Sempre escutei do meu pai que "Sean Connery é a melhor representação do 007", e concordo totalmente. Espero que o ator descanse em paz!
A franquia começou do jeito certo, lógico, precisamos ter noção do tempo em que foi produzido, ou seja, não adianta comparar com os filmes de ação atuais. Para sua época, todas as lutas e coreografias estavam muito bem executadas, assim como os momentos de suspense. Preciso destacar o Sean Connery, que é a encarnação perfeita do James Bond que todos conhecemos. Ele tem todo o charme do agente secreto, e várias das cenas marcantes que conhecemos surgiram nessa adaptação do livro clássico, como o seu famoso bordão. A Bond-Girl é a Ursula Andress, que está espetacular, e esbanja beleza no pouco tempo de tela, surgindo mais como um interesse romântico para o protagonista, e mesmo com uma história fraca, ela consegue divertir enquanto aparece.
Os personagens secundários também têm um bom uso narrativo, por mais que alguns possam ser descartáveis, já que aparecem por pouco tempo. Sobre Dr. No, o grande vilão, a conversa é outra. Durante todo o longa-metragem ele é construído e descrito como um grande vilão, entretanto, sua aparição é breve, e não conseguimos sentir tanta ameaça, funcionando mais como um vilão megalomaníaco e com pouco desenvolvimento em comparação a outros antagonistas do personagem.
Em síntese, por mais que tenha problemas, “007 Contra O Satânico Dr. No” consegue divertir bastante, sendo um ótimo entretenimento.
“Luca” é certamente um dos melhores filmes do ano de 2021, uma animação simples que encanta e diverte o público com seus personagens descobrindo um novo mundo, enquanto fazem amizades e descobrem o que gostam de verdade. Uma história infantil que remete aos clássicos do Studio Ghibli, mostrando a natureza e momentos simples do nosso dia a dia.
O filme também presta muitas homenagens ao cinema clássico, especialmente o italiano. Algo perceptível pelos pôsteres espalhados pela cidade, indo de filmes do Fellini a clássicos da Universal, como o Monstro da Lagoa Negra. Em síntese, “Luca” é uma linda história sobre amizade, aceitação e experimentação de coisas novas.
[/spoiler] Basicamente, Instinto Selvagem é um Thriller erótico de investigação criminal.
Bem, seria um tanto descompromissado da minha parte escrever um comentário vazio como esse. Por isso, tentarei fazer uma análise curta sobre essa obra, e claro, espero que seja boa para você que está lendo.
Antes, preciso dizer qual é a sinopse, e sim poderemos prosseguir.
“Catherine Tramell é uma escritora extremamente sedutora e principal suspeita de um assassino. O policial Nick Curran é incumbido de desvendar o crime, mas fica fortemente atraído por Catherine, colocando a própria vida em risco.”
Paul Verhoeven criou uma das mais sagazes histórias de investigação criminal, ao misturar prazer, e um picador de gelo (risos). Ele é o diretor de Robocop, ou seja, lógico que iria vir coisa boa. Tudo vem da forma que ele dirige, te manipulando a cada segundo, e de sua narrativa com personagens bem desenvolvidos. Não só com uma trilha sonora bem feita, ou com a interpretação dos atores marcante — Sharon Stone que o diga-, mas também com o enquadramento de camera dando ênfase ao mistério principal, que é extremamente competente.
Como citei anteriormente, o diretor foi muito bom nos seus trabalhos anteriores, criando clássicos conhecidos por muitos, e Instinto Selvagem entra nessa lista. A parte técnica é muito boa, já que o público nunca sabe o que vai ocorrer, pois, somos manipulados para pensar em várias coisas ao mesmo tempo! Um Mérito para Verhoeven. Um exemplo disso são como cenas de perseguição, ou até a do prédio, que ocorre alguns minutos antes de acabar o filme, criando uma tensão apenas com a camera (lembrando um certo diretor).
O enquadramento é uma das coisas que mais gosto aqui, pois, ele serve para certos pontos da trama; dois exemplos diretos podem ser pecebidos justamente na cena da cruzada de pernas da Sharon Stone, e início, na qual ocorre o primeiro assassinato.
O diretor utiliza de vários métodos para nós fazer pensar quem é a mulher que está praticando o ato. Ao mostrar o corpo dela em cima do antigo astro do rock, enquanto eles praticam o ato sexual, Verhoeven nunca mostra a cara da assassina, nos fazendo ficar curiosos em relação a isso. Ao ser amarrado, o cantor acaba sendo golpeado reforços com um picador de gelo; um objeto que em outros momentos da trama, sendo usado para criar cenas de tensão.
Sobre a excelente trilha sonora composta por Jerry Goldsmith (o mesmo de “A Profecia”, “Gremlins”, e “Alien”), apenas posso dar os parabéns, foi uma escolha muito boa!
Todas as cenas de sexo te deixam tenso, não só por usar uma trilha dele, mas por saber que a qualquer momento, algum assassato pode ocorrer enquanto eles praticam o ato; e se quiser um exemplo, posso citar a parte em que o Detetive Nick Curran faz amor com a brilhante femme fatale Catherine Trammel, interpretada pela bela Sharon Stone. Sinceramente, foi bem genial. Me deixou tenso e morrendo de medo do que poderia vir a acontecer com ele. Esse estilo de direção misturado com uma incrível trilha sonora lembrou bastante um filme do Hitchcock; que assim como nos seus longas-metragens, os detalhes importam.
Entre as atuações, algumas merecem ser comentadas.
Sharon Stone criou uma das melhores interpretações de femme fatale dentro do gênero de investigação criminal. Sua personagem é bastante reconhecida, e é totalmente compreensível; ela consegue demonstrar o controle total sobre o que quer. Além disso, na cena do interrogatório, na qual tem uma cruzada de pernas, uma personagem deixa vários homens com cara de bobo. Michael Douglas está muito bom, demonstrando ser eficaz no papel. Ele faz do seu personagem alguém cheio de ‘nuances’; pois, com o passar do longa-metragem, o público começa a pensar se deve torcer por ele, devido a sua estranha relação com uma amiga de trabalho.
Existem mais algumas coisas que eu gostaria de falar sobre, entretanto, sinto que no momento, meu comentário não precisa disso. Recomendo para todos! [spoiler]
"Eu sinto que estive procurando você por muito tempo"
Decidi me abster de criar um comentário sobre "Phantom Thread", até porque eu acho muito difícil conseguir escrever um comentário a respeito de uma obra com tantas nuances e sutilezas.
O amor é inexplicável, e nessa película temos certeza disso; pois o amor nada mais é do que uma linha de fios invisíveis, que gostam de se unir, e de tecer possíveis relacionamentos. Relações que podem ou não ser duradouras, ao mesmo tempo que podem ser abusivas; mas ninguém liga tanto para isso, pois sempre surgirá alguém obcecado com o amor.
O longa-mentragem de Paul Thomas Anderson é sobre o amor, e como ele é realmente; contudo, pelo ponto de vista de um casal apaixonado, e com um amor intenso - e estranho. As atuações são tão espetaculares que conseguimos sentir o que eles sentem apenas com um olhar. É tudo tão sutil, mas ao mesmo tempo introspectivo, o que deixa à obra com uma carga tão profunda, que uma cena simples, como um café da manhã acaba valendo mais que mil palavras.
Os figurinos são belos, e os momentos nos quais aparecem são muito mais uma representação do quão sério e concentrado o Reynolds Woodcock tenta ser com seu trabalho do que apenas uma parte importante e necessária do roteiro. É importante ressaltar que por mais que seja uma obra que se passe nos anos 50, o estilista interpretado de forma magistral por Daniel Day-Lewis, enxerga em Alma, que por sinal é interpretada de forma excelente por Vicky Krieps, a perfeição; algo que para alguns pode não ser, mas para ele, Alma é uma modelo perfeita, e acaba tornando-se sua musa.
Alma é uma personagem que vai crescendo conforme a história vai passando. Não a conhecemos muito bem durante o filme, mas ao decorrer do próprio, conseguimos a enteder, e nos sentimos muito próximos dela. Assim como o Reynolds, que desde o momento em que aparece está sendo totalmente cuidadoso; cuidando da higiene, e assim com Alma, vamos o descobrindo. Todos os seus costumes, e suas vontades, como a do silêncio.
Silêncio esse que o diretor faz questão de quebrar as vezes, aumentando o som dos objetos ao redor, enquanto ele tenta se concentrar. Simplesmente uma decisão narrativa, e técnica brilhante.
A direção de arte é fantástica, assim como a fotografia e à trilha sonora. Sobre a fotografia, e a paleta de cores, poderíamos debater somente ela em um comentário, e ainda seria pouco. O frio que parece envolver o Sr. Woodcock é tão forte, que conseguimos entender o motivo pelo qual ele é distante. A trilha sonora é brilhante, e enfatiza muito bem pontos interessantes e marcantes de cada momento da trama.
Existe muita coisa para falar sobre "Phantom Thread", como o psicológico dos personagens, seus costumes, e suas obsessões. Ou então, falar sobre a parte técnica, que literalmente é poética, assim como o seu roteiro extremamente bem trabalhado; para não dar spoilers, terminarei o comentário, mas não antes de falar do final - sem nenhuma revelação, claro.
O final foi um dos melhores que vi no gênero romance, no caso da década de 2010; ele conseguiu me deixar de boca aberta, e até mesmo surpreso. De fato, é um filme brilhante, e como eu citei no início, eu nunca conseguirei explicar o que senti assistindo essa obra, então fica a critério de vocês que estão lendo o desejo de ir assistir essa apaixonante Trama Fantasma.
Sinopse: Jack Black interpreta o Rei Da Polca, Jan Lewan, que que foi preso em 2004 por executar um esquema de Ponzi.
É uma história simples, mas a forma que ela vai sendo desenvolvida é muito engraçada, e até mesmo bizarra! Sabe, nunca imaginei uma história como essa; lógico que existem pessoas que fazem esquemas fraudulentos, mas nunca imaginei um cantor fazendo algo de tal nível. A obra tem alguns problemas que eu relevo, principalmente pelo que ele se propõe, ser uma história biográfica sobre Jan Lewan e todas as suas confusões desde a criação do esquema de pirâmide.
