Gostei muito desse filme, é divertido, esperto, tem um ótimo senso de humor. Não vou repetir aqui tudo que ele já disse, mas adorei a ideia de ele se resumindo na cena em que
estão escolhendo o livro pra ser premiado e as três pessoas brancas ficam de um lado da mesa, as duas pessoas negras do outro, e a moça branca diz, depois de escolher “Fuck” como vencedor: “Não é só sobre o livro ser tão comovente, mas eu acho que é essencial que nós ouçamos vozes negras hoje em dia”
Eu acho fascinante a ideia de que nossa percepção do mundo pode ser afetada pelos idiomas que conhecemos. Assim como algumas palavras em diferentes línguas expressam sentimentos, sensações e ideias que não fazem parte direta do nosso léxico, existem pensamentos e conceitos mais livres que não estão presos a palavras. Da mesma forma que um filme ou um sonho podem ter linguagem próprias, onde a conversão em palavras não funciona. Juntando isso à nossa acepção do tempo, um conjunto de regras que inventamos pra tentar fazer sentido de algo muito maior que nós, a ideia de uma linguagem circular alterar também o entendimento dele, é muito, muito legal. Eu acho incrível a forma como o filme mostra isso. E visualmente ele é fantástico também. Porém esse general caricato, frase romântica bobinha, conflito forçado, e esse negócio batido, exaustivo, dos EUA sempre serem os heróis do mundo, tendo que derrotar Rússia, China e etc, são pontos que me incomodam no filme. Ainda adoro ele, mas me dá impressão que precisaram colocar um filme inteligente na estrutura de um blockbuster genérico pra poder vender. Enfim, isso não sobrepõe as qualidades dele.
O foco dessa temporada é explorar quem são os personagens. A investigação é segundo plano. Tem bastante questão levantada que é abandonada, coisas interessantes que não são seguidas, acontecimentos repentinos que servem só pra fazer a história parecer que está andando. No fim, a conclusão do caso parece irrelevante, não tem muito peso. A forma como os personagens são construídos e como a complexidade deles vai sendo revelada, é um tanto forçada também, principalmente em diálogos exageradamente elaborados e expositivos que definitivamente não caberiam naquele momento pros investigadores. Ainda assim, me prendeu do início ao fim. A atmosfera é muito boa, as atuações são fantásticas, a trilha, a edição, filmagem, toda a parte técnica é muito legal. E esses estudos de personagem sempre me interessam muito. O resto eu decido deixar meio de lado. Agora, Fargo também brinca com investigação e personagens profundos e, pra mim (não que seja uma competição), é superior em quase tudo.
Muito interessante. Eu imagino que o sexo nesse filme represente prazer e descoberta, algo maior que “furious jumping”, rs, mas eu sinto que a exploração dessas ideias das sensações, sentimentos e aprendizados que a vida pode proporcionar poderia ter ido além do sexo. Mas tudo bem, o filme é muito legal, bonito e esquisito, e as atuações são ótimas. Queria saber como conseguem aquele efeito de distorção do plano de fundo enquanto o personagem é focado sem distorção, achei bem maneiro. Preciso esperar lançar o Bluray pra pegar ele na locadora e ver o making of.
Definitivamente meu preferido dos quatro. Eu adoro como esse filme abraça o absurdo dessa história toda, brinca e se diverte com isso, e ainda consegue se manter sério quando precisa. Todas as cenas são sensacionais e as 3 horas passam voando. Filmaço.
Eu entendo o apelo devido à nostalgia por comédias românticas dos anos 90 e início dos 2000, mas dava pra ter aproveitado que estamos em 2024 pra corrigir alguns erros delas. Quero dizer, seria possível ser um filme leve, simples e despretensioso sem ser completamente burro. Estamos em 15 de fevereiro ainda, por enquanto esse leva o título de pior filme que vi esse ano.
