Você percebe quando uma franquia já está desgastada quando nos últimos dois filmes quem tem as únicas cenas realmente engraçadas são os personagens novos.
Com um humor único, Seth MacFarlane, criador de Family Guy, nos entrega o filme de comédia mais divertido do ano , de quebra, uma pequena fábula de amizade um pouco, digamos, diferente.
Investindo pesado nas referências à cultura pop - desde Aliens - O Resgate à Justin Bieber, passando por Flash Gordon e Corey Feldman - o roteiro consegue até piadas de peido funcionarem. Boa parte do sucesso do filme deve a direção sempre segura de MacFarlane e do próprio elenco. Se Mark Wahlberg lembra o seu ótimo personagem em Boogie Nights (só que não tão bem dotado assim), a voz de MacFarlane torna Ted a figura mais interessante do longa. Drogado, desbocado e ofensivo, o espectador nunca deixa de duvidar de seu carinho pelo seu dono - e até mesmo as expressões do urso são cruciais neste contexto.
No fim, o romance entre o personagem dce Mark Wahlberg e Mila Kunis é somente o pano de fundo para o que realmente importa no longa: o amor de um homem pelo seu ursinho de pelúcia! (sejá lá o que isso signifique)
Looper é o tipo de filme que, nas mãos do diretor errado, sairia um clássico encomendado hollywoodiano e acompanhariamos durante duas horas uma perseguição repleta de clichês do gênero. Isso se caisse nas mãos do diretor errado. Nas mãos de um diretor competente como Rian Johnson, Looper tem a chance de explorar as ideias e conceitos criados para a história ao máximo. A trama do assassino perseguindo a si mesmo (mas mais velho) é só o pano de fundo para uma série de questionamentos e conceitos que ao longo da projeção o filme vai explorando.
Neste sentido, Johnson se sai melhor e conduz o elenco com uma maturidade admirável. Joseph Gordon-Levit se sai bem na versão mais jovem de Bruce Willis, seja pela maquiagem ou apenas pelo tom de voz calmo e tranquilo. Já Willis compõe um personagem complexo e frio, de um lado um homem romântico e apaixonado, que não tem medo de fazer coisas absolutamente condenáveis para salvar seu futuro. E ainda assim, o espectador acaba torcendo por ele. Porém a revelação do filme é mesmo o fatoro Pierce Gagon, que atua de forma brilhante. Cid é um garoto trágico e frio, mas extremamente dócil e infantil, e Gagon equilibra tudo com uma expressão que deixaria qualquer um do elenco da saga Crepúsculo com inveja.
Looper é uma grata surpresa em um ano que não está sendo, nem de longe, um dos melhores para o Cinema.
Para um longa-metragem que tem a ambição de mostrar a origem de uma das mais importantes quadrilogias da História do Cinema, Prometheus está muito aquém daquilo que realmente quer entregar. O roteiro parece ter sido escrito às pressas e a base com que ele tenta se segurar é fraquíssima - a explicação para a nossa origem tem uma certa coerência até a nave finalmente aterrisar. A partir daí, o longa não consegue mais sustentar argumento algum e somos obrigados a assistir a cenas óbvias e mal dirigidas. O elenco consegue segurar algumas das cenas, como Noomi Rapace, Michael Fassbender, Charlize Theron e Idris Alba, mas honestamente, o espectador conhece os personagens tão pouco que pouco se importa com o destino da maioria daquela nave. Um equívoco que Ridley Scott não deixou passar no primeiro Alien, por exemplo. No fim das contas, Prometheus consegue aquilo que tanto desejava: iniciar uma nova franquia e mostrar a origem de Alien. Pena que a qualidade ficou muito abaixo do quen Scott desejava.
Wes Anderson faz um dos seus melhores filmes, ao lado de Os Excentricos Tennemabauns e para isso conta com um elenco sintonizado desde o elenco infantil até os mais experientes, como Bruce Willis e Bill Murray. O tom fabulesco combina perfeitamente com o universo concebido por Anderson - talvez se encaixe muito melhor que em muitos filmes do diretor - e a ingenuidade e franqueza com que o longa é conduzido faz desta obra uma pequena pérola de 2012. Um conto infanto juvenil como há muito não se via.