O filme é bem redondinho, e ao contrário de outras obras com cantores, esse filme conseguiu ser mais inventivo; até porque foca no Jan Lewan com a carreira já erguida - mesmo que no início ela seja fraca - e não como a banda surgiu. O filme é ágil, ele passa voando! Isso se deve as atuações do atores, que ao todo foram muito boas. O Jack Black consegue ser carismático e fazer com que o Jan Lewan seja alguém bem gente fina; até porque, mesmo ele fazendo algo horrível, o cantor demonstrava certo peso em alguns momentos da trama.
Obviamente, não irei citar quais, pois seria spoiler.
Além disso, a obra consegue demonstrar de maneira cômica e ácida que o sonho americano às vezes não passa de um delírio.
Enfim, "O Rei da Polca" é simples, rápido, engraçado e é na minha humilde opinião uma obra bastante divertida. Recomendo a todos que estão procurando por um filme conforto!
Imagine uma criança que vai aos cinema em 1976 para assistir "Rocky"; ela adora e se torna fã. Ao longo dos anos, novas continuações são lançadas, e à criança vai crescendo, se tornando mais fã, e após um longo período sem filmes do Stallone como boxeador; em 2006 é lançado "Rocky Balboa", o último filme da saga Rocky. Logicamente, ele/ela vai ao cinema para assistir, e após o final, começa a chorar. Agora, o que outrora foi uma criança, hoje em dia já é alguém mais velho/velha, com mais responsabilidades, e dificuldades; uma pessoa com uma maturidade elevada pelo tempo de vida; mas que ainda chora, emocionada pois sabe que talvez seja a última vez que assistiu a uma luta do grande Balboa no cinema.
Essa obra consegue nos passar tantos sentimentos, e principalmente para quem é fã de verdade da franquia, momentos de puro orgulho, medo, alegria, e tensão. A luta aqui tem o mesmo peso das outras, mas é diferente... pois temos conhecimento que é a última no ringue.
Durante os filmes do garanhão italiano, nos sentimos como conhecidos de todos; de certa forma, acabou virando algo especial. Nas cenas tristes, lágrimas descem, enquanto nas cenas divertidas, soltamos gargalhadas de montão. A cada soco do Rocky é um motivo de alegria e euforia!
Essa saga ensinou muitas coisas, e muitas pessoas tem a agradecer. O garanhão italiano ainda vai ter muitas lutas, só que todas elas serão contra a vida, assim como eu e você lutamos diariamente.
[/spoiler] Bem, logicamente meu comentário terá spoilers da obra. Recomendo que você assista ela, antes de vir até aqui. Ok?
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Seven é um filme dirigido por David Fincher, e escrito por Andrew Kevin Walker. Lançado em 1995, o longa-metragem conseguiu uma bilheteria de 327,3 milhões USD, se tornando um enorme sucesso, e criando uma legião de fãs, e também, elevando a carreira do diretor David Fincher, que até aquele momento só havia dirigido um filme, que foi Alien 3.
Enfim, agora que você conhece um pouco da obra, vamos falar sobre ela.
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Logo de início, percebemos como será a trama do filme, um clima pesado e sombrio. Logo de cara somos apresentados a um assassinato, e primeiramente, ao Detetive Somerset, que está prestes a se aposentar, faltando apenas alguns dias.
Ao adentrar a casa, e olhar alguns móveis, ele pergunta a um dos detetives que estava dentro da casa se o filho presenciou a morte.
O outro responde que não aguenta mais essas perguntas do Somerset, e que não tem importância se a criança viu ou não; pois de qualquer maneira, houve um assassinato.
Essa frase sempre é interessante, pois existe aqui uma sutil mensagem de como o Somerset se sente em meio a tantas mortes, e crimes. Ele sempre se preocupa com aqueles que nada tem a ver com o crime, que são os inocentes; e fica claro que não é a primeira vez que ele faz uma pergunta dessas.
Sendo assim, já temos uma noção de como funciona o pensamento do Somerset, e escolheram um excelente ator para demonstrar todo o cansaço dele em relação ao seu trabalho, que é recheado de violência.
O que acabou por fazer com que ele pense que a humanidade não tem salvação, pois está lotada de brutalidade; e talvez, ao longo do filme, seu pensamento pode ser provado como real.
E com isso, com menos de quinze minutos de duração, o longa já consegue demonstrar que tipo de personagem é um dos seus protagonistas. E como citei antes, tudo isso foi possível com a interpretação do Morgan Freeman, que está sensacional.
Mas lógico, o personagem ainda tem mais camadas, que serão demonstradas ao longo da trama, e que merecem ser comentadas. Tentarei falar de forma breve sobre cada uma.
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Logo após sair da casa, ele conversa com o seu novo parceiro, por tempo limitado, já que ele estava para se aposentar; e é nessa cena que conhecemos um pouco mais de quem é o Detetive Mills, interpretado pelo Brad Pitt, que assim como o Morgan Freeman, foi uma escolha sábia para o papel.
Ele demonstra uma grande vontade para exercer o seu trabalho, e lógico, ele é um pouco estressado. Ou seja, se o Somerset é calmo, o Mills é estressado e apressado.
O início do filme é perfeito, e consegue ser uma das melhores apresentações de personagens que já vi.
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Os sete dias são simbólicos, e não por acaso, não são apenas referências em relação às mortes. Tudo no filme tem um sentido maior, e um significado bem marcante.
A cidade não ter nome é um dos que mais gosto, se perceber, ela pode ser qualquer cidade norte-americana; e assim, o filme sutilmente diz que o mal que presenciamos durante as duas horas e seis minutos de duração podem ocorrer em qualquer local.
E isso é genial, pois acaba abrindo portas para a imaginação do telespectador, e como eu disse, aumentando os simbolismos do filme.
Além do que, uma cidade como essa nem precisa de nome na minha opinião, já que talvez ela seja a representação de toda a maldade e perversidade existente no ser humano, funcionando mais como uma referência ao pecado.
Aliás, não existe um dia claro e ensolarado, apenas o clima nublado e chuvoso, o que acarreta na construção da tensão na obra, que é sutilmente bem trabalhada para chegar em um dos melhores finais do cinema, mas isso eu falo já já.
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A Primeira Morte que eles investigam é envolvendo a Gula, que logo de cara já demonstra ser perturbadora. Eles ficam sem entender o que poderia ter levado aquilo, já que ficam em dúvida se poderia ser um homicídio ou suicídio.
E bem, cada vez, mais mortes vão acontecendo, uma mais brutal que a outra. Não vou comentar todas, mas precisava falar como o trabalho do assassino é incrível, já que os crimes se mostram incrivelmente trabalhados; sendo totalmente sádicos e cruéis.
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O Somerset ao longo do filme sempre demonstra tristeza e cansaço, como se tudo que ocorresse ali nunca fosse mudar. Não sabemos tanto sobre o seu passado, já que ele mora sozinho, e sempre expressando uma certa insatisfação com o trabalho, e o motivo?
Bem, é nítido, prefiro que você mesmo assista e comente aqui depois.
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O Mills é casado, e está em um casamento feliz. O filme não foca no casamento, e mesmo assim, é um ponto central para o final do filme.
As cenas de conversas são incríveis, pois ajudam a criar a sensação de amizade entre o casal Tracy e Mills, e o Somerset.
É algo bem bacana, eu achei legal demais, por mais que não seja frequente, é essencial para o final.
Já que sem ele, não existiria algo tão impactante, como a famosa cena da caixa.
Uma dos melhores finais do cinema, criado de forma surpreendente por David Fincher, que consegue desenvolver a trama tão bem, que mesmo após o término da película ainda ficamos totalmente impactados com o que presenciamos.
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Na minha opinião, esse é um dos melhores filmes do David Fincher, e se analisarmos bem, é o melhor.
Enfim, decidi terminar o comentário com algumas frases do filme que resumem muita coisa do que quis passar.
"Um cara sai com o cachorro, é atacado. Roubam o relógio e a carteira. Enquanto ele está lá caído na calçada abandonado, o ladrão esfaqueia os dois olhos dele. Isso aconteceu ontem a noite, a uns quatro quarteirões daqui".
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"A apatia é a solução. Quer dizer, é mais fácil perder-se em drogas do que lidar com a vida. É mais fácil roubar o que quer do que trabalhar para ter. É mais fácil bater numa criança do que educá-la. Inferno, o amor custa caro, é preciso esforço e trabalho."
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"Eu só acho que não se pode continuar a viver em um lugar que abraça e nutre a apatia como se fosse virtude."*
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"Ernest Hemingway escreveu certa vez: "O mundo é um lugar bom e vale a pena lutar por ele." Concordo com a segunda parte." [spoiler]
Eu assisti aos filmes do Grinch, e li o livro quando pequeno, e eu sempre adorei a história do Grinch, aquele ser da Quemlandia que odeia o Natal.
Basicamente, esse filme poderia ser melhor, na verdade, as adaptações dos filmes do Dr. Seuss poderiam ser melhores, já que os curtas são algumas das melhores adaptações literárias que já vi.
Mas sabe, quando se trata da Iluminattion, - mesmo estúdio de animação de "Meu Malvado Favorito" e outros sucessos comerciais, como "O Lorax" e "Sing"-, você já espera algo bem goste ou não goste, principalmente pelo fato de que os filmes transformam algo curto em um enorme filme, ou então deturpam a obra original, tirando muito do que o autor queria passar.
O caso de Lorax é justamente esse! Por mais que seja um longa-metragem extremamente divertido, tanto para passar o tempo, e tanto para se divertir (ora bolas!) o filme não consegue manter a originalidade, indo para vários lados, e não se sustentando em nenhum deles, criando principalmente um arco narrativo inexistente na obra original, contudo, para ter o tempo de duração necessária para estrear nos cinemas, foi preciso adicionar muita coisa que não precisava.
Um detalhe que os brasileiros com certeza notaram é como a dublagem desse filme não foi tão boa... Sério, escolheram o Lázaro Ramos para a dublagem?!
Enfim, o que quero dizer é que, para matar o tempo e se divertir "O Grinch" é Incrível, mas para ser levado a sério, ou como uma boa adaptação, ou simplesmente como um excelente filme de Natal, eu recomendo ver o curta original, e ler o livro.
[/spoiler] Um dos melhores estudos de personagem que já vi!
O filme retrata o colapso mental de um homem perante a solidão da cidade.
O protagonista vai sendo tomado por um ódio, ele é quase psicótico (perdoe-me se estiver errado), ou melhor, um misantropo, que poderia ser um vilão, mas termina o filme como um herói, algo muito bem feito e trabalhado.
