E o Radu Jude continua rindo de tudo e de todos. E de quebra, faz a gente rir junto, sem nunca deixar esquecer que, apesar da comicidade, existe um propósito representativo por detrás do seu retrato. Cinema com força.
Desajuste familiar, vidas desestruturadas, perspectivas incertas. Já vimos muitos filmes desse por aí e sempre me pegam, mas esse aqui não empolga muito e nem estabelece as conexões necessárias para nos importarmos totalmente. Os protagonistas, apesar disso, estão ótimos.
Despretensioso, leve e engraçadíssimo. O que eu me diverti com isso aqui é coisa de maluco. Acho tudo tão pontual, certeiro, que sinceramente não tiraria e nem colocaria nada. Evidente que se porta a ser apenas um filme de gênero e isso o delimita a buscar algo a mais, mas nesse espectro, dentro do seu próprio limite, ele trabalha muito, mas muito bem mesmo. Saí sorrindo da sessão e acho que isso diz tudo.
Falar que é um filme lindo de morrer vindo de quem vem… é chover no molhado. Mais uma vez, Alice Rohrwacher nos presenteia com uma epopeia sobre a memória e o amor, onde a mistura entre fantasia e o palpável resultam em um trabalho de beleza e significados ímpares. É muita coisa, de verdade. Doido pra poder rever o mais rápido possível. Lindo, lindo, lindo!
Esmiuça as relações humanas e destrincha as fragilidades evidenciadas a partir desse convívio. É um filme que escala a tensão de uma forma tão poderosa, desenvolve um estudo de personagens de uma maneira tão intensa que tudo parece estar no lugar que deveria mesmo estar. Chocado com as atuações e com a força do relato que se mantém até o fim.
Não consegui me conectar em nenhum momento com absolutamente nada. Além disso, é um filme que parece não se preocupar muito em desenvolver aquelas histórias, tão complexas e interessantes. Fica tudo meio que na superfície. E pra piorar, é chatíssimo.
Sobre reconectar-se em tempos de desconexão. Sobre se acertar com o passado, reiterar o amor no presente e plantar uma bonita lembrança para o futuro. Filme delicadíssimo.
Não gosto de algumas decisões pré climax, mas fora isso é um filme que trabalha bem a partir do seu ritmo lento e estabelece o elo que potencializa toda a carga dramática presente. É bonito, delicado e instigante. Dele, foi de longe o que mais gostei até aqui.
O que mais me agrada no filme de Wei Shujun é que em momento algum ele se interessa diretamente em apresentar respostas ao espectador. Tudo está envolto em dúvidas e ambiguidades, inclusive quando o filme insere o sonho como fator imagético ao lado psicológico do protagonista. É tão bem filmado e fotografado que me remeteu esteticamente a alguns clássicos noir. E justamente esse visual estonteante, em conjunto de uma narrativa que fascina e sufoca, o transformam em um trabalho que nos petrifica. Gostei muito.
Super bem intencionado e entendo toda relevância que tocar nos temas abordados proporcionam, há um alcance interessante a ser atingido. Mas é um tanto repetitivo demais e no fim não vai muito além do que já se era esperado.
Tem uma abordagem que coloca o espectador em uma interessante posição de análise, e que posiciona o longa num caminho possibilitador. E o mais importante ao final: não humaniza os torturadores. Uma grata surpresa.
O colonialismo servindo de ponte para o genocídio. "Los Colonos" evidencia essa dinâmica e retrata a formação de uma sociedade alicerçada através do extermínio dos povos originários no Chile. Filme forte, contundente e maravilhosamente filmado.
A primeira hora é muito interessante e me agarrou de um jeito que não esperava. Do segundo para o terceiro ato, no entanto, o filme se esparsa demais e divaga a um caminho que acaba me perdendo. Sinto até um pouco de autoindulgência nele, o que me desagrada também. É desses exemplares pra se rever, se debruçar e absorver toda a contemplação a qual ele se propõe a evidenciar. E com certeza é um filme que, apesar de complexo em sua estrutura, mostra a simplicidade do cotidiano e da vivência de um jeito bem bonito. E é muito bem filmado, mas muito mesmo. Mas, a princípio, não funcionou comigo da maneira que esperava, infelizmente.
É um filme que possui um leque de possibilidades partindo de um tema delicado e sempre atual. Há muito sobre o que refletir, digerir e compreender. A narrativa densa, sem diálogos e contemplativa nos leva ao limite e nos posiciona num retrato sobre o racismo e o genocídio da população não branca. E a forma como esses temas e subtemas são dispostos é bem interessante. Uma pena que ele não consiga, de maneira mais eficiente, analisar os temas propostos com homogeneidade.
Vai muito bem até a metade e depois acaba se perdendo um pouco quando busca desenvolver as consequências atribuídas aos fatos que se sucedem. Mas é surpreendentemente sensível e bonito, tratando uma questão não tão original assim de uma maneira também pouco original mas extremamente eficiente. É sobre pertencer a um lugar. Ser aquele lugar. E sem aquilo, não há vida nem perspectiva. O final é desses que ficam na mente por muito tempo.
