É legal ver Keanu Reeves novinho, mas o filme é fraco. Até empolga em alguns momentos e levanta pontos como xenofobia e conflitos étnicos, mas não se aprofunda muito e acaba no vazio. Tem um ar de "filme colegial de Sessão da Tarde". E, pela amor de Deus, ignorem essa sinopse do Filmow kkk não tem nada a ver
Continuação de "Felicidade" que parece não ter muito a dizer. O fato do elenco ter sido totalmente trocado nem chega a incomodar tanto como a falta de rumo do roteiro. Joy, por exemplo, acaba totalmente descartável. É um filme que tenta falar sobre perdão, sobre continuar a vida depois de traumas, enfrentar o arrependimento, a dor e a solidão. Mas que fica raso como o pires de uma xícara.
Assim como "Felicidade", a melhor cena, disparado, é um diálogo entre Bill e Billy. O pai, recém-saído da prisão por abusar de garotos, e Billy, estudante de Antropologia. Um acerto de contas que no fim não acerta nada. Billy não perdoa o pai, que por sua vez confessa continuar com apetite sexual por crianças.
Mesmo assim, não é um filme que eu me arrependi de ter visto. Apesar dos problemas, ele fica na cabeça - principalmente Bill, o personagem com o arco mais complexo e marcante de "Felicidade"/"A Vida Durante a Guerra" (aliás, é bem raro vermos filmes de drama ganhando sequência).
Como pode um filme chamado "Happiness" ser tão amargo, dolorido e incômodo?
Mais uma vez, o mito do sonho americano é desfeito. Personagens infelizes, solitários, com vícios, segredos, demônios internos e inseguranças em uma trama que toca em temas espinhosos. Das histórias, a que mais mexeu comigo foi a de Bill (Dylan Baker, o Dr. Connors do Homem-Aranha do Sam Raimi), o "tradicional pai de família"
O filme é livre de problemas? Claro que não. Por exemplo, tem alguns personagens que não dizem muito a que vêm e acabam estendendo o longa mais do que necessário, como a escritora esnobe.
Marcante também a presença de Philip Seymour Hoffman. Fica a sensação ali de que foi embora quando ainda tinha muitos bons papéis pela frente - inclusive, o melhor vilão da franquia Missão Impossível foi interpretado por ele.
Tem um vibe meio Hereditário, né? Poderia até ser dirigido pelo Ari Aster. Mas não curti muito, não. Respeito quem gostou, mas aqui não rolou muito... Bem esquecível
Gostei do filme. É bem no estilo Corujão, da Globo. A história prende, envolve, tem um protagonista bom, mas o final é meio apressado e deixa a desejar.
- Homem branco frustrado com a vida que leva e que desconta sua fúria em pessoas que não têm nada a ver, assim como os atiradores que fazem massacres em escolas e locais públicos nos EUA. - Minorias marginalizadas, que acabam indo parar no crime: os latinos e negros das gangues. - Ganância dos bancos: o homem negro que, após vários anos como cliente e, portanto, dando lucro aos banqueiros, é rejeitado quando precisa de um empréstimo por ser "economicamente inviável". - Neonazismo "no armário", sendo que nesse caso o "armário" é o porão de uma loja de artigos militares. - Homofobia: o casal gay expulso da loja pelo neonazista. - Machismo: o neonazista cantando a policial e o nosso próprio protagonista não aceitando o fim do casamento, como se fosse proprietário da mulher (aliás, triste ver que, aqui mesmo no Filmow, um usuário achou um "absurdo" a esposa não deixar o Bill ver a filha, sendo que estamos falando de um homem violento e fora de si). - O merchandising fake das redes de fast food: prometem uma coisa na publicidade e entregam outra para o cliente. - Elite fútil e mesquinha: o velho e o seu enorme campo para partidas de golfe. - Soldados veteranos esquecidos no pós-guerra: é possível ver um deles pedindo esmola em uma cadeira de rodas na praça. - Imperialismo ianque: nosso protagonista Bill trabalha numa empresa de tecnologia militar, projetando mísseis que, obviamente, não são pensados para serem usados em território norte-americano.