O roteiro é esplendido, e a direção do Scorsese é precisa e maravilhosa, e consegue passar bem o sentimento de "sujeira" na qual o protagonista nos fala, uma Nova York dos anos 70 poluída, e aparentemente recheada de crimes. Além do que, acabamos nos sentido parte daquele mundo do protagonista.
Ele não tem noção de como se relacionar direito, tanto que no primeiro encontro, leva a garota para um cinema, mas não um cinema qualquer, um cinema que passa filmes pornô. Mas ele não faz por mal, e sim por não saber como se relacionar, já que boa parte do filme ele está sozinho, e pensando, já que não é um homem de muitas palavras.
As cenas onde ele sai com o Taxi são excelentes, muito contemplativas, e com um som de jazz no fundo (que por sinal é perfeito), enquanto vemos Nova York, e as pessoas que a rodeiam. Bernand Hermann caprichou na trilha sonora, tanto que é uma das minhas favoritas. Uma coisa interessante nessas cenas contemplativas dele é que acompanhamos alguns de seus pensamentos, alguns bem doentios, e percebemos que ele realmente possui repuído a Nova York.
As atuações aqui são ótimas, mas preciso citar a melhor delas, que é a de Robert De Niro, que simplesmente dá um show de atuação! Ele consegue ser perigoso com um só olhar, e misterioso com uma piscada. Sinceramente, uma das melhores atuações do cinema.
O final é violento, e muito bem feito. Toda a construção da cena final, do Travis Bickle indo até a casa de trabalho do cafetão para matar ele, e salvar a garota, pelo qual ele começou a sentir empatia é algo espetacular. Tanto que após conseguir, é que conhecemos a famosa cena no qual aponta seu dedo, como uma arma em direção a sua cabeça.
E falando nisso, você nunca sabe o que se passa na cabeça dele. Não sabemos do seu passado, apenas que ele foi um soldado. Talvez, esse seja o único motivo que explique o porque de sua deterioração mental. Ele se vê no papel "de ajudar a limpar a cidade", contudo, da forma dele é claro.
Então, Taxi Driver é um filme sobre um homem com sanidade mental frágil, e que provavelmente sofre de mais problemas, lidando com problemas e mais problemas. Tudo isso enquanto trabalha de Taxi em Nova York.
Gostaria de falar mais, só que te recomendo a assistir um dos meus filmes favoritos.
[/spoiler] Talvez seja difícil de entender o que vou dizer com esse comentário, contudo, considero essa película como um dos melhores filmes policiais de todos os tempos.
Caso queira saber o motivo disso, eu explico:
Existe uma narrativa simples, e dinâmica. A cidade é movimentada, nunca dorme, e por isso, acabamos acompanhando o dia a dia de um policial determinado, e um líder de uma ganga de ladrões especializados em roubar bancos. Após um assalto não sair como o planejado, o caminho dos dois acaba se cruzando.
...
Simplesmente, um imenso jogo de gato e rato ambientado em um filme policial. Porém, uma forma que o diretor cria isso é algo incrível!
Existe uma simplicidade enorme no filme, já que acompanhamos a vida de cada um dos personagens, até mesmo os coadjuvantes que não têm tanto tempo de tela. Com isso, uma obra consegue criar um trama extremamente cativante fazendo com que o público goste de cada um um, deles e provavelmente, torcendo para o policial, ou o bandido.
Algo que me lembrou Death Note, hehe.
Preciso citar uma cena em específico:
A cena do tiroteio, que é espetacular! Começa de forma frenética, e vai crescendo, como uma bolha gigantesca, até culminar em um clímax absurdo, que influencia muito no final da obra.
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As atuações são incríveis! Val Kimmer está muito bem! Assim como os outros outros atores (que não lembro de cabeça agora). Mas, para ser sincero, não tem como falar dessa obra sem citar o quão fantástico é a atuação das lendas: Robert De Niro e Al Pacino .
Sinceramente, espetacular. Um filme que todos estudam. Um filme policial que consegue desenvolver um trama sem o uso de tantos clichês. Para quem gosta de filmes assim, recomendo essa obra. [spoiler]
Aproveite a Vida! Viva ela cada minuto! Aproveite o simples! E seja feliz!
Sinceramente, de todos os filmes originais de 2020 que assisti, esse é o melhor.
O motivo é bastante fácil de explicar, como por exemplo, o fato de que o filme juntamente com "It's A Wonderful Life" me fez sentir melhor com algo que achava não ter mais solução. Ultimamente, estava muito melancólico (mais do que o normal). Tanto que achava que nada mais fazia sentido para mim, e me sentia mal por isso.
Até porque, eu tenho depressão, e quando começo a pensar sobre a vida, me sinto vazio. Mas esses dois filmes conseguiram trazer um novo ar de esperança para um rapaz novamente desiludido com o mundo.
Tantos ensinamentos em uma película animada, tantos detalhes, tanto o que aprender. É tão lindo, tão bom saber que nem tudo está perdido, e eu consegui me sentir bem com Soul.
As vezes, achamos que nada está perfeito, mas nas coisas mais simples, nas conversas mais pequenas e longas, conseguimos sentir a leveza, e a felicidade que cada um possuí em viver.
Talvez esses dois filmes que citei tenham mudado minha vida, e sério, realmente precisava disso. Não é apenas um filme que debate sobre vida, é também a esperança que não estava conseguindo sentir.
A animação é super caprichada, e fluída, sendo realmente, a melhor do ano passado. Os personagens principais são fantásticos! A amizade que se cria entre a 22 e o nosso querido protagonista é demais.
Uma história engraçada, linda, que é capaz de te fazer pensar, e até mesmo, mudar sua forma de pensar. É algo atemporal!
Sabe, o Tiago tinha boas ideias, mas não soube desenvolver nenhuma delas. Eu como escritor, digo que é extremamente prazeroso realizar uma obra, e mesmo sabendo que pode ser criticado (ou taxado como um dos piores filmes brasileiros), O Tiago conseguiu criar uma obra com zumbis no Brasil!
E ok, o filme pode ser muito ruim, mas é um trash-movie que daqui há alguns anos, será taxado como cult; aqueles filmes que estão na lista de filmes trash que você tem que ver. E sim, eu tinha uma lista dessa.
O filme pode ter vários problemas, e aparentar ser bem falso e "plástico", com péssimas atuações, e com uma paleta de cores escuras, mas consegue ser a realização de um sonho, o sonho do Belotti em criar uma obra de zumbi!
E se ele conseguiu, mesmo ficando muito ruim, isso só prova que ele é brasileiro. E no final, eu espero que ele não desista e continue lançando novos filmes.
Essas são as palavras que posso usar para descrever Borat. Um filme que consegue extrair vergonha alheia e transformar em uma sátira ao modo de vida estadunidense.
E sendo sincero, Sasha Baron Cohen consegue fazer isso de forma excelente, ele consegue te deixar desconfortável, e consegue fazer com que cada palavra dita por Borat, faça o espectador se sentir envergonhado, e rindo por dentro; já que o personagem de Sasha é totalmente preconceituoso, racista, antissemita, e muitos outros.
E mesmo assim, é ingênuo. Ele vem de um país totalmente esteriotipado (assim como ele), e começa a andar pelos EUA, e conhece várias pessoas, entrevistando uma por uma. E sabe o que deixa o filme hilário? É que as pessoas que ele entrevista, boa parte não sabe que é um documentário falso! E por isso, muitos momentos no filme são divertidos, pois eles são causados pelo fato de que muitas daquelas falas são originais. Como quando Borat entra no rodeio, e fala sobre queimar crianças, mulheres e idosos de outro país, e a platéia o aplaude.
Então, com esses momentos que Borat consegue prender o público, fazendo com que todos sintam vergonha.
E isso é genial, agora que assisti, entendo o porque dessa obra ser tão falada. Sasha Baron Cohen precisa fazer um desse no Brasil.
Com toda certeza, esse é um dos melhores filmes da década.
Ok, essa frase inicial talvez seja muita forte, mas é questão de gosto pessoal. E digo isso pelo fato de que Django não é simplesmente um filme que debate questões raciais, mas nos faz pensar, e sentir vergonha do racismo, que infelizmente existe até hoje.
E Tarantino demonstra isso das maneiras mais variadas possíveis, fazendo com que cada vez mais o público se incomode com os trágicos eventos que são mostrados ao decorrer do longa, desde torturas, a brigas até a morte; e sempre entre os pretos (eu espero que esse linguajar não seja ofensivo). Não apenas isso, mas sempre que um branco se refere a um preto, eles utilizam a palavra crioulo, que no inglês fica nigga, ou nigger (meu inglês está péssimo ultimamente); e para quem não sabe, essas palavras são de cunho totalmente racista, tanto que apenas estou utilizando-as para escrever o texto.
O filme possuí o humor básico do Tarantino, aquele humor violento e ácido que está presente em todos os seus filmes. Um exemplo de cena engraçada que ocorre no filme é quando os membros da KKK aparecem. Eles são demonstrandos como completos imbecis! Kkkkkkk, e sim, foi algo hilário, porque é o que eles são, imbecis, e eles partindo para cima do carro do Dr. Schulz ao sim de "Requiem - Dies Iraes" é incrível!
Falando dos personagens em si, o filme possuí vários personagens carismáticos, e os principais claro, são o Dr. Schulz (interpretado pelo ganhador do Oscar na sua formidável atuação em Bastardos Inglórios), e o Django (interpretado pelo também ganhador do Oscar em sua performance quase idêntica ao do cantor Ray Charles).
Ah, com toda certeza não esqueci de colocar o vilão do filme, ou melhor, os vilões, interpretados pelo Leonardo DiCaprio, e pelo Samuel L. Jackson. Cara, você consegue sentir ódio e repulsa a cada palavra racista dita por eles, que aliás, não são poucas.
DiCaprio é o próprio demônio, sua atuação é caricata, devido ao personagem ser escrito assim, mas você percebe que o Tarantino o quis demonstrar como a personificação do mal. Ou seja, um Evil Dead (OBS). E o Samuel L. Jackson? Nossa, caraca! Ele arrebenta! Ele consegue fazer a gente sentir ódio dele, mesmo estando com uma maquiagem que envelhece muito.
Meu maior problema com o filme é que algumas cenas ficam meio fora de cena, ou seja, existem cortes muito abruptos, que acontecem de forma tão rápida que confunde o público, como a cena dos membros da KKK (que mesmo assim continua hilária). Outro detalhe é o tempo de duração, na primeira vez que assisti a obra, isso também me atrapalhou, já que alguns minutos poderiam ter sido cortados, mas já estou sendo chato, enfim...
