É divertido, gosto bastante do trabalho do Johannes Roberts, Resident Evil está em boas mãos aliás. Acho o primeiro mais tenso, mas esse tem sustos melhores e um tubarão que é basicamente... o Michael Myers dos tubarões. Assista sem maiores pretensões, apenas se divirta :)
Misture Enigma de Outro Mundo com Silent Hill... o resultado será The Void. Super divertido. Uma grande homenagem ao clássico dos 80 com um bom drama social, que lembra bastante o plot do
. Possui uma fotografia muito bem trabalhada, com belos cenários, uma mitologia bem escrita e o melhor, efeitos práticos! Não temos aqui toneladas de CGs ruins, temos pura maquiagem e alegorias dignas de John Carpenter. Vale muito a pena conferir!
Confesso que não me apeguei ao Ad Astra. Mas antes de falar os motivos, preciso ressaltar os seus pontos positivos. A fotografia é belíssima, invocando e homenageando 2001 em diversos momentos, trilha sonora e os efeitos também foram adequados pro filme e o Brad Pitt está ótimo... porém um filme não se faz apenas com efeitos, atuação e uma bela fotografia, precisamos de uma boa história, e é aqui que o filme se perde completamente. Ad Astra tenta constantemente ser várias coisas, ser aterrorizante, ser dramático, ser frenético, ser filosófico... e não faz nenhum direito. O filme tenta
se segurar em um drama familiar fraco, com motivações fracas, e um personagem que tenta crescer, transcender à sua maneira e apagar de vez a sombra de seu pai da sua vida
mas isso em 2 horas tediosas. É um filme apenas para se contemplar, aproveitar a ambientação e os bons diálogos da narrativa do personagem do Brad Pitt, mas só.
Querem um bom filme que usa e abusa da filosofia humana no espaço? High Life, com o Robert Pattinson. Podem assistir sem medo.
Ad Astra até tenta, mas passa longe de encontrar seu real lugar entre as estrelas.
Achei super divertido. Pra mim, dos atuais filmes de ataques de animais, Medo Profundo (47 Meters Down) e Predadores Assassinos (Crawl) foram os melhores até então. Gostei dos sustos bem inseridos na trama. A história é bem simples, mas funciona bem com todo o cenário. E gosto bastante do Alexandre Aja, fez uma bela parceria com o Sam Raimi, tomara que se repita e ainda possam incluir o Fede Alvarez junto. Seria fantástico.
Antes de mais nada o mundo deveria agradecer a existência de diretores como o Andy Muschietti, que aos poucos tá trilhando seu caminho e se tornando tão grandioso quanto o James Wan. Começou com seu curta Mamá e ora oras... olha onde estamos agora. E agora, com essa sequência, como podemos descrevê-la? Acho que a palavra que simplesmente define este filme é: respeito. Antes de mais nada, estou fazendo a análise apenas do filme, não li o livro e o que importa para mim é a mensagem que a obra me trouxe.
Desde a cena inicial já temos explicita a mensagem,
uma situação extremamente violenta que ocorre no dia a dia deste país, a intolerância extrema com relação aos homossexuais
é revoltante, é mostrada de forma crua, doeu sabe? Dói ver cenas assim porque vão muito além de qualquer medo de palhaço, mostram a nós o medo do dia a dia, o medo das pessoas. Desde o primeiro filme a questão da intolerância já estava sendo muito bem abordada, principalmente pelo enfoque no pai da Bev, já nesta sequência ficou explícito, sem maiores delongas. Aqui vamos a fundo em cada um dos personagens, cada drama pessoal é muito bem abordado, e a forma que ocorre a transição entre passado e presente é magnífica.
A duração foi um ponto crucial, precisava ser longo, precisava sim explorar o passado de cada um dos personagens para trazer o conceito principal do filme, a união, a criação de laços, a importância da amizade e como ela é fundamental para nossa existência como humanos. Quando finalmente nos damos conta
que o Richie amava realmente o Eddie, e ver aquele amor sendo despedaçado na tela
, aquilo teve um significado tão intenso... a construção dos personagens é incrível, e ainda acho que deveríamos ter uma edição completa com os dois filmes em conjunto, com suas + de 5 horas.
Resumindo, o que eu quero dizer aqui vai além dos sustos. It é um filme sobre sentimentos, todos eles, traumas e dores, que acompanham essas crianças desde pequenas, que os assombra numa forma avassaladora e mortal, personificada em um palhaço. O meu ode vai ao gênero, ao horror, pois é o único gênero cinematográfico capaz de englobar TODOS os outros gêneros, pois se trata da raiz, o fundo da consciência humana sendo retratado na tela. O medo é fundamental pra história, assim como o amor, o amor esse que nos une. Por isso digo, It 2 é um filme extremamente sensível, curioso até dizer isso em meio a tanto sangue, certo? Mas sim, sensível, pois mostra a constante luta para curar as dores do passado ou presente, seja pela maldita homofobia, machismo, bullying, existem vários Pennywises espalhados pelo mundo, querendo fazer você flutuar de todas as formas possíveis. Mas não somos fracos, somos Losers pois afinal... o que temos a perder?
Um verdadeiro tapa na cara de quaisquer opressores. E é por isso que precisamos de mais filmes como esse, e claro, a mente brilhante de Stephen King.
Obviamente achei o filme espetacular e espero retornar para ver uma segunda vez, pois tem tantas referências, mas tantas...
Novamente estou aqui para comentar: não acredito que vivemos no mesmo plano terrestre que o Bong Joon-ho. Estamos falando de um visionário, que usa de sua fantasia para fazer literalmente qualquer tipo de crítica, cutucar fundo na alma do espectador e sem um pingo de medo de mostrar a sua realidade da forma mais crua e artística possível. Parasita é definitivamente uma de suas maiores (se não definitivamente a maior) obras. Desde o primeiro plano já é jogado na cara do espectador a diferença entre as classes dos protagonistas, e o que é mais divertido? O desenvolvimento IMPECÁVEL. Juro pra vocês. até metade do filme
o seu humor negro e criticismo me deixaram achando que o filme seria apenas uma comédia muito inteligente de cunho social... mas a partir do momento que eles descobrem o porão... o filme se transforma completamente, essa é a verdadeira marca do Bong, ele vai amaciando a gente antes de começar a bater de verdade, e faz isso sem dó.
da festa, o ápice da desgraça, nada mais irônico do que uma carnificina humana num churrasco de aniversário de uma criança , os interesses puros do pai rico de família, a sua fuga, o desespero por ver a classe inferior degradada em sua frente, enquanto o Kim tentava proteger sua família ali, destruída na sua frente, também por ações deles... um conflito pesadíssimo, até ele finalmente estourar e matar o rico dono da casa.
