece uma aula de como fazer cinema. O elenco é monstruosamente poderoso; Joaquin Phoenix (na performance de sua carreira), Philip Seymour Hoffman e Amy Adams magnetizam o espectador – os três conseguem atuar com o próprio olhar. Isso é cinema adulto, pra quem gosta de digerir o que acabou de assistir por dias e mais dias. Tem tudo; elenco inesquecível, uma fotografia impecável até os planos sequência que já consagraram nosso amado diretor. É único de uma maneira tão singular que a gente até perdoa a esnobada que a Academia deu (pra variar) – esse cara não precisa de Oscars! Um filme que vai ser lembrado por gerações e mais gerações. Um filme sobra a natureza e a subordinação humana – puro deleite. É material pra gente grande, fique avisado. Está no meu top 10 de 2012.
Esse filme foi uma excelente surpresa: texto impecável; performances sutis e ao mesmo tempo marcantes; uma direção concisa e capaz de nos tornar íntimo de todos eles. E o melhor de tudo é ver que a Emma Watson não ficou "presa" à Hermione, assim como o Ezra Miller não ficou preso ao "Kevin". E tirei meu chapéu para o Logan Lerman também. É daqueles tipos de filmes bonitinhos com uma trilha sonora bem sacada e atraente para todos os olhos. Recomendo ;)
Muito arrastado, porém Hugh Jackman e Anne Hathaway mostram porque são dois dos meus atores preferidos – há momentos onde os dois se entregam completamente aos seus papéis e é impossível que o espectador não tenha o seu coração tocado por eles. Começa bem grandioso, mas com o desenrolar da trama o filme se mostra muito petulante, por confiar demais na cantoria de alguns atores que, apesar das excelentes performances, não são assim tão bons de cantoria. A fotografia e a direção de arte também merecem destaque, assim como algumas das canções que não saem da cabeça depois que o filme acaba. Um dos pontos altos da direção do Tom Hooper (em meio a diversas falhas) é deixar seus atores cantando em plano-sequência – e todo o momento em que Fantine canta "I Dreamed a Dream" ganha um boost por usar tal recurso (e WOW, que momento). Eu cortaria algumas coisas aqui e ali, mas no geral é um bom filme.
Tarantino is back, bitches — e não deixa a peteca cair em mais uma histórinha banhada em vingança, sanguinolência e homenagens ao cinema antigo. Uma trama que se desenrola por quase 3 horas, de maneira muito rápida (sinal de um bom texto), com uma ligação subjetiva fortíssima com "Bastardos Inglórios", seu trabalho anterior. Aqui trocam-se os judeus pelos negros, e os nazistas pelos americanos racistas do século 19. Um elenco estonteante, com performances dignas de prêmios, em destaque o Christoph Waltz, Lernardo DiCaprio (em seu primeiro vilão) e o já sempre competente Samuel L. Jackson, que simplesmente nos oferece uma das performances mais antipáticas de sua carreira e, na minha opinião, foi o ponto alto do filme – impossível assistir sem querer meter uma bala bem no meio da testa do Stephen. A trilha sonora também está impecável, assim como a fotografia (os caras conseguiram cores lindas em locações absolutamente desérticas).
Não é o melhor do Tarantino, mas é bem melhor que o seu trabalho predecessor. Não é todo dia que vemos um personagem tomar as rédeas de uma história com grande estilo que nem o Django. E aquele monólogo do Leonardo DiCaprio sobre a submissão do negro é apavorante – e pensar que seres humanos já pensaram (e ainda pensam) da mesma forma. Nosso amado diretor já informou que, junto a Bastardos e um vindouro filme, teremos uma trilogia. É esperar pra ver. De lá pra cá a qualidade só cresceu.
