O fato de o filme se passar em uma época que eu amo ( a "Era do Jazz") em Paris, há problemas quanto à estrutura e o ritmo.
Porém, sobressai a interessante visão da sexualidade das mulheres da época (um verdadeiro estudo de História), além da questão da análise da liberdade criativa em Literatura, um tema que perpassa também questões da moral da época, no qual o filme consegue captar de forma belíssima.
Absurda análise sobre a Guerra Fria. Absurdo filme noir de trama espetacular. O paralelo é evidente com os filmes da "trilogia Hollywood", de David Lynnch. Embora reconheça umas quedas de ritmo e uns maneirismos próprios ao noir aqui e ali, o filme é puro deleite nos seus picos de tensão. O final é digno aos mais radicais filmes do Seyjun Suzuki.
ainda um filme menos de Lynch, todavia extremamente tenso (impossível não lembrar qualquer atmosfera criada pelo Joy Division). Brilhante de ver um cineasta em formação tão ciente dos elementos que iria lançar em seus filmes sequentes. Visto dessa forma, Eraserhead parece um filme fácil e bobo, principalmente no péssimo uso de tempos mortos.
o historiador Durval Muniz tem um baita texto sobre o filme, em que ele trabalha a questão do homossexualismo. Interessante ver como ele é uma trajetória contrária ao mito da "conquista do Oeste". dos filmes mais fascinantes da melhor época do cinema mundial - virada dos anos 60-70, justamente um momento de crise na indústria, mas enfim...
Nem de todo mau, embora o roteiro seja preguiçoso e chupe ao máximo todo e qualquer clichê do gênero. Não gostei da parte com Bill Murray (muita puxação de saco). A tal da Emma Stone é uma pitel.
Incrível como até após uma revisão esse filme se torna ainda mais maravilhoso, mais fatalista no que se refere ao amor. É estranho saber o quão esquecido ficou a filmografia antiga do Garrel (pai). E é tão incrível, belo ver essa fotografia (que já vale o filme por si só). Filme de ausência e presença, onde o amor do casal já está fadado à fatalidade desde o começo, embora nós sempre fiquemos com a esperança que não,
Um dos grandes cineastas de nossa geração, se não me engano, já tinha ganho Cannes com "Cinzas do Paraíso". Muita, mas muita gente vai chiar quando ver "Árvore da Vida", aposto. É só ver a nota de "Novo Mundo", dos melhores e mais incompreendidos filmes dos anos 2000. Mallick levou o seu, quero ver Michael Mann levar sua Palma de Ouro, agora. Ferrara, Gray também seriam boas...
como se não bastasse ligar a câmera e só filmar merda, Von Trier é também daqueles que abre a boca e fala coisas imbecis, tipo a piadinha com relação ao nazismo. Nada de surpreendente pra uma pessoa que tem tatuado nos dedos "fuck"...
dizem ser um filme de uma estranha relação do casal, com Deneuve se submetendo a ocupar o lugar do antigo cão do homem amado usando coleira e tal, sinistro.
o melhor diretor coreano da atualidade se chama Kiyoshi Kurosawa. Cada um de seus filmes é melhor que esse Oldboy aqui, que é divertido, mas de alguma forma não me surpreendeu por completo.
baita crítica do melhor crítico do Cineplayers, Demetrius Caesar. Entre outras, ele solta:
"Há uma piada que explica a música de Nana Caymmi. Se Gal Costa cantar uma música em que uma mulher brigou com o amado, isso significa que eles tiveram uma briga, ela ficou magoada, mas depois tudo termina bem. Se a Maria Bethânia cantar a mesma música, a briga foi uma discussão violenta, a infeliz arrumou as malas e foi passar duas semanas na casa da mãe para esfriar a cabeça e decidir se volta ou não para o cidadão. Agora, se Nana Caymmi cantar essa música, é sem chance: o cara é quem arruma as coisas, vai embora e não volta nunca mais."
Não bastasse a irreverente crítica social da obra, temos o cinema sendo gestado em seu maior estado criativo. O radicalidade do uso do espaço cenográfico é uma coisa assombrosa se pensarmos que o filme é de 1939. Locações externas, a forma como tantos atores trabalham em perfeita sintonia faz desse filme uma obra-prima atemporal e inconteste.
Dizem ser uma das mais belas homenagens ao valor da amizade e uma linda reverência de Wenders à genialidade de Nicholas Ray que tava perto de morrer à época.
Festival de desgraças, de lugares comuns da vida real (mas que até o ano em que o filme foi feito eram escondidos), um monte de losers em perfeito estado de desgraça, buscando a tal felicidade independentemente dos padrões morais da classe média americana.
Seria um filme imbecil, não fosse a sarcástica direção de Todd Solondz, que faz das cenas um pastiche. É rir pra não chorar. Genial.
