Muito bom roteiro e excelente interpretação de Don Cheadle, cujo personagem Paul Rusesabagina ficou conhecido como o Oskar Schindler de Ruanda. O filme possui uma elevada carga emocional devido à natureza do tema, à grandeza de alguns personagens e às boas interpretações. É interessante assistir o filme sabendo que o conflito de Ruanda ainda não está finalizado. Paul Rusesabagina, hoje residente na Bélgica, tem afirmado que, se não forem tomadas posturas duras contra o tribalismo em Ruanda, o genocídio poderá voltar a ocorrer, agora pelas mãos dos tutsis. Filmaço!
Um ótimo filme. A pergunta "Após as consequências do Nazismo, uma ditadura seria possível de ser instalada novamente na Alemanha?" tentou ser respondida pelo professor Rainer Wegner através de uma experiência. Normalmente experiências ensinam mais do que teorias, mas brincar com fogo... Penso que somente os alemães poderiam produzir um filme tão interessante com tal enredo. Muito boa atuação de Jurgen Vogel. Excelentes roteiro e direção
Um bom filme sobre assaltos planejados por gênios do crime e seus muito talentosos asseclas, tão talentosos que bastariam usar o seu talento em atividades honestas para se tornarem ricos. Uma boa diversão para quem não fica muito preocupado com os vários furos da história e com as cenas impossíveis. Indicado para quem está interessado apenas em sentar e relaxar. Ah! estava me esquecendo do melhor do filme... a lindíssima Charlize Theron.
Uma das obras mais geniais e originais de Woddy Allen e das menos conhecidas. Na forma de um documentário fictício, vários intelectuais dão depoimento sobre o personagem como se ele tivesse existido. Para criar autenticidade foram usadas lentes, câmeras e equipamentos de áudio dos anos 20. Impressionante efeitos visuais para a época do lançamento do filme quando os efeitos digitais ainda não existiam. Uma sátira bem elaborada sobre o comportamento da maioria das pessoas que procuram ficar parecidas com a sua turma para serem aceitas. Não é um filme hilário, apesar de algumas boas tiradas. Mas é difícil tirar o sorriso do rosto durante todo o filme. Interessante que, em 2007, na Itália, foi descoberta uma rara forma de doença cerebral que afeta as vítimas da mesma forma do que foi mostrado em Zelig (sem as mudanças físicas, obviamente). Um clássico obrigatório para os cinéfilos.
Ótimo filme com um belo roteiro e uma magnífica fotografia, com cenas de levantar o expectador da poltrona. Clive Owen em um ótimo trabalho, desempenhando o papel de um herói do tipo homem comum que não sabe lutar e não usa uma arma em nenhum momento. Michael Caine, como sempre, muito bem, em uma atuação baseada em John Lennon. O filme possui três takes longos muito bem realizados, um deles com duração superior a 6 minutos. Muitos detalhes, como notícias de jornal e televisão, pichações e cartazes, aparecem no filme e dão informações sobre o momento caótico do planeta. Muito boa utilização da computação gráfica apenas como "background", permitindo que o expectador mantenha o foco na história.
Não é dos melhores filmes de Woody Allen. O tema é interessante, mas funciona apenas relativamente bem. O ponto fraco está em Will Ferrell, realizando uma imitação muito mal feita de Woody Allen. As piadas que normalmente funcionam com Allen ficaram patéticas com Will. Radha Mitchell, muito bonita, funciona um pouco melhor fazendo o papel das duas Melindas. O restante do elenco não ajuda muito. Mas o bom roteiro acaba segurando o filme.
Por ser um filme bem considerado de Almodóvar, esperava um pouco mais desse drama através do qual ele focou mais uma vez o universo feminino. O filme não chega a ser pesado, mas também não possui o brilhantismo e leveza característicos do diretor. É verdade que em "Volver" está presente muito da riqueza característica dos filmes de Almodóvar, como por exemplo o fato da linearidade da história não esconder quão complexos são os personagens. No entanto, algumas subtramas desnecessárias tornam o filme meio arrastado. Penélope Cruz brilha mais como uma diva do que propriamente por uma excelente interpretação. Um bom filme.