Os Mercenários 2 é um filme exagerado, cheio de furos no roteiro - não se preocupa em explicar entrada e saída de personagens, por exemplo - com diálogos extremamente óbvios, enrola todos os clichês dos filmes de ação e, no entanto, é um dos filmes mais divertidos e empolgantes do ano.
Se o erro do longa anterior foi se levar a sério demais, a continuação faz exatamente o oposto: brinca com o gênero e com os seus atores - referenciando filmes e frases de efeitos das lendas dos filmes de ação. Se a tríade Stallone-Willys-Schwarzenegger funciona perfeitamente bem, o resto do elenco cumpre bem as suas funções e ganham um pouco mais de importância que no longa anterior. No entanto, é de Jason Statham as melhores cenas de ação. E Chuck Norris, bem, é Chuck Norris, fazendo exatamente o que era esperado dele.
Simon West faz do exagero o seu melhor aliado e embora algumas cenas de ação pareçam ineficazes, ele consegue dar o momento ideal para os personagens brilharem individualmente - além do destaque da dupla Stallone e Statham, Jet li tem uma luta digna de suas habilidades logo na abertura.
Os Mercenários 2 tem um bom ritmo, é empolgante e lembra (e muito) os filmes que tornaram a maioria daqueles atores em astros do cinema de ação - e para ajudar, Simon West é extremamente feliz na escolha de suas músicas. O espectador acaba sentindo o clima agradável dda equipe de Os Mercenários 2 e entra na onda. Torcendo para que o terceiro seja tão agradável quanto este.
Um dos melhores filmes de Wilder, o diretor faz uma espécie de "noir hitchcockiano", onde a maior força de seu trabalho é o impecável roteiro. Além de personagens ineteressantíssimos (Keyes é, de longe, o melhor) e interpretações muito eficientes, Wilder consegue ainda provar que é um dos diretores mais versáteis da História (com H maísculo) do cinema. Um dos melhores dele, sem dúvidas.
360 não parece um longa-metragem. Com tantas histórias - algumas se cruzam, outras não - e tantos personagens, Meirelles perde o controle do seu filme e não consegue fechar o ciclo de 360 com a eficiência que ele geralmente constrói seus projetos. Assim, algumas histórias são tão desnecessárias e irrevelevantes para o desenvolvimento do filme - como aquelas envolvendo o fotógrafo Rui, Laura, John e o criminoso sexual vivido por Ben Foster - que teria sido melhor se concentrar nas demais tramas e desenvolver melhor os personagens e os seus conflitos. Alguns personagens até recebem um final digno, outros nem tem essa mesma sorte, simplesmente desaparecendo no meio da narrativa e retornando apenas quando o cineasta resolve mostrar em uma montagem com todos os personagens, ao som de uma frase de efeito, apenas para lembrar o espectador de que eles foram importantes por alguns minutos.
360 é uma bagunça se tratando de narrativa, incluindo montagem. Há um certo momento, onde dois personagens se encontram em um automóvel, que Meirelles começa a fazer cortes um atrás do outro para mostrar uma simples conversa em um automóvel - e ao invés de estabelecer a tensão de um dos personagens, irrita o espectador por tanto corte.
Felizmente, Meirelles sempre tem um bom tato para escolher seus atores e aqui todos cumprem bem suas funções. Além do mais, a trilha é excelente e consegue embalar algumas cenas bonistas de 360. Mas Meirelles continua sendo um dos diretores mais interessantes da atualidade e até os melhores tem que se arriscar um pouco, certo? Coppola, Scorsese, Kubrick estão aí para nos provar...
Um filme sobre obsessão, medo e insegurança que leva o espectador a entrar numa espécie de ame ou odeie com o seu protagonista, vivido com intensidade por Ray Milland (atuação que lhe rendeu um Oscar de ator). Wilder (que também levou a estatueta) filma planos elegantes e inteligentes todos os contornos do vício de Don, com um roteiro simples e objetivo na história que quer contar - sempre um mérito dos filmes de Wilder.
Um filme divertido que conta com um Kirk Douglas inspiradíssimo no papel de velho rico egoísta e rabunjento. O filme continua afiado em seu humor e contorna as expectativas do espectador com ótimas gags visuais e piadas bem contruídas. E é sempre bom ver Michael J. Fox atuando em um papel de destaque no cinema.
