. .O longa tem grandes acertos e surpreende.Quem chega ao cinema sem ter tido grande contato com o filme tem uma experiência muito bacana. O roteiro desenvolve muito bem os elementos que motivam a vingança do príncipe. Personagens bem desenvolvidas, a atuação e o brilho de Morgan Freeman tem grande peso no desfecho da trama. A personagem de Rodrigo Santoro ,de alguma maneira, entrecorta a narrativa do filme, conferindo nuances diferentes a linearidade de um épico. . . .Me surpreendeu bastante a abordagem do diretor que diante de um roteiro "clássico" escolheu não retratar um fato dramático. Mas evidenciar a potência de um sentimento genuinamente humano.
Todo conceito necessita na sua transição para a linguagem cinematográfica de um anteparo estético. As metáforas existentes nos cenários psicológicos desta trama carecem de forma. A aposta em um cenário árido como pano de fundo para a vida daquela família, não foi suficiente. É necessário um tom que seja capaz de segurar a profundidade e o transbordamento dos conceitos. Se quem não reage rasteja, ou se não é a reta que nos conecta a vida, são as curvas os nossos encontros. Tais cenas precisariam de maior pretensão na construção dos atos. Elas passam enfraquecidas e perdem potência. Todo conceito precisa de uma performance capaz de conformar e conferir o seu valor. Senti falta do senso estético cru, carregado dos rompimentos e dos desencontros da obra deste diretor.
Há uma tentativa no filme de tratar a sensibilidade estética como forma de sensibilidade ética. . .As personagens contam com atuações fracas a exceção de Bruna Linzmeyer que tem grande destaque na trama. O uso constante de drogas que poderíamos assumir como algo no registro do estético, neste longa toma um viés ético, que busca estampar o cinismo de uma burguesia carioca que não consegue produzir sentido para suas próprias vidas e então tenta fazê-lo no exercício de ocupar o seu extremo oposto. O elenco fraco empobrece o roteiro que não parece suficiente para sua pretensão, ao tratar, de certa forma, do vazio de uma burguesia que abandonou o classicismo e o sentido de suficiência que havia nele... esperei bem mais de um filme do Neville de Almeida
É possível lavar a alma neste filme. A "crítica" que este longa faz a abordagem dos filmes comerciais e do cinema "pipoca" é simplesmente incrível. De certa forma me senti afim com as ideias do roteirista. Essa abordagem metalinguística consegue estampar com evidência as insuficiências do "discurso pop", a ausência total de sentido, o desrespeito a ficção, a inexistência de verossimilhança e afins... Um roteiro e tanto...
. .Há um saber sobre si mesmo que não se limita ao corpo. Esse transbordamento da forma, esse não caber em si-mesmo é do que trata essa bela obra. A paixão que rompe com os padrões culturais poderia se resumir apenas a um impasse tão comum. Nesta obra o encontro ocorre como um acometimento, algo que ocorre sem que possa ser evitado. O clima de sedução em um atmosfera sóbria e extremamente elegante provoca o verdadeiro deslumbramento. Carol é Herdeira de um classicismo que combina muito com a estética do amor duplamente feminino, permeado por olhares enigmáticos, toques suaves e falas cálidas. Esse amor que pertence as mulheres sempre conserva em potência algo de indireto que anseia por vir à tona. Belíssima experiência cinematográfica.
...A reviravolta se inicia quando Jill sente que há algo errado no ocorrido, ela passa então a ser o elemento de desconstrução. Ao tomar a decisão de resolver suas questões e anseios Abe usa a racionalidade como um afeto, e destitui assim da mesma o seu pretenso caráter fundamental. Nas cenas que se seguem, enquanto Jill toma a intuição como elemento central da racionalidade, Abe o faz assumindo o instinto como equivalente numa perspectiva puramente narcísica. . . .Extremamente instigante ser acometido pela questão deste filme de Woody Allen. Será o instinto a forma fundamental da racionalidade. Seria assim a racionalidade um afeto ligado a um funcionamento narcisista. Seríamos capazes de pensar para além de nossa perspectiva, ou qualquer dedução lógica encerraria sempre a consideração de si mesmo.
