A "vibe" trance não empolga, as atuações são caricatas (quis dar um tiro na Nathália Dill umas dezessete vezes – ela é péssima) e a narrativa se perde tentanto ser poética e profunda. O motivo para eu não ter execrado esse filme foi a belíssima fotografia (fiquei boquiaberto na cena flúor, e quando eles observam as estrelas no céu), a montagem e alguns aspectos da direção de arte. É melhor que muito filme brasileiro por aí? É. Poderia ter sido bem melhor? Com certeza.
Acabei de voltar da pré estreia e só posso dizer uma coisa — o filme é um arrasa quarteirão! Sem sombra de dúvidas é o melhor filme da Marvel. Não saiam da sessão logo de primeira, tem uma surpresa para aqueles que acompanham quadrinhos. Depois volto e faço um comentário mais recheado.
"– Eu estou sempre irritado"; me deixou sem palavras — muito de fuder!
Mia Wasikowska está excelente no papel, e Henry Hopper, para um ator com pouquíssima bagagem, também manda bem. Infelizmente, apesar de uma modesta direção do Gus Van Sant, o roteiro é que não empaca — senti uma vontade forçada de tornar a trama o mais "indie" possível, o que diminui a obra como um todo. Ainda assim, vale a pena pela química dos dois e pela belíssima fotografia.
Como é bom sempre ter escutado falar de um filme que foi feito em 1979 – tido por muitos como um divisor de águas – assisti-lo muito tempo depois e poder atestar a sua grandiosidade. Ridley Scott ditou os rumos da boa ficção científica com esse que é um dos seus melhores filmes.
Com idéias (e uma execução) muito a frente do seu tempo, "Alien, O Oitavo Passageiro" nos transporta para o espaço como se fossemos um da tripulação. Sabe a hora certa de te manter atento, e nunca soa irreal ou pretensioso – tudo no filme é bem dosado – desde Sigourney Weaver se afirmando como uma das mais memoráveis "tough-girls" do cinema ao fato de conseguir incorporar uma realidade humana e claustrofóbica ao já esgotado cinema-horror da época.
São personagens de tipos comuns, porém convincentes, sob uma situação de extrema pressão e insegurança. Ridley Scott é um diretor que sabe dirigir seus atores. Esse é um filme que não envelhecerá nunca. Realmente excelente!
Tinha tudo para ser excelente, mas não consegue. Taylor Kitsch não consegue criar uma empatia com o público, e seu John Carter é fraco. Lynn Collins, entretanto, manda muito bem no papel de Dejah Thoris – ela é linda demais! No mais, vale mais por toda a construção gráfica do que pelo próprio entretenimento, que não convence tanto assim.
As atuações do filme são excelentes, mas a maneira com que a trama é conduzida deixa bastante a desejar. O novato Thomas Horn não decepciona em nenhum momento, e se mostra um ator promissor, de expressões fortes. O mesmo pode ser dito do elenco coadjuvante: Sandra Bullock, Max von Sydow e Viola Davis - todos eles tem os seus pequenos momentos de força (leia-se de nos fazer chorar). Tom Hanks é literalmente um fantasma.
O filme tinha tudo para ser um dos melhores do ano, mas apelou demais. Os cortes são completamente mal inseridos (principalmente nos momentos de flashback) e o melodrama soa gratuito. Se eu já tinha achado que em "O Leitor" Stephen Daldry havia caído bastante, em "Tão Forte e Tão Perto" ele confirma isso. Não está à altura dos seus filmes anteriores.
Gostei do filme. Charlize Theron tá num outro nível - você saca perfeitamente as nuances de Mavis, em alguns momentos forçando o sorriso, em outros sendo atingida de maneira devastadora por lembranças do passado. Tudo isso enquanto sustenta uma falso ar de sucesso. Patton Oswalt basicamente sendo ele mesmo.
O roteiro da Diablo Cody é muito bom, sabendo a hora certa de ser engraçado e saltando para um momento downer segundos depois. A direção do Jason Reitman é que dessa vez foi bem feijão com arroz - nada que comprometa o filme, entretanto.
