Sobre as reclamações em relação ao título que não corresponde ao conteúdo, dá pra afirmar que a série acaba explorando o que realmente levou ao assassinato de Versace. Ora, sem conhecer os traumas e loucuras de Cunanan, não há como saber a motivação do que ocorreu.
"Proponho-me, sem qualquer emoção, entoar o canto sério e frio que ides ouvir. Prestai atenção, todos vós, ao que ele diz, e acautelai-vos das penosas impressões que certamente deixará, como um estigma, nas vossas perturbadas imaginações. Não julgai que estou prestes a morrer, pois ainda não sou esqueleto e a velhice não me está colada ao rosto."
"Meu lugar é dentro de mim mesma. O resto é vaidade. Chegue, solidão. Chegue com seus longos cabelos, espalhados em seu rosto. Comece a preencher os órgãos do meu deserto. (...) Eu viajo. Sou uma geleira que se move."
não há necessidade de compará-los ao filme original. +
É desnecessário compará-los porque nessa versão de 95 o filme foi feito para televisão; porque enquanto a versão de 1950 é clássica e consolidada - essa versão atualizada tem o conteúdo completo da peça, dando mais informações sobre Blanche e seus motivos - coisa que Vivien Leigh trabalhou em cima pra poder revelar sem poder escancarar. Falando em Vivien, mas um motivo que torna desnecessário a comparação das duas versões é Jessica Lange que maravilhosamente procurou dar seu próprio tom á Blanche sem fazer uma caricatura da atuação de Vivien. E pra mim, avaliar as duas Blanches é o mais importante, pois ela é o motivo de tudo: do desejo e da loucura, é o catalisador, além de ser um dos personagens mais universais e humanos do teatro e do cinema.
Isso se vê principalmente na cena do confronto de Blanche com Mitch, quando DuBois diz: I WANT MAGIC! Leigh e Lange encenam dois lados da mesma loucura, magistralmente.
De um tempo pra cá venho desvencilhando a ideia de que qualquer adaptação literária deva ser extremamente fiel. Com Morte em Veneza creio que as poucas mudanças deram vida aos personagens de Mann de uma forma linda, e Visconti mergulhado no livro e tentando traduzir cada reflexão, tormento e obsessão de Aschenbach, atingiu o ápice do respeito não só pelo autor, mas pelo seu próprio trabalho. Assim como ver Veneza em um estado pestilento sendo desinfetada e coberta de fumaça é uma experiência que se leva pra vida, tão forte é a impressão. Com Dirk Bogarde tão entregue a ser Gustav, a deixar com que a vontade de tocar Tadzio, tido como a representação do belo, o possua e o leve a extremos, não tão expostos mais interiores. Já que o que é interiorizado pode ser mais forte do que a simples confusão fácil de exibir a dor. Obra-prima.
A trajetória de Hedwig e sua maturidade ao passar pela degradação, humilhação e perda assim como os raros momentos de alegria, são de uma dignidade imensa. Sua origem do amor, é tão bela e tão sofisticada em sua canção que todo a produção que ela deu a música é parte de seu coração. Assim como tudo que ela passou e descobriu é uma jornada que cada ser humano deveria vivenciar como meta. Separar sua alma em pedaços, deixando os aonde passar; pra no fim poder montar seu quebra-cabeça de novo.
sim, o filme deixa de lado "a música" (leia-se algum ator parecido com Hendrix, outra parecida com a Janis, um ao estilo Dylan), mas no fim é isso que o torna ainda melhor, por não mostrar esse tipo de caricatura e focar nos bastidores do festival, da ideia a organização, do palco sendo construido aos dilemas de Elliot.
A agonia de Carole é palpável; o medo dos homens, a recusa e a real repulsão ao ser tocada, tem a grande representação na fala assustada e baixa, quase imperceptível. A paranóia a leva ao extremo do contato de vítima que precisa se defender.
a última cena evidencia de fato o abuso sexual que Carole deve ter sofrido por parte do pai ou algum familiar próximo, raiz de todo o trauma,. só reparar no olhar raivoso da criança ao senhor sorridente.
O clima entediante é totalmente proposital, é assim que Thérése se sentia, era isso o que ela vivia. A inexpressividade, os olhos famintos, a boca sempre fechando o que a mente quer que exploda. E isso se deve ao trabalho de retalhos de uma alma diferente que Claude Miller traçou com Audrey Tautou. O estudo da alma que quer a violência e o autêntico, mas só tem o que foi a destinado á uma mulher provinciana francesa e de família abastada pode ter: um casamento, transas casuais e quase forçadas, sem prazer, e a espera dos netos, velhice e por fim, morte. Mais uma alma que vaga ao mundo sem ter feito nada. Mais um ser ordinário. Mais um registro que será apagado com as décadas. É passar batido. Disso provem as atitudes de Thérése. Não, ela não é uma psicopata, não, ela não é uma mãe "desnaturada", não, ela não é egoísta.