. .Woody Allen consegue neste filme colocar o tão estabelecido conceito de racionalidade em questão. Não se trata apenas de relativizar a mesma, mas de questionar o seu lugar. O roteiro constrói uma trama que irá operar em duas vias, pontuadas pela oposição entre Abe e Jill. Esta oposição será gradativa e dada por inversão, o professor de filosofia tem um perfil melancólico e abatido, já sua aluna é dotada de um ar jovem e brilhante. Neste dueto em que cada qual parece completar no outro o que lhe falta, é notável que Abe permanece inerte as ações de Jill. Algo funciona como se estar na presença de sua bela aluna não fosse suficiente para trazer-lhe a tona. Eis então o ponto alto do filme, de fato um grande acerto do diretor; em um café atento a conversa das pessoas da mesa ao lado Abe é acometido por um senso de direção, algo se passa em sua percepção, ocorre um vislumbre, ele encontra então o fato capaz de ressignificar sua vida. . . .Tal fato estabelece um grande rompimento com o sentido ético que é por vezes discutido no filme. O professor busca justificar seu ato colocando nele um viés de justiça que não se sustenta. A cada cena que se segue notamos o real sentido de sua ação, Abe desempenha um papel narcísico, sua ação misteriosa não busca ajudar a um outro, mas recuperar um sentido para si mesmo. A reviravolta se inicia quando Jill sente que há algo errado no ocorrido, ela passa então a ser o elemento de desconstrução. Ao tomar a decisão de resolver suas questões e anseios Abe usa a racionalidade como um afeto, e destitui assim da mesma o seu pretenso caráter fundamental. Nas cenas que se seguem, enquanto Jill toma a intuição como elemento central da racionalidade, Abe o faz assumindo o instinto como equivalente numa perspectiva puramente narcísica. . . .Extremamente instigante ser acometido pela questão deste filme de Woody Allen. Será o instinto a forma fundamental da racionalidade. Seria assim a racionalidade um afeto ligado a um funcionamento narcisista. Seríamos capazes de pensar para além de nossa perspectiva, ou qualquer dedução lógica encerraria sempre a consideração de si mesmo.
Grande Surpresa! . Me senti realmente tocado pela película. A primeira cena marca o tom que envolverá a trama. A atuação de Mia é de um pretensiosismo inigualável, o que pode ser dito igualmente da direção de arte, figurino e fotografia. A estética minimalista aliada as grandes atuações do elenco elevam bastante a qualidade desta obra ... Para quem leu ou não a obra de Flaubert este filme é um acerto... . RECOMENDADÍSSIMO...
Um Remake que vale a pena ser visto. Tarefa muito difícil regravar um clássico como MAD MAX... Fiquei bastante surpreso pois não esperava ver tanta qualidade na direção e na montagem. As personagens foram muito bem construídas, o clima distópico e o cenário apocalíptico foram grandes acertos... Recomendados mesmo para os céticos com os Remakes...
Um pretenso filme alternativo, devo mencionar ALTERNATIVO em caixa alta já que não há nada nesta obra que seja comum ao cinema convencional. As tomadas longas e enquadramentos fixos marcam a dinâmica do filme em esquetes compassadas, silenciosas e lentas. Os tons esmaecidos das personagens auxiliam a criar o cenário psicológico excêntrico que buscará mostrar em eventos do cotidiano as dimensões subjetivas da existência. Há momentos memoráveis no filme como a cena em que se oferece a comida de um recém morto, a cena em que um grupo de dança figura o lugar do corpo na existência. Excelente filme para quem curte cinema alternativo de fato Recomendadíssimo!!!
. .Difícil acreditar que esta é uma produção de Stephen Daldry. . O Filme possui um roteiro fraquíssimo. A ideia de 3 meninos resolvendo um enigma cifrado em uma mistura de escritos da bíblia e jogo do Bicho foi um desastre. . Dois pontos foram extremamente incômodos no filme, a instantaneidade com que o policial "vilão" Frederico (Selton Melo) atingia as informações, simplesmente abordava e encontrava justamente os envolvidos e os locais chave. O Outro foram as atuações em ritmo de aventura e perseguições que foram mal-concebidas e muito mal montadas. . .Estes fatos tornaram o filme cansativo, a cada cena me peguei pensando, estas cenas não são críveis, a exemplo da menina Pia que estava no cemitério esperando o pai e encontra Raphael, ou a cena em que policiais para conseguir informações no lugar da tortura tradicional fazem manobras violentas com o carro. Sem contar na avalanche de caracterizações clichês para as personagens do filme. . .Talvez o ponto alto desta produção seja a tentativa de ensaiar uma crítica a corrupção que existe no brasil tentando mostrar parte de sua estrutura e seus envolvidos. . .Como imaginar que o diretor de obras de arte como As horas e Billy Elliot produziria um trabalho tão ingênuo, sou grande admirador do cinema nacional e imaginei que a união deste diretor com um elenco tão forte resultaria em uma grande experiência cinematográfica. me impressionou bastante a atuação morna de Selton Melo que como o restante do filme não convenceu. . LAMENTÁVEL!!!