"O Mais importante é o roteiro" - Incrível a facilidade de encontrar arrogância e imbecilidade no filmow. Em Tarkovski, arrisco eu, o roteiro é algo secundário. Aliás o cinema NUNCA FOI literatura filmada, seu compromisso pode ser qualquer um, menos esse. "Stalker" parte de uma rigorosa análise de princípios morais que Tarkovski vinha martelando há anos em seus filmes. Nenhum, digo, nenhum, dos grandes diretores prendem seus filmes ao roteiro. Cinema é liberdade, como bem prega "Pierrot, Le Fou", um belo de um "Ah, vá se fuder" aos roteiros.
De um lirismo fantástico. Manuel de Barros sempre se mostrou fã de Chaplin e o via algo como "o poeta dos vagabundos". Esse filme é o testamento máximo de tal idéia. Sempre com um delicado sentimento de revolta com os rumos de uma sociedade excludente. Lindo!
Puritanismo; castidade; desencontros; esquecimentos; vida; amor; Julie e Jim; Nestor Almendros; melhor filme de Truffaut; amor, tão somente, nada de paixão; metáforas entre o vermelho do sangue puro e o azul como incerteza; o branco como paz.
Filme imortal de Truffaut, de longe o seu melhor. Um filme tão essencial como qualquer um outro dos grandes do cinema francês.
Henry & June: Delírios Eróticos
3.6 94O fato de o filme se passar em uma época que eu amo ( a "Era do Jazz") em Paris, há problemas quanto à estrutura e o ritmo.
Porém, sobressai a interessante visão da sexualidade das mulheres da época (um verdadeiro estudo de História), além da questão da análise da liberdade criativa em Literatura, um tema que perpassa também questões da moral da época, no qual o filme consegue captar de forma belíssima.
Meu deuz, Uma Thurman no auge da gostosura!
A Morte num Beijo
3.8 60 Assista AgoraAbsurda análise sobre a Guerra Fria. Absurdo filme noir de trama espetacular. O paralelo é evidente com os filmes da "trilogia Hollywood", de David Lynnch. Embora reconheça umas quedas de ritmo e uns maneirismos próprios ao noir aqui e ali, o filme é puro deleite nos seus picos de tensão. O final é digno aos mais radicais filmes do Seyjun Suzuki.
Eraserhead
3.9 924 Assista Agoraainda um filme menos de Lynch, todavia extremamente tenso (impossível não lembrar qualquer atmosfera criada pelo Joy Division). Brilhante de ver um cineasta em formação tão ciente dos elementos que iria lançar em seus filmes sequentes. Visto dessa forma, Eraserhead parece um filme fácil e bobo, principalmente no péssimo uso de tempos mortos.
Perdidos na Noite
4.2 323 Assista Agorao historiador Durval Muniz tem um baita texto sobre o filme, em que ele trabalha a questão do homossexualismo. Interessante ver como ele é uma trajetória contrária ao mito da "conquista do Oeste". dos filmes mais fascinantes da melhor época do cinema mundial - virada dos anos 60-70, justamente um momento de crise na indústria, mas enfim...
Zumbilândia
3.7 2,5K Assista AgoraNem de todo mau, embora o roteiro seja preguiçoso e chupe ao máximo todo e qualquer clichê do gênero. Não gostei da parte com Bill Murray (muita puxação de saco). A tal da Emma Stone é uma pitel.
A Fronteira da Alvorada
3.5 91Incrível como até após uma revisão esse filme se torna ainda mais maravilhoso, mais fatalista no que se refere ao amor. É estranho saber o quão esquecido ficou a filmografia antiga do Garrel (pai). E é tão incrível, belo ver essa fotografia (que já vale o filme por si só). Filme de ausência e presença, onde o amor do casal já está fadado à fatalidade desde o começo, embora nós sempre fiquemos com a esperança que não,
A Árvore da Vida
3.4 3,1K Assista AgoraUm dos grandes cineastas de nossa geração, se não me engano, já tinha ganho Cannes com "Cinzas do Paraíso". Muita, mas muita gente vai chiar quando ver "Árvore da Vida", aposto. É só ver a nota de "Novo Mundo", dos melhores e mais incompreendidos filmes dos anos 2000. Mallick levou o seu, quero ver Michael Mann levar sua Palma de Ouro, agora. Ferrara, Gray também seriam boas...
Melancolia
3.8 3,1K Assista Agoracomo se não bastasse ligar a câmera e só filmar merda, Von Trier é também daqueles que abre a boca e fala coisas imbecis, tipo a piadinha com relação ao nazismo. Nada de surpreendente pra uma pessoa que tem tatuado nos dedos "fuck"...
A Cadela
3.4 18dizem ser um filme de uma estranha relação do casal, com Deneuve se submetendo a ocupar o lugar do antigo cão do homem amado usando coleira e tal, sinistro.
