O filme têm falhas no roteiro? Sim, como a maioria dos filmes de super heróis que assistimos nas últimas duas décadas.
Besouro Azul é pura cultura latina (mexicana). Isso foi respeitado e explorado no filme em todos os aspectos, desde a origem do herói, passando pela trilha sonora e referências até esperadas. Há n questões muito profundas ali que sim, poderiam ter sido exploradas com muito mais profundidade, porém, seria necessário um filme de cinco horas de duração - do jeito como foi feito, já é um mérito e o suficiente.
A única coisa que me incomodou no filme foi como algumas tiradas e piadas foram mal inseridas. Me senti igual aos jurados de RuPaul Drag's Race quando uma drag fazia uma piada sem timing algum: um tiquinho de vergonha alheia.
Fora isso, o filme é um bom filme de herói. Haters gonna hate, porém, acho até melhor que os dois filmes da Mulher Maravilha, Superman vs Batman e qualquer filme do Shazam.
O tema é muito bom, porém, o roteiro e a ordem cronológica de alguns fatos (vai e volta) ficaram confusos.O elenco é muito bom! Tinha tudo para ser um baita filme 5 estrelas mas ficou só nas 3 mesmo..
Gostei sim pelo tema, algo que não imaginava que um dia fossem produzir um filme algum dia. Mas gostei muito mais pelas cenas reais com aviões Antonov An-2, Cessna Skymaster e até MiG-21. Aliás, sobre o s MiG-21 cabe uma observação importante:
Usar MiG-21 foi um erro no filme. Não tão grotesco, pois Cuba ainda operava os antigos MiG-21 em 1996. A produção optou por este avião para retratar uma Cuba hiper atrasada ou não encontraram recursos para simular os MiG-29UB da história real? Acho que foi um misto das duas coisas, pois até o coitado do MiG-23 pularam na escolha de aeronaves!
Galera que anda muito preocupada em criticar duramente o filme pelos erros militares, de aviação e até históricos: é Top Gun, catapimbas! Não é "O Barco", "Uma Ponte Longe Demais" ou qualquer filme de guerra que retrate um fato histórico real - e que necessita de mais pé no chão e realismo!
Não esperem de um Top Gun um filme com precisão histórica, tampouco precisão militar. É um filme de ficção com uns pitacos de realidade - a existência da Top Gun da vida real, por exemplo. O primeiro foi puramente para divulgar a US Navy, o poderio militar dos EUA e de quebra gerar efeito positivo no recrutamento; o segundo ainda tem um tico dessa propaganda, porém, um discurso mais apaixonado pela aviação - lembrem-se do começo do filme e do que é dito ao Maverick!
Se o primeiro teve trocentas falhas na precisão militar, outras gafes quanto a aviação, não ia ser no segundo filme, 36 anos depois, que iam fazer um filme 100% regradinho e obedecendo todos os pormenores...
É uma boa sátira e que toca em pontos sensíveis do que foi e n oque se tornou a guerra/invasão no Afeganistão. Porém, ficou uma sensação de que faltou algo que justificasse o filme ser longo demais.
Melhor que os dois últimos, superior ao tosco 3, porém, ainda é fraco. Ainda continuo firme na minha opinião: a franquia não deveria ter passado do segundo filme e deveria ter continuado apenas com a série "Sarah Connor Chronicles", que é sempre ignorada nos filmes - e conseguiu ser melhor que todos os quatro filmes que se seguiram ao Julgamento Final.
Mesmos clichês de todos os filmes, que já cansaram a cabeça e passam a sensação de que ninguém sabe mais como fazer um filme da franquia que seja inovador, que prenda a nossa respiração e atenção: começo com perseguição, Swarza aparecendo de novo e por aí vai.
Linda Hamilton começou muito bem e ficou apagada da metade do filme até o final. Me fez questionar em muitas partes qual o sentido de terem trazido Sarah Connor para esse filme se resolveram jogá-la para escanteio de uma forma tão vergonhosa.
Kroc foi genial no ponto de vista empreendedor e de marketing? Sim. Os irmãos McDonalds foram geniais e revolucionários também no ponto de vista adminsitrativo e inovador? Sim - e poderiam ter ido muito além!
Os irmãos foram geniais, mas podem ensinar outras coisas além de como revolucionar algo: não se empreende com excesso de receio, assim como é preciso ter cuidado em quem confiar quando este alguém surgir com uma visão visionária sem você o conhecer minimamente bem.
E aquilo que revolta todos nós ao ver o filme é a desonestidade e canalhice pura do Kroc passar os irmãos McDonalds pra trás da forma como ele passou. É uma lição e tanta do que não se fazer. Não é necessário empreender da forma como Kroc fez - roubando ideias, roubando negócios, sendo arrogante e predador.
Alguns discordam da tradução brasileira para o nome do filme. Eu, ao contrário, achei perfeita: é muito melhor para retratar Kroc do que o pretensioso "The Founder" que ele tanto utilizava.
O filme é muito bom ao transmitir todos esses lados e todas essas nuances dessa história real sobre a rede de fast food. Michael Keaton, Nick Offerman e John Carroll Lynch com atuações agradáveis e muito boas - fiquei com vontade de abraçar o John durante todo filme, aliás.
Tinha tudo para ser um documentário fantástico. E de fato, começou de forma muito fantástica, cativante. Porém, pisaram na jaca pouco depois de contarem sobre o tricampeonato de Schumi.
