Os filmes do Vinterberg retratam muito bem a injustiça sob a perspectiva individual e a hipocrisia da sociedade em não encarar a verdade (quem viu Festa de Família vai entender -- tudo ali na cara e a festa continua). Os fatos são mostrados como aconteceram, sem jogos de cena e firulas. Admirável. Quando sabemos como é a vida do Lucas e de sua relação terna com as crianças, fica muito claro que ele é inocente. Não precisa de muito para perceber que Lucas é um homem correto. O roteiro não abre espaço para ambiguidades.
Mas a comunidade não quer enxergar isso, nem mesmo lhe garante o benefício da dúvida, porque ele é um sujeito inofensivo, aparenta ser fraco e impulsivo, e daí é mais fácil dominá-lo. Seu jeito de ser o prejudica e parece que é isso mesmo que a sociedade almeja: afastá-lo do convívio social porque é um homem divorciado, com um filho que vem esporádicas vezes visitá-lo. Não tem uma família, na concepção mais tradicional. É considerado fraco, loser, embora seja um bom educador, respeitoso e sensível com as mulheres e crianças. Na igreja, fica isolado, enquanto os demais vão assistir seus filhos no coral.
Aliás, a cena da igreja é genial: cidade pequena, lugar onde todos se encontram e, embora seja um lugar sagrado, Lucas entendeu que era ali o espaço para resolver as injustiças contra ele. A forma como se defende transita entre a sutileza e a impulsividade, como é sua personalidade. Mads atua tão bem que seu olhar transmite a firmeza de sua inocência e, ao mesmo tempo, que é inofensivo, incapaz de praticar ao outro o mesmo grau de crueldade (nunca culpou a Klar pelas denúncias falsas e nem mesmo mataria o doguinho de alguém como represália).
Lucas era uma presa fácil num lugar cheio de pessoas mal resolvidas e inescrupulosas. A defesa da verdade, dos fatos como ocorreram, transcendem as instituições, pois a comunidade passa a exigir uma forma de conduta, isolando até mesmo o comprovadamente inocente. Lucas, saia da cidade e vá viver com a moça estrangeira rs
O tédio dos personagens se explica pelos desafios da vida adulta. Eles se unem para fazer o tal experimento dos 0,05%, racionalizando todo esse procedimento -- afinal, são professores. E como professores de meia idade, se sentem ultrapassados, desinteressantes para suas famílias e seus alunos. A forma supostamente metódica da experiência convence e, com os prazeres do álcool, vão testando doses maiores. O álcool uniu o grupo, que não parecia ser tão unido assim, antes dessa experiência. Essa sensação de pertencimento (que poderia ser até por outro motivo que não o álcool, mas o álcool é mais aceito socialmente que outras razões que podem unir homens entediados) dá energia, revigora e eles se sentem amados, queridos por seus pares. Eles aceitam correr riscos quando estão em grupo e isso, por si só, fortalece, faz os problemas desaparecem por um instante. O desafio se torna um escapismo da realidade e também uma forma de autoconhecimento. As consequências aparecem, e a ressaca os faz olhar seus problemas internos, aquilo que estava mal resolvido. Poderiam crescer, "criar vergonha na cara", assumir as consequências de suas omissões, ajudar a mulher a limpar os filhos, etc, mas não é esse o ponto do filme. É que a dureza do dia a dia e da rotina pode ser muito menor se estivermos conectados com outras pessoas, que estejamos dispostos a trocar e mostrar nossas fragilidades nessa sociedade que nos cobra tanto.
O filme tem a pretensão de ser didático, explicar os detalhes de uma operação complexa, mas acaba caindo num maniqueísmo, na luta do bem (os mocinhos: policiais e sistema de justiça) contra o mal (os vilões: políticos e empresários). Não é bem assim.