A trilha sonora é espetacular, combinando muito com a obra, o início do filme também é um espetáculo, já que ele define o que virá, um conto de faroeste com um caçador de recompensas, e um escravo, em busca de sua amada Brunhilde.
Tudo culmina em um épico filme de faroeste da década de 2010, e que com certeza, será um imenso clássico no futuro.
Anos 80, e filmes focados nos adolescentes eram a moda.
Eu já começo assim o meu texto introdutório sobre uma das melhores obras dos anos 80 focada no público juvenil. Porque, se você acha que "O Clube Dos Cincos" é uma obra que retrata de forma excelente uma crítica ao pensamento que os adultos tem dos jovens, você claramente não assistiu "Heathers".
E bem, caso não tenha assistido eu vou tentar explicar de forma básica. As Heathers são um grupo de garotas altamente populares, e entre elas há uma garota chamada Verônica, que não pensa da mesma maneira (cruel) de suas amigas. E por isso ela constantemente sente raiva delas, já que elas tratam pessoas não populares, ou ricas com preconceito. Até que ela conhece Jason Dean, um anarquista, Bad Boy, e psicopata, eles acabam se apaixonando. Mas com o tempo, ela vai percebendo que ele é extremamente perigoso.
...
Heathers basicamente utiliza de uma comédia de humor ácido para fazer uma crítica a sociedade, tanto que o filme trata de temas sérios, indo de depressão a obesidade, entre muitos outros. E o interessante é que a obra consegue fazer isso de forma equilibrada, fazendo com que não seja nem muito pesado, nem muito melodramático.
Existem momentos realmente irônicos, como quando ocorrem os "suicídios", ou quando o padre dá um sermão para os jovens, falando de MTV, ou outros.
Heathers ainda conseguiu anos mais tarde se tornar um clássico cult, chegando a se tornar um musical, que aliás, possui músicas extremamente viciantes, como Candy Store.
Winnona Ryder está excelente, sua atuação indo de uma garota fechada para uma ajudante de um psicopata, e até o Jason Dean que é um assassino extremamente carismático (hehehe). Além dos outros personagens, como as Heathers. Existe o fator que alguns deles são esteriotipados para a comédia funcionar, e sabe, não é um problema.
O filme "O Encouraçado Potemkin" não é apenas considerado como uma das melhores obras já feitas, mas também é um dos melhores filmes históricos já feitos.
O filme de Sergei Eisenstein é um relato dramatizado baseado em eventos históricos, no caso, a história de uma rebelião no "Navio de Guerra Potemkin". O que começou como um protesto, gerou uma rebelião depois que foram servidas carnes estragadas aos marujos no jantar. Os marujos erguem a bandeira vermelha e tentam levar a revolução no navio até a sua terra natal, a cidade de Odessa.
E então, algo que poderia ser resolvido de forma simples, se tornou em uma imensa confusão, que no final, já sabemos o que aconteceu...
Morto por um prato de sopa!
De todas as frases do filme, essa é mais impactante. Ela demonstra o sentimento de revolta que aquele povo deveria estar sentindo, por um motivo simples, um homem foi morto, algo que poderia ser resolvido, gerou uma confusão de enormes proporções.
Várias mortes, até chegar naquela icônica cena da escada, um momento que confesso, é extremamente bem dirigido, até chegar no final do filme, que junto com a trilha sonora te deixa ansioso, e esperançoso. E sim, esse filme é poderoso, ele é capaz de muita coisa.
Sergei Eisenstein foi um gênio, não apenas por criar um filme que impactou o desenvolvimento do cinema, como também na montagem, e no uso de efeitos especiais.
Enfim, parabéns pelo conteúdo e pelo estudo. Por mais que não concorde com o movimento que surgiria após isso, eu acho esse filme uma obra excelente. [spoiler]
Um clássico da infância. Eu adorava esse filme, era bem divertido o assistir a tarde com meu irmão. A química entre os atores principais é muito boa! Você consegue se divertir com eles, já que atuam muito bem juntos, e além disso, o filme é muito engraçado.
É um daqueles clássicos de comédia que vários conhecem.
Este filme é uma prova que nem tudo precisa ser explicado. Show, don't tell.
David Lynch consegue manipular o espectador de forma impressionante. Em certos momentos não sabia o que era real, ou o que era sonho. Como é um filme denso, talvez alguns não consigam gostar de primeira, até porque, ele não é fácil de se entender.
As atuações são boas, e a trilha sonora é boa, o roteiro é incrível, e o clima do filme é totalmente denso e sombrio.
O filme foi capaz de me deixar feliz, isso é o que importa.
A trilha sonora é incrível! As batidas combinam com o movimentos dos atores, e existe um jogo de câmeras muitos bem feito. A fotografia é excelente, muito bonita, extremamente colorida, acho que isso é um dos pontos que me fizeram amar a obra. A atuação da Emma Stone é muito boa, foi uma excelente escolha ela ter ganhado o Oscar de melhor atriz.
A atuação do Damiem Chazelle é incrível, consegue nos passar a emoção da tela, vindo das danças e músicas, além das atuações muito boas. Ryan Gosling está bom, não é nenhum DeNiro mas seu personagem casa muito bem com ele.
O casal possuí momentos e cenas interessantes, como quando vão ao cinema assistir ao clássico "Juventude Transviada", ou quando cantam "City Stars" em conjunto.
O filme é lotado de referências, tanto ao cinema, quanto a jazz. Duas coisas recorrentes na trama, já que os desejos dos personagens envolvem isso.
A cena inicial é a mais marcante de todas as músicas na minha opinião, ela consegue passar logo de cara um sentimento de felicidade que eu realmente precisava.
O final é lindo, pode não ser o que eu desejava, mas é lindo. É o mais puro filme de musical clássico.
Primeiramente preciso parabenizar os detalhes técnicos da obra. Detalhes como a maquiagem que é excelente, assim como o figurino, e a trilha sonora que consegue passar todas as sensações de terror.
Neste filme Coppola nos apresenta a história mais fiel e ao mesmo tempo não tanto da obra original de Bram Stoker.
Com uma pegada mais voltada para o romance, uma decisão que infelizmente me incomodou bastante, já que o roteiro em certos momentos se torna melodramático demais, o filme apresenta um Drácula que decide renegar a igreja após a própria se recusar a enterrar sua noiva em solo sagrado, pelo fato de que houve um suicídio.
E após se renegar, ele perambula através dos séculos como um morto-vivo, até o momento em que ele contrata um advogado e descobre que a esposa dele é a reencarnação de sua falecida esposa. Ele deixa o advogado interpretado pelo Keanu Reeves em seu castelo, com suas "noivas" e vai para a Londres da Inglaterra vitoriana, no intuito de encontrar a mulher que sempre amou através dos séculos.
As atuações são muito boas, com exceção de algumas, como a do Keanu Reeves, que mesmo estando em ascensão demonstra ser um ator inexpressivo. Não demonstrando muitas expressões faciais condizentes ao que ocorre com ele. A Winnona Ryder está incrível, assim como o Anthony Hopkins, que demonstra ser um Van Helsing no estilo doutor excêntrico. O Gary Oldman também está bom, ele consegue ser estranho, ou seja, excêntrico. Seu personagem consegue ser imponente, e assustador.
Como muitos aqui também perceberam, o roteiro dessa obra é melodramático em vários momentos. O Drácula aqui tem um background com a Mina que em alguns momentos torna-se extremamente chato, mas é compreensível.
O Drácula de Coppola pode não ser 100% fiel ao livro, mas tem muitas analogias bacanas, e consegue passar todo um cenário gótico bem característico de histórias da época. Com momentos bem dirigidos, e cenas que não ficaram datadas. Uma obra que merece ser assistida.
Confesso que esta é a primeira vez em que assisto a essa obra do James Wan, e cara, que filme excelente. Digo isso pela proposta dele, um filme feito apenas para assustar.
Pontos Positivos:
James Wan demonstra ser um ótimo diretor, tendo uma noção exata do que fazer com a câmera, e em como construir lentamente o clima de tensão e suspense, partes essenciais para o filme.
O cenário e a fotografia são muito boas, a fotografia é seca, e até fria como o ambiente, que é muito bonito e que combina com todo o cenário assustador. Ou seja, esses dois detalhes se sustentam um no outro, e com isso, o filme já me ganhou uns pontos.
A trilha sonora é a responsável pelo terror que vai sendo criado, ou seja, ela é extremamente importante, pois sem ela, o filme não possuiria tanto das cenas assustadoras. Atores muito bons, com destaque a melhor atuação desse filme, que é a da Vera Farmiga. Uma das minhas atrizes favoritas.
Os sustos não são tão previsíveis como em outras obras desse gênero, o que é um ponto importantíssimo, já que muitos filmes com assombrações usam e abusam de jumpscares e outros movimentos de formas chatas (A Freira cof cof). A história se baseia em um fato, ou seja, um acontecimento real, o que é bastante interessante.
Pontos Negativos:
Algumas atuações, por mais que sejam boas não demonstram um nível de seriedade perante aquele acontecimento, mas isso eu até relevo. O roteiro já é algo bastante normal em alguns momentos, mas como é baseado em um fato, eu relevo isso também.
007 Contra o Satânico Dr. No
3.7 293 Assista Agora“Bond. James Bond”
Sempre escutei do meu pai que "Sean Connery é a melhor representação do 007", e concordo totalmente. Espero que o ator descanse em paz!
A franquia começou do jeito certo, lógico, precisamos ter noção do tempo em que foi produzido, ou seja, não adianta comparar com os filmes de ação atuais. Para sua época, todas as lutas e coreografias estavam muito bem executadas, assim como os momentos de suspense.
Preciso destacar o Sean Connery, que é a encarnação perfeita do James Bond que todos conhecemos. Ele tem todo o charme do agente secreto, e várias das cenas marcantes que conhecemos surgiram nessa adaptação do livro clássico, como o seu famoso bordão. A Bond-Girl é a Ursula Andress, que está espetacular, e esbanja beleza no pouco tempo de tela, surgindo mais como um interesse romântico para o protagonista, e mesmo com uma história fraca, ela consegue divertir enquanto aparece.