Perdoem-me os fãs da Diablo Cody, mas o verdadeiro motivo que me faz querer assistir esse filme é a Charlize Theron. A maioria dos críticos foram unânimes em dizer que a história é meio downer, quero ver o que o Jason Reitman e a Charlize aprontaram. Foda é que não sai nenhum release sequer, putz...
É um filme que te atinge única e exclusivamente pelo poder das atuações centrais: Olivia Colman é uma revelação, capaz de externar uma poderosa e sincera carga dramática ausente em muitos atores por aí. Petter Mullan também não decepciona em sua performance, nos mostrando o quanto é difícil para ele aturar ele mesmo. Um retrato brutal de como pessoas infelizes caminham por aí, sem ímpeto para mudanças, guardando dentro de si uma ira profunda por achar que a vida tem uma "obrigação" de ser boa com elas.
Paddy Considine se mostra um diretor promissor, e seu primeiro filme já chega com um tamanho nível de apuro técnico e dramático. Promissora também é a Olivia Colman, que, como a frágil Hannah, oferece uma das melhores performances do ano.
O mais fantástico filme de fantasia da década passada!
Ainda não consigo entender como esse filme foi capaz de perder o Oscar de melhor filme estrangeiro para "A Vida dos Outros" (também um excelente filme). Essa fábula do Del Toro transcede o ordinário em tantas coisas, são meticulosidades que juntas compõe um dos filmes mais belos já feito.
Assisti no cinema duas vezes, e nunca vou cansar de reassistir em casa.
Alexander Payne em seu primeiro longa metragem já mostrando indícios de como seriam as suas futuras obras: personagens coadjuvantes que se destacam, e um insight ao mesmo tempo cômico e triste na mente do protagonista.
E a protagonista, aliás, consegue sintetizar bem o termo "muito doida": Ruth é é insana de uma maneira hilária, sempre falando palavrões e procurando o produto tóxico mais próximo para dar uma cheirada - excelente trabalho da Laura Dern (que aliás quase nunca desaponta em suas performances).
O roteiro é bem inusitado, descompromissado e engraçado. O filme não é lá uma obra prima, mas é um must see para todos os fãs do Alexander Payne (e da Laura Dern).
Me familiarizei com o trabalho de Michael Shannon a partir de "Boardwalk Empire", e nesse filme ele oferece uma performance completamente diferente - Curtis é um homem decente, tranquilo, que possui uma ótima relação com a esposa, Samantha (Jessica Chastain, excelente como sempre), e que aprendeu a falar em sinais para poder se comunicar melhor com a filha, Hannah, que é surda. Shannon tem uma feição séria, mas ele contrapõe essa seriedade com expressos gentis - mostrando até ser "brincalhão" em alguns momentos. E então começam as visões, e é aí que o filme engrena.
A estética do filme me lembrou bastante "Martha Marcy May Marlene", mas ambos seguem caminhos distintos - em "O Abrigo", há uma crescente tensão rodeando Curtis, como se a qualquer momento ele fosse perder a respiração ou ter um ataque. Essa "agonia" é perfeitamente retratada pelo diretor Jeff Nichols em forma de poderosas tempestades, que, ao que parece, só são vistas por Curtis. O diretor então, continua nos surpreendendo ao retratar esses sonhos do protagonista de uma maneira simples e eficiente (até mesmo as tempestades, feitas em CGI, ficaram muito boas), em nenhum momento diminuindo a intensidade dos mesmos, e nos convencendo de que aquilo está realmente acontecendo.
A maneira que Curtis lida com esses sonhos também é notável, como se estivesse contendo dentro de si um turbilhão e ao mesmo tempo tentasse mostrar para todos ao seu redor que está tudo bem.
Quando Curtis sonha que está sendo atacado pelo cachorro, ele decide colocar o animal do lado de fora da casa. Quando sonha que teve uma briga com o amigo do trabalho, decide pedir para o seu chefe que esse mesmo amigo seja realocado para outra função. Uma tentativa de enfrentar a crescente paranóia da maneira simples: fugindo dela, tentando não pensar no porque de tudo isso estar acontecendo.
