"Assumindo-se como filme de ação, não perde tempo com meias palavras. Grande parte do filme e de seu desenvolvimento se dão em meio às cenas de perseguição e explosões. O divertido é que apesar de um certo exagero, ao menos em relação ao que se tem visto no gênero, há uma meticulosidade na construção narrativa imagética de cada cena que não nos deixa cansar – pelo contrário, queremos mais, e temos esse desejo atendido."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/mad-max-estrada-furia-critica/
"De um modo geral, pode-se dizer que é um filme simples, que passa exatamente aquilo que ele vende, o amadurecimento de uma criança de 6 anos até se tornar um adolescente de 18. Mas diferente de diversos filmes com tema similar, “Boyhood” vai se construindo aos poucos, nos detalhes que muitas vezes soam desinteressantes, mas que reverberam ao longo do filme, justamente como na vida."
Confiram o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/09/25/critica-boyhood/
"“Estou feliz em saber que você está bem”, dizem quase todos os personagens quando estão ao telefone com outra pessoa. A frase, no entanto, não é proferida como quem realmente acredita no que está dizendo. Assim como os vendedores de entretenimento, que vendem objetos para fazerem as pessoas mais felizes não parecem comprar a própria ideia do texto que repetem roboticamente a cada cliente. Roy Andersson propõe ao mesmo tempo um riso pelo bizarro e uma reflexão sobre a artificialidade das verdades do homem atual, perdido em simulacros e caminhando para uma apatia cada vez maior."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/10/27/critica-um-pombo-pousou-num-galho-refletindo-sobre-a-existencia/
"Jauja nos deixa a impressão de que os primeiros filmes do diretor eram uma espécie de ensaios estéticos-narrativos (ou até mesmo anti-narrativos), que o conduziram para o cinema que ele aqui nos apresenta. Apesar de ainda não agradar a todos os gostos, apresenta-se menos difícil, e nos convida a um passeio místico composto por lindos planos que exigem mais cuidado de nossos olhares com cada detalhe em cena."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/10/26/critica-jauja/
"Ceylan não faz questão nenhuma de fazer um filme fácil, os diálogos que chegam a durar cerca de meia hora por algumas vezes, são bastante densos e verborrágicos, além de serem recheados com cinismo e de ter tensões emocionais como subtexto. Apesar disso, o filme consegue prender a atenção do espectador, o que é algo admirável para um filme de 196 minutos e que não se esforça para ser fácil.”
Leiam o texto completo aqui: http://arrotos.com.br/2014/10/19/critica-winter-sleep/
"À riqueza de “Acima das Nuvens” ainda se soma uma mise-en-scene fortíssima, que só prova mais uma vez a qualidade de Assayas, que nos entrega uma poesia visual com diversos momentos não apenas bonitos esteticamente, mas que também mostram toda a força do cinema, que pode nos tirar algo, de repente, sem que saibamos se este algo sumiu, morreu, ou fugiu. Mas nos deixa essa dúvida, que nos consome e nos preenche, como as nuvens que preenchem os desfiladeiros de Sils Maria em uma dança que faz lembrar o rastejar de uma cobra."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/10/17/critica-acima-das-nuvens/
"Nick Cave está prestes a completar 20.000 dias na Terra. Nada melhor do que celebrar o fato expondo diversos nuances e curiosidades de uma carreira peculiar. Esse é o ponto de partida de Nick Cave – 20.000 dias na Terra, retrato de um artista inquieto e criativo. O personagem que encara a câmera é real, mas quase tudo que o envolve é tratado de maneira fictícia, fato que eleva a estética da obra a um patamar dificilmente alcançado por um documentário."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/09/29/critica-nick-cave-20-000-dias-na-terra/
"De um modo geral, pode-se dizer que é um filme simples, que passa exatamente aquilo que ele vende, o amadurecimento de uma criança de 6 anos até se tornar um adolescente de 18. Mas diferente de diversos filmes com tema similar, “Boyhood” vai se construindo aos poucos, nos detalhes que muitas vezes soam desinteressantes, mas que reverberam ao longo do filme, justamente como na vida."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/09/25/critica-boyhood/
"“Matar Um Homem”, terceiro filme do chileno Alejandro Fernández Almendras, claramente bebe na fonte do cinema naturalista que vem ganhando cada vez mais espaços nos festivais nos últimos tempos. O filme conta a história de Jorge, um pai de família, que acaba por se envolver com criminosos, que passam a ameaçá-lo e a sua família. Um argumento pouco original, que faz necessário que seu desenvolvimento se dê de forma interessante, para que o longa tenha alguma força."
