Sabe aqueles filmes que ao final você sente que levou um soco no estômago? "Parasita" do diretor Bong Joon Ho, possui um argumento simples, porém uma realização visceral. A família de Ki-taek (Kang-ho Song) está desempregada, e vive em um porão sujo e apertado, mas uma obra do acaso faz com que o filho, Ki-woo (Woo-sik Choi), comece a trabalhar para uma família rica. Logo pai, mãe e filhos bolam um plano para se infiltrarem também na família burguesa, um a um.
Para uma experiência total de "Parasita", é importante você observar todos os detalhes. A família pobre, é tão pobre que no porão em que vivem é possível ver uma lixeira, na qual um mendigo urina. Já a família Park é tão rica, são tão elevados socialmente, que até nos cômodos da casa possuem escadas. A fotografia do filme é importante, ao retratar o caminho entre as casas, sempre em descida para a família de Ki-taek, e várias subidas para se chegar na casa dos Park.
É com esse retrato de uma pobreza que pode soar até "exagerada" para alguns, mas que não podemos negar, existe coisa até pior no mundo, e o contraste com os ricos que faz o filme ganhar força. Cada cena de "Parasita" é um choque de realidade absurdo. Em uma cena, o Sr. Park diz que até gosta do seu motorista, apesar dele ter "cheiro de metrô". A cena da chuva é outro exemplo, e Bong Joon Ho acerta ao mostrar que não é apenas a família de Ki-taek que vive naquela situação, e sim muitas outras. O choque de realidade é tão grande, que a narrativa do filme vai caminhando para um desfecho trágico. A violência acontece, e se durante todo o filme levamos um soco atrás do outro, o final é um verdadeiro nocaute.
O elenco de "Parasita" é fantástico, o maior destaque fica com o Kang-ho Song e a filha, Ki-Jung (So-dam Park), dando um show de interpretação. Na direção Bong Joon Ho mistura gêneros, seu filme tem comédia, drama, suspense, terror. O diretor mostra versatilidade ao entregar uma obra humana e real.
É isso. "Parasita" nos dá um choque de realidade, nos faz pensar e refletir. É um filme importante, e com certeza, ficará marcado para sempre na memória do cinema.
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Términos de relacionamento são dolorosos, ainda mais quando se existe amor de um dos lados. E quando esse amor e admiração ainda existem dos dois? É essa sinuca de bico que o diretor Noah Baumbach nos coloca, e nos entrega um dos melhores filmes do ano.
O longa aborda o divórcio entre Nicole (Scarlett Johansson) e Charlie (Adam Driver). Eles tentam um divórcio amigável para que o filho pequeno não sofra tanto, mas na tentativa de ganhar a guarda do filho, os advogados acabam criando muitas feridas entre o casal.
O filme não teria a mesma repercussão se não tivéssemos aqui essa dupla de protagonistas com uma entrega espetacular. Adam Driver brilha em cena, e é perceptível como o seu personagem está no limite da situação. Impossível não se emocionar com as cenas do ator, principalmente no final, quando ele lê uma carta. Já Scarlett Johansson (muito bom ver ela em um papel assim) também em seu limite com a situação, mostra muita sensibilidade. Ela não chega a alcançar o nível de atuação de Adam, mas está muito bem. Os dois tem uma uma dor muito grande e estão desesperados com o final dessa história, e vale lembrar que eles são competitivos, e o caso na justiça consumirá muito deles.
Ao fim, depois de tantas aflições Noah Baumbach entrega um filme doloroso, maduro e necessário. E que sim, emociona com sua veracidade.
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Assistir "Psicopata Americano" nos faz observar a figura de um psicopata por um prisma, que em sua grande maioria, os filmes sobre o tema não abordam. A figura narcisista de Patrick Bateman (Christian Bale) de se achar, realmente torna o filme interessante. Porém, o que é um acerto, também se transforma em erro.
Ao focar muito em expor a figura narcisista, o filme deixa de mostrar os feitos do psicopata, quando os mostra já na parte final do filme, fica meio "corrido" e atrapalha um pouco a experiência. Mesmo após a resolução final, que percebemos que tudo é uma imaginação da cabeça de Patrick, soa um desequilíbrio narrativo.
No mais o filme opta por uma violência subjetiva, nada é mostrado demais. Acho que para um filme sobre o assunto, poderia se arriscar mais nesse grafismo.
Christian Bale está muito bem mostrando esse seu lado doentio, principalmente na cena onde ele corre completamente nu, com uma motosserra na mão, e na clássica cena onde ele mata o personagem de Jared Leto. Vale a conferida para quem ainda não assistiu.
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Quando chegou aos cinemas em 2009, "Zumbilândia" foi um enorme sucesso. O gênero zumbi estava em alta com o surgimento de "The Walking Dead". "Zumbilândia" se aproveitou da química de seus protagonistas e entregou um filme dinâmico e ágil que caiu nas graças do público. Para essa sequência, o diretor Ruben Fleischer utiliza dos mesmo artifícios, colocando algumas coisinhas novas. E entrega um passatempo bem divertido.
É bem verdade que não temos nenhuma grande novidade aqui. Temos o romance de Columbus (Jesse Eisenberg) e Wichita (Emma Stone), e aquela relação pai e filha de Tallahassee (Woody Harrelson) e Little Rock (Abigail Breslin). O quarteto continua sobrevivendo aos zumbis, e descobrem que agora existe um zumbi mais resistente, evoluído. Ou seja, mais difícil de matar. Junte-se a isso, uma nova dupla que aparece, que lembra muito Columbus e Tallahassee. E também uma nova personagem, Madison (Zoey Deutch), que interpreta a mocinha loira burra que o cinema tanto utiliza.
Até Bill Murray aparece no final, em um flashback, enquanto lançava mais um filme de "Garfield", o clássico ator da década de 80-90, tem aqui sua redenção em uma cena pra lá de bacana que encerra o longa. "Zumbilândia: Atire Duas Vezes" continua com o mesmo apuro técnico e maquiagem perfeita do primeiro. A ambientação do filme e sua fotografia também merecem destaque. Não é tão memorável como o primeiro, e nem é um filme que vai mudar a sua vida, porém, se torna um ótimo passatempo.
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As produções envolvendo zumbis estavam em alta quando "Zumbilândia" surgiu despretensiosamente nos cinemas. O longa estrelado por Woody Harrelson, acabou surpreendendo a todos, pelo seu roteiro recheado de cenas de ação, e um humor negro bem peculiar, que fez toda a diferença para o sucesso do filme.
Se tem uma coisa que eu acho brilhante nessa produção, são seus efeitos e maquiagem. O diretor Ruben Fleischer não esconde nada, e logo em sua introdução, "Zumbilândia" mostra a que veio. O diretor utiliza uma câmera lenta, e aproveitamos cada segundo do seu estilo. Cada tiro, cada cabeça estraçalhada, ele faz questão de mostrar. Isso acaba sendo um atrativo a mais para esse filme, que sem se levar a sério, diverte muito. É nítido o quanto os atores estão se divertindo em cena.
Por falar em atores, o quarteto foi escolhido a dedo, Woody Harrelson, Jesse Eisenberg, Abigail Breslin e Emma Stone, possuem uma química muito boa. Juntos eles mostram que ainda vale a pena viver, continuar lutando. "Zumbilândia" não crítica tanto nossa sociedade, como outros clássicos do gênero fizeram, mas consegue até passar uma mensagem de otimismo.
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"Star Wars: O Retorno de Jedi" chegou aos cinemas em 1983 com o peso de encerrar (até então), a saga de maior sucesso das telonas. A direção agora fica por conta de Richard Marquand e George Lucas continua por trás das câmeras.
A tarefa de "Star Wars: O Retorno de Jedi" era difícil, visto a qualidade e a evolução da história em "Star Wars: O Império Contra-Ataca". O roteiro do filme continua com uma narrativa fácil de se entender, porém, não podemos deixar de citar que algumas situações nas cenas de ação, ficam um pouco a desejar, e ficam parecendo nonsense. Fica claro em algumas cenas, "trapalhadas" e isso funciona como "sorte" para os nossos heróis. Mas vale destacar que em algumas lutas de sabre de luz a evolução da coreografia é notável.