Curiosidade: assisti ao filme um dia depois da morte de Joel Schumacher, famoso pelos filmes do Batman, mas que também entregou outras obras interessantes como essa aqui e o ótimo suspense 8 Milímetros.
Feel good movie natalino que traz aquela velha mensagem: ter a família e as pessoas que você ama por perto é mais importante do que os bens materiais e uma carreira de sucesso.
Mesmo sendo tudo aquilo que a gente já viu, é um filme gostoso e bem-humorado! Saudades do "velho" Nicolas Cage.
"- Se não armar esses homens, eles não podem lutar. Estão morrendo em vão. - Não sinto compaixão. Repito, não sinto compaixão! O povo escolheu seu destino. Não se engane. Não obrigamos o povo alemão a nada. Ele nos deu o mandato e agora suas gargantas serão cortadas"
Filme muito interessante que mostra os bastidores da queda do regime nazista. Me chamou a atenção o desprezo de Hitler e de muitos dos seus oficiais (como Goebbels, autor do diálogo acima) pelo povo alemão. Não se importam com o massacre que iria acontecer e até preferem que as vidas inocentes tombem juntamente com o regime ditadorial.
No mais, boas atuações do elenco (imagino que o papel de Hitler seja um dos mais desafiadores para qualquer ator e Bruno Ganz tira de letra) e um roteiro bem sóbrio, sem romantizar as mortes, incluindo de crianças, com trilha forçada ou sentimentalismo barato.
Achei horrível. O protagonista é uma espécie de Tony Stark do Direito. Ryan Philippe pagando mico como vilão em um roteiro insosso, que não prende atenção, não empolga. O terceiro ato também é bem apressado e joga coisas pro espectador sem explicação. Enfim, não recomendo.
Não é o melhor suspense de tribunal que existe, mas é bom.
Richard Gere está ótimo como um advogado midiático e bem-sucedido de Chicago. Edward Norton, então, em seu primeiro papel no cinema, arrasou muito e compôs um personagem bem complexo. Ele parecia ter uns 18 anos no filme, mas fui ver e já tinha 27 na época do lançamento kkkk
Legal ver também a Frances McDormand. Eu vi pouca coisa dela e tava acostumado com aquela visão de uma mulher durona como a Mildred, do Três Anúncios Para um Crime.
Enfim, o filme é bem a cara de um Supercine de qualidade, daqueles que você assistiria no sábado à noite e comentaria no almoço do domingo.
"Sorry We Missed You" é um filme triste, cruel e real sobre o buraco onde o mundo do trabalho se enfiou. Um mundo de aplicativos, startups, profissionais terceirizados, MEIs e PJs que vem sempre com o discurso de libertar o trabalhador: "você faz o seu próprio horário e é seu próprio chefe". O resultado: a pessoa trabalha mais do que se tivesse uma escala fixa, sem perspectiva de crescimento na função e não tem nenhuma garantia, direito ou proteção ("bateu seu carro enquanto trabalhava? ficou doente? foi assaltado? Problema seu!").
Uber, Ifood, 99, Rappi vão parecer sempre legais, moderninhos, práticos e baratos aos olhos do cliente. Por trás do marketing, seres humanos trabalhando em jornadas exaustivas, sem segurança, mal pagos e escravos de algoritmos e das notas. Talvez a pizza que a gente pede nos fins de semana fique com um gosto mais amargo depois desse filme...
Um Estado que age com respaldo da igreja, da Justiça, da polícia e de empresários interessados em um novo e promissor empreendimento. A história se passa na Rússia de Putin (que inclusive aparece em um retrato pendurado no gabinete do prefeito), mas poderia ser ambientada aqui no Brasil também. "É ano de eleição", diz o político em certo momento, da mesma forma como imaginamos muitos dos nossos governantes e legisladores dizendo.
Interessante ver como Danny Boyle, em seu primeiro longa, já adianta algumas das características que veríamos em Trainspotting.
Além da trilha e da abertura com monólogo, Alex (Ewan McGregor) é muito parecido com Renton (o protagonista de Trainspotting, interpretado pelo mesmo ator) em seus maneirismos, atitudes e pensamento. Assim como os colegas de apartamento poderiam ser Spud, Begbie ou Sick Boy.
