Um dos filmes mais relevantes e importantes de 2020, que você não vai ver em nenhuma premiação grande norte americana, leia-se o Oscar, comandados por jurados conservadores, cristãos e homens brancos que se recusam ao diálogo e de se colocar na pele de uma mulher em uma situação de vulnerabilidade, constrangimento e sofrimento.
Essa é uma obra poderosa como ferramenta de representação feminina e em uma análise profunda, fica evidente a mensagem de como a mulher deveria ter controle total sobre o seu corpo. Interessante como a cineasta usa o recurso do silêncio e dos olhares em diversos enquadramentos, silêncio este que é angustiante e tenebroso, afinal de contas, falam muito mais do que palavras.
Extremamente necessário em uma sociedade tão misógina e abusiva, apresentando-se também como um exercício de empatia para o público masculino. Quando o feminismo é defendido através de gestos do que ao invés de discursos, essa obra se torna ainda mais poderosa e contundente.
Meu coração mergulhou em um azul de profunda melancolia com o fim dessa série maravilhosa. Um copo de vodka iria muito bem após o fim do series finale. Só a abertura de The Americans já me remete a uma espécie de nostalgia e um sentimento tão singular em cada acorde de seus registros e fatos históricos. Eu me senti parte da família Jennings durante esses anos. Que jornada foi essa? Que vida foi essa? Quanto sentimento em um único silêncio, quanta melancolia em tamanhas circunstâncias, quanta maturidade e sagacidade na condução incrível de Joseph Weisberg. A cena com U2 foi pra desabar e cair em um choro que já estava preso fazia um tempo. O casal de protagonistas com a maior química dos últimos tempos se despede e parte para terras geladas, com isso uma certeza fica, nossos corações ainda permanecem aquecidos por um trabalho primoroso marcando história no audiovisual contemporâneo. Meu amor por essa série só cresceu durante esses anos, deixará uma saudade gigantesca.
Estou completamente apaixonado por essa obra. Um filme de sensações, subjetividades e sutilezas. Kieslowski e sua sensibilidade extrema, quanto tato, um artista nato. Essa fotografia é uma das coisas mais lindas que eu já vi, um quadro em movimento, uma poesia visual, que te deixa em puro estado sinestésico. Sons com forma, cores com sabores.
Já pode dar logo o Globo de Ouro para a Eva Green, espetacular esse episódio 4, melhor atuação de toda carreira da Eva Green. Créditos também para o grande roteirista e criador do seriado, John Logan, que escreveu essa maravilha de episódio. Uma aula de roteiro, atuação e direção, utilizando apenas 2 cenários e 3 atores, sendo que a maior parte do episódio foi concentrado só no cenário do quarto e na interação entre dois personagens, seguido de um terceiro como suporte. Digno de muitos prêmios.
Que roteiro maravilhoso do Kaufman, sensibilidade pura, além de críticas afiadas ao sistema. Muito bem utilizada a referência do nome do hotel com a síndrome sofrida pelo protagonista, trazendo à tona um transtorno psicológico que poucas pessoas conhecem, possibilitando a discussão e abordagem de uma tema extremamente relevante. Ah, essa solidão, uma arte do encontro com o vazio existencial. Outra questão importante abordada é como o ser humano é descartado nos dias atuais, feito uma lâmina de barbear descartável, enquanto Michael Stone idealiza seu amor por Lisa, na fase da paixão de uma noite, do novo e fresco, tudo é maravilhoso. Após Michael acordar ao lado de Lisa, na cena do café, em uma metáfora com a rotina da vida, Michael aponta os defeitos de Lisa, permitindo um olhar sobre as expectativas que temos com o próximo e os desafios de se manter um relacionamento sempre novo, aceitando que a vida é perfeita em suas imperfeições, e que o grande problema não eram as pessoas, o problema era o próprio Michael Stone e sua incapacidade de controlar o seu comportamento, que está muito associado à um sintoma de sua síndrome.
"The world is falling apart! The president is a war criminal! America’s going down the tubes and you’re talking about goddamn intelligent design. You’ve intentionally destroyed the public education system because it’s easier to manipulate dumb workers and soldiers.”
