Eu não entendi porque eu deveria torcer pelos protagonistas que acham que todo mundo tem que abandonar um modelo de vida que provê tudo quanto necessário a todos pra viver no mato com um monte de gatos
Mais uma vez a Netflix aposta no formato interativo, porém com ainda mais preguiça do que em Bandersnatch. O fato da história simplesmente não caminhar de acordo com as escolhas do espectador faz com que, duas escolhas erradas depois, o exercício canse e você simplesmente deixe o roteiro seguir "como deveria", ainda mais porque todos os finais alternativos levam para um mesmo destino. No mais, não ajuda o elenco estar com cara de quem não estava muito a fim de estar ali. As piadas estão mornas e o conjunto da obra parece não ter muito a dizer. O único ponto positivo é a participação do Daniel Radcliffe, que está bastante à vontade fazendo comédia.
Como sempre, a riqueza está nos detalhes. Observar as minúcias da construção desse universo é o ponto mais interessante de uma história que, ainda que muito bonita, repete todos os vícios do estúdio. Como bem disseram aqui, um "Frozen para meninos". Gostei.
Peca ao relegar a Sidney a um papel de coadjuvante dentro da própria história, mas tem uma das melhores sequências da franquia ao colocá-la de volta as cenários do primeiro filme através dos sets de gravação.
Em meio a um intenso exercício de metalinguagem permeado de autoironia, Pânico joga com as regras dos Slashers ao mesmo tempo em que subverte o gênero naquilo que lhe é mais característico: a misoginia. Aqui, não é o serial killer que dá a letra, é a fuckin' mocinha "indefesa", Sidney Prescott, desde então, a melhor protagonista de filmes de terror.
Poxa, cara, massa esse seu computador hein? Ficou igualzinho, mano, o leão, a grama, parece tudo de verdade kkkkkk nossa, nem parece animação, brother, fez sozinho? Puts, muito louco mesmo. Só me diz uma coisa... Cadê o filme?
Alice carrega um pouco de Dorothy, de O Mágico de Oz; Scarlett, de O Vento Levou; e Cabíria, de Noites de Cabíria. Tendo um DNA desses, é praticamente impossível não se apaixonar pela sua figura. Daquelas pessoas que a gente queria levar para a vida.
Assisti na Mostra do IMS São Paulo e não gostei muito. Roteiro confuso, interpretações involuntariamente cômicas, só se salvam alguns planos e as locações.
Olha que eu vinha de uma boa vontade absurda com musicais, mas Grease não conseguiu me convencer. Tirando a trilha sonora clássica, os créditos de abertura e a beleza e carisma da Olívia Newton-John, é um filme burocrático, chato e com personagens muito bobocas, além de condensar todos os clichês possíveis e imagináveis desse gênero white people's high school.
Que grande e grata surpresa encontrar um filme deste porte em pleno circuito comercial nos tempos de estupidisney aflorada. Com ecos de Bergman e Lynch, referências às artes plásticas e à mitologia, psicanálise e grandes interpretações, "O Farol" é um filme completo até para denunciar a idiotice de gente que tem a pachorra de reclamar do formato de tela e acusá-lo de vazio. Tolas... Havia um casal ao meu lado na sessão que em dado momento desistiu da experiência e resolveu ficar se pegando. Achei aquilo um sacrilégio, mas cada um sabe o que faz, sem saber o que perde.
Esta geração de pseudo-diretores criados à base de filmes de Ozu e Bresson que acham que basta fazer um filme em que nada acontece para serem levados a sério é patética.