Uma comédia-drama-romance que vai te deixar absolutamente apaixonado por todos os personagens. David O. Russel vem se mostrando um excelente diretor de atores, e todo o elenco merece realmente uma salva de palmas. A gente sabe como vai terminar desde o momento que o filme começa, mas o fim é irrelevante se a jornada não é importante – e que história! Quanto aos aspectos técnicos, achei a edição bem bacana, assim como a fotografia. Parece ser bem desprentensioso mas quando acaba você fica torcendo por mais alguns minutos com todos eles em cena. Recomendo ;)
Sinceramente: acho que nunca chorei tanto num filme. E nunca vi um "filme-tragédia" conseguir passar tanta verdade quanto esse – o telespectador simplesmente quebra a barreira entre ficção e realidade; todo o desespero e dor conseguem chegar dentro de nós. Naomi Watts, Tom Holland e Ewan McGregor estão sublimes. A direção do J. A. Bayona é sem precendentes – daria tudo por um dia no set de filmagens enquanto rodavam a cena do tsunami; muito realista, bem pensado e claustrofóbico. Imaginar o que essa família passou é realmente testemunhar "o impossível". Tem horas que o drama "pesa" um pouco, mas não compromete a obra. Filmaço!
"Compliance" consegue muito sem fazer quase nada. É o melhor thriller de 2012, e um dos poucos filmes que me incomodou a ponto de querer entrar ali e sair dando na cara de todo mundo. Incomoda tanto que é impossível você parar de assistir antes que termine. A atuação da Ann Dowd é espetacular! Um bom exemplo de como a conduta de uma pessoa consegue afetar irreversivelmente a vida de diversas outras.
Assisti em 4DX no Cinépolis daqui de Salvador e lá vai minha opinião: Ang Lee é um diretor fodástico; eu nunca vi um filme que fizesse um uso tão bacana do 3D (foi minha primeira experiência com o 4D – curti demais); a fotografia e os efeitos visuais são absolutamente estonteantes, o tigre Richard Parker é inexplicavelmente real; e VOCÊ VAI CHORAR! Um dos melhores do ano, sem sombra de dúvidas. Caminha de uma maneira bem inocente pra nos oferecer uma poderosa e universal mensagem. Recomendadíssimo!
Faroeste Caboclo
3.2 2,4KCadê a opção "não sei se quero ver"?
Homem de Ferro 3
3.5 3,4K Assista Agora"Homem de Ferro 3" já começa mostrando que fugirá um pouco à formula estabelecida por Jon Favreau nos filmes anteriores, e isso dividirá opiniões: haverão aqueles que irão adorar, e aqueles que irão estranhar.
O engraçado é que, por mais que seja o filme da série com mais elementos "sobrenaturais" (o Extremis, no caso), ainda assim consegue ser o filme mais humano de trilogia: Tony Stark não é assim tão inatingível, e toda a ideia por trás do Mandarim remete aos tempos atuais, e como o governo e os conglomerados se aliam a fim de ludibriar a população.
As cenas de ação são as mais incríveis da série, sem sombra de dúvidas: toda aquela sequência em que Tony Stark precisa resgatar as 13 pessoas que acabaram de ser expelidas de um avião em queda livre é algo absurdamente espetacular e bem realizado. E, além disso, finalmente temos uma batalha final do Latinha que deixará todo mundo de queixo caído, diante o grandioso set construído e, como todo mundo já sabe, pelo exército de homens de ferro controlados por Jarvis – muito foda!
E sim: há uma cena extra após os créditos do filme.
A Morte do Demônio
3.2 3,9K Assista AgoraNão chega a ser aterrorizante como promete, mas é recheado de referências aos filmes anteriores e brutalmente repleto de ultraviolência. Feito para ser visto no cinema, ou com alguns amigos antes de dormir. Com certeza vai ser gore demais para muitos, mas vale a pena. Eu curti ;)
A Criada
3.8 104 Assista AgoraSério que ele vai ser lançado no Brasil só agora? Baixei faz tanto tempo. Delay grotesco esse.
Mama
3.0 2,8K Assista AgoraNão é bem uma obra-prima: tem um ritmo lento e um terceiro ato que poderia ser melhor. Ainda assim merece que seja conferido (principalmente numa sala de cinema): as atrizes mirins são muito boas, Jessica Chastain é absulotamente linda em tudo que faz, e a mamãe do título com certeza vai te dar alguns sustos.