O roteiro do filme tenta colocar algumas "revelações bombásticas" como o filme anterior. Ficamos sabemos por mestre Yoda, que Luke tem uma irmã. O filme tenta a todo momento ter a mesma estrutura de acontecimentos importantes do anterior, algo sem necessidade, mostrando a falta de originalidade. Basta reparar na nova Estrela da Morte que tem um fim até mais fácil que a anterior.
Com erros e acertos, "Star Wars: O Retorno de Jedi" encerra tranquilamente a trilogia, andando por caminhos já conhecidos, sem se arriscar demais. E lembre-se: Que a força esteja com você.
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Segundo filme da carreira de Quentin Tarantino, "Pulp Fiction: Tempo de Violência", acompanha quatro histórias que mostram o submundo dos bandidos de Los Angeles e seus arredores.
O filme é até hoje referência na cultura pop. Tarantino acertou em cheio em muitas coisas e criou um filme memorável. Primeiro, sua narrativa não linear, mostrando várias histórias ao mesmo tempo e que se conectam é feita de forma brilhante. Isso em 1994 era coisa rara, ainda mais realizado da maneira que só Tarantino sabe fazer.
Segundo, o roteiro do filme e seus diálogos. É impossível negar o quão brilhante são as falas dos personagens. Cada uma feita com bastante cuidado, pensada de maneira a marcar para sempre seus personagens. O longa possui várias frases icônicas. "Pulp Fiction: Tempo de Violência" atravessa décadas e sempre é lembrado com o grande roteiro que tem.
Terceiro, os personagens. Vincent Vega, Jules e Mia são personagens lembrados até hoje. Vicente Vega (John Travolta) virou até meme. Mia, a personagem de Uma Thurman vira e mexe, é referenciada em alguma obra. Samuel L. Jackson que teve aqui um real destaque e conquistou o mundo, como um dos atores mais talentosos e bacanas que já vimos. Até Bruce Willis da as caras no longa.
E por último a genialidade de Tarantino. O talento do diretor em fazer diversas referências a cultura pop, principalmente de obras que ele gosta tanto, e criando um novo produto para essa mesma cultura, é fantástica. Tarantino é um dos poucos diretores que nunca erraram. E nós agradecemos.
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Em "Loja dos Unicórnios", temos a estreia de Brie Larson na direção deste original Netflix. Além de dirigir, ela também protagoniza o longa.
No filme, acompanhamos Kit (Brie Larson), uma personagem sem sucesso na sua vida pessoal e profissional, que de repente recebe um convite para comparecer a esta misteriosa loja de unicórnios.
O longa flerta com assuntos como depressão, sonhos e amadurecimento, tudo isso revestido por uma fábula, graças ao excelente trabalho de direção de arte. Porém, na minha opinião, é uma mistura de assuntos muito arriscado para quem faz sua estreia na direção. É louvável o querer "arriscar" de Brie Larson, porém, ela parece perdida na direção. O mesmo podemos falar de sua personagem, que fica difícil de convencer, já que ela é muito adulta para o papel. O roteiro do filme tenta trabalhar muitos assuntos complicados ao mesmo tempo, e isso atrapalha o longa. Os assuntos não tem tempo suficiente para ser digeridos, e fica mais complicado ainda de aceitar, quando vemos Brie Larson passando por aquelas situações. Sua personagem é mimada ao extremo e em momento nenhum convence. O filme se tornaria um pouco melhor, se alguém mais novo como a Saoirse Ronan tivesse feito o papel.
Resumindo, "Loja de Unicórnios" é um passatempo que não convence e que logo após a assistida, cai no esquecimento.
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"Porco Rosso: O Último Herói Romântico" não é um dos grandes clássicos do Estúdio Ghibli, porém, é um dos filmes mais bacanas de se assistir. Uma aventura com personagens carismáticos, onde Hayao Miyazaki brinca com os clichês de história de contos de fadas.
No longa acompanhamos Porco Rosso, piloto de avião que combate os piratas do ar, que roubam e sequestram. Quando precisa de um avião novo, ele conhece Fio, uma jovem que vai fazer ele repensar o seu pensamento a cerca de muitas coisas.
É lindo ver como Miyazaki sempre colocou a mulher em posição de destaque em suas animações. Aqui, Fio é desafiada por ser mulher e ainda por cima, jovem. Sua personagem é muito bem construída com sua personalidade forte e sua vontade de ultrapassar limites.
O diretor também aproveita para brincar um pouco com contos de fadas. Alguma Maldição transformou o piloto Porco Rosso realmente em um porco! Na metade do filme a personagem de Fio brinca que se desse um beijo em Porco, ele poderia voltar a ser um homem... Porém, esse beijo só acontece ao final, ele volta ao normal, mas não vemos a sua face. É Myazaki se divertindo e nos entregando um excelente filme!
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"Star Wars: O Império Contra-Ataca" é uma das raras sequências do cinema, em que supera o filme original. Se "Star Wars: Uma Nova Esperança" encantou o mundo do cinema, ao mostrar planetas, batalhas entre naves, e lutas com sabres de luz fantásticas, aqui temos uma expansão de universo perfeita, o que deixa a mitologia Star Wars, melhor ainda.
George Lucas sai da direção e entra Irvin Kershner que claramente soube aproveitar melhor esse universo. Aqui temos novos planetas aparecendo, criaturas, naves e muito mais coisas novas, e todas bem aproveitadas. Até personagens pouco explorados como Boba Fett, tem sua importância, sem falar no seu visual, que é muito bom.
Temos também evolução nos personagens. Luke Skywalker (Mark Hamill) apesar de ser o mais limitado do trio principal, mostra uma evolução, ao entender o seu lugar no mundo de Star Wars. Leia (Carrie Fisher) muito melhor aproveitada, ela tem cenas em que consegue mostrar que é uma ótima atriz. Em algumas cenas, o diretor consegue demorar a câmera um pouco mais no rosto de Leia, o que faz total diferença no resultado final, pois vemos a personagem reagindo e expressando o que está acontecendo. Até Han Solo (Harrison Ford) evolui nas mãos de Irvin Kershner.
O diretor também aprofunda a filosofia Jedi, e nos faz sentir o que realmente ela é. Minha sequência preferida da franquia, é no treinamento de Luke com Yoda. Com o auxílio da Força, Mestre Yoda tira uma nave de dentro do pântano, e Luke diz: "Eu não acredito!". E Yoda muito simples, responde: "E por isso fracassa..." Muito foda!
Além de batalhas épicas, "Star Wars: O Império Contra-Ataca" possui o que talvez seja a maior cena de revelação da história do cinema. "Luke, eu sou seu pai!" é referenciado até hoje em muitas produções, inclusive em uma cena icônica em "Toy Story 2". Assim é "Star Wars: O Império Contra-Ataca", expande as possibilidades do original e deixa o terreno preparado para muitas outras aventuras.
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Alvy Singer (Woody Allen) é um humorista judeu, totalmente neurótico, como revela o próprio título em português. Ele se apaixona por Annie Hall (Diane Keaton), que sonha em ser cantora. Os dois logo vão morar juntos e não demora muito para que o relacionamento entre em crise e assim, comecem a reavaliar os sentimentos.
Como é bom assistir a um filme do Woody Allen. Diálogos rápidos, em um roteiro com frases marcantes. Woody, que também dirige o longa, em diversos momentos nos faz refletir, mas sem perder o sarcasmo e o tempo da piada. É um roteiro muito amadurecido. A história é interessante, e a montagem não linear nos envolve, e deixa o filme gostoso de se assistir. Apesar da história simples, Allen mostra uma narrativa muito forte. O diretor quebra a quarta parede e a todo momento somos puxados para dentro do longa, para dentro desse carrossel de emoções. Podemos observar todo o talento cômico de Woody Allen, em cenas bem específicas. Diane Keaton muito a vontade no papel que lhe rendeu o Oscar de melhor atriz, é a cereja do bolo, de um filme que ainda conta com participações de Christopher Walken e Jeff Goldblum.
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Há muito tempo, em uma galáxia muito, muito distante... eu não era muito fã de "Star Wars". Confesso que assisti a trilogia clássica muito tarde e que foi a menina Rey em "Star Wars: O Despertar da Força" que me fez ver Star Wars com outros olhos.