Os personagens secundários também têm um bom uso narrativo, por mais que alguns possam ser descartáveis, já que aparecem por pouco tempo. Sobre Dr. No, o grande vilão, a conversa é outra. Durante todo o longa-metragem ele é construído e descrito como um grande vilão, entretanto, sua aparição é breve, e não conseguimos sentir tanta ameaça, funcionando mais como um vilão megalomaníaco e com pouco desenvolvimento em comparação a outros antagonistas do personagem.
Em síntese, por mais que tenha problemas, “007 Contra O Satânico Dr. No” consegue divertir bastante, sendo um ótimo entretenimento.
Nota 8/10
Luca
4.1 769Silenzio Bruno!
“Luca” é certamente um dos melhores filmes do ano de 2021, uma animação simples que encanta e diverte o público com seus personagens descobrindo um novo mundo, enquanto fazem amizades e descobrem o que gostam de verdade. Uma história infantil que remete aos clássicos do Studio Ghibli, mostrando a natureza e momentos simples do nosso dia a dia.
O filme também presta muitas homenagens ao cinema clássico, especialmente o italiano. Algo perceptível pelos pôsteres espalhados pela cidade, indo de filmes do Fellini a clássicos da Universal, como o Monstro da Lagoa Negra. Em síntese, “Luca” é uma linda história sobre amizade, aceitação e experimentação de coisas novas.
Instinto Selvagem
3.6 550 Assista Agora[/spoiler]
Basicamente, Instinto Selvagem é um Thriller erótico de investigação criminal.
Bem, seria um tanto descompromissado da minha parte escrever um comentário vazio como esse. Por isso, tentarei fazer uma análise curta sobre essa obra, e claro, espero que seja boa para você que está lendo.
Antes, preciso dizer qual é a sinopse, e sim poderemos prosseguir.
“Catherine Tramell é uma escritora extremamente sedutora e principal suspeita de um assassino. O policial Nick Curran é incumbido de desvendar o crime, mas fica fortemente atraído por Catherine, colocando a própria vida em risco.”
Paul Verhoeven criou uma das mais sagazes histórias de investigação criminal, ao misturar prazer, e um picador de gelo (risos). Ele é o diretor de Robocop, ou seja, lógico que iria vir coisa boa. Tudo vem da forma que ele dirige, te manipulando a cada segundo, e de sua narrativa com personagens bem desenvolvidos. Não só com uma trilha sonora bem feita, ou com a interpretação dos atores marcante — Sharon Stone que o diga-, mas também com o enquadramento de camera dando ênfase ao mistério principal, que é extremamente competente.
Como citei anteriormente, o diretor foi muito bom nos seus trabalhos anteriores, criando clássicos conhecidos por muitos, e Instinto Selvagem entra nessa lista.
A parte técnica é muito boa, já que o público nunca sabe o que vai ocorrer, pois, somos manipulados para pensar em várias coisas ao mesmo tempo! Um Mérito para Verhoeven.
Um exemplo disso são como cenas de perseguição, ou até a do prédio, que ocorre alguns minutos antes de acabar o filme, criando uma tensão apenas com a camera (lembrando um certo diretor).
O enquadramento é uma das coisas que mais gosto aqui, pois, ele serve para certos pontos da trama; dois exemplos diretos podem ser pecebidos justamente na cena da cruzada de pernas da Sharon Stone, e início, na qual ocorre o primeiro assassinato.
O diretor utiliza de vários métodos para nós fazer pensar quem é a mulher que está praticando o ato. Ao mostrar o corpo dela em cima do antigo astro do rock, enquanto eles praticam o ato sexual, Verhoeven nunca mostra a cara da assassina, nos fazendo ficar curiosos em relação a isso. Ao ser amarrado, o cantor acaba sendo golpeado reforços com um picador de gelo; um objeto que em outros momentos da trama, sendo usado para criar cenas de tensão.
Sobre a excelente trilha sonora composta por Jerry Goldsmith (o mesmo de “A Profecia”, “Gremlins”, e “Alien”), apenas posso dar os parabéns, foi uma escolha muito boa!
Todas as cenas de sexo te deixam tenso, não só por usar uma trilha dele, mas por saber que a qualquer momento, algum assassato pode ocorrer enquanto eles praticam o ato; e se quiser um exemplo, posso citar a parte em que o Detetive Nick Curran faz amor com a brilhante femme fatale Catherine Trammel, interpretada pela bela Sharon Stone. Sinceramente, foi bem genial. Me deixou tenso e morrendo de medo do que poderia vir a acontecer com ele. Esse estilo de direção misturado com uma incrível trilha sonora lembrou bastante um filme do Hitchcock; que assim como nos seus longas-metragens, os detalhes importam.
Entre as atuações, algumas merecem ser comentadas.
Sharon Stone criou uma das melhores interpretações de femme fatale dentro do gênero de investigação criminal. Sua personagem é bastante reconhecida, e é totalmente compreensível; ela consegue demonstrar o controle total sobre o que quer. Além disso, na cena do interrogatório, na qual tem uma cruzada de pernas, uma personagem deixa vários homens com cara de bobo. Michael Douglas está muito bom, demonstrando ser eficaz no papel. Ele faz do seu personagem alguém cheio de ‘nuances’; pois, com o passar do longa-metragem, o público começa a pensar se deve torcer por ele, devido a sua estranha relação com uma amiga de trabalho.
Existem mais algumas coisas que eu gostaria de falar sobre, entretanto, sinto que no momento, meu comentário não precisa disso.
Recomendo para todos!
[spoiler]
Avenida Q
3.7 1https://www.youtube.com/watch?v=vWEskfjMBCg&t=3050s
Assisti essa versão.
Trama Fantasma
3.7 803 Assista Agora"Eu sinto que estive procurando você por muito tempo"
Decidi me abster de criar um comentário sobre "Phantom Thread", até porque eu acho muito difícil conseguir escrever um comentário a respeito de uma obra com tantas nuances e sutilezas.
O amor é inexplicável, e nessa película temos certeza disso; pois o amor nada mais é do que uma linha de fios invisíveis, que gostam de se unir, e de tecer possíveis relacionamentos. Relações que podem ou não ser duradouras, ao mesmo tempo que podem ser abusivas; mas ninguém liga tanto para isso, pois sempre surgirá alguém obcecado com o amor.
O longa-mentragem de Paul Thomas Anderson é sobre o amor, e como ele é realmente; contudo, pelo ponto de vista de um casal apaixonado, e com um amor intenso - e estranho.
As atuações são tão espetaculares que conseguimos sentir o que eles sentem apenas com um olhar. É tudo tão sutil, mas ao mesmo tempo introspectivo, o que deixa à obra com uma carga tão profunda, que uma cena simples, como um café da manhã acaba valendo mais que mil palavras.
Os figurinos são belos, e os momentos nos quais aparecem são muito mais uma representação do quão sério e concentrado o Reynolds Woodcock tenta ser com seu trabalho do que apenas uma parte importante e necessária do roteiro.
É importante ressaltar que por mais que seja uma obra que se passe nos anos 50, o estilista interpretado de forma magistral por Daniel Day-Lewis, enxerga em Alma, que por sinal é interpretada de forma excelente por Vicky Krieps, a perfeição; algo que para alguns pode não ser, mas para ele, Alma é uma modelo perfeita, e acaba tornando-se sua musa.
Alma é uma personagem que vai crescendo conforme a história vai passando. Não a conhecemos muito bem durante o filme, mas ao decorrer do próprio, conseguimos a enteder, e nos sentimos muito próximos dela. Assim como o Reynolds, que desde o momento em que aparece está sendo totalmente cuidadoso; cuidando da higiene, e assim com Alma, vamos o descobrindo. Todos os seus costumes, e suas vontades, como a do silêncio.
Silêncio esse que o diretor faz questão de quebrar as vezes, aumentando o som dos objetos ao redor, enquanto ele tenta se concentrar. Simplesmente uma decisão narrativa, e técnica brilhante.
A direção de arte é fantástica, assim como a fotografia e à trilha sonora. Sobre a fotografia, e a paleta de cores, poderíamos debater somente ela em um comentário, e ainda seria pouco.
O frio que parece envolver o Sr. Woodcock é tão forte, que conseguimos entender o motivo pelo qual ele é distante.
A trilha sonora é brilhante, e enfatiza muito bem pontos interessantes e marcantes de cada momento da trama.
Existe muita coisa para falar sobre "Phantom Thread", como o psicológico dos personagens, seus costumes, e suas obsessões. Ou então, falar sobre a parte técnica, que literalmente é poética, assim como o seu roteiro extremamente bem trabalhado; para não dar spoilers, terminarei o comentário, mas não antes de falar do final - sem nenhuma revelação, claro.
O final foi um dos melhores que vi no gênero romance, no caso da década de 2010; ele conseguiu me deixar de boca aberta, e até mesmo surpreso.
De fato, é um filme brilhante, e como eu citei no início, eu nunca conseguirei explicar o que senti assistindo essa obra, então fica a critério de vocês que estão lendo o desejo de ir assistir essa apaixonante Trama Fantasma.
O Rei da Polca
3.0 52 Assista AgoraO Rei Da Polca!
Sinopse: Jack Black interpreta o Rei Da Polca, Jan Lewan, que que foi preso em 2004 por executar um esquema de Ponzi.
É uma história simples, mas a forma que ela vai sendo desenvolvida é muito engraçada, e até mesmo bizarra! Sabe, nunca imaginei uma história como essa; lógico que existem pessoas que fazem esquemas fraudulentos, mas nunca imaginei um cantor fazendo algo de tal nível.
A obra tem alguns problemas que eu relevo, principalmente pelo que ele se propõe, ser uma história biográfica sobre Jan Lewan e todas as suas confusões desde a criação do esquema de pirâmide.
O filme é bem redondinho, e ao contrário de outras obras com cantores, esse filme conseguiu ser mais inventivo; até porque foca no Jan Lewan com a carreira já erguida - mesmo que no início ela seja fraca - e não como a banda surgiu.
O filme é ágil, ele passa voando! Isso se deve as atuações do atores, que ao todo foram muito boas. O Jack Black consegue ser carismático e fazer com que o Jan Lewan seja alguém bem gente fina; até porque, mesmo ele fazendo algo horrível, o cantor demonstrava certo peso em alguns momentos da trama.
Obviamente, não irei citar quais, pois seria spoiler.
Além disso, a obra consegue demonstrar de maneira cômica e ácida que o sonho americano às vezes não passa de um delírio.