O filme passa longe de funcionar como entretenimento porque é entediante como obra cinematográfica. Os personagens não são aprofundados, recorre-se à vida pessoal de forma apressada e como um exemplo de pessoas honradas, "de bem", "de família" (de novo, o bem contra o mal). São cansativas as inúmeras cenas da mulher do Moro dizendo que "vai ficar tudo bem". Isso sem contar os diálogos ("por onde você quer que eu comece?" diz o réu; e o agente da polícia: "pelo começo"). Falta ritmo e, claro, contextualização fiel ao desdobramento dos fatos. Cunha foi citado durante o filme, mas não ganhou personagem -- e, como todos sabemos, foi peça chave na política no mesmo período em que Lula foi levado à condução coercitiva.
Não é fácil tratar sobre esse período da história do país, por isso muitas são as armadilhas. Um roteiro bem feito, mais realista e profundo, talvez pudesse suprir as inúmeras deficiências deste filme.
Superestimado. A atuação de Pacino é boa, porém o roteiro é previsível por demais. Filme focado num personagem caricato, cujo enredo flui no estilo de boa parte dos filmes hollywoodianos.
Mulher divorciada com filho pequeno. Ela estuda os pombos. Encontra com homem ideal no aeroporto. Se apaixonam. Ele passa a morar com a mãe o filho. À noite, conta histórias de fada para o menino dormir. São cúmplices. É como um pai para o menino. A rejeição, no entanto, leva o homem a uma situação limite. Ele passa a se relacionar com a caixa do supermercado, que é assediada pelo chefe. Mas ela é uma fada. A criança alimenta a fantasia, e faz de tudo para que o casal reata. Cenas de família feliz e fundo musical tocante. Um MEGA CLICHÊ. Dárin mal aproveitado. Não recomendo.
Nossa, perfeito! A maneira como as crianças superam o medo do desconhecido por meio do lúdico e imaginário, é simplesmente fantástico! O cuidado com o outro é o que os mantêm felizes.
Sério, por que tantas boas críticas sobre esse filme? Atuações imperfeitas, roteiro raso com poucos conflitos e problematizações. As cenas de "terror" são hilárias. Seu prestígio parece vir exclusivamente do aclamado diretor, sem muita preocupação com a obra em si.
Realista. A guerra retratada em "Vá e Veja" se distancia da figura de grandes líderes, das táticas e hierarquia militar, comumente presentes em filmes de guerra. Aqui, o conflito envolve apenas as aldeias vitimadas da Bielorrússia e os Exércitos soviético e alemão, no qual o desequilíbrio entre as partes fica cada vez mais evidente. É o estágio da execução das ordens superiores, sob a perspectiva local, em que a guerra se mostra, sem sombra de dúvida, como uma escolha ainda mais irracional e desprovida de sentido.
Apesar de algumas cenas desnecessárias, o filme merece ser visto. Ele simplesmente traz outro ponto de vista sobre a guerra, que certamente não estão nos blockbusters.
Apesar de fiel ao livro, a fraca atuação de John Hurt como Winston o torna cansativo e monótono. Um dos pontos altos do livro, considero ser a sessão de tortura. O local, a situação e os sentimentos são descritos com tanta maestria, e nada disso está em "1984", pois John Hurt tem a mesma expressão para todas as situações, o que prejudica consideravelmente o sucesso do filme.
Um dos filmes mais tensos da sessão da tarde. Te prende do começo ao fim. A cena em que o bebê é transportado dentro de uma mochila para fora do carro é um dos ápices desse grande clássico. Não sei se isso aconteceu de fato (no início, dizem que a história foi baseada em fatos reais).
Grandioso clássico da sessão da tarde. Sem dúvida, vai muito além da história de uma menina que tem superpoderes. São criticados os métodos arcaicos das escolas, o estilo de vida de uma família classe média americana (pais da Matilda), a importância da família e apoiar os amigos (vide cena clássica do menino que teve de comer todo o bolo de chocolate). Para assistir várias e várias vezes.
