12 Anos de Escravidão é devastador. Ao mesmo tempo em que mostra o trajeto de Solomon Northup, nos revela as piores facetas do ser humano ao longo do tempo. Chiwetel Ejiofor cria um personagem admirável, fazendo uma interessante rima com o cruel personagem de Michael Fassbender, um homem cruel e vil, que nada tem a acrescentar à Humanidade se não a própria maldade.
No entanto, a narrativa falha em nos mostrar os 12 anos do título. É difícil crer na cronologia do filme, como se os 12 anos fossem apenas alguns meses. Não que atrapalhe, de certa forma, a apreciação da obra - embora que por certas vezes caía no clichê do gênero. 12 Anos de Escravidão é um daqueles longa-metragens que faz o espectador ficar encharcado de lágrimas ao final da projeção, emocionante e bem conduzido pelo ótimo Steve McQueen.
Em uma trama tola, previsível e sem graça, R.I.P.D. é um genérico de Hollywood, o típico filme caça-níquel. Jeff Bridges em uma atuação constrangedora, Kevin Bacon se esforçando para não rir da própria interpretação e Ryan Reynolds acostumado a estrelar este tipo de produção. Tudo bem que ninguém esperava uma trama complexa e cheia de reviravoltas, mas no mínimo umas boas risadas não? Não, nem isso.
Scorsese pode até exagerar pontualmente em uma cena ou outra, mas... quem liga? O Lobo de Wall Street é uma ópera acelerada sobre a ganância do homem através de mulheres, dinheiro e muita droga. O diretor, aos 71 anos de idade, consegue realizar uma obra cheia de complexidade e energia que só se completa através da fortíssima atuação de Leonardo DiCaprio - um ator que já provou ser um dos mais versáteis e completos de sua geração.
Rush é, ao lado de Frost/ Nixon, o filme mais seguro de Ron Howard. É um dos poucos em que o diretor exibe um ótimo domínio técnico, em que consegue mostrar uma corrida de fórmula 1 tensa e emocionante. Hemsworth está muito bem como o piloto James Hunt, mas é Daniel Brühl quem rouba a cena como Niki Lauda. Seu personagem é complexo, passa por um processo de evolução de personagem de um modo natural.
Um dos melhores filmes do ano de 2013 - e de Ron Howard!
Ultimamente as animações da Disney vem construindo um certo padrão de qualidade tão significativo que finalmente o estúdio não precisa mais depender da Pixar para recuperar a qualidade que há muito não se via. Claro que isso aconteceu desde que John Lasseter (o ex-CEO da Pixar) assumiu um cargo importante nos estúdios. No entanto, animações como Bolt, Enrolados, Detona Ralph e agora este ótimo Frozen mostram que os estúdios ainda conseguem divertir e, melhor ainda, encantar um público mais novo mas nunca esquecendo de suas raízes.
Assim, Frozen é uma produção com não uma, mas sim com duas princesas e não um, mas dois rapazes apaixonados. No entanto, ao contrário de muitos dos filmes da Disney onde as princesas precisam de alguém para salvá-las, as duas personagens de Frozen se assemelham mais a Mulan do que A Bela Adomercida. E é na força dessas duas princesas que reside a força da animação. Mesmo os personagens mais coadjuvantes, como o boneco de neve Olaf (que aqui ganhou a dublagem de Fábio Porchat) ou o alce Sven aproveitam bastante os seus tempos em tela e agradam todo o tipo de público.
Frozen é, de longe, a melhor estreia de animação do ano de 2013 e um dos filmes mais interessantes dos últimos lançamentos da Disney e até mesmo da Pixar. Uma (nova) grata surpresa envolvendo a Disney!
Observação: Assim como o curta que antecedia Detona Ralph, o curta que antecede Frozen é interessante também ao jogar com vários formatos cinematográficos para contar a luta de Mickey e João Bafo de Onça.