Na minha opinião este foi o melhor filme já realizado sobre investigação jornalística. Um ótimo suspense e um extraordinário e preciso relato daquele que foi o maior furo de reportagem do Século XX. Ainda hoje é um filme inspirador para os estudantes de jornalismo. É interessante assistir o filme sabendo que desde 2005 a verdadeira identidade do famoso informante "Deep Throat" é conhecida. Trata-se de W. Mark Felt, o segundo em comando do FBI na época. William Goldman teve muitos problemas de aceitação do seu roteiro pelos produtores, tendo que revê-lo algumas vezes. O filme apresenta ainda dois atores vistosos e competentes, uma direção segura e realista que consegue manter o suspense todo o tempo (J. Pakula confirma aqui o seu talento para dirigir filmes de trama políticas), uma tomada histórica de Redford no telefone com duração de 6 minutos sem cortes e Jason Robards em uma ótima atuação.
Uma comédia leve, descontraída e charmosa, bem ao estilo de Allen, com uma pequena dose de sentimentalismo no final, o que tornou o filme mais cativante e especial. Mia Farrow muito bem no papel de uma italiana "dura na queda", bem diferente do estereótipo de mulher vulnerável a que está acostumada. A ótima fotografia em preto e branco serve para destacar o saudosismo de uma época.
Este filme mostra todo o requinte de Hitchcock, mesmo em uma obra experimental, com uma perfeição que só os grandes e geniais mestres conseguem fazer. Seu enredo foi escrito a partir de uma peça de teatro, foi filmado em um cenário único, com tomadas de duração de 4,5 a 10 minutos e cortes dissimulados para dar a impressão de uma tomada única e conta uma história que é percebida como sendo em tempo real. Além do humor negro, há uma grande dose de drama psicológico em um jogo de gato e rato que mantém a atenção do expectador. A fotografia é absolutamente magnífica apesar de toda a dificuldade técnica em fazer com que a câmera siga os personagens. John Dall está pefeito em uma performance de estilo teatral, porém em uma mídia muita mais intimista que é o cinema. Mais uma aula do grande mestre.
Bananas foi o primeiro filme de Woody Allen que assisti, quando imediatamente me tornei seu fã. Hoje o filme envelheceu um pouco, pois o tema satirizado no filme já não é mais contemporâneo e muitas das piadas podem não ter significado para um público mais jovem. Não é o tipo de humor com o qual Woody Allen acabou se consagrando e que se tornou sua marca definitiva, presente em Annie Hall e Manhattan. Percebe-se que ele ainda estava tateando em busca de um estilo próprio, incluindo todas as cenas engraçadas que lhe vinham a cabeça durante a filmagem. Há uma interessante aparição de Sylvester Stallone, muito jovem, como um assaltante de metrô.
Filme pra quem curtia o seriado e não se importa com "piadas sujas". Apesar de apresentar altos e baixos, no final o balanço é levemente positivo. A habilidade dos dois protagonistas para o tipo de humor "sitcom", assegura momentos engraçados. Como, por exemplo, na cena em que eles travam um diálogo com uma francesa e entendem tudo errado. Horrível o final que não se adapta bem com a história e muito menos com o perfil dos personagens.
Ótimo documentário de Ari Folman, um ex-combatente da guerra do Líbano em 1982, o qual retrata as suas ações para recuperar as suas memórias daquela guerra, que são usadas para uma avaliação do envolvimento de Israel no massacre dos palestinos pelos falangetas cristãos. É importante entender o trauma causado por aquele massacre no imaginário israelense e suas comparações com os campos de extermínios de judeus durante a segunda guerra. Apesar de parecer o contrário, não houve o uso de rotoscopia. Foram filmadas cenas apenas para servir de base para a animação em flash. O documentário é denso, como não poderia deixar de ser, tornando-a uma obra difícil de ser esquecida.