Enfim, "O Rei da Polca" é simples, rápido, engraçado e é na minha humilde opinião uma obra bastante divertida. Recomendo a todos que estão procurando por um filme conforto!
Observação: acho que é assim que se chama, hehe.
Rocky Balboa
3.8 573 Assista AgoraImagine uma criança que vai aos cinema em 1976 para assistir "Rocky"; ela adora e se torna fã. Ao longo dos anos, novas continuações são lançadas, e à criança vai crescendo, se tornando mais fã, e após um longo período sem filmes do Stallone como boxeador; em 2006 é lançado "Rocky Balboa", o último filme da saga Rocky. Logicamente, ele/ela vai ao cinema para assistir, e após o final, começa a chorar. Agora, o que outrora foi uma criança, hoje em dia já é alguém mais velho/velha, com mais responsabilidades, e dificuldades; uma pessoa com uma maturidade elevada pelo tempo de vida; mas que ainda chora, emocionada pois sabe que talvez seja a última vez que assistiu a uma luta do grande Balboa no cinema.
Essa obra consegue nos passar tantos sentimentos, e principalmente para quem é fã de verdade da franquia, momentos de puro orgulho, medo, alegria, e tensão. A luta aqui tem o mesmo peso das outras, mas é diferente... pois temos conhecimento que é a última no ringue.
Durante os filmes do garanhão italiano, nos sentimos como conhecidos de todos; de certa forma, acabou virando algo especial. Nas cenas tristes, lágrimas descem, enquanto nas cenas divertidas, soltamos gargalhadas de montão. A cada soco do Rocky é um motivo de alegria e euforia!
Essa saga ensinou muitas coisas, e muitas pessoas tem a agradecer. O garanhão italiano ainda vai ter muitas lutas, só que todas elas serão contra a vida, assim como eu e você lutamos diariamente.
Seven: Os Sete Crimes Capitais
4.3 2,7K Assista Agora[/spoiler]
Bem, logicamente meu comentário terá spoilers da obra. Recomendo que você assista ela, antes de vir até aqui. Ok?
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Seven é um filme dirigido por David Fincher, e escrito por Andrew Kevin Walker. Lançado em 1995, o longa-metragem conseguiu uma bilheteria de 327,3 milhões USD, se tornando um enorme sucesso, e criando uma legião de fãs, e também, elevando a carreira do diretor David Fincher, que até aquele momento só havia dirigido um filme, que foi Alien 3.
Enfim, agora que você conhece um pouco da obra, vamos falar sobre ela.
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Logo de início, percebemos como será a trama do filme, um clima pesado e sombrio. Logo de cara somos apresentados a um assassinato, e primeiramente, ao Detetive Somerset, que está prestes a se aposentar, faltando apenas alguns dias.
Ao adentrar a casa, e olhar alguns móveis, ele pergunta a um dos detetives que estava dentro da casa se o filho presenciou a morte.
O outro responde que não aguenta mais essas perguntas do Somerset, e que não tem importância se a criança viu ou não; pois de qualquer maneira, houve um assassinato.
Essa frase sempre é interessante, pois existe aqui uma sutil mensagem de como o Somerset se sente em meio a tantas mortes, e crimes. Ele sempre se preocupa com aqueles que nada tem a ver com o crime, que são os inocentes; e fica claro que não é a primeira vez que ele faz uma pergunta dessas.
Sendo assim, já temos uma noção de como funciona o pensamento do Somerset, e escolheram um excelente ator para demonstrar todo o cansaço dele em relação ao seu trabalho, que é recheado de violência.
O que acabou por fazer com que ele pense que a humanidade não tem salvação, pois está lotada de brutalidade; e talvez, ao longo do filme, seu pensamento pode ser provado como real.
E com isso, com menos de quinze minutos de duração, o longa já consegue demonstrar que tipo de personagem é um dos seus protagonistas. E como citei antes, tudo isso foi possível com a interpretação do Morgan Freeman, que está sensacional.
Mas lógico, o personagem ainda tem mais camadas, que serão demonstradas ao longo da trama, e que merecem ser comentadas. Tentarei falar de forma breve sobre cada uma.
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Logo após sair da casa, ele conversa com o seu novo parceiro, por tempo limitado, já que ele estava para se aposentar; e é nessa cena que conhecemos um pouco mais de quem é o Detetive Mills, interpretado pelo Brad Pitt, que assim como o Morgan Freeman, foi uma escolha sábia para o papel.
Ele demonstra uma grande vontade para exercer o seu trabalho, e lógico, ele é um pouco estressado. Ou seja, se o Somerset é calmo, o Mills é estressado e apressado.
O início do filme é perfeito, e consegue ser uma das melhores apresentações de personagens que já vi.
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Os sete dias são simbólicos, e não por acaso, não são apenas referências em relação às mortes. Tudo no filme tem um sentido maior, e um significado bem marcante.
A cidade não ter nome é um dos que mais gosto, se perceber, ela pode ser qualquer cidade norte-americana; e assim, o filme sutilmente diz que o mal que presenciamos durante as duas horas e seis minutos de duração podem ocorrer em qualquer local.
E isso é genial, pois acaba abrindo portas para a imaginação do telespectador, e como eu disse, aumentando os simbolismos do filme.
Além do que, uma cidade como essa nem precisa de nome na minha opinião, já que talvez ela seja a representação de toda a maldade e perversidade existente no ser humano, funcionando mais como uma referência ao pecado.
Aliás, não existe um dia claro e ensolarado, apenas o clima nublado e chuvoso, o que acarreta na construção da tensão na obra, que é sutilmente bem trabalhada para chegar em um dos melhores finais do cinema, mas isso eu falo já já.
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A Primeira Morte que eles investigam é envolvendo a Gula, que logo de cara já demonstra ser perturbadora. Eles ficam sem entender o que poderia ter levado aquilo, já que ficam em dúvida se poderia ser um homicídio ou suicídio.
E bem, cada vez, mais mortes vão acontecendo, uma mais brutal que a outra. Não vou comentar todas, mas precisava falar como o trabalho do assassino é incrível, já que os crimes se mostram incrivelmente trabalhados; sendo totalmente sádicos e cruéis.
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O Somerset ao longo do filme sempre demonstra tristeza e cansaço, como se tudo que ocorresse ali nunca fosse mudar. Não sabemos tanto sobre o seu passado, já que ele mora sozinho, e sempre expressando uma certa insatisfação com o trabalho, e o motivo?
Bem, é nítido, prefiro que você mesmo assista e comente aqui depois.
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O Mills é casado, e está em um casamento feliz. O filme não foca no casamento, e mesmo assim, é um ponto central para o final do filme.
As cenas de conversas são incríveis, pois ajudam a criar a sensação de amizade entre o casal Tracy e Mills, e o Somerset.
É algo bem bacana, eu achei legal demais, por mais que não seja frequente, é essencial para o final.
Já que sem ele, não existiria algo tão impactante, como a famosa cena da caixa.
Uma dos melhores finais do cinema, criado de forma surpreendente por David Fincher, que consegue desenvolver a trama tão bem, que mesmo após o término da película ainda ficamos totalmente impactados com o que presenciamos.
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Na minha opinião, esse é um dos melhores filmes do David Fincher, e se analisarmos bem, é o melhor.
Enfim, decidi terminar o comentário com algumas frases do filme que resumem muita coisa do que quis passar.
"Um cara sai com o cachorro, é atacado. Roubam o relógio e a carteira. Enquanto ele está lá caído na calçada abandonado, o ladrão esfaqueia os dois olhos dele. Isso aconteceu ontem a noite, a uns quatro quarteirões daqui".
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"A apatia é a solução. Quer dizer, é mais fácil perder-se em drogas do que lidar com a vida. É mais fácil roubar o que quer do que trabalhar para ter. É mais fácil bater numa criança do que educá-la. Inferno, o amor custa caro, é preciso esforço e trabalho."
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"Eu só acho que não se pode continuar a viver em um lugar que abraça e nutre a apatia como se fosse virtude."*
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"Ernest Hemingway escreveu certa vez: "O mundo é um lugar bom e vale a pena lutar por ele." Concordo com a segunda parte."
[spoiler]
O Grinch
3.3 195 Assista AgoraEu assisti aos filmes do Grinch, e li o livro quando pequeno, e eu sempre adorei a história do Grinch, aquele ser da Quemlandia que odeia o Natal.
Basicamente, esse filme poderia ser melhor, na verdade, as adaptações dos filmes do Dr. Seuss poderiam ser melhores, já que os curtas são algumas das melhores adaptações literárias que já vi.
Mas sabe, quando se trata da Iluminattion, - mesmo estúdio de animação de "Meu Malvado Favorito" e outros sucessos comerciais, como "O Lorax" e "Sing"-, você já espera algo bem goste ou não goste, principalmente pelo fato de que os filmes transformam algo curto em um enorme filme, ou então deturpam a obra original, tirando muito do que o autor queria passar.
O caso de Lorax é justamente esse! Por mais que seja um longa-metragem extremamente divertido, tanto para passar o tempo, e tanto para se divertir (ora bolas!) o filme não consegue manter a originalidade, indo para vários lados, e não se sustentando em nenhum deles, criando principalmente um arco narrativo inexistente na obra original, contudo, para ter o tempo de duração necessária para estrear nos cinemas, foi preciso adicionar muita coisa que não precisava.
Um detalhe que os brasileiros com certeza notaram é como a dublagem desse filme não foi tão boa...
Sério, escolheram o Lázaro Ramos para a dublagem?!
Enfim, o que quero dizer é que, para matar o tempo e se divertir "O Grinch" é Incrível, mas para ser levado a sério, ou como uma boa adaptação, ou simplesmente como um excelente filme de Natal, eu recomendo ver o curta original, e ler o livro.
Taxi Driver
4.2 2,5K Assista Agora[/spoiler]
Um dos melhores estudos de personagem que já vi!
O filme retrata o colapso mental de um homem perante a solidão da cidade.
O protagonista vai sendo tomado por um ódio, ele é quase psicótico (perdoe-me se estiver errado), ou melhor, um misantropo, que poderia ser um vilão, mas termina o filme como um herói, algo muito bem feito e trabalhado.
O roteiro é esplendido, e a direção do Scorsese é precisa e maravilhosa, e consegue passar bem o sentimento de "sujeira" na qual o protagonista nos fala, uma Nova York dos anos 70 poluída, e aparentemente recheada de crimes. Além do que, acabamos nos sentido parte daquele mundo do protagonista.