O lance de "eu estou do lado das minorias e só queria me divertir, ninguém entendeu então agora vou ser ofensivo pra provocar" não funcionou pra mim. O Dave é um cara esperto, ele consegue contar histórias e te prender na narrativa das piadas de forma que poucos conseguem, e no final te deixar pensando em tudo aquilo que ele quis dizer, você concordando ou não. Agora, simplesmente imitar uma pessoa deficiente achando que isso é engraçado o suficiente pra sustentar um especial, pra mim é um tanto patético. De novo, eu entendo que ele aqui está fingindo ser o cara cujas pessoas que normalmente se ofendem acham que ele é, mas com isso ele não disse absolutamente nada e só apelou pra um humor imaturo, fácil e (na minha opinião) nem um pouco engraçado. Ofender e atacar sem nada a dizer e, pior, sem graça ou sutileza alguma, pra mim só parece um troço muito baixo. Poderia ter aprendido com o Norm, já que admirava ele, ou até com o Louie.
Eu não senti que é tudo uma "alucinação" do Darius. Até porque eu não acho que essa série iria entregar tudo no título do episódio assim, principalmente considerando que nada nela é pra ser interpretado de forma direta. Eu senti que o Darius continua em Atlanta, basicamente. Foi dado muito foco no Earn e na Vanessa indo pra Los Angeles, no Alfred preferindo ser atacado por porcos selvagens no mato do que continuar lá, enfim. Eles agora vão conseguir mudar a realidade deles. Atlanta é esse lugar onde tudo parece surreal, mas não é um sonho ou alucinação. O sorriso do Darius no final é por saber que está acordado.
Eu senti falta de uma motivação clara pra personagem mas, pensando de forma objetiva, isso não tem relevância pra o que o filme quer dizer. Explorar o psicológico dela até tiraria o foco da intenção maior, que é nos colocar dentro daquele meio que a protagonista deseja tanto, mas que não se importa com ela. O conflito entre a ideia de prazer, dor e trauma dentro da mesma coisa. No geral, o filme é direto e achei que funciona bem, me causou desconforto e fez refletir
Confesso que chorei um pouquinho, rs. E é interessante como sem a plateia fica mais clara a estrutura na qual ele constrói as piadas. A cadência, entonação, as pausas e expressões, o fato de ele minimizar a própria inteligência, de sempre fazer parecer que não tá no controle da situação, de brincar que esqueceu sobre o que estava falando e tal... Essa forma mais crua chama atenção pra esses detalhes. E eu senti aqui um tom muito próximo do livro dele, não só no humor, mas nos temas e no fato da doença dele estar sempre nas entrelinhas (ao refletir sobre o vício em jogos, falar sobre morte, sobre a mãe, enfim). E com ele, mesmo quando a piada é ruim (propositalmente ou não), continua sendo algo especial de assistir. Eu gosto demais do Norm, ele tinha algo diferente mesmo
Esse filminho é tão simples mas tem coisinhas que me marcaram tanto de 2010, quando assisti a primeira vez, pra cá. O lance todo do chiclete, as bandas que eu curtia na época, a conversa sobre I Wanna Hold Your Hand e sobre jeans sujos, a Kat gritando "I'M NOT JEALOUS!", o Michael Cera fazendo um George Michael levemente mais confiante, sei lá... Tenho um carinho especial por ele
"You know, what we call "everyday reality", is a projection of consciousness. In reality there's no such thing as colors or sounds, or textures, or tastes, or smells, in the so-called "real world". The real world is a radically ambiguous and ceaselessly flowing quantum soup. It's a fluctuation of energy and information in an infinite void. (...) So what is reality? The answer is: There's no such thing."
Ficção Americana
3.8 366 Assista AgoraGostei muito desse filme, é divertido, esperto, tem um ótimo senso de humor. Não vou repetir aqui tudo que ele já disse, mas adorei a ideia de ele se resumindo na cena em que
estão escolhendo o livro pra ser premiado e as três pessoas brancas ficam de um lado da mesa, as duas pessoas negras do outro, e a moça branca diz, depois de escolher “Fuck” como vencedor: “Não é só sobre o livro ser tão comovente, mas eu acho que é essencial que nós ouçamos vozes negras hoje em dia”
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraVi pela segunda vez ontem.
