Quando Albert Einstein nos diz que "Imagination is more important than knowledge", ele quer dizer que podemos fazer o que quiser quando acreditamos no poder da nossa mente e na criatividade como caminho de descoberta do próprio conhecimento. Por isso nos deleitamos tanto com as obras literárias de Julio Verne e com o tão fabuloso "De volta para o futuro", de Robert Zemeckis. Que maravilha de filme, que nos fez caminhar pelas trilhas mágicas da ficção científica... O que o Dr. Brown e M. McFly nos dá é imaginação. Por isso, quando penso em infância, em latência criativa, penso em "De volta para o futuro", que recentemente completou 30 anos de estreia (03/07/1985).
Meu filme dessa semana é " O Homem Que Matou o Facínora", um western dos anos de 1962, fascinante não só pela qualidade dos enquadramentos, pela beleza diegética, e pela atuação tão convincente de James Stewart ( astro ainda dos clássicos Janela Indiscreta e A felicidade não se compra ) e John Wayne, mas também porque nos mostra de maneira quase romântica o caminho da honra, da amizade e da boa vontade.
O filme mais dialógico que eu já vi (inclusive no sentido polifônico), embora aparentemente pareça inteiramente psicanalítico. Lars Von Trier e sua capacidade extraordinária de refletir sobre a culpa e sobre o caos humano, e sua capacidade extraordinária de romper paradigmas estéticos e ficcionais. A obra de Von Trier entra no grupo daquelas que nós críticos e ensaistas entusiasamos analisar. O filme é diegeticamente instigante, senti vertigem (misto de empatia com horror), elemento que me levou a catarse.
Apocalypse Now, um filme extraordinariamente perfeito. O fluxo de consciência, a analepse e a metáfora, nessa obra prima do cinema nos mostra a guerra do Vietnã de um jeito hercúleo e muito criativo e original. Foi maravilhosamente sensível, embora paradoxalmente vulcânico. Coppola e os seus textos inesquecíveis. Lembrei agora de um poema de Drummond: Nosso tempo I Este é um tempo de partido, tempo de homens partidos. Em vão percorremos volumes, viajamos e nos colorimos. A hora pressentida esmigalha-se em pó na rua. Os homens pedem carne. Fogo. Sapatos. As leis não bastam. Os lírios não nascem da lei. Meu nome é tumulto, e escreve-se na pedra. Visito os fatos, não te encontro. Onde te ocultas, precária síntese, penhor de meu sono, luz dormindo acesa na varanda? Miúdas certezas de empréstimo, nenhum beijo sobe ao ombro para contar-me a cidade dos homens completos. Calo-me, espero, decifro. As coisas talvez melhorem. São tão fortes as coisas! Mas eu não sou as coisas e me revolto. Tenho palavras em mim buscando canal, são roucas e duras, irritadas, enérgicas, comprimidas há tanto tempo, perderam o sentido, apenas querem explodir. Excluir Responder
Apocalypse Now, um filme extraordinariamente perfeito. O fluxo de consciência, a analepse e a metáfora, nessa obra prima do cinema nos mostra a guerra do Vietnã de um jeito hercúleo e muito criativo e original. Foi maravilhosamente sensível, embora paradoxalmente vulcânico. Coppola e os seus textos inesquecíveis. Lembrei agora de um poema de Drummond: Nosso tempo I Este é um tempo de partido, tempo de homens partidos.
Em vão percorremos volumes, viajamos e nos colorimos. A hora pressentida esmigalha-se em pó na rua. Os homens pedem carne. Fogo. Sapatos. As leis não bastam. Os lírios não nascem da lei. Meu nome é tumulto, e escreve-se na pedra.
Visito os fatos, não te encontro. Onde te ocultas, precária síntese, penhor de meu sono, luz dormindo acesa na varanda? Miúdas certezas de empréstimo, nenhum beijo sobe ao ombro para contar-me a cidade dos homens completos.