American Pie nunca foi uma grande série, rendeu alguns filmes que divertiam pontualmente aqui e ali, mas é inegável que a principal qualidade dos três filmes anteriores eram os personagens (estou ignorando os outros quinhentos milhões de fiascos que vieram depois de O Casamento). Portanto, American Pie: O Reencontro é esperto o suficiente para resgatar as principais características dos personagens e as relações entre eles.
Claro que há situações e algumas subtramas descenessárias e sem graça - e as menos eficazes são aquelas envolvendo dois dos protagonistas da série, Jim e Stiffler. Por outro lado, ver Kevin e Vicky, antes dois adolescentes apaixonados, realmente mais maduros torna a experiência mais interessante do que parece. American Pie: O Reencontro é divertido e melancólico de sua própria maneira, e sim, vale a pena dar umas risadas com o grupo.
Valente, novo filme da Pixar, não chega a ser um desastre como Carros 2, mas está longe de beirar à perfeição como os longas anteriores da Pixar. Centrado na princesa Merida, a aventura diverte e impressiona pela qualidade técnica do estúdio, revelando as paisagens da Escócia de uma maneira colorida e encantadora. Porém, a história parece repetir a fórmula família de sempre, sem a mesma sutileza com que a Pixar faz seus filmes (ora, as histórias de amizades entre Woody e Andy sempre foram tão bonitas ou as lições de Procurando Nemo e até mesmo Os Incríveis). É uma pena que Merida, a protagonista, esteja em um filme tão abaixo do seu potencial. Ainda assim, há bons momentos e Valente é um logna que merece ser visto.
E depois de oito anos sob o controle de Batman, Christopher Nolan finalmente aposenta seu herói de uma forma grandiosa. Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge pode ser o longa mais falho da trilogia, mas nem por isso deixa de ter a grandiosidade e dignidade dos demais. O Homem-Morcego ganhou, nas mãos de uma equipe competente, três filmes que certamente deixariam qualquer herói da Marvel tremendo de medo. Afinal, uma tempestade está chegando.
Jogos Vorazes é realmente um ótimo filme, divertido e ágil, porém tem alguns pequenos problemas que comprometem o trabalho de Gary Ross e a sua equipe. Para começar, não somos devidamente apresentados àquele mundo que acabamos de conhecer. Complexo e realmente interessante, o roteiro deixa o espectador às escuras sobre as rebeliões e até mesmo as regras dos jogos e até mesmo os limites que aquele jogo pode alançar. Claro que os questionamentos são pertinentes e nisso o projeto acerta em cheio, tanto a ideia por trás dos reallity show e sobre a própria humanidade - incluindo a política do pão e circo. Mas ainda faltou apresentar ao espectador mais informações sobre Panem e seus distritos.
A parte técnica cumpre bem sua função e o elenco, comandado pela ótima Jennifer Lawrence, se entregam ao projeto com energia. O diretor Ross exagera em alguns momentos com cortes muito rápidos em algumas cenas (vejam o discurso de Elizabeth Banks e a quantidade desnecessária de cortes) ou mesmo na condução das cenas que se passam na arena onde ocorrem os jogos.
No mais, Jogos Vorazes é uma grata surpresa de 2012 e que desperta a curiosidade em revisitar os personagens e aquele mundo novamente. Só nos resta esperar pelo segundo filme.
Uma obra-prima de Carl Theodor Dreyer, Utilizando maravilhosamente bem a câmera, o diretor consegue enquadramentos que resgatam com sensibilidade Joana, apenas para que no plano seguinte faça um travelling mostrando os temíveis juízes de Joana - e, como se não bastasse, retorna para Joana e seus olhos grandes e tristes, com uma intensa e forte atuação de Maria Falconetti. Uma experiência realmente digna da sétima arte.
Observação: A música que embala a versão restaurada na década de 80 é perfeita para o filme, realçando ainda mais esta obra-prima do cinema mudo. Portanto, diferente do que acontece com Metrópolis, por exemplo, a trilha não interfere no resultado.