E dói, como dói ver um retrato desses e aplicar não só na sociedade coreana, mas no mundo, toda essa polarização e o que o dinheiro é capaz... A cena final nos mostra isso
o triste e doce sonho de conseguir juntar dinheiro, crescer na vida, ser alguém... pra ele poder comprar a casa e finalmente salvar o pai. Infelizmente é algo que a sociedade tenta nos impor, seja para salvar alguém como no filme, ou buscar um espaço próprio no mundo
.
Isso sim é cinema. Tragam o Oscar e entreguem na mão de Bong Joon-ho, esse é o ano dele.
Não vejo a hora de estrear nos cinemas alternativos para poder rever na telona. Nem comentei dos aspectos técnicos porque os cenários são um deleite. Apreciem e apoiem a arte, sempre.
Esse filme foi gravado no quintal do Neil Marshall, né? Sério, não é possível que aprovaram o desenvolvimento de uma bomba dessas. Sem brincadeiras, é tão ruim que me deixou sem palavras. Roteiro tão ruim que chega a ser cômico, só não é tão ruim quanto a trilha sonora que parece que foi conduzida por uma criança descobrindo músicas. CGI e maquiagens péssimas. Consigo resumir esse filme como um clipe de black metal mais mal feito do que os habituais. Passem longe desse fiasco.
Guy Ritchie, quem diria. Conseguiu realizar um feito que a muito tempo eu não via, um live-action superar sua animação. Sim, para mim foi a melhor adaptação de uma animação e o melhor, conseguiu corrigir diversos pontos que podemos considerar bem falhos na sua versão de 1992.
Antes de mais nada, uma das coisas que deixaram a história completamente redondinha é o fato do filme se iniciar com o Gênio contando a história, e não aquele velho contador de histórias em seu camelo, como foi mostrado na animação e que convenhamos, não tinha motivo de estar ali, ele não aparecia em qualquer outro momento. Só servia pra fazer a quebra da quarta barreira (e o Guy Ritchie brinca com isso de uma forma incrível quando o Gênio sai da tela pro cinema e conversa com a plateia, foi o toque de midas).
desde o primeiro filme, a figura da Jasmine quer se libertar e ser independente, num país recheado de regras onde as mulheres não tem qualquer voz e são completamente submissas, o que infelizmente acontece até hoje, mas que o antigo filme já deixava claro que temos que mudar, que as mulheres tem que ter a sua voz, e não deixar qualquer embuste tomar e/ou ter o poder pra pensar que é alguém. No antigo Aladdin o próprio Sultão altera as leis, mas altera de forma que o Aladdin possa se casar com ela, e não a transformando numa figura superior, a qual ela sempre mereceu ser. Nessa nova versão finalmente a Jasmine mostrou ao mundo quem ela é, uma mulher, excepcional, forte, com voz (E QUE VOZ!), digna de ser uma Sultana e comandar por quantos anos puder. Fabuloso, que sensação incrível.
Agora o que falar do Will Smith? Não sei nem como descrever, Will Smith é o Gênio e o Gênio é o Will Smith, ele não precisa nem se esforçar pra isso, ele é emblemático, um ator sem igual.
No começo achei a fotografia bastante estranha, principalmente pelos closes mais terrestres, já que o Aladdin faz bastante 'parkour' pelos telhados de Agrabah, mas aos poucos as cores começam a surgir... e quando surgem... que deleite para os olhos. O filme é um espetáculo de harmonia de cores, cada detalhe, minuciosamente calculado e sobreposto. Trabalho de (literalmente) gênio.
As novas músicas são de arrepiar, simples assim. O trabalho vocal de cada personagem, seja na voz original quanto em sua versão dublada, a Glória Groove é uma deusa né? Que time de vozes!
Mas para finalizar, Aladdin se afirmou como um literal grito pela voz das mulheres e reafirmo, o mundo é e sempre foi delas. Bravo, Guy Ritchie, Bravo, Disney!
Intrigante e muito provocante. A Juliette Binoche rouba totalmente a cena, perfeita para o papel. Não espere nada linear, aqui a história é construída em fragmentos, mínimos detalhes envoltos de frames belíssimos. Que fotografia maravilhosa, desde o frio azul que trazia um desconforto e insegurança em seus momentos mais calmos (que demonstram a noite) até o laranja, o calor, muito bem aplicado nas cenas com a Juliette. Nada ali é por acaso. A densidade da história prova isso. Destaque também pra trilha sonora, consegue muito sufocante e dá o tom para o filme. Definitivamente não é dos melhores sci-fis, mas são muito boas essas ideias frescas em torno de um tema que já foi explorado de cabo a rabo no cinema.
Super curioso com a ideia do Chris Rock. Lembrando que os comediantes estão salvando o gênero terror/suspense ultimamente... tivemos o Lugar Silencioso de Krasinski, Corra/Nós do Peele... espero que possamos dizer com orgulho um novo Jogos Mortais do Chris Rock, e com Wan + Leigh também envolvidos. Sensacional.
O maior perigo desse filme é que o James Wan não tá mais na direção. Pé bem atrás. Já vou setar o hype pra abaixo de zero pra evitar qualquer decepção com o futuro da franquia.
Confesso que vou fazer esse comentário estando bem triste com o resultado desse filme. Uma coisa que já vem acontecendo a muito tempo nos filmes da Marvel, pra mim, se concretizou finalmente aqui, que é a reciclagem. Vejo esse filme como uma reciclagem de vários outros da Marvel, recheado de cenas do tipo, pera aí, já vi tal herói fazendo isso naquele filme dele... um exemplo claro?
A cena da Goose usando os seus tentáculos para detonar uns inimigos em um corredor... Groot mandou um oi.
Outra coisa que me deixou chateado e vem me incomodando a um bom tempo, a utilização das cores. Parece que não tem cuidado nenhum com a paleta de cores, por parte da própria galera da edição (que eu vou citar logo menos). O filme parece que está completamente cru, sem maiores detalhes de cores e a fotografia acaba sendo muito prejudicada nisso. Falando um pouco da edição, os cortes constantes durante diálogos me irritaram de uma forma sem igual. Em uma das cenas mais importantes e impactantes do filme,
quando a Carol retorna e reencontra a sua melhor amiga e começam a conversar sozinhas na mesa
, de verdade, senti que eu tava vendo uma novela mexicana. Quebrou demais o impacto que deveria ter. Falando um pouco da Brie Larson, que é uma mulher simplesmente incrível em qualquer projeto que faça, o que estragou a performance dela? As piadinhas prontas após qualquer batalha, típicas da Marvel, e principalmente da fraca trilogia do Thor. Posso dizer que pegaram o pior da franquia do Thor e juntaram com Homem de Ferro 3, resultando na Capitã Marvel. Para finalizar a parte 'descer a lenha' da crítica, aquele velho problema da Marvel que simplesmente não sabe fazer trilha sonora original. Fraquíssima, pra isso apelaram pras músicas licenciadas tentando dar um toque de Guardiões, o que não deu muito certo, mas diverte. Em Guardiões souberam dosar perfeitamente a trilha original com a trilha licenciada.