"O Abrigo" me pegou de surpresa, e posso dizer que foi um dos melhores filmes do ano passado. Michael Shannon e Jessica Chastain estão incríveis, e dois momentos desse filme realmente me cativaram - e eu realmente não esperava por isso.
O momento que em Curtis "despiroca" na frente de todas aquelas pessoas é fantástico, e por um momento nos silencia pois parece que finalmente ele foi tomado pela esquizofrenia (assim como a mãe), mas aí então, quando a tempestade finalmente chega e ele leva sua família para o abrigo - PORRA - que cena linda: o momento em que Samantha pede de maneira tão doce para que ele abra a porta do abrigo é memorável - somente ele pode fazer aquilo, é a única chance dele poder segurar de vez a realidade.
E que final, hein? Espetacular! Um dos melhores desfechos que eu vi nesses últimos tempos. Esse filme é uma pequena obra-prima, impecável em todos os aspectos.
Será que aquilo foi mais um sonho? Será que ele era alguma espécie de profeta? Por mais que o filme termine nos deixando essas interrogações, terminamos de assisti-lo sabendo, de alguma forma, uma resposta, e que o mais importante de tudo é como essa jornada de Curtis nos foi contada. Genial demais!
Assisti mais uma vez, agora nas telonas. O primeiro ponto positivo do filme: os créditos de abertura - pouco mais de dois minutos que condensam o "pesadelo" vivido por Lisbeth através dos anos. Quem conhece a história dela sabe o quanto ela foi negligenciada (tudo isso ao som do cover de "immigrant song" cantado pela Karen O).
As coisas vão tomando forma, e você vai destacando principalmente a direção de arte, a trilha sonora, a fotografia e a montagem/edição - muito bem bolada por exemplo a cena em que Lisbeth vai conversar com seu tutor, e já ouvimos parte do diálogo dos dois enquanto ela entra pelos corredores, e só depois o filme revela que ela já estava ali - um recurso muito bem utilizado do Fincher, muito presente em "A Rede Social".
A caracterização de Rooney Mara está impecável - os piercings, os alargadores, as tatuagens. Sem contar a própria performance da atriz, que transmite uma aura de violência e sexualidade, elevando o personagem a um outro nível. A Lisbeth de Rooney é mais andrógina, mais esguia, e mostra ser bem mais perigosa. Uma indicação merecida para a atriz (e uma chance da Academia honrar a personagem, que foi completamente esquecida por eles na versão sueca).
A cena em que Lisbeth é estuprada pelo tutor ficou excelente - o desconforto e a agonia dos gritos dela ecoam no espectador, e o Fincher ressalta os aspectos grotescos do estuprador (como a barriga grande, por exemplo), para torna aquele ato ainda mais detestável. É uma pena que eu não tenha tido a mesma impressão sobre o momento em que ela se vinga - aquela pintura na cara dela ainda não conseguiu descer.
O Mikael Blomkvist do Daniel Craig é mais participativo e afiado - mais um ponto positivo dessa versão - e é indiscutível a química entre ele e Mara. Todos os outros personagems oferecem performances dignas, em destaque Christopher Plummer e Stellan Skarsgård.
A trilha sonora do filme é, sem sombra de dúvidas, uma das melhores já criadas para um thriller: é orgânica, e potencializa a emoção de determinadas cenas - em alguns momentos ela se assemelha a uma coceira, como se estivesse querendo perturbar o que está sendo visto. Trent Reznor e Atticus Ross não decepcionam em nenhum momento, trazendo elementos sintetizados e outros mais convencionais nas composições, indo em dois extremos opostos e ainda assim fazendo com que tudo soe perfeito. Uma injustiça desgraçada essa trilha sonora não ter sido indicada ao Oscar.
O ritmo do filme está excelente, e boa parte disso não se deve exclusivamente ao roteiro, mas sim a montagem - são duas horas e meia de filme que não cansam em nenhum momento, fazendo com que o espectador fique atento por novas pistas o tempo inteiro. David Fincher mostrou, mais uma vez, como é que se comanda um thiller de qualidade e que não importa quantas vezes uma história já foi contada - há sempre espaço para ela ser contada de uma maneira diferente. Excelente filme!
