Em tempos de Rafinha Bastos, Lenny Bruce seria um antídoto.
Meu deus, que filme.
Humano, denso, humano, vivo. A derrocada do sonho americano nos ângulos inusitados e na fotografia em p&b nesse trabalho atípico de Bob Fosse. É muito cinema, muita vida. Hoffman, mais uma vez, incrível!
Daqueles filmes que te mudam. Incrível a porrada de sequencias maravilhosas desse filme. A cena da boate gay, a cena do estupro da menina, a cena expulsão do trem, a cena da praia.
agora, meu deus do céu o que era aquela cena do cavalo ?!!! Lindeza demais, me lembra uma igualmente memorável cena descrita em "Os Irmãos Karamázov". O filme é lindo.
É uma epopéia espetacular em torno do amadurecimento daquelas crianças...
Descida ao inferno brutal de Ferrara. Dos meus diretores favoritos de sempre. Bradtripp ultra-barra pesada (tá me repeti...) Mas, enfim, um filme poderoso sobre os limites do vício da moral.
O questionamento direto do personagem sem nome para com Deus é uma cena forte, mas precisa e necessária.
Uma boa edição. Um conteito cinema-história. Um monte de escolhas equivocadas. Parece cinema dos primórdios (no melhor sentido do termo). Gostei, embora algumas escolhas extrapolem o nível do constrangedor.
Puta filme. Gray filma com a classe de um Cronenberg seu travellings. Plano no rosto, distanciamento, tudo numa direção "clássica". Uma maturidade absurda do cara.
Ainda tem as tragédias familiares, a descrição do roteiro e a criação dos personagens. Filme raro e lindo de se ver.
A cena do choro do ator imortal que é Joaquin Phoenix revela tudo.
terminei a primeira parte. o final de "George Harrison Living In The Material World", o doc. do Scorsese é lindo demais, contando a história de "While My Guitar Gently Weeps".
Haynes é o cineasta que melhor trabalha o marginal na cultura americana. Sou apaixonado pelo cinema desse cara. É incrível. Desde o Dylan, a Bowie glam, desde a mulher de Safe, desde Veneno, todos seus personagens são vistos como doença pela sociedade americana.
Haynes, assumidamente homossexual, aqui, vai buscar em Sirk (que também é reconhecida inspiração pra Fassbinder e Amoldóvar) inspiração pra refletir sobre temas ainda tabus nos EUA;
Pasmem, as fotografias, os emolduramentos, a trilha sonora, o chororô em Sirk ainda eram mais belos e intensos, embora os de Haynes não fiquem jamais aquém.
O existencialismo de Motorcycle Boy e de seu irmão, Rusty James (influência visível pro Casablancas dos Strokes) prenuncia a trilogia da juventude, de Gus Van Sant. A ligação se faz mais forte ainda pelo trato com o efêmero dado por Coppola e que, certamente, inspirou Van Sant. Nuvens, fumaças representam em imagens a mente de Motorcycle Boy, já que, afinal, o filme é um espelho da mente dele, de um homem que viveu, tomou consciencia do mundo e ver o tempo passar.
Coppola ainda trabalha essa questão de família, como é corrente em sua filmografia...
O diretor deve ser o grande esteta a trabalhar na época em hollywood, aquele que mais entendia seu trabalho como uma arte sem limites, inspirado ora em Visconti em seus épicos e seu sentido de grandeza, ora na Nouvelle Vague, como nesse "Selvagem de Motocicleta". Um filme de personagens vagando perdidos no mundo.
A tríade trabalho-amor-dinheiro que é um dos cernes da filmografia de Michael Mann, trabalhadas em cima de um personagem que trilha um ideal de honra próximo de "O Samurai", do Melville. O melhor filme do ano é esse, até agora. Não bastasse tudo, tem a trilha de Badalamenti. Um espanto. Lembra, claro, a trilha de Safe, do Todd Haynes e as do Lynch.