Stephen Hawking sempre me causou um certo estranhamento. Me parecia que sua produção científica fosse algum produto de um ressentimento para com a vida. Ao assistir sua biografia tive sensações bem diferentes. É preciso dizer que a construção da personagem de Hawking foi um grande acerto, é possível notar um extremo cuidado na caracterização e na atuação de Eddie Redmayne que faz um trabalho primoroso. O que me pareceu questionável e assim considero o ponto fraco do filme é não abordar os efeitos psicológicos da doença de hawking, tudo se passa como se Stephen nunca tivesse se abatido ou se transtornado com o que lhe ocorreu, como se vivenciar a experiência de estar com essa doença terrível o tivesse abatido exclusivamente fisicamente. O drama de sua doença é explorado apenas pela dificuldade de locomoção e produção de seu trabalho científico. Não há cena em que ele expresse revolta, ou repense a validade de estar vivo em suas condições. Tal abordagem me pareceu covarde e pouco crível...
FILMAÇO! Benedict Cumberbatch em atuação brilhante... Me interessei de cara pelo roteiro, a trama conta com um argumento forte. No filme há dois pontos centrais; As personagens de mentes e desempenhos geniais e as tecnologias de guerra atreladas a estes. Somados a isso há um plano de fundo que busca trazer a história de vida de Alan Turing seus conflitos e paixões, o que acaba por dar grande densidade ao filme. Há um certo flerte com os roteiros de espionagem e grande cuidado com a narrativa histórica. 2015 começou cinematograficamente falando... ASSISTAM!!!
Assistir a Bradbury em um filme do Trauffaut é uma experiência que vale a vida... Eu vivi para ler este livro incrível e assistir a esta obra de arte... ...
Me parece que o trailer do filme sugere um tom bem diferente do que vemos na película de fato, ainda assim, esta produção tem grandes acertos. A atuação de Oscar Isaac é o ponto alto da trama, seu personagem consegue fisgar o espectador que deseja saber qual é a real relação que há entre ele e o casal blasée Chester e Collete. Ele foi envolvido na questão ou se envolveu por alguma razão? imbuídos deste espíritos assistimos a belas cenas em cenários e paisagens estonteantes até o fim surpreendente. Eu realmente não esperava por aquele desfecho.
Assisti exclusivamente por se tratar de a continuação de a invocação do mal... O filme é extremamente cansativo, não desenvolve bem o argumento, tem atuações fraquíssimas e um roteiro pobre... Uma péssima experiência...
Filmaço! . Fácil se tornar fã de Gilroy com este filme. Por ordem de méritos, é preciso dizer que a construção da personagem Lou Bloom por Jake Gyllenhaal foi algo impressionante. Lou reúne características marcantes, um modo de ser aficionado, uma fissura pela conquista. Para Bloom o sucesso consiste em usar as pessoas como meios para suas conquistas, suas idiossincrasias deram ao personagem traços marcantes. A maneira de se expressar por frases e máximas de manuais de autoajuda, a ironia envolta em uma estética sombria foram grandes acertos do roteiro. Há um traço marcante na relação entre as personagens Lou e Nina. A maneira como Lou demonstra interesse pelo trabalho de Nina e depois pela própria jornalista revela o lugar do desejo na psique de Lou. Este não traz vinculado ao desejo a sensibilidade que lhe é intrínseca. Para Bloom ocorre que um homem de poder em sua posição almejada e conquistada deve possuir determinadas relações, o que faz com que este estabeleça um jogo de coação para fazer com que Nina deixe de ser apenas um contato profissional. Excelente atuação de Rene Russo. Por último é preciso mencionar a direção de Dan nas cenas de ação que não ficam devendo a nenhum thriller de sucesso, ponto alto para a escolha do carro que de cor vermelha naquela atmosfera sombria, veio muito a calhar. ASSISTAM!!!