Eu acho fascinante a ideia de que nossa percepção do mundo pode ser afetada pelos idiomas que conhecemos. Assim como algumas palavras em diferentes línguas expressam sentimentos, sensações e ideias que não fazem parte direta do nosso léxico, existem pensamentos e conceitos mais livres que não estão presos a palavras. Da mesma forma que um filme ou um sonho podem ter linguagem próprias, onde a conversão em palavras não funciona. Juntando isso à nossa acepção do tempo, um conjunto de regras que inventamos pra tentar fazer sentido de algo muito maior que nós, a ideia de uma linguagem circular alterar também o entendimento dele, é muito, muito legal. Eu acho incrível a forma como o filme mostra isso. E visualmente ele é fantástico também. Porém esse general caricato, frase romântica bobinha, conflito forçado, e esse negócio batido, exaustivo, dos EUA sempre serem os heróis do mundo, tendo que derrotar Rússia, China e etc, são pontos que me incomodam no filme. Ainda adoro ele, mas me dá impressão que precisaram colocar um filme inteligente na estrutura de um blockbuster genérico pra poder vender. Enfim, isso não sobrepõe as qualidades dele.
Madame Teia
2.1 233 Assista AgoraMuito bom
True Detective (1ª Temporada)
4.7 1,6K Assista AgoraO foco dessa temporada é explorar quem são os personagens. A investigação é segundo plano. Tem bastante questão levantada que é abandonada, coisas interessantes que não são seguidas, acontecimentos repentinos que servem só pra fazer a história parecer que está andando. No fim, a conclusão do caso parece irrelevante, não tem muito peso. A forma como os personagens são construídos e como a complexidade deles vai sendo revelada, é um tanto forçada também, principalmente em diálogos exageradamente elaborados e expositivos que definitivamente não caberiam naquele momento pros investigadores. Ainda assim, me prendeu do início ao fim. A atmosfera é muito boa, as atuações são fantásticas, a trilha, a edição, filmagem, toda a parte técnica é muito legal. E esses estudos de personagem sempre me interessam muito. O resto eu decido deixar meio de lado.
Agora, Fargo também brinca com investigação e personagens profundos e, pra mim (não que seja uma competição), é superior em quase tudo.
Doente de Mim Mesma
3.9 95 Assista AgoraConheço gente assim
Pobres Criaturas
4.2 1,1K Assista AgoraMuito interessante. Eu imagino que o sexo nesse filme represente prazer e descoberta, algo maior que “furious jumping”, rs, mas eu sinto que a exploração dessas ideias das sensações, sentimentos e aprendizados que a vida pode proporcionar poderia ter ido além do sexo. Mas tudo bem, o filme é muito legal, bonito e esquisito, e as atuações são ótimas. Queria saber como conseguem aquele efeito de distorção do plano de fundo enquanto o personagem é focado sem distorção, achei bem maneiro. Preciso esperar lançar o Bluray pra pegar ele na locadora e ver o making of.
John Wick 4: Baba Yaga
3.9 691 Assista AgoraDefinitivamente meu preferido dos quatro. Eu adoro como esse filme abraça o absurdo dessa história toda, brinca e se diverte com isso, e ainda consegue se manter sério quando precisa. Todas as cenas são sensacionais e as 3 horas passam voando. Filmaço.
Todos Menos Você
3.1 345 Assista AgoraEu entendo o apelo devido à nostalgia por comédias românticas dos anos 90 e início dos 2000, mas dava pra ter aproveitado que estamos em 2024 pra corrigir alguns erros delas. Quero dizer, seria possível ser um filme leve, simples e despretensioso sem ser completamente burro. Estamos em 15 de fevereiro ainda, por enquanto esse leva o título de pior filme que vi esse ano.
Dave Chappelle: Sonhador
3.5 5O lance de "eu estou do lado das minorias e só queria me divertir, ninguém entendeu então agora vou ser ofensivo pra provocar" não funcionou pra mim. O Dave é um cara esperto, ele consegue contar histórias e te prender na narrativa das piadas de forma que poucos conseguem, e no final te deixar pensando em tudo aquilo que ele quis dizer, você concordando ou não. Agora, simplesmente imitar uma pessoa deficiente achando que isso é engraçado o suficiente pra sustentar um especial, pra mim é um tanto patético. De novo, eu entendo que ele aqui está fingindo ser o cara cujas pessoas que normalmente se ofendem acham que ele é, mas com isso ele não disse absolutamente nada e só apelou pra um humor imaturo, fácil e (na minha opinião) nem um pouco engraçado. Ofender e atacar sem nada a dizer e, pior, sem graça ou sutileza alguma, pra mim só parece um troço muito baixo. Poderia ter aprendido com o Norm, já que admirava ele, ou até com o Louie.