É um filme diferente, que invoca uma certa ingenuidade e carisma que há muito tempo não aparece nas produções hollywoodianas. É simples, emocionante, bonito e extremamente bem encenado. São poucas as histórias de amor que realmente me convencem, mas Jean Dujardin e Bérénice Bejo tornam este "romance" tão singelo e universal que é praticamente impossível não se importar com os dois. Excelente atuação de todos os atores, inclusive do cachorro.
Não é o meu favorito ao prêmio principal (quero muito que "Os Descendentes" ganhe), mas é uma indicação justa para um filme que fez por merecer.
O sorriso do Jean Dujardin e a expressão frágil da Bérénice Bejo me ganharam.
Amor
4.2 2,2K Assista AgoraWell, well, well Haneke. You again.
#precisover
Paraísos Artificiais
3.2 1,8K Assista AgoraSó para constar: fiquei de cara com uma coisa no filme,
Que porra de momento Cisne Negro foi aquele ali? Foi gratuito demais, cara! Achei a amizade das duas extremamente sem química.
Mas que foi corajosa a atitude da atriz "global" — ah, isso foi.
Paraísos Artificiais
3.2 1,8K Assista AgoraA "vibe" trance não empolga, as atuações são caricatas (quis dar um tiro na Nathália Dill umas dezessete vezes – ela é péssima) e a narrativa se perde tentanto ser poética e profunda. O motivo para eu não ter execrado esse filme foi a belíssima fotografia (fiquei boquiaberto na cena flúor, e quando eles observam as estrelas no céu), a montagem e alguns aspectos da direção de arte. É melhor que muito filme brasileiro por aí? É. Poderia ter sido bem melhor? Com certeza.
Bem-vindo aos 40
3.0 447 Assista AgoraTrailer:
Os Vingadores
4.0 6,9K Assista AgoraAcabei de voltar da pré estreia e só posso dizer uma coisa — o filme é um arrasa quarteirão! Sem sombra de dúvidas é o melhor filme da Marvel. Não saiam da sessão logo de primeira, tem uma surpresa para aqueles que acompanham quadrinhos. Depois volto e faço um comentário mais recheado.
"– Eu estou sempre irritado"; me deixou sem palavras — muito de fuder!
Os Vingadores
4.0 6,9K Assista AgoraUm aviso para essa galera: favor não orkutizar o filmow, beleza? Muito agradicido — filmow não é chat e muito menos fórum de discussão.
Inquietos
3.9 1,6K Assista AgoraMia Wasikowska está excelente no papel, e Henry Hopper, para um ator com pouquíssima bagagem, também manda bem. Infelizmente, apesar de uma modesta direção do Gus Van Sant, o roteiro é que não empaca — senti uma vontade forçada de tornar a trama o mais "indie" possível, o que diminui a obra como um todo. Ainda assim, vale a pena pela química dos dois e pela belíssima fotografia.
Os Vingadores
4.0 6,9K Assista AgoraJá comprei o ingresso, agora é só esperar mais uma semana. Por favor, Marvel, não nos decepcione.
Os Vingadores
4.0 6,9K Assista AgoraAvengers, assemble!
Jogos Vorazes
3.8 5,0K Assista AgoraO filme é ruim? Não. O filme é uma cópia descarada de Battle Royale? Sim.
Alien: O Oitavo Passageiro
4.1 1,3K Assista AgoraComo é bom sempre ter escutado falar de um filme que foi feito em 1979 – tido por muitos como um divisor de águas – assisti-lo muito tempo depois e poder atestar a sua grandiosidade. Ridley Scott ditou os rumos da boa ficção científica com esse que é um dos seus melhores filmes.
Com idéias (e uma execução) muito a frente do seu tempo, "Alien, O Oitavo Passageiro" nos transporta para o espaço como se fossemos um da tripulação. Sabe a hora certa de te manter atento, e nunca soa irreal ou pretensioso – tudo no filme é bem dosado – desde Sigourney Weaver se afirmando como uma das mais memoráveis "tough-girls" do cinema ao fato de conseguir incorporar uma realidade humana e claustrofóbica ao já esgotado cinema-horror da época.