Calo-me, espero, decifro. As coisas talvez melhorem. São tão fortes as coisas! Mas eu não sou as coisas e me revolto. Tenho palavras em mim buscando canal, são roucas e duras, irritadas, enérgicas, comprimidas há tanto tempo, perderam o sentido, apenas querem explodir.
Esse filme foi uma das coisas mais lindas que já vi. Todos os meus sentidos foram tocados pelo filme. Fui tocada pela arte, pois essa obra prima de Scorsese me deixou em epifania. Além de ter sido tecnicamente bem elaborado, tem uma fotografia maravilhosa e um enredo muito gracioso.
O filme é muito gracioso e os " Capitães da areia" são recuperados de uma forma lúdica e envolvente, e apesar de não reiterar a dramaticidade do livro, mas nos faz perceber o que o texto de Jorge Amado nos leva a perceber - a vida paralela de meninos de ruas. Além do mais a fotografia fílmica e trilha sonora é incrivelmente linda. Por isso recomendo. E chega de ficar comparando texto literário com texto fílmico, são expressões artísticas diferenciadas, e cada uma possui um estilo peculiar. O mais massa da adaptação é a leitura que o roteirista faz.
Esse filme é uma resposta aos positivistas que acreditam que não é possível recuperar os alunos que estão a margem do círculo de poder. É uma bela história de arte que nos ensina um pouco mais sobre humanidade.
É um filme sutil, delicado, de um humor idílico com uma fotografia tão linda e romantizada de Nova York, que dá até vontade de está dentro do filme como um narrador onisciente. Além disso tem uma trilha sonora maravilhosa. Enfim, é um filme genial.
Nossa que filme sensacional! um filme que mostra como a sociedade cria sociopatas. Aliás as teorias psicológicas do século XX dão subsídios extraordinários para bons cineastas.
Eu estava ansiosa por assistir esse documentário, pois gosto muito do Legião Urbana, mas não achei uma grande produção, poderia ter sido bem mais bem elaborado como por exemplo, "Uma noite em 67".
O filme até tem uma proposta criativa com a identidade do personagem revelada a partir de um site de crianças desaparecidas, além disso até nos prende com o suspense criado pela ação do enredo, mas confesso que esperava que fosse mais surpreendente.
Que filme genial, lúdico e sensível! um dos meus favoritos! ele é como "O Pequeno Príncipe",um devemos ler e o outro ver pelo menos uma vez ao ano para que se possa lembrar das coisas verdadeiras da vida!
Esse filme foi uma das coisas mais linda que já vi em minha vida! Em especial pela beleza fotográfica do filme, por Paris e por esse diálogo maravilhoso com a literatura e a arte, e ainda por essa transcendência temporal - o passado e suas maravilhosas virtudes! Ôh! que bela Paris dos anos vinte.
Esse é um dos melhores que já vi! Catártico! Para os amantes da literatura e do cinema é um tecido sinestésico de revelação. Por isso mereceu sete Oscar.
De Volta Para o Futuro
4.4 1,8K Assista AgoraQuando Albert Einstein nos diz que "Imagination is more important than knowledge", ele quer dizer que podemos fazer o que quiser quando acreditamos no poder da nossa mente e na criatividade como caminho de descoberta do próprio conhecimento. Por isso nos deleitamos tanto com as obras literárias de Julio Verne e com o tão fabuloso "De volta para o futuro", de Robert Zemeckis. Que maravilha de filme, que nos fez caminhar pelas trilhas mágicas da ficção científica... O que o Dr. Brown e M. McFly nos dá é imaginação. Por isso, quando penso em infância, em latência criativa, penso em "De volta para o futuro", que recentemente completou 30 anos de estreia (03/07/1985).
O Homem Que Matou o Facínora
4.3 167Meu filme dessa semana é " O Homem Que Matou o Facínora", um western dos anos de 1962, fascinante não só pela qualidade dos enquadramentos, pela beleza diegética, e pela atuação tão convincente de James Stewart ( astro ainda dos clássicos Janela Indiscreta e A felicidade não se compra ) e John Wayne, mas também porque nos mostra de maneira quase romântica o caminho da honra, da amizade e da boa vontade.
