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Últimas opiniões enviadas

  • Carol

    Wes Anderson, conhecido por sua estética ímpar (direção de arte, figurinos, cenário, etc.), dirige este longa de roteiro próprio que conta com RalphFiennes, Tony Revolori, F. Murray Abraham, Adrien Brody, Willem Dafoe, JudeLaw, Saoirse Ronan, Léa Seydoux, Mathieu Amalric, Jeff Goldblum, Harvey Keitel,Edward Norton, Jason Schwartzman, Tilda Swinton, Owen Wilson, Tom Wilkinson,Giselda Volodi, Bob Balaban, Fisher Stevens e Bill Murray.

    Trata-se de uma obra inspiradanos textos de Stefan Zweig, austríaco falecido em Petrópolis-RJ na década de40. O enredo possui diversas camadas, tornando-se mais específico nas camadasmais profundas. Em uma camada superficial, temos uma fã visitando o túmulo doautor, segurando uma de suas obras. Ao abrir o livro, o autor já em seuescritório conta um trecho de sua juventude, em 1968 quando se hospedou no jádecadente Grande Hotel Budapeste - localizadono alto de uma montanha em Zubrowka, país fictício situado nos confins do leste europeu. Nesta ocasião, conheceu o dono do estabelecimento, uma personalidade então curiosa que possuía o hábito peculiar de dormir em um quarto minúsculo, mesmo tendo a sua disposição um hotel inteiro. Durante um jantar, ele nos conta como se tornou o dono, iniciando seu relato em 1932, auge do hotel. Exatamente, temos uma história sendo contada dentro de outra história. A transição, no entanto é feita de forma natural e de fluidez incrível.

    Na história contada pelo dono do hotel, temos dois protagonistas: o concierge M. Gustave e um jovem “lobby boy” empregado do local, Zero. Estes desenvolvem uma amizade, sempre deixando clara a relação entre empregado e empregador. A história se inicia de fato quando Gustave recebe um quadro valioso como herança de uma senhora que costumava se hospedar no hotel, deixando a família da mesma furiosos e tentam impedir que o Concierge tenha acesso a obra de arte. No entanto, Gustave retira o quadro da mansão mesmo assim, sem que seja notado.

    O “Grande Hotel Budapeste” cria cenários incríveis e planos muito bem compostos, destacando o próprio hotel. A estética foi tão bem planejada que percebemos detalhes e preocupações como a variação da proporção da janela de projeção com o decorrer do tempo (1.33 dos anos 30 e 1.85 dos dias de hoje). Em alguns trechos, são usados artifícios da animação, como em trechos de perseguição em neve utilizando stop motion. Anderson confere através das cores dos cenários, os letreiros que dividem a projeção e as lentes grandes angulares um tom fabulesco a uma história igualmente fabulesca.

    Como conclusão deste trabalho, Anderson cria um micro universo completo, envolvendo desde uma breve história de amor a uma trama de guerra, passando por mistério e assassinato. Atores, roteiro, fotografia e figurino: tudo foi pensado de modo a tornar a trama uma bela alegoria dos eventos que marcaram a Europa no século 20: Tanto o país fictício quanto o hotel foram afetados por grandes acontecimentos da “Belle époque”.

    Este foi, com certeza, um dos filmes mais interessantes do ano de 2014.

    Nota: ★★★★★★★★★☆ (9/10)

    Originalmente postado em http://blogcarolcoelho.com/post/110893534312/cinema-o-grande-hotel-budapeste

    Texto de minha autoria.

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  • Carol

    Sempre admirei a figura do físico Stephen Hawking. Atualmente, é reconhecido mundialmente e se tornou uma figura popular (já esteve presente em diversos episódios de “Os Simpsons”, por exemplo). Diagnosticado aos 21 anos com ELA, uma doença motora degenerativa (aquela doença que motivou o “desafio do balde de gelo, em 2014), seguiu sua vida de forma ativa mesmo após receber a notícia de que teria apenas dois anos de vida e sendo submetido ao uso de uma cadeira de rodas para auxiliar em sua locomoção, constituindo uma família com três filhos. A fragilidade de seu corpo, porém, não atingiu seu cérebro permitindo-o publicar diversos livros, dentre eles um de meus favoritos: “O universo em uma casca de noz”.

    O filme se inicia mostrando o jovem Stephen correndo em uma bicicleta nos arredores de Cambridge (e falando o quão bom é andar de bicicleta), deixando claro que este estado era passageiro de forma óbvia, aumentando o contraste entre a situação inicial e a que estaria por vir. Uma transição rápida e pouco sutil.