Leia o texto completo e outros da cobertura do Festival do Rio aqui: http://arrotos.com.br/2014/09/24/critica-matar-um-homem/
"Muito em seus filmes pode soar pobre em aspectos técnicos, mas dificilmente ao fim das sessões isso vai fazer alguma diferença, pois indepente dos métodos e limitações técnicas de Jodorowsky, há nele uma liberdade de criação rara, e que é utilizada de forma sublime, compondo mise-en-scene’s exuberantes e histórias repletas de simbolismos e misticismos, de forma com que seja quase impossível um espectador passar ileso a uma experiência como essa. (...) Jodorowsky chama a realidade de suas memórias para dançar e transforma-as em poesia ao seu modo e divide com o espectador parte importante de sua formação em uma versão onírica, colorida e cheia de singularidades."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/09/23/critica-a-danca-da-realidade/
"O roteiro é o principal responsável pelo bom andamento do longa, tendo a direção discreta e uma boa montagem como apoios para sua fluidez. Por ser Ingrid uma escritora, que cria personagens que nos são apresentados em tela, e o diretor, também criador destes personagens, assim como da própria Ingrid, cria-se um jogo interessante de metalinguagem, que é introduzida paulatinamente no desenvolver do longa."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/09/22/critica-blind/
"O filme explora o fato da paixão facilmente iludir os sentidos, como um simples truque de mágica. O cinema usualmente aplica a mesma artimanha para iludir seus espectadores ao tentar seduzi-los de diversas formas. Porém é importante perceber que o maior sentimento é a dúvida, constante em todos os personagens, emoção racional que também motiva os espectadores a cada novo filme de Woody Allen."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/09/19/critica-magia-ao-luar/
"Mas mesmo perdido em um existencialismo metafísico falsamente profundo, a verdade é que até que dá pra curtir “Lucy” como um exemplo levemente excêntrico de cinema pipoca, onde dentro da realidade estranha proposta pelo filme, consegue se organizar de forma bastante coerente e se mantendo interessante do princípio ao fim."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/08/28/critica-lucy/ :)
"Sem abusar da trilha sonora, explorando silêncios, o filme se constrói com uma sequência de cenas muito boas. Seja a de uma perseguição onde a velocidade não é o mais importante e a tensão se instaura justamente por, tanto nós quanto parte dos envolvidos, não sabermos as motivações dos atos nela praticados. Seja em um quarto de hotel onde o inesperado se constrói em cima da insegurança de um personagem."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/08/08/critica-the-rover-a-cacada/
"A estranheza é um elemento bastante presente na filmografia do diretor, que trabalha muito com situações de não-pertencimento. A proposta aqui é de fazer um filme sobre vampiros, mas bastante diferente dos clássicos de gênero que costumam tratar as criaturas como monstros ou vilões, e também com um tratamento diferente da versão teen que foi adotada recentemente. Os vampiros de Jarmusch carregam consigo o peso da imortalidade, e com ela, o conhecimento adquirido com o passar dos séculos. Toda a vivência acumulada desemboca em uma sociedade atual que tem os humanos gentilmente apelidados de “zumbis”. (...) Jarmusch consegue fazer um filme despretensioso mas muito bem cuidado, conseguindo inserir o espectador no universo peculiar que o filme propõe. A trama em si fica em segundo plano, pode-se dizer até que o final é um pouco sem sal, mas o interessante do filme é justamente nos sentirmos parte daquilo, dentro do que seria uma rotina de vampiros nos dias de hoje, o que é alcançado com bastante êxito."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/08/06/critica-amantes-eternos/
"Esta leveza em excesso do filme já fica bastante clara nos tons que o filme se utiliza, bastante colorido, com cores saturadas, e também na apresentação dos personagens, seja um ladrão universal que pratica seus crimes sempre ouvindo músicas das décadas de 70 e 80 em seu walkman – o que aliás contribui bastante para o clima cool do filme, além de deixar a trilha sonora uma delícia -, seja em um ser que lembra muito uma árvore, que fala e se locomove como um humano, e que só sabe se expressar através de uma frase.