Mas nem tudo foi desgraça, obviamente. Esses foram os pontos que mais me incomodaram. Agora falando da importância da heroína. Mais do que óbvio ela é um dos maiores símbolos do empoderamento feminino e devemos louvar cada aspecto disso, o filme exala feminismo e é realmente necessário, ainda mais se analisarmos a nossa atual situação no Brasil, e em muitos países do mundo. Toda a força e garra que a heroína tem, a sua marca, o poder de ser humana e as suas escolhas a tornam de fato a heroína mais poderosa que poderíamos ter e não vejo a hora dela destruir o Thanos em um estalar de dedos. Outro ponto que adorei, a localização nos anos 90. A Brie Larson passou quase o filme inteiro com uma camiseta
dos Skrulls, acho que foram uma boa adição ao mundo e de fato, devem guiar os próximos filmes da era pós-Vingadores
.
Mas de qualquer forma, me fizeram uma pergunta depois de ter assistido, 'e aí, o filme vale a pena?', valer a pena não vale, mas é um filme necessário para dar continuidade no universo Marvel. Fico triste por não ter atingido as minhas expectativas... mas que venha Vingadores Ultimato.
Que fiasco enorme. Como a Sony pode bancar uns filmes assim? O The Autopsy of Jane Doe faz literalmente TUDO e muito mais em somente UM cenário, simples assim, sem maiore$ auxílio$. Aquele sim tem história, te deixa tenso do começo ao fim, e ainda todas as pontas se encaixam num roteiro bem trabalhado e o melhor de tudo, foi um filme independente. O pior de tudo é ler comentários dizendo que as >atuações foram ÓTIMAS< , de verdade, essa galera nunca deve ter assistido um filme na vida. Não queria, mas infelizmente assisti o Hannah Grace rindo do começo ao fim. É só por um 'exorcismo' no meio que vira sinônimo de fiasco. Triste, mas é a mais pura verdade, são pouquíssimos filmes abordando o tema que se saem bem. Passem bem longe, não percam seu precioso tempo vendo esse. Se procura um suspense de arrepiar mesmo com a temática, veja o The Autopsy of Jane Doe (A Autópsia).
Não consigo encontrar uma outra palavra para esse filme que não seja: desesperador. Gaspar Noé mais uma vez deixando a gente sem ar do início ao fim. Não tem muito o que dizer, é um dos melhores filmes dele. Chega um ponto do filme que você juntamente com os personagens começa a delirar, Gaspar te coloca literalmente dentro do filme com a sua fotografia e edição. E o que falar dos planos sequência? É uma obra impecável que só ele poderia dirigir, não existe no mundo um diretor que consiga trazer essa arte que nem ele, sua visão é única. Sem maiores delongas. E que elenco fabuloso... indescritível. OBS:
Me sinto tão bem quando vejo obras como essa nos dias de hoje, com flertes artísticos explícitos e uma história totalmente original. Seu entendimento é mais fácil do que nos filmes do Lynch e todo o seu surrealismo, mas aqui vemos um trabalho mais do que digno que com certeza deixaria o próprio Lynch orgulhoso. Antes de mais nada, gostaria de ressaltar, esse filme transparece pra nós o que um quadro de verdade é. Transmite suas emoções. Pra uns vai ser um completo lixo, afinal, que sentido isso tem? Pra outros a absorção das ideias e/ou criação delas por conta própria já ocorre naturalmente. Um caso de ame ou odeie. Se você gosta de videogames, existe um jogo incrível do Bloomer Team, chamado Layers of Fear, que está disponível em todas as plataformas da atualidade por sinal e trata de temas parecidos. O terror psicológico impera em ambos, trazendo cada um uma experiência única. É muito bom ver a arte bem representada, seja em videogames ou nos cinemas (uma pena Velvet ter sido exibido diretamente na Netflix, mais um que eu pagaria quantos ingressos possíveis para ver na tela grande). Mas voltando a analogia. Tanto Layers of Fear quanto Velvet Buzzsaw tratam da
obsessão pela arte. O desejo cego de elevar o seu status e ter um nome, uma galeria, uma carreira artística plena com todas as suas luxúrias. O desespero pelo poder.
Engraçado que no começo do filme tudo leva a crer que vai ser uma comédia, e aos poucos a sensação de que nada ali está certo começa a tomar conta e fica cada vez mais inquietante. Cada personagem
que morreu tem seu claro motivo para ter acontecido, seja por ser um crítico ferrenho, ou uma dona de galeria com um ego maior que o mundo, ou até a secretária que faz literalmente tudo para conseguir o seu lugar no sol (digamos que no sol ela não conseguiu, mas ficou belíssima desenhada na parede). Todos ali foram super conectados com a figura do misterioso autor das obras, que coloca tanto a sua alma, dando o seu sangue nas obras, que desperta esse vício inerente em cada um que as vê. Não temos aqui um fantasma ou real espírito que está matando, mas sim o desejo de cada um
. Cada detalhe surreal que o filme trouxe foi muito bem aplicado, são detalhes que podem passar despercebidos se não prestar bastante atenção, como a incrível cena
dos olhos te encarando, no meio da rua quando um dos personagens está abrindo umas caixas.
É de arrepiar. De uma forma ou de outra, como já disse, é um filme que pode agradar e desagradar muitos na mesma medida. Fiquei feliz por ter sido fisgado pela mágica do Dan Gilroy com esse roteiro bastante original. Só peço que antes de que façam qualquer julgamento maldoso, na vida, apenas pense que você pode ter tatuado em algum canto do seu corpo um Velvet Buzzsaw, que esteja pronto para te engolir. Não julgue, ninguém é melhor que ninguém. Não tenha preconceitos, caminhemos com a mente aberta e pronta para abraçar os ideais de cada um. No fim, é disso o que o filme trata.