Revendo "Star Wars: Uma Nova Esperança", é de se admirar o trabalho de criação de George Lucas. Apesar de Lucas ser muito criticado como diretor, toda a sua criação de espaço, planetas, e criaturas diferentes, o roteiro deste primeiro filme é simples, de fácil compreensão. Se baseia muito na clássica jornada do herói, no caso aqui, Luke Skywalker (Mark Hamill), ao mostrar ele saindo do nada, e se tornar alguém que pode fazer a diferença nessa guerra.
Uma das coisas mais bacanas de "Uma Nova Esperança", é que ele já começa com as coisas acontecendo. Assim, somos jogados no meio dessa batalha, onde sabemos que existe um império, existem os rebeldes, e esse é um dos maiores acertos de George Lucas, ao meu ver. O diretor fez com que nós quiséssemos algumas respostas, como por exemplo: Quem são aqueles personagens? Como eles foram parar ali? Isso nos deixa curiosos para sabermos mais sobre eles, e isso ao meu ver, fez "Star Wars" ser o que é hoje. Talvez se Lucas tivesse feito o filme do modo mais habitual, "Star Wars" fosse apenas "mais um filme". O roteiro não é nada demais, mas "Star Wars" se sustenta em uma mitologia encantadora, seja com suas naves, ou os sabres de luz. Aqui estamos falando da magia que o cinema causa, e tudo o que cerca Star Wars até hoje, encanta.
Que a força esteja com você!
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É muito bom quando assistimos um filme que não esperamos muita coisa, e ele nos surpreende. Essa é a sensação ao final de "Toc Toc". Este filme espanhol, dirigido por Vicente Villanueva, mostra a história de seis pacientes que possuem toc, e que se cruzam na sala de espera do psiquiatra, que está atrasado. Conforme o tempo vai passando, suas compulsões vão sendo expostas e eles tentam ajudar uns aos outros.
O filme diverte por ter algumas manias em seus personagens que abrem espaço para momentos assim. O grupo de atores é ótimo e a montagem do filme é bem sagaz e não deixa espaço para coisas desnecessárias. O longa tem uma história simples, e é bem provável que você conseguirá matar o final, antes dele acontecer. Mesmo assim, o filme se torna bastante interessante, pois estamos diante de uma temática pouco explorada pelo cinema, e assim conseguimos entender e nos colocar no lugar de pessoas que possuem esse transtorno obsessivo compulsivo.
Uma grata surpresa, o espanhol "Toc Toc" é leve e bem divertido. Um filme despretensioso, que vai pegar você e com certeza, agradar.
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Não sou um leitor de quadrinhos, mas pelo que já vi em filmes adaptados, o Coringa é o personagem mais interessante, se tratando de vilões. Todo o background que o personagem trás, o torna talvez, o maior vilão dos quadrinhos.
E é por essas e outras que eu estava muito ansioso para conferir esta origem, o nascimento do Coringa. Estava torcendo muito para que fosse um filmaço, pois gosto muito do Joaquin Phoenix. A minha única desconfiança a princípio, era o diretor Todd Phillips, acostumado a dirigir comédias, estava estranhando o seu nome ligado a um filme que desde o início, se mostrava muito pesado.
Após conferir o longa, toda desconfiança foi embora, e o que fica é um filme grandioso em todos os aspectos. "Coringa" tem uma direção precisa, e uma atuação inspirada de Joaquin Phoenix. Toda a construção do personagem feita por ele é fantástica, desde a concepção das risadas até às suas danças, culminando em uma cena ao final, quando o seu personagem está sendo entrevistado por Robert De Niro, que para mim, foi uma das MELHORES cenas que eu já vi no cinema!
O roteiro do filme é poderosíssimo. Tem um conceito social forte, que o torna fantástico em todas as suas falas. E o filme ainda conta com uma trilha sonora marcante. "Coringa" é um filme que ficará marcado na história do cinema! E na minha humilde opinião, o longa agora está ao lado de "Batman: O Cavaleiro das Trevas" como as duas maiores adaptações de personagens de quadrinhos para o cinema!
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Em "Batman Begins", Christopher Nolan nos apresentou uma versão do homem-morcego mais real, deixando de lado aquele estilo dos quadrinhos que tanto vimos nos filmes do herói nos anos 90. Aqui em "Batman: O Cavaleiro das Trevas" ele sobe o nível ainda mais e entrega uma obra irretocável.
O roteiro do filme é forte, e finalmente nos apresenta um vilão a altura do herói. Batman a todo momento reage aos atos do Coringa. Assim temos um filme sem prognósticos. Não sabemos se tudo terminará bem. Não sabemos o preço que Batman poderá pagar para que tudo se resolva. Coringa tem total controle da situação. E é isso que deixa esse filme tão brilhante.
Coringa é interpretado brilhantemente por Heath Ledger. O ator entrou a fundo no personagem, e teve uma atuação forte até mesmo nos momentos mais simples. O bom de se assistir esse filme várias vezes, é pegar olhares do personagem, movimentos e perceber o quão detalhista Ledger foi para construir uma atuação que será lembrada eternamente. O filme ainda conta com uma trilha sonora excepcional de Hans Zimmer, que eleva a tensão nos momentos mais decisivos do filme. Um trabalho realmente incrível.
No mais, não é a toa que "Batman: O Cavaleiro das Trevas" seja referência e considerado o melhor filme de quadrinhos lançado até hoje. A realidade aplicada por Nolan, junto com as ótimas atuações e a trilha de Hans Zimmer, fazem esse filme ser grandioso até hoje. E será por muito tempo.
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Passado mais de uma década do seu lançamento, "Hancock" continua ainda muito divertido de se assistir. O filme surpreende ao mostrar a figura do herói totalmente ao avesso do que vemos hoje com o cinema da Marvel, e esse é o principal acerto do filme.
A história do herói (politicamente incorreto) vivido por Will Smith, mostra que o astro é capaz de fazer o que quiser em Hollywood. Will tem carisma pra isso. Sua química com Jason Bateman é muito boa. Charlize Theron também está incrível, e podemos ver a versatilidade da atriz, que vai da esposa perfeita a uma heroína que já tinha desistido de tal posto.
Alguns efeitos envelheceram um pouco, outros ainda continuam bons, e o roteiro é bem amarrado. A única preocupação de "Hancock" é divertir. E o filme ainda continua bem divertido de se ver e de se rever.
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A primeira sensação que temos ao assistir "O Operário", é a inacreditável magreza extrema a qual Christian Bale se submeteu para compor o personagem. O longa é interessante, mas realmente é o estado físico de Bale, que chama a atenção.
No filme, o operário Trevor Reznik (Bale) não dorme a um ano, e ele vem sendo consumido por um cansaço que lhe prejudica fisicamente e principalmente mentalmente.
O filme é um grande quebra-cabeça. Aos poucos vamos nos envolvendo na história de Trevor e tentando descobrir o porque dele estar daquele jeito. O diretor Brad Anderson, nos joga pistas para descobrirmos qual situação levou Trevor a ficar naquela situação, enquanto o real e o imaginário são elementos que o diretor utiliza antes do desfecho final.
O filme é angustiante até descobrirmos o porquê de tudo aquilo. A atuação de Christian Bale é realmente impecável. Sua magreza incomoda e impressiona. Um filme que merece muito ser descoberto.
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Acredite, nunca tive muito interesse em assistir os filmes do Batman, do Tim Burton. Sou fã do personagem graças ao realismo empregado por Christopher Nolan em sua trilogia, mas mesmo assim não me senti chamado a assistir aos filmes antigos. Quando "Coringa" estava próximo de estrear, resolvi fazer uma maratona com filmes que tem o personagem. E aí chegamos a "Batman", onde Jack Nicholson é o interprete do palhaço do crime.
Jack Nicholson é a melhor coisa do filme. O ator tem talento para fazer qualquer coisa. Vale lembrar que "Batman" é um produto da época, e que antigamente os filmes de heróis não eram tão realistas assim. Então, o agente do caos, está mais para um mafioso nesse longa. É até um pouco desonesto, comparar atuações, mas se compararmos o Coringa de Nicholson com a versão visceral do personagem entregue por Heath Ledger, o Coringa de Nicholson ficou, digamos, datado.