Penúltimo e bom filme de Truffaut, lançado 22 anos depois de "Os incompreendidos", sua primeira grande obra. Um trabalho autoral como de costume, tendo o amor como tema, contando uma história muito utilizada no cinema: a do amor mal resolvido e que retorna em um momento impróprio no futuro. Gérard Depardieu, aos 33 anos não me impressionou, ao contrário de Fanny Ardant, extremamente sexy, bonita e convincente. Véronique Silver também realizou um ótimo desempenho. A fotografia é bonita, as cenas são bem dirigidas e, apesar do tema comum, a história nunca se torna chata. Mas já se percebe uma certa exaustão do diretor ao realizar uma obra sem grandes novidades. Porém, um filme médio de Truffaut não deixa de ser um bom filme
Neste filme de Woody Allen, ao contrário dos anteriores, já se percebe um tipo de humor mais verbalizado e menos baseado em trapalhadas físicas, estando ele já bem adiantado no caminho para encontrar o estilo que o consagrou, mostrado em "Annie Hall" e "Manhattan". Há diálogos muito engraçados, discussões filosóficas que se repetem e que soam ridículas, algumas citações literárias de escritores russos, principalmente de Dostoievsky, uma crítica aguçada às guerras e uma abordagem sarcástica sobre a morte. O resultado é uma comédia inteligente e, mais do que tudo, inusitada.
Um ousado drama. Jack Horner muito bem interpretado por Burt Reynolds em seu melhor trabalho no cinema. O filme é um pouco longo e chega a ser cansativo durante os 40 minutos finais. Excelente atuação de Don Cheadle (ganhador do Oscar por Hotel Ruanda) e Julianne Moore. A maioria dos demais atores também está muito bem. Várias cenas foram criadas baseadas em fatos reais envolvendo atores pornôs. Bom trabalho de Paul Thomas Anderson.
O tema é interessante, os dois atores estão muito bem, a fotografia em preto e branco é muito boa, mas o roteiro é fraco. A direção também não funcionou muito bem e o filme apresenta alguns momentos nos quais o expectador perde um pouco o interesse na história. A sequência de abertura com duração de 7 minutos e filmada em uma única tomada é o ponto forte do filme.
Considero este um dos piores filmes de Woody Allen. Como comédia pouco funciona e como fantasia poderia ter sido melhor explorada. Como drama tem seu ponto forte na caracterização de personagens maduros e frustrados, com uma plena disposição para fugir das suas respectivas vidas. Mas o roteiro não é bom; Allen o escreveu em apenas duas semanas, o que talvez explique o fato. Boa fotografia.
Para quem gosta do gênero ultra violência estilizada é um prato cheio! Principalmente para os fãs dos quadrinhos. Para os demais, um filme pesado, cansativo e com ultra violência estilizada absurda. Bruce Willis em Duro de Matar é facílimo de matar perto de Hartigan, seu personagem neste filme, que, por sua vez, não chega perto de Marv, o personagem de Mickey Rourke, quase um imortal. Vale pelo visual estilizado exatamente como o dos quadrinhos (cada cena foi planejada a partir do livro original) e pela boa interpretação de Mickey Rourke
Howard amava Lane, que amava Peter, que amava Stephanie, que amava mais seus filhos do que Peter. E, claro, todos eram infelizes. Drama de Woody Allen que certamente não agrada a todos os públicos. A história se passa durante dois dias em uma casa de campo durante o verão. O bom roteiro de Allen praticamente se resume a excelentes diálogos que vão desvendando os traumas e as inseguranças de cada personagem e revelando pouca esperança no amanhã . A idéia de Allen foi desenvolver uma peça de teatro capturada numa filmagem. Com isso as tomadas são longas com muito pouco close up. Excelentes interpretações, notadamente a de Dianne Wiest, provavelmente em seu melhor momento no cinema. Os personagens foram bem definidos e são muito convincentes. A música interpretada por Art Tatum e Ben Webster é bem intimista. Allen decidiu refazer toda a filmagem durante a edição por ter odiado a primeira versão. Teve que substituir alguns atores e, com tudo isso, os custos superaram em muito o orçamento original e o filme deu um grande prejuízo. Um filme para um público maduro que aprecia dramas realistas, bons roteiros e boas interpretações.