Ligações Perigosas
4.0 342 Assista Agora"Quando uma mulher ataca o coração de outra, ela raramente erra, e a ferida é, quase sempre, fatal."
Glenn Close ♥
Ginger & Rosa
3.4 428 Assista AgoraBonitinho, e só. Elle Fanning manda muito bem. Fui o único que quis meter uma bala bem no meio da cabeça da Rosa nos últimos momentos do filme?
O Mágico de Oz
4.2 1,3K Assista Agora"There's no place like home."
Absolutamente encantador, com uma excelente atuação da Judy Garland. Um clássico incontestável.
O Mestre
3.7 1,0K Assista AgoraOntem revi "O Mestre", de Paul Thomas Anderson, e pude absorver ainda mais peculiaridades e observações do filme, e eu realmente gostaria compartilha-las com vocês:
Quantas religiões não começaram como uma espécie de culto, por exemplo? A dinâmica entre mestre e aprendiz é explorada de maneira bem clara, mostrando que o poder que os homens de discurso exercem sobre seus ouvintes é algo profundo e, de certa forma, hipnótico. Quantas pessoas no mundo contemporâneo pensam que estão fazendo o certo apenas porque uma pessoa lhes disse que isso é o certo? Qual é o limiar que separa uma religião de um culto? No fim das contas, ambas se tratam de um homem proferindo ensinamentos a todos os outros.
Outro ponto importante do filme: há sempre uma estratégia a fim de englobar as massas. "É bom quando você ri durante o tratamento" diz o mestre em uma de suas terapias regressivas. Não importa onde você chegará, mas o mestre promete que haverão bons frutos ao longo de seu caminho. Não se deve abrir espaço para contestação ou pessimismo, já que o objetivo do mestre é apenar nos encaminhar ao estado de perfeição que é inerente do próprio homem. Sem contar a maneira megalomaníaca de se estabelecer um modus operandi: "Nós temos que dominar o nosso ambiente, e a melhor maneira de nos defender, é atacando" - um ensinamento que até mesmo eu fiquei tentado a seguir, confesso.
Por fim, e não menos importante, até onde a cabeça de um ser humano pode ser influenciada? O filme deixa essa questão em aberto, de certa forma. Será que toda ovelha precisa mesmo de um pastor? Segundo a mestra Peggy, no filme, "talvez existam pessoas que não possam ser ajudadas" - e Freddie Quell se mostra um personagem deveras interessante devido ao fato de, mesmo depois de todo esforço aplicado, ser uma espécie de homem puramente instintivo e imediato. Mas qual é o ser humano que, lá no fundo, não quer se sentir amado? Qual é o homem que não quer se sentir parte de algo maior que ele próprio? É com essa carta na manga que o mestre se despede de sua ovelha, já no encerramento da trama, de maneira covarde e extremamente manipuladora. Se foi a suposta loucura que livrou Freddie das garras d'A Causa, isso a gente nunca saberá - mas que essas palavras ecoaram em minha cabeça no fim da projeção, isso eu não posso negar:
"Se descobrir um modo de viver sem servir a um mestre... Qualquer mestre... Então nos conte como conseguiu. Você seria a primeira pessoa na história do mundo."
Nessa era de Papas, Malafaias e Felicianos, esse filme é mais do que recomendado. Uma obra madura, para quem gosta de digerir tramas por dias e mais dias após a última cena. Um exímio estudo de personagens e mais um clássico do cara que, em minha humilde opinião, é o maior cineasta da atualidade.
Antes da Meia-Noite
4.2 1,5K Assista AgoraJá vi que não vai me decepcionar.
Deixe a Luz Acesa
3.2 275Realisticamente arrebatador e visualmente elegante. Filmes são feitos para todos, mas não há como não ovacionar o mérito de certos filmes em transpôr para aqueles que já vivenciaram determinadas situações a mesma sensação de estar vendo-as acontecer novamente. Gosto de filmes que acabam por deixar essa sensação familiar, de certa forma, mesmo quando não vivida.
