Quem lê a sinopse imagina logo um thriller clássico, regado a muito sangue e protagonizado por um Christian Bale excêntrico, sádico. No entanto, o que se vê é um roteiro horrível, com personagens mal construídos e que cedo se perde. Não sei a quantas andava a carreira do Bale na época, mas hoje ele provavelmente dispensaria o papel e quem enaltece sua atuação nesse filme, obviamente enxerga o autor que ele é hoje. Engraçado é que esse filme é bem cotado no IMDB (7.6 é uma tremenda nota) e até mesmo aqui (coincidentemente, 3.8 é exatamente a nota equivalente). Pra mim só valeu mesmo pela lição de anos 80 com os figurinos e trilha sonora característicos da época, caso a cultura daquela década também lhe interesse, recomendo ver videoclipes do A-Ha, Erasure, Human League e afins, por mais trash que lhe possam parecer, garanto, são melhores que o filme.
Filme educativo e muito bom, perde um pouquinho de ritmo do meio para a frente, mas então o desfecho brinca com o espectador de forma inteligente, elevando o nível justamente no final. Talvez pudesse ser perfeito se se aprofundasse um pouquinho mais nos dramas paralelos, pois os personagens principais obviamente têm estórias interessantes e pouco exploradas.
Um clássico incrível, rico, denso! Não se trata de um dramalhão barato, mas de uma critica profunda e bem elaborada sobre uma dos piores faces da sociedade, tão nítida nas pequenas comunidades. Uma estória que esviscera o gênero humano, trazendo à tela seu âmago, por vezes ingênuo, por vezes amoroso, não raro podre e fétido. Uma pequena cidade siciliana, o fascismo, a segunda grande guerra, um amor platônico, luxúria, desilusões, preconceitos, falso moralismo, ingredientes que fazem parte do processo de crescimento de Renato, o púbere protagonista. Por tempero a atuação marcante de Monica Bellucci, uma atriz que representa com os olhos.
É um filme inteligente, inclusive porque a estória começa a ser contada pelo final, e talvez ficasse melhor sem um narrador. A verdade é que a certa altura o filme começou a me chatear, a trama simplesmente não evoluía. Há algumas premissas básicas que o enredo não cumpre e também senti falta de alguns estereótipos, os quais talvez até estejam lá, mas sem muita força. Enfim, se a primeira parte do filme não lhe agradar, resista, o melhor vem a partir da segunda metade. Ótimo? Genial? Épico? O filme é sim "muito bom", mas não partilho este entusiasmo todo o qual, aliás, talvez seja parcialmente responsável pelas minhas expectativas elevadas, pois os comentários me levaram a querer assisti-lo. Então, talvez este meu comentário, digamos, mais comedido, ajude quem ainda não o viu.
Meu problema aqui é que se ver antes o filme, certamente não lerei o livro de Nabokov, mas se antes eu ler o livro, talvez ainda veja o filme. Oh dilema!
Rita Hayworth? Sou antes Ingrid Bergman, Grace Kelly e Catherine Deneuve. Gilda é para mim outro clássico obsoleto. Pode ter sido muito acima da média para sua época, mas hoje seu roteiro me parece limitado, previsível e pobre, os personagens e as atuações extremamente caricatas, excessivamente dramáticas. Tempos em que o cinema assemelhava-se demasiadamente ao teatro.
Sempre que avistar uma oportunidade eu preciso repetir que Charlotte Rampling é uma atriz maravilhosa, altiva, singular e que exala uma elegância discreta. Invejável! Maravilhosa! Exemplar! Sou fã.
Um bom filme, porém não comungo com a onda de entusiasmo que o circunda. O roteiro mistura realidade e fantasia (ou ficção) de uma maneira, até certa altura, bastante eficaz, promovendo momentos de grande suspense e aflição, porém achei o arremate pouco convincente.
Uma comédia romântica leve, óbvia e sem grandes pretensões. Indicada para quando se busca apenas entretenimento, ademais, como não gostar da Audrey Tautou?
Eu não vou babar ovo para um clássico apenas porque é um clássico. Peguemos esse roteiro e façamos um remake fiel, colorido e com atores contemporâneos, nada mais precisa ser mudado. Pronto, agora o apresentemos, sob outro título, a um grupo que nunca viu, ouviu ou leu sobre o original. Quando muito, a depender das preferências de cada um, dirão que é um bom filme e apenas isso. Pode ter sido incrível, uma obra prima para e na sua época, porém hoje, quando tantas obras mais modernas estão disponíveis para comparação, definitivamente, nenhum aspecto de O Sétimo Selo me toca, me incita, ou perturba. Não pretendo com isso roubar-lhe a importância, é um esqueleto de Tiranossauro, uma valiosa peça de museu, tem meu respeito, minha admiração, sacia minha curiosidade, mas não me empolga absolutamente.