Michael Moore domina a produção de documentários. Isso ficou claro pelas suas obras como Tiros em Columbine e Fahreinheitt 11/09. Porém, o pecado que na grande parte de sua filmografia é que em determinados momentos, ele simplesmente desvia do assunto para fazer alguma piada ou simplesmente falar mal de Bush. Quando tem a ver realmente com a história, funciona, mas quando é gratuito, fica forçado. De resto, Moore fala sobre o nosso falho (porém que funciona...?!) sistema econômico com humor e seriedade, utilizando e abusando do audiovisual com eficiência.
Além de ser uma pesquisa jornalística eficiente, consegue combinar junto ao audiovisual e a narração em off (por Mat "Jason Bourne" Damon) uma das melhores investigações dos bastidores da crise econômica de 2008. Nada no documentário é dispensável e o diretor Charles Ferguson sabe como implatar um bom ritmo no filme, nunca deixando-o tedioso ou ideológico. Merece ser visto e revisto.
Com um roteiro típico de filmes do gênero, Andrew Stanton dirige o longa no piloto automático, sem tentar inovar ou criar uma personalidade - algo que conseguia fazer muito bem em suas animações. O fato é que o filme fica aquém de uma aventura épica, tornando-se apenas mais uma aventura genérica.
Obs.: Já está se tornando caricato Mark Strong sempre interpretando o mesmo tipo de vilão, não?
Divertido, ágil ecom um roteiro que dá espaço para desenvolver todos os personagens envolvidos, Os Vingadores se revela um dos melhores filmes da Marvel Studios - junto com os dois Homem de Ferro. Além de filmar uma invasão alienígena como nenhum Transformers conseguiu realizar com competência, Os Vingadores ainda tem a proeza de contar com uma história acertadíssima para apresentar os seus heróis. Apesar do final apressado, Os Vingadores acerta em praticamente tudo - seja pela dinâmica entre os personagens ou o vilão Loki. Uma das melhores surpresas de 2012, até agora.
Brad Bird faz em Missão: Impossível 4 uma ótima estreia com personagens em carne e osso. Com cenas de ação bastante seguras, o diretor conta com um Tom Cruise bastante inspirado (como de costume) e sempre preparado para qualquer cena de ação. O elenco de apoio também não fica atrás:Paula Patton linda e eficiente; Simon Pegg sempre divertido; e Jeremy Renner convence no papel que pode substituir o agente Ethan Hunt nos próximos filmes da série.
Contando com o sempre brilhante Michael Giacchino para fazer a trilha sonora, Missão: Impossível 4 marca uma ótima estreia para Brad Bird. Que ele crie filmes tão divertidos e ainda melhores que este novo exemplar da série!
Mesmo que O Artista não traga uma história original, George Valentin representa uma parcela de atores de filmes mudos que não receberam chances no cinema falado. É interessante ver a dinâmica entre Valentin e Peppy Miller, fazendo uma bela homenagem ao cinema e uma parte importantíssima de sua história.
Dirty Harry se beneficia de um protagonista frio e corajoso, que é capaz de invadir lugares sem autorização e até torturar seus prisioneiros , porém tudo com um propósito para salvar os outros. Completamente íntegro, Harry é um perseguidor implacável, mas sempre perseguido pelo seu passado. Sutilmente, Siegel realiza um dos melhores thrillers da década de 70 e Eastwood é especialista em fazer personagens durões e íntegros - aliás, ele tem currículo o suficiente para isso.
Por um Punhado de Dólares
4.2 419 Assista AgoraJoe é um dos melhores personagens da filmografia de Clint Eastwood e Sergio Leone realiza aqui mais um ótimo filme de sua carreira.
Madagascar 3: Os Procurados
3.5 1,4K Assista AgoraTerceiro filme de Madagascar, terceira vez que o Rei Julian e os Pinguins tem que salvar o longa-metragem de um desastre.
A Era do Gelo 4
3.5 1,7K Assista AgoraVocê percebe quando uma franquia já está desgastada quando nos últimos dois filmes quem tem as únicas cenas realmente engraçadas são os personagens novos.
Ted
3.1 3,4K Assista AgoraCom um humor único, Seth MacFarlane, criador de Family Guy, nos entrega o filme de comédia mais divertido do ano , de quebra, uma pequena fábula de amizade um pouco, digamos, diferente.