Um filme simples, econômico e eficaz. Uma gostosa homenagem ao cinema mudo mas nada extraordinário como as 10 indicações para o Oscar poderia sugerir. Parece que também essa tonelada de indicações não está levando muito público aos cinemas de São Paulo, haja vista a quantidade pequena de salas que exibem o filme. Percebi também a presença de um público mais maduro na sessão na qual o assisti. A explicação para isso é óbvia: o filme foi rodado em preto e branco e é praticamente sem falas e procura passar a impressão de ter usado os recursos tecnológicos de 1929. Gostei muito dos atores principais Jean Dujardin, prêmio de melhor ator em Cannes e favorito ao Oscar, e Bérénice Bejo, muito charmosa, também indicada. O que explica um filme francês, com atores e diretor desconhecidos internacionalmente ter recebido tantas indicações ao Oscar? A safra de filmes de 2011 não foi nada entusiasmante
Talvez o mais belo filme de Woody Allen. Quem é apenas levemente saudosista já vai ficar encantado com essa fantástica homenagem ao rádio. Uma sucessão de cenas fascinantes. Uma demonstração de como o rádio despertava a imaginação das pessoas. O humor ligeiro é evocado pela nostalgia. Dianne Wiest está ótima. A cena da dublagem de Carmen Miranda é fantástica! Roteiro e direção de arte dignos de Oscar (foram apenas indicados). Denise Dumont aparece interpretando "Tico-tico no Fubá". Único filme de Allen no qual Mia Farrow e Diane Keaton atuam juntas. Filme para ser revisto a cada dois anos para reviver o encantamento.
Um drama com poucos atrativos. Como comédia funciona ainda menos. Vale pelas excelentes interpretações de Jack Nicholson e Kathy Bates, indicados ao Oscar. Nicholson, quando recebeu o Globo de Ouro como melhor ator - drama, declarou "Estou um pouco surpreso. Eu pensava que tivesse feito uma comédia!". Certamente não fez!
Hotel Ruanda
4.1 629 Assista AgoraMuito bom roteiro e excelente interpretação de Don Cheadle, cujo personagem Paul Rusesabagina ficou conhecido como o Oskar Schindler de Ruanda. O filme possui uma elevada carga emocional devido à natureza do tema, à grandeza de alguns personagens e às boas interpretações. É interessante assistir o filme sabendo que o conflito de Ruanda ainda não está finalizado. Paul Rusesabagina, hoje residente na Bélgica, tem afirmado que, se não forem tomadas posturas duras contra o tribalismo em Ruanda, o genocídio poderá voltar a ocorrer, agora pelas mãos dos tutsis. Filmaço!
A Onda
4.2 1,9KUm ótimo filme. A pergunta "Após as consequências do Nazismo, uma ditadura seria possível de ser instalada novamente na Alemanha?" tentou ser respondida pelo professor Rainer Wegner através de uma experiência. Normalmente experiências ensinam mais do que teorias, mas brincar com fogo... Penso que somente os alemães poderiam produzir um filme tão interessante com tal enredo. Muito boa atuação de Jurgen Vogel. Excelentes roteiro e direção
Uma Saída de Mestre
3.6 458 Assista AgoraUm bom filme sobre assaltos planejados por gênios do crime e seus muito talentosos asseclas, tão talentosos que bastariam usar o seu talento em atividades honestas para se tornarem ricos. Uma boa diversão para quem não fica muito preocupado com os vários furos da história e com as cenas impossíveis. Indicado para quem está interessado apenas em sentar e relaxar. Ah! estava me esquecendo do melhor do filme... a lindíssima Charlize Theron.
Zelig
4.2 355Uma das obras mais geniais e originais de Woddy Allen e das menos conhecidas. Na forma de um documentário fictício, vários intelectuais dão depoimento sobre o personagem como se ele tivesse existido. Para criar autenticidade foram usadas lentes, câmeras e equipamentos de áudio dos anos 20. Impressionante efeitos visuais para a época do lançamento do filme quando os efeitos digitais ainda não existiam. Uma sátira bem elaborada sobre o comportamento da maioria das pessoas que procuram ficar parecidas com a sua turma para serem aceitas. Não é um filme hilário, apesar de algumas boas tiradas. Mas é difícil tirar o sorriso do rosto durante todo o filme. Interessante que, em 2007, na Itália, foi descoberta uma rara forma de doença cerebral que afeta as vítimas da mesma forma do que foi mostrado em Zelig (sem as mudanças físicas, obviamente). Um clássico obrigatório para os cinéfilos.
