fraquíssimo. as cenas que valem à pena - principalmente as conversas de dilma com as diretoras - e aquelas que carregam maior significado caberiam num curta. aliás, talvez a narrativa funcionasse muito mais se tivesse a metade do tempo.
a grande maioria das cenas me parece descartável porque são como pedaços sucessivos, incompletos e insuficientes de acontecimentos aleatórios, sem um enredo mais claro e específico que a iminência do impeachment. essas cenas periféricas são longas e quase um fim em si mesmo.
é nobre a tentativa de transmitir o momento histórico de uma outra perspectiva, mais intimista e humanizada, em que o telespectador se sente um intruso no planalto, acompanhando os silêncios, os cenários, os rostos dos trabalhadores invisíveis ao redor da presidência. só que o filme é muito frustrante porque não desenvolve essas narrativas paralelas e, como eu disse, fica estagnado nelas. não consegue romper a barreira com dilma ou com os outros personagens, que não ficam tão à vontade com as intromissões da câmera em alguns momentos.
a impressão final é de que o documentário ficou só nessa tentativa, na promessa, no quase, mas não conseguiu cumprir com o que se propôs. aliás, com o perdão da comparação, penso que "democracia em vertigem", que, pelo que me lembro, não tinha como O intuito principal dar essa perspectiva intimista do golpe pelo viés da pessoa da dilma, fez isso de forma muito mais eficiente.
deve ter sido frustrante pra ex-presidenta, num momento tão tenso, aturar a exposição em espaços livres de câmera pra ter isso daqui de resultado final, hahah
dicaprio, como sempre, manda muito bem na atuação. mas nem isso salva o roteiro fraquíssimo. é mais do mesmo beiteirol de hollywood... assisti até o final com expectativa de qualquer visão mais aprofundada (ou pelo menos inusitada, vinda de uma perspectiva diferente) sobre o mundo da bolsa etc, mas - e longe de mim qualquer moralismo - são três horas enfadonhas de piada sem graça e putaria/uso de drogas, sem enredo pra além disso
que filme lindo! uma história sobre tradição e pertencimento que consegue fugir da romantização que geralmente permeia essas temáticas... que não negligencia a violência historicamente vivida pelos povos originários no Brasil e exalta a resistência indígena, mas faz isso sem ocultar as dores e os percalços que atravessam quem está nesse lugar. um diálogo honesto entre as raízes e as asas.
um compilado de clichês aleatórios que não dialogam entre si. chega a dar náuseas o narrador que, com uma pretensão entediante, tenta inserir uns momentos de debate sobre as experiências psicológico-afetivas dos personagens. apenas péssimo
mais do mesmo... o filme tem fortes inspirações em amnésia e clube da luta, mas não vai pra além disso, e, na verdade, acaba sendo bem previsível. não consigo pensar em nada de inovador ou especial fora da atuação de christian bale - a qual, inclusive, devido o contexto da obra, fica reduzida à magreza extrema e às oscilações entre completa apatia e completo desespero. os diálogos são muito clichês e a atmosfera sóbria é cansativa porque não entrega o que promete... na minha opinião, não funcionou nem como drama nem como suspense.
e é claro que o filme traz aquela boa dose ideológica que não pode faltar no cinema hollywoodiano... não posso deixar de registrar o incômodo com essa ideia que eles insistem em propagar de associação entre loucura/delírio e crime, que só fortalece a imagem social de que o louco é perigoso e precisa ser isolado. é um desserviço fodido em tempos de reformas psiquiátricas no mundo (foi justamente o contexto histórico do filme). por fim, tem a clara opção política em justificar o sistema penal, que tem seu auge na cena que representou o criminoso tendo paz após se entregar para a justiça e, assim, completar a relação de equivalência, reestruturando a harmonia que havia sido rompida pela prática do crime. infelizmente, não cabe aqui uma maior discussão sobre o assunto, mas pra quem estuda criminologia acredito que isso fique bem evidente... não é à toa que esse tipo de produção ganha investimento.
