Cooper Raiff escreveu, dirigiu, produziu e atuou no filme e conseguiu trazer um trabalho decente e melhor que muitos outros que demandou um orçamento mais alto que este. Melhor do que eu esperava, ótimo final. Espero ver mais trabalhos dele pela frente.
Centigrade essencialmente captura a atmosfera claustrofóbica de estar preso em um conjunto de circunstâncias muito trágicas.
É baseado em uma história real e foi filmado em ordem cronológica ao longo de 24 dias, com dias de folga a cada semana em que os atores podiam fazer dieta e se exercitar, para que pudessem perder peso e os pelos faciais de Piazza pudessem crescer como na vida real. O filme também viajou para a Noruega para alguns dias de filmagem no exterior.
Os atores fizeram um ótimo trabalho, e é a primeira vez que vejo Genesis Rodriguez atuando, ela encontra uma maneira de entregar exatamente aquele olhar de autenticidade, teve um ótimo desempenho. A atenção do diretor a cada pequeno detalhe é incrível, como as garrafas de água vazias, as camadas de roupas e as marcas no painel para contar os dias.
Eu não esperava nada e não vi nenhum trailer, nem sinopse, mas devo dizer que foi uma grande surpresa para mim.
Muito mais efetivo que qualquer filme da Bruxa de Blair, Atividade Paranormal, ou até mesmo Amizade desfeita que é bem similar mas não chega aos pés de Host. Gravado durante a quarentena com o uso do Zoom, site/app de vídeo chamada, o diretor mostra aqui como é possível criar um bom trabalho com limitações e poucos recursos.
Nem parece um filme de 1927. Metropolis é sem dúvidas o filme de ficção científica mais icônico produzido na era do cinema mudo, bem à frente de seu tempo na produção cinematográfica. Metropolis é uma obra-prima porque apresentou novas idéias e ampliou os limites do que você poderia fazer no meio cinematográfico com pouca tecnologia. Ainda hoje, o filme parece impressionante por causa da criatividade necessária para realizar tal feito no cinema. Definitivamente serviu de inspiração para muitos outros filmes.
Até agora tentando me recuperar do que foi assistir a esse filme. Um dos roteiros mais inteligentes de todos os tempos, a trama é tão bem construída que vai nos deixando cada vez mais curioso, e é imprevisível, grandioso! Um dos meus favoritos pois até mesmo em todos os aspectos técnicos foi bem produzido. Grande Villeneuve que encheu a tela de metáforas e simbolismos tornando a obra ainda maior.
Cafarnaum conta uma história dura e cruel. Nos mostra toda precariedade que vivem os personagens. O filme é tão realista e as atuações tão autênticas que fez por merecer o prêmio do júri no Festival de Cannes, parece que estamos assistindo a um documentário...
A crítica social presente nessa obra é muito forte e por isso valeu a pena cada minuto que vi. É o meu primeiro contato com um filme árabe-libanês e a experiência foi gratificante.
Não tenho nenhuma contestação diante dessa obra prima que o Farhadi dirigiu, o filme é excelente em tudo que se propõe, com uma trama tão poderosa que nos prende do início ao fim, eu realmente não consegui tirar a minha atenção do filme. A estética faz jus a cultura iraniana, com uma bela fotografia. Ótima atuação do elenco, muito genuíno.
Na história o caráter dos personagens é colocado à prova diversas vezes, entre tantos mal entendidos e situações desconfortáveis, cada acontecimento é ligado a um fato anterior, o roteiro então é genialmente bem construído.
Esta obra faz com que 2 horas pareçam apenas uma. Mereceu o Oscar de melhor filme estrangeiro e merecia tantos outros prêmios mas o mais importante é ver que o filme recebeu um reconhecimento mundialmente merecido e nos abre a porta para conhecer um pouco do Irã, da desigualdade, dos problemas sociais, de como eles tratam as leis por lá e de sua cultura.
Recomendo dar uma olhada nas pelo menos 10 regras do Dogma 95 antes de assistir o filme e poderá ver que com todas as limitações a obra é grandiosa pois se sustenta somente na criação da premissa, história, da trama e sua narrativa, também não podendo deixar de citar as atuações que estão à flor da pele em grande parte do filme.