Filhos da Esperança
3.9 940 Assista AgoraÓtimo filme com um belo roteiro e uma magnífica fotografia, com cenas de levantar o expectador da poltrona. Clive Owen em um ótimo trabalho, desempenhando o papel de um herói do tipo homem comum que não sabe lutar e não usa uma arma em nenhum momento. Michael Caine, como sempre, muito bem, em uma atuação baseada em John Lennon. O filme possui três takes longos muito bem realizados, um deles com duração superior a 6 minutos. Muitos detalhes, como notícias de jornal e televisão, pichações e cartazes, aparecem no filme e dão informações sobre o momento caótico do planeta. Muito boa utilização da computação gráfica apenas como "background", permitindo que o expectador mantenha o foco na história.
Melinda e Melinda
3.5 230 Assista AgoraNão é dos melhores filmes de Woody Allen. O tema é interessante, mas funciona apenas relativamente bem. O ponto fraco está em Will Ferrell, realizando uma imitação muito mal feita de Woody Allen. As piadas que normalmente funcionam com Allen ficaram patéticas com Will. Radha Mitchell, muito bonita, funciona um pouco melhor fazendo o papel das duas Melindas. O restante do elenco não ajuda muito. Mas o bom roteiro acaba segurando o filme.
Volver
4.1 1,1K Assista AgoraPor ser um filme bem considerado de Almodóvar, esperava um pouco mais desse drama através do qual ele focou mais uma vez o universo feminino. O filme não chega a ser pesado, mas também não possui o brilhantismo e leveza característicos do diretor. É verdade que em "Volver" está presente muito da riqueza característica dos filmes de Almodóvar, como por exemplo o fato da linearidade da história não esconder quão complexos são os personagens. No entanto, algumas subtramas desnecessárias tornam o filme meio arrastado. Penélope Cruz brilha mais como uma diva do que propriamente por uma excelente interpretação. Um bom filme.
Todos os Homens do Presidente
4.1 206 Assista AgoraNa minha opinião este foi o melhor filme já realizado sobre investigação jornalística. Um ótimo suspense e um extraordinário e preciso relato daquele que foi o maior furo de reportagem do Século XX. Ainda hoje é um filme inspirador para os estudantes de jornalismo. É interessante assistir o filme sabendo que desde 2005 a verdadeira identidade do famoso informante "Deep Throat" é conhecida. Trata-se de W. Mark Felt, o segundo em comando do FBI na época. William Goldman teve muitos problemas de aceitação do seu roteiro pelos produtores, tendo que revê-lo algumas vezes. O filme apresenta ainda dois atores vistosos e competentes, uma direção segura e realista que consegue manter o suspense todo o tempo (J. Pakula confirma aqui o seu talento para dirigir filmes de trama políticas), uma tomada histórica de Redford no telefone com duração de 6 minutos sem cortes e Jason Robards em uma ótima atuação.
Broadway Danny Rose
3.8 96Uma comédia leve, descontraída e charmosa, bem ao estilo de Allen, com uma pequena dose de sentimentalismo no final, o que tornou o filme mais cativante e especial. Mia Farrow muito bem no papel de uma italiana "dura na queda", bem diferente do estereótipo de mulher vulnerável a que está acostumada. A ótima fotografia em preto e branco serve para destacar o saudosismo de uma época.
Festim Diabólico
4.3 882 Assista AgoraEste filme mostra todo o requinte de Hitchcock, mesmo em uma obra experimental, com uma perfeição que só os grandes e geniais mestres conseguem fazer. Seu enredo foi escrito a partir de uma peça de teatro, foi filmado em um cenário único, com tomadas de duração de 4,5 a 10 minutos e cortes dissimulados para dar a impressão de uma tomada única e conta uma história que é percebida como sendo em tempo real. Além do humor negro, há uma grande dose de drama psicológico em um jogo de gato e rato que mantém a atenção do expectador. A fotografia é absolutamente magnífica apesar de toda a dificuldade técnica em fazer com que a câmera siga os personagens. John Dall está pefeito em uma performance de estilo teatral, porém em uma mídia muita mais intimista que é o cinema. Mais uma aula do grande mestre.