Enfim, filmaço. Um trato respeitoso a um gênero relevantíssimo de hollywood. Os anos 75-85 foram mais que bem lembrados, sem saudosismo bobo, mas com fibra de um cinema consciente de que filmar uma cidade do alto ao som de sintetizadores seriam das imagens mais belas (porque tristíssimas) do cinema contemporâneo.
Wenders está de volta, podem esperar! A cena final ao som de um fado, com Pina dançando é de uma singeleza incrível. Filme de cinema no sentido físico da coisa. No 3D deve ser fantástico (finalmente o recurso sendo devidamente utilizado).
Por mais distante que eu seja do universo da dança de Pina, o filme hipnotiza, te leva pro palco. Fala, portanto, a linguagem (palavra chave pro filme) universal: emoção, medo, alegria.
Uma trilha sonora fabulosa e eclética. Até o "Leãozinho" do Caê foi aparecer lá, vejam...
Mais um filme medíocre do von Trier. Quanto mais você tenta dar chances a filmografia do senhor, mas decepção. Mesmo com uma premissa interessante, embora nada original, o diretor acaba por fazer as porcarias de sempre, ou seja: as cenas inicias que dariam muito bem em qualquer comercial de shampoo, com slow-motions "cults", embalados com uma trilha sonora erudita. Uma pretensão batida no circuito independente.
Trier não tem a classe de um Bergman, nem o humor de um Buñuel, e sua cena da festa de casamento acabou por se passar como um embuste auto-referencial do próprio movimento que um dia ele pregou (contra Hollywood, se lembram?), lembrando "Festa de Família".
Inclusive de lá sai o pior (e risonho, meu deus, ele adora pagar mico): a câmera na mão que acaba por menosprezar a riqueza da decoração da festa toda.
Sim, essa primeira parte fala de uma moça com depressão (nossa que novidade em se tratando dele), que é o oposto da sua irmã, controlada, casada etc. Uma trama pífia que se quer séria. Na segunda parte (centrada na outra irmã) tem um planeta, chamado Melancholia (nossa, esse cara é ruim em delicadeza ein?), etc etc.
Tempos-mortos, atuações caricatas. Tudo descambando pra mediocridade.
O final parece ser redentivo, vejo alguma coisa de belo, interessante naquilo lá. É uma cena pra se ver num cinema grande. Com toda a potência que tem direito. Já que em termos de discurso e mensagem, esse filme não me atraí em nada.
O místico, o irracional, a religião, bem como também a ciência e a razão, ambos parecem amparar-se em um mesmo dilema para Dreyer: ambos buscam compreender o universo em sua totalidade, encontrar uma Verdade, ser “A Palavra”, de fato.
Perpassando o orgulho e o exclusivismo de duas famílias que apesar de creem num mesmo Deus, eles divergem.
Seria enfim, a morte (não por acaso, em uma cena antologicamente silenciosa) o fator base para perturbar as verdades absolutas, na incrível cena final.
Um ambiente soturno e incerto. Uma trama que é a alma do noir. Marco inicial do Expressionismo Alemão. No fundo, parece uma metáfora do próprio ato de dirigir um filme. Afinal, todos os personagens caminham por um ambiente medieval de medo e incerteza, enquanto Caligari e Cesare (o sonâmbulo) parecem orquestrar toda a situação. Aqueles cenários pintados reforçam o aspecto de construção mental da obra, negando quaisquer possibilidade de realidade objetiva, o que é digno de louvor.
Estilizado ao extremo, poético. Desde a primeira cena absurdamente bem pensada, vê-se que se trata de um filme antológico.
Das que vi, essa me parece ser a melhor trilha de Morricone. Auge das carreiras de Leone, Cardinale e Bronson.
É o filme de execução por excelência, um épico rico em dramaticidade. Das mais belas histórias sobre vingança. Dos que realmente merecem o rótulo de obra-prima.
Wenders é um apaixonado pela cultura visual e humana dos Estados Unidos. Pensa e vê o homem globalizado, solitário, numa terra de mudanças constantes. Terra, por excelência, do poder cinematográfico. Parece ser esse o grande mote desse drama-suspense obscuro do diretor, onde a entrada em cena do tal “amigo americano” (Dennis Hooper, e toda sua carga simbólica) parece trazer estória ao filme. Me agrada demais essa edição Miami Viceana, cortes abruptos que viajam de uma ponta a outra do globo, em tempos diversos.
