Os diálogos deixam bem claro que essas situações, por mais fictícias que sejam, podem ser bem reais, ainda mais no tocante a militância negra, cheia de exageros, e de brancos dentro desse mesmo grupo, que acabam dobrando os joelhos para qualquer coisa pelo medo de serem taxados de racistas.
Boa fotografia, direção de arte, jogo de luzes e trilha sonora. A maioria das atuações está ok, mas Michelle Yeoh está tenebrosa... depois de Nefarius, ver uma possessão como nesse filme é uma piada, mas o final compensa a calhordice do filme. Os jumpscares são estupidamente altos e muitos nem fazem sentidos (como um envolvendo um espelho), parece que estão lá pra dar tempo pro filme. A investigação incomoda, pois quando se chega a uma conclusão, nós não conseguimos juntar todas as pistas, o que tira do filme a possibilidade de concluir a investigação junto aos telespectadores
O alter-ego de Agatha Christie como uma meio-vilã ou amiga de merda deve ter feito a autora se revirar do túmulo, ou fazer um furacão dentro de seu caixão, se já não voltou ao pó. Tanto ela quanto o guarda-costas são inseridos abruptamente e já possuíam uma relação de milênios com o Poirot, mas isso não fica convincente de forma alguma.
Particularmente gosto de como o filme distorceu toda a história ao ponto de deixar o público apreensivo quanto ao seu desfecho, mas....
Acredito que cristãos e ateus terão perspectivas diferentes quanto a esse filme devido as suas discussões sobre fé. As atuações são boas, em especial a de Sean Patrick Flanery, que merece reconhecimento. E pensar que tantos filmes sobre a temática não a abordam de forma minimamente atrativa, esse sai da curva e tem seu valor. Mas a tentativa de colocá-lo como um terror através dos recursos mais clichês possíveis acabam quase tornando-o um pastiche, não fossem seus diálogos instigantes.
Esperei muito por esse lançamento e minhas expectativas foram correspondidas. Toda a identidade de Nolan está ali. A narrativa, atuações e efeitos especiais estão ótimos. Mas o filme parece se estender mais do que deve quanto a audiência de confirmação de Strauss no Senado para Secretário de Comércio.
Realça os estereótipos que o DnD criou elevado à 10ª potência (o paladino, por exemplo, não passa de um daqueles evangélicos de novela, que dão sermão a todo momento e querem ser régua moral pra todo mundo), mas diverte. Tem cenas engraçadas mesmo e ação bem coordenada. O filme, no entanto, é recheado de conveniências de roteiro, o que me faz pensar se a fórmula para contar histórias em uma mesa é diferente de passá-la para as telas (sem uma devida revisão). Acredito que nenhum GM de respeito escreveria uma história dessas, onde os vilões sempre deixam os mocinhos vivos quando poderiam matá-los facilmente (e olhe que esse é o menor dos problemas). No fim é mais um daqueles inícios de franquia, para apresentarem o universo de FR e só então partirem para uma trama mais desenvolvida (vulgo campanha), o problema é que o filme não deixa ponta solta aproveitável (talvez se aprofunde nos magos vermelhos).
A fada da conveniência caprichou em amarrar a trama, mas pelo menos trás boas atuações. Harry Malling está perfeito como E. A. P. e a fotografia, junto à direção artística, são boas, mas poderia ter uns 20-30 minutos à menos.
É muito bobinho e descompromissado. Serve como um passatempo, mas não deve ser levado tão à sério, principalmente se você for um adolescente se descobrindo, nem se deixe levar por essas confabulações. O roteiro é muito fraco, os personagens são muito mal construídos e com atuações bem verdes (a moça perturbada chega a destoar do resto do elenco). Outro problema é a captação de som. Os personagens falam sempre aos sussurros e não conseguia entender o que falavam. A impressão que tive foi que o único propósito do filme foi colocar os dois atores se pegando (em cenas quentes e explícitas onde não há ereção). Pelo menos o final é feliz, o que dá aquela refrescada e endossa a proposta leve do filme.