O roteiro do filme perde muita força se comparado com os filmes de heróis que estamos acostumados hoje em dia, e o pior é colocar um romance não muito realista entre a repórter Vicki Vale (Kim Basinger) e Bruce Wayne (Michael Keaton). A de se notar também o trabalho que Michael Keaton teve com a roupa do Batman. É perceptível a dificuldade de movimentos com a roupa do homem-morcego.
Os efeitos especiais também estão totalmente datados. Existem cenas em que se percebe a utilização de maquetes. O que é uma pena, porque se não fosse o envelhecimento, o filme poderia agregar muito mais na filmografia do herói no cinema. O tempo foi cruel com o "Batman" de Tim Burton.
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Em "Amargo Pesadelo" um grupo de quatro amigos decide descer um rio, e se deparam com algumas situações perigosas.
O filme do diretor John Boorman ("O Alfaiate do Panamá") é bastante interessante, apesar de que ao final você fique esperando algo a mais. Isso se dá, porque logo no início do longa é criada toda uma atmosfera de que o rio é muito perigoso, de que ninguém sai vivo, essas coisas... Conforme o filme se desenvolve, vemos que existem perigos, mas estávamos esperando algo muito pior. A de se destacar aqui a edição do filme, que nos segura a todo momento a acompanhar a história, sem que em momento algum, ela fique chata.
O longa tem cenas bastante bem feitas de canoagem, e podemos observar que os atores mesmo fizeram, pois não a cortes para esconder o rosto. Nesse ponto a direção de John Boorman é muito segura e é incrível assistir um filme assim nos dias de hoje. Outro ponto interessante é a ausência de trilha sonora, onde o diretor opta pelo som da natureza em praticamente todo o filme. Vale a conferida.
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Quando ouvi falar em "Hush: A Morte Ouve" fiquei interessado pela premissa da história. No filme, Maddie (Kate Siegel) é surda e muda, e decide se isolar em uma casa próximo a uma floresta, até que começa a ser ameaçada por um homem mascarado (John Gallagher Jr.).
O longa é dirigido por Mike Flanagan (dos ótimos "Jogo Perigoso" e "Doutor Sono) que consegue ter um êxito muito bom em seu início, onde o ápice na minha opinião, é quando Maddie está utilizando o seu Notebook e recebe fotos suas enviadas do seu próprio celular. O problema é que mais ou menos a partir de sua metade, o filme perde força, o clima não te envolve muito, e ele se torna "só mais um filme onde o assassino quer matar a mocinha".
Seja pelo fato de não nos apegarmos suficientes a protagonista, por não termos um background maior dela, ou ainda pelo heroísmo que simplesmente surge do nada. Fica difícil engolir tais situações, pois não fomos apresentados antes a uma situação parecida para a nossa protagonista.
"Hush: A Morte Ouve", até vale a conferida, mas sem compromisso algum, pois é um longa que logo cai no esquecimento.
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Lembro que "Hitchcock" seria um filme que eu estava com muita vontade de ver no cinema, porém, na época, não chegou nos cinemas aqui da minha cidade. Os anos passaram, até que finalmente vi esse curioso longa, que mostra a relação de Alfred Hitchcock (Anthony Hopkins) e sua esposa, Alma Reville (Helen Mirren), durante as gravações do clássico "Psicose". O longa é muito interessante porque mostra como Hitchcock teve trabalho para que o longa acontecesse, desde fazer com que o estúdio aceitasse pelo menos distribuir o filme, a lutar para algumas coisas estarem no filme, inclusive a clássica cena das facadas durante o banho e até uma curiosa cena de descarga em um aparelho sanitário. Tal cena nunca tinha sido mostrada antes em um filme.
Anthony Hopkins conseguiu desenvolver muito bem a persona de Hitchcock, e nos mostrar com desenvoltura todos os trejeitos do grande diretor. Sua atuação é repleta de detalhes e muitas vezes mostra um Hitchcock incompreendido, assim como os grandes gênios.
Em muitos momentos o filme é poético inclusive a cena final, onde Hitchcock diz que mais uma vez está sem ideias para um novo longa, e um pássaro vem e pousa em seu ombro. Vale a pena conferir.
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Cultuados por muitos, o cinema de Alfred Hitchcock marcou década em Hollywood. Diretor de grandes clássicos do suspense, o diretor tem em "Psicose", seu filme mais conhecido.
A história acompanha Marion Crane (Janet Leigh), que foge do trabalho após ter em mãos uma grande quantia em dinheiro. Durante a fuga, ela se abriga no Bates Motel, administrado por Norman Bates (Anthony Perkins), um sujeito pacato, e tímido. Conforme a trama avança, percebemos que Norman possui um transtorno de dupla personalidade, tornando-se um perigo para quem cruza o seu caminho.
Hitchcock domina a direção a todo o tempo. A narrativa cadenciada mostra como o diretor tem o controle total da história. Sua confiança é tanta, que ele só nos apresenta Norman, o seu protagonista, com quase meia hora de filme. O clima de suspense perdura todo o longa, e torna "Psicose" um dos grandes filmes do gênero até hoje.
Sempre é bom ver ou rever um filme de Hitchcock, e saber porque ele era considerado o mestre do suspense.
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Ao final da sessão de "Midsommar: O Mal Não Espera a Noite", confesso que eu não sabia muito bem o que pensar do filme. O filme é visualmente muito lindo, louco e daqueles que fazem você se perguntar o que foi que você acabou de assistir.
O longa acompanha um grupo de amigos que viajam para uma comunidade que mantém certas tradições e costumes que não são muito habituais para nossa sociedade. Tudo o que o diretor Ari Aster coloca em cena impressiona, seja pela coragem em mostrar certas coisas, ou pela forma como o diretor consegue criar uma ambientação que nos cause terror. Quem são essas pessoas? E porque elas agem assim? O medo do desconhecido realmente é o melhor terror.
Assim como "Hereditário" era uma alegoria para o luto, "Midsommar" é uma alegoria para a depressão, devido a tanta coisa que acontece na vida da protagonista, Dani, interpretada por Florence Pugh que está impecável. "Midsommar" é um filme que não vai lhe dar respostas fáceis. O diretor não tem pressa em contar sua história, vai soltando o seu terror aos poucos. Ari Aster mostra que é um diretor que começa a criar seu público, e que acredita nele. Algo diferente no meio de tantas ideias repetidas e repaginadas em Hollywood.
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Um dos gêneros que mais gosto, é o terror. Principalmente quando o terror é psicológico. Quando assisti "Hereditário" no cinema, me deparei com um filme ousado e corajoso e que cumpre muito bem o seu papel.
Revendo o filme pude perceber detalhes bem minuciosos da direção do estreante Ari Aster. Sua direção em parceria de uma excelente fotografia nos dá a impressão que toda a história se passa em uma maquete, como aquelas que a personagem principal cria. A trilha sonora também vale destacar, pois é sombria e nos faz adentrar na história. Sem falar que o terror psicológico que o diretor cria, realmente assusta e faz com que "Hereditário" realmente seja o melhor filme de terror da década, e um dos melhores de todos os tempos.
O roteiro do filme é rico em assuntos como luto e depressão e Ari Aster ainda nos faz apreciar esse longa bem vagarosamente. Nada de sustos bobos a todo momento. Aqui uma atmosfera é criada e o medo vai nos colocando dentro da história. Junte-se a isso, uma atuação incrível de Toni Collette, que entregou-se completamente para o papel de uma mãe totalmente ensandecida por tudo o que acontece em seu redor. Brilhante!
Se você gosta daquele terror de sustos a todo momento e trilha alta para assustar, passe longe de "Hereditário". Assista e aprecie, ao MELHOR filme de terror dos últimos anos.
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Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraSabe aqueles filmes que ao final você sente que levou um soco no estômago? "Parasita" do diretor Bong Joon Ho, possui um argumento simples, porém uma realização visceral. A família de Ki-taek (Kang-ho Song) está desempregada, e vive em um porão sujo e apertado, mas uma obra do acaso faz com que o filho, Ki-woo (Woo-sik Choi), comece a trabalhar para uma família rica. Logo pai, mãe e filhos bolam um plano para se infiltrarem também na família burguesa, um a um.