Pisaram na jaca porque se alongaram em uma parte e ficaram sem tempo algum para contar o que veio depois ou porque não queriam (ou não foram autorizados) a contar os anos seguintes, sobretudo as ersa Schumacher/Barrichello e Schmacher/Massa, muito obviamente, o pós acidente em maiores detalhes (coisa que Corinna Schumacher nunca ia deixar que mostrassem mesmo).
Quanto a não mencionarem sequer um pouco dos anos com Rubinho na equipe, tenho pra mim a teoria de que não iriam gostar de abordar as vantagens contratuais que Schumi tinha em cima de Barrichello, as trocas de posição no grid em algumas corridas ou as ordens que Rubinho teve para não ultrapassar Schumacher (quando poderia ter ultrapassado) e por aí vai. Quanto ao período seguinte, ainda na Ferrari, provavelmente não queriam mostrar que Schumi perdeu para Alonso, em 2005, e ficou em terceiro lugar no caampeonato de 2006, vencido por Räikkönen.
Se fizeram isso com a ideia de mostrar e deixar marcada em nossas memórias um Schumacher vitorioso, impecável, infalível, então a produção acertou em cheio. Fizeram um ótimo documentário "chapa branca", com pequenos momentos de mordidas nas besteiras que Schumacher cometeu.
Portanto, era óbvio que não iam aproveitar nem a metade do bom amterial que tinham em mãos para mostrar essas "curiosidades" do tetra, penta, hexa e hepta, tampouco os dois últimos anos na Ferrari e a aposentadoria em maiores detalhes. Foi assim com o filme/documentário "Senna", de 2010, onde o lado "negro" do Ayrton nas pistas passou bastante batido.
Quem apenas enxergou a comédia pastelona típica de Mercenários e Top Gang no filme, perdeu o lado crítico do filme. Ou por culpa do diretor ou porque se perdeu tanto na comédia, com toques de humor negro, que deixou a crítica (muitasv ezes desse mesmo humor negro) passar batida.
Crítica que ia ao que os EUA fizeram na Guerra da Golfo, sobretudo com o tratado de paz. Foda-se a população iraquiana, fodam-se os refugiados! Por sinal, neste ponto, o filme pode servir de deja vu para os mais jóvens que só conhecem debandada parecida dos americanos neste ano de 2021, no Afeganistão.
E como comentaram aqui, alguns efeitos incomodam. Os que mais me irritaram foram lances de câmera lenta, que ficaram ruins muito provavelmente devido a quantidade de frames utilizados na gravação (parece até que comeram alguns frames, dando a sensação pitoresca de computador travando a imagem). Sem falar alguns lances com as núvens do céu aceleradas.
É inferior ao primeiro, porém, não é um filme descartável e péssimo como muito fã diz.
Começou muito bem, porém, desandou a maionese quando Max Lord passa a mostrar toda sua vilania.
Acredito que o roteiro era interessante, até mesmo que o do primeiro filme.Porém, a execução não foi das melhores, não sendo explorado da melhor forma possível, não tendo a profundidade que precisaria ter - e um vilão realmente impactante.
Kristen Wiig mandou muito bem, sobretudo no começo. Sem mencionar a pegada de crítica social ao machismo, ao "macho alfa predador", não se esquecendo dessa simbologia que a Mulher Maravilha tem.
Aquele tipo de comédia com uma crítica social e mensagem social e positiva, onde geralmente quem estrela são humoristas héteros como Adam Sandler ou Sandra Bullock. Agora, na versão LGBT+.
Gostei mas tambem não gostei. É tipo filme de Sessão da Tarde, que na maioria das vezes são ruins mas a gente pega um apego por eles.
E para variar, amei a participação da Alison Brie. Saudades de Glow!
Começou com uma hsitória promissora mas que, no final, virou um roteiro de novela mexicana que me deu a impressão de não saberem o que fazer com a história toda.
O cinema indiano costuma nos presenetar com grandes obras. Não é diferente com este filme: história bem amarrada, fotografia bem executada e atuações cativantes.
A histporia da Tenente Gunjan Saxena, que se passou nos anso 1990, segue atual: as dificuldades e a enorme superação que as mulheres enfrentam ao esbarrar com o ainda existente machismo na carreira militar. SIm, em pleno 2020 ainda temos casos de inferiorização da mulher no meio militar mundo afora e este filme serve como uma reflexão contemporânea.
Este filme é aquele clássico propagandista da USAF e, sobretudo do SAC. E é honesto ao não esconder isso em nenhum momento - algumas cenas são tão de propaganda que flertam com o pitoresco. É um bom filme para assistir numa tarde de sábado, sem qualquer compromisso e expectativa. Vale muito a pena pelas cenas em voo e pelos belos aviões que aparecem no filme, sobretudo o lindíssimo Boeing B-47.
Proporciona uma tensão absurda. A melancolia e trsiteza sentidas ao ver o filme também me lembraram o livro "Nada de Novo no Front", de Erich Maria Remarque, bem como um tiquinho do filme "Vá e Veja" (1985), de Elem Klimov.