Falando um pouco sobre o Dogma 95 um dos objetivos do movimento era abrir mão de grandes recursos de efeitos especiais, assim como truques técnicos de câmera ou pós-produção, trazendo uma estética amadora de forma proposital quase que de forma documental. Os diretores deveriam se concentrar na história e na performance dos atores, dando assim o poder nas mãos do diretor, como artista, ao invés de simplesmente dar aos estúdios a autonomia sobre a criação dos filmes.
O enredo do filme nos prende assim que a festa da família começa, e com a sucessão dos acontecimentos ficamos cada vez mais curioso pra ver o que vai acontecer em seguida. As características dos personagens são tão comuns que podemos até fazer alusão com alguns de nossos parentes ou conhecidos rs... É também uma crítica com muitas questões envolvidas como racismo, machismo, abuso infantil, relacionamento abusivo e traumas. Obrigado Vinterberg por essa obra, você é gigante.
Catherine Sloper: “Yes, I can be very cruel. I have been taught by masters.”
Torcemos tanto pela protagonista e recebemos o final que merecemos. Olivia de Havilland esta magnífica, dá um show e aula de atuação. Uma das melhores atrizes da era de ouro de hollywood.
Uma obra que vale a pena ser vista, filmado em Roma, o registro cinematográfico do cenário é convidativo. O filme é divertido e autêntico, a Audrey está fantástica nesse papel na qual levou o Oscar de melhor atriz (que diga-se de passagem não deveria ser o único dela, pois entrega uma atuação ainda maior em My Fair Lady na qual nem sequer foi indicada)
Um dos melhores clássicos da era de ouro de Hollywood que viria a ser inspiração para inúmeros filmes no futuro.
A maestria da direção neste filme é também encantador, quando Gregory Peck está caminhando no final, a centralização ali, com toda a beleza do local em que foi filmado traz jus ao mérito que o filme recebe, levou também o Oscar de melhor figurino P&B e Melhor Roteiro Original.
No começo do filme tentei entender qual era a necessidade do núcleo infantil, mas a partir da cena em que o Finch está em frente à cadeia e as crianças aparecem faz sentido. A mensagem do filme não seria a mesma sem elas, pois a história é contada do ponto de vista das mesmas.
Os diálogos é o que dá força a trama, embora a primeira hora seja muito arrastada.
Amor genuíno é o que eu chamo o sentimento do Casper. O filme tem uma ambientação e fotografia agradável de acompanhar. A trama é um tanto quanto dura, áspera e cruel com o protagonista, esse é o objetivo do diretor, cria uma certa afeição do espectador para com o personagem.
As melhores cenas do filme é quando o Casper conta na sala de aula sobre o Kes, quando está treinando o falcão e alguns diálogos no final.
O único motivo pelo qual eu tiro uma estrela é ele ter um ritmo lento e ser desnecessariamente longo e arrastado.
O nazismo e a segunda guerra mundial vistos pela perspectiva de uma criança inocente influenciada pelo discurso de ódio mas que consegue enxergar o quão absurdo são as atitudes dos nazistas. O filme é cômico em alguns momentos e fica mais sério com o passar da película, não deixando de ser leve quanto ao assunto, o que me faz pensar que foi inteligente da parte do roteirista e diretor pois é um filme que também atinge o público mais jovem passando a mensagem crítica do quanto aquela época foi absurda e infeliz para a população alemã. Os personagens agradam, carismáticos e divertidos tornando o filme gostoso de acompanhar.
Que trabalho de direção impressionante. Não venho aqui comparar o filme com outros que foram ignorados pelo Oscar como a maioria, mas sim aclamar o que Sam Mendes fez nessa obra... A mixagem de som, o plano senquencial de cenas quase sem cortes, a fotografia ABSURDAMENTE INCRÍVEL, com certeza o meu favorito do gênero por conta da direção de arte. Foi uma experiência um tanto gratificante ver este filme no cinema. Cenas extremamente realistas e imersivas.