Para uma experiência total de "Parasita", é importante você observar todos os detalhes. A família pobre, é tão pobre que no porão em que vivem é possível ver uma lixeira, na qual um mendigo urina. Já a família Park é tão rica, são tão elevados socialmente, que até nos cômodos da casa possuem escadas. A fotografia do filme é importante, ao retratar o caminho entre as casas, sempre em descida para a família de Ki-taek, e várias subidas para se chegar na casa dos Park.
É com esse retrato de uma pobreza que pode soar até "exagerada" para alguns, mas que não podemos negar, existe coisa até pior no mundo, e o contraste com os ricos que faz o filme ganhar força. Cada cena de "Parasita" é um choque de realidade absurdo. Em uma cena, o Sr. Park diz que até gosta do seu motorista, apesar dele ter "cheiro de metrô". A cena da chuva é outro exemplo, e Bong Joon Ho acerta ao mostrar que não é apenas a família de Ki-taek que vive naquela situação, e sim muitas outras. O choque de realidade é tão grande, que a narrativa do filme vai caminhando para um desfecho trágico. A violência acontece, e se durante todo o filme levamos um soco atrás do outro, o final é um verdadeiro nocaute.
O elenco de "Parasita" é fantástico, o maior destaque fica com o Kang-ho Song e a filha, Ki-Jung (So-dam Park), dando um show de interpretação. Na direção Bong Joon Ho mistura gêneros, seu filme tem comédia, drama, suspense, terror. O diretor mostra versatilidade ao entregar uma obra humana e real.
É isso. "Parasita" nos dá um choque de realidade, nos faz pensar e refletir. É um filme importante, e com certeza, ficará marcado para sempre na memória do cinema.
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História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraTérminos de relacionamento são dolorosos, ainda mais quando se existe amor de um dos lados. E quando esse amor e admiração ainda existem dos dois? É essa sinuca de bico que o diretor Noah Baumbach nos coloca, e nos entrega um dos melhores filmes do ano.
O longa aborda o divórcio entre Nicole (Scarlett Johansson) e Charlie (Adam Driver). Eles tentam um divórcio amigável para que o filho pequeno não sofra tanto, mas na tentativa de ganhar a guarda do filho, os advogados acabam criando muitas feridas entre o casal.
O filme não teria a mesma repercussão se não tivéssemos aqui essa dupla de protagonistas com uma entrega espetacular. Adam Driver brilha em cena, e é perceptível como o seu personagem está no limite da situação. Impossível não se emocionar com as cenas do ator, principalmente no final, quando ele lê uma carta. Já Scarlett Johansson (muito bom ver ela em um papel assim) também em seu limite com a situação, mostra muita sensibilidade. Ela não chega a alcançar o nível de atuação de Adam, mas está muito bem. Os dois tem uma uma dor muito grande e estão desesperados com o final dessa história, e vale lembrar que eles são competitivos, e o caso na justiça consumirá muito deles.
Ao fim, depois de tantas aflições Noah Baumbach entrega um filme doloroso, maduro e necessário. E que sim, emociona com sua veracidade.
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Psicopata Americano
3.7 1,9K Assista AgoraAssistir "Psicopata Americano" nos faz observar a figura de um psicopata por um prisma, que em sua grande maioria, os filmes sobre o tema não abordam. A figura narcisista de Patrick Bateman (Christian Bale) de se achar, realmente torna o filme interessante. Porém, o que é um acerto, também se transforma em erro.
Ao focar muito em expor a figura narcisista, o filme deixa de mostrar os feitos do psicopata, quando os mostra já na parte final do filme, fica meio "corrido" e atrapalha um pouco a experiência. Mesmo após a resolução final, que percebemos que tudo é uma imaginação da cabeça de Patrick, soa um desequilíbrio narrativo.
No mais o filme opta por uma violência subjetiva, nada é mostrado demais. Acho que para um filme sobre o assunto, poderia se arriscar mais nesse grafismo.
Christian Bale está muito bem mostrando esse seu lado doentio, principalmente na cena onde ele corre completamente nu, com uma motosserra na mão, e na clássica cena onde ele mata o personagem de Jared Leto. Vale a conferida para quem ainda não assistiu.
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Zumbilândia: Atire Duas Vezes
3.4 612 Assista AgoraQuando chegou aos cinemas em 2009, "Zumbilândia" foi um enorme sucesso. O gênero zumbi estava em alta com o surgimento de "The Walking Dead". "Zumbilândia" se aproveitou da química de seus protagonistas e entregou um filme dinâmico e ágil que caiu nas graças do público. Para essa sequência, o diretor Ruben Fleischer utiliza dos mesmo artifícios, colocando algumas coisinhas novas. E entrega um passatempo bem divertido.
É bem verdade que não temos nenhuma grande novidade aqui. Temos o romance de Columbus (Jesse Eisenberg) e Wichita (Emma Stone), e aquela relação pai e filha de Tallahassee (Woody Harrelson) e Little Rock (Abigail Breslin). O quarteto continua sobrevivendo aos zumbis, e descobrem que agora existe um zumbi mais resistente, evoluído. Ou seja, mais difícil de matar. Junte-se a isso, uma nova dupla que aparece, que lembra muito Columbus e Tallahassee. E também uma nova personagem, Madison (Zoey Deutch), que interpreta a mocinha loira burra que o cinema tanto utiliza.
Até Bill Murray aparece no final, em um flashback, enquanto lançava mais um filme de "Garfield", o clássico ator da década de 80-90, tem aqui sua redenção em uma cena pra lá de bacana que encerra o longa. "Zumbilândia: Atire Duas Vezes" continua com o mesmo apuro técnico e maquiagem perfeita do primeiro. A ambientação do filme e sua fotografia também merecem destaque. Não é tão memorável como o primeiro, e nem é um filme que vai mudar a sua vida, porém, se torna um ótimo passatempo.
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Zumbilândia
3.7 2,5K Assista AgoraAs produções envolvendo zumbis estavam em alta quando "Zumbilândia" surgiu despretensiosamente nos cinemas. O longa estrelado por Woody Harrelson, acabou surpreendendo a todos, pelo seu roteiro recheado de cenas de ação, e um humor negro bem peculiar, que fez toda a diferença para o sucesso do filme.
Se tem uma coisa que eu acho brilhante nessa produção, são seus efeitos e maquiagem. O diretor Ruben Fleischer não esconde nada, e logo em sua introdução, "Zumbilândia" mostra a que veio. O diretor utiliza uma câmera lenta, e aproveitamos cada segundo do seu estilo. Cada tiro, cada cabeça estraçalhada, ele faz questão de mostrar. Isso acaba sendo um atrativo a mais para esse filme, que sem se levar a sério, diverte muito. É nítido o quanto os atores estão se divertindo em cena.
Por falar em atores, o quarteto foi escolhido a dedo, Woody Harrelson, Jesse Eisenberg, Abigail Breslin e Emma Stone, possuem uma química muito boa. Juntos eles mostram que ainda vale a pena viver, continuar lutando. "Zumbilândia" não crítica tanto nossa sociedade, como outros clássicos do gênero fizeram, mas consegue até passar uma mensagem de otimismo.
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Star Wars, Episódio VI: O Retorno do Jedi
4.3 915 Assista Agora"Star Wars: O Retorno de Jedi" chegou aos cinemas em 1983 com o peso de encerrar (até então), a saga de maior sucesso das telonas. A direção agora fica por conta de Richard Marquand e George Lucas continua por trás das câmeras.
A tarefa de "Star Wars: O Retorno de Jedi" era difícil, visto a qualidade e a evolução da história em "Star Wars: O Império Contra-Ataca". O roteiro do filme continua com uma narrativa fácil de se entender, porém, não podemos deixar de citar que algumas situações nas cenas de ação, ficam um pouco a desejar, e ficam parecendo nonsense. Fica claro em algumas cenas, "trapalhadas" e isso funciona como "sorte" para os nossos heróis. Mas vale destacar que em algumas lutas de sabre de luz a evolução da coreografia é notável.
O roteiro do filme tenta colocar algumas "revelações bombásticas" como o filme anterior. Ficamos sabemos por mestre Yoda, que Luke tem uma irmã. O filme tenta a todo momento ter a mesma estrutura de acontecimentos importantes do anterior, algo sem necessidade, mostrando a falta de originalidade. Basta reparar na nova Estrela da Morte que tem um fim até mais fácil que a anterior.