A fotografia é outro aspecto que chama bastante a atenção. A paleta de cores levemente desbotada, sempre puxando para tons de terra e amarelo e a utilização da técnica one-shot - algo cuja a minha maior referência segue sendo o videoclipe das Spice Girls (Wannabe) - são dois alicerces na narrativa do filme, pois criam proximidade com os personagens, com os fatos narrados, ajudam nessa tensão e melancolia que o filme passa e te prende na história.
É daqueles que vale muito a pena ter o Blu-ray ou DVD em casa.
É um filme honesto mas com muita enrolação introdutória e um bocado de coisas sem sentido e nada a ver rolando na história do Superman. Porém, não é um filme ao todo ruim: dá para assistir de boa, quando não tiver mais nada de interessante para ser visto.
Um dos melhores filmes de heróis adaptados que já vi, sobretudo do universo DC! Não dá para esperar um hiper roteiro cult, porém, foi dentro do extremamente aceitável quando lembramos de outros filmes de super-heróis por aí.
Não achei que o CGI foi em excesso. Eu estranharia se não houvesse certa dose de CGI em um filme desses - ia ficar parecendo a série clássica da Mulher Maravilha, com a Gal Gadot girando o tempo too para se transformar, por exemplo..
***
Fugindo do filme e entrando numa parte do universo da Mulher Maravilha que andei lendo em alguns comentários por aqui.
Acho muito bacana e interessante ver toda uma discussão em cima da roupa/armadura da Mulher Maravilha. É inclusive um tema debatido há décadas, desde a criação da heroína. Vamos a alguns pontos a respeito:
1 - Ainda parece algo que objetifica a mulher, embora seja uma armadura de fato e bem melhor que os trajes das HQs. Aliás, o traje do filme lembra um dos últimos trajes utilizados nas HQs ali no começo dos anos 2000, ou seja, utilização de armadura com direito a proteção nos ombros (algo que sumiu no filme).
O traje da heroína já mudou ao longo das décadas, sempre se adequando a algum valor de época, a moda, etc. Primeiro ela usava uma saia, o que foi mudado para um colant devido ao fato de saias não serem boas em combate. Inclusive, anos depois (entre 1960 e 1980), ela usou por um bom tempo roupas que cobriam o corpo todo. O pior de tudo foi durante a década de 1990, com desenhistas alterando não apenas os traços da Diana (cintura finíssima, peitos e quadris fartos), mas mexendo na roupa - ora era a tradicional, ora ela aparecia em trajes de motoqueira sensualizada. Dos anos 2000 pra cá, já vimos a Mulher Maravilha em trajes com calça e jaqueta, efim, já rolou de tudo.
2 - Vamos pensar em quem Diana é: uma (semi)deusa, filha de Zeus e de Hipólita, uma amazona. O traje utilizado por Diana remete a esse contexto mitológico e histórico grego, basta olhar para os trajes das amazonas e comparar com os trajes usados por soldados gregos. É inspirado e contextualizado nisso, embora sim, haja algumas partes descobertas demais quando olhamos para a armadura de Diana e das outras amazonas.
Acredito que o traje dela possa evoluir, pois ainda bem que estamos em uma época onde discutimos esses detalhes de forma mais aberta, incisiva e com maior alcance. Infelizmente, a Mulher Maravilha não é a única heroína/personagem feminina que sofre desse velho problema de trajes inadequados para combate (pouco pano/armadura cobrindo o corpo). Fica a esperança de que mudem isso para algo mais condizente com a deusa que ela é e com o que ela representa enquanto ícone feminino.
Os 90 minutos foram o suficiente. Mais que isso, o filme ia se arrastar e ficar sem história.
É um filme bom, porém, não é tudo aquilo que se esperava ou se falava. Faltou amarrarem alguns pontos no roteiro. Não tem um grande ápice no filme e a tensão gerada é muito leve - o tempo todo em que assisti ao filme fiquei lembrando de "O Barco" (Das Boot).
Puta que o pariu, mas que filminho cheio de erros históricos, geográficos, com excesso de CGI, atuações bem fracas e cheio de enrolação! Enrolaram tanto pra chegar em Midway que miserihelp, tenho lá minhas dúvidas se sabiam sobre o que estavam gravandoa!
Tinha tudo para ser melhor que o filme de 1976, porém, conseguiu ser pior ainda. Não serve nem como material histórico, pois até inventaram que o Japão queria invadir os EUA os caras tiveram a sem vergonhice de inventar! Fora o fato de não existir um único avião de caça no porta-aviões dos Estados Unidos - o Dauntless, que aparece no filme, era um bombardeio também. Pelo amor!
É uma variante de Top Gun francesa, trocando os F-14 Tomcat pelos belíssimos Dassault Mirage 2000D - tem um Mirage IV ali no meio também e outros tantos aviões.
Vale muito a pena pelas cenas de voo, cujo 99% foram gravações reais utilizando um avião paquera cheio de câmeras (um Mirage 2000 na maioria das cenas e um Learjet em outras). Em tempos onde o cinema foi contaminado por computação gráfica e com cenas hiper forçadas na aviação, ver essas cenas reais é um colírio para as vistas.
A trama é boa mas tem uns clichês misturados com problema de roteiro e adição de cenas bem desnecessárias. A trilha sonora é esforçada mas bem longe de ser boa, de ser empolgante.
Notei que esta animação levantou algumas polêmicas para algumas pessoas, como a possível pedofilia. Vou ter que recorrer a spoilers para expor o meu ponto de vista e interpretações, portanto, se você não assistiu, só leia o que escrevi depois de assistir!