O diretor Malik Bendjelloul consegue, ao mesmo tempo que desmistificar o cantor Sixto Rodriguez, criar um mito ainda mais interessante em torno da história de um dos compositores mais interessantes do cenário norte-americano na década de 70. No entanto, Searching for Sugar Man é um filme feito com coração e alma.
E eu erro quando coloco Rodriguez na mera categoria de cantor. É um artista. Um filósofo. Um escritor. Um músico nato. Um homem cuja vida e trajetória é capaz de motivar centenas de jovens sul-africanos para gritar por liberdade em um país no ápice do Apartheid.
O documentário tem uma montagem dinâmica, onde nenhuma entrevista é desnecessária e, graças à inteligência de Bendjelloul, jamais cansativo. Quanto mais o filme desenrola, mais é a nossa vontade de conhecer o mito do "Sugar Man".
O filme dá muitas voltas no roteiro, criando sub-tramas e mais tramas, para apenas nos entregar algo que já era suspeito após a primeira metade de projeção. A fotografia do longa, impecável, é elegante ao misturar cores quentes com as frias de uma maneira que se encaixa perfeitamente ao subtexto da trama. No entanto, o roteiro enrola até não poder mais, apostando no elenco para suportar o filme - e eles seguram. James McAvoy está cada vez melhor em construir personagens interessantes e Rosario Dawson (Cada vez mais gost... linda) interpreta com energia a sua personagem que é a mais complexa do longa.
Não tão divertido quanto os seus outros "filmes-irmãos", Heróis da Ressaca - como será chamado aqui no Brasil, para a infelicidade geral da nação - é apenas um bom divertimento inglês que tem coragem e ambição de sobra. Simon Pegg e Nick Frost formam uma das duplas mais bacanas de humor cinematográfico. Ainda assim, há tiradas impagáveis.
O Hobbit: A Desolação de Smaug sofre do mesmo mal que atingiu o seu antecessor: na tentativa desesperada de criar uma trilogia adaptada de um livro de 300 páginas, Jackson e os outros roteiristas começaram a criar tramas e sub-tramas, introduzindo personagens e conflitos para inchar o filme. São muitas cenas desnecessárias para uma história que poderia ser contada tranquilamente em um ou dois filmes. A Desolação de Smaug, contudo, se sai melhor que o anterior por impor mais ritmo na narrativa - e o dragão Smaug, dublado pela voz imponente de Cumbertbatch é realmente admirável do ponto de vista técnico.
Resta saber como Jackson vai amarrar todas as pontas de nós soltas que foi soltando ao longo de seis horas de Hobbit. Eu só espero que o diretor tenha um plano infalível para Thorin, que não se revelou nada além de um aborrecido, egoísta e ambicioso anão que não desperta nada além de antipatia por parte do telespectador.
Ainda que não tenha a mesma dinâmica que o primeiro, Kick-Ass 2 diverte e faz sues personagens evoluírem junto com a história - por mais tola e rala que seja. Claro que tem alguns furos no roteiro problemático, mas no geral os protagonistas são tão carismáticos quanto o antecessor. Kick-Ass 2 foi uma grata surpresa deste ano. Não é a sequencia que o primeiro merecia, mas não me decepcionou.
Apesar da boa atuação e a incrível semelhança física entre o ator Ashton Kutcher e Steve Jobs, o filme nunca sabe em que focar exatamente. Há momentos em que parece querer focar em Jobs e sua família, no outro quer focar o relacionamento entre os amigos, em determinado momento a Apple parece ser mais importante, no outro a rivalidade com Bill Gates, em outro a busca de Jobs por algum norte, Jobs e Lisa, e assim vai indo... O filme não se preocupa em contar uma história consistente da vida de Jobs e pega o que há pior nas cinebiografias: tentar contar toda a história de um homem em um filme. Faltou mais Steve Jobs e menos Apple.