Como sempre, Darín não decepciona, mesmo que o roteiro tenha suas falhas e imperfeições. O propósito pareceu ser o de tornar o filme um verdadeiro sucesso comercial, especialmente pela história de amor repentina entre Olivera e Sosa. Essa relação que, ao mesmo tempo serve para evidenciar o predatório sistema de indenizações por acidentes de trânsito, torna o filme enfadonho, com as inúmeras declarações de amor entre o casal. Apesar disso, o recado foi bem dado: os abutres existem, possuem ligação com funcionários do hospital, e abocanham parte considerável das indenizações das vítimas.
Seguramente, boa parte das resenhas que encontrei na internet evidenciam a tristeza e sofrimento do filme. Não achei ter sido esse o fator que chama atenção. A história em si, apesar de triste (mas nada a ponto de chorar, na minha opinião), já foi retratada em filmes do gênero, como o clássico "A vida é bela", que ganhou Oscar, inclusive. Por outro lado, louvável é demonstrar a visão das crianças sobre a guerra, que, com razão, não entendem o motivo do conflito, e quando maiores sofrem pressão para trabalhar para a "nação" (vide irmão mais velho). Um ponto de vista interessante, que, se tivesse sido melhor tratado, daria ao filme aspecto mais profundo, fugindo das regras gerais dos filmes de guerra.
A Caça
4.2 2,1K Assista AgoraOs filmes do Vinterberg retratam muito bem a injustiça sob a perspectiva individual e a hipocrisia da sociedade em não encarar a verdade (quem viu Festa de Família vai entender -- tudo ali na cara e a festa continua). Os fatos são mostrados como aconteceram, sem jogos de cena e firulas. Admirável. Quando sabemos como é a vida do Lucas e de sua relação terna com as crianças, fica muito claro que ele é inocente. Não precisa de muito para perceber que Lucas é um homem correto. O roteiro não abre espaço para ambiguidades.
Mas a comunidade não quer enxergar isso, nem mesmo lhe garante o benefício da dúvida, porque ele é um sujeito inofensivo, aparenta ser fraco e impulsivo, e daí é mais fácil dominá-lo. Seu jeito de ser o prejudica e parece que é isso mesmo que a sociedade almeja: afastá-lo do convívio social porque é um homem divorciado, com um filho que vem esporádicas vezes visitá-lo. Não tem uma família, na concepção mais tradicional. É considerado fraco, loser, embora seja um bom educador, respeitoso e sensível com as mulheres e crianças. Na igreja, fica isolado, enquanto os demais vão assistir seus filhos no coral.
Aliás, a cena da igreja é genial: cidade pequena, lugar onde todos se encontram e, embora seja um lugar sagrado, Lucas entendeu que era ali o espaço para resolver as injustiças contra ele. A forma como se defende transita entre a sutileza e a impulsividade, como é sua personalidade. Mads atua tão bem que seu olhar transmite a firmeza de sua inocência e, ao mesmo tempo, que é inofensivo, incapaz de praticar ao outro o mesmo grau de crueldade (nunca culpou a Klar pelas denúncias falsas e nem mesmo mataria o doguinho de alguém como represália).
Lucas era uma presa fácil num lugar cheio de pessoas mal resolvidas e inescrupulosas. A defesa da verdade, dos fatos como ocorreram, transcendem as instituições, pois a comunidade passa a exigir uma forma de conduta, isolando até mesmo o comprovadamente inocente. Lucas, saia da cidade e vá viver com a moça estrangeira rs
Druk: Mais Uma Rodada
3.9 817 Assista AgoraO tédio dos personagens se explica pelos desafios da vida adulta. Eles se unem para fazer o tal experimento dos 0,05%, racionalizando todo esse procedimento -- afinal, são professores. E como professores de meia idade, se sentem ultrapassados, desinteressantes para suas famílias e seus alunos. A forma supostamente metódica da experiência convence e, com os prazeres do álcool, vão testando doses maiores. O álcool uniu o grupo, que não parecia ser tão unido assim, antes dessa experiência. Essa sensação de pertencimento (que poderia ser até por outro motivo que não o álcool, mas o álcool é mais aceito socialmente que outras razões que podem unir homens entediados) dá energia, revigora e eles se sentem amados, queridos por seus pares. Eles aceitam correr riscos quando estão em grupo e isso, por si só, fortalece, faz os problemas desaparecem por um instante. O desafio se torna um escapismo da realidade e também uma forma de autoconhecimento. As consequências aparecem, e a ressaca os faz olhar seus problemas internos, aquilo que estava mal resolvido. Poderiam crescer, "criar vergonha na cara", assumir as consequências de suas omissões, ajudar a mulher a limpar os filhos, etc, mas não é esse o ponto do filme. É que a dureza do dia a dia e da rotina pode ser muito menor se estivermos conectados com outras pessoas, que estejamos dispostos a trocar e mostrar nossas fragilidades nessa sociedade que nos cobra tanto.