Como não amar Zootopia, um animação que faz referência com O Poderoso Chefão e Breaking Bad, dentre inúmeras outras referências, destaque para a melhor cena da animação, a visita ao departamento de trânsito. Bacana é que temos uma personagem protagonista feminina de muita força, independente, que não vive em função de um herói e não tem nenhuma aspiração romântica. Melhor coisa que a Disney fez nesses últimos anos, foi contratar John Lasseter como consultor criativo, crescendo em muito na qualidade de suas animações. Uma trama policial bem construída, com investigações, mistérios e descobertas, sendo mais política do que se podia imaginar, abordando temas como o medo e o preconceito. Muito bom!
Um trabalho genial realizado em 1898 e que ainda impressiona. Incrível a evolução de Méliès em menos de 3 anos de experimentações com filmagens e truques aplicados nas cenas.
Fiquei de boca aberta com esse final, chocante. Que retrato incrível documentado pelo Andrew Jarecki. Gostei muito do desenvolvimento do documentário, bela direção e fotografia.
Pra quem esta questionando o lado ético do diretor em segurar o áudio final da confissão de Bob, ele só foi descobrir meses depois, graças ao editor, que estava ouvindo tudo que tinha ficado de fora, segundo o próprio Jarecki, esse material foi entregue para a polícia, muitos meses antes do documentário ser exibido na HBO. De qualquer forma não é tão simples assim provar a culpa de Robert Durst, mesmo com esse material final, por mais clara que sejam as provas, na corte é bem mais complicado para se obter a condenação. Ótima produção, realizaram um trabalho investigativo com tanta relevância, que descobriram coisas que nem a polícia e os investigadores conseguiram, que foi a carta de Bob enviada em 1999 para Susan, que serviu como base para comparar a fatídica carta "Cadaver", que Bob enviou para a polícia. As coisas conspiraram tanto a favor do diretor Jarecki, que até mesmo o fator sorte ajudou, com o áudio da confissão final no banheiro. Espero que dessa vez a justiça realmente seja feita, Bob Durst é de uma frieza espantosa, na metade do documentário eu já acreditava na culpa de todos os 3 crimes, o final estava aí para provar, de maneira surpreendente. Podiam fazer muito bem uma segunda temporada daqui a alguns anos, vai ter um novo julgamento e o próprio irmão de Durst, suspeita que ele cometeu uma série de outros atos insanos, muitos anos anteriores, que não foram discutidos em The Jinx. O próprio Douglas Durst, afirma que um tempo antes do desaparecimento da Kathie, em um período de 6 meses, Robert assassinou seus 7 cães da raça Malamute do Alasca, e o mais estranho é que todos os cachorros foram batizados pelo Robert como o mesmo nome, Igor. Certamente tem muita coisa ainda para ser contada da vida de Robert Durst.
Que filme brutal, triste e chocante em sua realidade, a transformação de um garoto inocente, com sua TV da imaginação, para um monstro, uma máquina de guerra pré-fabricada.
Uma cena que me marcou demais foi o uso da correção de cores, utilizada de uma maneira inteligente pelo diretor Fukunaga, ao acompanharmos Agu em meio aquele banho de sangue, com a vegetação em vermelho, visualizamos a transformação e transição completa de um garoto puro em um monstro de guerra.
Merecia uma indicação ao Oscar de melhor filme e melhor ator coadjuvante. Pelo menos Idris Elba foi reconhecido pelo Sindicato dos atores, ganhando o prêmio de melhor ator coadjuvante. Filme com uma crítica social fortíssima, doses cruas de uma realidade maldita, um breve suspiro com o oceano, um renascimento que não existe, uma vida condenada, traumas que são carregados para sempre.
Narrativa brilhante. Gosto demais desse tipo de trama, que é intrigante e passível a múltiplas interpretações. Repleto de simbologias e significados, é um roteiro que me agrada bastante. A fotografia com poucas cores, captura muito bem essa vida monótona, repleta de padrões e tão mais ou menos, que o personagem Adam leva, conseguindo transmitir muito bem ao espectador, essa sensação de desconforto, densidade e algo pesado. Grande filme, causa uma crítica e reflexão muito grande sobre crise de identidade, individualismo na atualidade e quanto se deve repensar sobre seus atos e o poder de reação que os mesmos podem desencadear.