Com erros e acertos, "Star Wars: O Retorno de Jedi" encerra tranquilamente a trilogia, andando por caminhos já conhecidos, sem se arriscar demais. E lembre-se: Que a força esteja com você.
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Pulp Fiction: Tempo de Violência
4.4 3,7K Assista AgoraSegundo filme da carreira de Quentin Tarantino, "Pulp Fiction: Tempo de Violência", acompanha quatro histórias que mostram o submundo dos bandidos de Los Angeles e seus arredores.
O filme é até hoje referência na cultura pop. Tarantino acertou em cheio em muitas coisas e criou um filme memorável. Primeiro, sua narrativa não linear, mostrando várias histórias ao mesmo tempo e que se conectam é feita de forma brilhante. Isso em 1994 era coisa rara, ainda mais realizado da maneira que só Tarantino sabe fazer.
Segundo, o roteiro do filme e seus diálogos. É impossível negar o quão brilhante são as falas dos personagens. Cada uma feita com bastante cuidado, pensada de maneira a marcar para sempre seus personagens. O longa possui várias frases icônicas. "Pulp Fiction: Tempo de Violência" atravessa décadas e sempre é lembrado com o grande roteiro que tem.
Terceiro, os personagens. Vincent Vega, Jules e Mia são personagens lembrados até hoje. Vicente Vega (John Travolta) virou até meme. Mia, a personagem de Uma Thurman vira e mexe, é referenciada em alguma obra. Samuel L. Jackson que teve aqui um real destaque e conquistou o mundo, como um dos atores mais talentosos e bacanas que já vimos. Até Bruce Willis da as caras no longa.
E por último a genialidade de Tarantino. O talento do diretor em fazer diversas referências a cultura pop, principalmente de obras que ele gosta tanto, e criando um novo produto para essa mesma cultura, é fantástica. Tarantino é um dos poucos diretores que nunca erraram. E nós agradecemos.
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Loja de Unicórnios
2.8 252Em "Loja dos Unicórnios", temos a estreia de Brie Larson na direção deste original Netflix. Além de dirigir, ela também protagoniza o longa.
No filme, acompanhamos Kit (Brie Larson), uma personagem sem sucesso na sua vida pessoal e profissional, que de repente recebe um convite para comparecer a esta misteriosa loja de unicórnios.
O longa flerta com assuntos como depressão, sonhos e amadurecimento, tudo isso revestido por uma fábula, graças ao excelente trabalho de direção de arte. Porém, na minha opinião, é uma mistura de assuntos muito arriscado para quem faz sua estreia na direção. É louvável o querer "arriscar" de Brie Larson, porém, ela parece perdida na direção. O mesmo podemos falar de sua personagem, que fica difícil de convencer, já que ela é muito adulta para o papel.
O roteiro do filme tenta trabalhar muitos assuntos complicados ao mesmo tempo, e isso atrapalha o longa. Os assuntos não tem tempo suficiente para ser digeridos, e fica mais complicado ainda de aceitar, quando vemos Brie Larson passando por aquelas situações. Sua personagem é mimada ao extremo e em momento nenhum convence. O filme se tornaria um pouco melhor, se alguém mais novo como a Saoirse Ronan tivesse feito o papel.
Resumindo, "Loja de Unicórnios" é um passatempo que não convence e que logo após a assistida, cai no esquecimento.
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Porco Rosso: O Último Herói Romântico
3.9 285 Assista Agora"Porco Rosso: O Último Herói Romântico" não é um dos grandes clássicos do Estúdio Ghibli, porém, é um dos filmes mais bacanas de se assistir. Uma aventura com personagens carismáticos, onde Hayao Miyazaki brinca com os clichês de história de contos de fadas.
No longa acompanhamos Porco Rosso, piloto de avião que combate os piratas do ar, que roubam e sequestram. Quando precisa de um avião novo, ele conhece Fio, uma jovem que vai fazer ele repensar o seu pensamento a cerca de muitas coisas.
É lindo ver como Miyazaki sempre colocou a mulher em posição de destaque em suas animações. Aqui, Fio é desafiada por ser mulher e ainda por cima, jovem. Sua personagem é muito bem construída com sua personalidade forte e sua vontade de ultrapassar limites.
O diretor também aproveita para brincar um pouco com contos de fadas. Alguma Maldição transformou o piloto Porco Rosso realmente em um porco! Na metade do filme a personagem de Fio brinca que se desse um beijo em Porco, ele poderia voltar a ser um homem... Porém, esse beijo só acontece ao final, ele volta ao normal, mas não vemos a sua face. É Myazaki se divertindo e nos entregando um excelente filme!
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Star Wars, Episódio V: O Império Contra-Ataca
4.4 1,0K Assista Agora"Star Wars: O Império Contra-Ataca" é uma das raras sequências do cinema, em que supera o filme original. Se "Star Wars: Uma Nova Esperança" encantou o mundo do cinema, ao mostrar planetas, batalhas entre naves, e lutas com sabres de luz fantásticas, aqui temos uma expansão de universo perfeita, o que deixa a mitologia Star Wars, melhor ainda.
George Lucas sai da direção e entra Irvin Kershner que claramente soube aproveitar melhor esse universo. Aqui temos novos planetas aparecendo, criaturas, naves e muito mais coisas novas, e todas bem aproveitadas. Até personagens pouco explorados como Boba Fett, tem sua importância, sem falar no seu visual, que é muito bom.
Temos também evolução nos personagens. Luke Skywalker (Mark Hamill) apesar de ser o mais limitado do trio principal, mostra uma evolução, ao entender o seu lugar no mundo de Star Wars. Leia (Carrie Fisher) muito melhor aproveitada, ela tem cenas em que consegue mostrar que é uma ótima atriz. Em algumas cenas, o diretor consegue demorar a câmera um pouco mais no rosto de Leia, o que faz total diferença no resultado final, pois vemos a personagem reagindo e expressando o que está acontecendo. Até Han Solo (Harrison Ford) evolui nas mãos de Irvin Kershner.
O diretor também aprofunda a filosofia Jedi, e nos faz sentir o que realmente ela é. Minha sequência preferida da franquia, é no treinamento de Luke com Yoda. Com o auxílio da Força, Mestre Yoda tira uma nave de dentro do pântano, e Luke diz: "Eu não acredito!". E Yoda muito simples, responde: "E por isso fracassa..." Muito foda!
Além de batalhas épicas, "Star Wars: O Império Contra-Ataca" possui o que talvez seja a maior cena de revelação da história do cinema. "Luke, eu sou seu pai!" é referenciado até hoje em muitas produções, inclusive em uma cena icônica em "Toy Story 2". Assim é "Star Wars: O Império Contra-Ataca", expande as possibilidades do original e deixa o terreno preparado para muitas outras aventuras.
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Noivo Neurótico, Noiva Nervosa
4.1 1,1K Assista AgoraAlvy Singer (Woody Allen) é um humorista judeu, totalmente neurótico, como revela o próprio título em português. Ele se apaixona por Annie Hall (Diane Keaton), que sonha em ser cantora. Os dois logo vão morar juntos e não demora muito para que o relacionamento entre em crise e assim, comecem a reavaliar os sentimentos.
Como é bom assistir a um filme do Woody Allen. Diálogos rápidos, em um roteiro com frases marcantes. Woody, que também dirige o longa, em diversos momentos nos faz refletir, mas sem perder o sarcasmo e o tempo da piada. É um roteiro muito amadurecido. A história é interessante, e a montagem não linear nos envolve, e deixa o filme gostoso de se assistir. Apesar da história simples, Allen mostra uma narrativa muito forte. O diretor quebra a quarta parede e a todo momento somos puxados para dentro do longa, para dentro desse carrossel de emoções.
Podemos observar todo o talento cômico de Woody Allen, em cenas bem específicas. Diane Keaton muito a vontade no papel que lhe rendeu o Oscar de melhor atriz, é a cereja do bolo, de um filme que ainda conta com participações de Christopher Walken e Jeff Goldblum.
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Star Wars, Episódio IV: Uma Nova Esperança
4.3 1,2K Assista AgoraHá muito tempo, em uma galáxia muito, muito distante... eu não era muito fã de "Star Wars". Confesso que assisti a trilogia clássica muito tarde e que foi a menina Rey em "Star Wars: O Despertar da Força" que me fez ver Star Wars com outros olhos.