por fim, o título do filme sugere que vai abordar o impacto das relações fabris sobre a psiqué do protagonista e não duvido que isso esteja implícito no comportamento dele em certa medida, mas o desenrolar das cenas deixa claro que o principal responsável por afetar a saúde mental de trevor não são as condições de trabalho degradantes, mas seu próprio comportamento desviante. tanto que, nas poucas cenas que o retratam antes do acidente, ele está com aparência bem saudável. além disso, em momento algum há uma clara manifestação do antagonismo de classes na fábrica. o burguês é representado só como alguém preocupado com a saúde dos trabalhadores e que logo se dispõe a fazer um acordo extremamente vantajoso quando um dos operários perde o braço - e o filme deixa claro que a culpa pelo acidente é do nosso protagonista, e não das condições de trabalho. enfim, desserviço total pra o debate de luta de classes, loucura/luta antimanicomial e criminologia crítica.
nota pra mim mesma: estudar a guerra civil da espanha e rever esse filme.
não fui cativada pelo roteiro ou pela direção, mas não dá pra negar que a obra traz consigo um importante debate a partir de críticas duras e, ao que me parece - e digo isso sem medo de errar e assumindo meu pouco conhecimento sobre a matéria -, válidas sobre o papel do stalinismo na contrarrevolução espanhola. e é preciso avaliar com calma as experiências passadas para que não se repitam os mesmos erros.
ao mesmo tempo, dá um quentinho no coração ver, de um lado, a construção de espaços de debates políticos verdadeiramente democráticos e, de outro, a esperança dos personagens sobre um futuro que ainda está em construção.
"la lucha continúa. no pasarán. ¡nosotros pasaremos!".
não pude deixar de lembrar de neruda:
"Está mi corazón en esta lucha. Mi pueblo vencerá. Todos los pueblos vencerán, uno a uno, Estos dolores se exprimirán como pañuelos hasta estrujar tantas lágrimas vertidas en socavones del desierto, en tumbas, en escalones del martirio humano. Pero está cerca el tiempo victorioso.".
que documentário necessário, principalmente em tempos como os nossos. o brasil nunca encarou de frente seus fantasmas... não é à toa que eles nos assombram hoje. o projeto da elite conservadora brasileira sempre foi de extermínio e exclusão.
é sintomático ver como isso repercutiu também em quem foi circunstancialmente feito de capacho pelo governo. o exército pegou jovens pobres que conheciam bem a região amazônica e os submeteu a diversos traumas para que eles fizessem o mesmo com os alvos da ditadura. a partir do momento em que já não eram úteis, foram esquecidos e silenciados.
vida longa à luta por memória, verdade e justiça pelos guerrilheiros do araguaia e todos os mortos da ditadura empresarial-militar brasileira.
caralho, que nó na garganta. há tempos não terminava um filme aos prantos. filmaço. excelente direção, roteiro e atuações - com destaque para as infantis. zain mandou bem demais, o menino é um grande ator. o filme aborda várias questões essenciais, umas com maior, outras com menor intensidade, é claro, mas nem essas últimas são representadas de forma leviana ou desleixada. ao final, ficam as indagações sobre imigração, violência policial, sistema patriarcal, miséria, seletividade penal, maioridade penal, trabalho infantil, a relação do estado com a pobreza. esse último ponto foi brilhantemente abordado.
o estado que não apareceu pra registrar a criança, dar-lhe comida, educação ou casa agora aparece com seu braço armado, oferecendo uma rápida resposta com o cárcere. da mesma forma pra responsabilizar juridicamente os pais do menino, que sempre estiveram desamparados.
a cena de nadine, que dirige o longa e atua como advogada de zain, engolindo seco quando a mãe do menino desabafa sua experiência, é brilhante. me senti no lugar dela e engoli seco junto
. minha única pulga atrás da orelha, que se confirmou vendo os comentários por aqui, é o debate sobre a contracepção de pobres, que pode levar a um perigoso discurso eugenista. no mais, se feita com cuidado, a discussão em torno do filme pode ser muito proveitosa. indico demais!