Assisti querendo trucidar o maldito do editor desse show. Rammstein é uma banda indescritível, já assisti ao vivo 2 vezes e foi uma experiência melhor que a outra, imbatível. O problema aqui tá puramente com o produto que entregaram. Essa edição ficou péssima, o editor com aparente ejaculação precoce, quis fazer a alternância de câmera por BPM das músicas... justo no Rammstein, uma banda extremamente rápida. Pra mim não deu nada certo. Show deles é pra ser apreciado em detalhes, cada música é um diferente número, uma nova surpresa. Os cortes são tão mal feitos que perdemos metade do que tá acontecendo na tela em troca de closes na cara de cada um dos integrantes. O Volkerball foi gravado de forma 'normal', entendi a proposta de inovar deles, até com efeitos no Till, mas acho que exageraram demais nos cortes, demais mesmo. De novo, pra mim, uma das melhores (se não a melhor) e mais performáticas bandas da atualidade, é sem dúvida o Rammstein. Esse ano (2019) finalmente lançam um novo disco e logo sua turnê deve passar pelo Brasil de novo. Faça um favor a si mesmo e compre seus ingressos, não vai se arrepender de jeito nenhum.
o final, péssimo. Se tivesse mais 5-10 minutos pra concluir de fato, pra mim pelo menos teria uma nota muito mais alta. Por mais que a Abigail tenha achado que tenha vencido a 'disputa' pra ser a Favorita, no fim ela quem acabou perdendo, porque ela queria o status da nobreza, enquanto a Sarah além de cuidar da rainha, estava pensando no bem do país, era uma verdadeira duquesa. Mas achei muito abrupta a forma que se encerrou, ficou aquele gosto de que falta um desfecho pra isso tudo.
Vi bastante gente reclamando do ritmo, mas não achei nada parado, bastante divertido, mas foi esse ponto específico que eu citei que me desanimou. Não é o melhor filme do Yorgos (ainda fico com o Cervo no topo), mas é sim um bom filme.
Engraçado ver o quão a frente do seu tempo o M. Night Shyamalan é. Em 2001 veio com o Corpo Fechado, numa época em que o cinema nem imaginava que podia ter um ápice no mundo dos heróis, e ele estava lá, entregando sua primeira parte, tímido e com a ideia que não foi aceita por muitos. Trabalhou em diversos outros filmes incríveis nesse período (algumas decepções também, claro, não é sempre que acertamos), mas com essa mania de heróis que acabou gerando essa fórmula ultra desgastada que vemos hoje em dia, ele conseguiu ter a visão para continuar a sua história. Achou o momento perfeito pra trazer o seu Fragmentado, a sua Besta ganhou vida. Nada era óbvio ali, além de que arrisco dizer, se tem alguém que realmente sabe fazer reviravoltas em seus filmes, esse alguém é o Shyamalan. Assim que finalizou a exibição de Fragmentado e ele iniciou de vez os trabalhos com o Vidro, pude acompanhar ao longo dos anos em seu Twitter toda a trajetória. Ver esse filme nascendo acompanhando pelas redes sociais foi algo incrível, aos poucos ele fragmentava para nós cacos e cacos do que ele criava até finalmente chegarmos onde estamos.
Vidro, para mim foi um dos melhores filmes de sua carreira, uma verdadeira alegoria sobre o que são os heróis, com uma história milimetricamente pensada e arquitetada. Não poderia ter tido um desfecho melhor.
Não se trata de salvar o mundo. Vejo pessoas reclamando aqui que o filme se chama 'Vidro' mas o Mr. Glass quase não aparece. Com certeza essas mesmas pessoas não entenderam que se não fosse o Glass, não existiria Dunn, não existiria Kevin, não existiriam heróis. A trilogia deveria se chamar Glass, ele que é o real protagonista disso tudo. Seus delírios o fizeram trazer a verdade a tona, ele precisou morrer para encorajar e trazer os heróis de dentro das pessoas a vida. Ele matou diversas pessoas para chegar até ali, é um vilão sem escrúpulos, mas que em seu fim conseguiu trazer consigo a sensação de liberdade, a expressão reprimida no coração das pessoas. Esse foi seu último e apoteótico ato.
.
Um dos pontos altos do filme, além da magnífica trilha sonora, é o trabalho impecável da fotografia. As cores super distintas, o roxo, o amarelo e o verde. A importância disso na própria crença, a realidade em que os personagens vivem.
Vemos na cena da sala rosa que ali eles começam a duvidar de si mesmos, ali é o divisor de águas que começa a fazer com que eles percam a esperança, quase caindo nas verdadeiras garras da 'Conspiração'.
É um deleite pros olhos. Outro ponto que não posso deixar de citar, James McAvoy. O Oscar dele ainda vai vir, e não vai demorar. A transição que ele faz para cada personagem é inacreditável, você chega a pensar que esse homem não existe. Confesso que se eu visse ele na minha frente com certeza ficaria com medo, porque realmente são múltiplas faces, um trabalho mais que honrável que definitivamente deveria ser abraçado pela Academia. Infelizmente, claro, vai ser esnobado. Mas tudo bem, o dele está guardado e vamos comemorar quando chegar a hora.
Por fim, todo esse universo, toda essa criação veio da mente de um indiano. Não de um magnata de Hollywood querendo ganhar mais uns bilhões das mãos de pais de crianças. Ele bancou do próprio bolso muitos de seus filmes e colhe agora seus frutos. Um verdadeiro visionário e que pra mim, trouxe ao cinema a melhor trilogia de super heróis já feita, a mais autêntica. Sempre vou dar graças pela existência de diretores assim, o mundo precisa entender que de fragmento em fragmento, podemos moldar e dar o significado pra nossa existência, e isso é ser um herói, termos a ciência de quem somos e abraçar o melhor de nós.
Medo Profundo: O Segundo Ataque
2.6 336É divertido, gosto bastante do trabalho do Johannes Roberts, Resident Evil está em boas mãos aliás. Acho o primeiro mais tenso, mas esse tem sustos melhores e um tubarão que é basicamente... o Michael Myers dos tubarões.
Assista sem maiores pretensões, apenas se divirta :)
Fratura
3.3 919Amo esses thrillers onde familiares desaparecem e ocorre a busca desesperada pela verdade.
A Seita Maligna
3.0 292Misture Enigma de Outro Mundo com Silent Hill... o resultado será The Void.
Super divertido. Uma grande homenagem ao clássico dos 80 com um bom drama social, que lembra bastante o plot do
Silent Hill 2 .
Possui uma fotografia muito bem trabalhada, com belos cenários, uma mitologia bem escrita e o melhor, efeitos práticos! Não temos aqui toneladas de CGs ruins, temos pura maquiagem e alegorias dignas de John Carpenter.
Vale muito a pena conferir!