Assisti a este filme no escuro. Sem ter nenhuma referência, me interessei basicamente pelo mistério que justificaria a prisão no labirinto e o que haveria fora do mesmo, o contexto histórico, as razões para a criação do labirinto qual o tempo e as questões no entorno deste tema. O roteiro se mostrou muito fraco, as cenas que dariam suporte aos argumentos da ficção não sustentam uma construção verossimilhante. O momento da saída do labirinto e portanto das revelações e das significações foi extremamente pífio... Para não dizer ridículo, mas recentemente lendo os comentários aqui no filmow vi que esse filme se baseia em uma série de livros adolescentes, o que me foi de grande valia, pois nestes casos não há preocupação nenhuma com um enredo coerente e empolgante, a aposta principal destas séries como "jogos Vorazes" é a infantilização do público em cenas plásticas e dispensáveis.
Esse foi um dos filme imperdíveis do festival do rio de 2014. . O cinema argentino sempre me surpreende. O ponto alto desta produção é a economia do filme, o roteiro é abordado em sua essência. A direção é centrada no argumento, assim a estrutura da cenas importa tão quanto a atuação do elenco para a criação de um clima de suspense em uma trama angustiante e até certo ponto surpreendente. Assistam!
Ben-Hur
3.2 447 Assista Agora. .O longa tem grandes acertos e surpreende.Quem chega ao cinema sem ter tido grande contato com o filme tem uma experiência muito bacana. O roteiro desenvolve muito bem os elementos que motivam a vingança do príncipe. Personagens bem desenvolvidas, a atuação e o brilho de Morgan Freeman tem grande peso no desfecho da trama. A personagem de Rodrigo Santoro ,de alguma maneira, entrecorta a narrativa do filme, conferindo nuances diferentes a linearidade de um épico. .
. .Me surpreendeu bastante a abordagem do diretor que diante de um roteiro "clássico" escolheu não retratar um fato dramático. Mas evidenciar a potência de um sentimento genuinamente humano.
Café Society
3.3 531 Assista AgoraHá sempre uma experiência do sagrado em cada ano... Os filmes do Woody Allen fazem a vida valer a pena...
O Lagosta
3.8 1,5K Assista AgoraReverberando o filme...
Big Jato
3.4 76Todo conceito necessita na sua transição para a linguagem cinematográfica de um anteparo estético. As metáforas existentes nos cenários psicológicos desta trama carecem de forma. A aposta em um cenário árido como pano de fundo para a vida daquela família, não foi suficiente. É necessário um tom que seja capaz de segurar a profundidade e o transbordamento dos conceitos. Se quem não reage rasteja, ou se não é a reta que nos conecta a vida, são as curvas os nossos encontros. Tais cenas precisariam de maior pretensão na construção dos atos. Elas passam enfraquecidas e perdem potência. Todo conceito precisa de uma performance capaz de conformar e conferir o seu valor. Senti falta do senso estético cru, carregado dos rompimentos e dos desencontros da obra deste diretor.
11 de Setembro: O Resgate
2.6 8 Assista AgoraSaudades de Whoopi Goldberg em atuações dramáticas
Promete!
A Frente Fria que a Chuva Traz
2.5 152 Assista AgoraHá uma tentativa no filme de tratar a sensibilidade estética como forma de sensibilidade ética. .
.As personagens contam com atuações fracas a exceção de Bruna Linzmeyer que tem grande destaque na trama. O uso constante de drogas que poderíamos assumir como algo no registro do estético, neste longa toma um viés ético, que busca estampar o cinismo de uma burguesia carioca que não consegue produzir sentido para suas próprias vidas e então tenta fazê-lo no exercício de ocupar o seu extremo oposto. O elenco fraco empobrece o roteiro que não parece suficiente para sua pretensão, ao tratar, de certa forma, do vazio de uma burguesia que abandonou o classicismo e o sentido de suficiência que havia nele...
esperei bem mais de um filme do Neville de Almeida
Zoom
3.3 127É possível lavar a alma neste filme. A "crítica" que este longa faz a abordagem dos filmes comerciais e do cinema "pipoca" é simplesmente incrível. De certa forma me senti afim com as ideias do roteirista. Essa abordagem metalinguística consegue estampar com evidência as insuficiências do "discurso pop", a ausência total de sentido, o desrespeito a ficção, a inexistência de verossimilhança e afins...
