Insuperável!!! Fotografia, trilha sonora e enredo bem feitos e memoráveis. O sentimento de nostalgia é inescapável, como de praxe para os filmes do Shunji Iwai. Revejo sempre que posso, é uma carga emocional muito forte!
Em pontos positivos, conseguiu construir um universo bem desenvolvido, o que marcou o gênero junto com O Poderoso Chefão (apesar de não estar no mesmo nível), além de ser uma daquelas obras que tratam da tragicidade intrínseca da masculinidade, o que, paradoxalmente, torna-a mais atraente. Em pontos negativos, o roteiro ficou caricato, sem deixar uma possibilidade de verossimilhança, os personagens não tinham profundidade, restringindo-se a arquétipos, duração extremamente alongada, podendo ser entediante em alguns momentos e houveram algumas escolhas ruins de direção (como a narração desnecessária da Karen, esposa do Henry).
É um filme cômico. Acho que um padre tentando invocar o demônio não é um plot saturado e me rendeu boas risadas ao ver o senhor fazer pequenas maldades como arranhar carros e roubar moedas de moradores de rua. O fato de que tudo parecia uma loucura deixou a obra mais interessante, ainda mais sabendo que a cada cena um evento improvável acontece. Não é para se levar muito a sério, o personagem do Jose Maria é cativante, e o final foi desanimador.
Insuperável. Após anos com esse filme em meus pensamentos, finalmente decidi assistir. O preparo da refeição, no princípio considerei monótono, mas percebi que se trata de uma cena extremamente bonita e essencial para metaforizar a dinâmica familiar. Na mesa, apesar de estarem todos reunidos, tem uma "trava" presente que impede que falem o que pensem, como se o diálogo precisasse ser preparado, assado e dourado antes de ser exposto. Essa forma de se expressarem, apesar de parecer fria, revela uma separação entre a vida pessoal e a familiar, na qual o amor é expresso por meio de comida e grandes revelações. A trama é envolvente, diálogo bem construído, trilha sonora harmoniosa, atuação bem sensível, um filme para guardar na memória.
Um filme para homens. Deixa claro que a masculinidade contemporânea se encontra em crise, a qual foi suprimida por um estilo de vida seguro e altamente vigiado e por ideologias que tentam emascular o homem moderno, o que é exemplificado pelos grupos de terapia para homens. No meio dessa ausência, a válvula de escape se encontra na violência - essencial para a identidade masculina - desenfreada. Isso em 1999, após 25 anos o cenário se encontra bem pior, visto que é difícil encontrar obras como essa para inspirar homens a viverem de forma mais condizente com sua natureza.
Uma lenta construção de suspense se inicia na metade do filme e consegue envolver o telespectador de forma que a cada toque do piano pode acelerar uma batida do coração. Apesar de não possuir nenhuma cena violenta explícita, é simplesmente aterrorizante e o jeito que o sexo é tratado no filme pode ser paradoxalmente brusco e sutil, revelando grandes críticas sobre o casamento, monogamia e a crença no amor perfeito.
Normalmente eu evito esses filmes cujas histórias não tem um final definitivo, que tentam simular a vida real nessas experiências sem resolução... mas esse foi um ponto fora da curva, o pouco romance nem foi um problema pra mim desta vez, já que o desenvolvimento do Leo foi um projeto mais interessante de se ver desenrolar. Para mim, é um daqueles filmes raros de se encontrar, que guardamos no coração e reassistimos de vez em quando para dar uma renovada no espírito, uma nova perspectiva da vida.
Uma grande produção, seja pelo elenco ou pelos cenários, o "formato" em si do filme é algo bonito, que me agrada. Apesar disso, é uma história bem antiga e saturada de um deslocado que nunca vai se encaixar. Acredito que o plot twist do final - a dicotomia entre o que o Olliver sentia e o que ele demonstrava - não surtiu tanto efeito porque o enredo nunca abriu brechas para o expectador sentir empatia (ou pena) pelo protagonista, suas ações sempre tiveram intenções egoístas e isso já deixava claro o rumo que a história iria tomar. Além disso, por mais contraditório que pareça, o relacionamento entre Olliver e Felix não foi bem explorado, o roteiro jogou na cara do espectador que tinha uma relação de controle e submissão, deu mastigado (como a cena do karaoke), mas não houveram cenas suficientes entre os dois para evidenciar esse conflito de forma natural e verossímil. Acredito que não eram necessários 127 minutos para essa história, muitas cenas irrelevantes no desenvolvimento da trama, mas no geral, não é um filme ruim.
Músicas agradáveis de se escutar (apesar de eu ter pegado dublado kkk), atuação bem caricata, mas isso está de acordo com o enredo e com o estilo do filme. Ainda assim, a versão do Johnny Deep é a que me causa nostalgia, talvez esta seja para as nova gerações...
Insuperável. A trilha sonora, as fotografias e o roteiro são marcantes. A falta de linearidade ao contar a história reforça o onirismo retratado, muito belo e melancólico.
Gong Li demonstra claramente aquele nó na garganta de estar presa em si mesma. É uma obra contextualizada, mas que pode ser sentida por pessoas em diversos lugares e cenários sociais.
Love Letter
3.8 18Insuperável!!! Fotografia, trilha sonora e enredo bem feitos e memoráveis. O sentimento de nostalgia é inescapável, como de praxe para os filmes do Shunji Iwai. Revejo sempre que posso, é uma carga emocional muito forte!