Ad Astra: Rumo às Estrelas
3.3 850 Assista AgoraConfesso que não me apeguei ao Ad Astra. Mas antes de falar os motivos, preciso ressaltar os seus pontos positivos. A fotografia é belíssima, invocando e homenageando 2001 em diversos momentos, trilha sonora e os efeitos também foram adequados pro filme e o Brad Pitt está ótimo... porém um filme não se faz apenas com efeitos, atuação e uma bela fotografia, precisamos de uma boa história, e é aqui que o filme se perde completamente.
Ad Astra tenta constantemente ser várias coisas, ser aterrorizante, ser dramático, ser frenético, ser filosófico... e não faz nenhum direito.
O filme tenta
se segurar em um drama familiar fraco, com motivações fracas, e um personagem que tenta crescer, transcender à sua maneira e apagar de vez a sombra de seu pai da sua vida
É um filme apenas para se contemplar, aproveitar a ambientação e os bons diálogos da narrativa do personagem do Brad Pitt, mas só.
Querem um bom filme que usa e abusa da filosofia humana no espaço? High Life, com o Robert Pattinson. Podem assistir sem medo.
Ad Astra até tenta, mas passa longe de encontrar seu real lugar entre as estrelas.
Predadores Assassinos
3.2 770 Assista AgoraAchei super divertido. Pra mim, dos atuais filmes de ataques de animais, Medo Profundo (47 Meters Down) e Predadores Assassinos (Crawl) foram os melhores até então.
Gostei dos sustos bem inseridos na trama. A história é bem simples, mas funciona bem com todo o cenário. E gosto bastante do Alexandre Aja, fez uma bela parceria com o Sam Raimi, tomara que se repita e ainda possam incluir o Fede Alvarez junto. Seria fantástico.
It: Capítulo Dois
3.4 1,5K Assista AgoraAntes de mais nada o mundo deveria agradecer a existência de diretores como o Andy Muschietti, que aos poucos tá trilhando seu caminho e se tornando tão grandioso quanto o James Wan. Começou com seu curta Mamá e ora oras... olha onde estamos agora.
E agora, com essa sequência, como podemos descrevê-la? Acho que a palavra que simplesmente define este filme é: respeito.
Antes de mais nada, estou fazendo a análise apenas do filme, não li o livro e o que importa para mim é a mensagem que a obra me trouxe.
Desde a cena inicial já temos explicita a mensagem,
uma situação extremamente violenta que ocorre no dia a dia deste país, a intolerância extrema com relação aos homossexuais
Desde o primeiro filme a questão da intolerância já estava sendo muito bem abordada, principalmente pelo enfoque no pai da Bev, já nesta sequência ficou explícito, sem maiores delongas.
Aqui vamos a fundo em cada um dos personagens, cada drama pessoal é muito bem abordado, e a forma que ocorre a transição entre passado e presente é magnífica.
A duração foi um ponto crucial, precisava ser longo, precisava sim explorar o passado de cada um dos personagens para trazer o conceito principal do filme, a união, a criação de laços, a importância da amizade e como ela é fundamental para nossa existência como humanos.
Quando finalmente nos damos conta
que o Richie amava realmente o Eddie, e ver aquele amor sendo despedaçado na tela
Resumindo, o que eu quero dizer aqui vai além dos sustos. It é um filme sobre sentimentos, todos eles, traumas e dores, que acompanham essas crianças desde pequenas, que os assombra numa forma avassaladora e mortal, personificada em um palhaço. O meu ode vai ao gênero, ao horror, pois é o único gênero cinematográfico capaz de englobar TODOS os outros gêneros, pois se trata da raiz, o fundo da consciência humana sendo retratado na tela. O medo é fundamental pra história, assim como o amor, o amor esse que nos une.
Por isso digo, It 2 é um filme extremamente sensível, curioso até dizer isso em meio a tanto sangue, certo? Mas sim, sensível, pois mostra a constante luta para curar as dores do passado ou presente, seja pela maldita homofobia, machismo, bullying, existem vários Pennywises espalhados pelo mundo, querendo fazer você flutuar de todas as formas possíveis.
Mas não somos fracos, somos Losers pois afinal... o que temos a perder?
Um verdadeiro tapa na cara de quaisquer opressores.
E é por isso que precisamos de mais filmes como esse, e claro, a mente brilhante de Stephen King.
Obviamente achei o filme espetacular e espero retornar para ver uma segunda vez, pois tem tantas referências, mas tantas...
a referência explícita do Iluminado foi um dos melhores momentos, desacreditei
Assistam sem medo (com o perdão do trocadilho) e principalmente com a mente aberta, esse não é um filme para opressores.
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraNovamente estou aqui para comentar: não acredito que vivemos no mesmo plano terrestre que o Bong Joon-ho. Estamos falando de um visionário, que usa de sua fantasia para fazer literalmente qualquer tipo de crítica, cutucar fundo na alma do espectador e sem um pingo de medo de mostrar a sua realidade da forma mais crua e artística possível.
Parasita é definitivamente uma de suas maiores (se não definitivamente a maior) obras. Desde o primeiro plano já é jogado na cara do espectador a diferença entre as classes dos protagonistas, e o que é mais divertido? O desenvolvimento IMPECÁVEL.
Juro pra vocês. até metade do filme
o seu humor negro e criticismo me deixaram achando que o filme seria apenas uma comédia muito inteligente de cunho social... mas a partir do momento que eles descobrem o porão... o filme se transforma completamente, essa é a verdadeira marca do Bong, ele vai amaciando a gente antes de começar a bater de verdade, e faz isso sem dó.
Até chegarmos na derradeira cena
da festa, o ápice da desgraça, nada mais irônico do que uma carnificina humana num churrasco de aniversário de uma criança , os interesses puros do pai rico de família, a sua fuga, o desespero por ver a classe inferior degradada em sua frente, enquanto o Kim tentava proteger sua família ali, destruída na sua frente, também por ações deles... um conflito pesadíssimo, até ele finalmente estourar e matar o rico dono da casa.
E dói, como dói ver um retrato desses e aplicar não só na sociedade coreana, mas no mundo, toda essa polarização e o que o dinheiro é capaz...
A cena final nos mostra isso
o triste e doce sonho de conseguir juntar dinheiro, crescer na vida, ser alguém... pra ele poder comprar a casa e finalmente salvar o pai.
Infelizmente é algo que a sociedade tenta nos impor, seja para salvar alguém como no filme, ou buscar um espaço próprio no mundo
Isso sim é cinema. Tragam o Oscar e entreguem na mão de Bong Joon-ho, esse é o ano dele.
Não vejo a hora de estrear nos cinemas alternativos para poder rever na telona. Nem comentei dos aspectos técnicos porque os cenários são um deleite.