No meu ponto de vista, Porco não deu a mínima para Pio. Aliás, ele nitidamente fica muito sem graça das duas ou três vezes em que a adolescente de 17 anos faz algum gesto carinhoso, como os dois beijos que ela deu nele - um na bochecha e um selinho. E ele não lutou por ela no final por amá-la no sentido romântico da palavra, ele lutou mas muito mais para livrá-la da chance de se casar com o doido do Curtis, desafeto declarado do próprio Porco.
Uma outra coisa em relação a esse lance de pedofilia é como as leis eram no Japão na era em que a animação foi retratada, bem como na época em que foi criada e lançada. Se não me engano (quem souber melhor, por favor, me corrija), as mulheres já podiam se casar a partir dos 16 anos desde que com consentimento dos pais. Isso só foi mudado em 2018. Sendo assim, olhando pelo viés legislativo e de ligeiramente pelo viés cultural, pelas leis japonesas da época do entre guerras e da década de 1990 a Pio já não seria mais menor de idade e estaria em idade para se casar.
Assistindo dentro deste contexto, não é ou nem deveria ser encarado como pedofilia. Lembrem-se que a animação é DATADA, ou seja, retrata uma diferente e com leis diferentes.
No entanto, se formos assistir a Porco Rosso sem levar essa datação em conta, bem como levando em consideração que certos costumes e culturas chocam (e não estão corretas) com relação a maioridade/casamento das mulheres, é óbvio que soa como pedofilia e isso enoja bastante mesmo - e todo debate em cima disso é super válido. Outro ponto que pode chocar mais é o interesse daquele monte de pilotos marmanjos em cima da Pio, por ela demonstrar uma inteligência e uma atitude inesperadas para aquele monte de pilotos (machistas).
Vale lembrar que esta animação não é um romance puramente dito. Não se trata de uma história de amor entre dois personagens. A animação conta muito mais sobre aviação, sobre hidroaviões! O autor da animação é um apaixonado por aviação, inclusive o nome "Ghibli" que ele deu ao estúdio é uma preciosa referência a aviação - é tanto um sinônimo italiano para o vento quente e desértico chamado de "sirocco" quanto uma referência a um avião também italiano desenvolvido naquela época.
Deixando a polêmica de lado e destacando um ponto muito foda e positivo na animação: a valorização do "girl power". Porco é machista e tem atitudes típicas da sociedade e de homens naquela época (início do século XX, período entre as duas guerras mundiais, etc). O personagem assim foi construído, o que não significa que o autor da animação seja machista! Mas no meio da animação o machismo do Porco parece começar a ser desconstruído quando somos apresentados a cenas que valorizam as mulheres, como toda a inteligência da Pio ao desenvolver um avião do zero e o trabalho de mulheres ao construir o hidroavião).
No mais, a animação é agradável de assistir. É muito bem feita! Para quem gosta de aviação, há referências de todos os tipos!
Não é lá aquelas coisas como filme de guerra mas vale como uma distração. Prende pela tensão que cria em vários momentos. Lembra os blockbusters americanos hollywoodianos, o que faz perder um tico daquela pegada do cinema russo de guerra - e mesmo assim consegue ser melhor que um blockbuster americano. Bom, é quase um Rambo III repaginado.
Nada baseado em fatos reais, porém, até lembra certas histórias da propaganda soviética durante a Segunda Guerra para elevar o moral dos combatentes.
Agrada pelos efeitos muito bem feitos, embora exagere do slow motion "Matrix" em muitas cenas.Também agrada pelos figurinos e parcialmente pela fotografia. Peca ao colocar os alemães como facilmente enganáveis, parecendo um retrato pitoresco de stormtroopers dos filmes dos Trapalhões, assim como peca ao apelar para alguns clichês bem piegas.
Me diverte (e me causa estranheza também) ver que um filme como esse tem 4 estrelas de nota média no FIlmow, enquanto os (excelentes) filmes russos de guerra mesmo estão com classificação mais baixa. Bom, gosto é gosto!
Esperava mais. Uma história real dessas mas que foi mal aproveitada na narrativa, com algumas atuações fraquinhas e algumas cenas desconexas. Em alguns pontos me lembrou os antigos filmes de guerra e romance das décadas de 1940 à 1960, porém, de um jeito piegas.
Besouro Azul
3.2 556 Assista AgoraO filme têm falhas no roteiro? Sim, como a maioria dos filmes de super heróis que assistimos nas últimas duas décadas.
Besouro Azul é pura cultura latina (mexicana). Isso foi respeitado e explorado no filme em todos os aspectos, desde a origem do herói, passando pela trilha sonora e referências até esperadas. Há n questões muito profundas ali que sim, poderiam ter sido exploradas com muito mais profundidade, porém, seria necessário um filme de cinco horas de duração - do jeito como foi feito, já é um mérito e o suficiente.
A única coisa que me incomodou no filme foi como algumas tiradas e piadas foram mal inseridas. Me senti igual aos jurados de RuPaul Drag's Race quando uma drag fazia uma piada sem timing algum: um tiquinho de vergonha alheia.
Fora isso, o filme é um bom filme de herói. Haters gonna hate, porém, acho até melhor que os dois filmes da Mulher Maravilha, Superman vs Batman e qualquer filme do Shazam.