Os Bons Companheiros
4.4 1,2K Assista AgoraEm pontos positivos, conseguiu construir um universo bem desenvolvido, o que marcou o gênero junto com O Poderoso Chefão (apesar de não estar no mesmo nível), além de ser uma daquelas obras que tratam da tragicidade intrínseca da masculinidade, o que, paradoxalmente, torna-a mais atraente. Em pontos negativos, o roteiro ficou caricato, sem deixar uma possibilidade de verossimilhança, os personagens não tinham profundidade, restringindo-se a arquétipos, duração extremamente alongada, podendo ser entediante em alguns momentos e houveram algumas escolhas ruins de direção (como a narração desnecessária da Karen, esposa do Henry).
O Dia da Besta
3.8 189É um filme cômico. Acho que um padre tentando invocar o demônio não é um plot saturado e me rendeu boas risadas ao ver o senhor fazer pequenas maldades como arranhar carros e roubar moedas de moradores de rua. O fato de que tudo parecia uma loucura deixou a obra mais interessante, ainda mais sabendo que a cada cena um evento improvável acontece. Não é para se levar muito a sério, o personagem do Jose Maria é cativante, e o final foi desanimador.
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Comer Beber Viver
3.9 35 Assista AgoraInsuperável. Após anos com esse filme em meus pensamentos, finalmente decidi assistir. O preparo da refeição, no princípio considerei monótono, mas percebi que se trata de uma cena extremamente bonita e essencial para metaforizar a dinâmica familiar. Na mesa, apesar de estarem todos reunidos, tem uma "trava" presente que impede que falem o que pensem, como se o diálogo precisasse ser preparado, assado e dourado antes de ser exposto. Essa forma de se expressarem, apesar de parecer fria, revela uma separação entre a vida pessoal e a familiar, na qual o amor é expresso por meio de comida e grandes revelações. A trama é envolvente, diálogo bem construído, trilha sonora harmoniosa, atuação bem sensível, um filme para guardar na memória.
Clube da Luta
4.5 4,9K Assista AgoraUm filme para homens. Deixa claro que a masculinidade contemporânea se encontra em crise, a qual foi suprimida por um estilo de vida seguro e altamente vigiado e por ideologias que tentam emascular o homem moderno, o que é exemplificado pelos grupos de terapia para homens. No meio dessa ausência, a válvula de escape se encontra na violência - essencial para a identidade masculina - desenfreada. Isso em 1999, após 25 anos o cenário se encontra bem pior, visto que é difícil encontrar obras como essa para inspirar homens a viverem de forma mais condizente com sua natureza.
De Olhos Bem Fechados
3.9 1,5K Assista AgoraUma lenta construção de suspense se inicia na metade do filme e consegue envolver o telespectador de forma que a cada toque do piano pode acelerar uma batida do coração. Apesar de não possuir nenhuma cena violenta explícita, é simplesmente aterrorizante e o jeito que o sexo é tratado no filme pode ser paradoxalmente brusco e sutil, revelando grandes críticas sobre o casamento, monogamia e a crença no amor perfeito.
O Quarto de Léo
3.4 53Normalmente eu evito esses filmes cujas histórias não tem um final definitivo, que tentam simular a vida real nessas experiências sem resolução... mas esse foi um ponto fora da curva, o pouco romance nem foi um problema pra mim desta vez, já que o desenvolvimento do Leo foi um projeto mais interessante de se ver desenrolar. Para mim, é um daqueles filmes raros de se encontrar, que guardamos no coração e reassistimos de vez em quando para dar uma renovada no espírito, uma nova perspectiva da vida.
Saltburn
3.5 862Uma grande produção, seja pelo elenco ou pelos cenários, o "formato" em si do filme é algo bonito, que me agrada. Apesar disso, é uma história bem antiga e saturada de um deslocado que nunca vai se encaixar. Acredito que o plot twist do final - a dicotomia entre o que o Olliver sentia e o que ele demonstrava - não surtiu tanto efeito porque o enredo nunca abriu brechas para o expectador sentir empatia (ou pena) pelo protagonista, suas ações sempre tiveram intenções egoístas e isso já deixava claro o rumo que a história iria tomar. Além disso, por mais contraditório que pareça, o relacionamento entre Olliver e Felix não foi bem explorado, o roteiro jogou na cara do espectador que tinha uma relação de controle e submissão, deu mastigado (como a cena do karaoke), mas não houveram cenas suficientes entre os dois para evidenciar esse conflito de forma natural e verossímil. Acredito que não eram necessários 127 minutos para essa história, muitas cenas irrelevantes no desenvolvimento da trama, mas no geral, não é um filme ruim.
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Wonka
3.4 394 Assista AgoraMúsicas agradáveis de se escutar (apesar de eu ter pegado dublado kkk), atuação bem caricata, mas isso está de acordo com o enredo e com o estilo do filme. Ainda assim, a versão do Johnny Deep é a que me causa nostalgia, talvez esta seja para as nova gerações...
Tudo Sobre Lily Chou-Chou
4.1 59 Assista AgoraInsuperável. A trilha sonora, as fotografias e o roteiro são marcantes. A falta de linearidade ao contar a história reforça o onirismo retratado, muito belo e melancólico.
Lanternas Vermelhas
4.3 201Gong Li demonstra claramente aquele nó na garganta de estar presa em si mesma. É uma obra contextualizada, mas que pode ser sentida por pessoas em diversos lugares e cenários sociais.
Garage Olimpo
3.4 18Crueldade sistematizada, essência da humanidade.