Apreciem e apoiem a arte, sempre.
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraSerá que vai estrear um dia no Brasil? Vi que já saiu o torrent, mas queria a surpresa na telona...
Hellboy
2.6 422 Assista AgoraEsse filme foi gravado no quintal do Neil Marshall, né? Sério, não é possível que aprovaram o desenvolvimento de uma bomba dessas. Sem brincadeiras, é tão ruim que me deixou sem palavras. Roteiro tão ruim que chega a ser cômico, só não é tão ruim quanto a trilha sonora que parece que foi conduzida por uma criança descobrindo músicas. CGI e maquiagens péssimas. Consigo resumir esse filme como um clipe de black metal mais mal feito do que os habituais.
Passem longe desse fiasco.
Aladdin
3.9 1,3K Assista AgoraGuy Ritchie, quem diria. Conseguiu realizar um feito que a muito tempo eu não via, um live-action superar sua animação. Sim, para mim foi a melhor adaptação de uma animação e o melhor, conseguiu corrigir diversos pontos que podemos considerar bem falhos na sua versão de 1992.
Antes de mais nada, uma das coisas que deixaram a história completamente redondinha é o fato do filme se iniciar com o Gênio contando a história, e não aquele velho contador de histórias em seu camelo, como foi mostrado na animação e que convenhamos, não tinha motivo de estar ali, ele não aparecia em qualquer outro momento. Só servia pra fazer a quebra da quarta barreira (e o Guy Ritchie brinca com isso de uma forma incrível quando o Gênio sai da tela pro cinema e conversa com a plateia, foi o toque de midas).
Outro ponto que pra mim foi o melhor,
desde o primeiro filme, a figura da Jasmine quer se libertar e ser independente, num país recheado de regras onde as mulheres não tem qualquer voz e são completamente submissas, o que infelizmente acontece até hoje, mas que o antigo filme já deixava claro que temos que mudar, que as mulheres tem que ter a sua voz, e não deixar qualquer embuste tomar e/ou ter o poder pra pensar que é alguém. No antigo Aladdin o próprio Sultão altera as leis, mas altera de forma que o Aladdin possa se casar com ela, e não a transformando numa figura superior, a qual ela sempre mereceu ser. Nessa nova versão finalmente a Jasmine mostrou ao mundo quem ela é, uma mulher, excepcional, forte, com voz (E QUE VOZ!), digna de ser uma Sultana e comandar por quantos anos puder. Fabuloso, que sensação incrível.
Agora o que falar do Will Smith? Não sei nem como descrever, Will Smith é o Gênio e o Gênio é o Will Smith, ele não precisa nem se esforçar pra isso, ele é emblemático, um ator sem igual.
No começo achei a fotografia bastante estranha, principalmente pelos closes mais terrestres, já que o Aladdin faz bastante 'parkour' pelos telhados de Agrabah, mas aos poucos as cores começam a surgir... e quando surgem... que deleite para os olhos. O filme é um espetáculo de harmonia de cores, cada detalhe, minuciosamente calculado e sobreposto. Trabalho de (literalmente) gênio.
As novas músicas são de arrepiar, simples assim. O trabalho vocal de cada personagem, seja na voz original quanto em sua versão dublada, a Glória Groove é uma deusa né? Que time de vozes!
Mas para finalizar, Aladdin se afirmou como um literal grito pela voz das mulheres e reafirmo, o mundo é e sempre foi delas. Bravo, Guy Ritchie, Bravo, Disney!
High Life: Uma Nova Vida
3.1 175 Assista AgoraIntrigante e muito provocante. A Juliette Binoche rouba totalmente a cena, perfeita para o papel. Não espere nada linear, aqui a história é construída em fragmentos, mínimos detalhes envoltos de frames belíssimos. Que fotografia maravilhosa, desde o frio azul que trazia um desconforto e insegurança em seus momentos mais calmos (que demonstram a noite) até o laranja, o calor, muito bem aplicado nas cenas com a Juliette. Nada ali é por acaso. A densidade da história prova isso. Destaque também pra trilha sonora, consegue muito sufocante e dá o tom para o filme.
Definitivamente não é dos melhores sci-fis, mas são muito boas essas ideias frescas em torno de um tema que já foi explorado de cabo a rabo no cinema.
Espiral: O Legado de Jogos Mortais
2.2 527 Assista AgoraSuper curioso com a ideia do Chris Rock. Lembrando que os comediantes estão salvando o gênero terror/suspense ultimamente... tivemos o Lugar Silencioso de Krasinski, Corra/Nós do Peele... espero que possamos dizer com orgulho um novo Jogos Mortais do Chris Rock, e com Wan + Leigh também envolvidos. Sensacional.
Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio
3.2 960 Assista AgoraO maior perigo desse filme é que o James Wan não tá mais na direção. Pé bem atrás. Já vou setar o hype pra abaixo de zero pra evitar qualquer decepção com o futuro da franquia.
Homem-Aranha: No Aranhaverso
4.4 1,5K Assista AgoraÉ literalmente impossível apontar qualquer defeito nesse filme. Um marco na história do cinema, simples assim.
Capitã Marvel
3.7 1,9K Assista AgoraConfesso que vou fazer esse comentário estando bem triste com o resultado desse filme. Uma coisa que já vem acontecendo a muito tempo nos filmes da Marvel, pra mim, se concretizou finalmente aqui, que é a reciclagem. Vejo esse filme como uma reciclagem de vários outros da Marvel, recheado de cenas do tipo, pera aí, já vi tal herói fazendo isso naquele filme dele... um exemplo claro?
A cena da Goose usando os seus tentáculos para detonar uns inimigos em um corredor... Groot mandou um oi.
Outra coisa que me deixou chateado e vem me incomodando a um bom tempo, a utilização das cores. Parece que não tem cuidado nenhum com a paleta de cores, por parte da própria galera da edição (que eu vou citar logo menos). O filme parece que está completamente cru, sem maiores detalhes de cores e a fotografia acaba sendo muito prejudicada nisso.
Falando um pouco da edição, os cortes constantes durante diálogos me irritaram de uma forma sem igual. Em uma das cenas mais importantes e impactantes do filme,
quando a Carol retorna e reencontra a sua melhor amiga e começam a conversar sozinhas na mesa
Falando um pouco da Brie Larson, que é uma mulher simplesmente incrível em qualquer projeto que faça, o que estragou a performance dela? As piadinhas prontas após qualquer batalha, típicas da Marvel, e principalmente da fraca trilogia do Thor.
Posso dizer que pegaram o pior da franquia do Thor e juntaram com Homem de Ferro 3, resultando na Capitã Marvel.