As Sessões
3.8 629 Assista AgoraJohn Hawkes e Helen Hunt estão sublimes neste filme, que é maduro o suficiente ao conseguir falar sobre sexo sem constranger os espectadores e nenhum dos atores. Hawkes está excelente – mas boa parte de sua perfomance se eleva graças a caracterização de seu personagem. Na minha opinião, entretanto, quem brilha mesmo é Hunt; sua Cheryl é de uma leveza e desinibição sem precendentes, e é lindo ver o quanto ela é atenciosa com Mark, e o quanto ela se afeiçoa a ele a cada sessão. William H. Macy também está ótimo como o padre (e quase psicólogo), amigo de Mark. Uma trama realmente tocante e uma grata surpresa, ainda mais por sabermos que tudo foi baseado numa história verídica.
O Homem Que Não Dormia
2.6 57Alguém tem link pra download? Não acho esse filme em lugar nenhum.
O Mestre
3.7 1,0K Assista AgoraMeu primeiro Paul Thomas Anderson numa telona, e em breves palavras (antes de uma crítica mais profunda): que filme espetacular! Cada obra do cara parece uma aula de como fazer cinema. O elenco é monstruosamente poderoso; Joaquin Phoenix (na performance de sua carreira), Philip Seymour Hoffman e Amy Adams magnetizam o espectador – os três conseguem atuar com o próprio olhar. Isso é cinema adulto, pra quem gosta de digerir o que acabou de assistir por dias e mais dias. Tem tudo; elenco inesquecível, uma fotografia impecável até os planos sequência que já consagraram nosso amado diretor. É único de uma maneira tão singular que a gente até perdoa a esnobada que a Academia deu (pra variar) – esse cara não precisa de Oscars! Um filme que vai ser lembrado por gerações e mais gerações. Um filme sobra a natureza e a subordinação humana – puro deleite. É material pra gente grande, fique avisado. Está no meu top 10 de 2012.
As Vantagens de Ser Invisível
4.2 6,9K Assista AgoraEsse filme foi uma excelente surpresa: texto impecável; performances sutis e ao mesmo tempo marcantes; uma direção concisa e capaz de nos tornar íntimo de todos eles. E o melhor de tudo é ver que a Emma Watson não ficou "presa" à Hermione, assim como o Ezra Miller não ficou preso ao "Kevin". E tirei meu chapéu para o Logan Lerman também. É daqueles tipos de filmes bonitinhos com uma trilha sonora bem sacada e atraente para todos os olhos. Recomendo ;)
Mama
3.0 2,8K Assista AgoraAqui no Brasil o filme vai se chamar "Horror Materno" (um passarinho me contou).
Os Miseráveis
4.1 4,2K Assista AgoraMuito arrastado, porém Hugh Jackman e Anne Hathaway mostram porque são dois dos meus atores preferidos – há momentos onde os dois se entregam completamente aos seus papéis e é impossível que o espectador não tenha o seu coração tocado por eles. Começa bem grandioso, mas com o desenrolar da trama o filme se mostra muito petulante, por confiar demais na cantoria de alguns atores que, apesar das excelentes performances, não são assim tão bons de cantoria. A fotografia e a direção de arte também merecem destaque, assim como algumas das canções que não saem da cabeça depois que o filme acaba. Um dos pontos altos da direção do Tom Hooper (em meio a diversas falhas) é deixar seus atores cantando em plano-sequência – e todo o momento em que Fantine canta "I Dreamed a Dream" ganha um boost por usar tal recurso (e WOW, que momento). Eu cortaria algumas coisas aqui e ali, mas no geral é um bom filme.