Robert Eggers entregou aqui um filme extremamente imersível e sensorial; A loucura de dois homens dentro de uma atmosfera solitária, úmida e suja no meio de toda precariedade e ausência de suprimentos em que se entregam a bebida.
As atuações do Pattinson e Dafoe está de uma excelência que eu diria que os papéis parecem ter sido feitos exclusivamente para os dois.
Com muita referência aos tempos mitológicos, o filme entrega também uma atmosfera que migra entre a realidade e fantasia. Isso torna a obra ainda mais intrigante, sensacional e metafórica. Temos um Tom que adere ao nome de Winslow para sobreviver em meio a culpa que carrega de seus traumas passados e a possibilidade de arranjar um trabalho por uma vida melhor (Estes traumas que o atormentam durante grande parte do filme) e um Tom que abusa do poder e autoridade para não dividir o seu posto nem perdê-lo para seu novo ajudante.
Após todo o desejo e ambição De Winslow de alcançar o farol, chegando lá assume a totalidade de sua loucura, sendo divinamente punido por ela. Presumo que o Winslow tenha morrido após sua queda ou de fome por falta de alimento e se tornou comida do seu próprio inimigo desde o começo do filme: A gaivota.
A direção de arte de Greta Gerwig nesse filme me surpreendeu, pois fui assistir o filme sem saber o que esperava e me deparei com uma obra gigante.
A forma como ela utilizava as cores para alterar a ordem cronológica entre passado e presente sem precisar todo tempo apresentar ao espectador o ano em tudo se passava...
A metalinguagem utilizada no final do filme pra trazer aquela dúvida se de fato aconteceu ou a personagem só precisou incluir em sua história? (Os diretores adoram criar esta incógnita que na maioria das vezes fica a critério do próprio espectador.)
Não darei mérito apenas a direção incrível de ambientação, figurinos, o enquadramento perfeito, a estrutura narrativa que segura a trama de forma excelente, mas também ao trabalho incrível de atuação dos atores, um elenco de peso não poderia decepcionar, uma obra completa. Mereceu todas as indicações que recebeu no Oscar e merecia muito mais.
Um dos roteiros mais inteligentes que já vi, acredito que fui enganado duas vezes no decorrer da história. Sem contar essa fotografia linda, dá prazer de ver.
“Posso dar a você uma ideia da minha própria esperança.. É saber que o amor existe de verdade no mundo humano.” “Um tipo de amor especial suponho.” “Todos os tipos. O maior e menor, o mais absurdo e o mais sublime.” “E o desejo por amor?” “O desejo e a negação. Confiança e desconfiança.” “Então o amor é a prova?” “Não sei se o amor é a prova da existência de Deus..ou se é o próprio deus. “Então para você amor e Deus são a mesma coisa” “Esse pensamento ameniza o meu vazio e meu desespero sórdido. De repente, o vazio se transforma em abundância, e o desespero em vida. É como a suspensão temporária de uma sentença de morte."
O diálogo final vai ficar marcado pra sempre na minha memória. Todos os personagens aqui parecem viver uma crise existencial constante, e os diálogos do filme liberta dos personagens tais questões que muitas pessoas deixariam de dizer.
A cinematografia preto e branco do bergman é sensacional e eu não conseguiria ver de outra forma.
Gosto de como o Dreyer utilizou o personagem que ao ler o livro vai desvendando os acontecimentos e achei genial esta forma de contar a história, uma narrativa bem explorada pra aquela época do cinema.
A utilização das sombras é a magia do filme e Dreyer brinca com isso o tempo todo entre fantasias, ilusões e sobriedade. Por fim preciso citar a trilha sonora que encaixa perfeitamente em cada momento da obra. Um dos melhores do gênero e época.
Uma animação japonesa de 2h que você mal vê o tempo passar, o melhor filme-anime que já vi até hoje, não é entediante, é gostoso de assistir, sensível, delicado, simbólico. Não só esteticamente dou mérito como também ao enredo que constrói uma evolução e amadurecimento do personagem que é bonito de se ver. Obrigado por essa obra Hayao Miyazaki e Studio Ghibli. Irei em outro momento revisitá-lo.