O final também é muito parecido com o desfecho do Trainspotting. "Cova Rasa" é um começo de carreira promissor para Boyle e um balão de ensaio do que viria a ser a obra máxima da sua filmografia.
Design de produção, fotografia e visual incríveis. O roteiro e as atuações nem tanto...
Protagonista é bem chatinha, história tem umas coisas bem forçadas e perde a grande oportunidade de levantar um debate mais profundo sobre a questão da vigilância extrema. É impossível a comparação com Black Mirror (até porque tudo que tiver tecnologia, futuro e distopia vai ser comparado à série de Charlie Brooker, né?).
Gostei muito dos cenários - especialmente o apartamento da Nina, que tem um filtro de barro, bem a cara do Brasil kkkk. Mesmo morando em São Paulo há quase um ano, não consegui reconhecer quase nada da cidade na série (talvez pela ambientação futurista).
Ponto positivo para a representatividade: temos atores negros na série interpretando personagens em posição de poder. O supervisor de segurança do sistema da corporação, o trainee mais inteligente de todos e a chefe da Nina. Algo que não se vê muito nas produções nacionais, assim como nas estrangeiras.
É muito legal ver o Brasil explorando mais o gênero de ficção-científica no audiovisual. Mas acho que pela repercussão quase nula da série, dificilmente vão fazer uma segunda temporada.
Vale a pena assistir para ver como os poderosos conseguem cometer seus crimes e se safar por anos. Jeffrey Epstein não era "só" um rico obcecado por garotas de 14, 16 anos.
Era um rico obcecado por garotas de 14, 16 anos com contatos e influência na polícia, no Judiciário, na política, na imprensa, no mundo dos negócios. Em seu círculo social, Epstein tinha Donald Trump, Bill Clinton, Príncipe Andrew, Harvey Weinstein e Kevin Spacey. E ele sabia escolher muito bem as vítimas: meninas, em sua maioria, de baixa condição social, com histórico de traumas, abusos, abandono e sem perspectiva de um futuro promissor.
O documentário é bom. Não é nada "vá correndo ver o quanto antes", mas uma história que deve, sim, ser conhecida. O foco está nos depoimentos das vítimas e das pessoas envolvidas na investigação. Incomoda um pouco a ponta solta deixada no final: o que aconteceu com a namorada de Epstein? Uma bandida que também merecia ir pra cadeia. Li uma matéria na BBC falando que teria vindo se esconder no Brasil por um tempo.
Comédia romântica deliciosa, leve e simples direto do Zimbábue pro catálogo da Netflix! Tem os ingredientes necessários para agradar os fãs de Masterchef, já que o enredo se passa durante um concurso de culinária na TV. Claro, tem seus clichês (como a vilã rica, fútil e mimada), mas vale a pena como entretenimento descompromissado.
Tenho várias críticas ao acervo limitado da Netflix, mas uma coisa que preciso reconhecer é a preocupação da plataforma em trazer filmes dos mais variados países. De que outra forma poderíamos assistir a um filme feito no Zimbábue de forma tão acessível e sem precisar recorrer ao torrent?
Minissérie bem didática e objetiva. Acerta ao misturar o depoimento dos entrevistados com animações que trazem toda a atmosfera da época retratada. Ao final, fica aquele gostinho de "quero mais", até porque guerras e conflitos não faltam na História do Brasil. Inconfidência Mineira, Guerra de Canudos, Cangaço, Guerra do Contestado, Revolução de 32, Revolução Farroupilha, Revolta dos Malês e a ditadura militar dariam ótimos episódios.
O filme é bom, mas a experiência de assistir foi péssima. Veio uma senhora limpar o apartamento aqui e ela interrompeu o filme várias vezes para me perguntar umas coisas. Em uma delas, tive que sair pra comprar um rodinho novo porque ela não se adaptou ao que tinha aqui. Mesmo assim, fiquei impressionado com as atuações de Anthony Hopkins e Jonathan Pryce (este incrivelmente semelhante ao Papa Francisco, a ponto de ficar em dúvida se era o ator ou o religioso em si nos momentos que o filme usa arquivos reais). O longa também não alivia a barra para a Igreja católica: os escândalos de corrupção e pedofilia são postos à mesa.