Azul é a Cor Mais Quente é um ótimo estudo de personagem, trazendo a jovem Adèle como uma das personagens mais interessantes do ano. Soma-se a atuação da jovem Adèle Exarchopoulos, com seus olhos sempre confusos e apaixonados, a atuação enérgica de Léa Seydoux - sempre eficiente em seus papeis. As duas estão apaixonantes nos filmes. As polêmicas cenas de sexo, explícitas, revelam mais das personagens do que se pensa. Os planos fechados nos olhares e nos toques das protagonistas são fundamentais para entendermos e acompanharmos a evolução do relacionamento de ambas uma com a outra, e o diretor Abdellatif Kechiche faz questão de mostrar tudo sem pudor em uma decisão acertadíssima. Poucos diretores conseguem extrair sensibilidade em cenas "quentes" - mérito também para as atrizes, que se entregam de corpo e alma para o papel.
O roteiro possui alguns problemas. Personagens importantes entram na vida de Adèle e saem repentinamente. Há também passagens de tempos mal explicadas que às vezes confunde o espectador. No entanto, nada que tire a beleza deste filme que, mesmo sendo o título original da graphic novel, seria muito melhor se o título francês fosse traduzido literalmente: A Vida de Adèle.
O Cinema de Farhardi fica cada vez mais interessante em cada obra. O Passado é mais uma pequena obra-prima, escreverei sobre ele com mais detalhes, mas o diretor iraniano é, sem dúvidas, um dos melhores cineastas do Cinema Mundial atual.
Ainda que não tenha um roteiro tão consistente quanto o primeiro filme, diverte graças ao carisma da dupla protagonista. No entanto, a velha fórmula de Vingança dos Nerds já está bem ultrapassada e não tem como não começar a questionar a Pixar que sempre foi um estúdio tão eficiente em escapar dos clichês do gênero.
Apesar de superior ao primeiro filme, possui algumas obviedades e fragilidades que os filmes da Marvel vem alimentando já em outras franquias. Loki, interpretado por Tom HIddleston rouba todas as cenas que protagoniza - e o romance entre Thor e Jane só não é tão ruim quanto o de Darcy com o seu estagiário.
É o Fim é uma típica comédia da turma de Seth Rogen. E isso não é necessariamente ruim. Diverte e conta com participações muito boas. Michael Cera, Emma Watson e Chaning Tatum estão impagáveis.
Esta (fraca) continuação do ótimo Robocop segue do preceito de que todas as sequencias tem que ser maiores, mais barulhentos e com mais ação. Resultado: um filme maior, mais barulhento, com mais ação e muito mais irregular que seu antecessor. Enquanto que o primeiro continha uma crítica social com conteúdo, neste segundo exemplar há uma tentativa de criar uma crítica social a partir de uma história rasa e repleta de furos.
Neste contexto, ao invés de aproveitar para desenvolver o protagonista - a oportunidade é perdida quando os roteiristas decidem descartar a esposa de Murphy e o filho - o roteiro foca no grupo de bandidos liderados por Cain. A partir daí, vai tudo por água abaixo. Ainda assim, tem uma ou duas cenas que valem a pena dar uma conferida. O resto é tão descartável quanto a maioria dos personagens de RoboCop 2.
O diretor português Miguel Gomes ganhou notoriedade com o filme Aquele Querido Mês de Agosto, lançado em 2008. No longa, ele brincava com a estruturava narrativa da história que estava contando: na primeira parte, o cineasta entrevista as pessoas de uma cidade portuguesas, mostrando seus cotidianos e as histórias centenárias contadas de tempos em tempos; enquanto que na segunda parte, assistimos a um filme de ficção sobre uma das histórias contadas na cidade. Tabu possui uma estrutura narrativa semelhante e vai mais do que apenas mexer com a metalinguagem: é um filme sobre memórias, sobre solidão, sobre o amor, sobre o envelhecimento, sobre o Cinema...