O problema reside nos pontos em que o filme necessita de mais seriedade mas não a encontra. A personagem Gamora (Zoe Saldana) por exemplo, tem um passado bastante sombrio e um arco bastante interessante, mas desenvolvido muito levianamente, de modo que difícil de engolir as motivações dela. O mesmo pode-se dizer dos vilões do filme, que ficam totalmente em segundo plano. O que tira a maior parte da emoção de uma das cenas finais do filme, afinal o vilão não foi bem trabalhado o suficiente para criar qualquer tipo de tensão ao espectador, é a cena ali acontecendo quase que crua, sem um combustível para sua aumentar sua força."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/08/01/critica-os-guardioes-da-galaxia/
"Cotillard talvez tenha entregado a maior atuação de sua vida, passando com o olhar – e o olhar é sempre um elemento bastante forte no cinema de Gray – toda a força de sua personagem. É a primeira protagonista feminina nos filme do diretor, que neste filme abre mão de outra característica bastante presente em seus filmes, a família, presente em todos os seus outros longas e que aqui fica resumida na irmã e nos tios, todos personagens que pouco aparecem na trama. Ewa está praticamente só, dependendo de pessoas em quem não confia.
Sobre a construção fílmica que se dá, o perfeccionismo de Gray continua presente e intacto. Não há planos inúteis, tudo está ali por um motivo. E o uso da luz para compor a narrativa, mostrando somente parte da cena, ajudando a construir a tensão quando esta se mostra necessária."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/07/29/critica-era-uma-vez-em-nova-york-a-imigrante/
"Se o cinema é a arte que mais se aproxima da memória, como pensava Tarkovski, Domingos o usa em stricto sensu e em um caleidoscópio de lembranças, redesenha sua infância com as verdades que lhe acompanharam na memória.
Domingos filma de forma quase caseira, mas não por isso deixa de fazer um cinema interessante. A câmera flui com naturalidade entre os personagens, captando uma intimidade que somente o próprio interlocutor da história poderia alcançar. Há alguns movimentos de slow motion que podem soar forçados, e até mesmo atuações demasiadamente “novelescas”, mas tudo cabe no clima que o filme propõe, de um cinema leve e agradável."
Leia o texto completo sobre este e outros filmes do Paulínia Film Festival: http://arrotos.com.br/2014/07/27/paulinia-5-infancia-a-historia-da-eternidade-geronimo-e-outros/
"Para fechar a noite, Lírio Ferreira nos presenteia mais uma vez com seu universo em “Sangue Azul“. Com uma direção muito mais regular do que a apresentada em seu último longa ficcional, “Árido Movie”, Lírio nos mostra a visita de um circo a uma ilha. Um dos integrantes do circo, Zolah (Daniel de Oliveira), é um antigo morador da ilha que a revisita depois de muitos anos e se vê obrigado a tecer um diálogo com seu passado."
Leia o texto completo sobre este e outros filmes do Paulínia Film Festival: http://arrotos.com.br/2014/07/26/paulinia-3-casa-grande-e-sangue-azul/
"É difícil deixar de ligar “Casa Grande” a “O Som ao Redor”. Ambos tratam de temas bastante similares e tem bastante êxito na proposta. O filme de Barbosa porém, se constrói de forma mais bem humorada, as risadas eram constantes e unânimes na plateia, e tende um pouco mais para o didatismo ao tratar de certos temas, discursando diretamente sobre estes, enquanto o filme de Kleber Mendonça constrói sua mensagem somente através de situações de roteiro. Dificilmente terá a mesma projeção que o filme pernambucano, mas sem dúvidas que merece atenção similar."
Leia o texto completo sobre este e outros filmes do Paulínia Film Festival: http://arrotos.com.br/2014/07/26/paulinia-3-casa-grande-e-sangue-azul/
"Uma interessante estreia em longas de ficção da diretora, que já trabalha com cinema, publicidade e televisão há anos mas ainda não havia se arriscado neste campo. O longa é baseado em um conto de Jorge Furtado, Frontal com Fanta, e adaptado para roteiro pelo próprio autor junto a seu filho.
A direção é bastante sóbria e segura, além de dialogar muito bem com a cinematografia, que ficou nas mãos da uruguaia Barbara Alvarez (Whisky). Algumas cenas são ótimas, como por exemplo quando há uma correria pela clínica ao som de "Talk To Me" da Peaches, filmada toda em um único plano sequência."