(quando antecipa a "verdadeira" versão da morte do escritor octogenário, por exemplo)
, mas tropeça em um historinha arroz com feijão. O detetive de Daniel Craig não é lá dos mais interessantes - mas pior ainda é o playboy mimado interpretado por Chris Evans, irritante no papel. Embora os outros personagens não ganhem lá tanta atenção, Michael Shannon mostra mais uma vez que é um "monstro" em cena (nunca vou esquecer dele em "Foi Apenas um Sonho", em que, com apenas duas cenas, ele ofusca até mesmo o DiCaprio com sua presença).
As referências ao governo Trump e à xenofobia acabam sendo bem superficiais, uma tentativa rasa do diretor de temperar o filme com temas atuais. Divertidinho. E só.
A Irmandade da Justiça
2.5 24 Assista AgoraÉ legal ver Keanu Reeves novinho, mas o filme é fraco. Até empolga em alguns momentos e levanta pontos como xenofobia e conflitos étnicos, mas não se aprofunda muito e acaba no vazio. Tem um ar de "filme colegial de Sessão da Tarde". E, pela amor de Deus, ignorem essa sinopse do Filmow kkk não tem nada a ver
Inverno de Sangue em Veneza
3.7 209Atuações estão ok
Trilha tá ok
Direção de arte tá ok
Fotografia tá ok
Já o roteiro....
Gostei mais do filme depois que li umas análises sobre ele na internet, mas pra mim ficou faltando um desenvolvimento maior.
Aquela anã assassina ficou mto jogada na história
A Vida Durante a Guerra
3.3 117Continuação de "Felicidade" que parece não ter muito a dizer. O fato do elenco ter sido totalmente trocado nem chega a incomodar tanto como a falta de rumo do roteiro. Joy, por exemplo, acaba totalmente descartável. É um filme que tenta falar sobre perdão, sobre continuar a vida depois de traumas, enfrentar o arrependimento, a dor e a solidão. Mas que fica raso como o pires de uma xícara.
Assim como "Felicidade", a melhor cena, disparado, é um diálogo entre Bill e Billy. O pai, recém-saído da prisão por abusar de garotos, e Billy, estudante de Antropologia. Um acerto de contas que no fim não acerta nada. Billy não perdoa o pai, que por sua vez confessa continuar com apetite sexual por crianças.
Mesmo assim, não é um filme que eu me arrependi de ter visto. Apesar dos problemas, ele fica na cabeça - principalmente Bill, o personagem com o arco mais complexo e marcante de "Felicidade"/"A Vida Durante a Guerra" (aliás, é bem raro vermos filmes de drama ganhando sequência).
Felicidade
4.1 377Como pode um filme chamado "Happiness" ser tão amargo, dolorido e incômodo?
Mais uma vez, o mito do sonho americano é desfeito. Personagens infelizes, solitários, com vícios, segredos, demônios internos e inseguranças em uma trama que toca em temas espinhosos. Das histórias, a que mais mexeu comigo foi a de Bill (Dylan Baker, o Dr. Connors do Homem-Aranha do Sam Raimi), o "tradicional pai de família"
O filme é livre de problemas? Claro que não. Por exemplo, tem alguns personagens que não dizem muito a que vêm e acabam estendendo o longa mais do que necessário, como a escritora esnobe.
Marcante também a presença de Philip Seymour Hoffman. Fica a sensação ali de que foi embora quando ainda tinha muitos bons papéis pela frente - inclusive, o melhor vilão da franquia Missão Impossível foi interpretado por ele.
Relíquia Macabra
3.3 260Tem um vibe meio Hereditário, né? Poderia até ser dirigido pelo Ari Aster. Mas não curti muito, não. Respeito quem gostou, mas aqui não rolou muito... Bem esquecível
Não Desligue
2.7 262 Assista AgoraPuta filme besta kkkkk personagens bem chatos e historinha sem sal
Congelado
2.4 64 Assista AgoraGostei do filme. É bem no estilo Corujão, da Globo. A história prende, envolve, tem um protagonista bom, mas o final é meio apressado e deixa a desejar.