    Baseado em um livro de autoria de sua primeira esposa, o foco da trama não está na vida de Stephen e sim no seu relacionamento com a estudante de Artes, Jane, pela qual ele se apaixona em primeiro momento durante o “baile de maio”, seguido de cenas cotidianas de romance entre o jovem casal que mostram como eles foram realmente feitos um para o outro.

    Desde o início do filme, podemos notar pequenas falhas corporais do personagem, porém nada que caracterize seu quadro até o momento de sua queda. No hospital, vemos uma expressão incomum até então e extremamente frágil: no corredor, Hawking recebe seu diagnóstico, dado por seu médico (enquadrado por uma grande angular, caracterizando-o como um pesadelo mas, ao mesmo tempo, simulando o olhar de Stephen). Sua previsão era de dois anos de vida, o que precede um momento de crise pessoal e “isolamento”. Interessante destacar que em momento algum vemos o personagem principal fragilizado ou se submetendo a “vítima”, e sim um homem otimista que busca tirar o melhor proveito de cada situação e de forma independente, que mesmo com seus movimentos restritos procura realizar sozinho suas tarefas. Seus momentos de sofrimento são retratados em poucos minutos. Jane se mostra companheira, acompanhando a auxiliando Stephen em praticamente todos os momentos necessários e disposta a enfrentar as piores dificuldades possíveis e imagináveis.

    Stephen possui uma filosofia de vida que consiste em compreender questões básicas de nossa existência: Qual é a nossa origem? Como surgiu o universo? Passou então em se dedicar a sua “teoria”, esta que por outro lado é superficialmente abordada (o que me trouxe uma sensação de decepção, pois é com certeza o ponto central da vida do personagem). Um ponto interessante sobre o filme é a forma com que são representados os momentos de “idéias”: até mesmo a imagem da lareira vista de dentro de um casaco de lã é tido como inspiração.

    A fotografia é muito bem colocada em cena, remetendo aos traços da década de 60, com destaque para o filtro usado para dar uma cara de caseiro para as cenas do casamento. Existe a leve predominância do uso de cores frias.

    A adaptação de uma história tão singular para um filme de Hollywood se mostra a primeira vista um drama clichê, porém que se converte em um retrato poético e bem humorado. Porém, a trama rodeada por pequenas polêmicas se mostra um tanto quanto conservadora ao tratar de assuntos como o ateísmo do personagem (citado e relembrado em pequenos diálogo cotidianos, sendo pouco abordado) e o as relações extraconjugais.

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    A imagem otimista e alegre de Jane se perde ao longo do enredo, sendo substituída pela de uma mulher exausta devido aos cuidados com o marido. Procurando alguma atividade para relaxar, Jane procura o coral da igreja no regente (Jonathan), encontra também um apoio amigo, deixando sua fragilidade de lado e reencontrando parte da alegria perdida com o tempo. O rapaz se mostra um grande amigo e aliado da família, ajudando Jane em tarefas familiares nas quais Stephen não pode participar de forma ativa, como ensinar o filho a tocar piano. A incorporação do novo personagem é dada de forma sutil, deixando clara a ciência da situação pelos três membros do triângulo amoroso, em vista que cada um deles tem consciência de suas limitações (o que pode ser confundido com excesso de pudor na abordagem do tema).

    Alguns aspectos atraem o longa para indicação em renomados prêmios, pois dramatiza a biografia real de uma personagem único que não teve uma vida “normal” e exige do ator um preparo ímpar (físico e psicológico). O ator Eddie Redmayne está impecável ocupando o papel de protagonista, pois mesmo com pouca fala consegue transmitir ao público claramente suas emoções, além de seu porte físico se assemelhar ao de Hawking (o ombro caído, por exemplo).

    O longa concorre a cinco categorias no Oscar 2015, podendo levar a estatueta de Melhor Filme, concorrendo com trabalhos como “Birdman” e “O Grande Hotel Budapeste”. Eddie Redmayne e Felicity Jones estão concorrendo nas categorias de Melhor Ator e Melhor Atriz, respectivamente. “A Teoria de Tudo” ainda concorre com Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Trilha Sonora (composta por Jóhann Jóhannsson).

    Em termos gerais, “A Teoria de Tudo” é um filme que representa bem a personalidade um dos maiores cientistas do nosso tempo.

    ----- Texto de minha autoria, postado originalmente no www.blogcarolcoelho.com

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  • Filmow
    Filmow

    O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!

    Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)

    Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
    Boa sorte! :)

    * Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/

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