Folhas borrifadas com poesia exalando o amor e a dor. É assim que, através de uma bela fotografia, Kelebegin Rüyasi versa a vida de dois amigos e poetas turcos que, muito além de sobreviverem ao caos de um mundo em guerra, precisam travar as suas próprias batalhas.
"Talvez a borboleta estivesse tão feliz dormindo. Que eu não quis acordá-la de seu sono."
Abordagem delicadamente maravilhosa de um universo tão real e tão complicado. Brilhante a maneira como Cretton nos entrega esse complexo e reflexivo tema se expressando através da pureza das emoções, sem recorrer a qualquer tratamento linguístico rebuscado ou análises profundas sobre valores morais. Pelo contrário, somos conduzidos mansamente por um rio de questões e de sentimentos, sem necessariamente encontrar uma cachoeira de respostas a cada curva. E, ainda assim, em momento algum nos sentimos à deriva. À medida que permeamos, vamos identificando cada dor, cada lágrima e compartilhando cada sorriso. Nos tornamos testemunhas, por uma câmera presente e detalhista e uma exímia fotografia.
Mas certamente nada disso seria possível sem o talento e a entrega de todo o elenco, que dá vida, em tons certos, a personagens tão reais. Destaque inevitável pra Brie Larson, impecável no papel de Grace.
Guardadas as devidas proporções, me lembrou um pouco o filme alemão "Lore", ambientado na Alemanha durante o colapso do regime nazista frente ao avanço aliado, em 1945. A forma com são dosadas as cenas pesadas e singelas, a transformação e o amadurecimento do personagem em meio ao caos. "Lore" talvez seja mais intenso por se tratar de um evento histórico real, mas "How I Live Now" não deixa de ser verdadeiro, se posicionando de forma delicada e angustiante num triste terreno que a humanidade parece nunca conseguir escapar.
Necessário destacar aqui o cenário e a fotografia, que é quase poética com sua paleta de cores e seus detalhes, e a Saoirse Ronan mais uma vez esbanjando o seu talento.
A direção de arte, a fotografia e o figurino beiram a perfeição. A trilha sonora pode causar estranheza num primeiro momento, mas é tudo tão bem encaixado que você acaba ~perdoando~ este anacronismo proposital.
A história do Fitzgerald é, de certo modo, enganosamente simples e atemporal quando se propõe a ser uma análise crítica da realidade humana, das barreiras criadas pela vida, de sonhos derrotados pelo tempo e da pureza da esperança. Luhrmann dá um toque quase de mágica, que concede à trama uma atmosfera única.
Singelo e sensível. Chega a ser algo poético a forma como o tema é tratado. Kaya Scodelario em uma atuação deslumbrante, nos dando uma perfeita dimensão do mundo particular vivido pela sua personagem. E a Jessica Biel, quem diria, irreconhecivelmente bem. O roteiro, mesmo com a liberdade para voar e ganhar tons mais utópicos, caminha firme e constante, sem tropeços. Contando ainda com uma bela fotografia (destaque para as tomadas submersas e pros detalhes).
PS.: A sinopse aqui é um dos exemplos do porquê eu evito lê-las. Uma pena entregar tanto assim do filme.
Acredito que um bom filme é aquele capaz de mexer com os seus sentimentos. E este foi o caso. Passei quase duas horas revoltado com a situação repugnante vivida pelas mulheres. A Theron, mais uma vez, esteve brilhante, dando o tom certo ao drama da sua personagem. Mesmo com a Charlize em estado de graça, as demais atuações não foram ofuscadas. E embora tenha achado que o roteiro poderia ter sido um pouco melhor trabalhado, talvez com outra dinâmica, a abordagem dos temas foi muito correta. Grande filme.
E apesar de um pouco fantasiosa (pois a maneira como foi conduzida dificilmente ocorreria em um tribunal real), foi muito emocionante a parte em que o Bill faz o discurso sobre a coragem de levantar e dizer a verdade, e metade do tribunal se levanta em apoio à causa.
Gostaria muito de poder dar uma maior nota, de verdade. É um dos períodos que eu mais gosto. Mas apenas a fotografia e a trilha conseguiram me prender. Eu não li o livro, mas a impressão que fica é de uma adaptação de roteiro bem engessada. Uma pena.