Leia o texto completo sobre este e outros filmes do Paulínia Film Festival: http://arrotos.com.br/2014/07/25/paulinia-3-boa-sorte-castanha-e-outros/
"É notável a capacidade da câmera de se tornar invisível na maior parte do processo, conseguindo captar momentos incríveis que transparecem toda a essência dos personagens. (...) Em alguns momentos o protagonista consegue inclusive brincar com o diretor do filme, falando diretamente para a câmera em cenas que o diretor sabiamente incluiu no filme. A cena final se destaca dentre essas que tem a quarta parede rompida, não vou revelá-la por motivos óbvios, mas é uma sutil provocação do diretor neste jogo entre documentário e ficção."
Leia o texto completo sobre esse e outros filmes do Paulínia Film Festival: http://arrotos.com.br/2014/07/24/paulinia-2-jessy-o-samba-e-outros/
"Dirigido pelo diretor francês George Gachot, mostra os bastidores da escola de samba da Vila Isabel, vinculando a história também a um de seus célebres integrantes, Martinho da Vila. (...) O diretor trata do amplo tema que propõe, o samba, focando em um pequeno universo, o macro pelo micro, e se sai muito bem nessa conversão. (...) O ótimo domínio do olhar do diretor consegue transformar pequenos detalhes nos melhores momentos do longa. Sabendo focar por exemplo no mestre da bateria que rege empolgadamente os batuques que não aparecem na tela. Ou então um divertido momento onde a cantora grega Nana Mouskouri tenta acompanhar Martinho nos versos de “Canta Canta Minha Gente” em português e se enrola toda."
Leia o texto completo sobre esse e outros filmes do Paulínia Film Festival: http://arrotos.com.br/2014/07/24/paulinia-2-jessy-o-samba-e-outros/
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista Agora"Assumindo-se como filme de ação, não perde tempo com meias palavras. Grande parte do filme e de seu desenvolvimento se dão em meio às cenas de perseguição e explosões. O divertido é que apesar de um certo exagero, ao menos em relação ao que se tem visto no gênero, há uma meticulosidade na construção narrativa imagética de cada cena que não nos deixa cansar – pelo contrário, queremos mais, e temos esse desejo atendido."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/mad-max-estrada-furia-critica/
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraUma singela provocação, assim como o próprio filme o é: http://arrotos.com.br/2015/02/14/ainda-sobre-birdman/
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraUm dos melhores filmes do ano
"De um modo geral, pode-se dizer que é um filme simples, que passa exatamente aquilo que ele vende, o amadurecimento de uma criança de 6 anos até se tornar um adolescente de 18. Mas diferente de diversos filmes com tema similar, “Boyhood” vai se construindo aos poucos, nos detalhes que muitas vezes soam desinteressantes, mas que reverberam ao longo do filme, justamente como na vida."
Confiram o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/09/25/critica-boyhood/
Um Pombo Pousou Num Galho Refletindo Sobre a Existência
3.6 267 Assista Agora"“Estou feliz em saber que você está bem”, dizem quase todos os personagens quando estão ao telefone com outra pessoa. A frase, no entanto, não é proferida como quem realmente acredita no que está dizendo. Assim como os vendedores de entretenimento, que vendem objetos para fazerem as pessoas mais felizes não parecem comprar a própria ideia do texto que repetem roboticamente a cada cliente. Roy Andersson propõe ao mesmo tempo um riso pelo bizarro e uma reflexão sobre a artificialidade das verdades do homem atual, perdido em simulacros e caminhando para uma apatia cada vez maior."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/10/27/critica-um-pombo-pousou-num-galho-refletindo-sobre-a-existencia/
Jauja
3.5 40"Jauja nos deixa a impressão de que os primeiros filmes do diretor eram uma espécie de ensaios estéticos-narrativos (ou até mesmo anti-narrativos), que o conduziram para o cinema que ele aqui nos apresenta. Apesar de ainda não agradar a todos os gostos, apresenta-se menos difícil, e nos convida a um passeio místico composto por lindos planos que exigem mais cuidado de nossos olhares com cada detalhe em cena."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/10/26/critica-jauja/
Sono de Inverno
4.0 133 Assista Agora"Ceylan não faz questão nenhuma de fazer um filme fácil, os diálogos que chegam a durar cerca de meia hora por algumas vezes, são bastante densos e verborrágicos, além de serem recheados com cinismo e de ter tensões emocionais como subtexto.
Apesar disso, o filme consegue prender a atenção do espectador, o que é algo admirável para um filme de 196 minutos e que não se esforça para ser fácil.”