Ela se atreveu a pensar, a perguntar, a ler, e ver através de outros olhos outros lados; mergulhou em si mesma e descobriu cedo que se por fim alienasse a si mesma, ela seria uma alma simples. Mas ela se negou o fácil e caminhou. Como uma esposa dos anos 20 francesa, teve que esperar bondades e condescendências do marido também.
A fotografia é sofisticada, os takes são belos assim como as locações, há muita sutileza e reflexão. Thérése D. pode ser uma Madame Bovary ou uma Virginia Woolf, mas ela também é Thérése, se afirmando em seu mundo.
O documentário perde totalmente o foco. Pra quem conhece a história de Marilyn é quase um mais do mesmo. As fitas em si só se ouvem quando a narradora deixa, e a legenda não termina em muitos raciocínios de Monroe.
Quando alguém se tranca em silêncio, os outros ao redor, ou pelo menos - o outro, sente a necessidade de falar pela pessoa. É inaceitável ver que alguém que possa falar, não fale. Não há direito ao silêncio e ao resguardo, uma vez inserido na sociedade - sempre obrigado a interagir - sempre obrigado a NÃO ter o privilégio de se afastar.
American Crime Story: O Assassinato de Gianni Versace (2ª Temporada)
4.1 392 Assista AgoraSobre as reclamações em relação ao título que não corresponde ao conteúdo, dá pra afirmar que a série acaba explorando o que realmente levou ao assassinato de Versace. Ora, sem conhecer os traumas e loucuras de Cunanan, não há como saber a motivação do que ocorreu.
Absolutely Fabulous: O Filme
2.7 22 Assista AgoraTrailer: https://www.youtube.com/watch?v=Dj3ZWhlmexw
Duas
3.8 6 Assista Agora"Proponho-me, sem qualquer emoção, entoar o canto sério e frio que ides ouvir. Prestai atenção, todos vós, ao que ele diz, e acautelai-vos das penosas impressões que certamente deixará, como um estigma, nas vossas perturbadas imaginações. Não julgai que estou prestes a morrer, pois ainda não sou esqueleto e a velhice não me está colada ao rosto."
Som e Fúria
4.4 103AFOGADA!
https://www.youtube.com/watch?v=6qaeLvz4CGA
Violette
4.0 99 Assista Agora"Meu lugar é dentro de mim mesma. O resto é vaidade.
Chegue, solidão. Chegue com seus longos cabelos, espalhados em seu rosto. Comece a preencher os órgãos do meu deserto. (...) Eu viajo. Sou uma geleira que se move."
Ja'mie: Private School Girl (1ª Temporada)
4.3 19DEUSA.
Um Bonde Chamado Desejo
3.4 28não há necessidade de compará-los ao filme original. +
É desnecessário compará-los porque nessa versão de 95 o filme foi feito para televisão; porque enquanto a versão de 1950 é clássica e consolidada - essa versão atualizada tem o conteúdo completo da peça, dando mais informações sobre Blanche e seus motivos - coisa que Vivien Leigh trabalhou em cima pra poder revelar sem poder escancarar. Falando em Vivien, mas um motivo que torna desnecessário a comparação das duas versões é Jessica Lange que maravilhosamente procurou dar seu próprio tom á Blanche sem fazer uma caricatura da atuação de Vivien. E pra mim, avaliar as duas Blanches é o mais importante, pois ela é o motivo de tudo: do desejo e da loucura, é o catalisador, além de ser um dos personagens mais universais e humanos do teatro e do cinema.
Isso se vê principalmente na cena do confronto de Blanche com Mitch, quando DuBois diz: I WANT MAGIC! Leigh e Lange encenam dois lados da mesma loucura, magistralmente.
Morte em Veneza
4.0 210 Assista AgoraDe um tempo pra cá venho desvencilhando a ideia de que qualquer adaptação literária deva ser extremamente fiel. Com Morte em Veneza creio que as poucas mudanças deram vida aos personagens de Mann de uma forma linda, e Visconti mergulhado no livro e tentando traduzir cada reflexão, tormento e obsessão de Aschenbach, atingiu o ápice do respeito não só pelo autor, mas pelo seu próprio trabalho. Assim como ver Veneza em um estado pestilento sendo desinfetada e coberta de fumaça é uma experiência que se leva pra vida, tão forte é a impressão. Com Dirk Bogarde tão entregue a ser Gustav, a deixar com que a vontade de tocar Tadzio, tido como a representação do belo, o possua e o leve a extremos, não tão expostos mais interiores. Já que o que é interiorizado pode ser mais forte do que a simples confusão fácil de exibir a dor. Obra-prima.