através do documentário, a diretora experimenta a elaboração de um trauma. as cenas resgatadas do filme roubado são muito bonitas, a narrativa como um todo tem um tom cativante de nostalgia e é bacana ver a relação de sandi com o país de origem, embora de forma rápida e superficial - até porque não é a intenção da diretora trazer isso pro plano central. dá uma dorzinha imaginar quão difícil deve ter sido pra essas mulheres lidar com a frustração do trabalho perdido, mas, talvez pelas limitações da própria história narrada, o documentário se limitou demais a essa função pessoal de elaboração e ressignificação da experiência negativa, por isso não atinge suficientemente a empatia do telespectador.
resnais intercala de forma habilidosa a ficção, cuja narrativa consegue nos entreter e envolver (ainda que não profundamente), com a linguagem documental, defendendo de forma coesa a teoria comportamental que subsidia o filme. ainda que a abordagem behaviorista de estímulo-reação, a meu ver, seja bem insuficiente pra análise das relações sociais e do comportamento humano como um todo, seu uso aqui é interessante e cumpre bem, dentro de seus limites, o papel a que se propõe. sem contar que é um filme com cenas bem bonitas em termos estéticos.
o roteiro é cheio de pontas soltas, as alegorias não funcionam e não se conectam bem com a trama, e o pior, na minha opinião: a pretensa análise social é extremamente rasa porque coloca a culpa da desigualdade social sobre o egoísmo "inerente" ao ser humano, como se esse fosse o centro da lógica capitalista. pura falta de compreensão da totalidade social, e sem dúvidas um desserviço pra uma obra que propõe ser uma metáfora a respeito da luta de classes. no fim das contas, o que sobra é um gore recheado de ideologia burguesa travestida de crítica social.
Alvorada
3.2 25fraquíssimo. as cenas que valem à pena - principalmente as conversas de dilma com as diretoras - e aquelas que carregam maior significado caberiam num curta. aliás, talvez a narrativa funcionasse muito mais se tivesse a metade do tempo.
a grande maioria das cenas me parece descartável porque são como pedaços sucessivos, incompletos e insuficientes de acontecimentos aleatórios, sem um enredo mais claro e específico que a iminência do impeachment. essas cenas periféricas são longas e quase um fim em si mesmo.
é nobre a tentativa de transmitir o momento histórico de uma outra perspectiva, mais intimista e humanizada, em que o telespectador se sente um intruso no planalto, acompanhando os silêncios, os cenários, os rostos dos trabalhadores invisíveis ao redor da presidência. só que o filme é muito frustrante porque não desenvolve essas narrativas paralelas e, como eu disse, fica estagnado nelas. não consegue romper a barreira com dilma ou com os outros personagens, que não ficam tão à vontade com as intromissões da câmera em alguns momentos.
a impressão final é de que o documentário ficou só nessa tentativa, na promessa, no quase, mas não conseguiu cumprir com o que se propôs. aliás, com o perdão da comparação, penso que "democracia em vertigem", que, pelo que me lembro, não tinha como O intuito principal dar essa perspectiva intimista do golpe pelo viés da pessoa da dilma, fez isso de forma muito mais eficiente.
deve ter sido frustrante pra ex-presidenta, num momento tão tenso, aturar a exposição em espaços livres de câmera pra ter isso daqui de resultado final, hahah
O Lobo de Wall Street
4.1 3,4K Assista Agoradicaprio, como sempre, manda muito bem na atuação. mas nem isso salva o roteiro fraquíssimo. é mais do mesmo beiteirol de hollywood... assisti até o final com expectativa de qualquer visão mais aprofundada (ou pelo menos inusitada, vinda de uma perspectiva diferente) sobre o mundo da bolsa etc, mas - e longe de mim qualquer moralismo - são três horas enfadonhas de piada sem graça e putaria/uso de drogas, sem enredo pra além disso
A Febre
3.8 55que filme lindo! uma história sobre tradição e pertencimento que consegue fugir da romantização que geralmente permeia essas temáticas... que não negligencia a violência historicamente vivida pelos povos originários no Brasil e exalta a resistência indígena, mas faz isso sem ocultar as dores e os percalços que atravessam quem está nesse lugar. um diálogo honesto entre as raízes e as asas.