Para finalizar a parte 'descer a lenha' da crítica, aquele velho problema da Marvel que simplesmente não sabe fazer trilha sonora original. Fraquíssima, pra isso apelaram pras músicas licenciadas tentando dar um toque de Guardiões, o que não deu muito certo, mas diverte. Em Guardiões souberam dosar perfeitamente a trilha original com a trilha licenciada.
Mas nem tudo foi desgraça, obviamente. Esses foram os pontos que mais me incomodaram. Agora falando da importância da heroína. Mais do que óbvio ela é um dos maiores símbolos do empoderamento feminino e devemos louvar cada aspecto disso, o filme exala feminismo e é realmente necessário, ainda mais se analisarmos a nossa atual situação no Brasil, e em muitos países do mundo. Toda a força e garra que a heroína tem, a sua marca, o poder de ser humana e as suas escolhas a tornam de fato a heroína mais poderosa que poderíamos ter e não vejo a hora dela destruir o Thanos em um estalar de dedos.
Outro ponto que adorei, a localização nos anos 90. A Brie Larson passou quase o filme inteiro com uma camiseta
do Nine inch nails
As cenas com piadas sobre a
internet
Também gostei
dos Skrulls, acho que foram uma boa adição ao mundo e de fato, devem guiar os próximos filmes da era pós-Vingadores
Mas de qualquer forma, me fizeram uma pergunta depois de ter assistido, 'e aí, o filme vale a pena?', valer a pena não vale, mas é um filme necessário para dar continuidade no universo Marvel. Fico triste por não ter atingido as minhas expectativas... mas que venha Vingadores Ultimato.
Cadáver
2.4 367 Assista AgoraQue fiasco enorme. Como a Sony pode bancar uns filmes assim? O The Autopsy of Jane Doe faz literalmente TUDO e muito mais em somente UM cenário, simples assim, sem maiore$ auxílio$. Aquele sim tem história, te deixa tenso do começo ao fim, e ainda todas as pontas se encaixam num roteiro bem trabalhado e o melhor de tudo, foi um filme independente.
O pior de tudo é ler comentários dizendo que as >atuações foram ÓTIMAS< , de verdade, essa galera nunca deve ter assistido um filme na vida. Não queria, mas infelizmente assisti o Hannah Grace rindo do começo ao fim. É só por um 'exorcismo' no meio que vira sinônimo de fiasco. Triste, mas é a mais pura verdade, são pouquíssimos filmes abordando o tema que se saem bem.
Passem bem longe, não percam seu precioso tempo vendo esse. Se procura um suspense de arrepiar mesmo com a temática, veja o The Autopsy of Jane Doe (A Autópsia).
Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore
3.3 571Chega de David Yates, tragam Alfonso Cuarón de volta!
Clímax
3.6 1,1K Assista AgoraNão consigo encontrar uma outra palavra para esse filme que não seja: desesperador.
Gaspar Noé mais uma vez deixando a gente sem ar do início ao fim. Não tem muito o que dizer, é um dos melhores filmes dele. Chega um ponto do filme que você juntamente com os personagens começa a delirar, Gaspar te coloca literalmente dentro do filme com a sua fotografia e edição. E o que falar dos planos sequência? É uma obra impecável que só ele poderia dirigir, não existe no mundo um diretor que consiga trazer essa arte que nem ele, sua visão é única. Sem maiores delongas.
E que elenco fabuloso... indescritível.
OBS:
a cena de abertura, com a introdução dos personagens, ao redor da TV o Gaspar colocou TODAS as referências que ele usou pra fazer esse filme.
Operação Overlord
3.3 502 Assista AgoraBem divertido, mas confesso que eu ficaria ainda mais feliz se tivesse alguma ligação com o Cloverfield, que nem surgiram os boatos na época.
Toda Arte é Perigosa
2.6 496 Assista AgoraMe sinto tão bem quando vejo obras como essa nos dias de hoje, com flertes artísticos explícitos e uma história totalmente original. Seu entendimento é mais fácil do que nos filmes do Lynch e todo o seu surrealismo, mas aqui vemos um trabalho mais do que digno que com certeza deixaria o próprio Lynch orgulhoso.
Antes de mais nada, gostaria de ressaltar, esse filme transparece pra nós o que um quadro de verdade é. Transmite suas emoções. Pra uns vai ser um completo lixo, afinal, que sentido isso tem? Pra outros a absorção das ideias e/ou criação delas por conta própria já ocorre naturalmente. Um caso de ame ou odeie.
Se você gosta de videogames, existe um jogo incrível do Bloomer Team, chamado Layers of Fear, que está disponível em todas as plataformas da atualidade por sinal e trata de temas parecidos. O terror psicológico impera em ambos, trazendo cada um uma experiência única. É muito bom ver a arte bem representada, seja em videogames ou nos cinemas (uma pena Velvet ter sido exibido diretamente na Netflix, mais um que eu pagaria quantos ingressos possíveis para ver na tela grande).
Mas voltando a analogia. Tanto Layers of Fear quanto Velvet Buzzsaw tratam da
obsessão pela arte. O desejo cego de elevar o seu status e ter um nome, uma galeria, uma carreira artística plena com todas as suas luxúrias. O desespero pelo poder.
Engraçado que no começo do filme tudo leva a crer que vai ser uma comédia, e aos poucos a sensação de que nada ali está certo começa a tomar conta e fica cada vez mais inquietante.
Cada personagem
que morreu tem seu claro motivo para ter acontecido, seja por ser um crítico ferrenho, ou uma dona de galeria com um ego maior que o mundo, ou até a secretária que faz literalmente tudo para conseguir o seu lugar no sol (digamos que no sol ela não conseguiu, mas ficou belíssima desenhada na parede). Todos ali foram super conectados com a figura do misterioso autor das obras, que coloca tanto a sua alma, dando o seu sangue nas obras, que desperta esse vício inerente em cada um que as vê. Não temos aqui um fantasma ou real espírito que está matando, mas sim o desejo de cada um
Cada detalhe surreal que o filme trouxe foi muito bem aplicado, são detalhes que podem passar despercebidos se não prestar bastante atenção, como a incrível cena
dos olhos te encarando, no meio da rua quando um dos personagens está abrindo umas caixas.
De uma forma ou de outra, como já disse, é um filme que pode agradar e desagradar muitos na mesma medida. Fiquei feliz por ter sido fisgado pela mágica do Dan Gilroy com esse roteiro bastante original.