E a Emily é encantadora, porém não me cativou na entrega do personagem com todos seus anseios, suas dúvidas e seus medos. O resto do elenco não compromete, mas também não deixa nada de muito extraordinário.
Enfim, não é um filme ruim. Mas poderia ter sido melhor.
Uma encantadora ode à infância. De uma simplicidade, ingenuidade, singeleza e pureza ímpar. Um delicioso mergulho nos valores da amizade, em um universo onde despertam-se os sentimentos, partilham-se os sonhos e desenvolve-se a coragem.
Livros e uma trilha sonora maravilhosa, só isso já bastaria pra conquistar. Mas vai além com um elenco corretíssimo e este roteiro bem leve e agradável, e com ótimos questionamentos sobre relacionamento familiar e amoroso.
Eu voto pelo Filmow zerar os comentários até aqui, e deixarmos de lado essa amargura, sermos mais felizes e amarmos mais.
Uma tempestade em copo d'água por algo tão simples e que deveria ser tão bem apreciado. Imagine se os não-parisienses e os não-novaiorquinos fizeram esse auê todo pelos outros filmes da franquia. Parece até que estamos no primário, naquele eterno o-meu-é-melhor-que-o-seu.
É chover no molhado falar da Isabelle Huppert, por isso vou engrandecer a Anamaria Vartolomei. Que atuação esplendorosa. Como um camaleão, ela transita entre os diferentes ~tons~ da Violetta com uma naturalidade impressionante. Estou tentando entender como esse, ainda, é o único papel dela no cinema.
A respeito do filme, impecável tecnicamente. E é perturbador pensar que a história contada pela Eva tenha sido leve perto do que ela própria viveu. Apesar disso, todo o aspecto obsessivo da relação entre mãe e filha é muito bem retratado e consegue nos dimensionar ao ocorrido.
Gostei sobretudo do final. Radnor usou elementos acessíveis, mas por vezes nem tão bem adaptáveis, para construir uma boa história. Os passos são simples, mas a caminhada é constante e sem tropeços. Exceto, talvez, por um certo exagero na
discussão sobre o livro. Entendo que serviu para posicionar melhor os personagens. Mas até mesmo eu, que não gosto, me senti um pouco incomodado. Poderia ter tido outra abordagem para encaixar os diferentes pontos de vistas, sem precisar cair neste erro comum de criticar o que se torna popular. Mas nada que pese na obra como um todo.
A ideia é mirabolante. A execução é bem feita, embora às vezes fugindo até mesmo do próprio ilusionismo (ou não). Mas as reais intenções e a arquitetação de todo o plano ficaram pelo superficial. Espero que o segundo filme explore melhor este ponto.
Mas, claro, falo como leigo. Como um mero espectador. Posso ter sido facilmente enganado. E, neste caso, o filme atingiu o seu objetivo.
Interessante como o filme conseguiu trilhar o seu próprio caminho, abordando um ponto de vista paranoico de quem esteve dentro, sem focar muito nas ações de fato. Belíssima atuação da Elizabeth Olsen, conseguindo transmitir toda a inquietude que o passado causa a sua personagem.
Fotografia maravilhosa e edição impecável. Todas as transições entre passado e presente foram muito bem arquitetadas.
Tudo o que eu queria após o filme terminar era correr para um descampado, no meio do nada, e deitar sob as estrelas ao som de um bluegrass. E ali digerir cada instante, cada detalhe, numa tentativa de compreender os seus efeitos e o gosto agridoce que restou em minha boca.
Esse filme deveria receber o subtítulo de ~Pilha Errada~.
Impressionante como uma faísca, por mais inofensiva que seja, pode acabar criando um incêndio de proporções incontroláveis. E como somos tão frágeis ao ponto de sermos manipulados por essas chamas e sequer percebermos isto.
A aula, em si, acabou atingindo seu objetivo. E não dá nem pra dizer que foi por meios e fins tortuosos porque, talvez, seja o único caminho possível para uma ideologia tão utópica. O paralelo aos regimes totalitários foi perfeito, não apenas quando a onda já está em seu curso, mas também pelo seu processo de criação. Vale lembrar que o nazismo ganhou a proporção que ganhou não porque varreu a sociedade alemã como um tsunami, mas sim porque a massa se permitiu levar por ele, diante das suas circunstâncias. E isso é bem explicado no filme quando o professor pergunta sobre quais estruturas sociais favorecem uma ditadura. E mesmo numa sociedade social e economicamente estabilizada o perigo ainda existe. Sempre estaremos vulneráveis.