Coisa linda essa animação, que enredo emocionante, tocante e envolvente. Uma animação sutil e singela, que flui de uma maneira incrível, em meio as cores dos cenários, texturas e detalhes que fascinam o espectador. Diretor promissor, mais uma grande obra do estúdio Ghibli. O que dizer desse final? Com essa trilha sonora é impossível não cair em lágrimas.
Fantástico, não tem como não amar esse filme, é uma obra de arte. Com um personagem esquizofrênico tão rico, Michael Keaton vive sua quase autobiografia, as cenas de conflito entre Keaton e Edward Norton, foram um dos pontos altos, exibindo a grande performance e atuação dramática de Keaton. A percussão e a bateria na trilha sonora contribuem significativamente no aumento da tensão, enquanto acompanhamos um protagonista com traumas, medos, dores emocionais e conflitos internos. Esse tipo de filme nada convencional com uma estrutura narrativa densa, repleta de tensões e conflitos entre os personagens me agrada demais. O roteiro flui de uma maneira muito fácil, com diálogos afiados e toda uma crítica a indústria cinematográfica. A direção utilizando o plano-sequência foi sensacional, com movimentos de câmera quase impossíveis, não existe descanso para o protagonista, provocando um movimento contínuo conforme o teatro, fica evidente o contraste entre cinema e teatro exibido na obra, um dos melhores filmes dos últimos anos.
Filmaço, abordando questões e reflexões importantes, como a pena de morte, decisões equivocadas que podem destruir a vida de ser humano e toda fragilidade de um sistema judiciário. Um argumento maravilhoso, que sustenta toda obra, repleta de cinismo, ironia e conflitos. O enredo de fato ultrapassa os limites daquela sala, nos levando a muitos questionamentos e dúvidas sobre o caso. Sidney Lumet dispensa comentários, diretor de um talento nato.
Eva Green roubando a cena, um verdadeiro espetáculo, juntamente com a fotografia, que é maravilhosa. Gostei bastante do filme, esta no mesmo nível do primeiro, porém nesse você fica completamente hipnotizado pela dama fatal, ela tinha que ter fechado o filme, como plot principal até o fim, os outros subplots poderiam ter sido feitos fechando uma trilogia.
O melhor series finale da história. Impossível não cair em lágrimas com esse final, é de uma intensidade e profundidade. Alan Ball zerou a vida literalmente com esse último episódio, que roteiro e direção brilhante, vai deixar uma saudade gigantesca, o seriado todo manteve um alto nível impressionante, não só um reflexo sobre a vida e morte, mas um retrato das pessoas. É um turbilhão de sentimentos, você se identifica demais, e que mensagem linda desse seriado, não exista, viva intensamente, aproveite realmente cada momento.
Foi sublime, mágica e perfeita a cena final com a Claire dirigindo, no começo há muitos carros ao redor (que representa a maior parte da sua família ainda viva) e no final ela está sozinha na estrada dirigindo de forma pacífica e tranquila, o que representa a forma como o seu destino será no final de sua vida, um simbolismo brilhante e lindíssimo, além disso, o final da Claire é uma homenagem do criador Alan Ball para sua irmã, que morreu tragicamente aos 22 anos de idade em um acidente de carro. Claire vivendo 102 anos foi a maneira do Alan dar a sua irmã a vida boa e longa, que ela nunca teve.
Fantástica essa primeira temporada, ótimo enredo, com personagens complexos, muito bem construidos, incrível mesmo esse desenvolvimento no decorrer da trama, um thriller psicológico e uma fotografia de encher os olhos. Que grande personagem é esse Will, denso, complexo, envolvente, grande interpretação de Hugh Dancy, você sente na pele o drama desse personagem, e quanto ao grande Hannibal, Mads Mikkelsen se mostrou um monstro na atuação, elegante, sofisticado, seduz e vicia o telespectador.