A franquia X-Men rendeu quatro bons títulos – gosto, inclusive, do terceiro da franquia. O personagem Wolverine, que gerou fama absoluta ao ator Hugh Jackman, é talvez o que tenha maior história no universo dos mutantes. Membro do grupo Os Vingadores nas histórias em quadrinhos, dono de histórias densas, teve a sua origem recontada em X-Men Origens: Wolverine em um filme medíocre que desapontou não só os fãs do mutante, como também os apreciadores de um bom cinema de ação. O retorno, quatro anos depois, é um alívio. Wolverine – Imortal não é medíocre como seu antecessor, mas ainda não é o filme que o personagem merece.
Para ler mai: http://www.eltopo.net/#!wolverine---imortal/cncq
Divertido e bem conduzido pelo diretor Robert Schwentke, conta com um dos elencos mais simpáticos dos últimos anos. É exatamente o que pretende ser e é honesto com o seu espectador sem querer fazer tramas complexas e milhares de reviravoltas, sem cair em armadilhas de filmes do gênero.
Vou escrever mais sobre o filme mas minhas rápidas impressões: elenco caricato demais, personagens péssimos e extremamente estereotipados, participações especiais medíocres, um roteiro mal escrito, mal dirigido... Enfim, O Concurso é mais uma comédia de erros que o cinema nacional insiste em produzir. Eu torço para que Fábio Porchat não siga os mesmos passos que Marcelo Adnet e ainda tenha um futuro como comediante.
12 Anos de Escravidão
4.3 3,0K12 Anos de Escravidão é devastador. Ao mesmo tempo em que mostra o trajeto de Solomon Northup, nos revela as piores facetas do ser humano ao longo do tempo. Chiwetel Ejiofor cria um personagem admirável, fazendo uma interessante rima com o cruel personagem de Michael Fassbender, um homem cruel e vil, que nada tem a acrescentar à Humanidade se não a própria maldade.
No entanto, a narrativa falha em nos mostrar os 12 anos do título. É difícil crer na cronologia do filme, como se os 12 anos fossem apenas alguns meses. Não que atrapalhe, de certa forma, a apreciação da obra - embora que por certas vezes caía no clichê do gênero. 12 Anos de Escravidão é um daqueles longa-metragens que faz o espectador ficar encharcado de lágrimas ao final da projeção, emocionante e bem conduzido pelo ótimo Steve McQueen.
R.I.P.D.:Agentes do Além
2.7 590 Assista AgoraEm uma trama tola, previsível e sem graça, R.I.P.D. é um genérico de Hollywood, o típico filme caça-níquel. Jeff Bridges em uma atuação constrangedora, Kevin Bacon se esforçando para não rir da própria interpretação e Ryan Reynolds acostumado a estrelar este tipo de produção. Tudo bem que ninguém esperava uma trama complexa e cheia de reviravoltas, mas no mínimo umas boas risadas não? Não, nem isso.
O Lobo de Wall Street
4.1 3,4K Assista AgoraScorsese pode até exagerar pontualmente em uma cena ou outra, mas... quem liga? O Lobo de Wall Street é uma ópera acelerada sobre a ganância do homem através de mulheres, dinheiro e muita droga. O diretor, aos 71 anos de idade, consegue realizar uma obra cheia de complexidade e energia que só se completa através da fortíssima atuação de Leonardo DiCaprio - um ator que já provou ser um dos mais versáteis e completos de sua geração.
Rush: No Limite da Emoção
4.2 1,3K Assista AgoraRush é, ao lado de Frost/ Nixon, o filme mais seguro de Ron Howard. É um dos poucos em que o diretor exibe um ótimo domínio técnico, em que consegue mostrar uma corrida de fórmula 1 tensa e emocionante. Hemsworth está muito bem como o piloto James Hunt, mas é Daniel Brühl quem rouba a cena como Niki Lauda. Seu personagem é complexo, passa por um processo de evolução de personagem de um modo natural.
Um dos melhores filmes do ano de 2013 - e de Ron Howard!