Bananas
3.5 184 Assista AgoraBananas foi o primeiro filme de Woody Allen que assisti, quando imediatamente me tornei seu fã. Hoje o filme envelheceu um pouco, pois o tema satirizado no filme já não é mais contemporâneo e muitas das piadas podem não ter significado para um público mais jovem. Não é o tipo de humor com o qual Woody Allen acabou se consagrando e que se tornou sua marca definitiva, presente em Annie Hall e Manhattan. Percebe-se que ele ainda estava tateando em busca de um estilo próprio, incluindo todas as cenas engraçadas que lhe vinham a cabeça durante a filmagem. Há uma interessante aparição de Sylvester Stallone, muito jovem, como um assaltante de metrô.
Os Normais 2 - A Noite Mais Maluca de Todas
3.1 903Filme pra quem curtia o seriado e não se importa com "piadas sujas". Apesar de apresentar altos e baixos, no final o balanço é levemente positivo. A habilidade dos dois protagonistas para o tipo de humor "sitcom", assegura momentos engraçados. Como, por exemplo, na cena em que eles travam um diálogo com uma francesa e entendem tudo errado. Horrível o final que não se adapta bem com a história e muito menos com o perfil dos personagens.
Valsa com Bashir
4.2 305 Assista AgoraÓtimo documentário de Ari Folman, um ex-combatente da guerra do Líbano em 1982, o qual retrata as suas ações para recuperar as suas memórias daquela guerra, que são usadas para uma avaliação do envolvimento de Israel no massacre dos palestinos pelos falangetas cristãos. É importante entender o trauma causado por aquele massacre no imaginário israelense e suas comparações com os campos de extermínios de judeus durante a segunda guerra. Apesar de parecer o contrário, não houve o uso de rotoscopia. Foram filmadas cenas apenas para servir de base para a animação em flash. O documentário é denso, como não poderia deixar de ser, tornando-a uma obra difícil de ser esquecida.
A Mulher do Lado
3.8 62Penúltimo e bom filme de Truffaut, lançado 22 anos depois de "Os incompreendidos", sua primeira grande obra. Um trabalho autoral como de costume, tendo o amor como tema, contando uma história muito utilizada no cinema: a do amor mal resolvido e que retorna em um momento impróprio no futuro. Gérard Depardieu, aos 33 anos não me impressionou, ao contrário de Fanny Ardant, extremamente sexy, bonita e convincente. Véronique Silver também realizou um ótimo desempenho. A fotografia é bonita, as cenas são bem dirigidas e, apesar do tema comum, a história nunca se torna chata. Mas já se percebe uma certa exaustão do diretor ao realizar uma obra sem grandes novidades. Porém, um filme médio de Truffaut não deixa de ser um bom filme
A Última Noite de Boris Grushenko
4.0 218 Assista AgoraNeste filme de Woody Allen, ao contrário dos anteriores, já se percebe um tipo de humor mais verbalizado e menos baseado em trapalhadas físicas, estando ele já bem adiantado no caminho para encontrar o estilo que o consagrou, mostrado em "Annie Hall" e "Manhattan". Há diálogos muito engraçados, discussões filosóficas que se repetem e que soam ridículas, algumas citações literárias de escritores russos, principalmente de Dostoievsky, uma crítica aguçada às guerras e uma abordagem sarcástica sobre a morte. O resultado é uma comédia inteligente e, mais do que tudo, inusitada.
Boogie Nights: Prazer Sem Limites
4.0 551 Assista AgoraUm ousado drama. Jack Horner muito bem interpretado por Burt Reynolds em seu melhor trabalho no cinema. O filme é um pouco longo e chega a ser cansativo durante os 40 minutos finais. Excelente atuação de Don Cheadle (ganhador do Oscar por Hotel Ruanda) e Julianne Moore. A maioria dos demais atores também está muito bem. Várias cenas foram criadas baseadas em fatos reais envolvendo atores pornôs. Bom trabalho de Paul Thomas Anderson.
A Mulher e o Atirador de Facas
4.1 57O tema é interessante, os dois atores estão muito bem, a fotografia em preto e branco é muito boa, mas o roteiro é fraco. A direção também não funcionou muito bem e o filme apresenta alguns momentos nos quais o expectador perde um pouco o interesse na história. A sequência de abertura com duração de 7 minutos e filmada em uma única tomada é o ponto forte do filme.