Investindo pesado nas referências à cultura pop - desde Aliens - O Resgate à Justin Bieber, passando por Flash Gordon e Corey Feldman - o roteiro consegue até piadas de peido funcionarem. Boa parte do sucesso do filme deve a direção sempre segura de MacFarlane e do próprio elenco. Se Mark Wahlberg lembra o seu ótimo personagem em Boogie Nights (só que não tão bem dotado assim), a voz de MacFarlane torna Ted a figura mais interessante do longa. Drogado, desbocado e ofensivo, o espectador nunca deixa de duvidar de seu carinho pelo seu dono - e até mesmo as expressões do urso são cruciais neste contexto.
No fim, o romance entre o personagem dce Mark Wahlberg e Mila Kunis é somente o pano de fundo para o que realmente importa no longa: o amor de um homem pelo seu ursinho de pelúcia! (sejá lá o que isso signifique)
Looper: Assassinos do Futuro
3.6 2,1KLooper é o tipo de filme que, nas mãos do diretor errado, sairia um clássico encomendado hollywoodiano e acompanhariamos durante duas horas uma perseguição repleta de clichês do gênero. Isso se caisse nas mãos do diretor errado. Nas mãos de um diretor competente como Rian Johnson, Looper tem a chance de explorar as ideias e conceitos criados para a história ao máximo. A trama do assassino perseguindo a si mesmo (mas mais velho) é só o pano de fundo para uma série de questionamentos e conceitos que ao longo da projeção o filme vai explorando.
Neste sentido, Johnson se sai melhor e conduz o elenco com uma maturidade admirável. Joseph Gordon-Levit se sai bem na versão mais jovem de Bruce Willis, seja pela maquiagem ou apenas pelo tom de voz calmo e tranquilo. Já Willis compõe um personagem complexo e frio, de um lado um homem romântico e apaixonado, que não tem medo de fazer coisas absolutamente condenáveis para salvar seu futuro. E ainda assim, o espectador acaba torcendo por ele. Porém a revelação do filme é mesmo o fatoro Pierce Gagon, que atua de forma brilhante. Cid é um garoto trágico e frio, mas extremamente dócil e infantil, e Gagon equilibra tudo com uma expressão que deixaria qualquer um do elenco da saga Crepúsculo com inveja.
Looper é uma grata surpresa em um ano que não está sendo, nem de longe, um dos melhores para o Cinema.
Prometheus
3.1 3,4K Assista AgoraPara um longa-metragem que tem a ambição de mostrar a origem de uma das mais importantes quadrilogias da História do Cinema, Prometheus está muito aquém daquilo que realmente quer entregar. O roteiro parece ter sido escrito às pressas e a base com que ele tenta se segurar é fraquíssima - a explicação para a nossa origem tem uma certa coerência até a nave finalmente aterrisar. A partir daí, o longa não consegue mais sustentar argumento algum e somos obrigados a assistir a cenas óbvias e mal dirigidas. O elenco consegue segurar algumas das cenas, como Noomi Rapace, Michael Fassbender, Charlize Theron e Idris Alba, mas honestamente, o espectador conhece os personagens tão pouco que pouco se importa com o destino da maioria daquela nave. Um equívoco que Ridley Scott não deixou passar no primeiro Alien, por exemplo. No fim das contas, Prometheus consegue aquilo que tanto desejava: iniciar uma nova franquia e mostrar a origem de Alien. Pena que a qualidade ficou muito abaixo do quen Scott desejava.
Moonrise Kingdom
4.2 2,1K Assista AgoraWes Anderson faz um dos seus melhores filmes, ao lado de Os Excentricos Tennemabauns e para isso conta com um elenco sintonizado desde o elenco infantil até os mais experientes, como Bruce Willis e Bill Murray. O tom fabulesco combina perfeitamente com o universo concebido por Anderson - talvez se encaixe muito melhor que em muitos filmes do diretor - e a ingenuidade e franqueza com que o longa é conduzido faz desta obra uma pequena pérola de 2012. Um conto infanto juvenil como há muito não se via.