Fratura
3.3 918esse filme é bom igual cair de moto e se ralar toda
Pecados Íntimos
3.8 569 Assista Agoraum compilado de clichês aleatórios que não dialogam entre si. chega a dar náuseas o narrador que, com uma pretensão entediante, tenta inserir uns momentos de debate sobre as experiências psicológico-afetivas dos personagens. apenas péssimo
O Operário
4.0 1,3K Assista Agoramais do mesmo... o filme tem fortes inspirações em amnésia e clube da luta, mas não vai pra além disso, e, na verdade, acaba sendo bem previsível. não consigo pensar em nada de inovador ou especial fora da atuação de christian bale - a qual, inclusive, devido o contexto da obra, fica reduzida à magreza extrema e às oscilações entre completa apatia e completo desespero. os diálogos são muito clichês e a atmosfera sóbria é cansativa porque não entrega o que promete... na minha opinião, não funcionou nem como drama nem como suspense.
e é claro que o filme traz aquela boa dose ideológica que não pode faltar no cinema hollywoodiano... não posso deixar de registrar o incômodo com essa ideia que eles insistem em propagar de associação entre loucura/delírio e crime, que só fortalece a imagem social de que o louco é perigoso e precisa ser isolado. é um desserviço fodido em tempos de reformas psiquiátricas no mundo (foi justamente o contexto histórico do filme). por fim, tem a clara opção política em justificar o sistema penal, que tem seu auge na cena que representou o criminoso tendo paz após se entregar para a justiça e, assim, completar a relação de equivalência, reestruturando a harmonia que havia sido rompida pela prática do crime. infelizmente, não cabe aqui uma maior discussão sobre o assunto, mas pra quem estuda criminologia acredito que isso fique bem evidente... não é à toa que esse tipo de produção ganha investimento.
por fim, o título do filme sugere que vai abordar o impacto das relações fabris sobre a psiqué do protagonista e não duvido que isso esteja implícito no comportamento dele em certa medida, mas o desenrolar das cenas deixa claro que o principal responsável por afetar a saúde mental de trevor não são as condições de trabalho degradantes, mas seu próprio comportamento desviante. tanto que, nas poucas cenas que o retratam antes do acidente, ele está com aparência bem saudável. além disso, em momento algum há uma clara manifestação do antagonismo de classes na fábrica. o burguês é representado só como alguém preocupado com a saúde dos trabalhadores e que logo se dispõe a fazer um acordo extremamente vantajoso quando um dos operários perde o braço - e o filme deixa claro que a culpa pelo acidente é do nosso protagonista, e não das condições de trabalho. enfim, desserviço total pra o debate de luta de classes, loucura/luta antimanicomial e criminologia crítica.
Terra e Liberdade
4.1 45nota pra mim mesma: estudar a guerra civil da espanha e rever esse filme.
não fui cativada pelo roteiro ou pela direção, mas não dá pra negar que a obra traz consigo um importante debate a partir de críticas duras e, ao que me parece - e digo isso sem medo de errar e assumindo meu pouco conhecimento sobre a matéria -, válidas sobre o papel do stalinismo na contrarrevolução espanhola. e é preciso avaliar com calma as experiências passadas para que não se repitam os mesmos erros.
ao mesmo tempo, dá um quentinho no coração ver, de um lado, a construção de espaços de debates políticos verdadeiramente democráticos e, de outro, a esperança dos personagens sobre um futuro que ainda está em construção.
"la lucha continúa. no pasarán. ¡nosotros pasaremos!".
não pude deixar de lembrar de neruda:
"Está mi corazón en esta lucha.
Mi pueblo vencerá. Todos los pueblos
vencerán, uno a uno,
Estos dolores
se exprimirán como pañuelos hasta
estrujar tantas lágrimas vertidas
en socavones del desierto, en tumbas,
en escalones del martirio humano.
Pero está cerca el tiempo victorioso.".
Soldados do Araguaia
4.1 22 Assista Agoraque documentário necessário, principalmente em tempos como os nossos. o brasil nunca encarou de frente seus fantasmas... não é à toa que eles nos assombram hoje.
o projeto da elite conservadora brasileira sempre foi de extermínio e exclusão.