Que filme encantador, simplesmente apaixonante em sua pureza e inocência, um clássico dos clássicos. Gostoso demais de assistir, você tem vontade de sair cantando e dançando, é um dos melhores musicais de todos os tempos.
Que final emocionante este episódio 7. Esse seriado é de uma qualidade absurda, nível cinematográfico, vai deixar muita saudade. Agora fica aquela agonia, você tem que esperar até 2015 pelos episódios restantes.
Que coisa mais linda foi esse episódio 5, extremamente tocante, muito foda, foi o melhor episódio até agora do seriado. Eva Green no melhor papel de sua carreira, está arrebentando em Penny Dreadful, merecendo demais uma indicação ao Emmy e Globo de Ouro.
Uma experiência visual enriquecedora e incrível. Uma das melhores adaptações de HQ, além da fidelidade do trabalho com as cores quentes em meio ao preto e branco do filme, destaque para os jogos de luzes e sombras, a fotografia de fato é estupenda. A narrativa lembra muito Max Payne, por isso eu penso que teria sido bacana demais Frank Miller trabalhando no roteiro e direção de Max Payne. Enfim, o filme é muito foda, marcante e muito diferente do que já se viu no cinema, obra imperdível.
Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre
4.0 215 Assista AgoraUm dos filmes mais relevantes e importantes de 2020, que você não vai ver em nenhuma premiação grande norte americana, leia-se o Oscar, comandados por jurados conservadores, cristãos e homens brancos que se recusam ao diálogo e de se colocar na pele de uma mulher em uma situação de vulnerabilidade, constrangimento e sofrimento.
Essa é uma obra poderosa como ferramenta de representação feminina e em uma análise profunda, fica evidente a mensagem de como a mulher deveria ter controle total sobre o seu corpo. Interessante como a cineasta usa o recurso do silêncio e dos olhares em diversos enquadramentos, silêncio este que é angustiante e tenebroso, afinal de contas, falam muito mais do que palavras.
Extremamente necessário em uma sociedade tão misógina e abusiva, apresentando-se também como um exercício de empatia para o público masculino. Quando o feminismo é defendido através de gestos do que ao invés de discursos, essa obra se torna ainda mais poderosa e contundente.
The Americans (6ª Temporada)
4.7 90Meu coração mergulhou em um azul de profunda melancolia com o fim dessa série maravilhosa. Um copo de vodka iria muito bem após o fim do series finale. Só a abertura de The Americans já me remete a uma espécie de nostalgia e um sentimento tão singular em cada acorde de seus registros e fatos históricos. Eu me senti parte da família Jennings durante esses anos. Que jornada foi essa? Que vida foi essa? Quanto sentimento em um único silêncio, quanta melancolia em tamanhas circunstâncias, quanta maturidade e sagacidade na condução incrível de Joseph Weisberg. A cena com U2 foi pra desabar e cair em um choro que já estava preso fazia um tempo. O casal de protagonistas com a maior química dos últimos tempos se despede e parte para terras geladas, com isso uma certeza fica, nossos corações ainda permanecem aquecidos por um trabalho primoroso marcando história no audiovisual contemporâneo. Meu amor por essa série só cresceu durante esses anos, deixará uma saudade gigantesca.
A Dupla Vida de Véronique
4.1 275 Assista AgoraEstou completamente apaixonado por essa obra. Um filme de sensações, subjetividades e sutilezas. Kieslowski e sua sensibilidade extrema, quanto tato, um artista nato. Essa fotografia é uma das coisas mais lindas que eu já vi, um quadro em movimento, uma poesia visual, que te deixa em puro estado sinestésico. Sons com forma, cores com sabores.
Penny Dreadful (3ª Temporada)
4.2 646 Assista AgoraJá pode dar logo o Globo de Ouro para a Eva Green, espetacular esse episódio 4, melhor atuação de toda carreira da Eva Green. Créditos também para o grande roteirista e criador do seriado, John Logan, que escreveu essa maravilha de episódio. Uma aula de roteiro, atuação e direção, utilizando apenas 2 cenários e 3 atores, sendo que a maior parte do episódio foi concentrado só no cenário do quarto e na interação entre dois personagens, seguido de um terceiro como suporte. Digno de muitos prêmios.