Os Mercenários 2
3.5 2,3K Assista AgoraOs Mercenários 2 é um filme exagerado, cheio de furos no roteiro - não se preocupa em explicar entrada e saída de personagens, por exemplo - com diálogos extremamente óbvios, enrola todos os clichês dos filmes de ação e, no entanto, é um dos filmes mais divertidos e empolgantes do ano.
Se o erro do longa anterior foi se levar a sério demais, a continuação faz exatamente o oposto: brinca com o gênero e com os seus atores - referenciando filmes e frases de efeitos das lendas dos filmes de ação. Se a tríade Stallone-Willys-Schwarzenegger funciona perfeitamente bem, o resto do elenco cumpre bem as suas funções e ganham um pouco mais de importância que no longa anterior. No entanto, é de Jason Statham as melhores cenas de ação. E Chuck Norris, bem, é Chuck Norris, fazendo exatamente o que era esperado dele.
Simon West faz do exagero o seu melhor aliado e embora algumas cenas de ação pareçam ineficazes, ele consegue dar o momento ideal para os personagens brilharem individualmente - além do destaque da dupla Stallone e Statham, Jet li tem uma luta digna de suas habilidades logo na abertura.
Os Mercenários 2 tem um bom ritmo, é empolgante e lembra (e muito) os filmes que tornaram a maioria daqueles atores em astros do cinema de ação - e para ajudar, Simon West é extremamente feliz na escolha de suas músicas. O espectador acaba sentindo o clima agradável dda equipe de Os Mercenários 2 e entra na onda. Torcendo para que o terceiro seja tão agradável quanto este.
Boom-Lay Boom-Lay Boom!
Pacto de Sangue
4.3 247 Assista AgoraUm dos melhores filmes de Wilder, o diretor faz uma espécie de "noir hitchcockiano", onde a maior força de seu trabalho é o impecável roteiro. Além de personagens ineteressantíssimos (Keyes é, de longe, o melhor) e interpretações muito eficientes, Wilder consegue ainda provar que é um dos diretores mais versáteis da História (com H maísculo) do cinema. Um dos melhores dele, sem dúvidas.
360
3.4 928 Assista Agora360 não parece um longa-metragem. Com tantas histórias - algumas se cruzam, outras não - e tantos personagens, Meirelles perde o controle do seu filme e não consegue fechar o ciclo de 360 com a eficiência que ele geralmente constrói seus projetos. Assim, algumas histórias são tão desnecessárias e irrevelevantes para o desenvolvimento do filme - como aquelas envolvendo o fotógrafo Rui, Laura, John e o criminoso sexual vivido por Ben Foster - que teria sido melhor se concentrar nas demais tramas e desenvolver melhor os personagens e os seus conflitos. Alguns personagens até recebem um final digno, outros nem tem essa mesma sorte, simplesmente desaparecendo no meio da narrativa e retornando apenas quando o cineasta resolve mostrar em uma montagem com todos os personagens, ao som de uma frase de efeito, apenas para lembrar o espectador de que eles foram importantes por alguns minutos.
360 é uma bagunça se tratando de narrativa, incluindo montagem. Há um certo momento, onde dois personagens se encontram em um automóvel, que Meirelles começa a fazer cortes um atrás do outro para mostrar uma simples conversa em um automóvel - e ao invés de estabelecer a tensão de um dos personagens, irrita o espectador por tanto corte.
Felizmente, Meirelles sempre tem um bom tato para escolher seus atores e aqui todos cumprem bem suas funções. Além do mais, a trilha é excelente e consegue embalar algumas cenas bonistas de 360. Mas Meirelles continua sendo um dos diretores mais interessantes da atualidade e até os melhores tem que se arriscar um pouco, certo? Coppola, Scorsese, Kubrick estão aí para nos provar...
Farrapo Humano
4.2 225 Assista AgoraUm filme sobre obsessão, medo e insegurança que leva o espectador a entrar numa espécie de ame ou odeie com o seu protagonista, vivido com intensidade por Ray Milland (atuação que lhe rendeu um Oscar de ator). Wilder (que também levou a estatueta) filma planos elegantes e inteligentes todos os contornos do vício de Don, com um roteiro simples e objetivo na história que quer contar - sempre um mérito dos filmes de Wilder.