O cinema mudo tem seus méritos e um lugar quentinho no meu coração. Esse filme trás costumes da época que parecem difíceis de engolir (embora vejamos casos isolados na nossa realidade que os remetam), mas que compensa pelo seu teor rendecionista. Esperava um final diferente, visto que o filme oscila entre múltiplas camadas, do dramático ao açucarado, muito rapidamente. Mas é satisfatório ver o trabalho dos atores em cena, tão envolvidos que conseguem criar um vínculo com o telespectador em algum momento. Eu ri com a cena no estúdio de fotografias, muito bobinha, mas refrescante.
Agora fiquei curioso pra saber se realmente deixaram aquele porquinho bêbado ou se apenas deixaram o piso escorregadio. O cinema tem um pouco disso, de nos "enganar" com sua técnica.
É um bom noir, as cenas iniciais dão cabo de prender o telespectador (a cena da perseguição é bem legal, até). Requer muita atenção devido aos costumes britânicos com seus jogos culturais, que é fundamental para o entendimento da trama. Além de um estudo de personagem interessante, o filme também constrói seu enredo com base na moralidade católica em detrimento de outras duas personagens. Mas o fato de ser adaptação de um livro me faz acreditar que algumas relações foram frouxamente estabelecidas em prol de um roteiro mais ágil, ainda assim funciona. O final é realmente muito bom.
Um bom filme. Homenageia o cinema, mas de forma diferente do que Spielberg fez em "The Fabelmans". O ponto forte, nessa construção de roteiro, está na crítica, no entanto. Todas as quatro tramas passam por um processo doloroso de adaptação do cinema. Parece que Hollywood está ficando mais aberta a falar de seus antigos astros e de como era a vida boêmia dos astros na década de 30 até a era de ouro. Não que o filme a retrate com perfeição, mas já dá indícios do que muita gente já falava sobre toda essa extravagância, decadência e celebração do sexo e nudez (por trás das câmeras, óbvio). Trilha sonora perfeita, que é um ponto forte dos filmes do Chazelle. Boas atuações e a lentidão em construir suas personagens junto a contextualização do ambiente se faz necessária.
A piada do urso e do coelho eu já conhecia há décadas, mas sempre racho o bico quando escuto. E aqui não foi diferente, principalmente pelas circunstâncias em que saiu kkkk
Um Oscar bait bem óbvio. O filme faz o básico e ainda assim tem a proeza de ser arrastado com uma duração tão pequena. O final em aberto me cheira a preguiça.
Conta com uma bela trilha sonora e fotografia. Direção de arte e figurinos igualmente bonitos. A presença de Bill Nighy é magnetizante e junto com Aimee Lou Wood proporciona os melhores momentos do longa, mas lá pro terceiro ato o filme parece perder um pouco de fôlego.
As cenas de ação aqui melhoraram bastante, o que é esperado para um filme de 2022. O início é bem ágil e repleto de clichês agradáveis (jovens em sua presunção). A relação de Maverick com Rooster não é tão bem desenvolvida quanto gostaria. No entanto, o filme aposta e não criar vilanias objetivas e consegue se desenvolver bem, mesmo com suas mais de 2h. "Hold My Hand" é uma música tão mal encaixada no filme quanto "Lift me Up" (Pantera Negra II) foi, puro marketing. Não consegue a canção superar o apelo que foi "Take My Breathe Away" e nem esperei terminar (e olhe que acho a Lady Gaga uma ótima cantora, mas aqui não consigo enxergá-la).
Além disso, o filme não consegue lidar com perdas significativas e tudo que consegue fazer é retirar o personagem do Val Kilmer, Ice, de cena. Inclusive, gostei de vê-lo novamente depois de tudo que passou em sua vida pessoal.
No mais, o filme cumpre o que promete e acho até que conseguiria se sustentar como franquia sem perder sua essência, diferentemente daquela série de filmes dos vingadores com carros que todo mundo conhece.
As cenas de ação me lembraram "Dunkirk" no sentido de que apostam mais na tensão do que na ação propriamente dita. Mas o filme é carregado de diálogos ruins e as demais situações beiram quase o homoerotismo, provavelmente numa tentativa de marketing. Depois que "Take My Breathe Away" toca pela primeira vez, se prepare pra ouvi-la a cada 10 minutos, chega a enjoar kkkk.