Armadilha
2.2 589Tava com vontade de ver um filme clichê, ruim, bobo e com furos. E "Armadilha" foi perfeito dentro dessa proposta
XXY
3.8 507 Assista AgoraMais um bom exemplar do cinema argentino com temática forte e importante. Difícil não se imaginar no lugar daquela família ali.
A Cura
3.0 707 Assista AgoraÉ que nem um amigo meu falou: filme longo que dá várias voltas e não chega a lugar nenhum. A premissa até era boa, mas o resultado é beeeem fraquinho.
E aquele final à la Scooby-Doo? Com direito a vilão usando máscara de humano kkkkk
Um Dia de Fúria
3.9 895 Assista AgoraMicrocosmo da sociedade norte-americana, suas contradições e preconceitos. Está tudo lá, basta observarmos:
- Homem branco frustrado com a vida que leva e que desconta sua fúria em pessoas que não têm nada a ver, assim como os atiradores que fazem massacres em escolas e locais públicos nos EUA.
- Minorias marginalizadas, que acabam indo parar no crime: os latinos e negros das gangues.
- Ganância dos bancos: o homem negro que, após vários anos como cliente e, portanto, dando lucro aos banqueiros, é rejeitado quando precisa de um empréstimo por ser "economicamente inviável".
- Neonazismo "no armário", sendo que nesse caso o "armário" é o porão de uma loja de artigos militares.
- Homofobia: o casal gay expulso da loja pelo neonazista.
- Machismo: o neonazista cantando a policial e o nosso próprio protagonista não aceitando o fim do casamento, como se fosse proprietário da mulher (aliás, triste ver que, aqui mesmo no Filmow, um usuário achou um "absurdo" a esposa não deixar o Bill ver a filha, sendo que estamos falando de um homem violento e fora de si).
- O merchandising fake das redes de fast food: prometem uma coisa na publicidade e entregam outra para o cliente.
- Elite fútil e mesquinha: o velho e o seu enorme campo para partidas de golfe.
- Soldados veteranos esquecidos no pós-guerra: é possível ver um deles pedindo esmola em uma cadeira de rodas na praça.
- Imperialismo ianque: nosso protagonista Bill trabalha numa empresa de tecnologia militar, projetando mísseis que, obviamente, não são pensados para serem usados em território norte-americano.
Curiosidade: assisti ao filme um dia depois da morte de Joel Schumacher, famoso pelos filmes do Batman, mas que também entregou outras obras interessantes como essa aqui e o ótimo suspense 8 Milímetros.
Um Homem de Família
3.6 335 Assista AgoraFeel good movie natalino que traz aquela velha mensagem: ter a família e as pessoas que você ama por perto é mais importante do que os bens materiais e uma carreira de sucesso.
Mesmo sendo tudo aquilo que a gente já viu, é um filme gostoso e bem-humorado! Saudades do "velho" Nicolas Cage.
A Queda! As Últimas Horas de Hitler
4.1 775"- Se não armar esses homens, eles não podem lutar. Estão morrendo em vão.
- Não sinto compaixão. Repito, não sinto compaixão! O povo escolheu seu destino. Não se engane. Não obrigamos o povo alemão a nada. Ele nos deu o mandato e agora suas gargantas serão cortadas"
Filme muito interessante que mostra os bastidores da queda do regime nazista. Me chamou a atenção o desprezo de Hitler e de muitos dos seus oficiais (como Goebbels, autor do diálogo acima) pelo povo alemão. Não se importam com o massacre que iria acontecer e até preferem que as vidas inocentes tombem juntamente com o regime ditadorial.
No mais, boas atuações do elenco (imagino que o papel de Hitler seja um dos mais desafiadores para qualquer ator e Bruno Ganz tira de letra) e um roteiro bem sóbrio, sem romantizar as mortes, incluindo de crianças, com trilha forçada ou sentimentalismo barato.