Ninfomaníaca: Volume 1
3.7 2,7K Assista AgoraO filme mais dialógico que eu já vi (inclusive no sentido polifônico), embora aparentemente pareça inteiramente psicanalítico. Lars Von Trier e sua capacidade extraordinária de refletir sobre a culpa e sobre o caos humano, e sua capacidade extraordinária de romper paradigmas estéticos e ficcionais. A obra de Von Trier entra no grupo daquelas que nós críticos e ensaistas entusiasamos analisar. O filme é diegeticamente instigante, senti vertigem (misto de empatia com horror), elemento que me levou a catarse.
Apocalypse Now
4.3 1,2K Assista AgoraApocalypse Now, um filme extraordinariamente perfeito. O fluxo de consciência, a analepse e a metáfora, nessa obra prima do cinema nos mostra a guerra do Vietnã de um jeito hercúleo e muito criativo e original. Foi maravilhosamente sensível, embora paradoxalmente vulcânico. Coppola e os seus textos inesquecíveis. Lembrei agora de um poema de Drummond:
Nosso tempo
I
Este é um tempo de partido,
tempo de homens partidos.
Em vão percorremos volumes,
viajamos e nos colorimos.
A hora pressentida esmigalha-se em pó na rua.
Os homens pedem carne. Fogo. Sapatos.
As leis não bastam. Os lírios não nascem
da lei. Meu nome é tumulto, e escreve-se
na pedra.
Visito os fatos, não te encontro.
Onde te ocultas, precária síntese,
penhor de meu sono, luz
dormindo acesa na varanda?
Miúdas certezas de empréstimo, nenhum beijo
sobe ao ombro para contar-me
a cidade dos homens completos.
Calo-me, espero, decifro.
As coisas talvez melhorem.
São tão fortes as coisas!
Mas eu não sou as coisas e me revolto.
Tenho palavras em mim buscando canal,
são roucas e duras,
irritadas, enérgicas,
comprimidas há tanto tempo,
perderam o sentido, apenas querem explodir.
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Apocalypse Now
4.3 1,2K Assista AgoraApocalypse Now, um filme extraordinariamente perfeito. O fluxo de consciência, a analepse e a metáfora, nessa obra prima do cinema nos mostra a guerra do Vietnã de um jeito hercúleo e muito criativo e original. Foi maravilhosamente sensível, embora paradoxalmente vulcânico. Coppola e os seus textos inesquecíveis. Lembrei agora de um poema de Drummond:
Nosso tempo
I
Este é um tempo de partido,
tempo de homens partidos.
Em vão percorremos volumes,
viajamos e nos colorimos.
A hora pressentida esmigalha-se em pó na rua.
Os homens pedem carne. Fogo. Sapatos.
As leis não bastam. Os lírios não nascem
da lei. Meu nome é tumulto, e escreve-se
na pedra.
Visito os fatos, não te encontro.
Onde te ocultas, precária síntese,
penhor de meu sono, luz
dormindo acesa na varanda?
Miúdas certezas de empréstimo, nenhum beijo
sobe ao ombro para contar-me
a cidade dos homens completos.
Calo-me, espero, decifro.
As coisas talvez melhorem.
São tão fortes as coisas!
Mas eu não sou as coisas e me revolto.
Tenho palavras em mim buscando canal,
são roucas e duras,
irritadas, enérgicas,
comprimidas há tanto tempo,
perderam o sentido, apenas querem explodir.
A Invenção de Hugo Cabret
4.0 3,6K Assista AgoraEsse filme foi uma das coisas mais lindas que já vi. Todos os meus sentidos foram tocados pelo filme. Fui tocada pela arte, pois essa obra prima de Scorsese me deixou em epifania. Além de ter sido tecnicamente bem elaborado, tem uma fotografia maravilhosa e um enredo muito gracioso.
11-11-11
1.6 1,1KInfelizmente o filme deixou muito a desejar. Esperei um enredo criativo, mas o filme é chato e bobo.