Esse é o fechamento de um arco de 40 anos de história, a responsabilidade em cima do JJ foi realmente gigante, não posso negar. A trilogia tem o enredo de fato muito confuso e preguiçoso mas o filme entrega o que promete: uma estética linda, efeitos incríveis, méritos a parte técnica. Quanta nostalgia, adorei alguns novos personagens que me fizeram rir, me emocionei e em algumas cenas fiquei encantado. A fotografia, o enquadramento, a ambientação, os figurinos... já podíamos esperar ser de uma beleza digna de uma franquia de peso. Embora The Last Jedi ainda seja o meu favorito da trilogia.
A cada filme do Chaplin que vi, eu me impressionei com tamanha genialidade e versatilidade de roteiros, não é atoa que este ícone do cinema mudo, sobreviveu relevante com as mudanças do cinema para a era sonora... Embora não tenha ganho nenhum oscar com essa obra de arte, mereceu todas as 5 indicações que recebeu.
Chaplin foi essencial, sempre trouxe críticas, sentimentalismo e cenas divertidas mesmo quando se tratavam de assuntos sérios.
Inclusive a tamanha coragem e ousadia em plena segunda guerra mundial de trazer esta sátira para os cinemas. Chaplin se consolidou aqui lendário e encerrou o filme de forma marcante com um discurso educativo à gerações.
O Calouro
3.6 36Cooper Raiff escreveu, dirigiu, produziu e atuou no filme e conseguiu trazer um trabalho decente e melhor que muitos outros que demandou um orçamento mais alto que este. Melhor do que eu esperava, ótimo final. Espero ver mais trabalhos dele pela frente.
Pânico Abaixo de Zero
2.5 69Centigrade essencialmente captura a atmosfera claustrofóbica de estar preso em um conjunto de circunstâncias muito trágicas.
É baseado em uma história real e foi filmado em ordem cronológica ao longo de 24 dias, com dias de folga a cada semana em que os atores podiam fazer dieta e se exercitar, para que pudessem perder peso e os pelos faciais de Piazza pudessem crescer como na vida real. O filme também viajou para a Noruega para alguns dias de filmagem no exterior.
Os atores fizeram um ótimo trabalho, e é a primeira vez que vejo Genesis Rodriguez atuando, ela encontra uma maneira de entregar exatamente aquele olhar de autenticidade, teve um ótimo desempenho. A atenção do diretor a cada pequeno detalhe é incrível, como as garrafas de água vazias, as camadas de roupas e as marcas no painel para contar os dias.
Eu não esperava nada e não vi nenhum trailer, nem sinopse, mas devo dizer que foi uma grande surpresa para mim.
Vou Morrer Amanhã
2.6 60 Assista AgoraUm dos piores filmes que já vi, nem a fotografia boa salvou.
Cuidado Com Quem Chama
3.4 630Muito mais efetivo que qualquer filme da Bruxa de Blair, Atividade Paranormal, ou até mesmo Amizade desfeita que é bem similar mas não chega aos pés de Host. Gravado durante a quarentena com o uso do Zoom, site/app de vídeo chamada, o diretor mostra aqui como é possível criar um bom trabalho com limitações e poucos recursos.
Metrópolis
4.4 630 Assista AgoraNem parece um filme de 1927. Metropolis é sem dúvidas o filme de ficção científica mais icônico produzido na era do cinema mudo, bem à frente de seu tempo na produção cinematográfica. Metropolis é uma obra-prima porque apresentou novas idéias e ampliou os limites do que você poderia fazer no meio cinematográfico com pouca tecnologia. Ainda hoje, o filme parece impressionante por causa da criatividade necessária para realizar tal feito no cinema. Definitivamente serviu de inspiração para muitos outros filmes.
Incêndios
4.5 1,9K Assista AgoraAté agora tentando me recuperar do que foi assistir a esse filme. Um dos roteiros mais inteligentes de todos os tempos, a trama é tão bem construída que vai nos deixando cada vez mais curioso, e é imprevisível, grandioso! Um dos meus favoritos pois até mesmo em todos os aspectos técnicos foi bem produzido. Grande Villeneuve que encheu a tela de metáforas e simbolismos tornando a obra ainda maior.