Fotografia magistral (o mesmo diretor de “Paris, Texas”). E dizer, também, que a presença de Eustache, Nicholas Ray e Sam Fuller no filme é uma homenagem das mais delicadas que já vi, nunca vi tanta gente fascinante junta coadjuvanteando em um filme.
Nos filmes de Rohmer os atores se exprimem por meio de atuações contidas. A palavra, no caso, parece ser a chave. Não à toa, é até fácil encontrar diálogos estupendos sobre amor e vida. “O Joelho de Claire” é um dos ‘contos morais’ do autor. O cativante acerca do filme fica especialmente na ambiguidade com que o diretor pensa os sentimentos relacionados. Um simples toque no joelho, nesse caso, pode significar muito. O desejo sexual resumido a um ato trivial. O que pra um pode ser a plena satisfação dos desejos, pra outro pode ser um mero consolo fraterno.
O amor existe em Rohmer, da forma mais delicada possível.
Lenny
4.0 45Em tempos de Rafinha Bastos, Lenny Bruce seria um antídoto.
Meu deus, que filme.
Humano, denso, humano, vivo. A derrocada do sonho americano nos ângulos inusitados e na fotografia em p&b nesse trabalho atípico de Bob Fosse. É muito cinema, muita vida. Hoffman, mais uma vez, incrível!
Paisagem na Neblina
4.3 129Daqueles filmes que te mudam. Incrível a porrada de sequencias maravilhosas desse filme. A cena da boate gay, a cena do estupro da menina, a cena expulsão do trem, a cena da praia.
agora, meu deus do céu o que era aquela cena do cavalo ?!!! Lindeza demais, me lembra uma igualmente memorável cena descrita em "Os Irmãos Karamázov". O filme é lindo.
É uma epopéia espetacular em torno do amadurecimento daquelas crianças...
Vício Frenético
3.9 124Descida ao inferno brutal de Ferrara. Dos meus diretores favoritos de sempre. Bradtripp ultra-barra pesada (tá me repeti...) Mas, enfim, um filme poderoso sobre os limites do vício da moral.
O questionamento direto do personagem sem nome para com Deus é uma cena forte, mas precisa e necessária.
obra-prima.
Nós que Aqui Estamos Por Vós Esperamos
4.3 416Uma boa edição. Um conteito cinema-história. Um monte de escolhas equivocadas. Parece cinema dos primórdios (no melhor sentido do termo). Gostei, embora algumas escolhas extrapolem o nível do constrangedor.
Caminho Sem Volta
3.4 52Puta filme. Gray filma com a classe de um Cronenberg seu travellings. Plano no rosto, distanciamento, tudo numa direção "clássica". Uma maturidade absurda do cara.
Ainda tem as tragédias familiares, a descrição do roteiro e a criação dos personagens. Filme raro e lindo de se ver.
A cena do choro do ator imortal que é Joaquin Phoenix revela tudo.
O Cavalo de Turim
4.2 211já está nas internetes.
George Harrison: Living in the Material World
4.6 193 Assista Agoraterminei a primeira parte. o final de "George Harrison Living In The Material World", o doc. do Scorsese é lindo demais, contando a história de "While My Guitar Gently Weeps".
Longe do Paraíso
3.8 170 Assista AgoraHaynes é o cineasta que melhor trabalha o marginal na cultura americana. Sou apaixonado pelo cinema desse cara. É incrível. Desde o Dylan, a Bowie glam, desde a mulher de Safe, desde Veneno, todos seus personagens são vistos como doença pela sociedade americana.
Haynes, assumidamente homossexual, aqui, vai buscar em Sirk (que também é reconhecida inspiração pra Fassbinder e Amoldóvar) inspiração pra refletir sobre temas ainda tabus nos EUA;
Pasmem, as fotografias, os emolduramentos, a trilha sonora, o chororô em Sirk ainda eram mais belos e intensos, embora os de Haynes não fiquem jamais aquém.