(o filme conta a estória de três protagonistas em três dimensões distintas, o narrador_1, autor do livro cuja estória é contada, o escritor_2, personagem do narrador, e o velho_3, personagem do escritor e que também é escritor)
, mas o roteiro, ironicamente, é mal escrito. Os personagens são superficiais e os diálogos ruins. As tramas poderiam ser melhor exploradas, mais intricadas. Em suma, ficou tudo muito artificial, raso, rápido. As atuações não ajudam, mas não se pode culpar os atores, mal escolhidos a propósito (Bradley Cooper não convence como escritor). Interessante que este é justamente o tipo de erro comum aos escritores amadores, pensar que uma grande obra limita-se a uma grande ideia quando a grande ideia é apenas o inicio. Então, é suposto que os autores em geral, após verem o filme, se vejam inseridos em outra ironia ao lastimar pela ideia desperdiçada.
Vejam, só, às vezes é preciso rever Lost in Translation e Match Point para lembramos que Scarlett Johansson é uma atriz! E eu me pergunto, por que as pessoas gostam tanto de dinheiro, digo, de muito mais dinheiro do que realmente precisam...
Este é um daqueles filmes cuja apreciação demanda uma certa experiência de vida e a sensibilidade e a percepção resultantes dessa experiência, do contrário o filme lhe parecerá arrastado, enfadonho e decepcionante.
O que é necessário para que um devaneio, uma bobagem, seja encarada como arte? Resposta: Que o autor seja renomado. Havia visto Mulholland Drive, então bastaram-me para resolver que as "experiências" de David Lynch não me tocam de forma alguma.
Ao ler tantas referências a Freud eu me pergunto o quanto as pessoas que o citam conhecem de psicanálise e assuntos afins, não que eu seja uma profissional do ramo, mas conheço alguém e tal pessoa disse-me que, apesar de Freud ser o pai da Psicanálise, muitas das suas teorias hoje são refutadas pelos seus sucessores de forma praticamente unânime. Mas enfim, a Psicanálise não é o tema, o filme deve ter sido ótimo para a época, mas o público contemporâneo, munido de referências do gênero tão atuais e superiores, deveria vê-lo apenas como mediano. A exaltar apenas a excepcional atuação de Catherine Deneuve.
Um bom filme, não tão bom como outros filmes de ação com Tom Cruise, é bom que se diga logo. Uma participação pequena demais para Robert Duvall e os demais coadjuvantes praticamente inexpressivos, inclusive o vilão deixa a desejar. Pareceu-me um furo o fato de que o crime tido como evento principal tenha tido tão pouca repercussão política, mas enfim, sem spoilers. O filme vale pelo entretenimento, apenas contenha suas expectativas.
Ouvi sobre esses "clássicos da Sessão da Tarde" uma análise que me fez pensar. Alguém disse-me que muitos filmes, apesar de não terem grande valor artístico, tornaram-se clássicos por terem, de uma outra forma, marcado a vida das pessoas de sua geração. Top Gun, talvez por seus hits e ícones, tornou-se um desses filmes e é natural que pessoas daquela geração o defendam, enquanto as gerações posteriores não o reconheçam e contestem. Para mim, o curioso é que muitos dos filmes mais antigos, rotulados pela crítica como obras de arte, por vezes sejam igualmente desprovidos de mérito quando comparados a outros mais recentes, alguns desses clássicos em P&B, ou mesmo em Technicolor, possuem roteiros simplórios, são caricatos e excessivamente dramáticos, lembrando-me as piores novelas mexicanas, no entanto meus contemporâneos lhes rendem adoração tão somente porque alguém os rotulou como clássicos. Pois bem, Top Gun também é um clássico e o que eu tenho aprendido nesse processo é que o rótulo "Clássico" não é necessariamente sinônimo de filme bom.
Psicopata Americano
3.7 1,9K Assista AgoraQuem lê a sinopse imagina logo um thriller clássico, regado a muito sangue e protagonizado por um Christian Bale excêntrico, sádico. No entanto, o que se vê é um roteiro horrível, com personagens mal construídos e que cedo se perde. Não sei a quantas andava a carreira do Bale na época, mas hoje ele provavelmente dispensaria o papel e quem enaltece sua atuação nesse filme, obviamente enxerga o autor que ele é hoje. Engraçado é que esse filme é bem cotado no IMDB (7.6 é uma tremenda nota) e até mesmo aqui (coincidentemente, 3.8 é exatamente a nota equivalente). Pra mim só valeu mesmo pela lição de anos 80 com os figurinos e trilha sonora característicos da época, caso a cultura daquela década também lhe interesse, recomendo ver videoclipes do A-Ha, Erasure, Human League e afins, por mais trash que lhe possam parecer, garanto, são melhores que o filme.