Entende-se a questão imigratória, os problemas vividos pelos estrangeiros em países principalmente na Europa e também o cerne narrativo, que foca na dúbia intenção do locatário em relação aos imóveis. Mas é um filme que parece não saber muito bem aonde quer chegar. Sai de um lugar, vai pra lugar nenhum… achei esquisito. Passa a mensagem claramente, mas narrativamente carece de ritmo e de unidade.
Acho que exagera um pouco na verborragia e isso atrapalha o dinamismo e a fluidez de certa forma. Mas é inegável que é um filme contundente, principalmente no que diz respeito ao seu conteúdo. No mais, é desses exemplares do gênero tribunal que nos deixa o tempo inteiro atônitos, perplexos, e por mais cansativo que ele possa parecer, há sempre algo que nos deixa presos àquela narrativa. Talvez a ligação, a conexão que o diretor estabelece entre seu personagem principal e o público por meio dos fatos seja o grande ponto positivo aqui.
Hong Sang-soo fazendo escola? O problema é que esse aluno foi mal demais na prova. É uma tentativa modorrenta e ordinária de se mostrar, através do abstrato, um exemplar profundo. Mas fica longe de acertar em qualquer coisa. O sono que eu senti assistindo isso aqui não tá escrito.
Surpreende por construir bem essa ambientação sempre intimidadora, mesmo que abuse um tanto dos cortes, algo que compromete de certa forma a fluidez da narrativa. E apesar de utilizar artifícios formulaicos para atingir aquele famoso plot twist "surpreendente" o filme é bem competente no estabelecimento da tensão que busca. E o elenco está seguro e pontual. Benicio Del Toro se destaca e entrega uma atuação intimidadora, segurando boa parte da apreensão edificada durante o longa. Gostei mais do que esperava.
Não Espere Muito do Fim do Mundo
3.7 14 Assista AgoraE o Radu Jude continua rindo de tudo e de todos. E de quebra, faz a gente rir junto, sem nunca deixar esquecer que, apesar da comicidade, existe um propósito representativo por detrás do seu retrato. Cinema com força.
Usaria o tik tok só pra ver Bobita, pqp.
Está chovendo em casa
2.7 1Desajuste familiar, vidas desestruturadas, perspectivas incertas. Já vimos muitos filmes desse por aí e sempre me pegam, mas esse aqui não empolga muito e nem estabelece as conexões necessárias para nos importarmos totalmente. Os protagonistas, apesar disso, estão ótimos.
Fremont
3.6 3Anaita Wali Zada, apenas. Que personagem! E que filme delicado, de humor singular. Daqueles que hipnotizam.
Quem Fizer Ganha
3.1 19 Assista AgoraDespretensioso, leve e engraçadíssimo. O que eu me diverti com isso aqui é coisa de maluco. Acho tudo tão pontual, certeiro, que sinceramente não tiraria e nem colocaria nada. Evidente que se porta a ser apenas um filme de gênero e isso o delimita a buscar algo a mais, mas nesse espectro, dentro do seu próprio limite, ele trabalha muito, mas muito bem mesmo. Saí sorrindo da sessão e acho que isso diz tudo.
A Memória Infinita
4.0 43Isso aqui é devastador. To sem palavras até agora. Que linda a relação, que lindo o amor entre os dois, que negócio absurdo. Tocou na alma.
A Gaza Weekend
2.9 2É… bobinho, tem momentos divertidos, mas é bem qualquer coisa.
Folhas de Outono
3.8 100De uma sensibilidade que é até difícil descrever. É um filme sobre a inocência e o amor, no seu mais puro sentido. Assisti sorrindo do início ao fim.
La chimera
3.8 16Falar que é um filme lindo de morrer vindo de quem vem… é chover no molhado. Mais uma vez, Alice Rohrwacher nos presenteia com uma epopeia sobre a memória e o amor, onde a mistura entre fantasia e o palpável resultam em um trabalho de beleza e significados ímpares. É muita coisa, de verdade. Doido pra poder rever o mais rápido possível. Lindo, lindo, lindo!
Anatomia de uma Queda
4.0 808 Assista AgoraEsmiuça as relações humanas e destrincha as fragilidades evidenciadas a partir desse convívio. É um filme que escala a tensão de uma forma tão poderosa, desenvolve um estudo de personagens de uma maneira tão intensa que tudo parece estar no lugar que deveria mesmo estar. Chocado com as atuações e com a força do relato que se mantém até o fim.
No Adamant
3.1 3Não consegui me conectar em nenhum momento com absolutamente nada. Além disso, é um filme que parece não se preocupar muito em desenvolver aquelas histórias, tão complexas e interessantes. Fica tudo meio que na superfície. E pra piorar, é chatíssimo.
Estranho Caminho
3.9 5Sobre reconectar-se em tempos de desconexão. Sobre se acertar com o passado, reiterar o amor no presente e plantar uma bonita lembrança para o futuro. Filme delicadíssimo.
O Mal Não Existe
3.7 11Não gosto de algumas decisões pré climax, mas fora isso é um filme que trabalha bem a partir do seu ritmo lento e estabelece o elo que potencializa toda a carga dramática presente. É bonito, delicado e instigante. Dele, foi de longe o que mais gostei até aqui.