São personagens de tipos comuns, porém convincentes, sob uma situação de extrema pressão e insegurança. Ridley Scott é um diretor que sabe dirigir seus atores. Esse é um filme que não envelhecerá nunca. Realmente excelente!
John Carter: Entre Dois Mundos
3.2 1,6K Assista AgoraTinha tudo para ser excelente, mas não consegue. Taylor Kitsch não consegue criar uma empatia com o público, e seu John Carter é fraco. Lynn Collins, entretanto, manda muito bem no papel de Dejah Thoris – ela é linda demais! No mais, vale mais por toda a construção gráfica do que pelo próprio entretenimento, que não convence tanto assim.
Tão Forte e Tão Perto
4.0 2,0K Assista AgoraAs atuações do filme são excelentes, mas a maneira com que a trama é conduzida deixa bastante a desejar. O novato Thomas Horn não decepciona em nenhum momento, e se mostra um ator promissor, de expressões fortes. O mesmo pode ser dito do elenco coadjuvante: Sandra Bullock, Max von Sydow e Viola Davis - todos eles tem os seus pequenos momentos de força (leia-se de nos fazer chorar). Tom Hanks é literalmente um fantasma.
O filme tinha tudo para ser um dos melhores do ano, mas apelou demais. Os cortes são completamente mal inseridos (principalmente nos momentos de flashback) e o melodrama soa gratuito. Se eu já tinha achado que em "O Leitor" Stephen Daldry havia caído bastante, em "Tão Forte e Tão Perto" ele confirma isso. Não está à altura dos seus filmes anteriores.
Na Estrada
3.3 1,9KQuero ver o poster oficial ali do lado. Vamos votar ;)
Jovens Adultos
3.0 874 Assista Agora"todo mundo cresce, nem todo mundo amadurece"
Gostei do filme. Charlize Theron tá num outro nível - você saca perfeitamente as nuances de Mavis, em alguns momentos forçando o sorriso, em outros sendo atingida de maneira devastadora por lembranças do passado. Tudo isso enquanto sustenta uma falso ar de sucesso. Patton Oswalt basicamente sendo ele mesmo.
O roteiro da Diablo Cody é muito bom, sabendo a hora certa de ser engraçado e saltando para um momento downer segundos depois. A direção do Jason Reitman é que dessa vez foi bem feijão com arroz - nada que comprometa o filme, entretanto.
Vale a pena ;)
Jovens Adultos
3.0 874 Assista AgoraPerdoem-me os fãs da Diablo Cody, mas o verdadeiro motivo que me faz querer assistir esse filme é a Charlize Theron. A maioria dos críticos foram unânimes em dizer que a história é meio downer, quero ver o que o Jason Reitman e a Charlize aprontaram. Foda é que não sai nenhum release sequer, putz...
Anjos da Noite: O Despertar
3.3 1,3K Assista AgoraNunca vi uma sinopse tão cheia de spoilers aqui no filmow quanto a desse filme. Cadê a moderação nessas horas?
Tiranossauro
4.0 236 Assista AgoraÉ um filme que te atinge única e exclusivamente pelo poder das atuações centrais: Olivia Colman é uma revelação, capaz de externar uma poderosa e sincera carga dramática ausente em muitos atores por aí. Petter Mullan também não decepciona em sua performance, nos mostrando o quanto é difícil para ele aturar ele mesmo. Um retrato brutal de como pessoas infelizes caminham por aí, sem ímpeto para mudanças, guardando dentro de si uma ira profunda por achar que a vida tem uma "obrigação" de ser boa com elas.
Paddy Considine se mostra um diretor promissor, e seu primeiro filme já chega com um tamanho nível de apuro técnico e dramático. Promissora também é a Olivia Colman, que, como a frágil Hannah, oferece uma das melhores performances do ano.
"Tiranossauro" deixa um nó na garganta. Filmaço!
O Labirinto do Fauno
4.2 2,9KO mais fantástico filme de fantasia da década passada!