A Onda
4.2 1,9KFilme educativo e muito bom, perde um pouquinho de ritmo do meio para a frente, mas então o desfecho brinca com o espectador de forma inteligente, elevando o nível justamente no final. Talvez pudesse ser perfeito se se aprofundasse um pouquinho mais nos dramas paralelos, pois os personagens principais obviamente têm estórias interessantes e pouco exploradas.
A Voz do Coração
4.3 260Adorável.
Malena
3.9 406 Assista AgoraUm clássico incrível, rico, denso! Não se trata de um dramalhão barato, mas de uma critica profunda e bem elaborada sobre uma dos piores faces da sociedade, tão nítida nas pequenas comunidades. Uma estória que esviscera o gênero humano, trazendo à tela seu âmago, por vezes ingênuo, por vezes amoroso, não raro podre e fétido. Uma pequena cidade siciliana, o fascismo, a segunda grande guerra, um amor platônico, luxúria, desilusões, preconceitos, falso moralismo, ingredientes que fazem parte do processo de crescimento de Renato, o púbere protagonista. Por tempero a atuação marcante de Monica Bellucci, uma atriz que representa com os olhos.
A Espiã
4.0 212 Assista AgoraFilmaço desconhecido por muitos.
Perfume: A História de um Assassino
4.0 2,2KÉ um filme inteligente, inclusive porque a estória começa a ser contada pelo final, e talvez ficasse melhor sem um narrador. A verdade é que a certa altura o filme começou a me chatear, a trama simplesmente não evoluía. Há algumas premissas básicas que o enredo não cumpre e também senti falta de alguns estereótipos, os quais talvez até estejam lá, mas sem muita força. Enfim, se a primeira parte do filme não lhe agradar, resista, o melhor vem a partir da segunda metade. Ótimo? Genial? Épico? O filme é sim "muito bom", mas não partilho este entusiasmo todo o qual, aliás, talvez seja parcialmente responsável pelas minhas expectativas elevadas, pois os comentários me levaram a querer assisti-lo. Então, talvez este meu comentário, digamos, mais comedido, ajude quem ainda não o viu.
Lolita
3.7 632 Assista AgoraMeu problema aqui é que se ver antes o filme, certamente não lerei o livro de Nabokov, mas se antes eu ler o livro, talvez ainda veja o filme. Oh dilema!
Sob o Sol da Toscana
3.7 475 Assista AgoraSobre este filme, a fotografia e os sets bastam para que perdoemos qualquer pecado que lhe possamos atribuir.
Gilda
4.0 225 Assista AgoraRita Hayworth? Sou antes Ingrid Bergman, Grace Kelly e Catherine Deneuve. Gilda é para mim outro clássico obsoleto. Pode ter sido muito acima da média para sua época, mas hoje seu roteiro me parece limitado, previsível e pobre, os personagens e as atuações extremamente caricatas, excessivamente dramáticas. Tempos em que o cinema assemelhava-se demasiadamente ao teatro.
Holy Motors
3.9 652 Assista AgoraHonestamente? Uma baboseira tremendamente enfadonha e cheia de pretensões filosóficas.
Não Me Abandone Jamais
3.8 2,1K Assista AgoraA ideia é boa, a execução não convence.
Swimming Pool - À Beira da Piscina
3.6 88Sempre que avistar uma oportunidade eu preciso repetir que Charlotte Rampling é uma atriz maravilhosa, altiva, singular e que exala uma elegância discreta. Invejável! Maravilhosa! Exemplar! Sou fã.
Dentro da Casa
4.1 553 Assista AgoraUm bom filme, porém não comungo com a onda de entusiasmo que o circunda. O roteiro mistura realidade e fantasia (ou ficção) de uma maneira, até certa altura, bastante eficaz, promovendo momentos de grande suspense e aflição, porém achei o arremate pouco convincente.
Amar... Não Tem Preço
3.5 184 Assista AgoraUma comédia romântica leve, óbvia e sem grandes pretensões. Indicada para quando se busca apenas entretenimento, ademais, como não gostar da Audrey Tautou?