Anomalisa
3.8 497 Assista AgoraQue roteiro maravilhoso do Kaufman, sensibilidade pura, além de críticas afiadas ao sistema. Muito bem utilizada a referência do nome do hotel com a síndrome sofrida pelo protagonista, trazendo à tona um transtorno psicológico que poucas pessoas conhecem, possibilitando a discussão e abordagem de uma tema extremamente relevante. Ah, essa solidão, uma arte do encontro com o vazio existencial. Outra questão importante abordada é como o ser humano é descartado nos dias atuais, feito uma lâmina de barbear descartável, enquanto Michael Stone idealiza seu amor por Lisa, na fase da paixão de uma noite, do novo e fresco, tudo é maravilhoso. Após Michael acordar ao lado de Lisa, na cena do café, em uma metáfora com a rotina da vida, Michael aponta os defeitos de Lisa, permitindo um olhar sobre as expectativas que temos com o próximo e os desafios de se manter um relacionamento sempre novo, aceitando que a vida é perfeita em suas imperfeições, e que o grande problema não eram as pessoas, o problema era o próprio Michael Stone e sua incapacidade de controlar o seu comportamento, que está muito associado à um sintoma de sua síndrome.
"The world is falling apart! The president is a war criminal! America’s going down the tubes and you’re talking about goddamn intelligent design. You’ve intentionally destroyed the public education system because it’s easier to manipulate dumb workers and soldiers.”
Zootopia: Essa Cidade é o Bicho
4.2 1,5K Assista AgoraComo não amar Zootopia, um animação que faz referência com O Poderoso Chefão e Breaking Bad, dentre inúmeras outras referências, destaque para a melhor cena da animação, a visita ao departamento de trânsito. Bacana é que temos uma personagem protagonista feminina de muita força, independente, que não vive em função de um herói e não tem nenhuma aspiração romântica. Melhor coisa que a Disney fez nesses últimos anos, foi contratar John Lasseter como consultor criativo, crescendo em muito na qualidade de suas animações. Uma trama policial bem construída, com investigações, mistérios e descobertas, sendo mais política do que se podia imaginar, abordando temas como o medo e o preconceito. Muito bom!
O Homem das Cabeças
4.4 100Um trabalho genial realizado em 1898 e que ainda impressiona. Incrível a evolução de Méliès em menos de 3 anos de experimentações com filmagens e truques aplicados nas cenas.
The Jinx: A Vida e as Mortes de Robert Durst
4.5 87 Assista AgoraFiquei de boca aberta com esse final, chocante. Que retrato incrível documentado pelo Andrew Jarecki. Gostei muito do desenvolvimento do documentário, bela direção e fotografia.
Pra quem esta questionando o lado ético do diretor em segurar o áudio final da confissão de Bob, ele só foi descobrir meses depois, graças ao editor, que estava ouvindo tudo que tinha ficado de fora, segundo o próprio Jarecki, esse material foi entregue para a polícia, muitos meses antes do documentário ser exibido na HBO. De qualquer forma não é tão simples assim provar a culpa de Robert Durst, mesmo com esse material final, por mais clara que sejam as provas, na corte é bem mais complicado para se obter a condenação. Ótima produção, realizaram um trabalho investigativo com tanta relevância, que descobriram coisas que nem a polícia e os investigadores conseguiram, que foi a carta de Bob enviada em 1999 para Susan, que serviu como base para comparar a fatídica carta "Cadaver", que Bob enviou para a polícia. As coisas conspiraram tanto a favor do diretor Jarecki, que até mesmo o fator sorte ajudou, com o áudio da confissão final no banheiro. Espero que dessa vez a justiça realmente seja feita, Bob Durst é de uma frieza espantosa, na metade do documentário eu já acreditava na culpa de todos os 3 crimes, o final estava aí para provar, de maneira surpreendente. Podiam fazer muito bem uma segunda temporada daqui a alguns anos, vai ter um novo julgamento e o próprio irmão de Durst, suspeita que ele cometeu uma série de outros atos insanos, muitos anos anteriores, que não foram discutidos em The Jinx. O próprio Douglas Durst, afirma que um tempo antes do desaparecimento da Kathie, em um período de 6 meses, Robert assassinou seus 7 cães da raça Malamute do Alasca, e o mais estranho é que todos os cachorros foram batizados pelo Robert como o mesmo nome, Igor. Certamente tem muita coisa ainda para ser contada da vida de Robert Durst.