Ainda não consigo entender como esse filme foi capaz de perder o Oscar de melhor filme estrangeiro para "A Vida dos Outros" (também um excelente filme). Essa fábula do Del Toro transcede o ordinário em tantas coisas, são meticulosidades que juntas compõe um dos filmes mais belos já feito.
Assisti no cinema duas vezes, e nunca vou cansar de reassistir em casa.
Ruth em Questão
3.7 17Alexander Payne em seu primeiro longa metragem já mostrando indícios de como seriam as suas futuras obras: personagens coadjuvantes que se destacam, e um insight ao mesmo tempo cômico e triste na mente do protagonista.
E a protagonista, aliás, consegue sintetizar bem o termo "muito doida": Ruth é é insana de uma maneira hilária, sempre falando palavrões e procurando o produto tóxico mais próximo para dar uma cheirada - excelente trabalho da Laura Dern (que aliás quase nunca desaponta em suas performances).
O roteiro é bem inusitado, descompromissado e engraçado. O filme não é lá uma obra prima, mas é um must see para todos os fãs do Alexander Payne (e da Laura Dern).
Indomável Sonhadora
3.8 1,2KVi algumas críticas dizendo que esse filme é revolucionário. Quero muito ver.
O Abrigo
3.6 720 Assista AgoraMe familiarizei com o trabalho de Michael Shannon a partir de "Boardwalk Empire", e nesse filme ele oferece uma performance completamente diferente - Curtis é um homem decente, tranquilo, que possui uma ótima relação com a esposa, Samantha (Jessica Chastain, excelente como sempre), e que aprendeu a falar em sinais para poder se comunicar melhor com a filha, Hannah, que é surda. Shannon tem uma feição séria, mas ele contrapõe essa seriedade com expressos gentis - mostrando até ser "brincalhão" em alguns momentos. E então começam as visões, e é aí que o filme engrena.
A estética do filme me lembrou bastante "Martha Marcy May Marlene", mas ambos seguem caminhos distintos - em "O Abrigo", há uma crescente tensão rodeando Curtis, como se a qualquer momento ele fosse perder a respiração ou ter um ataque. Essa "agonia" é perfeitamente retratada pelo diretor Jeff Nichols em forma de poderosas tempestades, que, ao que parece, só são vistas por Curtis. O diretor então, continua nos surpreendendo ao retratar esses sonhos do protagonista de uma maneira simples e eficiente (até mesmo as tempestades, feitas em CGI, ficaram muito boas), em nenhum momento diminuindo a intensidade dos mesmos, e nos convencendo de que aquilo está realmente acontecendo.
A maneira que Curtis lida com esses sonhos também é notável, como se estivesse contendo dentro de si um turbilhão e ao mesmo tempo tentasse mostrar para todos ao seu redor que está tudo bem.
Quando Curtis sonha que está sendo atacado pelo cachorro, ele decide colocar o animal do lado de fora da casa. Quando sonha que teve uma briga com o amigo do trabalho, decide pedir para o seu chefe que esse mesmo amigo seja realocado para outra função. Uma tentativa de enfrentar a crescente paranóia da maneira simples: fugindo dela, tentando não pensar no porque de tudo isso estar acontecendo.
"O Abrigo" me pegou de surpresa, e posso dizer que foi um dos melhores filmes do ano passado. Michael Shannon e Jessica Chastain estão incríveis, e dois momentos desse filme realmente me cativaram - e eu realmente não esperava por isso.
O momento que em Curtis "despiroca" na frente de todas aquelas pessoas é fantástico, e por um momento nos silencia pois parece que finalmente ele foi tomado pela esquizofrenia (assim como a mãe), mas aí então, quando a tempestade finalmente chega e ele leva sua família para o abrigo - PORRA - que cena linda: o momento em que Samantha pede de maneira tão doce para que ele abra a porta do abrigo é memorável - somente ele pode fazer aquilo, é a única chance dele poder segurar de vez a realidade.
E que final, hein? Espetacular! Um dos melhores desfechos que eu vi nesses últimos tempos. Esse filme é uma pequena obra-prima, impecável em todos os aspectos.