O Sétimo Selo
4.4 1,0KEu não vou babar ovo para um clássico apenas porque é um clássico. Peguemos esse roteiro e façamos um remake fiel, colorido e com atores contemporâneos, nada mais precisa ser mudado. Pronto, agora o apresentemos, sob outro título, a um grupo que nunca viu, ouviu ou leu sobre o original. Quando muito, a depender das preferências de cada um, dirão que é um bom filme e apenas isso. Pode ter sido incrível, uma obra prima para e na sua época, porém hoje, quando tantas obras mais modernas estão disponíveis para comparação, definitivamente, nenhum aspecto de O Sétimo Selo me toca, me incita, ou perturba. Não pretendo com isso roubar-lhe a importância, é um esqueleto de Tiranossauro, uma valiosa peça de museu, tem meu respeito, minha admiração, sacia minha curiosidade, mas não me empolga absolutamente.
As Palavras
3.6 665O tema atrai imediatamente os escritores amadores e aficionados por literatura em geral. A proposta é boa
(o filme conta a estória de três protagonistas em três dimensões distintas, o narrador_1, autor do livro cuja estória é contada, o escritor_2, personagem do narrador, e o velho_3, personagem do escritor e que também é escritor)
3 Idiotas
4.3 382Esse é pra juntar a família toda na sala, pra indicar e fazer moral com os amigos, diversão garantida.
Encontros e Desencontros
3.8 1,7K Assista AgoraVejam, só, às vezes é preciso rever Lost in Translation e Match Point para lembramos que Scarlett Johansson é uma atriz! E eu me pergunto, por que as pessoas gostam tanto de dinheiro, digo, de muito mais dinheiro do que realmente precisam...
Cópia Fiel
3.9 452 Assista AgoraEste é um daqueles filmes cuja apreciação demanda uma certa experiência de vida e a sensibilidade e a percepção resultantes dessa experiência, do contrário o filme lhe parecerá arrastado, enfadonho e decepcionante.
Estrada Perdida
4.1 469 Assista AgoraO que é necessário para que um devaneio, uma bobagem, seja encarada como arte? Resposta: Que o autor seja renomado. Havia visto Mulholland Drive, então bastaram-me para resolver que as "experiências" de David Lynch não me tocam de forma alguma.
Repulsa ao Sexo
4.0 461 Assista AgoraAo ler tantas referências a Freud eu me pergunto o quanto as pessoas que o citam conhecem de psicanálise e assuntos afins, não que eu seja uma profissional do ramo, mas conheço alguém e tal pessoa disse-me que, apesar de Freud ser o pai da Psicanálise, muitas das suas teorias hoje são refutadas pelos seus sucessores de forma praticamente unânime. Mas enfim, a Psicanálise não é o tema, o filme deve ter sido ótimo para a época, mas o público contemporâneo, munido de referências do gênero tão atuais e superiores, deveria vê-lo apenas como mediano. A exaltar apenas a excepcional atuação de Catherine Deneuve.
Jack Reacher: O Último Tiro
3.4 892 Assista AgoraUm bom filme, não tão bom como outros filmes de ação com Tom Cruise, é bom que se diga logo. Uma participação pequena demais para Robert Duvall e os demais coadjuvantes praticamente inexpressivos, inclusive o vilão deixa a desejar. Pareceu-me um furo o fato de que o crime tido como evento principal tenha tido tão pouca repercussão política, mas enfim, sem spoilers. O filme vale pelo entretenimento, apenas contenha suas expectativas.
As Palavras
3.6 665Eis uma sinopse bem escrita, deu vontade de ver o filme.
Top Gun: Ases Indomáveis
3.5 922 Assista AgoraOuvi sobre esses "clássicos da Sessão da Tarde" uma análise que me fez pensar. Alguém disse-me que muitos filmes, apesar de não terem grande valor artístico, tornaram-se clássicos por terem, de uma outra forma, marcado a vida das pessoas de sua geração. Top Gun, talvez por seus hits e ícones, tornou-se um desses filmes e é natural que pessoas daquela geração o defendam, enquanto as gerações posteriores não o reconheçam e contestem. Para mim, o curioso é que muitos dos filmes mais antigos, rotulados pela crítica como obras de arte, por vezes sejam igualmente desprovidos de mérito quando comparados a outros mais recentes, alguns desses clássicos em P&B, ou mesmo em Technicolor, possuem roteiros simplórios, são caricatos e excessivamente dramáticos, lembrando-me as piores novelas mexicanas, no entanto meus contemporâneos lhes rendem adoração tão somente porque alguém os rotulou como clássicos. Pois bem, Top Gun também é um clássico e o que eu tenho aprendido nesse processo é que o rótulo "Clássico" não é necessariamente sinônimo de filme bom.