Beasts of No Nation
4.3 831 Assista AgoraQue filme brutal, triste e chocante em sua realidade, a transformação de um garoto inocente, com sua TV da imaginação, para um monstro, uma máquina de guerra pré-fabricada.
Uma cena que me marcou demais foi o uso da correção de cores, utilizada de uma maneira inteligente pelo diretor Fukunaga, ao acompanharmos Agu em meio aquele banho de sangue, com a vegetação em vermelho, visualizamos a transformação e transição completa de um garoto puro em um monstro de guerra.
Merecia uma indicação ao Oscar de melhor filme e melhor ator coadjuvante. Pelo menos Idris Elba foi reconhecido pelo Sindicato dos atores, ganhando o prêmio de melhor ator coadjuvante. Filme com uma crítica social fortíssima, doses cruas de uma realidade maldita, um breve suspiro com o oceano, um renascimento que não existe, uma vida condenada, traumas que são carregados para sempre.
O Homem Duplicado
3.7 1,8K Assista AgoraNarrativa brilhante. Gosto demais desse tipo de trama, que é intrigante e passível a múltiplas interpretações. Repleto de simbologias e significados, é um roteiro que me agrada bastante. A fotografia com poucas cores, captura muito bem essa vida monótona, repleta de padrões e tão mais ou menos, que o personagem Adam leva, conseguindo transmitir muito bem ao espectador, essa sensação de desconforto, densidade e algo pesado. Grande filme, causa uma crítica e reflexão muito grande sobre crise de identidade, individualismo na atualidade e quanto se deve repensar sobre seus atos e o poder de reação que os mesmos podem desencadear.
As Memórias de Marnie
4.3 668 Assista AgoraCoisa linda essa animação, que enredo emocionante, tocante e envolvente. Uma animação sutil e singela, que flui de uma maneira incrível, em meio as cores dos cenários, texturas e detalhes que fascinam o espectador. Diretor promissor, mais uma grande obra do estúdio Ghibli. O que dizer desse final? Com essa trilha sonora é impossível não cair em lágrimas.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraFantástico, não tem como não amar esse filme, é uma obra de arte. Com um personagem esquizofrênico tão rico, Michael Keaton vive sua quase autobiografia, as cenas de conflito entre Keaton e Edward Norton, foram um dos pontos altos, exibindo a grande performance e atuação dramática de Keaton. A percussão e a bateria na trilha sonora contribuem significativamente no aumento da tensão, enquanto acompanhamos um protagonista com traumas, medos, dores emocionais e conflitos internos. Esse tipo de filme nada convencional com uma estrutura narrativa densa, repleta de tensões e conflitos entre os personagens me agrada demais. O roteiro flui de uma maneira muito fácil, com diálogos afiados e toda uma crítica a indústria cinematográfica. A direção utilizando o plano-sequência foi sensacional, com movimentos de câmera quase impossíveis, não existe descanso para o protagonista, provocando um movimento contínuo conforme o teatro, fica evidente o contraste entre cinema e teatro exibido na obra, um dos melhores filmes dos últimos anos.
12 Homens e Uma Sentença
4.6 1,2K Assista AgoraFilmaço, abordando questões e reflexões importantes, como a pena de morte, decisões equivocadas que podem destruir a vida de ser humano e toda fragilidade de um sistema judiciário. Um argumento maravilhoso, que sustenta toda obra, repleta de cinismo, ironia e conflitos. O enredo de fato ultrapassa os limites daquela sala, nos levando a muitos questionamentos e dúvidas sobre o caso. Sidney Lumet dispensa comentários, diretor de um talento nato.
Sin City: A Dama Fatal
3.4 974 Assista AgoraEva Green roubando a cena, um verdadeiro espetáculo, juntamente com a fotografia, que é maravilhosa. Gostei bastante do filme, esta no mesmo nível do primeiro, porém nesse você fica completamente hipnotizado pela dama fatal, ela tinha que ter fechado o filme, como plot principal até o fim, os outros subplots poderiam ter sido feitos fechando uma trilogia.