Sonhos Eróticos de uma Noite de Verão
3.4 103Considero este um dos piores filmes de Woody Allen. Como comédia pouco funciona e como fantasia poderia ter sido melhor explorada. Como drama tem seu ponto forte na caracterização de personagens maduros e frustrados, com uma plena disposição para fugir das suas respectivas vidas. Mas o roteiro não é bom; Allen o escreveu em apenas duas semanas, o que talvez explique o fato. Boa fotografia.
Sin City: A Cidade do Pecado
3.8 1,3K Assista AgoraPara quem gosta do gênero ultra violência estilizada é um prato cheio! Principalmente para os fãs dos quadrinhos. Para os demais, um filme pesado, cansativo e com ultra violência estilizada absurda. Bruce Willis em Duro de Matar é facílimo de matar perto de Hartigan, seu personagem neste filme, que, por sua vez, não chega perto de Marv, o personagem de Mickey Rourke, quase um imortal. Vale pelo visual estilizado exatamente como o dos quadrinhos (cada cena foi planejada a partir do livro original) e pela boa interpretação de Mickey Rourke
Setembro
3.6 106Howard amava Lane, que amava Peter, que amava Stephanie, que amava mais seus filhos do que Peter. E, claro, todos eram infelizes. Drama de Woody Allen que certamente não agrada a todos os públicos. A história se passa durante dois dias em uma casa de campo durante o verão. O bom roteiro de Allen praticamente se resume a excelentes diálogos que vão desvendando os traumas e as inseguranças de cada personagem e revelando pouca esperança no amanhã . A idéia de Allen foi desenvolver uma peça de teatro capturada numa filmagem. Com isso as tomadas são longas com muito pouco close up. Excelentes interpretações, notadamente a de Dianne Wiest, provavelmente em seu melhor momento no cinema. Os personagens foram bem definidos e são muito convincentes. A música interpretada por Art Tatum e Ben Webster é bem intimista. Allen decidiu refazer toda a filmagem durante a edição por ter odiado a primeira versão. Teve que substituir alguns atores e, com tudo isso, os custos superaram em muito o orçamento original e o filme deu um grande prejuízo. Um filme para um público maduro que aprecia dramas realistas, bons roteiros e boas interpretações.
O Artista
4.2 2,1K Assista AgoraUm filme simples, econômico e eficaz. Uma gostosa homenagem ao cinema mudo mas nada extraordinário como as 10 indicações para o Oscar poderia sugerir. Parece que também essa tonelada de indicações não está levando muito público aos cinemas de São Paulo, haja vista a quantidade pequena de salas que exibem o filme. Percebi também a presença de um público mais maduro na sessão na qual o assisti. A explicação para isso é óbvia: o filme foi rodado em preto e branco e é praticamente sem falas e procura passar a impressão de ter usado os recursos tecnológicos de 1929. Gostei muito dos atores principais Jean Dujardin, prêmio de melhor ator em Cannes e favorito ao Oscar, e Bérénice Bejo, muito charmosa, também indicada. O que explica um filme francês, com atores e diretor desconhecidos internacionalmente ter recebido tantas indicações ao Oscar? A safra de filmes de 2011 não foi nada entusiasmante
A Era do Rádio
4.0 234 Assista AgoraTalvez o mais belo filme de Woody Allen. Quem é apenas levemente saudosista já vai ficar encantado com essa fantástica homenagem ao rádio. Uma sucessão de cenas fascinantes. Uma demonstração de como o rádio despertava a imaginação das pessoas. O humor ligeiro é evocado pela nostalgia. Dianne Wiest está ótima. A cena da dublagem de Carmen Miranda é fantástica! Roteiro e direção de arte dignos de Oscar (foram apenas indicados). Denise Dumont aparece interpretando "Tico-tico no Fubá". Único filme de Allen no qual Mia Farrow e Diane Keaton atuam juntas. Filme para ser revisto a cada dois anos para reviver o encantamento.
As Confissões de Schmidt
3.7 191 Assista AgoraUm drama com poucos atrativos. Como comédia funciona ainda menos. Vale pelas excelentes interpretações de Jack Nicholson e Kathy Bates, indicados ao Oscar. Nicholson, quando recebeu o Globo de Ouro como melhor ator - drama, declarou "Estou um pouco surpreso. Eu pensava que tivesse feito uma comédia!". Certamente não fez!