Sob o silêncio das águas
3.1 2O que mais me agrada no filme de Wei Shujun é que em momento algum ele se interessa diretamente em apresentar respostas ao espectador. Tudo está envolto em dúvidas e ambiguidades, inclusive quando o filme insere o sonho como fator imagético ao lado psicológico do protagonista. É tão bem filmado e fotografado que me remeteu esteticamente a alguns clássicos noir. E justamente esse visual estonteante, em conjunto de uma narrativa que fascina e sufoca, o transformam em um trabalho que nos petrifica. Gostei muito.
Telas
1.5 1Super bem intencionado e entendo toda relevância que tocar nos temas abordados proporcionam, há um alcance interessante a ser atingido. Mas é um tanto repetitivo demais e no fim não vai muito além do que já se era esperado.
Prisão nos Andes
3.5 1Tem uma abordagem que coloca o espectador em uma interessante posição de análise, e que posiciona o longa num caminho possibilitador. E o mais importante ao final: não humaniza os torturadores. Uma grata surpresa.
Os Colonos
3.7 22 Assista AgoraO colonialismo servindo de ponte para o genocídio. "Los Colonos" evidencia essa dinâmica e retrata a formação de uma sociedade alicerçada através do extermínio dos povos originários no Chile. Filme forte, contundente e maravilhosamente filmado.
Inside the Yellow Cocoon Shell
3.6 2A primeira hora é muito interessante e me agarrou de um jeito que não esperava. Do segundo para o terceiro ato, no entanto, o filme se esparsa demais e divaga a um caminho que acaba me perdendo. Sinto até um pouco de autoindulgência nele, o que me desagrada também. É desses exemplares pra se rever, se debruçar e absorver toda a contemplação a qual ele se propõe a evidenciar. E com certeza é um filme que, apesar de complexo em sua estrutura, mostra a simplicidade do cotidiano e da vivência de um jeito bem bonito. E é muito bem filmado, mas muito mesmo. Mas, a princípio, não funcionou comigo da maneira que esperava, infelizmente.
The Survival of Kindness
3.2 2É um filme que possui um leque de possibilidades partindo de um tema delicado e sempre atual. Há muito sobre o que refletir, digerir e compreender. A narrativa densa, sem diálogos e contemplativa nos leva ao limite e nos posiciona num retrato sobre o racismo e o genocídio da população não branca. E a forma como esses temas e subtemas são dispostos é bem interessante. Uma pena que ele não consiga, de maneira mais eficiente, analisar os temas propostos com homogeneidade.
Terra dos Sonhos
2.3 1Vai muito bem até a metade e depois acaba se perdendo um pouco quando busca desenvolver as consequências atribuídas aos fatos que se sucedem. Mas é surpreendentemente sensível e bonito, tratando uma questão não tão original assim de uma maneira também pouco original mas extremamente eficiente. É sobre pertencer a um lugar. Ser aquele lugar. E sem aquilo, não há vida nem perspectiva. O final é desses que ficam na mente por muito tempo.
Caixa Preta
1.8 2Entende-se a questão imigratória, os problemas vividos pelos estrangeiros em países principalmente na Europa e também o cerne narrativo, que foca na dúbia intenção do locatário em relação aos imóveis. Mas é um filme que parece não saber muito bem aonde quer chegar. Sai de um lugar, vai pra lugar nenhum… achei esquisito. Passa a mensagem claramente, mas narrativamente carece de ritmo e de unidade.
O Caso Goldman
3.7 3Acho que exagera um pouco na verborragia e isso atrapalha o dinamismo e a fluidez de certa forma. Mas é inegável que é um filme contundente, principalmente no que diz respeito ao seu conteúdo. No mais, é desses exemplares do gênero tribunal que nos deixa o tempo inteiro atônitos, perplexos, e por mais cansativo que ele possa parecer, há sempre algo que nos deixa presos àquela narrativa. Talvez a ligação, a conexão que o diretor estabelece entre seu personagem principal e o público por meio dos fatos seja o grande ponto positivo aqui.
Sonhando e Morrendo
2.0 1Hong Sang-soo fazendo escola? O problema é que esse aluno foi mal demais na prova. É uma tentativa modorrenta e ordinária de se mostrar, através do abstrato, um exemplar profundo. Mas fica longe de acertar em qualquer coisa. O sono que eu senti assistindo isso aqui não tá escrito.
Opponent
3.4 9"My silences had not protected me. Your silence will not protect you."
Camaleões
3.3 191 Assista AgoraSurpreende por construir bem essa ambientação sempre intimidadora, mesmo que abuse um tanto dos cortes, algo que compromete de certa forma a fluidez da narrativa. E apesar de utilizar artifícios formulaicos para atingir aquele famoso plot twist "surpreendente" o filme é bem competente no estabelecimento da tensão que busca. E o elenco está seguro e pontual. Benicio Del Toro se destaca e entrega uma atuação intimidadora, segurando boa parte da apreensão edificada durante o longa. Gostei mais do que esperava.