O Vencedor
4.0 1,3K Assista AgoraChristian Bale doando-se de corpo e alma ao personagem, atuação impecável.
A Sete Palmos (5ª Temporada)
4.8 477 Assista AgoraO melhor series finale da história. Impossível não cair em lágrimas com esse final, é de uma intensidade e profundidade. Alan Ball zerou a vida literalmente com esse último episódio, que roteiro e direção brilhante, vai deixar uma saudade gigantesca, o seriado todo manteve um alto nível impressionante, não só um reflexo sobre a vida e morte, mas um retrato das pessoas. É um turbilhão de sentimentos, você se identifica demais, e que mensagem linda desse seriado, não exista, viva intensamente, aproveite realmente cada momento.
Foi sublime, mágica e perfeita a cena final com a Claire dirigindo, no começo há muitos carros ao redor (que representa a maior parte da sua família ainda viva) e no final ela está sozinha na estrada dirigindo de forma pacífica e tranquila, o que representa a forma como o seu destino será no final de sua vida, um simbolismo brilhante e lindíssimo, além disso, o final da Claire é uma homenagem do criador Alan Ball para sua irmã, que morreu tragicamente aos 22 anos de idade em um acidente de carro. Claire vivendo 102 anos foi a maneira do Alan dar a sua irmã a vida boa e longa, que ela nunca teve.
Hannibal (1ª Temporada)
4.4 983 Assista AgoraFantástica essa primeira temporada, ótimo enredo, com personagens complexos, muito bem construidos, incrível mesmo esse desenvolvimento no decorrer da trama, um thriller psicológico e uma fotografia de encher os olhos. Que grande personagem é esse Will, denso, complexo, envolvente, grande interpretação de Hugh Dancy, você sente na pele o drama desse personagem, e quanto ao grande Hannibal, Mads Mikkelsen se mostrou um monstro na atuação, elegante, sofisticado, seduz e vicia o telespectador.
Cantando na Chuva
4.4 1,1K Assista AgoraQue filme encantador, simplesmente apaixonante em sua pureza e inocência, um clássico dos clássicos. Gostoso demais de assistir, você tem vontade de sair cantando e dançando, é um dos melhores musicais de todos os tempos.
Mad Men (7ª Temporada)
4.6 387 Assista AgoraQue final emocionante este episódio 7. Esse seriado é de uma qualidade absurda, nível cinematográfico, vai deixar muita saudade. Agora fica aquela agonia, você tem que esperar até 2015 pelos episódios restantes.
Penny Dreadful (1ª Temporada)
4.3 1,0K Assista AgoraQue coisa mais linda foi esse episódio 5, extremamente tocante, muito foda, foi o melhor episódio até agora do seriado. Eva Green no melhor papel de sua carreira, está arrebentando em Penny Dreadful, merecendo demais uma indicação ao Emmy e Globo de Ouro.
O Artista e a Modelo
3.7 20 Assista Agora"Nós, homens, não somos mais do que um acidente, acessórios. A mulher, entretanto, é a primeira forma. A forma essencial."
O Artista e a Modelo
3.7 20 Assista AgoraUma reflexão importante entre vida e arte. Bacana acompanhar o processo de trabalho do artista. Muito amor essa fotografia em preto e branco.
Dragonball Evolution
1.2 1,6K Assista AgoraO maior insulto americano à cultura japonesa, desde Hiroshima.
Sin City: A Cidade do Pecado
3.8 1,3K Assista AgoraUma experiência visual enriquecedora e incrível. Uma das melhores adaptações de HQ, além da fidelidade do trabalho com as cores quentes em meio ao preto e branco do filme, destaque para os jogos de luzes e sombras, a fotografia de fato é estupenda. A narrativa lembra muito Max Payne, por isso eu penso que teria sido bacana demais Frank Miller trabalhando no roteiro e direção de Max Payne. Enfim, o filme é muito foda, marcante e muito diferente do que já se viu no cinema, obra imperdível.