Os Puxa-Sacos
3.2 52Um filme divertido que conta com um Kirk Douglas inspiradíssimo no papel de velho rico egoísta e rabunjento. O filme continua afiado em seu humor e contorna as expectativas do espectador com ótimas gags visuais e piadas bem contruídas. E é sempre bom ver Michael J. Fox atuando em um papel de destaque no cinema.
American Pie: O Reencontro
3.4 1,8K Assista AgoraAmerican Pie nunca foi uma grande série, rendeu alguns filmes que divertiam pontualmente aqui e ali, mas é inegável que a principal qualidade dos três filmes anteriores eram os personagens (estou ignorando os outros quinhentos milhões de fiascos que vieram depois de O Casamento). Portanto, American Pie: O Reencontro é esperto o suficiente para resgatar as principais características dos personagens e as relações entre eles.
Claro que há situações e algumas subtramas descenessárias e sem graça - e as menos eficazes são aquelas envolvendo dois dos protagonistas da série, Jim e Stiffler. Por outro lado, ver Kevin e Vicky, antes dois adolescentes apaixonados, realmente mais maduros torna a experiência mais interessante do que parece. American Pie: O Reencontro é divertido e melancólico de sua própria maneira, e sim, vale a pena dar umas risadas com o grupo.
Valente
3.8 2,8K Assista AgoraValente, novo filme da Pixar, não chega a ser um desastre como Carros 2, mas está longe de beirar à perfeição como os longas anteriores da Pixar. Centrado na princesa Merida, a aventura diverte e impressiona pela qualidade técnica do estúdio, revelando as paisagens da Escócia de uma maneira colorida e encantadora. Porém, a história parece repetir a fórmula família de sempre, sem a mesma sutileza com que a Pixar faz seus filmes (ora, as histórias de amizades entre Woody e Andy sempre foram tão bonitas ou as lições de Procurando Nemo e até mesmo Os Incríveis). É uma pena que Merida, a protagonista, esteja em um filme tão abaixo do seu potencial. Ainda assim, há bons momentos e Valente é um logna que merece ser visto.
Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge
4.2 6,4K Assista AgoraE depois de oito anos sob o controle de Batman, Christopher Nolan finalmente aposenta seu herói de uma forma grandiosa. Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge pode ser o longa mais falho da trilogia, mas nem por isso deixa de ter a grandiosidade e dignidade dos demais. O Homem-Morcego ganhou, nas mãos de uma equipe competente, três filmes que certamente deixariam qualquer herói da Marvel tremendo de medo. Afinal, uma tempestade está chegando.
Jogos Vorazes
3.8 5,0K Assista AgoraJogos Vorazes é realmente um ótimo filme, divertido e ágil, porém tem alguns pequenos problemas que comprometem o trabalho de Gary Ross e a sua equipe. Para começar, não somos devidamente apresentados àquele mundo que acabamos de conhecer. Complexo e realmente interessante, o roteiro deixa o espectador às escuras sobre as rebeliões e até mesmo as regras dos jogos e até mesmo os limites que aquele jogo pode alançar. Claro que os questionamentos são pertinentes e nisso o projeto acerta em cheio, tanto a ideia por trás dos reallity show e sobre a própria humanidade - incluindo a política do pão e circo. Mas ainda faltou apresentar ao espectador mais informações sobre Panem e seus distritos.
A parte técnica cumpre bem sua função e o elenco, comandado pela ótima Jennifer Lawrence, se entregam ao projeto com energia. O diretor Ross exagera em alguns momentos com cortes muito rápidos em algumas cenas (vejam o discurso de Elizabeth Banks e a quantidade desnecessária de cortes) ou mesmo na condução das cenas que se passam na arena onde ocorrem os jogos.
No mais, Jogos Vorazes é uma grata surpresa de 2012 e que desperta a curiosidade em revisitar os personagens e aquele mundo novamente. Só nos resta esperar pelo segundo filme.
A Paixão de Joana d'Arc
4.5 229 Assista AgoraUma obra-prima de Carl Theodor Dreyer, Utilizando maravilhosamente bem a câmera, o diretor consegue enquadramentos que resgatam com sensibilidade Joana, apenas para que no plano seguinte faça um travelling mostrando os temíveis juízes de Joana - e, como se não bastasse, retorna para Joana e seus olhos grandes e tristes, com uma intensa e forte atuação de Maria Falconetti. Uma experiência realmente digna da sétima arte.