Frozen: Uma Aventura Congelante
3.9 3,0K Assista AgoraUltimamente as animações da Disney vem construindo um certo padrão de qualidade tão significativo que finalmente o estúdio não precisa mais depender da Pixar para recuperar a qualidade que há muito não se via. Claro que isso aconteceu desde que John Lasseter (o ex-CEO da Pixar) assumiu um cargo importante nos estúdios. No entanto, animações como Bolt, Enrolados, Detona Ralph e agora este ótimo Frozen mostram que os estúdios ainda conseguem divertir e, melhor ainda, encantar um público mais novo mas nunca esquecendo de suas raízes.
Assim, Frozen é uma produção com não uma, mas sim com duas princesas e não um, mas dois rapazes apaixonados. No entanto, ao contrário de muitos dos filmes da Disney onde as princesas precisam de alguém para salvá-las, as duas personagens de Frozen se assemelham mais a Mulan do que A Bela Adomercida. E é na força dessas duas princesas que reside a força da animação. Mesmo os personagens mais coadjuvantes, como o boneco de neve Olaf (que aqui ganhou a dublagem de Fábio Porchat) ou o alce Sven aproveitam bastante os seus tempos em tela e agradam todo o tipo de público.
Frozen é, de longe, a melhor estreia de animação do ano de 2013 e um dos filmes mais interessantes dos últimos lançamentos da Disney e até mesmo da Pixar. Uma (nova) grata surpresa envolvendo a Disney!
Observação: Assim como o curta que antecedia Detona Ralph, o curta que antecede Frozen é interessante também ao jogar com vários formatos cinematográficos para contar a luta de Mickey e João Bafo de Onça.
À Procura de Sugar Man
4.5 180 Assista AgoraO diretor Malik Bendjelloul consegue, ao mesmo tempo que desmistificar o cantor Sixto Rodriguez, criar um mito ainda mais interessante em torno da história de um dos compositores mais interessantes do cenário norte-americano na década de 70. No entanto, Searching for Sugar Man é um filme feito com coração e alma.
E eu erro quando coloco Rodriguez na mera categoria de cantor. É um artista. Um filósofo. Um escritor. Um músico nato. Um homem cuja vida e trajetória é capaz de motivar centenas de jovens sul-africanos para gritar por liberdade em um país no ápice do Apartheid.
O documentário tem uma montagem dinâmica, onde nenhuma entrevista é desnecessária e, graças à inteligência de Bendjelloul, jamais cansativo. Quanto mais o filme desenrola, mais é a nossa vontade de conhecer o mito do "Sugar Man".
Em Transe
3.6 738O filme dá muitas voltas no roteiro, criando sub-tramas e mais tramas, para apenas nos entregar algo que já era suspeito após a primeira metade de projeção. A fotografia do longa, impecável, é elegante ao misturar cores quentes com as frias de uma maneira que se encaixa perfeitamente ao subtexto da trama. No entanto, o roteiro enrola até não poder mais, apostando no elenco para suportar o filme - e eles seguram. James McAvoy está cada vez melhor em construir personagens interessantes e Rosario Dawson (Cada vez mais gost... linda) interpreta com energia a sua personagem que é a mais complexa do longa.
Heróis de Ressaca
3.4 507 Assista AgoraNão tão divertido quanto os seus outros "filmes-irmãos", Heróis da Ressaca - como será chamado aqui no Brasil, para a infelicidade geral da nação - é apenas um bom divertimento inglês que tem coragem e ambição de sobra. Simon Pegg e Nick Frost formam uma das duplas mais bacanas de humor cinematográfico. Ainda assim, há tiradas impagáveis.
O Hobbit: A Desolação de Smaug
4.0 2,5K Assista AgoraO Hobbit: A Desolação de Smaug sofre do mesmo mal que atingiu o seu antecessor: na tentativa desesperada de criar uma trilogia adaptada de um livro de 300 páginas, Jackson e os outros roteiristas começaram a criar tramas e sub-tramas, introduzindo personagens e conflitos para inchar o filme. São muitas cenas desnecessárias para uma história que poderia ser contada tranquilamente em um ou dois filmes. A Desolação de Smaug, contudo, se sai melhor que o anterior por impor mais ritmo na narrativa - e o dragão Smaug, dublado pela voz imponente de Cumbertbatch é realmente admirável do ponto de vista técnico.
