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Últimas opiniões enviadas

  • Andrei Bueno Carvalho

    Além de serem filmados da mesma maneira, os percursos são vistos repetidamente durante o filme, obedecendo a rotina estruturada do protagonista. Todo dia o menino transita entre a escola, sua casa, as margens do Mar Cáspio, um armazém e um bar. Encontra-se certamente com o professor, a mãe e o pai nestes espaços. Seria então um filme que trabalha com a ideia de imutabilidade da vida em uma pequena aldeia no norte do Irã, certo? Errado. Essa distensão do tempo e espaço e a repetição são cruciais justamente para ressaltar as mudanças que ocorrem na narrativa. Não se tratam de eventos climáticos, mas sim acontecimentos que se interpõem nessa rotina esquematizada podendo ocorrer a qualquer momento. Justamente por isso seja aqui tão importante filmar um trajeto da maneira mais integral possível.

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    Não é por menos que o filme termine em um percurso, pai e filho lado a lado, retomando a vida, tentando reencontrar a normalidade depois de um simples evento, a morte.

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  • Andrei Bueno Carvalho

    Num filme que aborda a passagem da vida para a morte, chama a atenção o número excessivo de vezes em que personagens abrem e fecham portas, alterando a configuração visual de figura e fundos e permitindo enquadramentos dentro do enquadramento. Porém, mais do que grafismos visuais, essa repetição na misé-en-scène também reforça a constituição do mundo dos vivos como um ambiente de enclausuramento. O protagonista, que vivo, chega a quebrar uma porta a machadadas para conseguir sair, quando morto, atravessa portas sem que estas ofereçam resistência. O corpo e o ambiente são colocados como materialidades físicas limitantes, ideia transcrita na frase do cocheiro da Morte que ordena que uma alma saia do corpo dizendo: “Prisioneiro, abandone sua prisão!”.

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  • Andrei Bueno Carvalho

    Sjöström, interpretando o protagonista do filme, compõe um personagem de força descomunal, capaz de fugir da prisão torcendo grades de ferro e erguer sozinho uma arca de dinheiro até o sótão. Halla, a viúva, enfrenta destemidamente seu cunhado assediador, corre de seus perseguidores pelas montanhas geladas e toma a decisão de sacrificar sua pequena filha no abismo para que esta não caia na mão de seu inimigo. Estes dois seres de fibra são jogados em uma paisagem de penhascos, cascatas e nevascas.

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    A força humana sucumbe e os dois morrem congelados, restando no plano final a paisagem vazia da natureza em sua força imutável.

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