Wasp Network: Rede de Espiões
3.1 116 Assista AgoraO tema é muito bom, porém, o roteiro e a ordem cronológica de alguns fatos (vai e volta) ficaram confusos.O elenco é muito bom! Tinha tudo para ser um baita filme 5 estrelas mas ficou só nas 3 mesmo..
Gostei sim pelo tema, algo que não imaginava que um dia fossem produzir um filme algum dia. Mas gostei muito mais pelas cenas reais com aviões Antonov An-2, Cessna Skymaster e até MiG-21. Aliás, sobre o s MiG-21 cabe uma observação importante:
Usar MiG-21 foi um erro no filme. Não tão grotesco, pois Cuba ainda operava os antigos MiG-21 em 1996. A produção optou por este avião para retratar uma Cuba hiper atrasada ou não encontraram recursos para simular os MiG-29UB da história real? Acho que foi um misto das duas coisas, pois até o coitado do MiG-23 pularam na escolha de aeronaves!
Top Gun: Maverick
4.2 1,1K Assista AgoraGalera que anda muito preocupada em criticar duramente o filme pelos erros militares, de aviação e até históricos: é Top Gun, catapimbas! Não é "O Barco", "Uma Ponte Longe Demais" ou qualquer filme de guerra que retrate um fato histórico real - e que necessita de mais pé no chão e realismo!
Não esperem de um Top Gun um filme com precisão histórica, tampouco precisão militar. É um filme de ficção com uns pitacos de realidade - a existência da Top Gun da vida real, por exemplo. O primeiro foi puramente para divulgar a US Navy, o poderio militar dos EUA e de quebra gerar efeito positivo no recrutamento; o segundo ainda tem um tico dessa propaganda, porém, um discurso mais apaixonado pela aviação - lembrem-se do começo do filme e do que é dito ao Maverick!
Se o primeiro teve trocentas falhas na precisão militar, outras gafes quanto a aviação, não ia ser no segundo filme, 36 anos depois, que iam fazer um filme 100% regradinho e obedecendo todos os pormenores...
Máquina de Guerra
2.7 150 Assista AgoraÉ uma boa sátira e que toca em pontos sensíveis do que foi e n oque se tornou a guerra/invasão no Afeganistão. Porém, ficou uma sensação de que faltou algo que justificasse o filme ser longo demais.
O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio
3.1 724 Assista AgoraMelhor que os dois últimos, superior ao tosco 3, porém, ainda é fraco. Ainda continuo firme na minha opinião: a franquia não deveria ter passado do segundo filme e deveria ter continuado apenas com a série "Sarah Connor Chronicles", que é sempre ignorada nos filmes - e conseguiu ser melhor que todos os quatro filmes que se seguiram ao Julgamento Final.
Mesmos clichês de todos os filmes, que já cansaram a cabeça e passam a sensação de que ninguém sabe mais como fazer um filme da franquia que seja inovador, que prenda a nossa respiração e atenção: começo com perseguição, Swarza aparecendo de novo e por aí vai.
Linda Hamilton começou muito bem e ficou apagada da metade do filme até o final. Me fez questionar em muitas partes qual o sentido de terem trazido Sarah Connor para esse filme se resolveram jogá-la para escanteio de uma forma tão vergonhosa.
Matar John Connor: ok, é até compreensível de certa forma. Mas que ao menos criassem uma boa justificativa para isso, algo muito foda no roteiro.
Fome de Poder
3.6 830 Assista AgoraKroc foi genial no ponto de vista empreendedor e de marketing? Sim. Os irmãos McDonalds foram geniais e revolucionários também no ponto de vista adminsitrativo e inovador? Sim - e poderiam ter ido muito além!
Os irmãos foram geniais, mas podem ensinar outras coisas além de como revolucionar algo: não se empreende com excesso de receio, assim como é preciso ter cuidado em quem confiar quando este alguém surgir com uma visão visionária sem você o conhecer minimamente bem.
E aquilo que revolta todos nós ao ver o filme é a desonestidade e canalhice pura do Kroc passar os irmãos McDonalds pra trás da forma como ele passou. É uma lição e tanta do que não se fazer. Não é necessário empreender da forma como Kroc fez - roubando ideias, roubando negócios, sendo arrogante e predador.
Alguns discordam da tradução brasileira para o nome do filme. Eu, ao contrário, achei perfeita: é muito melhor para retratar Kroc do que o pretensioso "The Founder" que ele tanto utilizava.
O filme é muito bom ao transmitir todos esses lados e todas essas nuances dessa história real sobre a rede de fast food. Michael Keaton, Nick Offerman e John Carroll Lynch com atuações agradáveis e muito boas - fiquei com vontade de abraçar o John durante todo filme, aliás.
Schumacher
3.8 69Tinha tudo para ser um documentário fantástico. E de fato, começou de forma muito fantástica, cativante. Porém, pisaram na jaca pouco depois de contarem sobre o tricampeonato de Schumi.
Pisaram na jaca porque se alongaram em uma parte e ficaram sem tempo algum para contar o que veio depois ou porque não queriam (ou não foram autorizados) a contar os anos seguintes, sobretudo as ersa Schumacher/Barrichello e Schmacher/Massa, muito obviamente, o pós acidente em maiores detalhes (coisa que Corinna Schumacher nunca ia deixar que mostrassem mesmo).