Revendo "Star Wars: Uma Nova Esperança", é de se admirar o trabalho de criação de George Lucas. Apesar de Lucas ser muito criticado como diretor, toda a sua criação de espaço, planetas, e criaturas diferentes, o roteiro deste primeiro filme é simples, de fácil compreensão. Se baseia muito na clássica jornada do herói, no caso aqui, Luke Skywalker (Mark Hamill), ao mostrar ele saindo do nada, e se tornar alguém que pode fazer a diferença nessa guerra.
Uma das coisas mais bacanas de "Uma Nova Esperança", é que ele já começa com as coisas acontecendo. Assim, somos jogados no meio dessa batalha, onde sabemos que existe um império, existem os rebeldes, e esse é um dos maiores acertos de George Lucas, ao meu ver. O diretor fez com que nós quiséssemos algumas respostas, como por exemplo: Quem são aqueles personagens? Como eles foram parar ali? Isso nos deixa curiosos para sabermos mais sobre eles, e isso ao meu ver, fez "Star Wars" ser o que é hoje. Talvez se Lucas tivesse feito o filme do modo mais habitual, "Star Wars" fosse apenas "mais um filme". O roteiro não é nada demais, mas "Star Wars" se sustenta em uma mitologia encantadora, seja com suas naves, ou os sabres de luz. Aqui estamos falando da magia que o cinema causa, e tudo o que cerca Star Wars até hoje, encanta.
Que a força esteja com você!
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Toc Toc
3.7 597É muito bom quando assistimos um filme que não esperamos muita coisa, e ele nos surpreende. Essa é a sensação ao final de "Toc Toc". Este filme espanhol, dirigido por Vicente Villanueva, mostra a história de seis pacientes que possuem toc, e que se cruzam na sala de espera do psiquiatra, que está atrasado. Conforme o tempo vai passando, suas compulsões vão sendo expostas e eles tentam ajudar uns aos outros.
O filme diverte por ter algumas manias em seus personagens que abrem espaço para momentos assim. O grupo de atores é ótimo e a montagem do filme é bem sagaz e não deixa espaço para coisas desnecessárias. O longa tem uma história simples, e é bem provável que você conseguirá matar o final, antes dele acontecer. Mesmo assim, o filme se torna bastante interessante, pois estamos diante de uma temática pouco explorada pelo cinema, e assim conseguimos entender e nos colocar no lugar de pessoas que possuem esse transtorno obsessivo compulsivo.
Uma grata surpresa, o espanhol "Toc Toc" é leve e bem divertido. Um filme despretensioso, que vai pegar você e com certeza, agradar.
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Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraNão sou um leitor de quadrinhos, mas pelo que já vi em filmes adaptados, o Coringa é o personagem mais interessante, se tratando de vilões. Todo o background que o personagem trás, o torna talvez, o maior vilão dos quadrinhos.
E é por essas e outras que eu estava muito ansioso para conferir esta origem, o nascimento do Coringa. Estava torcendo muito para que fosse um filmaço, pois gosto muito do Joaquin Phoenix. A minha única desconfiança a princípio, era o diretor Todd Phillips, acostumado a dirigir comédias, estava estranhando o seu nome ligado a um filme que desde o início, se mostrava muito pesado.
Após conferir o longa, toda desconfiança foi embora, e o que fica é um filme grandioso em todos os aspectos. "Coringa" tem uma direção precisa, e uma atuação inspirada de Joaquin Phoenix. Toda a construção do personagem feita por ele é fantástica, desde a concepção das risadas até às suas danças, culminando em uma cena ao final, quando o seu personagem está sendo entrevistado por Robert De Niro, que para mim, foi uma das MELHORES cenas que eu já vi no cinema!
O roteiro do filme é poderosíssimo. Tem um conceito social forte, que o torna fantástico em todas as suas falas. E o filme ainda conta com uma trilha sonora marcante. "Coringa" é um filme que ficará marcado na história do cinema! E na minha humilde opinião, o longa agora está ao lado de "Batman: O Cavaleiro das Trevas" como as duas maiores adaptações de personagens de quadrinhos para o cinema!
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Batman: O Cavaleiro das Trevas
4.5 3,8K Assista AgoraEm "Batman Begins", Christopher Nolan nos apresentou uma versão do homem-morcego mais real, deixando de lado aquele estilo dos quadrinhos que tanto vimos nos filmes do herói nos anos 90. Aqui em "Batman: O Cavaleiro das Trevas" ele sobe o nível ainda mais e entrega uma obra irretocável.
O roteiro do filme é forte, e finalmente nos apresenta um vilão a altura do herói. Batman a todo momento reage aos atos do Coringa. Assim temos um filme sem prognósticos. Não sabemos se tudo terminará bem. Não sabemos o preço que Batman poderá pagar para que tudo se resolva. Coringa tem total controle da situação. E é isso que deixa esse filme tão brilhante.
Coringa é interpretado brilhantemente por Heath Ledger. O ator entrou a fundo no personagem, e teve uma atuação forte até mesmo nos momentos mais simples. O bom de se assistir esse filme várias vezes, é pegar olhares do personagem, movimentos e perceber o quão detalhista Ledger foi para construir uma atuação que será lembrada eternamente. O filme ainda conta com uma trilha sonora excepcional de Hans Zimmer, que eleva a tensão nos momentos mais decisivos do filme. Um trabalho realmente incrível.
No mais, não é a toa que "Batman: O Cavaleiro das Trevas" seja referência e considerado o melhor filme de quadrinhos lançado até hoje. A realidade aplicada por Nolan, junto com as ótimas atuações e a trilha de Hans Zimmer, fazem esse filme ser grandioso até hoje. E será por muito tempo.
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Hancock
3.1 1,6K Assista AgoraPassado mais de uma década do seu lançamento, "Hancock" continua ainda muito divertido de se assistir. O filme surpreende ao mostrar a figura do herói totalmente ao avesso do que vemos hoje com o cinema da Marvel, e esse é o principal acerto do filme.
A história do herói (politicamente incorreto) vivido por Will Smith, mostra que o astro é capaz de fazer o que quiser em Hollywood. Will tem carisma pra isso. Sua química com Jason Bateman é muito boa. Charlize Theron também está incrível, e podemos ver a versatilidade da atriz, que vai da esposa perfeita a uma heroína que já tinha desistido de tal posto.
Alguns efeitos envelheceram um pouco, outros ainda continuam bons, e o roteiro é bem amarrado. A única preocupação de "Hancock" é divertir. E o filme ainda continua bem divertido de se ver e de se rever.
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O Operário
4.0 1,3K Assista AgoraA primeira sensação que temos ao assistir "O Operário", é a inacreditável magreza extrema a qual Christian Bale se submeteu para compor o personagem. O longa é interessante, mas realmente é o estado físico de Bale, que chama a atenção.
No filme, o operário Trevor Reznik (Bale) não dorme a um ano, e ele vem sendo consumido por um cansaço que lhe prejudica fisicamente e principalmente mentalmente.
O filme é um grande quebra-cabeça. Aos poucos vamos nos envolvendo na história de Trevor e tentando descobrir o porque dele estar daquele jeito. O diretor Brad Anderson, nos joga pistas para descobrirmos qual situação levou Trevor a ficar naquela situação, enquanto o real e o imaginário são elementos que o diretor utiliza antes do desfecho final.
O filme é angustiante até descobrirmos o porquê de tudo aquilo. A atuação de Christian Bale é realmente impecável. Sua magreza incomoda e impressiona. Um filme que merece muito ser descoberto.
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Batman
3.5 831 Assista AgoraAcredite, nunca tive muito interesse em assistir os filmes do Batman, do Tim Burton. Sou fã do personagem graças ao realismo empregado por Christopher Nolan em sua trilogia, mas mesmo assim não me senti chamado a assistir aos filmes antigos.
Quando "Coringa" estava próximo de estrear, resolvi fazer uma maratona com filmes que tem o personagem. E aí chegamos a "Batman", onde Jack Nicholson é o interprete do palhaço do crime.