Possui uma atmosfera de tensão que prende. Como o primeiro filme é antigo (e naquela época faziam muito mais filmes de guerra), é normal que esse seja encarado como "só mais um" do gênero, mesmo que fora do circuito hollywodiano.
A cena em que Paul aguarda a morte de um soldado na qual esfaqueara várias vezes e quando descobre que precisa voltar pra guerra são bem marcantes e mostram que os horrores da guerra, quando provocados por nós, parecem ser muito piores.
De resto, as cenas com os diplomatas, apesar de terem sua função no filme, são chatíssimas e tomam muito tempo de filme.
Um bom filme, mas que não deixa de ser "mais um" no que se propõe. Temos o diferencial de explorar a estética africana, pouco vista em telas no Brasil e rejeitada em qualquer meio que não seja pelas lentes americanizadas (sul e norte). Não sei se seria bom o filme pegar o hype de Pantera Negra, mas é tão importante quanto. As cenas de ação são bem coreografadas, mas no quesito drama ele cai no novelesco, com uma situação digna de tramas globais, mas trás um elenco de peso e personagens com carisma, excetuando, obviamente, os homens: todos genéricos e esquecíveis. P.S.: Viola Davis é a protagonista, mas tem menos tempo de tela que Thuso Mbedu, que dá um show de atuação. E se Davis foi indicada a prêmios, acho que a jovem atriz merecia tanto quanto ela. Mas creio que ainda ouviremos falar bem mais delas duas, juntas ou não.
Sem dúvida o filme mais woke da temporada. A despeito das boas atuações (das veteranas às mais novas), o filme peca pela fotografia insaturada, quase em preto e branco e por fazer um retrato praticamente parodiado da época. Não existe tensão aqui. Eu esperava algo tipo "12 homens e uma sentença" (não vi o trailer de "Entre Mulheres"), mas o filme se estende por dias, o que torna tudo muito arrastado. Muitos questionamentos são abordados, mas sem profundidade, visto que são bombardeados no telespectador e parecem apenas criar um ambiente onde "cristandade-homem-mulher" é discutida de forma pouco original (como quando perguntam porque Deus permite as maldades acometidas contra as meninas/mulheres, mas esquecem as cristãs do livre arbítrio, que permite que os próprios homens cometam os piores atos). Como se não bastasse, o único homem que as auxilia é um completo frouxo, que está sempre se desculpando e chorando.
E querem mesmo que eu acredite que uma comunidade de mulheres menonitas encarem com naturalidade um garoto trans (August Winter, ator não-binário) como se aquilo fosse tão comum quanto beber água?
Queria ter gostado mais do filme, mas assisti apenas uma encenação sobre o empoderamento feminino, suas pautas e material de apoio para o movimento #MeToo... E que, apesar de soar forçado e falante (de forma enjoativa), pelo menos consegue ser muito bem encenado. Destaque para Claire Foy, Jessie Buckley (praticamente obrigatória para esse tipo de filme, visto que caiu no "typecasting" de garota transgressora, que desafia a suposta hegemonia masculina e tals),Rooney Mara e as respectivas mães de suas personagens: Sheila McCarthy e Judith Ivey.
Bela homenagem ao Chadwick Boseman e é isso. O filme causou expectativa em muita gente, mais pela curiosidade em saber o que seria da sequência sem seu protagonista (semelhante ao infortúnio que precedeu Velozes e Furiosos 7) do que pela ânsia de um novo produto Marvel (na qual somos bombardeados a cada 2 semanas [contém ironia]). Esse filme parece ter sido feito às pressas e herdou alguns problemas de seu antecessor, como o CGI horroroso e trama fraca (pelo menos aqui o "vilão" não tem os mesmos poderes da mocinha) e ainda temos o adicional de cenas muito escuras. A coração de ferro não tem motivo nenhum para estar aqui a não ser para introduzi-la para sua série/filme, sei lá (razões mercadológicas) e a trama esquizofrênica não sabe para onde vai:
como Namor sabe que é uma cientista quem está por trás da trama do vibrabium? Ele queria juntar forças com Wakanda atacando as meninas na ponte e sequestrando-as? Certamente que matar a rainha da nação na qual pretende uma aliança não é a melhor ideia.