Que atuação poderosíssima da Alicia. Simplesmente magistral. Ainda mais sendo o seu primeiro grande trabalho no cinema. E o filme é uma obra de arte. Música clássica e filosofia passeando de mãos dadas.
E a fotografia, o roteiro, a edição, a trilha, as atuações... tudo parte de uma grande orquestra, numa sinfonia perfeita.
O cinema sueco nunca desaponta. Mais um grande filme. E este, particularmente, me chama a atenção pela temática abordada, pois sou fascinado pela Segunda Guerra. Toda a transição entre o passado e presente foi muito bem executada, deixando o suspense envolvente e o mistério seguro até o final. A fotografia, como quase sempre no cinema sueco, é maravilhosa. As atuações, se não são brilhantes, ao menos não comprometem. E um detalhe que me apeguei foi à edição, sempre buscando dar o maior dinamismo possível, sem prolongar muito determinadas cenas.
The Butterfly's Dream
3.8 32Folhas borrifadas com poesia exalando o amor e a dor. É assim que, através de uma bela fotografia, Kelebegin Rüyasi versa a vida de dois amigos e poetas turcos que, muito além de sobreviverem ao caos de um mundo em guerra, precisam travar as suas próprias batalhas.
"Talvez a borboleta estivesse tão feliz dormindo. Que eu não quis acordá-la de seu sono."
Arca Russa
4.0 182Um mergulho inebriado a três séculos de uma história riquíssima. Uma experiência memorável.
Temporário 12
4.3 590Abordagem delicadamente maravilhosa de um universo tão real e tão complicado. Brilhante a maneira como Cretton nos entrega esse complexo e reflexivo tema se expressando através da pureza das emoções, sem recorrer a qualquer tratamento linguístico rebuscado ou análises profundas sobre valores morais. Pelo contrário, somos conduzidos mansamente por um rio de questões e de sentimentos, sem necessariamente encontrar uma cachoeira de respostas a cada curva. E, ainda assim, em momento algum nos sentimos à deriva. À medida que permeamos, vamos identificando cada dor, cada lágrima e compartilhando cada sorriso. Nos tornamos testemunhas, por uma câmera presente e detalhista e uma exímia fotografia.
Mas certamente nada disso seria possível sem o talento e a entrega de todo o elenco, que dá vida, em tons certos, a personagens tão reais. Destaque inevitável pra Brie Larson, impecável no papel de Grace.
Minha Nova Vida
3.6 288 Assista AgoraGuardadas as devidas proporções, me lembrou um pouco o filme alemão "Lore", ambientado na Alemanha durante o colapso do regime nazista frente ao avanço aliado, em 1945. A forma com são dosadas as cenas pesadas e singelas, a transformação e o amadurecimento do personagem em meio ao caos. "Lore" talvez seja mais intenso por se tratar de um evento histórico real, mas "How I Live Now" não deixa de ser verdadeiro, se posicionando de forma delicada e angustiante num triste terreno que a humanidade parece nunca conseguir escapar.
Necessário destacar aqui o cenário e a fotografia, que é quase poética com sua paleta de cores e seus detalhes, e a Saoirse Ronan mais uma vez esbanjando o seu talento.
O Grande Gatsby
3.9 2,7K Assista AgoraA direção de arte, a fotografia e o figurino beiram a perfeição. A trilha sonora pode causar estranheza num primeiro momento, mas é tudo tão bem encaixado que você acaba ~perdoando~ este anacronismo proposital.
A história do Fitzgerald é, de certo modo, enganosamente simples e atemporal quando se propõe a ser uma análise crítica da realidade humana, das barreiras criadas pela vida, de sonhos derrotados pelo tempo e da pureza da esperança. Luhrmann dá um toque quase de mágica, que concede à trama uma atmosfera única.
Sem dúvida um grande filme, meu velho.