Resta saber como Jackson vai amarrar todas as pontas de nós soltas que foi soltando ao longo de seis horas de Hobbit. Eu só espero que o diretor tenha um plano infalível para Thorin, que não se revelou nada além de um aborrecido, egoísta e ambicioso anão que não desperta nada além de antipatia por parte do telespectador.
Kick-Ass 2
3.6 1,8K Assista AgoraAinda que não tenha a mesma dinâmica que o primeiro, Kick-Ass 2 diverte e faz sues personagens evoluírem junto com a história - por mais tola e rala que seja. Claro que tem alguns furos no roteiro problemático, mas no geral os protagonistas são tão carismáticos quanto o antecessor. Kick-Ass 2 foi uma grata surpresa deste ano. Não é a sequencia que o primeiro merecia, mas não me decepcionou.
Jobs
3.1 750 Assista AgoraApesar da boa atuação e a incrível semelhança física entre o ator Ashton Kutcher e Steve Jobs, o filme nunca sabe em que focar exatamente. Há momentos em que parece querer focar em Jobs e sua família, no outro quer focar o relacionamento entre os amigos, em determinado momento a Apple parece ser mais importante, no outro a rivalidade com Bill Gates, em outro a busca de Jobs por algum norte, Jobs e Lisa, e assim vai indo... O filme não se preocupa em contar uma história consistente da vida de Jobs e pega o que há pior nas cinebiografias: tentar contar toda a história de um homem em um filme. Faltou mais Steve Jobs e menos Apple.
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraAzul é a Cor Mais Quente é um ótimo estudo de personagem, trazendo a jovem Adèle como uma das personagens mais interessantes do ano. Soma-se a atuação da jovem Adèle Exarchopoulos, com seus olhos sempre confusos e apaixonados, a atuação enérgica de Léa Seydoux - sempre eficiente em seus papeis. As duas estão apaixonantes nos filmes. As polêmicas cenas de sexo, explícitas, revelam mais das personagens do que se pensa. Os planos fechados nos olhares e nos toques das protagonistas são fundamentais para entendermos e acompanharmos a evolução do relacionamento de ambas uma com a outra, e o diretor Abdellatif Kechiche faz questão de mostrar tudo sem pudor em uma decisão acertadíssima. Poucos diretores conseguem extrair sensibilidade em cenas "quentes" - mérito também para as atrizes, que se entregam de corpo e alma para o papel.
O roteiro possui alguns problemas. Personagens importantes entram na vida de Adèle e saem repentinamente. Há também passagens de tempos mal explicadas que às vezes confunde o espectador. No entanto, nada que tire a beleza deste filme que, mesmo sendo o título original da graphic novel, seria muito melhor se o título francês fosse traduzido literalmente: A Vida de Adèle.
O Passado
4.0 294 Assista AgoraO Cinema de Farhardi fica cada vez mais interessante em cada obra. O Passado é mais uma pequena obra-prima, escreverei sobre ele com mais detalhes, mas o diretor iraniano é, sem dúvidas, um dos melhores cineastas do Cinema Mundial atual.
Universidade Monstros
3.9 1,8K Assista AgoraAinda que não tenha um roteiro tão consistente quanto o primeiro filme, diverte graças ao carisma da dupla protagonista. No entanto, a velha fórmula de Vingança dos Nerds já está bem ultrapassada e não tem como não começar a questionar a Pixar que sempre foi um estúdio tão eficiente em escapar dos clichês do gênero.
Os Suspeitos
4.1 2,7K Assista AgoraHithcock ficaria orgulhoso!
Thor: O Mundo Sombrio
3.4 2,3K Assista AgoraApesar de superior ao primeiro filme, possui algumas obviedades e fragilidades que os filmes da Marvel vem alimentando já em outras franquias. Loki, interpretado por Tom HIddleston rouba todas as cenas que protagoniza - e o romance entre Thor e Jane só não é tão ruim quanto o de Darcy com o seu estagiário.
