Arthur

Efeitos Visuais: 10/10
Fotografia: 10/10
Roteiro: 7/10
Atuações/Diálogos: 8/10
Figurino: 10/10
Trilha sonora: 9/10

Nota total: 9/10

Não tenho palavras pra descrever como me sinto quanto à esse filme. É com certeza o filme que mais me deixou bagunçado depois de assistir (E a trilha sonora ajuda muito nessa imersão na atmosfera do filme, que trilha foda, sr. Hans). E falo isso pois tudo o que eu mais gosto está nesse filme: Astronomia, Astrofísica, Cosmologia, Psicologia. Ciência. A frase dita por Cooper, em sua sacada, são coisas que eu sempre me peguei pensando: "We used to look up at the sky and wonder at our place in the stars, now we just look down and worry about our place in the dirt."
Mais do que um filme sobre ficção científica, é um filme sobre pessoas. E suas emoções. Mais do que isso também, suas emoções FORA de tudo que já viveram, fora da sua caixinha azul chamada Terra. Como reagir estando tão longe de casa? Como reagir sabendo que o futuro da espécie está em suas mãos? Como reagir quando se descobre que o tempo é relativo? Como reagir quando se vê que o cosmos é um lugar tão hostil, mas também tão indiferente a nossa existência?
É louco ficar pensando nas janelas que se abrem depois de ver esse filme. É enlouquecedor demais. Grandioso demais. Tão grandioso que te bagunça. Lógico, são emoções que nossa mente não está preparada inicialmente pra conseguir lida. Pense nos nossos ancestrais, quando viam que sua grande bola laranja os iluminava por um tempo, e logo ela sumia, dando lugar à escuridão da noite. E logo aparecia novamente, todos os dias. Mas eles tinham medo. Medo do sol não retornar no dia seguinte. Medo da escuridão. Era grandioso demais pra eles.
Temo que é certo que nenhum de nós viva pra ver e descobrir todos os segredos do cosmos. É uma batalha que não temos como vencer enquanto indivíduos. E como espécie também chega a ser duvidoso. Ainda somos reféns do tempo. Ainda é grandioso demais.
Mas talvez não precisamos entender tudo. Talvez o que torna o amor algo transcendental dentro do contexto do filme, seja a indefinida ignorância e talvez uma ilusão de que é maior que nós, e isso gera conforto pelo fato de ser algo que foge ao controle. Mas está dentro de nós. Faz parte de nós. É o que nos torna humanos, e é o nosso laço enquanto espécie. É o que nos move.

"Do not go gentle into that good night; Old age should burn and rave at close of day. Rage, rage against the dying of the light."