A Grande Ilusão
3.5 366 Assista grátisSingelo e sensível. Chega a ser algo poético a forma como o tema é tratado. Kaya Scodelario em uma atuação deslumbrante, nos dando uma perfeita dimensão do mundo particular vivido pela sua personagem. E a Jessica Biel, quem diria, irreconhecivelmente bem. O roteiro, mesmo com a liberdade para voar e ganhar tons mais utópicos, caminha firme e constante, sem tropeços. Contando ainda com uma bela fotografia (destaque para as tomadas submersas e pros detalhes).
PS.: A sinopse aqui é um dos exemplos do porquê eu evito lê-las. Uma pena entregar tanto assim do filme.
Redenção
3.9 526 Assista AgoraEnorme lição de de arrependimento, de altruísmo, de compaixão.
"Se nos permitirmos ficar cheios de ódio, então eles terão vencido. Não podemos deixá-los ocuparem nossos corações."
Terra Fria
3.9 275 Assista AgoraAcredito que um bom filme é aquele capaz de mexer com os seus sentimentos. E este foi o caso. Passei quase duas horas revoltado com a situação repugnante vivida pelas mulheres. A Theron, mais uma vez, esteve brilhante, dando o tom certo ao drama da sua personagem. Mesmo com a Charlize em estado de graça, as demais atuações não foram ofuscadas. E embora tenha achado que o roteiro poderia ter sido um pouco melhor trabalhado, talvez com outra dinâmica, a abordagem dos temas foi muito correta. Grande filme.
E apesar de um pouco fantasiosa (pois a maneira como foi conduzida dificilmente ocorreria em um tribunal real), foi muito emocionante a parte em que o Bill faz o discurso sobre a coragem de levantar e dizer a verdade, e metade do tribunal se levanta em apoio à causa.
A Arte da Paixão
2.8 45 Assista AgoraGostaria muito de poder dar uma maior nota, de verdade. É um dos períodos que eu mais gosto. Mas apenas a fotografia e a trilha conseguiram me prender. Eu não li o livro, mas a impressão que fica é de uma adaptação de roteiro bem engessada. Uma pena.
E a Emily é encantadora, porém não me cativou na entrega do personagem com todos seus anseios, suas dúvidas e seus medos. O resto do elenco não compromete, mas também não deixa nada de muito extraordinário.
Enfim, não é um filme ruim. Mas poderia ter sido melhor.
A Guerra dos Botões
4.0 121Uma encantadora ode à infância. De uma simplicidade, ingenuidade, singeleza e pureza ímpar. Um delicioso mergulho nos valores da amizade, em um universo onde despertam-se os sentimentos, partilham-se os sonhos e desenvolve-se a coragem.
~même pas peur~
Gainsbourg - O Homem que Amava as Mulheres
4.0 248Fantástico mergulho na vida e na mente do poeta-compositor.
A Menina no País das Maravilhas
4.1 405Estupefato com a atuação da Elle. Um filme delicado, gracioso e sensível no
trato da Síndrome de Tourette.
Ligados Pelo Amor
4.0 854 Assista AgoraLivros e uma trilha sonora maravilhosa, só isso já bastaria pra conquistar. Mas vai além com um elenco corretíssimo e este roteiro bem leve e agradável, e com ótimos questionamentos sobre relacionamento familiar e amoroso.
Rio, Eu Te Amo
2.5 481 Assista AgoraEu voto pelo Filmow zerar os comentários até aqui, e deixarmos de lado essa amargura, sermos mais felizes e amarmos mais.
Uma tempestade em copo d'água por algo tão simples e que deveria ser tão bem apreciado. Imagine se os não-parisienses e os não-novaiorquinos fizeram esse auê todo pelos outros filmes da franquia. Parece até que estamos no primário, naquele eterno o-meu-é-melhor-que-o-seu.
Minha Pequena Princesa
3.8 66É chover no molhado falar da Isabelle Huppert, por isso vou engrandecer a Anamaria Vartolomei. Que atuação esplendorosa. Como um camaleão, ela transita entre os diferentes ~tons~ da Violetta com uma naturalidade impressionante. Estou tentando entender como esse, ainda, é o único papel dela no cinema.
A respeito do filme, impecável tecnicamente. E é perturbador pensar que a história contada pela Eva tenha sido leve perto do que ela própria viveu. Apesar disso, todo o aspecto obsessivo da relação entre mãe e filha é muito bem retratado e consegue nos dimensionar ao ocorrido.