Um roteiro e tanto...
Carol
3.9 1,5K Assista Agora. .Há um saber sobre si mesmo que não se limita ao corpo. Esse transbordamento da forma, esse não caber em si-mesmo é do que trata essa bela obra. A paixão que rompe com os padrões culturais poderia se resumir apenas a um impasse tão comum. Nesta obra o encontro ocorre como um acometimento, algo que ocorre sem que possa ser evitado. O clima de sedução em um atmosfera sóbria e extremamente elegante provoca o verdadeiro deslumbramento. Carol é Herdeira de um classicismo que combina muito com a estética do amor duplamente feminino, permeado por olhares enigmáticos, toques suaves e falas cálidas. Esse amor que pertence as mulheres sempre conserva em potência algo de indireto que anseia por vir à tona.
Belíssima experiência cinematográfica.
O Homem Irracional
3.5 555 Assista Agora...A reviravolta se inicia quando Jill sente que há algo errado no ocorrido, ela passa então a ser o elemento de desconstrução. Ao tomar a decisão de resolver suas questões e anseios Abe usa a racionalidade como um afeto, e destitui assim da mesma o seu pretenso caráter fundamental. Nas cenas que se seguem, enquanto Jill toma a intuição como elemento central da racionalidade, Abe o faz assumindo o instinto como equivalente numa perspectiva puramente narcísica. .
. .Extremamente instigante ser acometido pela questão deste filme de Woody Allen. Será o instinto a forma fundamental da racionalidade. Seria assim a racionalidade um afeto ligado a um funcionamento narcisista. Seríamos capazes de pensar para além de nossa perspectiva, ou qualquer dedução lógica encerraria sempre a consideração de si mesmo.
O Homem Irracional
3.5 555 Assista Agora. .Woody Allen consegue neste filme colocar o tão estabelecido conceito de racionalidade em questão. Não se trata apenas de relativizar a mesma, mas de questionar o seu lugar. O roteiro constrói uma trama que irá operar em duas vias, pontuadas pela oposição entre Abe e Jill. Esta oposição será gradativa e dada por inversão, o professor de filosofia tem um perfil melancólico e abatido, já sua aluna é dotada de um ar jovem e brilhante. Neste dueto em que cada qual parece completar no outro o que lhe falta, é notável que Abe permanece inerte as ações de Jill. Algo funciona como se estar na presença de sua bela aluna não fosse suficiente para trazer-lhe a tona. Eis então o ponto alto do filme, de fato um grande acerto do diretor; em um café atento a conversa das pessoas da mesa ao lado Abe é acometido por um senso de direção, algo se passa em sua percepção, ocorre um vislumbre, ele encontra então o fato capaz de ressignificar sua vida. .
. .Tal fato estabelece um grande rompimento com o sentido ético que é por vezes discutido no filme. O professor busca justificar seu ato colocando nele um viés de justiça que não se sustenta. A cada cena que se segue notamos o real sentido de sua ação, Abe desempenha um papel narcísico, sua ação misteriosa não busca ajudar a um outro, mas recuperar um sentido para si mesmo. A reviravolta se inicia quando Jill sente que há algo errado no ocorrido, ela passa então a ser o elemento de desconstrução. Ao tomar a decisão de resolver suas questões e anseios Abe usa a racionalidade como um afeto, e destitui assim da mesma o seu pretenso caráter fundamental. Nas cenas que se seguem, enquanto Jill toma a intuição como elemento central da racionalidade, Abe o faz assumindo o instinto como equivalente numa perspectiva puramente narcísica. .
. .Extremamente instigante ser acometido pela questão deste filme de Woody Allen. Será o instinto a forma fundamental da racionalidade. Seria assim a racionalidade um afeto ligado a um funcionamento narcisista. Seríamos capazes de pensar para além de nossa perspectiva, ou qualquer dedução lógica encerraria sempre a consideração de si mesmo.
Madame Bovary
3.0 226 Assista AgoraGrande Surpresa! .
Me senti realmente tocado pela película. A primeira cena marca o tom que envolverá a trama. A atuação de Mia é de um pretensiosismo inigualável, o que pode ser dito igualmente da direção de arte, figurino e fotografia. A estética minimalista aliada as grandes atuações do elenco elevam bastante a qualidade desta obra ...