Cafarnaum
4.6 673 Assista AgoraCafarnaum conta uma história dura e cruel. Nos mostra toda precariedade que vivem os personagens. O filme é tão realista e as atuações tão autênticas que fez por merecer o prêmio do júri no Festival de Cannes, parece que estamos assistindo a um documentário...
A crítica social presente nessa obra é muito forte e por isso valeu a pena cada minuto que vi. É o meu primeiro contato com um filme árabe-libanês e a experiência foi gratificante.
A Separação
4.2 725 Assista AgoraNão tenho nenhuma contestação diante dessa obra prima que o Farhadi dirigiu, o filme é excelente em tudo que se propõe, com uma trama tão poderosa que nos prende do início ao fim, eu realmente não consegui tirar a minha atenção do filme. A estética faz jus a cultura iraniana, com uma bela fotografia. Ótima atuação do elenco, muito genuíno.
Na história o caráter dos personagens é colocado à prova diversas vezes, entre tantos mal entendidos e situações desconfortáveis, cada acontecimento é ligado a um fato anterior, o roteiro então é genialmente bem construído.
Esta obra faz com que 2 horas pareçam apenas uma. Mereceu o Oscar de melhor filme estrangeiro e merecia tantos outros prêmios mas o mais importante é ver que o filme recebeu um reconhecimento mundialmente merecido e nos abre a porta para conhecer um pouco do Irã, da desigualdade, dos problemas sociais, de como eles tratam as leis por lá e de sua cultura.
Festa de Família
4.2 395 Assista AgoraRecomendo dar uma olhada nas pelo menos 10 regras do Dogma 95 antes de assistir o filme e poderá ver que com todas as limitações a obra é grandiosa pois se sustenta somente na criação da premissa, história, da trama e sua narrativa, também não podendo deixar de citar as atuações que estão à flor da pele em grande parte do filme.
Falando um pouco sobre o Dogma 95 um dos objetivos do movimento era abrir mão de grandes recursos de efeitos especiais, assim como truques técnicos de câmera ou pós-produção, trazendo uma estética amadora de forma proposital quase que de forma documental. Os diretores deveriam se concentrar na história e na performance dos atores, dando assim o poder nas mãos do diretor, como artista, ao invés de simplesmente dar aos estúdios a autonomia sobre a criação dos filmes.
O enredo do filme nos prende assim que a festa da família começa, e com a sucessão dos acontecimentos ficamos cada vez mais curioso pra ver o que vai acontecer em seguida. As características dos personagens são tão comuns que podemos até fazer alusão com alguns de nossos parentes ou conhecidos rs... É também uma crítica com muitas questões envolvidas como racismo, machismo, abuso infantil, relacionamento abusivo e traumas. Obrigado Vinterberg por essa obra, você é gigante.
Tarde Demais
4.2 83 Assista AgoraAunt Penniman:
“Can you be so cruel?”
Catherine Sloper:
“Yes, I can be very cruel. I have been taught by masters.”
Torcemos tanto pela protagonista e recebemos o final que merecemos. Olivia de Havilland esta magnífica, dá um show e aula de atuação. Uma das melhores atrizes da era de ouro de hollywood.
A Princesa e o Plebeu
4.3 417 Assista AgoraUma obra que vale a pena ser vista, filmado em Roma, o registro cinematográfico do cenário é convidativo. O filme é divertido e autêntico, a Audrey está fantástica nesse papel na qual levou o Oscar de melhor atriz (que diga-se de passagem não deveria ser o único dela, pois entrega uma atuação ainda maior em My Fair Lady na qual nem sequer foi indicada)
Um dos melhores clássicos da era de ouro de Hollywood que viria a ser inspiração para inúmeros filmes no futuro.
A maestria da direção neste filme é também encantador, quando Gregory Peck está caminhando no final, a centralização ali, com toda a beleza do local em que foi filmado traz jus ao mérito que o filme recebe, levou também o Oscar de melhor figurino P&B e Melhor Roteiro Original.
O Sol É Para Todos
4.3 414 Assista AgoraNo começo do filme tentei entender qual era a necessidade do núcleo infantil, mas a partir da cena em que o Finch está em frente à cadeia e as crianças aparecem faz sentido. A mensagem do filme não seria a mesma sem elas, pois a história é contada do ponto de vista das mesmas.