Quanto a não mencionarem sequer um pouco dos anos com Rubinho na equipe, tenho pra mim a teoria de que não iriam gostar de abordar as vantagens contratuais que Schumi tinha em cima de Barrichello, as trocas de posição no grid em algumas corridas ou as ordens que Rubinho teve para não ultrapassar Schumacher (quando poderia ter ultrapassado) e por aí vai. Quanto ao período seguinte, ainda na Ferrari, provavelmente não queriam mostrar que Schumi perdeu para Alonso, em 2005, e ficou em terceiro lugar no caampeonato de 2006, vencido por Räikkönen.
Se fizeram isso com a ideia de mostrar e deixar marcada em nossas memórias um Schumacher vitorioso, impecável, infalível, então a produção acertou em cheio. Fizeram um ótimo documentário "chapa branca", com pequenos momentos de mordidas nas besteiras que Schumacher cometeu.
Portanto, era óbvio que não iam aproveitar nem a metade do bom amterial que tinham em mãos para mostrar essas "curiosidades" do tetra, penta, hexa e hepta, tampouco os dois últimos anos na Ferrari e a aposentadoria em maiores detalhes. Foi assim com o filme/documentário "Senna", de 2010, onde o lado "negro" do Ayrton nas pistas passou bastante batido.
Três Reis
3.4 139 Assista AgoraQuem apenas enxergou a comédia pastelona típica de Mercenários e Top Gang no filme, perdeu o lado crítico do filme. Ou por culpa do diretor ou porque se perdeu tanto na comédia, com toques de humor negro, que deixou a crítica (muitasv ezes desse mesmo humor negro) passar batida.
Crítica que ia ao que os EUA fizeram na Guerra da Golfo, sobretudo com o tratado de paz. Foda-se a população iraquiana, fodam-se os refugiados! Por sinal, neste ponto, o filme pode servir de deja vu para os mais jóvens que só conhecem debandada parecida dos americanos neste ano de 2021, no Afeganistão.
E como comentaram aqui, alguns efeitos incomodam. Os que mais me irritaram foram lances de câmera lenta, que ficaram ruins muito provavelmente devido a quantidade de frames utilizados na gravação (parece até que comeram alguns frames, dando a sensação pitoresca de computador travando a imagem). Sem falar alguns lances com as núvens do céu aceleradas.
Mulher-Maravilha 1984
3.0 1,4K Assista AgoraÉ inferior ao primeiro, porém, não é um filme descartável e péssimo como muito fã diz.
Começou muito bem, porém, desandou a maionese quando Max Lord passa a mostrar toda sua vilania.
Acredito que o roteiro era interessante, até mesmo que o do primeiro filme.Porém, a execução não foi das melhores, não sendo explorado da melhor forma possível, não tendo a profundidade que precisaria ter - e um vilão realmente impactante.
Kristen Wiig mandou muito bem, sobretudo no começo. Sem mencionar a pegada de crítica social ao machismo, ao "macho alfa predador", não se esquecendo dessa simbologia que a Mulher Maravilha tem.
Alguém Avisa?
3.5 340 Assista AgoraAquele tipo de comédia com uma crítica social e mensagem social e positiva, onde geralmente quem estrela são humoristas héteros como Adam Sandler ou Sandra Bullock. Agora, na versão LGBT+.
Gostei mas tambem não gostei. É tipo filme de Sessão da Tarde, que na maioria das vezes são ruins mas a gente pega um apego por eles.
E para variar, amei a participação da Alison Brie. Saudades de Glow!
Conspiração
3.7 40 Assista AgoraUma outra forma de contar o horror do Holocausto. Sem mostrar um único judeu sendo morto. É impactante como deveria ser e recheado de ótimas atuações.
Da Colina Kokuriko
4.0 243 Assista AgoraComeçou com uma hsitória promissora mas que, no final, virou um roteiro de novela mexicana que me deu a impressão de não saberem o que fazer com a história toda.
A Tenente de Cargil
4.1 39 Assista AgoraO cinema indiano costuma nos presenetar com grandes obras. Não é diferente com este filme: história bem amarrada, fotografia bem executada e atuações cativantes.
A histporia da Tenente Gunjan Saxena, que se passou nos anso 1990, segue atual: as dificuldades e a enorme superação que as mulheres enfrentam ao esbarrar com o ainda existente machismo na carreira militar. SIm, em pleno 2020 ainda temos casos de inferiorização da mulher no meio militar mundo afora e este filme serve como uma reflexão contemporânea.
Comandos do Ar
3.6 7 Assista AgoraEste filme é aquele clássico propagandista da USAF e, sobretudo do SAC. E é honesto ao não esconder isso em nenhum momento - algumas cenas são tão de propaganda que flertam com o pitoresco. É um bom filme para assistir numa tarde de sábado, sem qualquer compromisso e expectativa. Vale muito a pena pelas cenas em voo e pelos belos aviões que aparecem no filme, sobretudo o lindíssimo Boeing B-47.
1917
4.2 1,8K Assista AgoraProporciona uma tensão absurda. A melancolia e trsiteza sentidas ao ver o filme também me lembraram o livro "Nada de Novo no Front", de Erich Maria Remarque, bem como um tiquinho do filme "Vá e Veja" (1985), de Elem Klimov.
