talvez, o que menos importe seja saber qual história é "verdadeira", ou se "faz acreditar em deus". Ver uma parte, de um todo tão semiótico, é tão pobre!
No mais, Frege, um grande nome da lógica, dizia que não precisamos saber da real existência de Ulisses, de Homero, para assimilar os seus feitos, compreender a história e tal. Dizer que "esse filme não fez acreditar em deus" é uma visão tão estranha, porque fica parecendo que era esse o propósito do filme, ou que ateus adolescentes estavam ansiosos por uma explicação religiosa, sei lá.
Esse filme é, antes de mais nada, mitológico. E essa mitologia contemporânea é fantástica.
o distrito 9 (que deveria ter uma continuação, apesar de não ser muito fã de continuações) foi um dos filmes mais interessantes que eu já vi, e que está muito além de sci-fi, e trabalha temas muito contemporâneos como cultura, política e ética. Espero que Elysium seja tão bom quanto! Além disso, os curtas do Neill (como o pro Halo) são muito dignos de atenção. Espero com certa ansiedade =]
"O casamento não é apenas uma carreira honrosa e menos cansativa do que muitas outras: só ele permite à mulher atingir a sua dignidade social integral e realizar-se sexualmente como amante e mãe. É sob esse aspecto que os que a cercam encaram seu futuro e que ela própria o encara. Admite-se unanimemente que a conquista de um marido — em certos casos, de um protetor — é para ela o mais importante dos empreendimentos. No homem encarna-se a seus olhos o Outro, como este para o homem se encarna nela; mas esse Outro apresenta-se a ele como o essencial e ela se apreende perante ele como o inessencial. Ela se libertará do lar paterno, do domínio materno e abrirá o futuro para si, não através de uma conquista ativa e sim entregando-se, passiva e dócil, nas mãos de um novo senhor"
(BEAUVOIR, 1967, p. 67)
No mais, esse filme é muito mais sobre a província do que sobre Théresè. Meia estrela pela belíssima metáfora barco/liberdade.
achei, digamos... "burocrático", e isso me interessou. Não é um filme com muitas firulas e saídas existenciais: as coisas são como são, relatos experimentais de uma possibilidade de vida.
O Camus, em "o homem revoltado", escreve que "A solidariedade é o fundamento da revolta; sem ela, perde este nome, e torna-se um consentimento assassino". Tá tudo ali, portanto. Tudo muito bem construído, como disse o Pedro aí embaixo: o próprio nome Barthes é muito sugestivo. Citar Faulkner também, porque Camus era um tanto fã do americanão. Mas eu achei o Henry parecido com a personagem do livro "notas do subsolo", do tio Dostô.
Mas não era isso que eu queria mesmo falar. Queria só dizer que me reconheci muito nesse filme. E isso me doeu. Quem é professor, quem vive essa experiência, não sai imune a esse filme. Também não me furtei a pensar nessa coisa toda que é dar aulas como substituto, tentar não se apegar, e ver que eles estão indo pra qualquer lugar que, possivelmente, não é legal. E pensar que nós estamos indo, só indo, nem sei pra onde.
deus, tende piedade das licenciaturas. e de mim, professor de português e literatura. e dos meus alunos, que não sabem ler. E especialmente dos outros, que são aqueles que acham que sabem, adolescentes arrogantes que leem livros e veem filmes, mas não conseguem perceber o mundo. amém.
Tem mais alguém da literatura por aí que concorde comigo que as passagens ao passado são epifanias? Penso que, se forem, como as de Joyce, Bergman é realmente foda, porque é muito difícil adaptar isso num roteiro. Eu acharia lindo se fosse literatura, inclusive. Achei alguns diálogos muito, muito bons. Coisa que a gente já não vê mais por aí. Recomendadíssimo.
eu não botava fé nesse filme. Acho lindo quando essas coisas acontecem. Participei de um musical e senti na pele o quanto é foda sincronizar música/teatro/dança. Achei muito foda essas sequências no filme. Levanta alguns pontos muito importantes sobre essa paranoia narcisística norte-americana. A história de amor não ocupa todo o espaço do filme, e não é boba. Bom, é um filme lindo, super recomendável.