Os diálogos é o que dá força a trama, embora a primeira hora seja muito arrastada.
Kes
4.2 142Amor genuíno é o que eu chamo o sentimento do Casper. O filme tem uma ambientação e fotografia agradável de acompanhar. A trama é um tanto quanto dura, áspera e cruel com o protagonista, esse é o objetivo do diretor, cria uma certa afeição do espectador para com o personagem.
As melhores cenas do filme é quando o Casper conta na sala de aula sobre o Kes, quando está treinando o falcão e alguns diálogos no final.
O único motivo pelo qual eu tiro uma estrela é ele ter um ritmo lento e ser desnecessariamente longo e arrastado.
Jojo Rabbit
4.2 1,6K Assista AgoraO nazismo e a segunda guerra mundial vistos pela perspectiva de uma criança inocente influenciada pelo discurso de ódio mas que consegue enxergar o quão absurdo são as atitudes dos nazistas. O filme é cômico em alguns momentos e fica mais sério com o passar da película, não deixando de ser leve quanto ao assunto, o que me faz pensar que foi inteligente da parte do roteirista e diretor pois é um filme que também atinge o público mais jovem passando a mensagem crítica do quanto aquela época foi absurda e infeliz para a população alemã. Os personagens agradam, carismáticos e divertidos tornando o filme gostoso de acompanhar.
1917
4.2 1,8K Assista AgoraQue trabalho de direção impressionante. Não venho aqui comparar o filme com outros que foram ignorados pelo Oscar como a maioria, mas sim aclamar o que Sam Mendes fez nessa obra... A mixagem de som, o plano senquencial de cenas quase sem cortes, a fotografia ABSURDAMENTE INCRÍVEL, com certeza o meu favorito do gênero por conta da direção de arte. Foi uma experiência um tanto gratificante ver este filme no cinema. Cenas extremamente realistas e imersivas.
Na cena que o rato causa a explosão praticamente todo mundo na sala do cinema deu um pulo de susto!
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraRobert Eggers entregou aqui um filme extremamente imersível e sensorial; A loucura de dois homens dentro de uma atmosfera solitária, úmida e suja no meio de toda precariedade e ausência de suprimentos em que se entregam a bebida.
As atuações do Pattinson e Dafoe está de uma excelência que eu diria que os papéis parecem ter sido feitos exclusivamente para os dois.
Com muita referência aos tempos mitológicos, o filme entrega também uma atmosfera que migra entre a realidade e fantasia. Isso torna a obra ainda mais intrigante, sensacional e metafórica. Temos um Tom que adere ao nome de Winslow para sobreviver em meio a culpa que carrega de seus traumas passados e a possibilidade de arranjar um trabalho por uma vida melhor (Estes traumas que o atormentam durante grande parte do filme) e um Tom que abusa do poder e autoridade para não dividir o seu posto nem perdê-lo para seu novo ajudante.
Após todo o desejo e ambição De Winslow de alcançar o farol, chegando lá assume a totalidade de sua loucura, sendo divinamente punido por ela. Presumo que o Winslow tenha morrido após sua queda ou de fome por falta de alimento e se tornou comida do seu próprio inimigo desde o começo do filme: A gaivota.
Adoráveis Mulheres
4.0 974 Assista AgoraA direção de arte de Greta Gerwig nesse filme me surpreendeu, pois fui assistir o filme sem saber o que esperava e me deparei com uma obra gigante.
A forma como ela utilizava as cores para alterar a ordem cronológica entre passado e presente sem precisar todo tempo apresentar ao espectador o ano em tudo se passava...
A metalinguagem utilizada no final do filme pra trazer aquela dúvida se de fato aconteceu ou a personagem só precisou incluir em sua história? (Os diretores adoram criar esta incógnita que na maioria das vezes fica a critério do próprio espectador.)
Não darei mérito apenas a direção incrível de ambientação, figurinos, o enquadramento perfeito, a estrutura narrativa que segura a trama de forma excelente, mas também ao trabalho incrível de atuação dos atores, um elenco de peso não poderia decepcionar, uma obra completa. Mereceu todas as indicações que recebeu no Oscar e merecia muito mais.