Django Livre
4.4 5,8K Assista AgoraTarantino is back, bitches — e não deixa a peteca cair em mais uma histórinha banhada em vingança, sanguinolência e homenagens ao cinema antigo. Uma trama que se desenrola por quase 3 horas, de maneira muito rápida (sinal de um bom texto), com uma ligação subjetiva fortíssima com "Bastardos Inglórios", seu trabalho anterior. Aqui trocam-se os judeus pelos negros, e os nazistas pelos americanos racistas do século 19. Um elenco estonteante, com performances dignas de prêmios, em destaque o Christoph Waltz, Lernardo DiCaprio (em seu primeiro vilão) e o já sempre competente Samuel L. Jackson, que simplesmente nos oferece uma das performances mais antipáticas de sua carreira e, na minha opinião, foi o ponto alto do filme – impossível assistir sem querer meter uma bala bem no meio da testa do Stephen. A trilha sonora também está impecável, assim como a fotografia (os caras conseguiram cores lindas em locações absolutamente desérticas).
Não é o melhor do Tarantino, mas é bem melhor que o seu trabalho predecessor. Não é todo dia que vemos um personagem tomar as rédeas de uma história com grande estilo que nem o Django. E aquele monólogo do Leonardo DiCaprio sobre a submissão do negro é apavorante – e pensar que seres humanos já pensaram (e ainda pensam) da mesma forma. Nosso amado diretor já informou que, junto a Bastardos e um vindouro filme, teremos uma trilogia. É esperar pra ver. De lá pra cá a qualidade só cresceu.
O Lado Bom da Vida
3.7 4,7K Assista AgoraUma comédia-drama-romance que vai te deixar absolutamente apaixonado por todos os personagens. David O. Russel vem se mostrando um excelente diretor de atores, e todo o elenco merece realmente uma salva de palmas. A gente sabe como vai terminar desde o momento que o filme começa, mas o fim é irrelevante se a jornada não é importante – e que história! Quanto aos aspectos técnicos, achei a edição bem bacana, assim como a fotografia. Parece ser bem desprentensioso mas quando acaba você fica torcendo por mais alguns minutos com todos eles em cena. Recomendo ;)
O Impossível
4.1 3,1K Assista AgoraSinceramente: acho que nunca chorei tanto num filme. E nunca vi um "filme-tragédia" conseguir passar tanta verdade quanto esse – o telespectador simplesmente quebra a barreira entre ficção e realidade; todo o desespero e dor conseguem chegar dentro de nós. Naomi Watts, Tom Holland e Ewan McGregor estão sublimes. A direção do J. A. Bayona é sem precendentes – daria tudo por um dia no set de filmagens enquanto rodavam a cena do tsunami; muito realista, bem pensado e claustrofóbico. Imaginar o que essa família passou é realmente testemunhar "o impossível". Tem horas que o drama "pesa" um pouco, mas não compromete a obra. Filmaço!
Obediência
3.4 309"Compliance" consegue muito sem fazer quase nada. É o melhor thriller de 2012, e um dos poucos filmes que me incomodou a ponto de querer entrar ali e sair dando na cara de todo mundo. Incomoda tanto que é impossível você parar de assistir antes que termine. A atuação da Ann Dowd é espetacular! Um bom exemplo de como a conduta de uma pessoa consegue afetar irreversivelmente a vida de diversas outras.
As Aventuras de Pi
3.9 4,4KAssisti em 4DX no Cinépolis daqui de Salvador e lá vai minha opinião: Ang Lee é um diretor fodástico; eu nunca vi um filme que fizesse um uso tão bacana do 3D (foi minha primeira experiência com o 4D – curti demais); a fotografia e os efeitos visuais são absolutamente estonteantes, o tigre Richard Parker é inexplicavelmente real; e VOCÊ VAI CHORAR! Um dos melhores do ano, sem sombra de dúvidas. Caminha de uma maneira bem inocente pra nos oferecer uma poderosa e universal mensagem. Recomendadíssimo!
Possessão
2.8 1,3K Assista AgoraQue filme babaca.
Reino dos Felinos
4.1 108 Assista AgoraEu nunca vi o mundo animal registrado de maneira tão íntima.