Leiam o texto completo aqui: http://arrotos.com.br/2014/10/19/critica-winter-sleep/
Acima das Nuvens
3.6 400"À riqueza de “Acima das Nuvens” ainda se soma uma mise-en-scene fortíssima, que só prova mais uma vez a qualidade de Assayas, que nos entrega uma poesia visual com diversos momentos não apenas bonitos esteticamente, mas que também mostram toda a força do cinema, que pode nos tirar algo, de repente, sem que saibamos se este algo sumiu, morreu, ou fugiu. Mas nos deixa essa dúvida, que nos consome e nos preenche, como as nuvens que preenchem os desfiladeiros de Sils Maria em uma dança que faz lembrar o rastejar de uma cobra."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/10/17/critica-acima-das-nuvens/
20.000 Dias na Terra
4.1 26"Nick Cave está prestes a completar 20.000 dias na Terra. Nada melhor do que celebrar o fato expondo diversos nuances e curiosidades de uma carreira peculiar. Esse é o ponto de partida de Nick Cave – 20.000 dias na Terra, retrato de um artista inquieto e criativo. O personagem que encara a câmera é real, mas quase tudo que o envolve é tratado de maneira fictícia, fato que eleva a estética da obra a um patamar dificilmente alcançado por um documentário."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/09/29/critica-nick-cave-20-000-dias-na-terra/
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista Agora"De um modo geral, pode-se dizer que é um filme simples, que passa exatamente aquilo que ele vende, o amadurecimento de uma criança de 6 anos até se tornar um adolescente de 18. Mas diferente de diversos filmes com tema similar, “Boyhood” vai se construindo aos poucos, nos detalhes que muitas vezes soam desinteressantes, mas que reverberam ao longo do filme, justamente como na vida."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/09/25/critica-boyhood/
Matar um Homem
3.1 21 Assista Agora"“Matar Um Homem”, terceiro filme do chileno Alejandro Fernández Almendras, claramente bebe na fonte do cinema naturalista que vem ganhando cada vez mais espaços nos festivais nos últimos tempos. O filme conta a história de Jorge, um pai de família, que acaba por se envolver com criminosos, que passam a ameaçá-lo e a sua família. Um argumento pouco original, que faz necessário que seu desenvolvimento se dê de forma interessante, para que o longa tenha alguma força."
Leia o texto completo e outros da cobertura do Festival do Rio aqui: http://arrotos.com.br/2014/09/24/critica-matar-um-homem/
A Dança da Realidade
4.2 81"Muito em seus filmes pode soar pobre em aspectos técnicos, mas dificilmente ao fim das sessões isso vai fazer alguma diferença, pois indepente dos métodos e limitações técnicas de Jodorowsky, há nele uma liberdade de criação rara, e que é utilizada de forma sublime, compondo mise-en-scene’s exuberantes e histórias repletas de simbolismos e misticismos, de forma com que seja quase impossível um espectador passar ileso a uma experiência como essa.
(...)
Jodorowsky chama a realidade de suas memórias para dançar e transforma-as em poesia ao seu modo e divide com o espectador parte importante de sua formação em uma versão onírica, colorida e cheia de singularidades."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/09/23/critica-a-danca-da-realidade/
Blind
3.7 123 Assista Agora"O roteiro é o principal responsável pelo bom andamento do longa, tendo a direção discreta e uma boa montagem como apoios para sua fluidez. Por ser Ingrid uma escritora, que cria personagens que nos são apresentados em tela, e o diretor, também criador destes personagens, assim como da própria Ingrid, cria-se um jogo interessante de metalinguagem, que é introduzida paulatinamente no desenvolver do longa."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/09/22/critica-blind/
Magia ao Luar
3.4 569 Assista Agora"O filme explora o fato da paixão facilmente iludir os sentidos, como um simples truque de mágica. O cinema usualmente aplica a mesma artimanha para iludir seus espectadores ao tentar seduzi-los de diversas formas. Porém é importante perceber que o maior sentimento é a dúvida, constante em todos os personagens, emoção racional que também motiva os espectadores a cada novo filme de Woody Allen."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/09/19/critica-magia-ao-luar/
Lucy
3.3 3,3K Assista Agora"Mas mesmo perdido em um existencialismo metafísico falsamente profundo, a verdade é que até que dá pra curtir “Lucy” como um exemplo levemente excêntrico de cinema pipoca, onde dentro da realidade estranha proposta pelo filme, consegue se organizar de forma bastante coerente e se mantendo interessante do princípio ao fim."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/08/28/critica-lucy/
:)
The Rover: A Caçada
3.3 354 Assista Agora"Sem abusar da trilha sonora, explorando silêncios, o filme se constrói com uma sequência de cenas muito boas. Seja a de uma perseguição onde a velocidade não é o mais importante e a tensão se instaura justamente por, tanto nós quanto parte dos envolvidos, não sabermos as motivações dos atos nela praticados. Seja em um quarto de hotel onde o inesperado se constrói em cima da insegurança de um personagem."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/08/08/critica-the-rover-a-cacada/
Amantes Eternos
3.8 783 Assista Agora"A estranheza é um elemento bastante presente na filmografia do diretor, que trabalha muito com situações de não-pertencimento. A proposta aqui é de fazer um filme sobre vampiros, mas bastante diferente dos clássicos de gênero que costumam tratar as criaturas como monstros ou vilões, e também com um tratamento diferente da versão teen que foi adotada recentemente. Os vampiros de Jarmusch carregam consigo o peso da imortalidade, e com ela, o conhecimento adquirido com o passar dos séculos. Toda a vivência acumulada desemboca em uma sociedade atual que tem os humanos gentilmente apelidados de “zumbis”.