Tudo isso entre momentos de "reflexão" e luto (tá bom) que tornam o filme estupidamente longo e enfadonho. Francamente, abrir mão de originalidade para se tornar cada dia mais genérica em sua estética e conceito simplesmente para entregar um produto atrás do outro é como jogar uma pá de cal em cima de quem já consumiu esse produto com brilho nos olhos. Definitivamente o tema está saturado. De resto: Angela Bassett did the thing.
Impressão de ser um filme B com efeitos ruins. A história é bem boba e reduz o filme a mero passatempo, mas ainda assim diverte. A Rebecca Ferguson faz uma vilã muito caricata e soa mais como um cosplay mal feito da Linda Perry do 4 Non Blondes. Contudo gostei da Kyliegh Curran como Abra, embora ainda verde e com um roteiro que não a ajuda, ela ainda consegue se destacar.
Uma paulada. Cada cena conversa com o telespectador através da linguagem que só o cinema é capaz de falar. O uso das cores, dos enquadramentos... tudo muito contido e ao mesmo tempo gritando na sua cara. Esse filme instiga e comove. Não acredito que Cannes preferiu o insosso "Triângulo da Tristeza" a esse, vamos ver esse Oscar 2023...
Anatomia de uma Queda
4.0 809 Assista AgoraFilme cheio de maneirismos na forma de contar sua história. Um estudo de personagem fascinante e um jogo de câmeras provocante.
Eu acredito que ela tenha matado o marido mesmo.
Ficção Americana
3.8 375 Assista AgoraOs diálogos deixam bem claro que essas situações, por mais fictícias que sejam, podem ser bem reais, ainda mais no tocante a militância negra, cheia de exageros, e de brancos dentro desse mesmo grupo, que acabam dobrando os joelhos para qualquer coisa pelo medo de serem taxados de racistas.
Pobres Criaturas
4.1 1,1K Assista AgoraPobre criatura sou eu de ter dedicado meu tempo
A Noite das Bruxas
3.3 186Boa fotografia, direção de arte, jogo de luzes e trilha sonora. A maioria das atuações está ok, mas Michelle Yeoh está tenebrosa... depois de Nefarius, ver uma possessão como nesse filme é uma piada, mas o final compensa a calhordice do filme. Os jumpscares são estupidamente altos e muitos nem fazem sentidos (como um envolvendo um espelho), parece que estão lá pra dar tempo pro filme.
A investigação incomoda, pois quando se chega a uma conclusão, nós não conseguimos juntar todas as pistas, o que tira do filme a possibilidade de concluir a investigação junto aos telespectadores
O alter-ego de Agatha Christie como uma meio-vilã ou amiga de merda deve ter feito a autora se revirar do túmulo, ou fazer um furacão dentro de seu caixão, se já não voltou ao pó. Tanto ela quanto o guarda-costas são inseridos abruptamente e já possuíam uma relação de milênios com o Poirot, mas isso não fica convincente de forma alguma.
Particularmente gosto de como o filme distorceu toda a história ao ponto de deixar o público apreensivo quanto ao seu desfecho, mas....
No fim das contas a vilã continua sendo a mesma, então meio que não faz diferença
Nefasto
3.4 202 Assista AgoraAcredito que cristãos e ateus terão perspectivas diferentes quanto a esse filme devido as suas discussões sobre fé. As atuações são boas, em especial a de Sean Patrick Flanery, que merece reconhecimento. E pensar que tantos filmes sobre a temática não a abordam de forma minimamente atrativa, esse sai da curva e tem seu valor. Mas a tentativa de colocá-lo como um terror através dos recursos mais clichês possíveis acabam quase tornando-o um pastiche, não fossem seus diálogos instigantes.
Oppenheimer
4.0 1,1KEsperei muito por esse lançamento e minhas expectativas foram correspondidas. Toda a identidade de Nolan está ali. A narrativa, atuações e efeitos especiais estão ótimos. Mas o filme parece se estender mais do que deve quanto a audiência de confirmação de Strauss no Senado para Secretário de Comércio.
Euphoria (2ª Temporada)
4.0 541A peça da Lexi é a cereja do bolo aqui 🍒
Trem-Bala
3.6 583 Assista AgoraÉ daqueles filmes cujos elementos você já viu em muitos lugares, mas conectados aqui acabam em uma mistura coerente e gostosa de acompanhar,
salvo um ou outro personagem com grande pano de fundo, mas que desaparece de cena rápido demais.
Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes
3.6 509 Assista AgoraRealça os estereótipos que o DnD criou elevado à 10ª potência (o paladino, por exemplo, não passa de um daqueles evangélicos de novela, que dão sermão a todo momento e querem ser régua moral pra todo mundo), mas diverte. Tem cenas engraçadas mesmo e ação bem coordenada. O filme, no entanto, é recheado de conveniências de roteiro, o que me faz pensar se a fórmula para contar histórias em uma mesa é diferente de passá-la para as telas (sem uma devida revisão). Acredito que nenhum GM de respeito escreveria uma história dessas, onde os vilões sempre deixam os mocinhos vivos quando poderiam matá-los facilmente (e olhe que esse é o menor dos problemas). No fim é mais um daqueles inícios de franquia, para apresentarem o universo de FR e só então partirem para uma trama mais desenvolvida (vulgo campanha), o problema é que o filme não deixa ponta solta aproveitável (talvez se aprofunde nos magos vermelhos).
O Pálido Olho Azul
3.3 275 Assista AgoraA fada da conveniência caprichou em amarrar a trama, mas pelo menos trás boas atuações. Harry Malling está perfeito como E. A. P. e a fotografia, junto à direção artística, são boas, mas poderia ter uns 20-30 minutos à menos.
Primos
2.5 158É muito bobinho e descompromissado. Serve como um passatempo, mas não deve ser levado tão à sério, principalmente se você for um adolescente se descobrindo, nem se deixe levar por essas confabulações. O roteiro é muito fraco, os personagens são muito mal construídos e com atuações bem verdes (a moça perturbada chega a destoar do resto do elenco). Outro problema é a captação de som. Os personagens falam sempre aos sussurros e não conseguia entender o que falavam. A impressão que tive foi que o único propósito do filme foi colocar os dois atores se pegando (em cenas quentes e explícitas onde não há ereção). Pelo menos o final é feliz, o que dá aquela refrescada e endossa a proposta leve do filme.
Aurora
4.4 205 Assista AgoraO cinema mudo tem seus méritos e um lugar quentinho no meu coração. Esse filme trás costumes da época que parecem difíceis de engolir (embora vejamos casos isolados na nossa realidade que os remetam), mas que compensa pelo seu teor rendecionista.
Esperava um final diferente, visto que o filme oscila entre múltiplas camadas, do dramático ao açucarado, muito rapidamente. Mas é satisfatório ver o trabalho dos atores em cena, tão envolvidos que conseguem criar um vínculo com o telespectador em algum momento. Eu ri com a cena no estúdio de fotografias, muito bobinha, mas refrescante.
Agora fiquei curioso pra saber se realmente deixaram aquele porquinho bêbado ou se apenas deixaram o piso escorregadio. O cinema tem um pouco disso, de nos "enganar" com sua técnica.
O Pior dos Pecados
3.6 9É um bom noir, as cenas iniciais dão cabo de prender o telespectador (a cena da perseguição é bem legal, até). Requer muita atenção devido aos costumes britânicos com seus jogos culturais, que é fundamental para o entendimento da trama. Além de um estudo de personagem interessante, o filme também constrói seu enredo com base na moralidade católica em detrimento de outras duas personagens. Mas o fato de ser adaptação de um livro me faz acreditar que algumas relações foram frouxamente estabelecidas em prol de um roteiro mais ágil, ainda assim funciona. O final é realmente muito bom.
Babilônia
3.6 332 Assista AgoraUm bom filme. Homenageia o cinema, mas de forma diferente do que Spielberg fez em "The Fabelmans". O ponto forte, nessa construção de roteiro, está na crítica, no entanto. Todas as quatro tramas passam por um processo doloroso de adaptação do cinema. Parece que Hollywood está ficando mais aberta a falar de seus antigos astros e de como era a vida boêmia dos astros na década de 30 até a era de ouro. Não que o filme a retrate com perfeição, mas já dá indícios do que muita gente já falava sobre toda essa extravagância, decadência e celebração do sexo e nudez (por trás das câmeras, óbvio).
