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À procura de bons filmes para momentos de ócio.

Últimas opiniões enviadas

  • Alynne Nunes

    Os filmes do Vinterberg retratam muito bem a injustiça sob a perspectiva individual e a hipocrisia da sociedade em não encarar a verdade (quem viu Festa de Família vai entender -- tudo ali na cara e a festa continua). Os fatos são mostrados como aconteceram, sem jogos de cena e firulas. Admirável. Quando sabemos como é a vida do Lucas e de sua relação terna com as crianças, fica muito claro que ele é inocente. Não precisa de muito para perceber que Lucas é um homem correto. O roteiro não abre espaço para ambiguidades.

    Mas a comunidade não quer enxergar isso, nem mesmo lhe garante o benefício da dúvida, porque ele é um sujeito inofensivo, aparenta ser fraco e impulsivo, e daí é mais fácil dominá-lo. Seu jeito de ser o prejudica e parece que é isso mesmo que a sociedade almeja: afastá-lo do convívio social porque é um homem divorciado, com um filho que vem esporádicas vezes visitá-lo. Não tem uma família, na concepção mais tradicional. É considerado fraco, loser, embora seja um bom educador, respeitoso e sensível com as mulheres e crianças. Na igreja, fica isolado, enquanto os demais vão assistir seus filhos no coral.

    Aliás, a cena da igreja é genial: cidade pequena, lugar onde todos se encontram e, embora seja um lugar sagrado, Lucas entendeu que era ali o espaço para resolver as injustiças contra ele. A forma como se defende transita entre a sutileza e a impulsividade, como é sua personalidade. Mads atua tão bem que seu olhar transmite a firmeza de sua inocência e, ao mesmo tempo, que é inofensivo, incapaz de praticar ao outro o mesmo grau de crueldade (nunca culpou a Klar pelas denúncias falsas e nem mesmo mataria o doguinho de alguém como represália).

    Lucas era uma presa fácil num lugar cheio de pessoas mal resolvidas e inescrupulosas. A defesa da verdade, dos fatos como ocorreram, transcendem as instituições, pois a comunidade passa a exigir uma forma de conduta, isolando até mesmo o comprovadamente inocente. Lucas, saia da cidade e vá viver com a moça estrangeira rs

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  • Alynne Nunes

    O tédio dos personagens se explica pelos desafios da vida adulta. Eles se unem para fazer o tal experimento dos 0,05%, racionalizando todo esse procedimento -- afinal, são professores. E como professores de meia idade, se sentem ultrapassados, desinteressantes para suas famílias e seus alunos. A forma supostamente metódica da experiência convence e, com os prazeres do álcool, vão testando doses maiores. O álcool uniu o grupo, que não parecia ser tão unido assim, antes dessa experiência. Essa sensação de pertencimento (que poderia ser até por outro motivo que não o álcool, mas o álcool é mais aceito socialmente que outras razões que podem unir homens entediados) dá energia, revigora e eles se sentem amados, queridos por seus pares. Eles aceitam correr riscos quando estão em grupo e isso, por si só, fortalece, faz os problemas desaparecem por um instante. O desafio se torna um escapismo da realidade e também uma forma de autoconhecimento. As consequências aparecem, e a ressaca os faz olhar seus problemas internos, aquilo que estava mal resolvido. Poderiam crescer, "criar vergonha na cara", assumir as consequências de suas omissões, ajudar a mulher a limpar os filhos, etc, mas não é esse o ponto do filme. É que a dureza do dia a dia e da rotina pode ser muito menor se estivermos conectados com outras pessoas, que estejamos dispostos a trocar e mostrar nossas fragilidades nessa sociedade que nos cobra tanto.

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  • Alynne Nunes

    Excelente documentário! A proposta de Bhagwan-Sheela era não somente espiritual, mas, também, criar uma espécie de sociedade alternativa à ocidental. Uma sociedade autossustentável, que prega o amor livre. Se contextualizar tudo isso, faz sentido a enorme adesão de seguidores logo após os anos 70, em que emergia os movimentos de contracultura e a havia a busca por outro estilo de sociedade (Imagine, do John Lennon, é um exemplo do que se pretendia buscar nesse novo estilo de vida utópico).

    Mas a chegada aos EUA traria inúmeros conflitos, choques de culturas e mesmo intolerância religiosa. Seus seguidores estavam felizes com a escolha de fazer parte do rancho e cooperar para a criação desta nova sociedade. Então, qual o problema? Qual o mal em fazer uso das brechas da lei para manter o rancho? Chamar moradores de rua para participar das eleições pode ser imoral, mas a lei garantia o direito deles se registrarem como eleitores. O uso de armamento pesado também pode ser condenável sob o ponto de vista moral, mas a lei americana permite a compra por particular. No entanto, foi o excesso de poder de Bhagwan-Sheela que levou suas condutas imorais a adentrar no espaço da ilegalidade. Houve tentativa de homicídio e ataques cada vez mais ferozes na imprensa contra a investigação policial.

    Esse excesso inviabilizaria a religião ou o culto ao Osho? Esses acontecimentos não levaram ao reconhecimento de Osho, enquanto líder espiritual? Outras religiões também se estabeleceram após conflitos e choques de culturas? Ele se aproveitou da fragilidade emocional de seus seguidores? Por que é imoral um líder espiritual ter carros luxuosos e joias? Por que é imoral um líder espiritual se aproveitar de seus seguidores, supostamente fragilizados, e ter uma vida de luxo? Até porque outras religiões também permitem que seus líderes tenham uma vida de conforto. Qual o limite?

    Tenho muitas perguntas, mas, do ponto de vista religioso, a verdade que predomina é a escolha individual. Se quiser segui-lo, mesmo depois de ter assistido ao documentário, é uma escolha sua, mas saiba que seus escritos não são neutros e que havia uma enorme ambição política e social, para além de orientações espirituais e religiosas. Se levarmos este argumento ao limite, nada produzido pelo homem é neutro, já que ele próprio possui suas contradições, guarda o mal e o bem dentro de si. É com cada um.

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  • Filmow
    Filmow

    O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!

    Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)

    Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
    Boa sorte! :)

    * Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/

  • Alan Guimarães
    Alan Guimarães

    Oi Alynne, obrigado pela minha curtida, espero que tenha gostado da minha lista. Abraços.

  • Fernanda
    Fernanda

    http://filmow.com/princesa-mononoke-t10172/ vamos ver esse amanhã??? vou baixar

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