Tem umas falhas sinistras, como por exemplo: usaram uma atriz para representar Montse durante a infância, e na fotografia que a revela como verdadeira mãe o registro é uma edição bizarra da atriz que a interpreta na fase adulta. Outro furo bem angustiante é: se a mãe inicialmente verdadeira não passou por um parto (a justificativa para sua morte), o que causou seu desaparecimento? O fato de a irmã mais nova lembrar-se tão claramente da leitura e outros acontecimentos mas simplesmente anular outros tão marcantes não foi bem explorado. A escolha de Carlos como a personagem que necessitava da comoção do espectador para aquilo que estava sofrendo foi infeliz, um embuste fugindo da paternidade hahaha. A persona de Montse torna o filme interessante.
As cenas que alternavam entre o tempo atual e as lembranças com interação entre as personagens nos tempos distintos me fez soluçar com aquele choro lento que toda a história trouxe, ótima sacada!
Um filme sobre a vida, embalado na temática sobre a matemática existencialista, singular e abstrata é muito mais que poesia. É sobre amadurecimento, na dor e no sentir, é sobre todos que o assistirem e ao mesmo tempo é sobre ninguém. AAAAAAAAAAAAAA
"O ser humano é estômago e sexo" diálogo de outro incrível nacional que se encaixa bem aqui, Amarelo manga. O verdadeiro sentido da popular artimanha de conquistar pela barriga, em todas as esferas, seja a fome de miséria no boteco, a fome erudita, a fome de afeto e a fome de ascensão do chão ao mais próximo do teto, o beliche alto.
Parece que foi feito com o intuito de desmascarar aqueles que assistem ao filme para resumir o livro. É sem sentindo analisar obras cinematográficas comparando às obras literárias, os recursos são absolutamente distintos, mas ainda assim uma fidelidade mínima é necessária para fazer a adaptação, do escrito ao audiovisual. Uma leve pincelada da grandiosa obra que é a história de uma infância abandonada.
A discussão sobre o conceito de "ser normal" ser apenas excesso de socialização e adaptação. John em sua insanidade traz lucidez ao casal esterótipo de normalidade, algo exemplar que sucumbe ao declínio individual pelo peso de estarem juntos. Sonhos, vontades, medos e desejos silenciados por um sorriso que agrada a vizinhança e te faz querer ser um Wheeler. As personagens estão tão acostumadas com a abstenção de si em detrimento ao outro que o mascarar do desespero nem sequer requer grande esforço. Sorria e acene e tudo parecerá normal.
Os trilhos do trem que nos levam de um lugar a outro. Nos unem nas estações mas quando chegam os destinos nos separam. Alegoria perfeita para a vida, relacionamentos abusivos e suas facetas escancaradas. O mito da mulher louca, histérica assegurados por uma estrutura social misógina que nos genocida. Se somos loucas, quem é que nos deixou assim?
É quase uma obrigação para todos assistirem a esse documentário. Uma construção incrível, uma viagem histórica do cinema através do cinema para enxergar uma realidade, um contexto histórico. É indispensável analisar o que a indústria cultural fornecia ao seu público, o que era consumido por este para entender em que tipo de sociedade estavam inseridos e confrontar com outras. Se a vida imita a arte, certamente a arte é um retrato da vida assim o documentário nos mostra a massificação cultural que legitima a segregação racial e nos conta a história dos EUA através do olhar do oprimido, tentando romper uma construção cinematográfica de décadas onde essa voz era impossível. O que mais assusta ao final é perceber que além de ser recente historicamente, é atual, é contemporâneo e acontece agora. É só ligar a TV.
Começo 2017 com esse filme... Mulher resista, que dá terra não há quem arranque as pegadas da sua batalha... "Se for um menino lhe ensinarei sobre o amor, se for uma menina, lhe direi que o mundo é dela"
Um filme feito de cenas marcantes, de uma críticidade poética, depois de alguns minutos me pego reconfortada na cadeira, em posição fetal pela intensidade com que recebi os diálogos dilacerantes e os recortes críticos num período histórico e em outro momento algo mais contemporâneo. Fiz alguns paralelos ao filme do Ingmar Bergman: Morangos Silvestres, a questão do envelhecimento, do estar só, consigo mesmo... o surrealismo no filme só reforça o tom crítico das atrocidades, cenas lindíssimas e desconfortantes...
Tubarão
3.7 1,2K Assista AgoraEnquanto eu viver vou venerar esse filme!
Ninho de Musaranho
3.7 333Tem umas falhas sinistras, como por exemplo: usaram uma atriz para representar Montse durante a infância, e na fotografia que a revela como verdadeira mãe o registro é uma edição bizarra da atriz que a interpreta na fase adulta. Outro furo bem angustiante é: se a mãe inicialmente verdadeira não passou por um parto (a justificativa para sua morte), o que causou seu desaparecimento? O fato de a irmã mais nova lembrar-se tão claramente da leitura e outros acontecimentos mas simplesmente anular outros tão marcantes não foi bem explorado. A escolha de Carlos como a personagem que necessitava da comoção do espectador para aquilo que estava sofrendo foi infeliz, um embuste fugindo da paternidade hahaha. A persona de Montse torna o filme interessante.
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Lion: Uma Jornada para Casa
4.3 1,9K Assista AgoraAs cenas que alternavam entre o tempo atual e as lembranças com interação entre as personagens nos tempos distintos me fez soluçar com aquele choro lento que toda a história trouxe, ótima sacada!