Sobre a trilha: Belchior fez uma música chamada "Comentários a respeito de John", e tem uma frase que eu acho lindíssima: o tempo andou mexendo com a gente, sim.
O Homem de Aço
3.6 3,9K Assista AgoraO sonho seu vem dos lugares mais distantes, terras dos gigantes, Super Homem, super mosca, Super Carioca, super eu, super eu ...
Coraline e o Mundo Secreto
4.1 1,9K Assista Agoracitação de hamlet; referência a botticelli;
"ela quer algo para amar, acho eu. Algo que não seja ela mesma".
Fantástico.
As Aventuras de Pi
3.9 4,4Kalegoria, cultura, metalinguagem... um prato cheio pra análises discursivas e/ou antropológicas.
talvez, o que menos importe seja saber qual história é "verdadeira", ou se "faz acreditar em deus". Ver uma parte, de um todo tão semiótico, é tão pobre!
No mais, Frege, um grande nome da lógica, dizia que não precisamos saber da real existência de Ulisses, de Homero, para assimilar os seus feitos, compreender a história e tal. Dizer que "esse filme não fez acreditar em deus" é uma visão tão estranha, porque fica parecendo que era esse o propósito do filme, ou que ateus adolescentes estavam ansiosos por uma explicação religiosa, sei lá.
Esse filme é, antes de mais nada, mitológico. E essa mitologia contemporânea é fantástica.
A Origem dos Guardiões
4.0 1,5Kachei o coelhinho a cara do Nicolas Cage... a diferença é que atua melhor. Gostei do filme e do inglês sinistro do Noel.
O Cavaleiro Solitário
3.2 1,4K Assista Agoradisney não trabalha com sangue.
Ônibus 174
3.9 297"isso não é um filme de ação"
Um Dia
3.9 3,5K Assista Agoraa Anne Hathaway é linda até estatelada no chão
Elysium
3.3 2,0K Assista Agorao distrito 9 (que deveria ter uma continuação, apesar de não ser muito fã de continuações) foi um dos filmes mais interessantes que eu já vi, e que está muito além de sci-fi, e trabalha temas muito contemporâneos como cultura, política e ética. Espero que Elysium seja tão bom quanto! Além disso, os curtas do Neill (como o pro Halo) são muito dignos de atenção. Espero com certa ansiedade =]
Therese D.
3.4 160"O casamento não é apenas uma carreira honrosa e menos cansativa do que muitas outras: só ele permite à mulher atingir a sua
dignidade social integral e realizar-se sexualmente como amante
e mãe. É sob esse aspecto que os que a cercam encaram seu futuro
e que ela própria o encara. Admite-se unanimemente que a conquista de um marido — em certos casos, de um protetor —
é para ela o mais importante dos empreendimentos. No homem
encarna-se a seus olhos o Outro, como este para o homem se
encarna nela; mas esse Outro apresenta-se a ele como o essencial
e ela se apreende perante ele como o inessencial. Ela se libertará
do lar paterno, do domínio materno e abrirá o futuro para si,
não através de uma conquista ativa e sim entregando-se, passiva
e dócil, nas mãos de um novo senhor"
(BEAUVOIR, 1967, p. 67)
No mais, esse filme é muito mais sobre a província do que sobre Théresè. Meia estrela pela belíssima metáfora barco/liberdade.
Argo
3.9 2,5Keu só queria ver no cinema. POR QUE, CUIABÁ??? POR QUE????
O Voo
3.6 1,4K Assista Agoraachei, digamos... "burocrático", e isso me interessou. Não é um filme com muitas firulas e saídas existenciais: as coisas são como são, relatos experimentais de uma possibilidade de vida.