A Árvore da Vida
3.4 3,1K Assista AgoraAndam comparando a '2001', como disse há tempos. Recepção espantosa em Cannes.
América do Medo
3.4 7extremamente elogiado por Tarantino na Revista Rolling Stones, embora por motivos insólitos. uhsauhsuas
O Diabo, Provavelmente
3.7 45Talvez um personagem próximo de "O Estrangeiro" de Camus, sem o mínimo destino na vida.
Oldboy
4.3 2,3K Assista Agorao melhor diretor coreano da atualidade se chama Kiyoshi Kurosawa. Cada um de seus filmes é melhor que esse Oldboy aqui, que é divertido, mas de alguma forma não me surpreendeu por completo.
O Fundo do Coração
3.5 62olha a capa, olhou? Sim, trilha sonora de Tom Waits, quero ver agora!
Nana Caymmi em Rio Sonata
4.3 9baita crítica do melhor crítico do Cineplayers, Demetrius Caesar. Entre outras, ele solta:
"Há uma piada que explica a música de Nana Caymmi. Se Gal Costa cantar uma música em que uma mulher brigou com o amado, isso significa que eles tiveram uma briga, ela ficou magoada, mas depois tudo termina bem. Se a Maria Bethânia cantar a mesma música, a briga foi uma discussão violenta, a infeliz arrumou as malas e foi passar duas semanas na casa da mãe para esfriar a cabeça e decidir se volta ou não para o cidadão. Agora, se Nana Caymmi cantar essa música, é sem chance: o cara é quem arruma as coisas, vai embora e não volta nunca mais."
Uma Mulher Diferente
3.9 10gente, olha essa sinopse e olha a data do filme: Altman gênio!
A Regra do Jogo
4.1 122 Assista AgoraNão bastasse a irreverente crítica social da obra, temos o cinema sendo gestado em seu maior estado criativo. O radicalidade do uso do espaço cenográfico é uma coisa assombrosa se pensarmos que o filme é de 1939. Locações externas, a forma como tantos atores trabalham em perfeita sintonia faz desse filme uma obra-prima atemporal e inconteste.
Um Filme Para Nick
4.1 10Dizem ser uma das mais belas homenagens ao valor da amizade e uma linda reverência de Wenders à genialidade de Nicholas Ray que tava perto de morrer à época.
Felicidade
4.1 377Festival de desgraças, de lugares comuns da vida real (mas que até o ano em que o filme foi feito eram escondidos), um monte de losers em perfeito estado de desgraça, buscando a tal felicidade independentemente dos padrões morais da classe média americana.
Seria um filme imbecil, não fosse a sarcástica direção de Todd Solondz, que faz das cenas um pastiche. É rir pra não chorar. Genial.
O Desprezo
4.0 266Incrível como esse filme fica melhor após uma revisão, como os Godares ficam melhores ainda quando revistos.
Há os planos do corpo nu de Bardot. Há toda uma discussão genial sobre relacionamentos. Há Fritz Lang dando verdadeiras lições do que é cinema.
"Desprezo" é de uma beleza impactante.
Stalker
4.3 505 Assista Agora"O Mais importante é o roteiro" - Incrível a facilidade de encontrar arrogância e imbecilidade no filmow. Em Tarkovski, arrisco eu, o roteiro é algo secundário. Aliás o cinema NUNCA FOI literatura filmada, seu compromisso pode ser qualquer um, menos esse. "Stalker" parte de uma rigorosa análise de princípios morais que Tarkovski vinha martelando há anos em seus filmes. Nenhum, digo, nenhum, dos grandes diretores prendem seus filmes ao roteiro. Cinema é liberdade, como bem prega "Pierrot, Le Fou", um belo de um "Ah, vá se fuder" aos roteiros.
O Garoto
4.5 582 Assista AgoraDe um lirismo fantástico. Manuel de Barros sempre se mostrou fã de Chaplin e o via algo como "o poeta dos vagabundos". Esse filme é o testamento máximo de tal idéia. Sempre com um delicado sentimento de revolta com os rumos de uma sociedade excludente. Lindo!
Duas Inglesas e o Amor
4.0 34 Assista AgoraPuritanismo; castidade; desencontros; esquecimentos; vida; amor; Julie e Jim; Nestor Almendros; melhor filme de Truffaut; amor, tão somente, nada de paixão; metáforas entre o vermelho do sangue puro e o azul como incerteza; o branco como paz.
Filme imortal de Truffaut, de longe o seu melhor. Um filme tão essencial como qualquer um outro dos grandes do cinema francês.
Sonic Youth: Dormindo noites acordadas
4.4 8"com câmeras nas mãos vão registrar o show e um dia na vida do Sonic Youth". Exibam! Vejam! Só essa frase basta pra tudo.