O roteiro é confuso de um modo não proposital. Algumas cenas mais experimentais ficam meio avulsas por se tratar de um documentário. Além disso, a conexão entre os entrevistados é ambígua também. Tudo parece muito avulso. Além disso, a narrativa parte de uma visão zoologizante do universo que pretende mostrar.
Gilmore Girls é uma das crônicas mais perfeitas da vida no século XXI. No começo dos anos 2000 a série já retratava o temor ao nefasto Donald Trump e, mais tarde, a emergência de Obama. Mudanças nos costumes, nas práticas sociais também eram acompanhadas com grande sutileza. A consolidação do capitalismo informacional, a internet, o Facebook etc, tudo despretensiosamente presente em cada episódio. É possível observar até mesmo o surgimento de novas gírias e o desuso de outras. No entanto, tudo isso sempre como plano de fundo para as emoções humanas, os dramas, os conflitos, o sempre latente édipo de Lorelai - aquilo que parece atravessar o tempo sempre atualizando-se. A fala de Rory na última cena do último episódio da série nos recorda o óbvio: a vida não é um ciclo mas, ao contrário, uma espiral.
A fotografia é excelente, a trilha sonora também é muito boa. Entretanto, há alguma coisa no roteiro que me incomoda, talvez o excesso de clichês do cinema indie.
Atenção, haters! Mama Ru começou a vida estrelando e produzindo filmes de baixo orçamento, além disso a primeira temporada de Drag Race é bastante incipiente na execução. Então, muito cuidado na hora de comparar a Academia com Drag Race; estamos no Brasil e aqui - apesar de todo o pink money que rola - ninguém patrocina cultura gay.
Para quem sentiu falta de uma narrativa linear: Você já ouviu falar em multiplicidade, caos? Pois é, a vida é assim. Rupturas e alguma continuidade, cinema também tem a ver com isso. Talvez o encanto do filme esteja em mostrar que cinema é mais que reunir um punhado de imagens para ilustrar um texto circular; que tem fecho, desfecho. Cinema pode ser uma experimentação estética como esse sertão de cores frias, de um azul opaco em contraponto às tradicionais paletas alaranjadas com que pintam o nordeste.
Uma aula de estética. Cinema tem a ver com quadros que Dolan pendura cuidadosamente na parede da nossa percepção. Enquadres da câmera que comunicam muito mais que diálogos cansativos.
A participação das atrizes - relatando partes das histórias contadas também pelas mulheres entrevistadas no documentário - na intenção de mesclar realidade e ficção pode ser interessante de um ponto de vista experimental. Questiona as relações entre realidade e ficção, além de proporcionar reflexões maravilhosas feitas pelas atrizes sobre o jogo de cena. Entretanto, essa mescla é mal arranjada, a ficção é enxertada de forma pouco sútil e criativa no tal jogo de cena tornando-se quase dispensável.
O Conto da Aia (1ª Temporada)
4.7 1,5K Assista AgoraUm raio-x preciso do fascismo para nos lembrar o óbvio: a história é cíclica e não linear.
Dream Boat
2.9 61O roteiro é confuso de um modo não proposital. Algumas cenas mais experimentais ficam meio avulsas por se tratar de um documentário. Além disso, a conexão entre os entrevistados é ambígua também. Tudo parece muito avulso. Além disso, a narrativa parte de uma visão zoologizante do universo que pretende mostrar.
Gilmore Girls: Um Ano para Recordar
4.2 419 Assista AgoraGilmore Girls é uma das crônicas mais perfeitas da vida no século XXI. No começo dos anos 2000 a série já retratava o temor ao nefasto Donald Trump e, mais tarde, a emergência de Obama. Mudanças nos costumes, nas práticas sociais também eram acompanhadas com grande sutileza. A consolidação do capitalismo informacional, a internet, o Facebook etc, tudo despretensiosamente presente em cada episódio. É possível observar até mesmo o surgimento de novas gírias e o desuso de outras. No entanto, tudo isso sempre como plano de fundo para as emoções humanas, os dramas, os conflitos, o sempre latente édipo de Lorelai - aquilo que parece atravessar o tempo sempre atualizando-se. A fala de Rory na última cena do último episódio da série nos recorda o óbvio: a vida não é um ciclo mas, ao contrário, uma espiral.
Penny Dreadful (1ª Temporada)
4.3 1,0K Assista AgoraA intertextualidade foi uma aposta muito acertada, sobretudo Dorian Gray e Frankenstein.
Olmo e a Gaivota
3.9 149Angustiante. Fabuloso.
Submarine
4.0 1,6KA fotografia é excelente, a trilha sonora também é muito boa. Entretanto, há alguma coisa no roteiro que me incomoda, talvez o excesso de clichês do cinema indie.
Girls In The House (2ª Temporada)
4.5 79Eu nunca tinha visto uma websérie tão boa. O roteiro e as referências são ótimos.
Academia de Drags (1º Temporada)
3.0 13Vitória injusta para a Popovic. A Rita merecia ganhar!
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Academia de Drags (1º Temporada)
3.0 13Atenção, haters! Mama Ru começou a vida estrelando e produzindo filmes de baixo orçamento, além disso a primeira temporada de Drag Race é bastante incipiente na execução. Então, muito cuidado na hora de comparar a Academia com Drag Race; estamos no Brasil e aqui - apesar de todo o pink money que rola - ninguém patrocina cultura gay.
Tempero Drag (2° Temporada)
4.1 1A Drag mais linda desse país. <3
Boi Neon
3.6 459 Assista AgoraPara quem sentiu falta de uma narrativa linear: Você já ouviu falar em multiplicidade, caos? Pois é, a vida é assim. Rupturas e alguma continuidade, cinema também tem a ver com isso. Talvez o encanto do filme esteja em mostrar que cinema é mais que reunir um punhado de imagens para ilustrar um texto circular; que tem fecho, desfecho. Cinema pode ser uma experimentação estética como esse sertão de cores frias, de um azul opaco em contraponto às tradicionais paletas alaranjadas com que pintam o nordeste.
Árido Movie
3.6 205Roteiro ruim.
Aceito
3.3 15 Assista AgoraMuito ruim.
Gaydar
2.4 15Ruim.
Entre os Muros da Escola
3.9 363 Assista AgoraO cotidiano escolar pode ser selvagem.
Alice (1ª Temporada)
4.3 55Eu que não gosto de séries aprendi a amar Alice, thank u Karim Aïnouz
Anticristo
3.5 2,2K Assista AgoraQuando o grotesco reivindica-se como uma outra estética possível.
Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo
3.9 502 Assista AgoraSolidão e nomadismo em doses precisamente contemporâneas.
Amores Imaginários
3.8 1,5KComo podem acusá-lo de exagero? Como fazer o retrato sóbrio de um mundo histérico?
Laurence Anyways
4.1 551 Assista AgoraUma aula de estética. Cinema tem a ver com quadros que Dolan pendura cuidadosamente na parede da nossa percepção. Enquadres da câmera que comunicam muito mais que diálogos cansativos.
Jogo de Cena
4.4 336 Assista AgoraA participação das atrizes - relatando partes das histórias contadas também pelas mulheres entrevistadas no documentário - na intenção de mesclar realidade e ficção pode ser interessante de um ponto de vista experimental. Questiona as relações entre realidade e ficção, além de proporcionar reflexões maravilhosas feitas pelas atrizes sobre o jogo de cena. Entretanto, essa mescla é mal arranjada, a ficção é enxertada de forma pouco sútil e criativa no tal jogo de cena tornando-se quase dispensável.