Trilha sonora perfeita, que é um ponto forte dos filmes do Chazelle. Boas atuações e a lentidão em construir suas personagens junto a contextualização do ambiente se faz necessária.
A piada do urso e do coelho eu já conhecia há décadas, mas sempre racho o bico quando escuto. E aqui não foi diferente, principalmente pelas circunstâncias em que saiu kkkk
Passagem
3.3 113 Assista AgoraUm Oscar bait bem óbvio. O filme faz o básico e ainda assim tem a proeza de ser arrastado com uma duração tão pequena. O final em aberto me cheira a preguiça.
Viver
3.3 75Conta com uma bela trilha sonora e fotografia. Direção de arte e figurinos igualmente bonitos. A presença de Bill Nighy é magnetizante e junto com Aimee Lou Wood proporciona os melhores momentos do longa, mas lá pro terceiro ato o filme parece perder um pouco de fôlego.
Top Gun: Maverick
4.1 1,1K Assista AgoraAs cenas de ação aqui melhoraram bastante, o que é esperado para um filme de 2022. O início é bem ágil e repleto de clichês agradáveis (jovens em sua presunção). A relação de Maverick com Rooster não é tão bem desenvolvida quanto gostaria. No entanto, o filme aposta e não criar vilanias objetivas e consegue se desenvolver bem, mesmo com suas mais de 2h. "Hold My Hand" é uma música tão mal encaixada no filme quanto "Lift me Up" (Pantera Negra II) foi, puro marketing. Não consegue a canção superar o apelo que foi "Take My Breathe Away" e nem esperei terminar (e olhe que acho a Lady Gaga uma ótima cantora, mas aqui não consigo enxergá-la).
Além disso, o filme não consegue lidar com perdas significativas e tudo que consegue fazer é retirar o personagem do Val Kilmer, Ice, de cena. Inclusive, gostei de vê-lo novamente depois de tudo que passou em sua vida pessoal.
No mais, o filme cumpre o que promete e acho até que conseguiria se sustentar como franquia sem perder sua essência, diferentemente daquela série de filmes dos vingadores com carros que todo mundo conhece.
Top Gun: Ases Indomáveis
3.5 922 Assista AgoraAs cenas de ação me lembraram "Dunkirk" no sentido de que apostam mais na tensão do que na ação propriamente dita. Mas o filme é carregado de diálogos ruins e as demais situações beiram quase o homoerotismo, provavelmente numa tentativa de marketing. Depois que "Take My Breathe Away" toca pela primeira vez, se prepare pra ouvi-la a cada 10 minutos, chega a enjoar kkkk.
Nada de Novo no Front
4.0 611 Assista AgoraPossui uma atmosfera de tensão que prende. Como o primeiro filme é antigo (e naquela época faziam muito mais filmes de guerra), é normal que esse seja encarado como "só mais um" do gênero, mesmo que fora do circuito hollywodiano.
A cena em que Paul aguarda a morte de um soldado na qual esfaqueara várias vezes e quando descobre que precisa voltar pra guerra são bem marcantes e mostram que os horrores da guerra, quando provocados por nós, parecem ser muito piores.
De resto, as cenas com os diplomatas, apesar de terem sua função no filme, são chatíssimas e tomam muito tempo de filme.
A Mulher Rei
4.1 486 Assista AgoraUm bom filme, mas que não deixa de ser "mais um" no que se propõe. Temos o diferencial de explorar a estética africana, pouco vista em telas no Brasil e rejeitada em qualquer meio que não seja pelas lentes americanizadas (sul e norte). Não sei se seria bom o filme pegar o hype de Pantera Negra, mas é tão importante quanto.
As cenas de ação são bem coreografadas, mas no quesito drama ele cai no novelesco, com uma situação digna de tramas globais, mas trás um elenco de peso e personagens com carisma, excetuando, obviamente, os homens: todos genéricos e esquecíveis.
P.S.: Viola Davis é a protagonista, mas tem menos tempo de tela que Thuso Mbedu, que dá um show de atuação. E se Davis foi indicada a prêmios, acho que a jovem atriz merecia tanto quanto ela. Mas creio que ainda ouviremos falar bem mais delas duas, juntas ou não.