Ele não tem noção de como se relacionar direito, tanto que no primeiro encontro, leva a garota para um cinema, mas não um cinema qualquer, um cinema que passa filmes pornô. Mas ele não faz por mal, e sim por não saber como se relacionar, já que boa parte do filme ele está sozinho, e pensando, já que não é um homem de muitas palavras.
As cenas onde ele sai com o Taxi são excelentes, muito contemplativas, e com um som de jazz no fundo (que por sinal é perfeito), enquanto vemos Nova York, e as pessoas que a rodeiam. Bernand Hermann caprichou na trilha sonora, tanto que é uma das minhas favoritas. Uma coisa interessante nessas cenas contemplativas dele é que acompanhamos alguns de seus pensamentos, alguns bem doentios, e percebemos que ele realmente possui repuído a Nova York.
As atuações aqui são ótimas, mas preciso citar a melhor delas, que é a de Robert De Niro, que simplesmente dá um show de atuação! Ele consegue ser perigoso com um só olhar, e misterioso com uma piscada. Sinceramente, uma das melhores atuações do cinema.
O final é violento, e muito bem feito. Toda a construção da cena final, do Travis Bickle indo até a casa de trabalho do cafetão para matar ele, e salvar a garota, pelo qual ele começou a sentir empatia é algo espetacular. Tanto que após conseguir, é que conhecemos a famosa cena no qual aponta seu dedo, como uma arma em direção a sua cabeça.
E falando nisso, você nunca sabe o que se passa na cabeça dele. Não sabemos do seu passado, apenas que ele foi um soldado. Talvez, esse seja o único motivo que explique o porque de sua deterioração mental. Ele se vê no papel "de ajudar a limpar a cidade", contudo, da forma dele é claro.
Então, Taxi Driver é um filme sobre um homem com sanidade mental frágil, e que provavelmente sofre de mais problemas, lidando com problemas e mais problemas. Tudo isso enquanto trabalha de Taxi em Nova York.
Gostaria de falar mais, só que te recomendo a assistir um dos meus filmes favoritos.
Nota 10
[spoiler]
Fogo Contra Fogo
4.0 660 Assista Agora[/spoiler]
Talvez seja difícil de entender o que vou dizer com esse comentário, contudo, considero essa película como um dos melhores filmes policiais de todos os tempos.
Caso queira saber o motivo disso, eu explico:
Existe uma narrativa simples, e dinâmica. A cidade é movimentada, nunca dorme, e por isso, acabamos acompanhando o dia a dia de um policial determinado, e um líder de uma ganga de ladrões especializados em roubar bancos.
Após um assalto não sair como o planejado, o caminho dos dois acaba se cruzando.
...
Simplesmente, um imenso jogo de gato e rato ambientado em um filme policial. Porém, uma forma que o diretor cria isso é algo incrível!
Existe uma simplicidade enorme no filme, já que acompanhamos a vida de cada um dos personagens, até mesmo os coadjuvantes que não têm tanto tempo de tela. Com isso, uma obra consegue criar um trama extremamente cativante fazendo com que o público goste de cada um um, deles e provavelmente, torcendo para o policial, ou o bandido.
Algo que me lembrou Death Note, hehe.
Preciso citar uma cena em específico:
A cena do tiroteio, que é espetacular! Começa de forma frenética, e vai crescendo, como uma bolha gigantesca, até culminar em um clímax absurdo, que influencia muito no final da obra.
.
As atuações são incríveis! Val Kimmer está muito bem! Assim como os outros outros atores (que não lembro de cabeça agora). Mas, para ser sincero, não tem como falar dessa obra sem citar o quão fantástico é a atuação das lendas: Robert De Niro e Al Pacino .
Sinceramente, espetacular. Um filme que todos estudam. Um filme policial que consegue desenvolver um trama sem o uso de tantos clichês. Para quem gosta de filmes assim, recomendo essa obra.
[spoiler]
A Felicidade Não Se Compra
4.5 1,2K Assista AgoraPrimeiro Filme de 2021!
Soul
4.3 1,4KAproveite a Vida! Viva ela cada minuto! Aproveite o simples! E seja feliz!
Sinceramente, de todos os filmes originais de 2020 que assisti, esse é o melhor.
O motivo é bastante fácil de explicar, como por exemplo, o fato de que o filme juntamente com "It's A Wonderful Life" me fez sentir melhor com algo que achava não ter mais solução. Ultimamente, estava muito melancólico (mais do que o normal). Tanto que achava que nada mais fazia sentido para mim, e me sentia mal por isso.
Até porque, eu tenho depressão, e quando começo a pensar sobre a vida, me sinto vazio. Mas esses dois filmes conseguiram trazer um novo ar de esperança para um rapaz novamente desiludido com o mundo.
Tantos ensinamentos em uma película animada, tantos detalhes, tanto o que aprender. É tão lindo, tão bom saber que nem tudo está perdido, e eu consegui me sentir bem com Soul.
As vezes, achamos que nada está perfeito, mas nas coisas mais simples, nas conversas mais pequenas e longas, conseguimos sentir a leveza, e a felicidade que cada um possuí em viver.
Talvez esses dois filmes que citei tenham mudado minha vida, e sério, realmente precisava disso. Não é apenas um filme que debate sobre vida, é também a esperança que não estava conseguindo sentir.
A animação é super caprichada, e fluída, sendo realmente, a melhor do ano passado. Os personagens principais são fantásticos! A amizade que se cria entre a 22 e o nosso querido protagonista é demais.
Uma história engraçada, linda, que é capaz de te fazer pensar, e até mesmo, mudar sua forma de pensar. É algo atemporal!
Eu simplesmente, amei!
A Capital dos Mortos 2
3.1 13MUITO ESCURO!
Sabe, o Tiago tinha boas ideias, mas não soube desenvolver nenhuma delas. Eu como escritor, digo que é extremamente prazeroso realizar uma obra, e mesmo sabendo que pode ser criticado (ou taxado como um dos piores filmes brasileiros), O Tiago conseguiu criar uma obra com zumbis no Brasil!
E ok, o filme pode ser muito ruim, mas é um trash-movie que daqui há alguns anos, será taxado como cult; aqueles filmes que estão na lista de filmes trash que você tem que ver. E sim, eu tinha uma lista dessa.
O filme pode ter vários problemas, e aparentar ser bem falso e "plástico", com péssimas atuações, e com uma paleta de cores escuras, mas consegue ser a realização de um sonho, o sonho do Belotti em criar uma obra de zumbi!
E se ele conseguiu, mesmo ficando muito ruim, isso só prova que ele é brasileiro. E no final, eu espero que ele não desista e continue lançando novos filmes.
Porque o que importa no final, é nunca desistir.
Borat - O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão …
3.4 1,2K Assista AgoraVery Nice!
Essas são as palavras que posso usar para descrever Borat. Um filme que consegue extrair vergonha alheia e transformar em uma sátira ao modo de vida estadunidense.
E sendo sincero, Sasha Baron Cohen consegue fazer isso de forma excelente, ele consegue te deixar desconfortável, e consegue fazer com que cada palavra dita por Borat, faça o espectador se sentir envergonhado, e rindo por dentro; já que o personagem de Sasha é totalmente preconceituoso, racista, antissemita, e muitos outros.
E mesmo assim, é ingênuo. Ele vem de um país totalmente esteriotipado (assim como ele), e começa a andar pelos EUA, e conhece várias pessoas, entrevistando uma por uma. E sabe o que deixa o filme hilário? É que as pessoas que ele entrevista, boa parte não sabe que é um documentário falso! E por isso, muitos momentos no filme são divertidos, pois eles são causados pelo fato de que muitas daquelas falas são originais. Como quando Borat entra no rodeio, e fala sobre queimar crianças, mulheres e idosos de outro país, e a platéia o aplaude.
Então, com esses momentos que Borat consegue prender o público, fazendo com que todos sintam vergonha.
E isso é genial, agora que assisti, entendo o porque dessa obra ser tão falada. Sasha Baron Cohen precisa fazer um desse no Brasil.
Django Livre
4.4 5,8K Assista AgoraCom toda certeza, esse é um dos melhores filmes da década.
Ok, essa frase inicial talvez seja muita forte, mas é questão de gosto pessoal. E digo isso pelo fato de que Django não é simplesmente um filme que debate questões raciais, mas nos faz pensar, e sentir vergonha do racismo, que infelizmente existe até hoje.
E Tarantino demonstra isso das maneiras mais variadas possíveis, fazendo com que cada vez mais o público se incomode com os trágicos eventos que são mostrados ao decorrer do longa, desde torturas, a brigas até a morte; e sempre entre os pretos (eu espero que esse linguajar não seja ofensivo). Não apenas isso, mas sempre que um branco se refere a um preto, eles utilizam a palavra crioulo, que no inglês fica nigga, ou nigger (meu inglês está péssimo ultimamente); e para quem não sabe, essas palavras são de cunho totalmente racista, tanto que apenas estou utilizando-as para escrever o texto.
O filme possuí o humor básico do Tarantino, aquele humor violento e ácido que está presente em todos os seus filmes. Um exemplo de cena engraçada que ocorre no filme é quando os membros da KKK aparecem. Eles são demonstrandos como completos imbecis! Kkkkkkk, e sim, foi algo hilário, porque é o que eles são, imbecis, e eles partindo para cima do carro do Dr. Schulz ao sim de "Requiem - Dies Iraes" é incrível!
Falando dos personagens em si, o filme possuí vários personagens carismáticos, e os principais claro, são o Dr. Schulz (interpretado pelo ganhador do Oscar na sua formidável atuação em Bastardos Inglórios), e o Django (interpretado pelo também ganhador do Oscar em sua performance quase idêntica ao do cantor Ray Charles).
Ah, com toda certeza não esqueci de colocar o vilão do filme, ou melhor, os vilões, interpretados pelo Leonardo DiCaprio, e pelo Samuel L. Jackson. Cara, você consegue sentir ódio e repulsa a cada palavra racista dita por eles, que aliás, não são poucas.
DiCaprio é o próprio demônio, sua atuação é caricata, devido ao personagem ser escrito assim, mas você percebe que o Tarantino o quis demonstrar como a personificação do mal. Ou seja, um Evil Dead (OBS). E o Samuel L. Jackson? Nossa, caraca! Ele arrebenta! Ele consegue fazer a gente sentir ódio dele, mesmo estando com uma maquiagem que envelhece muito.