Hedwig: Rock, Amor e Traição
4.2 255A trajetória de Hedwig e sua maturidade ao passar pela degradação, humilhação e perda assim como os raros momentos de alegria, são de uma dignidade imensa. Sua origem do amor, é tão bela e tão sofisticada em sua canção que todo a produção que ela deu a música é parte de seu coração. Assim como tudo que ela passou e descobriu é uma jornada que cada ser humano deveria vivenciar como meta. Separar sua alma em pedaços, deixando os aonde passar; pra no fim poder montar seu quebra-cabeça de novo.
Aconteceu em Woodstock
3.7 513 Assista Agorasim, o filme deixa de lado "a música" (leia-se algum ator parecido com Hendrix, outra parecida com a Janis, um ao estilo Dylan), mas no fim é isso que o torna ainda melhor, por não mostrar esse tipo de caricatura e focar nos bastidores do festival, da ideia a organização, do palco sendo construido aos dilemas de Elliot.
Joni Mitchell - Woman Of Heart And Mind
4.4 3amor ♥
Repulsa ao Sexo
4.0 461 Assista AgoraA agonia de Carole é palpável; o medo dos homens, a recusa e a real repulsão ao ser tocada, tem a grande representação na fala assustada e baixa, quase imperceptível. A paranóia a leva ao extremo do contato de vítima que precisa se defender.
Meu primeiro Polanski. :)
a última cena evidencia de fato o abuso sexual que Carole deve ter sofrido por parte do pai ou algum familiar próximo, raiz de todo o trauma,. só reparar no olhar raivoso da criança ao senhor sorridente.
Therese D.
3.4 159 Assista AgoraO clima entediante é totalmente proposital, é assim que Thérése se sentia, era isso o que ela vivia. A inexpressividade, os olhos famintos, a boca sempre fechando o que a mente quer que exploda. E isso se deve ao trabalho de retalhos de uma alma diferente que Claude Miller traçou com Audrey Tautou. O estudo da alma que quer a violência e o autêntico, mas só tem o que foi a destinado á uma mulher provinciana francesa e de família abastada pode ter: um casamento, transas casuais e quase forçadas, sem prazer, e a espera dos netos, velhice e por fim, morte. Mais uma alma que vaga ao mundo sem ter feito nada. Mais um ser ordinário. Mais um registro que será apagado com as décadas. É passar batido. Disso provem as atitudes de Thérése. Não, ela não é uma psicopata, não, ela não é uma mãe "desnaturada", não, ela não é egoísta.
Ela se atreveu a pensar, a perguntar, a ler, e ver através de outros olhos outros lados; mergulhou em si mesma e descobriu cedo que se por fim alienasse a si mesma, ela seria uma alma simples. Mas ela se negou o fácil e caminhou. Como uma esposa dos anos 20 francesa, teve que esperar bondades e condescendências do marido também.
A fotografia é sofisticada, os takes são belos assim como as locações, há muita sutileza e reflexão. Thérése D. pode ser uma Madame Bovary ou uma Virginia Woolf, mas ela também é Thérése, se afirmando em seu mundo.
My Mad Fat Diary (1ªTemporada)
4.7 473And I take deep breath
And I get real high
And I scream from the top of my lungs
What's going on? ♥
The Rocky Horror Picture Show
4.1 1,3K Assista Agoragente, se joga ♥
Marilyn no Divã
3.7 67O documentário perde totalmente o foco. Pra quem conhece a história de Marilyn é quase um mais do mesmo. As fitas em si só se ouvem quando a narradora deixa, e a legenda não termina em muitos raciocínios de Monroe.
Quando Duas Mulheres Pecam
4.4 1,1K Assista AgoraFotografia fantástica!
Quando alguém se tranca em silêncio, os outros ao redor, ou pelo menos - o outro, sente a necessidade de falar pela pessoa. É inaceitável ver que alguém que possa falar, não fale. Não há direito ao silêncio e ao resguardo, uma vez inserido na sociedade - sempre obrigado a interagir - sempre obrigado a NÃO ter o privilégio de se afastar.
O Amor
4.0 12"Este filme é uma homenagem à arte de Anna Magnani." Roberto Rossellini