É o Fim
3.0 2,0K Assista AgoraÉ o Fim é uma típica comédia da turma de Seth Rogen. E isso não é necessariamente ruim. Diverte e conta com participações muito boas. Michael Cera, Emma Watson e Chaning Tatum estão impagáveis.
RoboCop 2
3.0 270 Assista AgoraEsta (fraca) continuação do ótimo Robocop segue do preceito de que todas as sequencias tem que ser maiores, mais barulhentos e com mais ação. Resultado: um filme maior, mais barulhento, com mais ação e muito mais irregular que seu antecessor. Enquanto que o primeiro continha uma crítica social com conteúdo, neste segundo exemplar há uma tentativa de criar uma crítica social a partir de uma história rasa e repleta de furos.
Neste contexto, ao invés de aproveitar para desenvolver o protagonista - a oportunidade é perdida quando os roteiristas decidem descartar a esposa de Murphy e o filho - o roteiro foca no grupo de bandidos liderados por Cain. A partir daí, vai tudo por água abaixo. Ainda assim, tem uma ou duas cenas que valem a pena dar uma conferida. O resto é tão descartável quanto a maioria dos personagens de RoboCop 2.
Um Alguém Apaixonado
3.6 118 Assista AgoraAtualmente, Kiarostomi é um dos melhores diretores em atividade.
Tabu
4.1 108 Assista AgoraO diretor português Miguel Gomes ganhou notoriedade com o filme Aquele Querido Mês de Agosto, lançado em 2008. No longa, ele brincava com a estruturava narrativa da história que estava contando: na primeira parte, o cineasta entrevista as pessoas de uma cidade portuguesas, mostrando seus cotidianos e as histórias centenárias contadas de tempos em tempos; enquanto que na segunda parte, assistimos a um filme de ficção sobre uma das histórias contadas na cidade. Tabu possui uma estrutura narrativa semelhante e vai mais do que apenas mexer com a metalinguagem: é um filme sobre memórias, sobre solidão, sobre o amor, sobre o envelhecimento, sobre o Cinema...
Mais em...
http://www.eltopo.net/#!tabu/c1m6l
Wolverine: Imortal
3.2 2,2K Assista AgoraA franquia X-Men rendeu quatro bons títulos – gosto, inclusive, do terceiro da franquia. O personagem Wolverine, que gerou fama absoluta ao ator Hugh Jackman, é talvez o que tenha maior história no universo dos mutantes. Membro do grupo Os Vingadores nas histórias em quadrinhos, dono de histórias densas, teve a sua origem recontada em X-Men Origens: Wolverine em um filme medíocre que desapontou não só os fãs do mutante, como também os apreciadores de um bom cinema de ação. O retorno, quatro anos depois, é um alívio. Wolverine – Imortal não é medíocre como seu antecessor, mas ainda não é o filme que o personagem merece.
Para ler mai: http://www.eltopo.net/#!wolverine---imortal/cncq
Red: Aposentados e Perigosos
3.5 1,2K Assista AgoraDivertido e bem conduzido pelo diretor Robert Schwentke, conta com um dos elencos mais simpáticos dos últimos anos. É exatamente o que pretende ser e é honesto com o seu espectador sem querer fazer tramas complexas e milhares de reviravoltas, sem cair em armadilhas de filmes do gênero.
Amor Pleno
3.0 558Pretendo comentar com mais detalhes, mas é um ótimo filme do Malick. É poesia pura!
O Concurso
2.3 665Vou escrever mais sobre o filme mas minhas rápidas impressões: elenco caricato demais, personagens péssimos e extremamente estereotipados, participações especiais medíocres, um roteiro mal escrito, mal dirigido... Enfim, O Concurso é mais uma comédia de erros que o cinema nacional insiste em produzir. Eu torço para que Fábio Porchat não siga os mesmos passos que Marcelo Adnet e ainda tenha um futuro como comediante.