A fotografia é outro aspecto que chama bastante a atenção. A paleta de cores levemente desbotada, sempre puxando para tons de terra e amarelo e a utilização da técnica one-shot - algo cuja a minha maior referência segue sendo o videoclipe das Spice Girls (Wannabe) - são dois alicerces na narrativa do filme, pois criam proximidade com os personagens, com os fatos narrados, ajudam nessa tensão e melancolia que o filme passa e te prende na história.
É daqueles que vale muito a pena ter o Blu-ray ou DVD em casa.
O Homem de Aço
3.6 3,9K Assista AgoraÉ um filme honesto mas com muita enrolação introdutória e um bocado de coisas sem sentido e nada a ver rolando na história do Superman. Porém, não é um filme ao todo ruim: dá para assistir de boa, quando não tiver mais nada de interessante para ser visto.
Mulher-Maravilha
4.1 2,9K Assista AgoraUm dos melhores filmes de heróis adaptados que já vi, sobretudo do universo DC! Não dá para esperar um hiper roteiro cult, porém, foi dentro do extremamente aceitável quando lembramos de outros filmes de super-heróis por aí.
Não achei que o CGI foi em excesso. Eu estranharia se não houvesse certa dose de CGI em um filme desses - ia ficar parecendo a série clássica da Mulher Maravilha, com a Gal Gadot girando o tempo too para se transformar, por exemplo..
***
Fugindo do filme e entrando numa parte do universo da Mulher Maravilha que andei lendo em alguns comentários por aqui.
Acho muito bacana e interessante ver toda uma discussão em cima da roupa/armadura da Mulher Maravilha. É inclusive um tema debatido há décadas, desde a criação da heroína. Vamos a alguns pontos a respeito:
1 - Ainda parece algo que objetifica a mulher, embora seja uma armadura de fato e bem melhor que os trajes das HQs. Aliás, o traje do filme lembra um dos últimos trajes utilizados nas HQs ali no começo dos anos 2000, ou seja, utilização de armadura com direito a proteção nos ombros (algo que sumiu no filme).
O traje da heroína já mudou ao longo das décadas, sempre se adequando a algum valor de época, a moda, etc. Primeiro ela usava uma saia, o que foi mudado para um colant devido ao fato de saias não serem boas em combate. Inclusive, anos depois (entre 1960 e 1980), ela usou por um bom tempo roupas que cobriam o corpo todo. O pior de tudo foi durante a década de 1990, com desenhistas alterando não apenas os traços da Diana (cintura finíssima, peitos e quadris fartos), mas mexendo na roupa - ora era a tradicional, ora ela aparecia em trajes de motoqueira sensualizada. Dos anos 2000 pra cá, já vimos a Mulher Maravilha em trajes com calça e jaqueta, efim, já rolou de tudo.
2 - Vamos pensar em quem Diana é: uma (semi)deusa, filha de Zeus e de Hipólita, uma amazona. O traje utilizado por Diana remete a esse contexto mitológico e histórico grego, basta olhar para os trajes das amazonas e comparar com os trajes usados por soldados gregos. É inspirado e contextualizado nisso, embora sim, haja algumas partes descobertas demais quando olhamos para a armadura de Diana e das outras amazonas.
Acredito que o traje dela possa evoluir, pois ainda bem que estamos em uma época onde discutimos esses detalhes de forma mais aberta, incisiva e com maior alcance. Infelizmente, a Mulher Maravilha não é a única heroína/personagem feminina que sofre desse velho problema de trajes inadequados para combate (pouco pano/armadura cobrindo o corpo). Fica a esperança de que mudem isso para algo mais condizente com a deusa que ela é e com o que ela representa enquanto ícone feminino.
Greyhound: Na Mira do Inimigo
3.3 246 Assista AgoraOs 90 minutos foram o suficiente. Mais que isso, o filme ia se arrastar e ficar sem história.
É um filme bom, porém, não é tudo aquilo que se esperava ou se falava. Faltou amarrarem alguns pontos no roteiro. Não tem um grande ápice no filme e a tensão gerada é muito leve - o tempo todo em que assisti ao filme fiquei lembrando de "O Barco" (Das Boot).
Estrelas Além do Tempo
4.3 1,5K Assista AgoraUm filme profundo, mostrando um lado da história da corrida espacial e da NASA que era desconhecido do público em geral.
Recomendo ler o livro também. E recomendo também assistir esse filme em conjunto com o clássico "Os Eleitos", de 1983.
Midway: Batalha em Alto Mar
3.3 187 Assista AgoraPuta que o pariu, mas que filminho cheio de erros históricos, geográficos, com excesso de CGI, atuações bem fracas e cheio de enrolação! Enrolaram tanto pra chegar em Midway que miserihelp, tenho lá minhas dúvidas se sabiam sobre o que estavam gravandoa!
Tinha tudo para ser melhor que o filme de 1976, porém, conseguiu ser pior ainda. Não serve nem como material histórico, pois até inventaram que o Japão queria invadir os EUA os caras tiveram a sem vergonhice de inventar! Fora o fato de não existir um único avião de caça no porta-aviões dos Estados Unidos - o Dauntless, que aparece no filme, era um bombardeio também. Pelo amor!
Os Cavaleiros do Ar
3.5 38É uma variante de Top Gun francesa, trocando os F-14 Tomcat pelos belíssimos Dassault Mirage 2000D - tem um Mirage IV ali no meio também e outros tantos aviões.