Observação: A música que embala a versão restaurada na década de 80 é perfeita para o filme, realçando ainda mais esta obra-prima do cinema mudo. Portanto, diferente do que acontece com Metrópolis, por exemplo, a trilha não interfere no resultado.
Capitalismo: Uma História de Amor
4.0 221Michael Moore domina a produção de documentários. Isso ficou claro pelas suas obras como Tiros em Columbine e Fahreinheitt 11/09. Porém, o pecado que na grande parte de sua filmografia é que em determinados momentos, ele simplesmente desvia do assunto para fazer alguma piada ou simplesmente falar mal de Bush. Quando tem a ver realmente com a história, funciona, mas quando é gratuito, fica forçado. De resto, Moore fala sobre o nosso falho (porém que funciona...?!) sistema econômico com humor e seriedade, utilizando e abusando do audiovisual com eficiência.
Trabalho Interno
4.1 205 Assista AgoraAlém de ser uma pesquisa jornalística eficiente, consegue combinar junto ao audiovisual e a narração em off (por Mat "Jason Bourne" Damon) uma das melhores investigações dos bastidores da crise econômica de 2008. Nada no documentário é dispensável e o diretor Charles Ferguson sabe como implatar um bom ritmo no filme, nunca deixando-o tedioso ou ideológico. Merece ser visto e revisto.
John Carter: Entre Dois Mundos
3.2 1,6K Assista AgoraCom um roteiro típico de filmes do gênero, Andrew Stanton dirige o longa no piloto automático, sem tentar inovar ou criar uma personalidade - algo que conseguia fazer muito bem em suas animações. O fato é que o filme fica aquém de uma aventura épica, tornando-se apenas mais uma aventura genérica.
Obs.: Já está se tornando caricato Mark Strong sempre interpretando o mesmo tipo de vilão, não?
Os Vingadores
4.0 6,9K Assista AgoraDivertido, ágil ecom um roteiro que dá espaço para desenvolver todos os personagens envolvidos, Os Vingadores se revela um dos melhores filmes da Marvel Studios - junto com os dois Homem de Ferro. Além de filmar uma invasão alienígena como nenhum Transformers conseguiu realizar com competência, Os Vingadores ainda tem a proeza de contar com uma história acertadíssima para apresentar os seus heróis. Apesar do final apressado, Os Vingadores acerta em praticamente tudo - seja pela dinâmica entre os personagens ou o vilão Loki. Uma das melhores surpresas de 2012, até agora.
Missão: Impossível - Protocolo Fantasma
3.7 1,7K Assista AgoraBrad Bird faz em Missão: Impossível 4 uma ótima estreia com personagens em carne e osso. Com cenas de ação bastante seguras, o diretor conta com um Tom Cruise bastante inspirado (como de costume) e sempre preparado para qualquer cena de ação. O elenco de apoio também não fica atrás:Paula Patton linda e eficiente; Simon Pegg sempre divertido; e Jeremy Renner convence no papel que pode substituir o agente Ethan Hunt nos próximos filmes da série.
Contando com o sempre brilhante Michael Giacchino para fazer a trilha sonora, Missão: Impossível 4 marca uma ótima estreia para Brad Bird. Que ele crie filmes tão divertidos e ainda melhores que este novo exemplar da série!
O Artista
4.2 2,1K Assista AgoraMesmo que O Artista não traga uma história original, George Valentin representa uma parcela de atores de filmes mudos que não receberam chances no cinema falado. É interessante ver a dinâmica entre Valentin e Peppy Miller, fazendo uma bela homenagem ao cinema e uma parte importantíssima de sua história.
Perseguidor Implacável
3.9 266 Assista AgoraDirty Harry se beneficia de um protagonista frio e corajoso, que é capaz de invadir lugares sem autorização e até torturar seus prisioneiros , porém tudo com um propósito para salvar os outros. Completamente íntegro, Harry é um perseguidor implacável, mas sempre perseguido pelo seu passado. Sutilmente, Siegel realiza um dos melhores thrillers da década de 70 e Eastwood é especialista em fazer personagens durões e íntegros - aliás, ele tem currículo o suficiente para isso.