Investigações chatas, depoimentos, um cara que assume riscos. Em contraposição, um discurso religioso, emocional, descontrole.
Enfim, bom filme.
Django Livre
4.4 5,8K Assista AgoraAlexandre Dumas era negro.
Medianeras: Buenos Aires na Era do Amor Virtual
4.3 2,3K Assista Agorasou uma espécie de Paulo Coelho, mas depressivo.
Solomon Kane: O Caçador de Demônios
2.9 635 Assista AgoraSolomon quem? o caçador de demôniozzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzZZZZZZZZZZZZZZ
O Substituto
4.4 1,7K Assista AgoraO Camus, em "o homem revoltado", escreve que "A solidariedade é o fundamento da revolta; sem ela, perde este nome, e torna-se um consentimento assassino". Tá tudo ali, portanto. Tudo muito bem construído, como disse o Pedro aí embaixo: o próprio nome Barthes é muito sugestivo. Citar Faulkner também, porque Camus era um tanto fã do americanão. Mas eu achei o Henry parecido com a personagem do livro "notas do subsolo", do tio Dostô.
Mas não era isso que eu queria mesmo falar. Queria só dizer que me reconheci muito nesse filme. E isso me doeu. Quem é professor, quem vive essa experiência, não sai imune a esse filme. Também não me furtei a pensar nessa coisa toda que é dar aulas como substituto, tentar não se apegar, e ver que eles estão indo pra qualquer lugar que, possivelmente, não é legal. E pensar que nós estamos indo, só indo, nem sei pra onde.
deus, tende piedade das licenciaturas. e de mim, professor de português e literatura. e dos meus alunos, que não sabem ler. E especialmente dos outros, que são aqueles que acham que sabem, adolescentes arrogantes que leem livros e veem filmes, mas não conseguem perceber o mundo. amém.
MIB: Homens de Preto 3
3.5 2,0K Assista Agorarealmente, muito bem amarrado. E também achei um pouco mais "sério", talvez mais convincente, ou com uma proposta mais madura, talvez.
a piada com o Andy Warhol foi uma ótima sacada, a propósito
Encontros e Desencontros
3.8 1,7K Assista Agoraessa premissa é tão bonita, não é? A gente se conhece no (re)conhecimento do outro. Intersemioses, apenas.
Tempos de Paz
3.8 304 Assista Agoraesse filme é tão barroco quanto o texto do calderon.
Os Mercenários 2
3.5 2,3K Assista Agorakd steven seagal? ~chatiado~
Fúria de Titãs 2
3.0 1,7K Assista Agoraenfiaram no cu a mitologia, apenas.
mas tem bastante fogo e tal, né.
Ópera do Malandro
3.6 51pode ser que passe o nosso tempo como qualquer primavera.
Histórias Cruzadas
4.4 3,8K Assista Agorachorei horroooooooores auhahuuhauhauhahua
Morangos Silvestres
4.4 658I'm a little bit Isak...
Tem mais alguém da literatura por aí que concorde comigo que as passagens ao passado são epifanias? Penso que, se forem, como as de Joyce, Bergman é realmente foda, porque é muito difícil adaptar isso num roteiro. Eu acharia lindo se fosse literatura, inclusive.
Achei alguns diálogos muito, muito bons. Coisa que a gente já não vê mais por aí. Recomendadíssimo.
Across the Universe
4.1 2,1K Assista Agoraeu não botava fé nesse filme. Acho lindo quando essas coisas acontecem. Participei de um musical e senti na pele o quanto é foda sincronizar música/teatro/dança. Achei muito foda essas sequências no filme. Levanta alguns pontos muito importantes sobre essa paranoia narcisística norte-americana. A história de amor não ocupa todo o espaço do filme, e não é boba. Bom, é um filme lindo, super recomendável.
Sobre a trilha: Belchior fez uma música chamada "Comentários a respeito de John", e tem uma frase que eu acho lindíssima: o tempo andou mexendo com a gente, sim.
É por aí.