(...)
Jarmusch consegue fazer um filme despretensioso mas muito bem cuidado, conseguindo inserir o espectador no universo peculiar que o filme propõe. A trama em si fica em segundo plano, pode-se dizer até que o final é um pouco sem sal, mas o interessante do filme é justamente nos sentirmos parte daquilo, dentro do que seria uma rotina de vampiros nos dias de hoje, o que é alcançado com bastante êxito."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/08/06/critica-amantes-eternos/
Guardiões da Galáxia
4.1 3,8K Assista Agora"Esta leveza em excesso do filme já fica bastante clara nos tons que o filme se utiliza, bastante colorido, com cores saturadas, e também na apresentação dos personagens, seja um ladrão universal que pratica seus crimes sempre ouvindo músicas das décadas de 70 e 80 em seu walkman – o que aliás contribui bastante para o clima cool do filme, além de deixar a trilha sonora uma delícia -, seja em um ser que lembra muito uma árvore, que fala e se locomove como um humano, e que só sabe se expressar através de uma frase.
O problema reside nos pontos em que o filme necessita de mais seriedade mas não a encontra. A personagem Gamora (Zoe Saldana) por exemplo, tem um passado bastante sombrio e um arco bastante interessante, mas desenvolvido muito levianamente, de modo que difícil de engolir as motivações dela. O mesmo pode-se dizer dos vilões do filme, que ficam totalmente em segundo plano. O que tira a maior parte da emoção de uma das cenas finais do filme, afinal o vilão não foi bem trabalhado o suficiente para criar qualquer tipo de tensão ao espectador, é a cena ali acontecendo quase que crua, sem um combustível para sua aumentar sua força."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/08/01/critica-os-guardioes-da-galaxia/
Era Uma Vez em Nova York
3.5 296 Assista Agora"Cotillard talvez tenha entregado a maior atuação de sua vida, passando com o olhar – e o olhar é sempre um elemento bastante forte no cinema de Gray – toda a força de sua personagem. É a primeira protagonista feminina nos filme do diretor, que neste filme abre mão de outra característica bastante presente em seus filmes, a família, presente em todos os seus outros longas e que aqui fica resumida na irmã e nos tios, todos personagens que pouco aparecem na trama. Ewa está praticamente só, dependendo de pessoas em quem não confia.
Sobre a construção fílmica que se dá, o perfeccionismo de Gray continua presente e intacto. Não há planos inúteis, tudo está ali por um motivo. E o uso da luz para compor a narrativa, mostrando somente parte da cena, ajudando a construir a tensão quando esta se mostra necessária."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/07/29/critica-era-uma-vez-em-nova-york-a-imigrante/
Infância
3.0 16"Se o cinema é a arte que mais se aproxima da memória, como pensava Tarkovski, Domingos o usa em stricto sensu e em um caleidoscópio de lembranças, redesenha sua infância com as verdades que lhe acompanharam na memória.