Ao fim da projeção, os créditos finais anunciam: “Você assistiu à Suspiria”. Esta ênfase na experiência denota a intenção central de Dario Argento ao criar uma peça tão lisérgica e fantástica: convidar o espectador a um misto de sensações para as quais a mera absorção passiva de sua história não é suficiente. É preciso recriá-la, com seu próprio medo, sua própria impressão dos eventos que se desenrolam em corredores banhados de múltiplas cores e sons arrepiantes. Suzy Banion (Jessica Harper, em seu primeiro papel no cinema) é a grande catalisadora das emoções do público. Recém-ingressa em uma academia de dança, ela logo descobre que estranhas forças agem naquele lugar, e sua sobrevivência exigirá mais do que talento para ficar na ponta dos pés. Interessante notar como, mesmo sendo a grande protagonista, Suzy passa boa parte do filme dopada e inerte, e cabe a quem assiste ser os seus olhos e tentar desvendar os enigmas por trás de cada porta fechada. Esta invocação da subjetividade faz com que muitos se levantem contra o que alegam ser um roteiro cheio de furos, mas nenhum elemento cênico dá indícios de que tem algum compromisso com a realidade. Esta abstração intencional de Argento justifica a plasticidade empregada nas cenas de morte. O vermelho saturado de um sangue falso se combina a pedaços de vidro igualmente coloridos e geometricamente recortados que perfuram um belo corpo feminino caído no chão, representando a violência como uma pintura. Em tempos em que o terror constantemente apela para um realismo brutal e sádico para chocar uma plateia cada vez menos impressionável (a violência como fetiche), “Suspiria” pode soar bastante inocente. Mas não se engane: é nas coisas que ignoramos que o verdadeiro medo se estabelece. Em 2018, Luca Guadagnino dirigiu um remake desta obra-prima italiana, traindo os princípios mais importantes de seu predecessor para dar lugar a uma narrativa presunçosa e inconsistente. Cabe resgatar uma fala do poeta Stéphane Mallarmé: “Nomear um objeto equivale a suprimir três quartos do prazer da poesia, que é feito de avinhar pouco a pouco; sugeri-lo, eis o sonho.“ E Dario Argento, como tantos outros realizadores daquela época, foi, antes de mais nada e acima de tudo, um grande poeta.
Soul
4.3 1,4KResumindo:
pizza é vida.
Fuga do Século 23
3.5 72Eu não entendi porque eu deveria torcer pelos protagonistas que acham que todo mundo tem que abandonar um modelo de vida que provê tudo quanto necessário a todos pra viver no mato com um monte de gatos
Unbreakable Kimmy Schmidt: Kimmy Vs. O Reverendo
3.4 53Mais uma vez a Netflix aposta no formato interativo, porém com ainda mais preguiça do que em Bandersnatch. O fato da história simplesmente não caminhar de acordo com as escolhas do espectador faz com que, duas escolhas erradas depois, o exercício canse e você simplesmente deixe o roteiro seguir "como deveria", ainda mais porque todos os finais alternativos levam para um mesmo destino. No mais, não ajuda o elenco estar com cara de quem não estava muito a fim de estar ali. As piadas estão mornas e o conjunto da obra parece não ter muito a dizer. O único ponto positivo é a participação do Daniel Radcliffe, que está bastante à vontade fazendo comédia.
Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica
3.9 662 Assista AgoraComo sempre, a riqueza está nos detalhes. Observar as minúcias da construção desse universo é o ponto mais interessante de uma história que, ainda que muito bonita, repete todos os vícios do estúdio. Como bem disseram aqui, um "Frozen para meninos". Gostei.
O Pagador de Promessas
4.3 363 Assista AgoraA Montanha dos Sete Abutres, mas muito, muito melhor.
Pânico 3
3.0 777 Assista AgoraPeca ao relegar a Sidney a um papel de coadjuvante dentro da própria história, mas tem uma das melhores sequências da franquia ao colocá-la de volta as cenários do primeiro filme através dos sets de gravação.
Pânico
3.6 1,6K Assista AgoraEm meio a um intenso exercício de metalinguagem permeado de autoironia, Pânico joga com as regras dos Slashers ao mesmo tempo em que subverte o gênero naquilo que lhe é mais característico: a misoginia. Aqui, não é o serial killer que dá a letra, é a fuckin' mocinha "indefesa", Sidney Prescott, desde então, a melhor protagonista de filmes de terror.
O Rei Leão
3.8 1,6K Assista AgoraPoxa, cara, massa esse seu computador hein? Ficou igualzinho, mano, o leão, a grama, parece tudo de verdade kkkkkk nossa, nem parece animação, brother, fez sozinho? Puts, muito louco mesmo. Só me diz uma coisa... Cadê o filme?
Noite de Estréia
4.4 52Carai, a tia entra no palco completamente mamada e ainda consegue apresentar a peça inteira, BRABA DEMAIS!
Alice Não Mora Mais Aqui
3.8 167 Assista AgoraAlice carrega um pouco de Dorothy, de O Mágico de Oz; Scarlett, de O Vento Levou; e Cabíria, de Noites de Cabíria. Tendo um DNA desses, é praticamente impossível não se apaixonar pela sua figura. Daquelas pessoas que a gente queria levar para a vida.
Os Selvagens da Noite
4.0 597 Assista AgoraRuas de Fogo maior e melhor
O Vento Nos Levará
3.9 40 Assista AgoraQueria passar uns dias naquele vilarejo também
Jeanne Dielman
4.1 109 Assista AgoraTrês dias sem fazer cocô, morreu de prisão de ventre, coitada.