Só peço que antes de que façam qualquer julgamento maldoso, na vida, apenas pense que você pode ter tatuado em algum canto do seu corpo um Velvet Buzzsaw, que esteja pronto para te engolir. Não julgue, ninguém é melhor que ninguém. Não tenha preconceitos, caminhemos com a mente aberta e pronta para abraçar os ideais de cada um. No fim, é disso o que o filme trata.
Sobre aquela opinião que pode nos rachar em dois, destruindo tudo e todos ao redor de nós
Isso é arte.
Rammstein: Paris
4.5 16 Assista AgoraAssisti querendo trucidar o maldito do editor desse show. Rammstein é uma banda indescritível, já assisti ao vivo 2 vezes e foi uma experiência melhor que a outra, imbatível. O problema aqui tá puramente com o produto que entregaram. Essa edição ficou péssima, o editor com aparente ejaculação precoce, quis fazer a alternância de câmera por BPM das músicas... justo no Rammstein, uma banda extremamente rápida. Pra mim não deu nada certo. Show deles é pra ser apreciado em detalhes, cada música é um diferente número, uma nova surpresa. Os cortes são tão mal feitos que perdemos metade do que tá acontecendo na tela em troca de closes na cara de cada um dos integrantes. O Volkerball foi gravado de forma 'normal', entendi a proposta de inovar deles, até com efeitos no Till, mas acho que exageraram demais nos cortes, demais mesmo.
De novo, pra mim, uma das melhores (se não a melhor) e mais performáticas bandas da atualidade, é sem dúvida o Rammstein. Esse ano (2019) finalmente lançam um novo disco e logo sua turnê deve passar pelo Brasil de novo. Faça um favor a si mesmo e compre seus ingressos, não vai se arrepender de jeito nenhum.
A Favorita
3.9 1,2K Assista AgoraFotografia belíssima, figurino também, e a Emma Stone é um show a parte. Pra mim o que foi totalmente anti climático, foi justamente
o final, péssimo. Se tivesse mais 5-10 minutos pra concluir de fato, pra mim pelo menos teria uma nota muito mais alta. Por mais que a Abigail tenha achado que tenha vencido a 'disputa' pra ser a Favorita, no fim ela quem acabou perdendo, porque ela queria o status da nobreza, enquanto a Sarah além de cuidar da rainha, estava pensando no bem do país, era uma verdadeira duquesa. Mas achei muito abrupta a forma que se encerrou, ficou aquele gosto de que falta um desfecho pra isso tudo.
Vi bastante gente reclamando do ritmo, mas não achei nada parado, bastante divertido, mas foi esse ponto específico que eu citei que me desanimou.
Não é o melhor filme do Yorgos (ainda fico com o Cervo no topo), mas é sim um bom filme.
Vidro
3.5 1,3K Assista AgoraEngraçado ver o quão a frente do seu tempo o M. Night Shyamalan é. Em 2001 veio com o Corpo Fechado, numa época em que o cinema nem imaginava que podia ter um ápice no mundo dos heróis, e ele estava lá, entregando sua primeira parte, tímido e com a ideia que não foi aceita por muitos. Trabalhou em diversos outros filmes incríveis nesse período (algumas decepções também, claro, não é sempre que acertamos), mas com essa mania de heróis que acabou gerando essa fórmula ultra desgastada que vemos hoje em dia, ele conseguiu ter a visão para continuar a sua história. Achou o momento perfeito pra trazer o seu Fragmentado, a sua Besta ganhou vida. Nada era óbvio ali, além de que arrisco dizer, se tem alguém que realmente sabe fazer reviravoltas em seus filmes, esse alguém é o Shyamalan. Assim que finalizou a exibição de Fragmentado e ele iniciou de vez os trabalhos com o Vidro, pude acompanhar ao longo dos anos em seu Twitter toda a trajetória. Ver esse filme nascendo acompanhando pelas redes sociais foi algo incrível, aos poucos ele fragmentava para nós cacos e cacos do que ele criava até finalmente chegarmos onde estamos.
Vidro, para mim foi um dos melhores filmes de sua carreira, uma verdadeira alegoria sobre o que são os heróis, com uma história milimetricamente pensada e arquitetada. Não poderia ter tido um desfecho melhor.
Não se trata de salvar o mundo. Vejo pessoas reclamando aqui que o filme se chama 'Vidro' mas o Mr. Glass quase não aparece. Com certeza essas mesmas pessoas não entenderam que se não fosse o Glass, não existiria Dunn, não existiria Kevin, não existiriam heróis. A trilogia deveria se chamar Glass, ele que é o real protagonista disso tudo. Seus delírios o fizeram trazer a verdade a tona, ele precisou morrer para encorajar e trazer os heróis de dentro das pessoas a vida. Ele matou diversas pessoas para chegar até ali, é um vilão sem escrúpulos, mas que em seu fim conseguiu trazer consigo a sensação de liberdade, a expressão reprimida no coração das pessoas. Esse foi seu último e apoteótico ato.
Um dos pontos altos do filme, além da magnífica trilha sonora, é o trabalho impecável da fotografia. As cores super distintas, o roxo, o amarelo e o verde. A importância disso na própria crença, a realidade em que os personagens vivem.
Vemos na cena da sala rosa que ali eles começam a duvidar de si mesmos, ali é o divisor de águas que começa a fazer com que eles percam a esperança, quase caindo nas verdadeiras garras da 'Conspiração'.
Outro ponto que não posso deixar de citar, James McAvoy. O Oscar dele ainda vai vir, e não vai demorar. A transição que ele faz para cada personagem é inacreditável, você chega a pensar que esse homem não existe. Confesso que se eu visse ele na minha frente com certeza ficaria com medo, porque realmente são múltiplas faces, um trabalho mais que honrável que definitivamente deveria ser abraçado pela Academia. Infelizmente, claro, vai ser esnobado. Mas tudo bem, o dele está guardado e vamos comemorar quando chegar a hora.
Por fim, todo esse universo, toda essa criação veio da mente de um indiano. Não de um magnata de Hollywood querendo ganhar mais uns bilhões das mãos de pais de crianças. Ele bancou do próprio bolso muitos de seus filmes e colhe agora seus frutos. Um verdadeiro visionário e que pra mim, trouxe ao cinema a melhor trilogia de super heróis já feita, a mais autêntica.
Sempre vou dar graças pela existência de diretores assim, o mundo precisa entender que de fragmento em fragmento, podemos moldar e dar o significado pra nossa existência, e isso é ser um herói, termos a ciência de quem somos e abraçar o melhor de nós.
Obrigado, M. Night Shyamalan.
O Desejo Final
1.8 39 Assista AgoraOutro daquele 7 Desejos (Wish Upon)? Amo a Lin Shaye, mas esse tá me parecendo uma bela duma cilada.