é sintomático ver como isso repercutiu também em quem foi circunstancialmente feito de capacho pelo governo. o exército pegou jovens pobres que conheciam bem a região amazônica e os submeteu a diversos traumas para que eles fizessem o mesmo com os alvos da ditadura. a partir do momento em que já não eram úteis, foram esquecidos e silenciados.
vida longa à luta por memória, verdade e justiça pelos guerrilheiros do araguaia e todos os mortos da ditadura empresarial-militar brasileira.
Cafarnaum
4.6 673 Assista Agoracaralho, que nó na garganta. há tempos não terminava um filme aos prantos.
filmaço. excelente direção, roteiro e atuações - com destaque para as infantis. zain mandou bem demais, o menino é um grande ator.
o filme aborda várias questões essenciais, umas com maior, outras com menor intensidade, é claro, mas nem essas últimas são representadas de forma leviana ou desleixada. ao final, ficam as indagações sobre imigração, violência policial, sistema patriarcal, miséria, seletividade penal, maioridade penal, trabalho infantil, a relação do estado com a pobreza. esse último ponto foi brilhantemente abordado.
o estado que não apareceu pra registrar a criança, dar-lhe comida, educação ou casa agora aparece com seu braço armado, oferecendo uma rápida resposta com o cárcere. da mesma forma pra responsabilizar juridicamente os pais do menino, que sempre estiveram desamparados.
a cena de nadine, que dirige o longa e atua como advogada de zain, engolindo seco quando a mãe do menino desabafa sua experiência, é brilhante. me senti no lugar dela e engoli seco junto
minha única pulga atrás da orelha, que se confirmou vendo os comentários por aqui, é o debate sobre a contracepção de pobres, que pode levar a um perigoso discurso eugenista.
no mais, se feita com cuidado, a discussão em torno do filme pode ser muito proveitosa. indico demais!
Shirkers - O Filme Roubado
4.1 45 Assista Agoraatravés do documentário, a diretora experimenta a elaboração de um trauma. as cenas resgatadas do filme roubado são muito bonitas, a narrativa como um todo tem um tom cativante de nostalgia e é bacana ver a relação de sandi com o país de origem, embora de forma rápida e superficial - até porque não é a intenção da diretora trazer isso pro plano central. dá uma dorzinha imaginar quão difícil deve ter sido pra essas mulheres lidar com a frustração do trabalho perdido, mas, talvez pelas limitações da própria história narrada, o documentário se limitou demais a essa função pessoal de elaboração e ressignificação da experiência negativa, por isso não atinge suficientemente a empatia do telespectador.
Meu Tio da América
4.1 45resnais intercala de forma habilidosa a ficção, cuja narrativa consegue nos entreter e envolver (ainda que não profundamente), com a linguagem documental, defendendo de forma coesa a teoria comportamental que subsidia o filme. ainda que a abordagem behaviorista de estímulo-reação, a meu ver, seja bem insuficiente pra análise das relações sociais e do comportamento humano como um todo, seu uso aqui é interessante e cumpre bem, dentro de seus limites, o papel a que se propõe. sem contar que é um filme com cenas bem bonitas em termos estéticos.
O Poço
3.7 2,1K Assista Agorao roteiro é cheio de pontas soltas, as alegorias não funcionam e não se conectam bem com a trama, e o pior, na minha opinião: a pretensa análise social é extremamente rasa porque coloca a culpa da desigualdade social sobre o egoísmo "inerente" ao ser humano, como se esse fosse o centro da lógica capitalista. pura falta de compreensão da totalidade social, e sem dúvidas um desserviço pra uma obra que propõe ser uma metáfora a respeito da luta de classes. no fim das contas, o que sobra é um gore recheado de ideologia burguesa travestida de crítica social.
A História de Papusza
4.0 10quanta sensibilidade na fotografia desse filme!
O Homem do Futuro
3.7 2,5K Assista Agoralegião urbana harmoniza perfeitamente com esse filme. fraco, genérico, forçado. não é tão ruim como passatempo pra cabeça cansada, mas é só isso