Meu maior problema com o filme é que algumas cenas ficam meio fora de cena, ou seja, existem cortes muito abruptos, que acontecem de forma tão rápida que confunde o público, como a cena dos membros da KKK (que mesmo assim continua hilária). Outro detalhe é o tempo de duração, na primeira vez que assisti a obra, isso também me atrapalhou, já que alguns minutos poderiam ter sido cortados, mas já estou sendo chato, enfim...
A trilha sonora é espetacular, combinando muito com a obra, o início do filme também é um espetáculo, já que ele define o que virá, um conto de faroeste com um caçador de recompensas, e um escravo, em busca de sua amada Brunhilde.
Tudo culmina em um épico filme de faroeste da década de 2010, e que com certeza, será um imenso clássico no futuro.
Atração Mortal
3.7 318 Assista AgoraAnos 80, e filmes focados nos adolescentes eram a moda.
Eu já começo assim o meu texto introdutório sobre uma das melhores obras dos anos 80 focada no público juvenil.
Porque, se você acha que "O Clube Dos Cincos" é uma obra que retrata de forma excelente uma crítica ao pensamento que os adultos tem dos jovens, você claramente não assistiu "Heathers".
E bem, caso não tenha assistido eu vou tentar explicar de forma básica. As Heathers são um grupo de garotas altamente populares, e entre elas há uma garota chamada Verônica, que não pensa da mesma maneira (cruel) de suas amigas. E por isso ela constantemente sente raiva delas, já que elas tratam pessoas não populares, ou ricas com preconceito.
Até que ela conhece Jason Dean, um anarquista, Bad Boy, e psicopata, eles acabam se apaixonando. Mas com o tempo, ela vai percebendo que ele é extremamente perigoso.
...
Heathers basicamente utiliza de uma comédia de humor ácido para fazer uma crítica a sociedade, tanto que o filme trata de temas sérios, indo de depressão a obesidade, entre muitos outros. E o interessante é que a obra consegue fazer isso de forma equilibrada, fazendo com que não seja nem muito pesado, nem muito melodramático.
Existem momentos realmente irônicos, como quando ocorrem os "suicídios", ou quando o padre dá um sermão para os jovens, falando de MTV, ou outros.
Heathers ainda conseguiu anos mais tarde se tornar um clássico cult, chegando a se tornar um musical, que aliás, possui músicas extremamente viciantes, como Candy Store.
Winnona Ryder está excelente, sua atuação indo de uma garota fechada para uma ajudante de um psicopata, e até o Jason Dean que é um assassino extremamente carismático (hehehe). Além dos outros personagens, como as Heathers.
Existe o fator que alguns deles são esteriotipados para a comédia funcionar, e sabe, não é um problema.
Eu recomendo esse filme para todos.
O Encouraçado Potemkin
4.2 342 Assista Agora[/spoiler]
Baseado em Fatos
O filme "O Encouraçado Potemkin" não é apenas considerado como uma das melhores obras já feitas, mas também é um dos melhores filmes históricos já feitos.
O filme de Sergei Eisenstein é um relato dramatizado baseado em eventos históricos, no caso, a história de uma rebelião no "Navio de Guerra Potemkin". O que começou como um protesto, gerou uma rebelião depois que foram servidas carnes estragadas aos marujos no jantar. Os marujos erguem a bandeira vermelha e tentam levar a revolução no navio até a sua terra natal, a cidade de Odessa.
E então, algo que poderia ser resolvido de forma simples, se tornou em uma imensa confusão, que no final, já sabemos o que aconteceu...
Morto por um prato de sopa!
De todas as frases do filme, essa é mais impactante. Ela demonstra o sentimento de revolta que aquele povo deveria estar sentindo, por um motivo simples, um homem foi morto, algo que poderia ser resolvido, gerou uma confusão de enormes proporções.
Várias mortes, até chegar naquela icônica cena da escada, um momento que confesso, é extremamente bem dirigido, até chegar no final do filme, que junto com a trilha sonora te deixa ansioso, e esperançoso.
E sim, esse filme é poderoso, ele é capaz de muita coisa.
Sergei Eisenstein foi um gênio, não apenas por criar um filme que impactou o desenvolvimento do cinema, como também na montagem, e no uso de efeitos especiais.
Enfim, parabéns pelo conteúdo e pelo estudo. Por mais que não concorde com o movimento que surgiria após isso, eu acho esse filme uma obra excelente.
[spoiler]
Irmãos Gêmeos
2.8 299 Assista AgoraUm clássico da infância. Eu adorava esse filme, era bem divertido o assistir a tarde com meu irmão. A química entre os atores principais é muito boa! Você consegue se divertir com eles, já que atuam muito bem juntos, e além disso, o filme é muito engraçado.
É um daqueles clássicos de comédia que vários conhecem.
Rocky: Um Lutador
4.1 844 Assista AgoraUm dos meus filmes favoritos, com certeza no top 10. Jamais conseguirei descrever o quanto gosto dessa obra.
Cidade dos Sonhos
4.2 1,7K Assista AgoraEste filme é uma prova que nem tudo precisa ser explicado. Show, don't tell.
David Lynch consegue manipular o espectador de forma impressionante. Em certos momentos não sabia o que era real, ou o que era sonho. Como é um filme denso, talvez alguns não consigam gostar de primeira, até porque, ele não é fácil de se entender.
As atuações são boas, e a trilha sonora é boa, o roteiro é incrível, e o clima do filme é totalmente denso e sombrio.
Enfim, se tornou um dos meus favoritos.
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraO filme foi capaz de me deixar feliz, isso é o que importa.
A trilha sonora é incrível! As batidas combinam com o movimentos dos atores, e existe um jogo de câmeras muitos bem feito. A fotografia é excelente, muito bonita, extremamente colorida, acho que isso é um dos pontos que me fizeram amar a obra.
A atuação da Emma Stone é muito boa, foi uma excelente escolha ela ter ganhado o Oscar de melhor atriz.
A atuação do Damiem Chazelle é incrível, consegue nos passar a emoção da tela, vindo das danças e músicas, além das atuações muito boas. Ryan Gosling está bom, não é nenhum DeNiro mas seu personagem casa muito bem com ele.
O casal possuí momentos e cenas interessantes, como quando vão ao cinema assistir ao clássico "Juventude Transviada", ou quando cantam "City Stars" em conjunto.
O filme é lotado de referências, tanto ao cinema, quanto a jazz. Duas coisas recorrentes na trama, já que os desejos dos personagens envolvem isso.
A cena inicial é a mais marcante de todas as músicas na minha opinião, ela consegue passar logo de cara um sentimento de felicidade que eu realmente precisava.
O final é lindo, pode não ser o que eu desejava, mas é lindo. É o mais puro filme de musical clássico.
Drácula de Bram Stoker
4.0 1,4K Assista AgoraPrimeiramente preciso parabenizar os detalhes técnicos da obra. Detalhes como a maquiagem que é excelente, assim como o figurino, e a trilha sonora que consegue passar todas as sensações de terror.
Neste filme Coppola nos apresenta a história mais fiel e ao mesmo tempo não tanto da obra original de Bram Stoker.
Com uma pegada mais voltada para o romance, uma decisão que infelizmente me incomodou bastante, já que o roteiro em certos momentos se torna melodramático demais, o filme apresenta um Drácula que decide renegar a igreja após a própria se recusar a enterrar sua noiva em solo sagrado, pelo fato de que houve um suicídio.
E após se renegar, ele perambula através dos séculos como um morto-vivo, até o momento em que ele contrata um advogado e descobre que a esposa dele é a reencarnação de sua falecida esposa. Ele deixa o advogado interpretado pelo Keanu Reeves em seu castelo, com suas "noivas" e vai para a Londres da Inglaterra vitoriana, no intuito de encontrar a mulher que sempre amou através dos séculos.
As atuações são muito boas, com exceção de algumas, como a do Keanu Reeves, que mesmo estando em ascensão demonstra ser um ator inexpressivo. Não demonstrando muitas expressões faciais condizentes ao que ocorre com ele. A Winnona Ryder está incrível, assim como o Anthony Hopkins, que demonstra ser um Van Helsing no estilo doutor excêntrico.
O Gary Oldman também está bom, ele consegue ser estranho, ou seja, excêntrico. Seu personagem consegue ser imponente, e assustador.
Como muitos aqui também perceberam, o roteiro dessa obra é melodramático em vários momentos. O Drácula aqui tem um background com a Mina que em alguns momentos torna-se extremamente chato, mas é compreensível.
O Drácula de Coppola pode não ser 100% fiel ao livro, mas tem muitas analogias bacanas, e consegue passar todo um cenário gótico bem característico de histórias da época. Com momentos bem dirigidos, e cenas que não ficaram datadas. Uma obra que merece ser assistida.
Minha nota seria em torno de: 8,5
Invocação do Mal
3.8 3,9K Assista AgoraConfesso que esta é a primeira vez em que assisto a essa obra do James Wan, e cara, que filme excelente. Digo isso pela proposta dele, um filme feito apenas para assustar.
Pontos Positivos:
James Wan demonstra ser um ótimo diretor, tendo uma noção exata do que fazer com a câmera, e em como construir lentamente o clima de tensão e suspense, partes essenciais para o filme.
O cenário e a fotografia são muito boas, a fotografia é seca, e até fria como o ambiente, que é muito bonito e que combina com todo o cenário assustador. Ou seja, esses dois detalhes se sustentam um no outro, e com isso, o filme já me ganhou uns pontos.
A trilha sonora é a responsável pelo terror que vai sendo criado, ou seja, ela é extremamente importante, pois sem ela, o filme não possuiria tanto das cenas assustadoras.
Atores muito bons, com destaque a melhor atuação desse filme, que é a da Vera Farmiga. Uma das minhas atrizes favoritas.
Os sustos não são tão previsíveis como em outras obras desse gênero, o que é um ponto importantíssimo, já que muitos filmes com assombrações usam e abusam de jumpscares e outros movimentos de formas chatas (A Freira cof cof).
A história se baseia em um fato, ou seja, um acontecimento real, o que é bastante interessante.
Pontos Negativos:
Algumas atuações, por mais que sejam boas não demonstram um nível de seriedade perante aquele acontecimento, mas isso eu até relevo.
O roteiro já é algo bastante normal em alguns momentos, mas como é baseado em um fato, eu relevo isso também.