O Poder e a Lei
3.8 612 Assista grátisAchei horrível. O protagonista é uma espécie de Tony Stark do Direito. Ryan Philippe pagando mico como vilão em um roteiro insosso, que não prende atenção, não empolga. O terceiro ato também é bem apressado e joga coisas pro espectador sem explicação. Enfim, não recomendo.
As Duas Faces de um Crime
4.1 1,0K Assista AgoraNão é o melhor suspense de tribunal que existe, mas é bom.
Richard Gere está ótimo como um advogado midiático e bem-sucedido de Chicago. Edward Norton, então, em seu primeiro papel no cinema, arrasou muito e compôs um personagem bem complexo. Ele parecia ter uns 18 anos no filme, mas fui ver e já tinha 27 na época do lançamento kkkk
Legal ver também a Frances McDormand. Eu vi pouca coisa dela e tava acostumado com aquela visão de uma mulher durona como a Mildred, do Três Anúncios Para um Crime.
Enfim, o filme é bem a cara de um Supercine de qualidade, daqueles que você assistiria no sábado à noite e comentaria no almoço do domingo.
Você Não Estava Aqui
4.1 243 Assista Agora"Sorry We Missed You" é um filme triste, cruel e real sobre o buraco onde o mundo do trabalho se enfiou. Um mundo de aplicativos, startups, profissionais terceirizados, MEIs e PJs que vem sempre com o discurso de libertar o trabalhador: "você faz o seu próprio horário e é seu próprio chefe". O resultado: a pessoa trabalha mais do que se tivesse uma escala fixa, sem perspectiva de crescimento na função e não tem nenhuma garantia, direito ou proteção ("bateu seu carro enquanto trabalhava? ficou doente? foi assaltado? Problema seu!").
Uber, Ifood, 99, Rappi vão parecer sempre legais, moderninhos, práticos e baratos aos olhos do cliente. Por trás do marketing, seres humanos trabalhando em jornadas exaustivas, sem segurança, mal pagos e escravos de algoritmos e das notas. Talvez a pizza que a gente pede nos fins de semana fique com um gosto mais amargo depois desse filme...
Leviatã
3.8 299Filme peculiar. Começa com a história de um conflito por uma propriedade, envereda pro drama familiar e acaba nos moldes de uma tragédia grega.
De qualquer maneira, lá está o Estado, representado pelo prefeito corrupto, esmagando o cidadão. Tirando sua casa, sua dignidade,
a vida de quem ama e, por fim, a sua liberdade
Um Estado que age com respaldo da igreja, da Justiça, da polícia e de empresários interessados em um novo e promissor empreendimento. A história se passa na Rússia de Putin (que inclusive aparece em um retrato pendurado no gabinete do prefeito), mas poderia ser ambientada aqui no Brasil também. "É ano de eleição", diz o político em certo momento, da mesma forma como imaginamos muitos dos nossos governantes e legisladores dizendo.
Cova Rasa
3.9 313Interessante ver como Danny Boyle, em seu primeiro longa, já adianta algumas das características que veríamos em Trainspotting.
Além da trilha e da abertura com monólogo, Alex (Ewan McGregor) é muito parecido com Renton (o protagonista de Trainspotting, interpretado pelo mesmo ator) em seus maneirismos, atitudes e pensamento. Assim como os colegas de apartamento poderiam ser Spud, Begbie ou Sick Boy.
O final também é muito parecido com o desfecho do Trainspotting. "Cova Rasa" é um começo de carreira promissor para Boyle e um balão de ensaio do que viria a ser a obra máxima da sua filmografia.
Vale a conferida!
Onisciente (1ª Temporada)
3.4 74 Assista AgoraDesign de produção, fotografia e visual incríveis. O roteiro e as atuações nem tanto...
Protagonista é bem chatinha, história tem umas coisas bem forçadas e perde a grande oportunidade de levantar um debate mais profundo sobre a questão da vigilância extrema. É impossível a comparação com Black Mirror (até porque tudo que tiver tecnologia, futuro e distopia vai ser comparado à série de Charlie Brooker, né?).
Gostei muito dos cenários - especialmente o apartamento da Nina, que tem um filtro de barro, bem a cara do Brasil kkkk. Mesmo morando em São Paulo há quase um ano, não consegui reconhecer quase nada da cidade na série (talvez pela ambientação futurista).