A Criada
4.4 1,3K Assista AgoraUm dos roteiros mais inteligentes que já vi, acredito que fui enganado duas vezes no decorrer da história. Sem contar essa fotografia linda, dá prazer de ver.
Através de um Espelho
4.3 249“Posso dar a você uma ideia da minha própria esperança.. É saber que o amor existe de verdade no mundo humano.”
“Um tipo de amor especial suponho.”
“Todos os tipos. O maior e menor, o mais absurdo e o mais sublime.”
“E o desejo por amor?”
“O desejo e a negação. Confiança e desconfiança.”
“Então o amor é a prova?”
“Não sei se o amor é a prova da existência de Deus..ou se é o próprio deus.
“Então para você amor e Deus são a mesma coisa”
“Esse pensamento ameniza o meu vazio e meu desespero sórdido. De repente,
o vazio se transforma em abundância, e o desespero em vida. É como a suspensão temporária de uma sentença de morte."
O diálogo final vai ficar marcado pra sempre na minha memória. Todos os personagens aqui parecem viver uma crise existencial constante, e os diálogos do filme liberta dos personagens tais questões que muitas pessoas deixariam de dizer.
A cinematografia preto e branco do bergman é sensacional e eu não conseguiria ver de outra forma.
O Vampiro
4.0 77Gosto de como o Dreyer utilizou o personagem que ao ler o livro vai desvendando os acontecimentos e achei genial esta forma de contar a história, uma narrativa bem explorada pra aquela época do cinema.
A utilização das sombras é a magia do filme e Dreyer brinca com isso o tempo todo entre fantasias, ilusões e sobriedade. Por fim preciso citar a trilha sonora que encaixa perfeitamente em cada momento da obra. Um dos melhores do gênero e época.
Questão de Tempo
4.3 4,0K Assista Agora“Os verdadeiros problemas de nossa vida sempre serão coisas que nunca passaram pela nossa cabeça preocupada”
A fórmula do encontro da realidade com a fantasia que deu certo.
A Viagem de Chihiro
4.5 2,3K Assista AgoraUma animação japonesa de 2h que você mal vê o tempo passar, o melhor filme-anime que já vi até hoje, não é entediante, é gostoso de assistir, sensível, delicado, simbólico. Não só esteticamente dou mérito como também ao enredo que constrói uma evolução e amadurecimento do personagem que é bonito de se ver. Obrigado por essa obra Hayao Miyazaki e Studio Ghibli. Irei em outro momento revisitá-lo.
Star Wars, Episódio IX: A Ascensão Skywalker
3.2 1,3K Assista AgoraEsse é o fechamento de um arco de 40 anos de história, a responsabilidade em cima do JJ foi realmente gigante, não posso negar. A trilogia tem o enredo de fato muito confuso e preguiçoso mas o filme entrega o que promete: uma estética linda, efeitos incríveis, méritos a parte técnica. Quanta nostalgia, adorei alguns novos personagens que me fizeram rir, me emocionei e em algumas cenas fiquei encantado. A fotografia, o enquadramento, a ambientação, os figurinos... já podíamos esperar ser de uma beleza digna de uma franquia de peso. Embora The Last Jedi ainda seja o meu favorito da trilogia.
O Grande Ditador
4.6 804 Assista AgoraA cada filme do Chaplin que vi, eu me impressionei com tamanha genialidade e versatilidade de roteiros, não é atoa que este ícone do cinema mudo, sobreviveu relevante com as mudanças do cinema para a era sonora... Embora não tenha ganho nenhum oscar com essa obra de arte, mereceu todas as 5 indicações que recebeu.
Chaplin foi essencial, sempre trouxe críticas, sentimentalismo e cenas divertidas mesmo quando se tratavam de assuntos sérios.
Inclusive a tamanha coragem e ousadia em plena segunda guerra mundial de trazer esta sátira para os cinemas. Chaplin se consolidou aqui lendário e encerrou o filme de forma marcante com um discurso educativo à gerações.