Jack Nicholson é a melhor coisa do filme. O ator tem talento para fazer qualquer coisa. Vale lembrar que "Batman" é um produto da época, e que antigamente os filmes de heróis não eram tão realistas assim. Então, o agente do caos, está mais para um mafioso nesse longa. É até um pouco desonesto, comparar atuações, mas se compararmos o Coringa de Nicholson com a versão visceral do personagem entregue por Heath Ledger, o Coringa de Nicholson ficou, digamos, datado.
O roteiro do filme perde muita força se comparado com os filmes de heróis que estamos acostumados hoje em dia, e o pior é colocar um romance não muito realista entre a repórter Vicki Vale (Kim Basinger) e Bruce Wayne (Michael Keaton). A de se notar também o trabalho que Michael Keaton teve com a roupa do Batman. É perceptível a dificuldade de movimentos com a roupa do homem-morcego.
Os efeitos especiais também estão totalmente datados. Existem cenas em que se percebe a utilização de maquetes. O que é uma pena, porque se não fosse o envelhecimento, o filme poderia agregar muito mais na filmografia do herói no cinema. O tempo foi cruel com o "Batman" de Tim Burton.
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Amargo Pesadelo
3.9 197 Assista AgoraEm "Amargo Pesadelo" um grupo de quatro amigos decide descer um rio, e se deparam com algumas situações perigosas.
O filme do diretor John Boorman ("O Alfaiate do Panamá") é bastante interessante, apesar de que ao final você fique esperando algo a mais. Isso se dá, porque logo no início do longa é criada toda uma atmosfera de que o rio é muito perigoso, de que ninguém sai vivo, essas coisas... Conforme o filme se desenvolve, vemos que existem perigos, mas estávamos esperando algo muito pior. A de se destacar aqui a edição do filme, que nos segura a todo momento a acompanhar a história, sem que em momento algum, ela fique chata.
O longa tem cenas bastante bem feitas de canoagem, e podemos observar que os atores mesmo fizeram, pois não a cortes para esconder o rosto. Nesse ponto a direção de John Boorman é muito segura e é incrível assistir um filme assim nos dias de hoje. Outro ponto interessante é a ausência de trilha sonora, onde o diretor opta pelo som da natureza em praticamente todo o filme. Vale a conferida.
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Hush: A Morte Ouve
3.5 1,5KQuando ouvi falar em "Hush: A Morte Ouve" fiquei interessado pela premissa da história. No filme, Maddie (Kate Siegel) é surda e muda, e decide se isolar em uma casa próximo a uma floresta, até que começa a ser ameaçada por um homem mascarado (John Gallagher Jr.).
O longa é dirigido por Mike Flanagan (dos ótimos "Jogo Perigoso" e "Doutor Sono) que consegue ter um êxito muito bom em seu início, onde o ápice na minha opinião, é quando Maddie está utilizando o seu Notebook e recebe fotos suas enviadas do seu próprio celular. O problema é que mais ou menos a partir de sua metade, o filme perde força, o clima não te envolve muito, e ele se torna "só mais um filme onde o assassino quer matar a mocinha".
Seja pelo fato de não nos apegarmos suficientes a protagonista, por não termos um background maior dela, ou ainda pelo heroísmo que simplesmente surge do nada. Fica difícil engolir tais situações, pois não fomos apresentados antes a uma situação parecida para a nossa protagonista.
"Hush: A Morte Ouve", até vale a conferida, mas sem compromisso algum, pois é um longa que logo cai no esquecimento.
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Hitchcock
3.7 1,1K Assista AgoraLembro que "Hitchcock" seria um filme que eu estava com muita vontade de ver no cinema, porém, na época, não chegou nos cinemas aqui da minha cidade. Os anos passaram, até que finalmente vi esse curioso longa, que mostra a relação de Alfred Hitchcock (Anthony Hopkins) e sua esposa, Alma Reville (Helen Mirren), durante as gravações do clássico "Psicose". O longa é muito interessante porque mostra como Hitchcock teve trabalho para que o longa acontecesse, desde fazer com que o estúdio aceitasse pelo menos distribuir o filme, a lutar para algumas coisas estarem no filme, inclusive a clássica cena das facadas durante o banho e até uma curiosa cena de descarga em um aparelho sanitário. Tal cena nunca tinha sido mostrada antes em um filme.
Anthony Hopkins conseguiu desenvolver muito bem a persona de Hitchcock, e nos mostrar com desenvoltura todos os trejeitos do grande diretor. Sua atuação é repleta de detalhes e muitas vezes mostra um Hitchcock incompreendido, assim como os grandes gênios.
Em muitos momentos o filme é poético inclusive a cena final, onde Hitchcock diz que mais uma vez está sem ideias para um novo longa, e um pássaro vem e pousa em seu ombro. Vale a pena conferir.
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Psicose
4.4 2,5K Assista AgoraCultuados por muitos, o cinema de Alfred Hitchcock marcou década em Hollywood. Diretor de grandes clássicos do suspense, o diretor tem em "Psicose", seu filme mais conhecido.
A história acompanha Marion Crane (Janet Leigh), que foge do trabalho após ter em mãos uma grande quantia em dinheiro. Durante a fuga, ela se abriga no Bates Motel, administrado por Norman Bates (Anthony Perkins), um sujeito pacato, e tímido. Conforme a trama avança, percebemos que Norman possui um transtorno de dupla personalidade, tornando-se um perigo para quem cruza o seu caminho.
Hitchcock domina a direção a todo o tempo. A narrativa cadenciada mostra como o diretor tem o controle total da história. Sua confiança é tanta, que ele só nos apresenta Norman, o seu protagonista, com quase meia hora de filme. O clima de suspense perdura todo o longa, e torna "Psicose" um dos grandes filmes do gênero até hoje.
Sempre é bom ver ou rever um filme de Hitchcock, e saber porque ele era considerado o mestre do suspense.
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Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraAo final da sessão de "Midsommar: O Mal Não Espera a Noite", confesso que eu não sabia muito bem o que pensar do filme. O filme é visualmente muito lindo, louco e daqueles que fazem você se perguntar o que foi que você acabou de assistir.
O longa acompanha um grupo de amigos que viajam para uma comunidade que mantém certas tradições e costumes que não são muito habituais para nossa sociedade. Tudo o que o diretor Ari Aster coloca em cena impressiona, seja pela coragem em mostrar certas coisas, ou pela forma como o diretor consegue criar uma ambientação que nos cause terror. Quem são essas pessoas? E porque elas agem assim? O medo do desconhecido realmente é o melhor terror.
Assim como "Hereditário" era uma alegoria para o luto, "Midsommar" é uma alegoria para a depressão, devido a tanta coisa que acontece na vida da protagonista, Dani, interpretada por Florence Pugh que está impecável. "Midsommar" é um filme que não vai lhe dar respostas fáceis. O diretor não tem pressa em contar sua história, vai soltando o seu terror aos poucos. Ari Aster mostra que é um diretor que começa a criar seu público, e que acredita nele. Algo diferente no meio de tantas ideias repetidas e repaginadas em Hollywood.
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Hereditário
3.8 3,0K Assista AgoraUm dos gêneros que mais gosto, é o terror. Principalmente quando o terror é psicológico. Quando assisti "Hereditário" no cinema, me deparei com um filme ousado e corajoso e que cumpre muito bem o seu papel.
Revendo o filme pude perceber detalhes bem minuciosos da direção do estreante Ari Aster. Sua direção em parceria de uma excelente fotografia nos dá a impressão que toda a história se passa em uma maquete, como aquelas que a personagem principal cria. A trilha sonora também vale destacar, pois é sombria e nos faz adentrar na história. Sem falar que o terror psicológico que o diretor cria, realmente assusta e faz com que "Hereditário" realmente seja o melhor filme de terror da década, e um dos melhores de todos os tempos.
O roteiro do filme é rico em assuntos como luto e depressão e Ari Aster ainda nos faz apreciar esse longa bem vagarosamente. Nada de sustos bobos a todo momento. Aqui uma atmosfera é criada e o medo vai nos colocando dentro da história. Junte-se a isso, uma atuação incrível de Toni Collette, que entregou-se completamente para o papel de uma mãe totalmente ensandecida por tudo o que acontece em seu redor. Brilhante!
Se você gosta daquele terror de sustos a todo momento e trilha alta para assustar, passe longe de "Hereditário". Assista e aprecie, ao MELHOR filme de terror dos últimos anos.
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