Atlanta (4ª Temporada)
4.4 52 Assista AgoraFalando somente do último episódio:
Eu não senti que é tudo uma "alucinação" do Darius. Até porque eu não acho que essa série iria entregar tudo no título do episódio assim, principalmente considerando que nada nela é pra ser interpretado de forma direta. Eu senti que o Darius continua em Atlanta, basicamente. Foi dado muito foco no Earn e na Vanessa indo pra Los Angeles, no Alfred preferindo ser atacado por porcos selvagens no mato do que continuar lá, enfim. Eles agora vão conseguir mudar a realidade deles. Atlanta é esse lugar onde tudo parece surreal, mas não é um sonho ou alucinação. O sorriso do Darius no final é por saber que está acordado.
O Tesouro da Montanha Nebulosa
2.5 7 Assista AgoraMuito divertido e gostei bastante da edição
Wild Wild Country
4.3 265 Assista Agorafilmow.com/fear-is-the-master-t257707/
Pig: A Vingança
3.5 304Que subtítulo imbecil. Ótimo filme
The White Lotus (2ª Temporada)
4.2 345 Assista Agorayoutube.com/watch?v=ubWvAjh0ABg
Pleasure
3.4 112 Assista AgoraEu senti falta de uma motivação clara pra personagem mas, pensando de forma objetiva, isso não tem relevância pra o que o filme quer dizer. Explorar o psicológico dela até tiraria o foco da intenção maior, que é nos colocar dentro daquele meio que a protagonista deseja tanto, mas que não se importa com ela. O conflito entre a ideia de prazer, dor e trauma dentro da mesma coisa. No geral, o filme é direto e achei que funciona bem, me causou desconforto e fez refletir
Norm Macdonald: Nothing Special
4.1 2 Assista AgoraConfesso que chorei um pouquinho, rs. E é interessante como sem a plateia fica mais clara a estrutura na qual ele constrói as piadas. A cadência, entonação, as pausas e expressões, o fato de ele minimizar a própria inteligência, de sempre fazer parecer que não tá no controle da situação, de brincar que esqueceu sobre o que estava falando e tal... Essa forma mais crua chama atenção pra esses detalhes. E eu senti aqui um tom muito próximo do livro dele, não só no humor, mas nos temas e no fato da doença dele estar sempre nas entrelinhas (ao refletir sobre o vício em jogos, falar sobre morte, sobre a mãe, enfim). E com ele, mesmo quando a piada é ruim (propositalmente ou não), continua sendo algo especial de assistir. Eu gosto demais do Norm, ele tinha algo diferente mesmo
Jackass Para Sempre
3.4 81Lindo
No Refunds
4.1 1/watch?v=kKyMvjPJdtM
Arquivo X (11ª Temporada)
3.6 72 Assista AgoraWe're not alone in the universe, but nobody likes us
Arquivo X (10ª Temporada)
3.8 192 Assista AgoraDarin Morgan é fantástico
Nick & Norah: Uma Noite de Amor e Música
3.5 847Esse filminho é tão simples mas tem coisinhas que me marcaram tanto de 2010, quando assisti a primeira vez, pra cá. O lance todo do chiclete, as bandas que eu curtia na época, a conversa sobre I Wanna Hold Your Hand e sobre jeans sujos, a Kat gritando "I'M NOT JEALOUS!", o Michael Cera fazendo um George Michael levemente mais confiante, sei lá... Tenho um carinho especial por ele
Deadbeat Hero
2.8 1/watch?v=X4Rm87cqnUI
Maior Viagem: Uma Aventura Psicodélica
3.7 76"You know, what we call "everyday reality", is a projection of consciousness. In reality there's no such thing as colors or sounds, or textures, or tastes, or smells, in the so-called "real world". The real world is a radically ambiguous and ceaselessly flowing quantum soup. It's a fluctuation of energy and information in an infinite void. (...) So what is reality? The answer is: There's no such thing."
It's Always Sunny in Philadelphia (14ª Temporada)
4.0 16 Assista AgoraQue susto que o
Big Mo