Vale muito a pena pelas cenas de voo, cujo 99% foram gravações reais utilizando um avião paquera cheio de câmeras (um Mirage 2000 na maioria das cenas e um Learjet em outras). Em tempos onde o cinema foi contaminado por computação gráfica e com cenas hiper forçadas na aviação, ver essas cenas reais é um colírio para as vistas.
A trama é boa mas tem uns clichês misturados com problema de roteiro e adição de cenas bem desnecessárias. A trilha sonora é esforçada mas bem longe de ser boa, de ser empolgante.
Porco Rosso: O Último Herói Romântico
3.9 285 Assista AgoraNotei que esta animação levantou algumas polêmicas para algumas pessoas, como a possível pedofilia. Vou ter que recorrer a spoilers para expor o meu ponto de vista e interpretações, portanto, se você não assistiu, só leia o que escrevi depois de assistir!
No meu ponto de vista, Porco não deu a mínima para Pio. Aliás, ele nitidamente fica muito sem graça das duas ou três vezes em que a adolescente de 17 anos faz algum gesto carinhoso, como os dois beijos que ela deu nele - um na bochecha e um selinho. E ele não lutou por ela no final por amá-la no sentido romântico da palavra, ele lutou mas muito mais para livrá-la da chance de se casar com o doido do Curtis, desafeto declarado do próprio Porco.
Uma outra coisa em relação a esse lance de pedofilia é como as leis eram no Japão na era em que a animação foi retratada, bem como na época em que foi criada e lançada. Se não me engano (quem souber melhor, por favor, me corrija), as mulheres já podiam se casar a partir dos 16 anos desde que com consentimento dos pais. Isso só foi mudado em 2018. Sendo assim, olhando pelo viés legislativo e de ligeiramente pelo viés cultural, pelas leis japonesas da época do entre guerras e da década de 1990 a Pio já não seria mais menor de idade e estaria em idade para se casar.
Assistindo dentro deste contexto, não é ou nem deveria ser encarado como pedofilia. Lembrem-se que a animação é DATADA, ou seja, retrata uma diferente e com leis diferentes.
No entanto, se formos assistir a Porco Rosso sem levar essa datação em conta, bem como levando em consideração que certos costumes e culturas chocam (e não estão corretas) com relação a maioridade/casamento das mulheres, é óbvio que soa como pedofilia e isso enoja bastante mesmo - e todo debate em cima disso é super válido. Outro ponto que pode chocar mais é o interesse daquele monte de pilotos marmanjos em cima da Pio, por ela demonstrar uma inteligência e uma atitude inesperadas para aquele monte de pilotos (machistas).
Vale lembrar que esta animação não é um romance puramente dito. Não se trata de uma história de amor entre dois personagens. A animação conta muito mais sobre aviação, sobre hidroaviões! O autor da animação é um apaixonado por aviação, inclusive o nome "Ghibli" que ele deu ao estúdio é uma preciosa referência a aviação - é tanto um sinônimo italiano para o vento quente e desértico chamado de "sirocco" quanto uma referência a um avião também italiano desenvolvido naquela época.
Deixando a polêmica de lado e destacando um ponto muito foda e positivo na animação: a valorização do "girl power". Porco é machista e tem atitudes típicas da sociedade e de homens naquela época (início do século XX, período entre as duas guerras mundiais, etc). O personagem assim foi construído, o que não significa que o autor da animação seja machista! Mas no meio da animação o machismo do Porco parece começar a ser desconstruído quando somos apresentados a cenas que valorizam as mulheres, como toda a inteligência da Pio ao desenvolver um avião do zero e o trabalho de mulheres ao construir o hidroavião).
No mais, a animação é agradável de assistir. É muito bem feita! Para quem gosta de aviação, há referências de todos os tipos!
T-34: O Monstro de Metal
3.9 33Não é lá aquelas coisas como filme de guerra mas vale como uma distração. Prende pela tensão que cria em vários momentos. Lembra os blockbusters americanos hollywoodianos, o que faz perder um tico daquela pegada do cinema russo de guerra - e mesmo assim consegue ser melhor que um blockbuster americano. Bom, é quase um Rambo III repaginado.
Nada baseado em fatos reais, porém, até lembra certas histórias da propaganda soviética durante a Segunda Guerra para elevar o moral dos combatentes.
Agrada pelos efeitos muito bem feitos, embora exagere do slow motion "Matrix" em muitas cenas.Também agrada pelos figurinos e parcialmente pela fotografia. Peca ao colocar os alemães como facilmente enganáveis, parecendo um retrato pitoresco de stormtroopers dos filmes dos Trapalhões, assim como peca ao apelar para alguns clichês bem piegas.
Me diverte (e me causa estranheza também) ver que um filme como esse tem 4 estrelas de nota média no FIlmow, enquanto os (excelentes) filmes russos de guerra mesmo estão com classificação mais baixa. Bom, gosto é gosto!
Indestrutível
3.0 20 Assista AgoraEsperava mais. Uma história real dessas mas que foi mal aproveitada na narrativa, com algumas atuações fraquinhas e algumas cenas desconexas. Em alguns pontos me lembrou os antigos filmes de guerra e romance das décadas de 1940 à 1960, porém, de um jeito piegas.