Polícia Federal: A Lei é Para Todos
3.1 321O filme tem a pretensão de ser didático, explicar os detalhes de uma operação complexa, mas acaba caindo num maniqueísmo, na luta do bem (os mocinhos: policiais e sistema de justiça) contra o mal (os vilões: políticos e empresários). Não é bem assim.
O filme passa longe de funcionar como entretenimento porque é entediante como obra cinematográfica. Os personagens não são aprofundados, recorre-se à vida pessoal de forma apressada e como um exemplo de pessoas honradas, "de bem", "de família" (de novo, o bem contra o mal). São cansativas as inúmeras cenas da mulher do Moro dizendo que "vai ficar tudo bem". Isso sem contar os diálogos ("por onde você quer que eu comece?" diz o réu; e o agente da polícia: "pelo começo"). Falta ritmo e, claro, contextualização fiel ao desdobramento dos fatos. Cunha foi citado durante o filme, mas não ganhou personagem -- e, como todos sabemos, foi peça chave na política no mesmo período em que Lula foi levado à condução coercitiva.
Não é fácil tratar sobre esse período da história do país, por isso muitas são as armadilhas. Um roteiro bem feito, mais realista e profundo, talvez pudesse suprir as inúmeras deficiências deste filme.
Pets: A Vida Secreta dos Bichos
3.5 937 Assista AgoraAnimação muito fraca. Distração na certa.
O Segredo dos Seus Olhos
4.3 2,1K Assista AgoraUm dos melhores de nossa era.
Frozen: Uma Aventura Congelante
3.9 3,0K Assista AgoraA Disney já produziu animações melhores e com personagens bem desenvolvidos. Bom.
Perfume de Mulher
4.3 1,3K Assista AgoraSuperestimado. A atuação de Pacino é boa, porém o roteiro é previsível por demais. Filme focado num personagem caricato, cujo enredo flui no estilo de boa parte dos filmes hollywoodianos.
Relatos Selvagens
4.4 2,9K Assista AgoraSimplesmente um dos melhores retratos de nossos tempos.
Um Dia na Vida
4.0 73Mais assustador que muitos thrillers por aí.
Escolarizando o Mundo
4.5 36Muito bom, e, ao mesmo tempo, utópico. Mas é exatamente isso: no limite trata-se de um recrutamento que destrói culturas.
A Educação das Fadas
3.6 29 Assista AgoraMulher divorciada com filho pequeno. Ela estuda os pombos. Encontra com homem ideal no aeroporto. Se apaixonam. Ele passa a morar com a mãe o filho. À noite, conta histórias de fada para o menino dormir. São cúmplices. É como um pai para o menino. A rejeição, no entanto, leva o homem a uma situação limite. Ele passa a se relacionar com a caixa do supermercado, que é assediada pelo chefe. Mas ela é uma fada. A criança alimenta a fantasia, e faz de tudo para que o casal reata. Cenas de família feliz e fundo musical tocante. Um MEGA CLICHÊ. Dárin mal aproveitado. Não recomendo.
Meu Amigo Totoro
4.3 1,3K Assista AgoraNossa, perfeito! A maneira como as crianças superam o medo do desconhecido por meio do lúdico e imaginário, é simplesmente fantástico! O cuidado com o outro é o que os mantêm felizes.