Para quem leu ou não a obra de Flaubert este filme é um acerto... .
RECOMENDADÍSSIMO...
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraUm Remake que vale a pena ser visto. Tarefa muito difícil regravar um clássico como MAD MAX... Fiquei bastante surpreso pois não esperava ver tanta qualidade na direção e na montagem. As personagens foram muito bem construídas, o clima distópico e o cenário apocalíptico foram grandes acertos...
Recomendados mesmo para os céticos com os Remakes...
Um Pombo Pousou Num Galho Refletindo Sobre a Existência
3.6 267 Assista AgoraUm pretenso filme alternativo, devo mencionar ALTERNATIVO em caixa alta já que não há nada nesta obra que seja comum ao cinema convencional. As tomadas longas e enquadramentos fixos marcam a dinâmica do filme em esquetes compassadas, silenciosas e lentas. Os tons esmaecidos das personagens auxiliam a criar o cenário psicológico excêntrico que buscará mostrar em eventos do cotidiano as dimensões subjetivas da existência. Há momentos memoráveis no filme como a cena em que se oferece a comida de um recém morto, a cena em que um grupo de dança figura o lugar do corpo na existência. Excelente filme para quem curte cinema alternativo de fato
Recomendadíssimo!!!
Trash: A Esperança Vem do Lixo
3.7 556 Assista Agora. .Difícil acreditar que esta é uma produção de Stephen Daldry. .
O Filme possui um roteiro fraquíssimo. A ideia de 3 meninos resolvendo um enigma cifrado em uma mistura de escritos da bíblia e jogo do Bicho foi um desastre. .
Dois pontos foram extremamente incômodos no filme, a instantaneidade com que o policial "vilão" Frederico (Selton Melo) atingia as informações, simplesmente abordava e encontrava justamente os envolvidos e os locais chave. O Outro foram as atuações em ritmo de aventura e perseguições que foram mal-concebidas e muito mal montadas.
. .Estes fatos tornaram o filme cansativo, a cada cena me peguei pensando, estas cenas não são críveis, a exemplo da menina Pia que estava no cemitério esperando o pai e encontra Raphael, ou a cena em que policiais para conseguir informações no lugar da tortura tradicional fazem manobras violentas com o carro. Sem contar na avalanche de caracterizações clichês para as personagens do filme.
. .Talvez o ponto alto desta produção seja a tentativa de ensaiar uma crítica a corrupção que existe no brasil tentando mostrar parte de sua estrutura e seus envolvidos.
. .Como imaginar que o diretor de obras de arte como As horas e Billy Elliot produziria um trabalho tão ingênuo, sou grande admirador do cinema nacional e imaginei que a união deste diretor com um elenco tão forte resultaria em uma grande experiência cinematográfica. me impressionou bastante a atuação morna de Selton Melo que como o restante do filme não convenceu. .
LAMENTÁVEL!!!
A Teoria de Tudo
4.1 3,4K Assista AgoraStephen Hawking sempre me causou um certo estranhamento. Me parecia que sua produção científica fosse algum produto de um ressentimento para com a vida. Ao assistir sua biografia tive sensações bem diferentes. É preciso dizer que a construção da personagem de Hawking foi um grande acerto, é possível notar um extremo cuidado na caracterização e na atuação de Eddie Redmayne que faz um trabalho primoroso. O que me pareceu questionável e assim considero o ponto fraco do filme é não abordar os efeitos psicológicos da doença de hawking, tudo se passa como se Stephen nunca tivesse se abatido ou se transtornado com o que lhe ocorreu, como se vivenciar a experiência de estar com essa doença terrível o tivesse abatido exclusivamente fisicamente. O drama de sua doença é explorado apenas pela dificuldade de locomoção e produção de seu trabalho científico. Não há cena em que ele expresse revolta, ou repense a validade de estar vivo em suas condições. Tal abordagem me pareceu covarde e pouco crível...
O Jogo da Imitação
4.3 3,0K Assista AgoraFILMAÇO!
Benedict Cumberbatch em atuação brilhante... Me interessei de cara pelo roteiro, a trama conta com um argumento forte. No filme há dois pontos centrais; As personagens de mentes e desempenhos geniais e as tecnologias de guerra atreladas a estes. Somados a isso há um plano de fundo que busca trazer a história de vida de Alan Turing seus conflitos e paixões, o que acaba por dar grande densidade ao filme. Há um certo flerte com os roteiros de espionagem e grande cuidado com a narrativa histórica. 2015 começou cinematograficamente falando...