Domingos filma de forma quase caseira, mas não por isso deixa de fazer um cinema interessante. A câmera flui com naturalidade entre os personagens, captando uma intimidade que somente o próprio interlocutor da história poderia alcançar. Há alguns movimentos de slow motion que podem soar forçados, e até mesmo atuações demasiadamente “novelescas”, mas tudo cabe no clima que o filme propõe, de um cinema leve e agradável."
Leia o texto completo sobre este e outros filmes do Paulínia Film Festival: http://arrotos.com.br/2014/07/27/paulinia-5-infancia-a-historia-da-eternidade-geronimo-e-outros/
Sangue Azul
3.3 55 Assista Agora"Para fechar a noite, Lírio Ferreira nos presenteia mais uma vez com seu universo em “Sangue Azul“. Com uma direção muito mais regular do que a apresentada em seu último longa ficcional, “Árido Movie”, Lírio nos mostra a visita de um circo a uma ilha. Um dos integrantes do circo, Zolah (Daniel de Oliveira), é um antigo morador da ilha que a revisita depois de muitos anos e se vê obrigado a tecer um diálogo com seu passado."
Leia o texto completo sobre este e outros filmes do Paulínia Film Festival: http://arrotos.com.br/2014/07/26/paulinia-3-casa-grande-e-sangue-azul/
Casa Grande
3.5 576 Assista Agora"É difícil deixar de ligar “Casa Grande” a “O Som ao Redor”. Ambos tratam de temas bastante similares e tem bastante êxito na proposta. O filme de Barbosa porém, se constrói de forma mais bem humorada, as risadas eram constantes e unânimes na plateia, e tende um pouco mais para o didatismo ao tratar de certos temas, discursando diretamente sobre estes, enquanto o filme de Kleber Mendonça constrói sua mensagem somente através de situações de roteiro. Dificilmente terá a mesma projeção que o filme pernambucano, mas sem dúvidas que merece atenção similar."
Leia o texto completo sobre este e outros filmes do Paulínia Film Festival: http://arrotos.com.br/2014/07/26/paulinia-3-casa-grande-e-sangue-azul/
Boa Sorte
3.6 440"Uma interessante estreia em longas de ficção da diretora, que já trabalha com cinema, publicidade e televisão há anos mas ainda não havia se arriscado neste campo. O longa é baseado em um conto de Jorge Furtado, Frontal com Fanta, e adaptado para roteiro pelo próprio autor junto a seu filho.
A direção é bastante sóbria e segura, além de dialogar muito bem com a cinematografia, que ficou nas mãos da uruguaia Barbara Alvarez (Whisky). Algumas cenas são ótimas, como por exemplo quando há uma correria pela clínica ao som de "Talk To Me" da Peaches, filmada toda em um único plano sequência."
Leia o texto completo sobre este e outros filmes do Paulínia Film Festival: http://arrotos.com.br/2014/07/25/paulinia-3-boa-sorte-castanha-e-outros/
Aprendi a Jogar com Você
3.6 2"É notável a capacidade da câmera de se tornar invisível na maior parte do processo, conseguindo captar momentos incríveis que transparecem toda a essência dos personagens.
(...)
Em alguns momentos o protagonista consegue inclusive brincar com o diretor do filme, falando diretamente para a câmera em cenas que o diretor sabiamente incluiu no filme. A cena final se destaca dentre essas que tem a quarta parede rompida, não vou revelá-la por motivos óbvios, mas é uma sutil provocação do diretor neste jogo entre documentário e ficção."
Leia o texto completo sobre esse e outros filmes do Paulínia Film Festival: http://arrotos.com.br/2014/07/24/paulinia-2-jessy-o-samba-e-outros/
O Samba
3.5 4"Dirigido pelo diretor francês George Gachot, mostra os bastidores da escola de samba da Vila Isabel, vinculando a história também a um de seus célebres integrantes, Martinho da Vila.
(...)
O diretor trata do amplo tema que propõe, o samba, focando em um pequeno universo, o macro pelo micro, e se sai muito bem nessa conversão.
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O ótimo domínio do olhar do diretor consegue transformar pequenos detalhes nos melhores momentos do longa. Sabendo focar por exemplo no mestre da bateria que rege empolgadamente os batuques que não aparecem na tela. Ou então um divertido momento onde a cantora grega Nana Mouskouri tenta acompanhar Martinho nos versos de “Canta Canta Minha Gente” em português e se enrola toda."
Leia o texto completo sobre esse e outros filmes do Paulínia Film Festival: http://arrotos.com.br/2014/07/24/paulinia-2-jessy-o-samba-e-outros/