Bates Motel (5ª Temporada)
4.4 757Em todas as leituras que fazem sobre o Norman eu acabo apaixonada por ele... doeu, claro que doeu, mas ninguém precisava saber...
O Conto da Aia (1ª Temporada)
4.7 1,5K Assista AgoraUma sensata ilustração não tão distópica sobre o "glamour" que é ser mulher, o privilégio "cis".
A Solidão dos Números Primos
3.9 145Um filme sobre a vida, embalado na temática sobre a matemática existencialista, singular e abstrata é muito mais que poesia. É sobre amadurecimento, na dor e no sentir, é sobre todos que o assistirem e ao mesmo tempo é sobre ninguém. AAAAAAAAAAAAAA
Nerve: Um Jogo Sem Regras
3.3 1,2K Assista AgoraEsse roteiro parece as minhas redações que começam boas, com uma boa tese e acabam sem proposta de intervenção porque fico com preguiça...
Os Suspeitos
4.1 2,7K Assista Agoraeu senti o impacto.
Gigi
3.3 114 Assista AgoraSobre cultura da pedofilia, uma ilustração para além de Lolita 1962.
Incêndios
4.5 1,9K Assista AgoraISSO É UM ROTEIRO!!!
Edifício Master
4.3 372 Assista AgoraEu passaria horas ouvindo a Daniela falar...
Estômago
4.2 1,6K Assista Agora"O ser humano é estômago e sexo" diálogo de outro incrível nacional que se encaixa bem aqui, Amarelo manga. O verdadeiro sentido da popular artimanha de conquistar pela barriga, em todas as esferas, seja a fome de miséria no boteco, a fome erudita, a fome de afeto e a fome de ascensão do chão ao mais próximo do teto, o beliche alto.
Corra!
4.2 3,6K Assista AgoraÉ genial, simplesmente...
Capitães da Areia
3.3 670 Assista AgoraParece que foi feito com o intuito de desmascarar aqueles que assistem ao filme para resumir o livro. É sem sentindo analisar obras cinematográficas comparando às obras literárias, os recursos são absolutamente distintos, mas ainda assim uma fidelidade mínima é necessária para fazer a adaptação, do escrito ao audiovisual. Uma leve pincelada da grandiosa obra que é a história de uma infância abandonada.
Foi Apenas um Sonho
3.6 1,3K Assista AgoraA discussão sobre o conceito de "ser normal" ser apenas excesso de socialização e adaptação. John em sua insanidade traz lucidez ao casal esterótipo de normalidade, algo exemplar que sucumbe ao declínio individual pelo peso de estarem juntos. Sonhos, vontades, medos e desejos silenciados por um sorriso que agrada a vizinhança e te faz querer ser um Wheeler. As personagens estão tão acostumadas com a abstenção de si em detrimento ao outro que o mascarar do desespero nem sequer requer grande esforço. Sorria e acene e tudo parecerá normal.
A Garota no Trem
3.6 1,6K Assista AgoraOs trilhos do trem que nos levam de um lugar a outro. Nos unem nas estações mas quando chegam os destinos nos separam. Alegoria perfeita para a vida, relacionamentos abusivos e suas facetas escancaradas. O mito da mulher louca, histérica assegurados por uma estrutura social misógina que nos genocida. Se somos loucas, quem é que nos deixou assim?
Peles
3.4 590 Assista AgoraNão sei nem o que dizer....
Eu Não Sou Seu Negro
4.5 137 Assista AgoraÉ quase uma obrigação para todos assistirem a esse documentário. Uma construção incrível, uma viagem histórica do cinema através do cinema para enxergar uma realidade, um contexto histórico. É indispensável analisar o que a indústria cultural fornecia ao seu público, o que era consumido por este para entender em que tipo de sociedade estavam inseridos e confrontar com outras. Se a vida imita a arte, certamente a arte é um retrato da vida assim o documentário nos mostra a massificação cultural que legitima a segregação racial e nos conta a história dos EUA através do olhar do oprimido, tentando romper uma construção cinematográfica de décadas onde essa voz era impossível. O que mais assusta ao final é perceber que além de ser recente historicamente, é atual, é contemporâneo e acontece agora. É só ligar a TV.
As Pequenas Margaridas
4.2 267 Assista AgoraGirls just wanna have fun
Animais Noturnos
4.0 2,2K Assista AgoraTalvez estejamos nós escrevendo o livro de nossas vidas...
"E quem é que não escreve sobre si próprio?"
Eu, Daniel Blake
4.3 533 Assista AgoraTalvez o filme mais humano que eu veja esse ano...
Politécnica
4.0 197Começo 2017 com esse filme... Mulher resista, que dá terra não há quem arranque as pegadas da sua batalha...
"Se for um menino lhe ensinarei sobre o amor, se for uma menina, lhe direi que o mundo é dela"
Sangue do Meu Sangue
3.2 17 Assista AgoraUm filme feito de cenas marcantes, de uma críticidade poética, depois de alguns minutos me pego reconfortada na cadeira, em posição fetal pela intensidade com que recebi os diálogos dilacerantes e os recortes críticos num período histórico e em outro momento algo mais contemporâneo. Fiz alguns paralelos ao filme do Ingmar Bergman: Morangos Silvestres, a questão do envelhecimento, do estar só, consigo mesmo... o surrealismo no filme só reforça o tom crítico das atrocidades, cenas lindíssimas e desconfortantes...
Olmo e a Gaivota
3.9 149Petra e suas críticas ácidas em tom de poesia... <3