ASSISTAM!!!
Fahrenheit 451
4.2 419Assistir a Bradbury em um filme do Trauffaut é uma experiência que vale a vida...
Eu vivi para ler este livro incrível e assistir a esta obra de arte...
...
Capitão América: O Primeiro Vingador
3.5 3,1K Assista AgoraDeve ter sido minha pior experiência dentro de um cinema...
Péssimo!!!
As Duas Faces de Janeiro
2.9 108 Assista AgoraUma Feliz surpresa!
Me parece que o trailer do filme sugere um tom bem diferente do que vemos na película de fato, ainda assim, esta produção tem grandes acertos. A atuação de Oscar Isaac é o ponto alto da trama, seu personagem consegue fisgar o espectador que deseja saber qual é a real relação que há entre ele e o casal blasée Chester e Collete. Ele foi envolvido na questão ou se envolveu por alguma razão? imbuídos deste espíritos assistimos a belas cenas em cenários e paisagens estonteantes até o fim surpreendente. Eu realmente não esperava por aquele desfecho.
Annabelle
2.7 2,7K Assista AgoraAssisti exclusivamente por se tratar de a continuação de a invocação do mal...
O filme é extremamente cansativo, não desenvolve bem o argumento, tem atuações fraquíssimas e um roteiro pobre...
Uma péssima experiência...
O Abutre
4.0 2,5K Assista AgoraFilmaço! .
Fácil se tornar fã de Gilroy com este filme. Por ordem de méritos, é preciso dizer que a construção da personagem Lou Bloom por Jake Gyllenhaal foi algo impressionante. Lou reúne características marcantes, um modo de ser aficionado, uma fissura pela conquista. Para Bloom o sucesso consiste em usar as pessoas como meios para suas conquistas, suas idiossincrasias deram ao personagem traços marcantes. A maneira de se expressar por frases e máximas de manuais de autoajuda, a ironia envolta em uma estética sombria foram grandes acertos do roteiro. Há um traço marcante na relação entre as personagens Lou e Nina. A maneira como Lou demonstra interesse pelo trabalho de Nina e depois pela própria jornalista revela o lugar do desejo na psique de Lou. Este não traz vinculado ao desejo a sensibilidade que lhe é intrínseca. Para Bloom ocorre que um homem de poder em sua posição almejada e conquistada deve possuir determinadas relações, o que faz com que este estabeleça um jogo de coação para fazer com que Nina deixe de ser apenas um contato profissional. Excelente atuação de Rene Russo.
Por último é preciso mencionar a direção de Dan nas cenas de ação que não ficam devendo a nenhum thriller de sucesso, ponto alto para a escolha do carro que de cor vermelha naquela atmosfera sombria, veio muito a calhar.
ASSISTAM!!!
Até que a vida nos separe
2.7 4Alguém sabe onde baixar???... O Assisti a décadas e não o encontro em lugar algum...
Maze Runner: Correr ou Morrer
3.6 2,1K Assista AgoraAssisti a este filme no escuro. Sem ter nenhuma referência, me interessei basicamente pelo mistério que justificaria a prisão no labirinto e o que haveria fora do mesmo, o contexto histórico, as razões para a criação do labirinto qual o tempo e as questões no entorno deste tema. O roteiro se mostrou muito fraco, as cenas que dariam suporte aos argumentos da ficção não sustentam uma construção verossimilhante. O momento da saída do labirinto e portanto das revelações e das significações foi extremamente pífio... Para não dizer ridículo, mas recentemente lendo os comentários aqui no filmow vi que esse filme se baseia em uma série de livros adolescentes, o que me foi de grande valia, pois nestes casos não há preocupação nenhuma com um enredo coerente e empolgante, a aposta principal destas séries como "jogos Vorazes" é a infantilização do público em cenas plásticas e dispensáveis.
Sétimo
3.0 187Esse foi um dos filme imperdíveis do festival do rio de 2014. .
O cinema argentino sempre me surpreende. O ponto alto desta produção é a economia do filme, o roteiro é abordado em sua essência. A direção é centrada no argumento, assim a estrutura da cenas importa tão quanto a atuação do elenco para a criação de um clima de suspense em uma trama angustiante e até certo ponto surpreendente.
Assistam!