Julianne Moore era a atriz perfeita.
O Selvagem da Motocicleta
4.0 227 Assista AgoraO existencialismo de Motorcycle Boy e de seu irmão, Rusty James (influência visível pro Casablancas dos Strokes) prenuncia a trilogia da juventude, de Gus Van Sant. A ligação se faz mais forte ainda pelo trato com o efêmero dado por Coppola e que, certamente, inspirou Van Sant. Nuvens, fumaças representam em imagens a mente de Motorcycle Boy, já que, afinal, o filme é um espelho da mente dele, de um homem que viveu, tomou consciencia do mundo e ver o tempo passar.
Coppola ainda trabalha essa questão de família, como é corrente em sua filmografia...
O diretor deve ser o grande esteta a trabalhar na época em hollywood, aquele que mais entendia seu trabalho como uma arte sem limites, inspirado ora em Visconti em seus épicos e seu sentido de grandeza, ora na Nouvelle Vague, como nesse "Selvagem de Motocicleta". Um filme de personagens vagando perdidos no mundo.
É obra-prima.
Muito Riso e Muita Alegria
3.5 16considerado um dos 10 melhores filmes da história por Quentin Tarantino.
além de toda a história envolvendo a Stratten e o Bogdanovich...
Separados Pelo Sangue
3.8 29belíssimo filme, discreto e explosivo, ao mesmo tempo. Retrato amargo da "América Profunda".
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraDrive
3.9 3,5K Assista AgoraA tríade trabalho-amor-dinheiro que é um dos cernes da filmografia de Michael Mann, trabalhadas em cima de um personagem que trilha um ideal de honra próximo de "O Samurai", do Melville. O melhor filme do ano é esse, até agora. Não bastasse tudo, tem a trilha de Badalamenti. Um espanto. Lembra, claro, a trilha de Safe, do Todd Haynes e as do Lynch.
Enfim, filmaço. Um trato respeitoso a um gênero relevantíssimo de hollywood. Os anos 75-85 foram mais que bem lembrados, sem saudosismo bobo, mas com fibra de um cinema consciente de que filmar uma cidade do alto ao som de sintetizadores seriam das imagens mais belas (porque tristíssimas) do cinema contemporâneo.
obra-prima fundamental.
Drive
3.9 3,5K Assista Agorasurgiu o melhor do ano, ein...
Pina
4.4 408Wenders está de volta, podem esperar! A cena final ao som de um fado, com Pina dançando é de uma singeleza incrível. Filme de cinema no sentido físico da coisa. No 3D deve ser fantástico (finalmente o recurso sendo devidamente utilizado).
Por mais distante que eu seja do universo da dança de Pina, o filme hipnotiza, te leva pro palco. Fala, portanto, a linguagem (palavra chave pro filme) universal: emoção, medo, alegria.
Uma trilha sonora fabulosa e eclética. Até o "Leãozinho" do Caê foi aparecer lá, vejam...
Melancolia
3.8 3,1K Assista AgoraMais um filme medíocre do von Trier. Quanto mais você tenta dar chances a filmografia do senhor, mas decepção. Mesmo com uma premissa interessante, embora nada original, o diretor acaba por fazer as porcarias de sempre, ou seja: as cenas inicias que dariam muito bem em qualquer comercial de shampoo, com slow-motions "cults", embalados com uma trilha sonora erudita. Uma pretensão batida no circuito independente.
Trier não tem a classe de um Bergman, nem o humor de um Buñuel, e sua cena da festa de casamento acabou por se passar como um embuste auto-referencial do próprio movimento que um dia ele pregou (contra Hollywood, se lembram?), lembrando "Festa de Família".
Inclusive de lá sai o pior (e risonho, meu deus, ele adora pagar mico): a câmera na mão que acaba por menosprezar a riqueza da decoração da festa toda.