Será que aquilo foi mais um sonho? Será que ele era alguma espécie de profeta? Por mais que o filme termine nos deixando essas interrogações, terminamos de assisti-lo sabendo, de alguma forma, uma resposta, e que o mais importante de tudo é como essa jornada de Curtis nos foi contada. Genial demais!
"that movie completely blow me away!"
Recomendadíssimo!
Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres
4.2 3,1K Assista AgoraAssisti mais uma vez, agora nas telonas. O primeiro ponto positivo do filme: os créditos de abertura - pouco mais de dois minutos que condensam o "pesadelo" vivido por Lisbeth através dos anos. Quem conhece a história dela sabe o quanto ela foi negligenciada (tudo isso ao som do cover de "immigrant song" cantado pela Karen O).
As coisas vão tomando forma, e você vai destacando principalmente a direção de arte, a trilha sonora, a fotografia e a montagem/edição - muito bem bolada por exemplo a cena em que Lisbeth vai conversar com seu tutor, e já ouvimos parte do diálogo dos dois enquanto ela entra pelos corredores, e só depois o filme revela que ela já estava ali - um recurso muito bem utilizado do Fincher, muito presente em "A Rede Social".
A caracterização de Rooney Mara está impecável - os piercings, os alargadores, as tatuagens. Sem contar a própria performance da atriz, que transmite uma aura de violência e sexualidade, elevando o personagem a um outro nível. A Lisbeth de Rooney é mais andrógina, mais esguia, e mostra ser bem mais perigosa. Uma indicação merecida para a atriz (e uma chance da Academia honrar a personagem, que foi completamente esquecida por eles na versão sueca).
A cena em que Lisbeth é estuprada pelo tutor ficou excelente - o desconforto e a agonia dos gritos dela ecoam no espectador, e o Fincher ressalta os aspectos grotescos do estuprador (como a barriga grande, por exemplo), para torna aquele ato ainda mais detestável. É uma pena que eu não tenha tido a mesma impressão sobre o momento em que ela se vinga - aquela pintura na cara dela ainda não conseguiu descer.
O Mikael Blomkvist do Daniel Craig é mais participativo e afiado - mais um ponto positivo dessa versão - e é indiscutível a química entre ele e Mara. Todos os outros personagems oferecem performances dignas, em destaque Christopher Plummer e Stellan Skarsgård.
A trilha sonora do filme é, sem sombra de dúvidas, uma das melhores já criadas para um thriller: é orgânica, e potencializa a emoção de determinadas cenas - em alguns momentos ela se assemelha a uma coceira, como se estivesse querendo perturbar o que está sendo visto. Trent Reznor e Atticus Ross não decepcionam em nenhum momento, trazendo elementos sintetizados e outros mais convencionais nas composições, indo em dois extremos opostos e ainda assim fazendo com que tudo soe perfeito. Uma injustiça desgraçada essa trilha sonora não ter sido indicada ao Oscar.
O ritmo do filme está excelente, e boa parte disso não se deve exclusivamente ao roteiro, mas sim a montagem - são duas horas e meia de filme que não cansam em nenhum momento, fazendo com que o espectador fique atento por novas pistas o tempo inteiro. David Fincher mostrou, mais uma vez, como é que se comanda um thiller de qualidade e que não importa quantas vezes uma história já foi contada - há sempre espaço para ela ser contada de uma maneira diferente. Excelente filme!
O Artista
4.2 2,1K Assista AgoraÉ um filme diferente, que invoca uma certa ingenuidade e carisma que há muito tempo não aparece nas produções hollywoodianas. É simples, emocionante, bonito e extremamente bem encenado. São poucas as histórias de amor que realmente me convencem, mas Jean Dujardin e Bérénice Bejo tornam este "romance" tão singelo e universal que é praticamente impossível não se importar com os dois. Excelente atuação de todos os atores, inclusive do cachorro.
Não é o meu favorito ao prêmio principal (quero muito que "Os Descendentes" ganhe), mas é uma indicação justa para um filme que fez por merecer.
O sorriso do Jean Dujardin e a expressão frágil da Bérénice Bejo me ganharam.