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Flow
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Como um cara tem a ideia de um filme assim? É fantástico a construção de um universo que une uma distopia não-tão-tecnológica, como se o Homem tivesse voltado para a Idade do Bronze. É claro que a ideia mais inovadora foi a dos automóveis, que são um meio de subsistência e de cultura, sendo o ponto mais cômico, o guitarrista acompanhando toda ação. Por um momento é só engraçado, mas começa a fazer sentido pensando no contexto. A música sempre fez parte de rituais e festivais, mas pensaríamos que eles usariam apenas tambores como é o esteriótipo de uma sociedade tribal. O uso da guitarra deixa claro que eles mantêm ainda traços de uma cultura antiga (da nossa cultura atual) num contexto tribal.
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Obra de arte ímpar. Cativa desde as primeiras cenas e é utiliza de antropomorfismo muito bem construído. Imagino o protagonista como alguém aprendendo, aos poucos, a se abrir às outras pessoas, e isso chegou até um ponto em que se mostrou totalmente devoto ao seu mentor, a garça. A relação entre os dois é o foco da trama, em um entremeio de abandono e abdicações, a qual almeja encontrar sentido em situações adversas. E em relação ao grupo, cada um possuía uma relação anterior com outra comunidade mais natural, e, mesmo assim, os quatro encontraram-se e criaram um vínculo improvável. E essa ligação extrapola os limites do antropomorfismo, uma vez que o afeto compartilhado surgiu de uma inocência e confiança coletiva entre indivíduos distintos, mostrando que houve uma superação da natureza humana, apesar de ser lembrada corriqueiramente.