Capitães da Areia
3.3 669 Assista AgoraO filme é muito gracioso e os " Capitães da areia" são recuperados de uma forma lúdica e envolvente, e apesar de não reiterar a dramaticidade do livro, mas nos faz perceber o que o texto de Jorge Amado nos leva a perceber - a vida paralela de meninos de ruas. Além do mais a fotografia fílmica e trilha sonora é incrivelmente linda. Por isso recomendo. E chega de ficar comparando texto literário com texto fílmico, são expressões artísticas diferenciadas, e cada uma possui um estilo peculiar. O mais massa da adaptação é a leitura que o roteirista faz.
O Preço do Desafio
3.7 41 Assista AgoraEsse filme é uma resposta aos positivistas que acreditam que não é possível recuperar os alunos que estão a margem do círculo de poder. É uma bela história de arte que nos ensina um pouco mais sobre humanidade.
Manhattan
4.1 595 Assista AgoraÉ um filme sutil, delicado, de um humor idílico com uma fotografia tão linda e romantizada de Nova York, que dá até vontade de está dentro do filme como um narrador onisciente. Além disso tem uma trilha sonora maravilhosa. Enfim, é um filme genial.
Hannibal: A Origem do Mal
3.6 753Nossa que filme sensacional! um filme que mostra como a sociedade cria sociopatas. Aliás as teorias psicológicas do século XX dão subsídios extraordinários para bons cineastas.
Rock Brasília – Era de Ouro
4.0 194Eu estava ansiosa por assistir esse documentário, pois gosto muito do Legião Urbana, mas não achei uma grande produção, poderia ter sido bem mais bem elaborado como por exemplo, "Uma noite em 67".
Cinema Paradiso
4.5 1,4K Assista AgoraO filme metalinguístico mais emocionante e belo que já vi, de uma sensibilidade lírica extraordinária. Inesquecível!
Sem Saída
2.7 1,4K Assista AgoraO filme até tem uma proposta criativa com a identidade do personagem revelada a partir de um site de crianças desaparecidas, além disso até nos prende com o suspense criado pela ação do enredo, mas confesso que esperava que fosse mais surpreendente.
O Grande Ditador
4.6 804 Assista AgoraUma verdadeira obra prima do cinema e o desfecho, à maneira de Chaplin catártico e epifânico!
O Pianista
4.4 1,8K Assista AgoraEsse filme tem um roteiro genial! Para mim é o mais belo dos que refletem sobre o drama pessoal de pessoas invadidas pelo nazismo.
Casanova
3.5 286 Assista AgoraEsse filme é fofonildo!
Forrest Gump: O Contador de Histórias
4.5 3,8K Assista AgoraQue filme genial, lúdico e sensível! um dos meus favoritos! ele é como "O Pequeno Príncipe",um devemos ler e o outro ver pelo menos uma vez ao ano para que se possa lembrar das coisas verdadeiras da vida!
Luzes da Cidade
4.6 625 Assista AgoraO filme mais belo de Chaplin e o mais epifânico que vi em minha vida! Extraordinariamente encantador!
Meia-Noite em Paris
4.0 3,8K Assista AgoraEsse filme foi uma das coisas mais linda que já vi em minha vida! Em especial pela beleza fotográfica do filme, por Paris e por esse diálogo maravilhoso com a literatura e a arte, e ainda por essa transcendência temporal - o passado e suas maravilhosas virtudes! Ôh! que bela Paris dos anos vinte.
Meu Primeiro Amor
3.9 1,8K Assista AgoraLindo! Tão inocente e tão verdadeiro!
Memórias Póstumas
3.5 309 Assista AgoraTão encantador quanto o livro de Machado! Cinema e literatura se comunicando e construindo uma apoteose artística.
O Segredo de Brokeback Mountain
3.9 2,2K Assista AgoraEsse filme é muito bom, e nele pude vê uma das melhores interpretações de Heath Ledger.
Shakespeare Apaixonado
3.5 650 Assista AgoraEsse é um dos melhores que já vi! Catártico! Para os amantes da literatura e do cinema é um tecido sinestésico de revelação. Por isso mereceu sete Oscar.