Sim, essa primeira parte fala de uma moça com depressão (nossa que novidade em se tratando dele), que é o oposto da sua irmã, controlada, casada etc. Uma trama pífia que se quer séria. Na segunda parte (centrada na outra irmã) tem um planeta, chamado Melancholia (nossa, esse cara é ruim em delicadeza ein?), etc etc.
Tempos-mortos, atuações caricatas. Tudo descambando pra mediocridade.
O final parece ser redentivo, vejo alguma coisa de belo, interessante naquilo lá. É uma cena pra se ver num cinema grande. Com toda a potência que tem direito. Já que em termos de discurso e mensagem, esse filme não me atraí em nada.
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraMichael Mann andou falando bem do filme. Aí já viu né...
A Árvore da Vida
3.4 3,1K Assista Agorameu texto sobre o filme.
Noites de Cabíria
4.5 382 Assista Agoradeixemos que Fellini diga o que achou do filme.
A Palavra
4.5 100O místico, o irracional, a religião, bem como também a ciência e a razão, ambos parecem amparar-se em um mesmo dilema para Dreyer: ambos buscam compreender o universo em sua totalidade, encontrar uma Verdade, ser “A Palavra”, de fato.
Perpassando o orgulho e o exclusivismo de duas famílias que apesar de creem num mesmo Deus, eles divergem.
Seria enfim, a morte (não por acaso, em uma cena antologicamente silenciosa) o fator base para perturbar as verdades absolutas, na incrível cena final.
O Gabinete do Dr. Caligari
4.3 524 Assista AgoraUm ambiente soturno e incerto. Uma trama que é a alma do noir. Marco inicial do Expressionismo Alemão. No fundo, parece uma metáfora do próprio ato de dirigir um filme. Afinal, todos os personagens caminham por um ambiente medieval de medo e incerteza, enquanto Caligari e Cesare (o sonâmbulo) parecem orquestrar toda a situação. Aqueles cenários pintados reforçam o aspecto de construção mental da obra, negando quaisquer possibilidade de realidade objetiva, o que é digno de louvor.
Era uma Vez no Oeste
4.4 730 Assista AgoraEstilizado ao extremo, poético. Desde a primeira cena absurdamente bem pensada, vê-se que se trata de um filme antológico.
Das que vi, essa me parece ser a melhor trilha de Morricone. Auge das carreiras de Leone, Cardinale e Bronson.
É o filme de execução por excelência, um épico rico em dramaticidade. Das mais belas histórias sobre vingança. Dos que realmente merecem o rótulo de obra-prima.
O Amigo Americano
3.9 71 Assista AgoraWenders é um apaixonado pela cultura visual e humana dos Estados Unidos. Pensa e vê o homem globalizado, solitário, numa terra de mudanças constantes. Terra, por excelência, do poder cinematográfico. Parece ser esse o grande mote desse drama-suspense obscuro do diretor, onde a entrada em cena do tal “amigo americano” (Dennis Hooper, e toda sua carga simbólica) parece trazer estória ao filme. Me agrada demais essa edição Miami Viceana, cortes abruptos que viajam de uma ponta a outra do globo, em tempos diversos.
Fotografia magistral (o mesmo diretor de “Paris, Texas”). E dizer, também, que a presença de Eustache, Nicholas Ray e Sam Fuller no filme é uma homenagem das mais delicadas que já vi, nunca vi tanta gente fascinante junta coadjuvanteando em um filme.
O Joelho de Claire
3.9 77 Assista AgoraNos filmes de Rohmer os atores se exprimem por meio de atuações contidas. A palavra, no caso, parece ser a chave. Não à toa, é até fácil encontrar diálogos estupendos sobre amor e vida. “O Joelho de Claire” é um dos ‘contos morais’ do autor. O cativante acerca do filme fica especialmente na ambiguidade com que o diretor pensa os sentimentos relacionados. Um simples toque no joelho, nesse caso, pode significar muito. O desejo sexual resumido a um ato trivial. O que pra um pode ser a plena satisfação dos desejos, pra outro pode ser um mero consolo fraterno.
O amor existe em Rohmer, da forma mais delicada possível.