Entre Mulheres
3.7 262Sem dúvida o filme mais woke da temporada. A despeito das boas atuações (das veteranas às mais novas), o filme peca pela fotografia insaturada, quase em preto e branco e por fazer um retrato praticamente parodiado da época.
Não existe tensão aqui. Eu esperava algo tipo "12 homens e uma sentença" (não vi o trailer de "Entre Mulheres"), mas o filme se estende por dias, o que torna tudo muito arrastado. Muitos questionamentos são abordados, mas sem profundidade, visto que são bombardeados no telespectador e parecem apenas criar um ambiente onde "cristandade-homem-mulher" é discutida de forma pouco original (como quando perguntam porque Deus permite as maldades acometidas contra as meninas/mulheres, mas esquecem as cristãs do livre arbítrio, que permite que os próprios homens cometam os piores atos). Como se não bastasse, o único homem que as auxilia é um completo frouxo, que está sempre se desculpando e chorando.
E querem mesmo que eu acredite que uma comunidade de mulheres menonitas encarem com naturalidade um garoto trans (August Winter, ator não-binário) como se aquilo fosse tão comum quanto beber água?
Queria ter gostado mais do filme, mas assisti apenas uma encenação sobre o empoderamento feminino, suas pautas e material de apoio para o movimento #MeToo... E que, apesar de soar forçado e falante (de forma enjoativa), pelo menos consegue ser muito bem encenado. Destaque para Claire Foy, Jessie Buckley (praticamente obrigatória para esse tipo de filme, visto que caiu no "typecasting" de garota transgressora, que desafia a suposta hegemonia masculina e tals),Rooney Mara e as respectivas mães de suas personagens: Sheila McCarthy e Judith Ivey.
Pantera Negra: Wakanda Para Sempre
3.5 799 Assista AgoraBela homenagem ao Chadwick Boseman e é isso. O filme causou expectativa em muita gente, mais pela curiosidade em saber o que seria da sequência sem seu protagonista (semelhante ao infortúnio que precedeu Velozes e Furiosos 7) do que pela ânsia de um novo produto Marvel (na qual somos bombardeados a cada 2 semanas [contém ironia]). Esse filme parece ter sido feito às pressas e herdou alguns problemas de seu antecessor, como o CGI horroroso e trama fraca (pelo menos aqui o "vilão" não tem os mesmos poderes da mocinha) e ainda temos o adicional de cenas muito escuras.
A coração de ferro não tem motivo nenhum para estar aqui a não ser para introduzi-la para sua série/filme, sei lá (razões mercadológicas) e a trama esquizofrênica não sabe para onde vai:
como Namor sabe que é uma cientista quem está por trás da trama do vibrabium? Ele queria juntar forças com Wakanda atacando as meninas na ponte e sequestrando-as? Certamente que matar a rainha da nação na qual pretende uma aliança não é a melhor ideia.
Tudo isso entre momentos de "reflexão" e luto (tá bom) que tornam o filme estupidamente longo e enfadonho. Francamente, abrir mão de originalidade para se tornar cada dia mais genérica em sua estética e conceito simplesmente para entregar um produto atrás do outro é como jogar uma pá de cal em cima de quem já consumiu esse produto com brilho nos olhos. Definitivamente o tema está saturado.
De resto: Angela Bassett did the thing.
Doutor Sono
3.7 1,0K Assista AgoraImpressão de ser um filme B com efeitos ruins. A história é bem boba e reduz o filme a mero passatempo, mas ainda assim diverte. A Rebecca Ferguson faz uma vilã muito caricata e soa mais como um cosplay mal feito da Linda Perry do 4 Non Blondes. Contudo gostei da Kyliegh Curran como Abra, embora ainda verde e com um roteiro que não a ajuda, ela ainda consegue se destacar.
Close
4.2 490 Assista AgoraUma paulada. Cada cena conversa com o telespectador através da linguagem que só o cinema é capaz de falar. O uso das cores, dos enquadramentos... tudo muito contido e ao mesmo tempo gritando na sua cara. Esse filme instiga e comove. Não acredito que Cannes preferiu o insosso "Triângulo da Tristeza" a esse, vamos ver esse Oscar 2023...