Teorema
4.0 197Talvez o meu maior fracasso cinéfilo.
Adoro o diretor, o conceito, a mensagem, mas não suporto a execução. Tentei ver umas 4x, mas não rola. Desisto.
Almas Perversas
4.2 76 Assista AgoraBom, mas fico com a versão do Renoir.
Toy Story 4
4.1 1,4K Assista AgoraO meu também é Beth
Animais Fantásticos e Onde Habitam
4.0 2,2K Assista AgoraNossas expectativas já eram baixas, mas puta merda
The Sleeping Beast Within
3.2 2Assisti na Mostra do IMS São Paulo e não gostei muito. Roteiro confuso, interpretações involuntariamente cômicas, só se salvam alguns planos e as locações.
Grease: Nos Tempos da Brilhantina
3.9 1,2K Assista AgoraOlha que eu vinha de uma boa vontade absurda com musicais, mas Grease não conseguiu me convencer. Tirando a trilha sonora clássica, os créditos de abertura e a beleza e carisma da Olívia Newton-John, é um filme burocrático, chato e com personagens muito bobocas, além de condensar todos os clichês possíveis e imagináveis desse gênero white people's high school.
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraQue grande e grata surpresa encontrar um filme deste porte em pleno circuito comercial nos tempos de estupidisney aflorada.
Com ecos de Bergman e Lynch, referências às artes plásticas e à mitologia, psicanálise e grandes interpretações, "O Farol" é um filme completo até para denunciar a idiotice de gente que tem a pachorra de reclamar do formato de tela e acusá-lo de vazio. Tolas... Havia um casal ao meu lado na sessão que em dado momento desistiu da experiência e resolveu ficar se pegando. Achei aquilo um sacrilégio, mas cada um sabe o que faz, sem saber o que perde.
Hereditário
3.8 3,0K Assista AgoraEsta geração de pseudo-diretores criados à base de filmes de Ozu e Bresson que acham que basta fazer um filme em que nada acontece para serem levados a sério é patética.
Suspiria
3.8 979 Assista AgoraAo fim da projeção, os créditos finais anunciam: “Você assistiu à Suspiria”. Esta ênfase na experiência denota a intenção central de Dario Argento ao criar uma peça tão lisérgica e fantástica: convidar o espectador a um misto de sensações para as quais a mera absorção passiva de sua história não é suficiente. É preciso recriá-la, com seu próprio medo, sua própria impressão dos eventos que se desenrolam em corredores banhados de múltiplas cores e sons arrepiantes.
Suzy Banion (Jessica Harper, em seu primeiro papel no cinema) é a grande catalisadora das emoções do público. Recém-ingressa em uma academia de dança, ela logo descobre que estranhas forças agem naquele lugar, e sua sobrevivência exigirá mais do que talento para ficar na ponta dos pés. Interessante notar como, mesmo sendo a grande protagonista, Suzy passa boa parte do filme dopada e inerte, e cabe a quem assiste ser os seus olhos e tentar desvendar os enigmas por trás de cada porta fechada. Esta invocação da subjetividade faz com que muitos se levantem contra o que alegam ser um roteiro cheio de furos, mas nenhum elemento cênico dá indícios de que tem algum compromisso com a realidade.
Esta abstração intencional de Argento justifica a plasticidade empregada nas cenas de morte. O vermelho saturado de um sangue falso se combina a pedaços de vidro igualmente coloridos e geometricamente recortados que perfuram um belo corpo feminino caído no chão, representando a violência como uma pintura. Em tempos em que o terror constantemente apela para um realismo brutal e sádico para chocar uma plateia cada vez menos impressionável (a violência como fetiche), “Suspiria” pode soar bastante inocente. Mas não se engane: é nas coisas que ignoramos que o verdadeiro medo se estabelece.
Em 2018, Luca Guadagnino dirigiu um remake desta obra-prima italiana, traindo os princípios mais importantes de seu predecessor para dar lugar a uma narrativa presunçosa e inconsistente. Cabe resgatar uma fala do poeta Stéphane Mallarmé: “Nomear um objeto equivale a suprimir três quartos do prazer da poesia, que é feito de avinhar pouco a pouco; sugeri-lo, eis o sonho.“ E Dario Argento, como tantos outros realizadores daquela época, foi, antes de mais nada e acima de tudo, um grande poeta.
Suspíria: A Dança do Medo
3.7 1,2K Assista AgoraComo já era de se esperar, uma triste e longa bosta. Quando começou a tocar aquela musiquinha indie em pleno clímax, eu desisti.
Síndrome Mortal
3.4 42Talvez o trabalho mais subestimado do Argento.