O Iluminado
4.3 4,0K Assista AgoraSério, por que tantas boas críticas sobre esse filme? Atuações imperfeitas, roteiro raso com poucos conflitos e problematizações. As cenas de "terror" são hilárias. Seu prestígio parece vir exclusivamente do aclamado diretor, sem muita preocupação com a obra em si.
Vá e Veja
4.5 774Realista. A guerra retratada em "Vá e Veja" se distancia da figura de grandes líderes, das táticas e hierarquia militar, comumente presentes em filmes de guerra. Aqui, o conflito envolve apenas as aldeias vitimadas da Bielorrússia e os Exércitos soviético e alemão, no qual o desequilíbrio entre as partes fica cada vez mais evidente. É o estágio da execução das ordens superiores, sob a perspectiva local, em que a guerra se mostra, sem sombra de dúvida, como uma escolha ainda mais irracional e desprovida de sentido.
Apesar de algumas cenas desnecessárias, o filme merece ser visto. Ele simplesmente traz outro ponto de vista sobre a guerra, que certamente não estão nos blockbusters.
Sem Reservas
3.3 462Mais clichê, impossível
1984
3.7 553 Assista AgoraApesar de fiel ao livro, a fraca atuação de John Hurt como Winston o torna cansativo e monótono. Um dos pontos altos do livro, considero ser a sessão de tortura. O local, a situação e os sentimentos são descritos com tanta maestria, e nada disso está em "1984", pois John Hurt tem a mesma expressão para todas as situações, o que prejudica consideravelmente o sucesso do filme.
O Carro Desgovernado
2.7 300Um dos filmes mais tensos da sessão da tarde. Te prende do começo ao fim. A cena em que o bebê é transportado dentro de uma mochila para fora do carro é um dos ápices desse grande clássico. Não sei se isso aconteceu de fato (no início, dizem que a história foi baseada em fatos reais).
[spoiler][/spoiler]
O Mesmo Amor, a Mesma Chuva
3.8 131No estilo dos bons diálogos da trilogia "Antes do amanhecer", "Antes do pôr-do-sol" e "Antes da meia noite". Darín e Villamil incríveis.
Matilda
3.7 1,7K Assista AgoraGrandioso clássico da sessão da tarde. Sem dúvida, vai muito além da história de uma menina que tem superpoderes. São criticados os métodos arcaicos das escolas, o estilo de vida de uma família classe média americana (pais da Matilda), a importância da família e apoiar os amigos (vide cena clássica do menino que teve de comer todo o bolo de chocolate). Para assistir várias e várias vezes.
Abutres
3.6 218 Assista AgoraComo sempre, Darín não decepciona, mesmo que o roteiro tenha suas falhas e imperfeições. O propósito pareceu ser o de tornar o filme um verdadeiro sucesso comercial, especialmente pela história de amor repentina entre Olivera e Sosa. Essa relação que, ao mesmo tempo serve para evidenciar o predatório sistema de indenizações por acidentes de trânsito, torna o filme enfadonho, com as inúmeras declarações de amor entre o casal. Apesar disso, o recado foi bem dado: os abutres existem, possuem ligação com funcionários do hospital, e abocanham parte considerável das indenizações das vítimas.
Túmulo dos Vagalumes
4.6 2,3K Assista AgoraSeguramente, boa parte das resenhas que encontrei na internet evidenciam a tristeza e sofrimento do filme. Não achei ter sido esse o fator que chama atenção. A história em si, apesar de triste (mas nada a ponto de chorar, na minha opinião), já foi retratada em filmes do gênero, como o clássico "A vida é bela", que ganhou Oscar, inclusive. Por outro lado, louvável é demonstrar a visão das crianças sobre a guerra, que, com razão, não entendem o motivo do conflito, e quando maiores sofrem pressão para trabalhar para a "nação" (vide irmão mais velho). Um ponto de vista interessante, que, se tivesse sido melhor tratado, daria ao filme aspecto mais profundo, fugindo das regras gerais dos filmes de guerra.