Ponto positivo para a representatividade: temos atores negros na série interpretando personagens em posição de poder. O supervisor de segurança do sistema da corporação, o trainee mais inteligente de todos e a chefe da Nina. Algo que não se vê muito nas produções nacionais, assim como nas estrangeiras.
É muito legal ver o Brasil explorando mais o gênero de ficção-científica no audiovisual. Mas acho que pela repercussão quase nula da série, dificilmente vão fazer uma segunda temporada.
Jeffrey Epstein: Poder e Perversão
3.8 129 Assista AgoraVale a pena assistir para ver como os poderosos conseguem cometer seus crimes e se safar por anos. Jeffrey Epstein não era "só" um rico obcecado por garotas de 14, 16 anos.
Era um rico obcecado por garotas de 14, 16 anos com contatos e influência na polícia, no Judiciário, na política, na imprensa, no mundo dos negócios. Em seu círculo social, Epstein tinha Donald Trump, Bill Clinton, Príncipe Andrew, Harvey Weinstein e Kevin Spacey. E ele sabia escolher muito bem as vítimas: meninas, em sua maioria, de baixa condição social, com histórico de traumas, abusos, abandono e sem perspectiva de um futuro promissor.
O documentário é bom. Não é nada "vá correndo ver o quanto antes", mas uma história que deve, sim, ser conhecida. O foco está nos depoimentos das vítimas e das pessoas envolvidas na investigação. Incomoda um pouco a ponta solta deixada no final: o que aconteceu com a namorada de Epstein? Uma bandida que também merecia ir pra cadeia.
Li uma matéria na BBC falando que teria vindo se esconder no Brasil por um tempo.
A Cozinha Incrível de Anesu
3.2 11 Assista AgoraComédia romântica deliciosa, leve e simples direto do Zimbábue pro catálogo da Netflix! Tem os ingredientes necessários para agradar os fãs de Masterchef, já que o enredo se passa durante um concurso de culinária na TV. Claro, tem seus clichês (como a vilã rica, fútil e mimada), mas vale a pena como entretenimento descompromissado.
Tenho várias críticas ao acervo limitado da Netflix, mas uma coisa que preciso reconhecer é a preocupação da plataforma em trazer filmes dos mais variados países. De que outra forma poderíamos assistir a um filme feito no Zimbábue de forma tão acessível e sem precisar recorrer ao torrent?
Guerras do Brasil.Doc
4.5 79Minissérie bem didática e objetiva. Acerta ao misturar o depoimento dos entrevistados com animações que trazem toda a atmosfera da época retratada. Ao final, fica aquele gostinho de "quero mais", até porque guerras e conflitos não faltam na História do Brasil. Inconfidência Mineira, Guerra de Canudos, Cangaço, Guerra do Contestado, Revolução de 32, Revolução Farroupilha, Revolta dos Malês e a ditadura militar dariam ótimos episódios.
Dois Papas
4.1 963 Assista AgoraO filme é bom, mas a experiência de assistir foi péssima. Veio uma senhora limpar o apartamento aqui e ela interrompeu o filme várias vezes para me perguntar umas coisas. Em uma delas, tive que sair pra comprar um rodinho novo porque ela não se adaptou ao que tinha aqui. Mesmo assim, fiquei impressionado com as atuações de Anthony Hopkins e Jonathan Pryce (este incrivelmente semelhante ao Papa Francisco, a ponto de ficar em dúvida se era o ator ou o religioso em si nos momentos que o filme usa arquivos reais). O longa também não alivia a barra para a Igreja católica: os escândalos de corrupção e pedofilia são postos à mesa.
Entre Facas e Segredos
4.0 1,5K Assista AgoraSuspense com visual refinado com tons de Agatha Christie e Conan Doyle que inova em alguns pontos
(quando antecipa a "verdadeira" versão da morte do escritor octogenário, por exemplo)
As referências ao governo Trump e à xenofobia acabam sendo bem superficiais, uma tentativa rasa do diretor de temperar o filme com temas atuais. Divertidinho. E só.