Histórias de Amor
3.5 354 Assista AgoraGostei sobretudo do final. Radnor usou elementos acessíveis, mas por vezes nem tão bem adaptáveis, para construir uma boa história. Os passos são simples, mas a caminhada é constante e sem tropeços. Exceto, talvez, por um certo exagero na
discussão sobre o livro. Entendo que serviu para posicionar melhor os personagens. Mas até mesmo eu, que não gosto, me senti um pouco incomodado. Poderia ter tido outra abordagem para encaixar os diferentes pontos de vistas, sem precisar cair neste erro comum de criticar o que se torna popular. Mas nada que pese na obra como um todo.
Truque de Mestre
3.8 2,5K Assista AgoraA ideia é mirabolante. A execução é bem feita, embora às vezes fugindo até mesmo do próprio ilusionismo (ou não). Mas as reais intenções e a arquitetação de todo o plano ficaram pelo superficial. Espero que o segundo filme explore melhor este ponto.
Mas, claro, falo como leigo. Como um mero espectador. Posso ter sido facilmente enganado. E, neste caso, o filme atingiu o seu objetivo.
Martha Marcy May Marlene
3.4 268Interessante como o filme conseguiu trilhar o seu próprio caminho, abordando um ponto de vista paranoico de quem esteve dentro, sem focar muito nas ações de fato. Belíssima atuação da Elizabeth Olsen, conseguindo transmitir toda a inquietude que o passado causa a sua personagem.
Fotografia maravilhosa e edição impecável. Todas as transições entre passado e presente foram muito bem arquitetadas.
Alabama Monroe
4.3 1,4K Assista AgoraTudo o que eu queria após o filme terminar era correr para um descampado, no meio do nada, e deitar sob as estrelas ao som de um bluegrass. E ali digerir cada instante, cada detalhe, numa tentativa de compreender os seus efeitos e o gosto agridoce que restou em minha boca.
Na grandeza da sua simplicidade, Alabama Monroe.
A Onda
4.2 1,9KEsse filme deveria receber o subtítulo de ~Pilha Errada~.
Impressionante como uma faísca, por mais inofensiva que seja, pode acabar criando um incêndio de proporções incontroláveis. E como somos tão frágeis ao ponto de sermos manipulados por essas chamas e sequer percebermos isto.
A aula, em si, acabou atingindo seu objetivo. E não dá nem pra dizer que foi por meios e fins tortuosos porque, talvez, seja o único caminho possível para uma ideologia tão utópica. O paralelo aos regimes totalitários foi perfeito, não apenas quando a onda já está em seu curso, mas também pelo seu processo de criação. Vale lembrar que o nazismo ganhou a proporção que ganhou não porque varreu a sociedade alemã como um tsunami, mas sim porque a massa se permitiu levar por ele, diante das suas circunstâncias. E isso é bem explicado no filme quando o professor pergunta sobre quais estruturas sociais favorecem uma ditadura. E mesmo numa sociedade social e economicamente estabilizada o perigo ainda existe. Sempre estaremos vulneráveis.
Ventre
3.7 271Silêncio, algo tão marcante e tão presente no filme que foi tudo o que me restou ao final dele.
Pura
4.0 33Que atuação poderosíssima da Alicia. Simplesmente magistral. Ainda mais sendo o seu primeiro grande trabalho no cinema. E o filme é uma obra de arte. Música clássica e filosofia passeando de mãos dadas.
E a fotografia, o roteiro, a edição, a trilha, as atuações... tudo parte de uma grande orquestra, numa sinfonia perfeita.
As Jóias da Coroa
3.5 17Cada vez mais apaixonado pela forma como o cinema escandinavo consegue exalar sentimentos verdadeiros de forma singela.
A Criança Escondida
3.3 30O cinema sueco nunca desaponta. Mais um grande filme. E este, particularmente, me chama a atenção pela temática abordada, pois sou fascinado pela Segunda Guerra. Toda a transição entre o passado e presente foi muito bem executada, deixando o suspense envolvente e o mistério seguro até o final. A fotografia, como quase sempre no cinema sueco, é maravilhosa. As atuações, se não são brilhantes, ao menos não comprometem. E um detalhe que me apeguei foi à edição, sempre buscando dar o maior dinamismo possível, sem prolongar muito determinadas cenas.